domingo, 19 de agosto de 2007

E a FIFA, hein?


Colorados, vale a pena lermos o texto abaixo sobre a retirada do FIFA de nosso letreiro de Campeão do Mundo. Vamos nos deliciar.

Por Luis Felipe dos Santos

Fiquei sabendo que, lá do firmamento, o eterno presidente do Internacional Antenor Lemos não apenas manda e-mails, como tem acesso à televisão. Soube por alto que, nesta semana, um grande jornal do Estado deu como matéria de capa a retirada do nome da FIFA do letreiro de Campeão do Mundo presente no Beira-Rio. Eu dei à notícia o mesmo significado que ela deveria ter – nenhum. Quando recebi o e-mail de Antenor, fiquei apavorado com a repercussão que teve o fato entre os torcedores.

Como imaginei que muitos colorados também estariam indignados, resolvi publicar a carta. Ela segue adiante.

Caro co-irmão e rival,

Acompanho daqui, bem de longe, o teu êxtase. Parece que a tua vitória mais importante deste ano aconteceu quando tiraram aquelas quatro letras do painel do Beira-Rio. Passo os olhos pelo mundo: só o que vejo são as tuas gozações e troças pelo fim das quatro letrinhas. Vejo na tevê uma placa com a inscrição "FIFA NÃO". É um júbilo só.

Entendo perfeitamente toda essa celeuma. Perdeste a grande taça da América para aquele argentino que te atropelou sem piedade, dentro e fora de casa. Sem a grande taça, não podes conquistar a menor. Enxuta em tamanho, mas imensa em significado.

A taça dourada, de corpo platinado, que traz no seu topo o globo terrestre. O mundo inteiro, caro rival. Em ouro e platina, toda a morada dos homens, em terra e água. Américas, Europa, África, Ásia e Oceania. Se fosse possível o futebol no gelo, também teria a Antártida. Aquela taça, que contém o mundo inteiro no seu topo, traz quatro letras na sua base. Aquelas mesmas quatro letras que foram retiradas do letreiro, por uma questão pequena de direitos autorais: FIFA.

Juro, caro rival: tentei com todas as forças retirar aquelas letras da taça. Para ver se "tudo estava em seu lugar" mesmo, como proferiu aquele homem na televisão. Encarnei em um funcionário do clube, numa madrugada, e fingi um surto psicótico. Tentei jogar no chão, quebrar, arrancar, usar maçaricos, até os dentes: nada adiantou. As letras não saem de jeito nenhum. Não era minha intenção acabar com a tua alegria, rival, mas não posso ignorar os fatos. Aquelas quatro letras podem sair de qualquer lugar, mas nunca vão sair do troféu.

Caro rival, soube que tu tens no teu memorial uma taça antiga, obsoleta, já com o metal gasto. Soube que deste a ela o nome de Mundial, embora ela só traga o desenho de dois continentes – Cristóvão Colombo veio me dizer que isto era um absurdo, mas eu pedi compreensão. Sei que o teu maior desejo é trocar esta antiga copa por uma nova, com a inscrição FIFA embaixo e o mundo inteiro no seu topo. Percebo que, enquanto esse teu louco desejo não é saciado, encontras qualquer maneira de expressar despeito.

Porém, sei que quando tu tiveres nas tuas mãos uma taça como a minha, em ouro e platina, com o mundo inteiro no topo e as quatro letras embaixo, vais esquecer de toda essa amargura.

Mais sorte da próxima vez,

S.C.I

FONTE: http://www.finalsports.com.br/colunas_dupla/inter.php

Advogados: serviço de e-mails da OAB paulista é utilizado para convocar ato político



A Ordem dos Advogados (OAB) de São Paulo mobilizou a estutura de disparo de e-mails da entidade para convocar os advogados paulistas para o ato de protesto contra o Governo Federal realizado na Praça da Sé, em São Paulo. Além dos dois disparos de e-mails, o portal da entidade inseriu um full banner (publicidade eletrônica) para divulgar o movimento, com um link direto para a página do "Cansei".

Para alguns advogados, o envio de e-mail de natureza política aos profissionais inscritos viola as políticas de privacidade na web. Isso porque a entidade só teria autorização para enviar mensagens de teor informativo, diretamente relacionado com o exercício da advocacia, como legislação, jurisprudência e publicações do Poder Judiciário ou informes institucionais.

Leia mais no site Expresso da Notícia:

www.expressodanoticia.com.br


sábado, 18 de agosto de 2007

O que elas pensam?

Eu vi o "cansei" por dentro


Passei parte da tarde do dia 17 de agosto de 2007 acompanhando a manifestação do grupo "Cansei" em São Paulo. Depois, participei da entrevista coletiva de um de seus líderes, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seção São Paulo (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D'Urso. As várias entrevistas que fiz mostram a essência do movimento.

Osvaldo Bertolino, repórter do portal Vermelho

Cheguei à Praça da Sé às 12h30min, quando uma pequena aglomeração já ouvia um discurso inflamado do conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil — seção São Paulo (OAB-SP) João Baptista de Oliveira pedindo "a volta do Brasil de paz, sem corrupção e crime organizado". "Mais vale ascender uma vela do que maldizer a escuridão. Viemos aqui ascender uma vela na frente da casa de Deus", disse ele, voltando-se para a catedral que estava atrás do palco. "Os brasileiros de bem estão aqui representados", decretou.

À frente do palco, seis pessoas formavam uma barreira com cartazes agressivos contra o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. "Incompetente, enganador, mentiroso e falastrão", dizia um deles. O autor, que se identificou como Paulo Roberto e disse ser industrial, afirmou que estava ali porque o governo Lula era um "desastre". "Por quê?", perguntei. "Porque só se vê corrupção neste país", disse. Ao lado, Ricardo Fernandes, que se identificou como assistente administrativo, atalhou: "Eu odeio este barbudo."

Protesto contra corrupção e bala perdida

No Palco, João Baptista Oliveira insistia que "queremos de volta o Brasil que enche nossos corações de orgulho". "Minha filha, que se esforçou para ter um diploma, só conseguiu emprego na Europa. Agora, para eu visitar minha netinha, de um ano, preciso cruzar o oceano", afirmou. "Chegou o Osmar Santos, que perdeu os movimentos físicos, mas não os cívicos", disse ele, interrompendo o discurso para anunciar o locutor esportivo vítima de um grave acidente automobilístico. Mais à frente, outro cartaz dizia: "Cansei de pagar os altos salários dos políticos." Perguntei para a portadora da mensagem: "A senhora acha que todos os políticos ganham muito?" "Eles não ganham muito, mas só atrapalham o país", justificou.

Outro cartaz dizia: "Cansei de pagar para o avião do presidente ser seguro e o meu não." Ao lado, Lucci, uma "secretária aposentada", disse que estava ali porque era contra "todo esse estado de coisas". "O que, especificamente?", perguntei. "Ao Lula, ao PT à CUT..." Indaguei: "A senhora acha que está ajudando a melhorar o país participando desta manifestação?" "Uma ajuda nunca é demais", respondeu ela. Do outro lado, a fisioterapeuta Luciana Leme e o marido, cirurgião, disseram que vieram da cidade de São Sebastião, litoral paulista, para a manifestação. "Viemos protestar contra a corrupção, a bala perdida e o crime organizado", explicou Luciana.

Presidente da OAB é ligado aos tucanos

À essa altura, o palco já estava tomado por artistas, apresentadores de televisão, cantores e um mar de ternos escuros. No corredor que dava acesso ao local, câmaras e microfones dominavam a paisagem. Ouvi alguém dizer: "Os tucanos realmente conseguem mobilizar a imprensa." Era um casal, que observava a cena com atenção. Pedi uma breve entrevista. "Não posso", disse ele. Falei que tinha ouvido a frase sobre os tucanos e me apresentei como jornalista do Portal Vermelho. Eles riram e se dispuseram a falar desde que não fossem identificados.

Disseram que eram jornalistas e estavam ali para ver se havia público e ouvir o teor dos discursos. "Este evento é da elite, que só quer benefício para ela. Eles não estão preocupados com o povo. Preocupação social não existe para essa elite", disse ele. Perguntei se a manifestação era uma iniciativa tucana, ele respondeu: "Claro. O presidente da OAB é ligado aos tucanos, todo mundo sabe, por isso toda a imprensa veio para cá." O casal logo pediu licença para se retirar dizendo que não queria engrossar o número de manifestantes mobilizados pela elite.

O povo está representado aqui?

Em volta do palco, uma multidão de seguranças e moças vestindo camiseta preta com a inscrição "Cansei" dominava a cena. Perguntei para uma delas qual era a sua função ali. "Somos funcionárias do Dória (João Dória Jr, um dos líderes do grupo), mas a gente é instruída a dizer que somos voluntárias", disse ela, reduzindo a altura da voz. Ao lado, uma mulher dava entrevista falando alto e gesticulando muito. "Cansei deste governo irresponsável e de pagar 54% de imposto em cascata", esbravejou.

Me aproximei e perguntei: "A senhora acha que este ato é contra o governo?" "Não é contra o governo, mas é para cobrar do Lula responsabilidade com o povo", disse ela, que se identificou como Sandra Freitas, advogada. "O povo está representado aqui?", perguntei. "Não, mas a crise é tão brava que chegou aos pés da elite", respondeu. "Então o ato é da elite", emendei. "É da elite, mas a crise também chegou aos pés do pobre. A crise é tão brava que os protestos começaram pela elite", teorizou.

