Quem acompanha o futebol sabe que o poderio econômico está na Europa. Os times que mais investem e têm nos seus plantéis os melhores jogadores do planeta são da Itália, da Espanha, da Inglaterra, da França e da Alemanha. Como consequência, estes países deveriam dominar a Copa do Mundo, que realiza-se de quatro em quatro anos. Não é bem assim. Na atual competição, na África do Sul, a Itália (campeã em 2006) e a França já caíram fora. Amanhã, jogam Alemanha ou Inglaterra, e uma delas se despedirá prematuramente.
No entanto, o Uruguai e Gana se classificaram hoje e estão entra os oito melhores do mundo. Um deles, figurará entre os quatro. É desnecessário dizer que ambos são países pobres na América do Sul e na África e fornecem jogadores a preços irrisórios para a Europa. Mas estão lá, algo que França e Itália não conseguiram. Muitas surpresas virão. Uma certeza é que e poderosa Europa só terá três times entre os oito melhores. Seis que se classificaram entre os 16 jogam entre si. A América do Sul, que classificou os seus cinco representantes nas oitavas de finais, poderá ter quatro no momento decisivo. É que haverá um confronto direto entre Brasil e Chile, quando um deles será eliminado. Confio que sejam os hermanos das Cordilheiras dos Andes.
Há uma tendência de que, pela primeira vez, Brasil e Argentina disputem a final da Copa do Mundo. Será um confronto épico. Não é mais sonho, é uma possibilidade.
Blog destinado ao Jornalismo, com informações e opiniões nas seguintes áreas: política, sindical, econômica, cultural, esportiva, história, literatura, geral e entretenimento. E o que vier na cabeça... Leia e opine, se quiseres!
sábado, 26 de junho de 2010
Governo do Estado silencia sobre campanha publicitária
Leiam com atenção a informação divulgada abaixo.
É investimento do Governo do Estado com dinheiro nosso.
E não pouca coisa.
A resposta deve ser dada no dia 3 de outubro,
quando os gaúchos vão depositar seu voto nas urnas.
Está veiculando desde o início da semana uma ampla campanha do Governo do Estado que envolve comerciais de TV e jingles de rádio, entre outras iniciativas. Na última segunda-feira, 21, como parte destas ações, o Governo do Estado encartou nos jornais Correio do Povo, Jornal