Voz do palco pede "fora, Lula"

Na passarela que dava acesso ao palco, Ivete Sangalo falava com uma jovem repórter de rádio, que depois da entrevista anunciou para os ouvintes que "uma multidão demonstrava sua indignação na Praça da Sé." Para todo lado havia circunspectos senhores de terno acompanhando a agitação em silêncio. Conversei com alguns e todos repetiam o discurso padrão da manifestação. Um deles disse que Lula era incompetente porque não aproveitou o bom momento da economia mundial — como fizeram a China e a Índia. "Agora a crise chegou e eu quero ver como fica", disse.

No palco, Luiz Flávio Borges D'Urso agradecia aos "cinco mil presentes" — haviam no máximo duas mil pessoas — e repetia com ênfase que a manifestação não era contra o governo, mas "a favor do Brasil". Às 13h, todos fizeram um minuto de silêncio. Às 13h15min, depois do culto ecumênico, Agnaldo Rayol cantou o hino nacional, terminando com um "il" de Brasil trinado e longo. Uma voz saiu do palco: "Fora, Lula!" À frente, a palavra de ordem ressoou.

Para tentar encobrir, D'urso gritava no microfone: "Viva o Brasil!" Na passarela de acesso ao palco, o tumulto voltou a se instalar. Eram os artistas deixando o local. À frente, um sujeito vestido de palhaço mostrava um cartaz com seu endereço no Orkut e seu nome: Brasilino da Silva. "Você tem esperança de que esse pessoal te contrate?", perguntei. Ele fez sinal que não podia falar.

Popular manda Agnaldo Rayol descansar

Vi um tumulto que se aproximava de mim. Eram seguranças empurrando os jornalistas que cercavam o ator Paulo Vilhena. Por sorte, fiquei cara a cara com ele. "Você acha que este ato é contra o governo Lula?", perguntei. Ele balançou a cabeça e hesitou. "Acho que não. Eu não sou", disse. "Você não viu manifestações contra Lula?", insisti. "Vi, mas eu não concordo com isso", respondeu. Atrás dele, Agnaldo Rayol falava com os jornalistas quando uma voz alta surgiu do meio de uma pequena aglomeração de populares, de aparência totalmente distinta dos manifestantes e isolada pelos seguranças em cima de um canteiro elevado e afastado: "Está cansado, Rayol? Vai descansar!"

Algumas pessoas vestindo uma camiseta com a inscrição lembrando os mortos da tragédia do vôo da TAM protestavam contra os organizadores do ato, que proibiram a sua presença no palco para dar lugar aos artistas. Vera Lúcia Lopes, uma senhora de 67 anos, erguia solitária uma camiseta com a foto de um jovem e o nome "Cecel". Era Marcel, de 20 anos, seu neto, assassinado no começo deste ano dentro do seu carro durante um assalto na Avenida Sapopemba. Chorando, ela disse que veio só porque a família estava trabalhando. "Alguém filmou ou entrevistou a senhora?", perguntei. "Não, só tiraram foto", respondeu.

Crescimento do setor de construção civil

Uma parte da trupe de animadores do ato se dirigiu ao auditório da OAB-SP, onde D'urso daria uma entrevista coletiva. No caminho, cercado por grades e seguranças, populares observavam a passagem do cortejo. Ouvi uma senhora dizer que aquilo era um ato dos "gravatas". Era Aparecida, modelista aposentada, para quem aqueles que vaiaram Lula deveriam "ter vergonha na cara". "Eles estão mesmo é pensando nas eleições", disse ela. Ao seu lado, um grupo de Curitiba, que estava passando férias em São Paulo, concordou.

Suzane Martins disse que era empresária do ramo da construção civil e pediu para eu ver como o Brasil estava melhorando com Lula na Presidência analisando o crescimento do setor. "Eles querem derrubar o governo", afirmou. Ao seu lado, o casal Nelson e Otília concordou. "É um ato contra Lula. Vaiaram o presidente várias vezes", disse Nelson indignado. Na entrada da sede da OAB-SP, o deputado federal Vadão Gomes (PMDB-SP) disse que o ato não era contra Lula. "E o senhor, é contra Lula?" perguntei. "Sou a favor de Jesus Cristo", desconversou.

O auditório da OAB-SP ficou tomado por jornalistas. Na mesa, além de D'urso estavam o ator Paulo Vilhena, o nadador Fernando Sherer, João Dória Jr e João Baptista Oliveira. D'urso fez um rápido balanço da manifestação. Elogiou a imprensa pela divulgação do evento, os artistas, desportistas, taxistas, trabalhadores e "todos" que estiveram no "solo sagrado da Praça da Sé" para "um ato cívico". Mais uma vez, ele repetiu insistentemente que o ato era "a favor do Brasil" e não contra "quem quer que seja". Sobre o "fora, Lula", ele disse que não ouviu nada. "Pode ser coisa isolada, mas não é do movimento", afirmou.

Descompasso entre líderes e manifestantes

Perguntei se ele tinha expectativa de contar com a participação no movimento de outras organizações da sociedade. Ele disse que sim e que estava com "vários pedidos no bolso que acabaram de chegar". Um sujeito que se identificou como Roberto e presidente da "associação dos bacharéis de direito" pegou carona na minha pergunta para declarar seu apoio ao movimento. Depois da entrevista, fui falar com ele. Ao saber que eu era do Vermelho, pediu desculpa e disse que não falava com veículos de esquerda. "Você sabe, existem radicais em todo lugar e já fui chamado de fascista", justificou.

Sobre o fato de o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, não abrir as portas da catedral da Sé para a manifestação, D'urso disse que foi a "mão de Deus" que levou o ato para a Praça da Sé, onde "todos puderam participar". Quando um jornalista perguntou sobre os custos da manifestação, ele disse que ninguém estava ali por dinheiro, mas por um ideal. Durante toda a entrevista, ele se esforçou para explicar o descompasso entre o que os líderes diziam e os pronunciamentos dos participantes contra o governo Lula.

D'urso finalizou a entrevista dizendo que dentro de 15 dias falará com o ministro da Justiça e que a partir dali não havia mais motivo para críticas ao movimento. "Críticas são coisa do passado. Não há mais sombras para alguém dizer que somos contra o governo Lula, que somos golpistas. Quem disser isso, por óbvio está a favor da corrupção, da criança abandonada e da insegurança. Defendemos que a mudança deve se dar de forma ordeira", finalizou.

Fala do presidente Lula tem peso maior

Na saída, João Dória Jr falou com alguns jornalistas. Ao contrário de D'urso, ele disse que ouviu muito bem o "fora, Lula". "D'urso saiu com os artistas, por isso não ouviu", justificou. Perguntei se o ato era contra o governo Lula e ele disse que não porque seu pai foi cassado pelo regime militar. "Vivi com ele o exílio na França. Pouca gente sabe disso", afirmou. Perguntei também se a manifestação não lembraria a "Marcha com Deus pela Família e a Liberdade". "O Cansei não é golpista", respondeu. "O senhor está cansado de quê, exatamente?", indaguei. "Do caos aéreo, por exemplo. Cobro do governo respeito aos passageiros. Nunca cansei do governo", disse.

Perguntei também se a declaração preconceituosa de Paulo Zottolo, presidente da sucursal brasileira da multinacional holandesa Philips, sobre o Estado do Piauí, não comprometia a credibilidade do movimento. Ele disse que todas as pessoas deveriam ser tolerantes. "A intolerância começa pelas autoridades", justificou. "O senhor acha o Lula intolerante?", perguntei. "Em alguns momentos ele não é tolerante", respondeu, com fisionomia nervosa. "Quando tem uma manifestação contra o governo, por exemplo, às vezes ele reclama", emendou. "Mas o senhor não acha que ele tem o direito de manifestar a sua opinião?", insisti. Mais nervoso ainda, Dória Jr respondeu: "Mas ele é presidente, sua fala tem um peso muito maior."

Alguém precisa trabalhar neste país

Perguntei ainda a sua opinião sobre a decisão do arcebispo dom Odílio Scherer de não permitir o ato na catedral. "É uma situação estranha, porque fiz passeata na minha juventude e nunca tive notícia de proibição deste tipo. Foi bom, porque ele levou o ato para a Praça da Sé, onde coube mais gente. Acho que ele deveria entender que o ato não era político, não tinha bandeira de partidos e nem manifestações a favor ou contra este ou aquele candidato", falou.

Na saída para a rua, todos foram escoltados por seguranças particulares. Ao lado, uma vistosa viatura da empresa "Homens de Preto" esperava a passagem. "Esse Dória tem dinheiro para caramba", comentou um jornalista ao meu lado. As escadarias da catedral da Sé já estavam ocupadas por outra manifestação. Eram mulheres e policiais aposentados protestando contra a degradação dos serviços do setor e os baixos salários. "Serra: exterminador de policiais paulistas", dizia um cartaz.

Mais adiante, na Praça Ramos de Azevedo, os metroviários começavam a chegar para uma manifestação também contra Serra. Dei mais alguns passos e uma jovem me estendeu a mão perguntando: "Tudo bem, meu jovem? Estava na manifestação do Cansei?" Era uma daquelas meninas que ganham a vida desempenhando um papel degradante a fim de arrastar clientes para as financeiras. Perguntei: "E você, foi na manifestação do Cansei?". "Não, alguém precisa trabalhar neste país", respondeu.

TAM: irmão de vítima diz que politizaram o protesto

Daniel Cassol, irmão de Lina Barbosa Cassol, 28 anos, uma das vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, ocorrido no dia 17 de julho, em São Paulo, disse neste sábado que houve discordância entre os manifestantes que participaram de uma passeata em Porto Alegre. Segundo ele, membros dos grupos autodenominados "Cansei" e "Luto, Brasil", "politizaram os protestos contra o governo, inclusive com faixas de 'Fora, Lula', atitude que não foi aceita pela maioria dos familiares de vítimas do acidente".
Um mês e um dia depois do acidente, em que morreram 199 pessoas no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, familiares de vítimas realizaram uma manifestação em Porto Alegre, neste sábado. Eles fizeram uma passeata entre o Monumento do Laçador e o Aeroporto Internacional Salgado Filho, na zona norte da capital.
Daniel Cassol disse que "é evidente que o governo federal - esse e o anterior - tem culpa, como têm culpa a agência reguladora (Anac), a TAM, a Infraero, a fábrica do Airbus. Mas nosso interesse não é transformar esses protestos em discurso político-eleitoral, queremos a punição dos culpados, a transparência das investigações, a reparação indenizatória devida", disse. (Agência Brasil)

Anciosa, Ana Paula?

Na postagem anterior, eu criticava a campanha do Estadão contra os blogs, de forma indiscriminada. Mas admitia que boa parte não tem boa informação e serve apenas para projeção do autor. É o caso do site da bandeirinha Ana Paula Oliveira, elogioso, propagandista em todas suas postagens e com link ostensivo pedindo publicidade. Mas o que chamou a atenção foi uma matéria onde a moça que posou nua para a Playboy se diz aflita para voltar a auxiliar os jogos. Observem os erros já no título:

Ana Paula, está anciosa para voltar aos gramados!

Ou seja, numa pequena frase, são cometidos dois erros graves. Ao colocar a vírgula após o Paula está separando o sujeito do verbo. E até o poste da esquina sabe que uma pessoa está ansiosa e não anciosa.
Um conselho à moça: volte a atuar como bandeirinha. Se a CBF deixar...
Ou então contrate um jornalista que conheça, pelo menos, as regras do Português!

Campanha contra os blogueiros tem resposta

Com o advento da internet (e dos blogs na seqüência) muita porcaria começou a rolar na casa de quem dispõe de um computador. São baixarias, ataques políticos e pessoais, e um total desrespeito à nossa língua, o Português. No entanto, os trabalhos bons que já eram mostrados na versão papel continuam sendo exibidos no mundo virtual. Mas a mistura é tão grande que o Estadão aproveitou para lançar uma campanha publicitária atacando os blogueiros (sem estabelecer distinção). Ou seja, para eles ninguém é capaz de produzir informação de qualidade. Colocou todos no mesmo balaio. A internet é rápida e a resposta ao grupo também adquiriu velocidade. É só olharmos a ilustração acima (clique na figura acima para vê-la em tamanho real).

Braga reagiu diante de celebridades. E repórter cumpriu o seu papel...

A primeira postagem do dia tem o objetivo de cumprimentar dois homens que estavam ontem (17 de agosto) na praça de Sé, em São Paulo. O primeiro é o engenheiro José Carlos Caldeira Braga (foto de Flávio Florido, ao lado), que não se intimidou com a presença da PM e de seguranças do movimento "Cansei". Ele não cansou de gritar em direção às celebridades presentes e mostrar o uso político de uma tragédia. O outro é o repórter Rodrigo Bertolotto, que não limitou-se a fazer um relatório da manifestação. Fez sim uma matéria que exibe o seu conhecimento jornalístico. Por isso, reproduzo abaixo o trabalho do colega, publicado no site UOL:

Ato do "Cansei" enfrenta oposição de um homem só na Sé

Rodrigo Bertolotto

A Polícia Militar estava de prontidão para agir caso aparecesse um grupo contrário ao movimento "Cansei" no ato na praça da Sé nesta sexta-feira, mas a única voz discordante e incansável por lá foi a do engenheiro José Carlos Caldeira Braga, com direito a bandeira da Venezuela na lapela."Eu não estou cansado. Quero ir para a Venezuela e construir o socialismo", disse Caldeira, se definindo como um "bolivariano" e simpatizante de Hugo Chávez.

Postado em lugar estratégico, bem próximo da rampa de acesso ao palco, ele provocou as celebridades que lá subiam, cercadas por seguranças e staff vestido com grife.

O primeiro alvo foi a apresentadora do SBT Hebe Camargo, com quem bateu boca. "Sua malufista. Durante 20 anos você ganhou dinheiro do Maluf", gritou o engenheiro. A resposta da madrinha da TV brasileira também veio aos berros: "Tudo foi às custas do meu trabalho."

Com o cantor Agnaldo Rayol também teve um entrevero. "Você sempre vendendo a voz para os ricos", disparou na cara do responsável por entoar o hino nacional na manifestação. "Vendo para quem quiser comprar", respondeu, mas depois disse que sua adesão foi voluntária. "Se fosse por cachê, não viria", disse o cantor que já foi contratado para comícios políticos.

O próximo foi o padre carismático Antônio Maria, conhecido por casar celebridades e gravar discos. "Seu padre pilantra, vai casar o Ronaldinho!", gritou Caldeira, tendo como reação um sorriso amarelo. O empresário João Dória Jr. também sofreu. "Finalmente você tem contato com pobre. Você só anda com grã-fino", sentenciou.

Mesmo gesto foi repetido quando o bolivariano mirou no presidente da OAB-SP, Luiz Flávio D´Urso. "Olha quanto segurança para proteger esse advogado perfumado e engomado", foi o comentário na passagem do mentor do movimento cívico que arregimentou sindicatos patronais e de profissionais liberais.

Quando D´Urso começou seu discurso ("Aqui estão os artistas, os empresários...), Caldeira interrompia com a frase "e estão os ricos". Integrantes da OAB tentaram expulsá-lo do local, mas diante dos fotógrafos registrando a imagem, voltaram atrás e preferiram abafar os gritos do oposicionista berrando mais alto, como uma autêntica claque.

Sobrou até para a popular cantora Ivete Sangalo, aclamada em sua chegada, mas que não falou nada no palco do ato. "O que você ganha de dinheiro dava para sustentar um bairro inteiro aqui de São Paulo", gritou para a musa do axé, visivelmente constrangida.

COMPLEMENTANDO - mais um caso de reação

A comunicação é veloz quando interessa aos autores. Mas é tardia quando isso é ruim. Nenhum veículo de Porto Alegre publicou o que a Simone Iglesias, da Agência Folha, viu no aeroporto Salgado Filho. na capital gaúcha. É importante ler sua matéria:

Manifestação do "Cansei" em Porto Alegre acaba em bate-boca
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SIMONE IGLESIAS
da Agência Folha, em Porto Alegre

Uma manifestação do "Cansei" no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, terminou em bate-boca, hoje, após uma mulher falar ao microfone que o movimento é "elitista" e que "a classe média só sabe reclamar". Cerca de 250 pessoas que aderiram ao "Cansei" na capital gaúcha, entre elas familiares das vítimas do acidente com o Airbus-A320 da TAM, realizaram ato de protesto por cerca de um hora, com críticas ao governo federal.

Depois de fazerem um minuto de silêncio e cantarem os hinos do Brasil e do Rio Grande do Sul, manifestantes se revezaram em um microfone ligado em um carro de som, na frente do portão de entrada do aeroporto.

Após cinco pessoas do movimento se pronunciarem, uma mulher, que aguardava numa pequena fila que se formou para falar, pegou o microfone e criticou o "Cansei", chamando-o de "elitista".

Vaiada e xingada pelos que estavam no protesto, ela foi retirada do local por seguranças do aeroporto.

Maria Auxiliadora Pinho de Carvalho, 49, industriária, estava embarcando para Salvador, sua cidade natal, quando viu a movimentação. Com o microfone em mãos, disse: "Este movimento é elitista e não vai ajudar em nada o Brasil. Todos os dias morrem pessoas nas estradas ou vítimas da violência. A classe média só sabe reclamar e não abre mão de seus benefícios e de seus direitos. Eu acho que tem que protestar, sim, mas tem que ser uma coisa inclusiva e tudo no Brasil é exclusivo. Brasileiro gosta de exclusividade, gosta de privilégio".

Os manifestantes reagiram dizendo que ela é beneficiada pelo programa Bolsa Família, do governo federal. "Não sou, ninguém da minha família trabalha no governo", afirmava ela, enquanto era levada em direção ao portão de embarque. Questionada pela Folha, ela não quis dizer em quem votou para presidente. "O voto é secreto."

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Internacional: um ano da conquista da América
















Parece que foi ontem. Passei o dia 16 de agosto de 2006 tenso, angustiado. A noite em que o meu Internacional poderia tornar-se campeão de América pela primeira vez não chegava. Driblei a emoção, liguei para amigos, relembrei que tinha participado das maiores conquistas do colorado até então. Estive no primeiro campeonato nacional em 1975, voltei para o bi em 1976 e repeti a dose do tri invicto em 1979. E também estava nas arquibancadas do Beira-Rio quando o Inter conquistou a Copa do Brasil em 1992. Portanto, estava calejado, tinha estrada...
Mas estava nervoso. E assim fui em procissão com a massa rubra até o nosso estádio, de onde só saí depois de festejar muito o título inédito As fotos de divulgação do site do Inter mostram como foi a festa. Já era madrugada do dia 17 de agosto, mas ninguém se importou. Fui encontrando amigos, telefonei para meu filho Marco - que estava na festa da Goethe - e nem lembro da hora em que fui adormecer feliz com a glória alcançada. Obrigado Clemer, Ceará, Bolívar, Fabiano Eller, Índio, Jorge Wagner, Edinho, Alex, Tinga, Fernandão, Sobis, Abel, Paixão e Carvalho. A metade não está mais no clube, mas a história lhe reserva um lugar especial.
E eu comecei a cantar desde então o hino que a piazada me ensinou:

"COLORADO, COLORADO
NADA VAI NOS SEPARAR
SOMOS TODOS TEUS SEGUIDORES
PARA SEMPRE EU VOU TE AMAR"

Sem esquecer dos tradicionais "Glória do desporto nacional..." e "Papai é o maior...". E fomos ainda mais longe, conquistando o mundo e a Tríplice Coroa. Mas o início de tudo foi alcançado há um ano atrás. Vamos, Inter!

Grande manifestação contra a corrupção e o golpismo

A entusiasmada participação de milhares de pessoas na manifestação de ontem (16 de agosto) em Brasília superou as expectativas da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e das entidades estudantis que convocaram o evento. A polícia do distrito federal estima em “mais de 10 mil” o número de participantes. Os organizadores falam em 30 a 40 mil pessoas. Um ato massivo e de grande importância, avaliam.
Os manifestantes coloriram a Esplanada dos Ministérios. O vermelho vestiu os comunistas e os sem-terra; o verde e amarelo estavam nas roupas e pintado nos rostos dos jovens estudantes. E teve quem vestisse preto para lembrar a luta contra a corrupção. As cores se misturavam também nas milhares de bandeiras carregadas por estudantes, sindicalistas, sem-terra, indígenas, mulheres, trabalhadores rurais, funcionários públicos e militantes dos movimentos sociais que aderiram á manifestação.

Os trabalhadores não cansam















Ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniu mais 20 mil de pessoas (foto acima, de Raquel Camargo) em Brasília na terça-feira, 15 de agosto. A central sindical alfinetou o movimento "Cansei" ao batizar militantes que foram ao Distrito Federal de "incansáveis".

"Não temos tempo para ficar cansados", disse Artur Henrique, presidente da CUT (foto do site da entidade).

Os pleitos dos trabalhadores em Brasília:
- manutenção do veto presidencial à emenda 3
- retirada definitiva do PLP 01
- manutenção e ampliação de todos os direitos previdenciários
- fim do fator previdenciário
- direito à terra
- negociação coletiva no setor público
- direito irrestrito de greve e pelo fim do interdito proibitório
- por uma educação pública de qualidade
- redução da jornada de trabalho

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Para os clubes, a rolagem das dívidas... E para os trabalhadores?

É impossível ficar indiferente diante de notícias como a que está estampada nos jornais de hoje: 80 clubes de futebol do Brasil conseguiram a rolagem das suas dívidas por 240 meses (é isso mesmo: 20 anos). Tudo porque o presidente Lula assinou a regulamentação da Timemania, loteria criada para ajudar a saldar as dívidas fiscais das equipes. Entre elas, o Imposto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ou seja, o que poderia ser considerado crime - o dinheiro destes impostos é dos trabalhadores e foi retido para saldar outros gastos - pode agora ser parcelado a perder de vista.
Pior é que estas mesmas dívidas já tinham sido negociadas. Estão, então, sendo renegociadas, como usualmente ocorre no Brasil. O maior exemplo deste descalabro é o "perdão" dos débitos dos produtores de arroz. Estão sempre renegociando com os diversos governos nos mesmos patamares conseguidos pelos clubes: 20 longos anos. Nunca cessam de pagar. E assim foi com os banqueiros no tão propalado Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) durante o Governo FHC ...
Pergunto: como é o tratamento recebido pelo cidadão na hora de negociar com um banco, com uma financeira ou com uma loja? Paga ou vai para o SPC, para o Serasa ou para outro órgão que lhe manchará o nome. E não tem eliminação de juros e correção monetária e tampouco um prazo tão longo. Não defendo o calote, mas tratamento igualitário para os endividados. Minha posição está acima da linha política que defendo e do clube para o qual torço (um dos beneficiados).

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Mudanças

Todos, sem exceção, passamos por mudanças, separações e perdas ao longo da vida. O que acontece depois disso depende de nós. Precisamos olhar para frente, de cabeça erguida, em busca de um novo horizonte. Obviamente, ficam as coisas boas, prazeirosas e a certeza de que buscamos sempre o melhor. São estas lembranças que devemos guardar. O ruim ficou e deve ser esquecido. Avante!!!!

Frio, calor, chuva, vento, sol intenso... Este é o RS


Amigos de plagas distantes não sabem o que é viver no inverno aqui no Rio Grande do Sul. Escrevo este texto entre uma ou outra olhada pela janela de meu apartamento em Porto Alegre. Lá fora, há um misto de comportamentos diante do clima em que vivemos. Já vi pessoas de camiseta - como eu, na foto ao lado -, outras com um moleton e até gente abrigada sob as abas de um casaco. E olhem que agora - 9h21min - a temperatura é de 24ºC e tende a subir. Ontem, dia maravilhoso, a temperatura aqui na capital do gaúchos chegou a 28,4ºC, superando os 31ºC em algumas cidades do Interior do Estado. Não faz uma semana enfrentamos chuva, vento e frio de renguear cusco. Aqui no RS, usamos esta expressão para dizermos que o frio é tão intenso que pode deixar um cachorro manco. Pois bem, não tivemos veranico em maio - como aconteceu em anos anteriores - mas agora em agosto. Que seja bem vindo. Gosto do calor, detesto o frio!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Péssima notícia: Carta Maior está mudando e enxugando....

A Carta Maior (http://www.cartamaior.com.br) publicou, nesta sexta-feira (10), editorial em que anuncia que ''não está para fechar'' mas que, numa ''decisão difícil'', está ''assumindo um novo perfil'', devido a dificuldades financeiras que se agravaram no início deste ano. A reestruturação, que tornou mais lenta a renovação de conteúdo, atingiu pesadamente a sua redação: de 20 jornalistas empregados no início do ano, dez deixaram a Carta Maior no primeiro semestre outros oito nesta semana.


A logomarca

O editorial é assinado por Flávio Aguiar, editor chefe, e Joaquim Palhares, diretor presidente, um bem sucedido advogado que ajudou a viabilizar o projeto da publicação eletrônica multimídia. O anúncio das demissões é feito em tom constrangido. ''Para garantirmos a sobrevivência da página torna-se imperioso reduzir a redação. Queremos registrar aqui os nomes desses companheiros e companheiras que deram e continuarão dando contribuição indelével para a democratização da comunicação no Brasil, mas que tiveram e terão de buscar sua condição de sobrevivência de outra forma'', diz o texto.

''Está todo mundo triste, claro''
Segundo informou ao Portal Imprensa a jornalista Bia Barbosa, demitida nesta semana, os profissionais não foram pegos de surpresa. ''Ninguém saiu bravo ou achando que as demissões foram uma decisão da empresa. Não houve outra alternativa, pois chegamos a um limite financeiro inviável'', disse ela. ''Está todo mundo triste, claro. A Carta Maior era um espaço diferenciado, onde tínhamos liberdade para escrever, na linha editorial e na pauta'', explica.
A Agência Carta Maior (que mais tarde passaria a assinar simplemente Carta Maior) nasceu durante a primeira edição do Fórum Social Mundial, em janeiro de 2001, em Porto Alegre. Adotou como símbolo um globo que gira com o hemisfério norte embaixo, numna alusão a esta origem alteromundista e formou uma equipe de jornalistas cobrindo São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Sempre teve também como ponto forte a sua equipe de colunistas: Emir Sader – que desde o ano passado passou a manter um blog no site –, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, o economista Paulo Nogueira Batista e escritor uruguaio Eduardo Galeano, entre outros.

Seu conteúdo adota o sistema de copyleft (de livre reprodução), e muitas de suas matérias têm sido veiculadas também em outros endereços progressistas da internet, entre eles o Vermelho. Destacou-se no apoio editorial à candidatura Lula, em 2002 e 2006 e no acompanhamento crítico das turbulências políticas de 2005, com o Escândalo do ''Mensalão''. Adota uma postura de apoio ao governo federal porém distanciando-se em relação a aspectos como política macroeconômica, reforma agrária e meio ambiente. O estrangulamento financeiro teve origem na frustração de projetos de receita, via publicidade, ao lado de um aumento de custos, acarretado por exemplo com a mudança da sede da publicação.


Veja a íntegra do editorial da Carta Maior:

''Carta Maior: novo perfil''

''Queremos deixar claro que a Carta Maior não está para fechar, nem agora nem no futuro próximo. Mas é verdade que estamos para assumir um novo perfil. É uma decisão sempre difícil, pois exige ajustes e um certo tempo para se passar da proposta à realização. Por isso a renovação da página, nestes dias, tornou-se mais lenta do que o habitual.

No começo do ano, durante a crise que, ela sim, quase nos levou ao fechamento, elaboramos um Decálogo de Princípios para nortear nosso trabalho, ao qual permanecemos fiéis.

Em resumo, ele situa a sobrevivência da humanidade e do planeta tal como o conhecemos, dentro de um imperativo de transformações sociais, de produção e de consumo, que exigem um debate político ampliado e urgente.

Estamos dando passos na direção de ampliar na Carta Maior o espaço deste debate de idéias e propostas para as transformações urgentes que nossas sociedades demandam no sentido de se adequarem ao reclamo de desenvolvimento sustentável, que preserve a qualidade de vida e, ao mesmo tempo, amplie o seu alcance como um direito inalienável do exercício da cidadania.

Para nós, da Carta Maior, isso implica retomar a discussão do socialismo como exigência da democracia e do impedimento da ação predatória do capitalismo desgovernado em que vivemos, quanto à preservação da vida como bem comum e da liberdade como direito coletivo e até como exercício individual, exceto para os seus privilegiados. Para nós o socialismo é uma exigência da democracia e vice-versa, ao contrário do que já se apregoou no passado, com conseqüências danosas para ambos, socialismo e democracia.

Queremos aprofundar esse debate na Carta Maior, aumentando o espaço para artigos de reflexão, análise e propostas, com o modo plural e voltado para as lutas sociais da sociedade brasileira, latino-americana e de todas onde viceje a luta por justiça social e liberdade.

Haverá, portanto, mais espaço para artigos de opinião (ou opiniões) na página da Carta Maior. Continuaremos com nossos debates de temas da atualidade, inclusive com transmissão direta pela TV Carta Maior, onde couber. Continuaremos nos propondo a cobertura dos Fóruns Sociais Mundiais e seus correlatos e desdobramentos. Mas haverá menos reportagens e matérias de cobertura de acontecimentos imediatos.

Isso implica e decorre de um ajuste de pessoal na Carta Maior. Para garantirmos a sobrevivência da página torna-se imperioso reduzir a redação. Queremos registrar aqui os nomes desses companheiros e companheiras que deram e continuarão dando uma contribuição indelével para a democratização da comunicação no Brasil, mas que tiveram e terão de buscar sua condição de sobrevivência de outra forma. Continuarão, quando quiserem, colaborando conosco sob a forma de artigos, dentro da proposta de debate que vamos continuar impulsionando e que eles e elas, com seu trabalho diário, formularam e impulsionaram.

Esperamos, por outro lado, manter e mesmo ampliar nosso corpo de colaboradores, e continuar com a fidelidade dos nosso companheiros de caminho, leitores e leitoras, que são parte de nossa discussão de pauta através de suas sugestões, críticas e comentários. Continuamos desejando seu cadastramento para receber nosso boletim que, adequando-se ao novo ritmo, passará a ser divulgado três vezes por semana.

"Se hace camino al andar", diz o nosso lema, no verso do poeta espanhol Antonio Machado. Mais uma vez, Carta Maior responde ao desafio de seu compromisso com a democracia da comunicação descortinando seu caminho e desafio nas lutas de nosso povo por justiça social e liberdade.

Flávio Aguiar, editor chefe
Joaquim Palhares, diretor presidente.''

Com informações da Carta Maior: http://www.cartamaior.com.br

sábado, 11 de agosto de 2007

MEU PAI


Meu pai Otacílio, habitante do Céu - do contrário seria uma baita injustiça - quero te render uma homenagem neste Dia dos Pais. Sabes, como eu, a comemoração é comercial e que eu lembro de ti todos os dias. Velho, foste mais cedo do que eu esperava, mas sei conseguiste cumprir em tua passagem aqui na Terra o que todo homem valoroso pode almejar. Trabalhador consciente, marido correto, pai amoroso e presente e colorado com convicção. Desde que tu partiste, sinto um vazio. Mas sei que estás sempre presente no meu coração, no de minha mãe, de teus outros filhos e dos netos.
Pai, fui muito feliz e senti muito orgulho em estar ao teu lado. Te amo muito e quero estar perto de ti num futuro próximo. Hoje, teu neto Marco almoçará e depois irá no jogo do nosso Inter comigo.
Uma vitória sobre o Goiás será dedicada a ti, meu querido pai. Meu Amado!!!

Contratação ágil. Tomara que o time também seja....


Poucas vezes vi uma troca de treinador tão rápida. Escassas horas depois de demitir o inoperante Gallo, o Internacional anunciou a volta de Abel ao comando do time que ocupa a décima posição da tabela do Brasileirão. Agilidade da direção? Não, porque é exatamente isso que tem faltado ao presidente Piffero e seus colegas do alto comando rubro.
Acontece que Abel pediu demissão depois que o Inter caiu na primeira fase da Libertadores . A alegação: iria para os Emirados Árabes, mas desistiu porque preferiu ficar em Porto Alegre. Colégios dos filhos e reforma de um apartamento no Rio o mantiveram na capital gaúcha. Curioso não? A minha convicção é que Gallo foi realmente uma experiência - fracassada -, e Abel ficou aqui para assumir assim que a demissão do colega fosse consumida. De fato, o ex-técnico foi embora na sexta-feira à noite, enquanto Abel já treinou o time no sábado pela manhã (foto/divulgação Inter) para enfrentar o Goiás no domingo no Beira-Rio. Ou seja, já estava de fato contratado.
Eu e todos os colorados esperamos que o descanso tenha sido proveitoso para o treinador porque o aproveitamento antes de sua saída era pífio e ao nível do alcançado pelo time comandado por Gallo. Ficou em sétimo no Gauchão e não passou às fases seguintes da mais fraca Libertadores dos últimos anos. Vamos confiar, torcendo para que os gritos de "Fora Abel", ouvidos com insistência em abril, não se repitam. Vamos Inter...

Ainda sobre a crise aérea? - recebi do Correio Caros Amigos

Qual crise?


Olmo Xavier
, arquiteto e urbanista


É acintosa a hipocrisia quando o tema é "crise aérea". O debate é necessário. Porém, por que não fazê-lo também sobre outras crises que há muito mais tempo assolam milhões de homens e mulheres diariamente? São incontáveis as horas úteis perdidas por trabalhadores e estudantes de todas as idades nos ônibus, trens e barcos do Brasil. É bom ressaltar que não se trata de uma crise constatada nos últimos 10 meses e sim, nas últimas décadas.
São veículos, na sua maioria, inadequados ao transporte de pessoas, verdadeiros caminhões encarroçados na forma de ônibus, e em péssimo estado de conservação. Estou falando de ônibus e trens que chovem dentro durante a chuva; que sujam e rasgam a roupa do trabalhador; de 10 pessoas por metro quadrado, o que só é comparável a gaiolas que transportam bois e porcos do local de suas engordas ao matadouro; de veículos que quebram e de viagens que não chegam a acontecer; de uma gestão pública que não se apresenta nunca; de artifícios desenhados para ampliar o lucro de empresários, alongando intervalos, superlotando veículos e atrasando a vida do passageiro.
O curioso é que nunca vimos alguém defender a necessidade da criação de CPI’s para discutir o assunto. Os jornais falados, escritos e televisados sequer tangenciam o tema em suas pautas. A não ser quando a crise do transporte público afeta o ir e vir dos cidadãos um pouco mais nobres, como os que conseguem se deslocar com seus próprios veículos. Em uma greve recente dos metroviários na cidade de São Paulo um repórter alardeou na televisão: "O trânsito da cidade está caótico com a greve dos metroviários". Se não fosse pelo caos no trânsito, era bem possível não sabermos que o metrô parou, três vezes só neste ano, na maior cidade brasileira.
Isso se dá, pura e simplesmente, pelo fato de os brasileiros que utilizam os serviços de transporte coletivo serem, na maioria, cidadãos pertencentes às classe C e D, carentes de canais para denunciar os seus problemas cotidianos. Os cidadãos da classe E andam a pé por não ter condições de arcar com o preço das tarifas.
O ciclo é tão vicioso, que nós fomos convencidos que pessoas classificadas nas classes A e B valem mais que as demais. Se um usuário de transporte público for entrevistado no interior de um terminal de ônibus urbano em qualquer cidade brasileira, ele irá discorrer sobre a crise aérea com mais propriedade do que falaria sobre as causas das mazelas que enfrenta em seus deslocamentos diários. Mesmo que nunca tenha pisado em um aeroporto. Por quê?
Esta orquestra tem um maestro: a mídia. No contexto sócio- econômico-cultural de país em desenvolvimento, a mídia exibe uma força descomunal e um imenso poder de persuasão. Cabe lembrar que em países como França, Inglaterra e os Estados Unidos, esse poder diminuiu na medida em que a democracia se fortaleceu. A sociedade passa a se balizar em mais variadas fontes de informação. Aqui, a mídia tenta reger a sociedade e os políticos. Aqui a mídia causa.
O setor aéreo tem passado por grandes transformações nos últimos anos. O número de passageiros se multiplicou com o início de um processo de "deselitização" do transporte aéreo, previsível no cenário de melhor distribuição de renda e relativo crescimento econômico. Em 2000, Congonhas, em São Paulo, recebeu 10 milhões de passageiros e o aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, 5 milhões. Em 2006, 18 e 9,6 milhões, respectivamente. Em todo o país, o crescimento também foi expressivo. Em 2003, eram 72 milhões, no ano passado,esse número chegou a 102 milhões. Curiosamente, o número de aeronaves das maiores companhias caiu de 350 em 2001 para 265 hoje.
A infra-estrutura, de fato, não acompanhou a velocidade desse processo e deixa a desejar em vários aspectos. Porém, as apurações dos dois trágicos acidentes que mataram quase 400 pessoas, apontam para falha humana ou mecânica como causas dos desastres. Ou seja, a crise não merece o status de caos nacional, diante dos enormes problemas sociais que temos. Respostas precisam ser dadas. Mas outras muitas perguntas estão lançadas.
Como aceitar quem, a cada dois dias, morram em acidentes de trânsito no País o equivalente a uma tragédia com o avião da TAM, cheio de gente? Quanto isto custa para nós em dores e em dólares?
Serviços essenciais a todos os brasileiros como saúde, educação, moradia, alimentação, transporte público, segurança, lazer e, inclusive, o sistema de transporte aéreo merecem toda nossa atenção e empenho. Não podemos esmorecer alegando cansaço como alguns. A luta é árdua e a estrada é longa.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Os 70 anos de um grande ator


Ainda guardo em uma prateleira de meu escritório caseiro a fita VHS do filme Rain Man, em que o ator americano Dustin Hoffman faz uma de suas melhores representações na pele de um autista com um incrível potencial de memória. Ganhou o Oscar ao natural. E olhem que ele foi igualmente brilhante em muitos outros filmes, como A Primeira Noite de um Homem, Perdidos na Noite, Todos os Homens do Presidente, Kramer Versus Kramer, Tootsie e muito mais.
Lembrei do artista porque li, em uma pequena nota de jornal, que hoje ele completa 70 anos de vida, a maioria dos quais dedicados ao cinema. Dustin nasceu em Los Angeles, em 1937, e mostrou desde cedo que tinha o cinema nas veias. Detalhe importante: até agora tem no currículo a participação em 57 filmes, três das quais estão atualmente em produção: Kung Fu Panda; The Tale of Despereaux e Last Chance Harvey. Ou seja, para nós que o admiramos, é uma baita sorte vê-lo em plena forma. Que seja assim por muito tempo, Dustin.

Para homenageá-lo, publico sua filmografia e prêmios consquistados, publicados no site Adorocinema.com (http://adorocinema.cidadeinternet.com.br):

Filmografia

2007 - Mr. Margorium's Wonder Emporium
2006 - Perfume - A história de um assassino (Perfume: The story of a murderer)
2006 - O amor não tira férias (Holiday, The)
2006 - Mais estranho que a ficção (Stranger than fiction)
2005 - A cidade perdida (Lost city, The)
2005 - Deu zebra (Racing stripes) (voz)
2004 - Desventuras em série (Lemony Snicket's A series of unfortunate events)
2004 - Entrando numa fria maior ainda (Meet the Fockers)
2004 - Huckabees - A vida é uma comédia (I heart Huckabees)
2004 - Em busca da Terra do Nunca (Finding Neverland)
2003 - O júri (Runaway jury)
2003 - Confidence - O golpe perfeito (Confidence)
2002 - Vida que segue (Moonlight mile)
2002 - O show não pode parar (Kid stays in the picture, The)
2001 - Goldwyn
1999 - Joana D'Arc de Luc Besson (Messenger: The story of Joan of Arc, The)
1998 - Esfera (Sphere)
1997 - Mera coincidência (Wag the dog)
1997 - O quarto poder (Mad city)
1996 - Sleepers - A vingança adormecida (Sleepers)
1996 - American buffalo (American buffalo)
1995 - Epidemia (Outbreak)
1992 - Herói por acidente (Hero)
1991 - Hook - A volta do Capitão Gancho (Hook)
1991 - Billy Bathgate - O mundo a seus pés (Billy Bathgate)
1991 - A wish for wings that work
1990 - Dick Tracy (Dick Tracy)
1989 - Negócios de família (Family business)
1988 - Rain Man (Rain Man)
1987 - Ishtar (Ishtar)
1985 - A Morte do Caixeiro Viajante (Death of a salesman) (TV)
1982 - Tootsie (Tootsie)
1979 - O mistério de Agatha (Agatha)
1979 - Kramer versus Kramer (Kramer vs. Kramer)
1978 - Straight time
1976 - Todos os homens do presidente (All the President's men)
1976 - Maratona da morte (Marathon man)
1974 - Lenny (Lenny)
1973 - Papillon (Papillon)
1972 - Alfredo, Alfredo (Alfredo, Alfredo)
1971 - Point, The (TV)
1971 - Sob o domínio do medo (Straw dogs)
1971 - O inimigo oculto (Who is Harry Kellerman and why is he saying those terrible things about me?)
1970 - Pequeno grande homem (Little big man)
1969 - John e Mary (John and Mary)
1969 - Perdidos na noite (Midnight cowboy)
1968 - A louca corrida dos milhões (El millón de Madigan)
1967 - A primeira noite de um homem (Graduate, The)
1967 - Star wagon, The (TV)
1967 - Tiger makes out, The
1966 - Journey on the fifth house, The (TV)

Prêmios

- Recebeu 7 indicações ao Oscar de Melhor Ator, por "A Primeira Noite de um Homem" (1967), "Perdidos na Noite" (1969), "Lenny" (1974), "Kramer Versus Kramer" (1979), "Tootsie" (1982), "Rain Man" (1988) e "Mera Coincidência" (1997). Ganhou por "Kramer Versus Kramer" e "Rain Man".

- Recebeu 5 indicações ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Drama, por "Perdidos na Noite" (1969), "Lenny" (1974),, "Maratona da Morte" (1976), "Kramer Versus Kramer" (1979) e "Rain Man" (1988). Venceu por "Kramer Versus Kramer" e "Rain Man".

- Recebeu 5 indicações ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Comédia/Musical, por "A Primeira Noite de um Homem" (1967), "John e Mary" (1969), "Tootsie" (1982), "Hook - A Volta do Capitão Gancho" (1991) e "Mera Coincidência" (1997). Venceu por "Tootsie".

- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator - Mini-série/Filme para TV, por "A Morte do Caixeiro Viajante" (1985).

- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Revelação Masculina, por "A Primeira Noite de um Homem" (1967).

- Ganhou o Prêmio Cecil B. DeMille, concedido pela Associação dos Jornalistas Estrangeiros em Hollywood, em 1997.

- Recebeu 9 indicações ao BAFTA de Melhor Ator, por "Perdidos na Noite" (1969), "John e Mary" (1969), "Pequeno Grande Homem" (1970), "Lenny" (1974), "Maratona da Morte" (1976), "Todos os Homens do Presidente" (1976), "Kramer Versus Kramer" (1979), "Tootsie" (1982) e "Rain Man" (1988). Ganhou por "Perdidos na Noite" e "John e Mary" e por "Tootsie".

- Ganhou o BAFTA de Melhor Revelação, por "A Primeira Noite de um Homem" (1967).

- Ganhou um Urso de Ouro honorário, no Festival de Berlim de 1989.

- Ganhou um Leão de Ouro honorário, no Festival de Veneza de 1996.

- Ganhou o MTV Movie Awards de Melhor Comediante, por "Entrando Numa Fria Maior Ainda" (2004).

Acesso à internet reflete as desigualdades sociais



É nas residências de moradores do Distrito Federal que está a maioria (31,1%) dos computadores conectados à internet no país. O Distrito Federal também é a unidade da Federação onde a população mais utiliza a rede mundial: 41,1%.
No estado do Maranhão, cerca de 2% dos lares estão conectados e é de 7,7% a parcela de moradores que usam a rede, seja dentro de casa, em centros públicos ou escolas.
Os dados são do Mapa das Desigualdades Digitais do Brasil, divulgado ontem (7), pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla). O trabalho, com apoio do Ministério da Educação, relacionou às desigualdades fatores socioeconômicos como renda, raça e oferta de postos de acesso público. Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2005, o estudo aponta que no grupo de menor renda da população uma parcela de 0,8% possui internet em casa.

Ricos conectados

Entre a população mais rica sobe para 56,3% o percentual de casas com acesso à rede – “uma diferença de 7.600%”, segundo a pesquisa. Ainda de acordo com o estudo, cerca de 28% da população brasileira autodeclarada branca na Pnad utilizam a internet, de maneira geral – mais que o dobro dos 13,3% da população negra. Em relação à população branca (27,8%), na região Sul a população negra tem menos acesso à internet (15,3%). Nos estados, praticamente não há diferenças nesse item.
“Tais brechas nada mais são que uma nova forma de manifestação das tradicionais diferenças e divisões existentes em nossas sociedades e no mundo, novas formas de exclusão, que reproduzem e reforçam diferenças pré-existentes”, afirma a pesquisa, ao reiterar que o acesso às tecnologias da informação estimula o enriquecimento cultural e a melhoria da educação.

Desigualdade no mundo

O site do jornal Financial Times também publicou ontem (07), uma pesquisa apontando que a publicidade online deve superar o investimento em jornal até 2011, nos Estados Unidos. A previsão é de que por lá, a publicidade online ultrapase a casa dos U$ 62 milhões, enquanto os jornais não conseguirão abocanhar mais do que U$ 60 milhões. No Brasil, a publicidade online ainda engatinha - apesar da internet apresentar franca penetração e expansão entre o público de maior poder aquisitivo, conforme detectou a pesquisa Pnad.

Fonte: Agência Brasil e Financial Times

Sou classe média, papagaio de telejornal


Veja e ouça porque vale a pena!

O novo sucesso do YouTube é um vídeo do cantor Max Gonzaga (foto), que canta uma música sobre a classe média brasileira.
A música tem o título "Classe Média" e diz: "sou classe média, papagaio de telejornal".

Mais de 103 mil internautas já assistiram ao vídeo no YouTube.
Clique aqui para ver o vídeo.

A invenção da crise - Marilena Chauí


Por ser necessário e indispensável, repasso aos amigos mais um inteligente e lúcido texto da filósofa , escritora e professora da Faculdade de Letras e Ciências Humanas da USP Marilena Chauí (foto divulgação).

Era o fim da tarde. Estava num hotel-fazenda com meus netos e resolvemos ver jogos do PAN-2007. Liguei a televisão e “caí” num canal que exibia um incêndio de imensas proporções enquanto a voz de um locutor dizia: “o governo matou 200 pessoas!”. Fiquei estarrecida e minha primeira reação foi típica de sul-americana dos anos 1960: “Meu Deus! É como o La Moneda e Allende! Lula deve estar cercado no Palácio do Planalto, há um golpe de Estado e já houve 200 mortes! Que vamos fazer?”. Mas enquanto meu pensamento tomava essa direção, a imagem na tela mudou. Apareceu um locutor que bradava: “Mais um crime do apagão aéreo! O avião da TAM não tinha condições para pousar em Congonhas porque a pista não está pronta e porque não há espaço para manobra! Mais um crime do governo!”. Só então compreendi que se tratava de um acidente aéreo e que o locutor responsabilizava o governo pelo acontecimento.Fiquei ainda mais perplexa: como o locutor sabia qual a causa do acidente, se esta só é conhecida depois da abertura da caixa preta do avião? Enquanto me fazia esta pergunta e angustiada desejava saber o que havia ocorrido, pensando no desespero dos passageiros e de suas famílias, o locutor, por algum motivo, mudou a locução: surgiram expressões como “parece que”, “pode ser que”, “quando se souber o que aconteceu”. E eu me disse: mas se é assim, como ele pôde dizer, há alguns segundos, que o governo cometeu o crime de assassinar 200 pessoas? Mudei de canal. E a situação se repetia em todos os canais: primeiro, a afirmação peremptória de que se tratava de mais um episódio da crise do apagão aéreo; a seguir, que se tratava de mais uma calamidade produzida pelo governo Lula; em seguida, que não se sabia se a causa do acidente havia sido a pista molhada ou uma falha do avião. Pessoas eram entrevistadas para dizer (of course) o que sentiam. Autoridades de todo tipo eram trazidas à tela para explicar porque Lula era responsável pelo acidente. ETC.Mas de todo o aparato espetacular de exploração da tragédia e de absoluto silêncio sobre a empresa aérea, que conta em seu passivo com mais de 10 acidentes entre 1996 e 2007 (incluindo o que matou o próprio dono da empresa!), o que me deixou paralisada foi o instante inicial do “noticiário”, quando vi a primeira imagem e ouvi a primeira fala, isto é, a presença da guerra civil e do golpe de Estado. A desaparição da imagem do incêndio e a mudança das falas nos dias seguintes não alteraram minha primeira impressão: a grande mídia foi montando, primeiro, um cenário de guerra e, depois, de golpe de Estado. E, em certos casos, a atitude chega ao ridículo, estabelecendo relações entre o acidente da TAM, o governo Lula, Marx, Lênin e Stálin, mais o Muro de Berlim!!!

Minhas (nossas) comunidades

Respeito a opinião das pessoas que criticam a participação no Orkut. Entre os inconveninentes, estariam a falta de privacidade, a presença de pornografia e uma alegada futilidade. No ínicio concordava com isso, mas me aventurei e descobri que este mundo é especial se soubermos usá-lo. Além de reencontrar amigos que estavam distantes, procurei me dedicar a assuntos de meus interesses profissional, político e de lazer (futebol, cinema, música, litaratura, etc). As comunidades das quais participam estão no meu profile e exibem meus gostos.
Mas o que mais toma o meu tempo são as comunidades sobre Jornalismo que gerencio. Ali estão velhos profissionais, jovens recém formados e estudantes. Todos em busca de conhecimento e debate em torno desta bela profissão. Sou exigente e gosto de ver mais gente interessada. Por isso, convido novos colegas a participarem das seguintes comunidades:

SOU JORNALISTA DIPLOMADO
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=683365
ABAIXO JORNALISTA SEM DIPLOMA
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3611118
JORNALISTAS/RS DIPLOMADOS
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=20021096
SINDICATO DOS JORNALISTAS
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=559172

Sejam bem-vindos!!!!!

Educação

"A verdadeira educação de um homem é aquela que ele demonstra nos momentos em que não tem a obrigação de ser gentil."
Autor Desconhecido

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Cansamos

Veja e divulgue esse vídeo editado pela amiga Zeca Esplicio sobre o movimento Cansei.

Está disponível em http://videolog.uol.com.br/video.php?id=252917&ordem=7&parametro=oab

Vale a pena!!!!!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Sem flauta por duas rodadas


Escrevo para os gaúchos. Quem não for desta turma fanática do extremo sul do Brasil, procure entender minhas colocações. Pois neste fim de semana não aconteceu "flauta" no pampa. Para quem não conhece, este termo se aplica a quem "goza" do adversário derrotado. Ou Grêmio, ou Inter. É assim a rotina dos quase cem anos que dividem o RS ao meio no campo do futebol. As duas capas do jornal Zero Hora em épocas distintas, reproduzidas acima, evidenciam a gozação fanática de um colorado: eu.
Contudo, uma tragédia abateu os gaúchos nas duas últimas rodadas do Brasileirão: ambos perderam. Com isso, hoje o colorado passa pelo gremista e apenas o cumprimenta de forma cerimoniosa. A mesma atitude é adotada pelo tricolor. Não queremos isso. Nesta terra, de espírito farroupilha e aguerrido, almejamos a disputa e a derrota do rival, mesmo que seja para o poste da esquina. Inter e Grêmio dependem um do outro e, por isso, alcançaram as suas maiores glórias em campeonatos regionais, nacionais, continentais e mundiais.
Também em razão desta rivalidade o Inter produziu craques como Falcão, alçado à condição de Rei de Roma, enquanto o Grêmio se rendeu a Ronaldinho, considerado por dois anos o maior craque do Mundo. Vieram mais: Renato, Nilmar, Daniel Carvalho, Sobis, Anderson... E agora o fenômeno Pato e o promissor Carlos Eduardo! Quantos ainda surgirão em nome desta saudável rivalidade?
Por isso, quero manter acessa esta disputa que poderá conduzir um dos nossos clubes - que seja meu Inter - ao topo maior do campeonato brasileiro. Temos todo o segundo turno para isso.

Vamos Inter, vamos Grêmio!!!
Um puxa o outro....

domingo, 5 de agosto de 2007

Os indiferentes

Odeio os indiferentes. Acredito que viver significa tomar partido. Indiferença é apatia, parasitismo, covardia. Não é vida. Por isso, abomino os indiferentes. Desprezo os indiferentes, também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes" (Gramsci)

sábado, 4 de agosto de 2007

Professor de ética vê politização em acidente


A "tragédia anunciada" revelou-se não apenas um clichê, mas um grande erro. Ao que tudo indica, o acidente com o avião da TAM não teve nada a ver com pista molhada, "grooving" ou ineficiência governamental.
Suspeito usual por conta da crise aérea - que é concreta e inegável -, o governo foi quase de imediato relacionado às 199 mortes por comentaristas, políticos e meios de comunicação, ainda que várias vozes ponderadas apontassem a necessidade de, ao menos, esperar pelos dados das caixas-pretas.
Para Clóvis de Barros Filho, professor de Ética da Comunicação, esse movimento não é surpreendente. "Já não é de hoje que a mídia em geral tem apreço por endossar versões que deslegitimam a ação do Estado", afirmou, em entrevista a Terra Magazine.
O professor vê sinais de politização em uma cobertura jornalística que deveria ser técnica. "É óbvio que algumas manifestações de autoridades do governo são profundamente infelizes, inclusive do presidente da República. Entretanto continuo a acreditar que existe uma confusão propositadamente estabelecida com o intuito de fazer com que um caso gravíssimo e episódico seja inscrito numa crise - que existe, mas que não tem nada a ver com esse acidente." Que a confusão está estabelecida, não há dúvidas. Uma busca no Google pelos termos "tragédia anunciada", "TAM" e "Congonhas" traz links para mais de 60 mil sites.
Leia a seguir a entrevista de Barros

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Mônica: Veja, Playboy ...


Qualquer cidadão de boa memória deve lembrar que a jornalista Mônica Veloso ficou conhecida em todo o País, no final de maio, por meio das páginas da revista Veja, do Grupo Abril. E não era por suas qualidades profissionais, mas pelo fato de ter um filha fora do casamento com o presidente do Senado, Renan Calheiros. E também não foi em razão deste romance. À revista, a jornalista disse o dinheiro da pensão vinha dos bolsos do lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. E assim vai... O resto todo mundo já sabe.
A novidade do momento é que Mônica anunciou que irá posar nua para a revista Playboy e estaria apenas aguardando o acerto do cachê para tirar a roupa. Detalhe: a Playboy é editada pelo mesmo Grupo Abril proprietário da Veja. Coincidência?
Chama a atenção o fato de que outra mulher tornada peça-chave de um escândalo, Fernanda karina Somaggio, se ofereceu para posar nua para a mesma revista masculina e não levou. Secretária do publicitário Marcos Valério, suspeito de operador do chamado mensalão, denunciou em 2005 supostas irregularidades praticadas por seu ex-chefe para a Revista IstoÉ - Dinheiro, do Grupo Três, concorrente da Abril. As versões são variadas: a direção da Playboy disse que nunca negociou com a secretária, enquanto Fernanda Karina afirmou não ter chegado a um consenso sobre o cachê. Ela queria R$ 2 milhões.

Pois é... Acho que haverá este acerto com Mônica!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Os erros da cobertura apressada

do Blog Luis Nassif Online (http://luisnassifeconomia.blig.ig.com.br)

Coluna Econômica – 02/08/2007

No meu livro "O Jornalismo dos anos 90" relato quase duas dezenas de casos de cobertura da mídia em que o "efeito manada" produziu erros gigantescos.
Aparentemente, não se aprende. A mais nova reedição do caso "Escola Base" está na cobertura do acidente com o Airbus da TAM, que vitimou mais de duzentas pessoas; o “japonês” do acidente aéreo foi um morto que não podia se defender: o piloto.
Com o choque inicial, logo após o acidente passou-se a uma busca frenética por culpados. Em um primeiro momento concentrou-se no governo, na pista de Congonhas, na falta de ranhuras no asfalto.
Deixou-se de lado o jornalismo para se ficar numa ladainha única, em que nenhuma outra hipótese era investigada. E essa algaravia escondeu outras interpretações comentadas por especialistas, mas que não chegavam às páginas dos jornais.
Nos poucos momentos em que se permitiu um pouco de jornalismo, descobriu-se que o avião em questão estava com o chamado reverso pinado - um reverso inoperante. Reverso é um sistema inverte o empuxe do motor, ajudando a frear a aeronave.
Seguiu-se um festival de explicações "técnicas", de que o reverso não era relevante, que seria apenas um luxo a mais nas aeronaves, que importante eram os freios e "spoilers".
Quando a caixa preta (que grava as conversas na cabine) foi enviada para os Estados Unidos, acompanhada por uma comitiva de deputados, o discurso começou a se inverter. De repente, o reverso passava a ser importante porque, quando não está em funcionamento, exige uma nova posição dos manetes (os instrumentos que permitem ao piloto controlar a altura da aeronave). Se, na hora de pousar, o piloto não muda a maneira tradicional de colocar os manetes, os instrumentos eletrônicos de bordo interpretam como se ele estivesse querendo decolar. Em vez das turbinas reduzirem, elas aceleram.
Ora, havia duas explicações para eventuais problemas com os manetes: ou erro humano ou problemas mecânicos. Sendo a segunda hipótese, estariam comprometidas a TAM, as autoridades aeronáuticas e, provavelmente, a Airbus.
Aí se viu na cobertura uma mudança de rota inacreditável. Publicação capaz de atribuir ao governo responsabilidades até das precipitações pluviométricas, passaram a encampar a tese do erro humano, poupando as autoridades e sequer mencionando responsabilidades da TAM. O culpado passou a ser um morto, que não podia se defender.
Com a divulgação dos diálogos registrados na cabine, muda o quadro. Um piloto alerta o outro que o reverso esquerdo estava paralisado; o outro concorda. O que significa que pousaram sabendo como proceder. Nos diálogos, descobre-se que o "spoiler" - um sistema de frenagem mais potente que o reverso - não funcionou,que os freios provavelmente não funcionaram. Pode ter sido erro dos pilotos? Pode, mas numa probabilidade muito baixa.
Semanas de cobertura intensiva desmentidas, todas as afirmações peremptórias desmascaradas, a voz do morto, saindo dos arquivos da caixa preta para absolvê-lo.

Como ficamos? Como fica o jornalismo?

Tem que haver limites para o show.

Mostrem a cara!!!!

A OAB de São Paulo e outras entidades lançaram um movimento estranho que se anunciava como apartidário, mas na primeira passeata só exibiu cartazes e faixas notoriamente partidárias. Contra o Governo Lula. Camuflado de defensor do interesse público, um grupo minguado de milionários do Estado mais endinheirado do País resolveu explorar uma tragédia — o desastre com o avião da TAM em Congonhas — para detonar o governo federal.
Basta olharmos o cartaz ao lado para notarmos qual o propósito destes senhores - e senhoras - que não têm qualquer escrúpulos em usar o dinheiro dos associados de suas entidades para promover uma nova manifestação no sábado. Tampouco para mexer com o coração dos parentes das vítimas do vôo 3054. Tentam dissimular e disfarçar, mas não conseguem enganar. O pior é ver seccionais da OAB de outros Estados desaprovando atitudes como a da Ordem paulista. Da FIESP, da Associação Comercial e da Veja já se esperava este comportamento. Mas da OAB, que deveria defender seus associados, serve de ponta de lança para outros interesses.
O tal Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros deveria ser assumido por seus verdadeiros patrocinadores. Mais: mostrar com clareza suas reais intenções, como sempre fez a elite brasileira em defesa de seus interesses patrimoniais.


quarta-feira, 1 de agosto de 2007

A ética do jornalistas

O momento não poderia ser mais propício. Enquanto os indícios de calúnia e difamação prosperam na grande mídia e não é criado o tão esperado Conselho Federal dos Jornalistas, o negócio é debater o o atual Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. De sexta-feira a domingo, delegações de 20 estados se reunião em Vitória (ES) para debater a atualização do atual código. Na abertura do Congresso Nacional Extraordinário haverá a posse da nova direção da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Comissão Nacional de Ética, eleitas pelo voto direto da categoria, em processo recentemente encerrado. Outro destaque do evento será a conferência de abertura, com o jornalista colombiano Javier Restrepo, que teve seu horário e local alterados.
O atual Código de Ética dos Jornalistas está em vigor desde 1987. O debate sobre sua atualização vem sendo debatido há três anos e foi intensificado a partir do início o ano passado. O código foi, inclusive, submetido a processo de consulta pública. Uma Comissão Nacional sistematizou as propostas apresentadas, que resultaram na tese guia do evento.
Além da posse das novas diretoria e Comissão de Ética definidas na eleição direta que a Fenaj promoveu de 16 a 18 de julho, no Congresso Nacional Extraordinário haverá, também, uma homenagem ao Vice-presidente da atual Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas, José Hipólito de Araújo, que faleceu no início de 2007.
O jornalista colombiano e especialista em ética, Javier Darío Restrepo, estará em Vitória no sábado. Mas a conferência ''Ética e Jornalismo na América Latina'', antes prevista para as 9h, foi transferida para as 14h, no auditório do Hotel Bristol. A mudança se deu porque Restrepo estará vindo de uma outra conferência, em Washington, e sua chegada ao Brasil será no início da manhã de sábado.

Mais informações no site www.fenaj.org.br

terça-feira, 31 de julho de 2007

A verdade camuflada


A cada dia compreendo o que Khalil Gibran (foto do site www.paralerepensar.com.br) pretendeu dizer com a citação abaixo:

"A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-te.
Portanto, se quiseres compreendê-la, não escutes o que ela diz, mas antes o que não diz."

As relações humanas são muito difíceis e sempre recheadas de cinismo, hipocrisia....
Ao observarmos o dia-a-dia da política, lermos um jornal ou revista ou assistirmos à programação das grandes emissoras de televisão temos certeza de que a intenção não está expressa apenas nas palavras ditas ou escritas. Mas no que é implícito, camuflado.
Este movimento alcunhado de "Cansei" é a prova cabal do que penso. Entidades, profissionais liberais e empresários usam politicamente o drama de centenas de pessoas - as vítimas do desastrado vôo da TAM e seus familiares - para tentarem alcançar um objetivo. Que não é explícito, que não está anunciado. Mas, conhecendo o que os integrantes do grupo não dizem, sabemos onde eles querem chegar.
Só neste final de semana - passados mais de dez dias do acidente com o vôo 3054 - alguns veículos de comunicação brasileiros começaram a admitir que a causa foi falha humana. Ou seja,
os dados da caixa-preta do Airbus A320, que chegou ontem ao Congresso, apontariam que houve erro do piloto na operação da alavanca de aceleração das turbinas. Algo que jornais da Argentina e dos Estados Unidos já vinham noticiando. Contudo, alguns veículos continuam insistindo em arremeter suas baterias contra o Governo federal, abrindo página com títulos como "Pista criticada por 11 vôos". Não dizem o que pretendem, mas as entrelinhas revelam os propósitos.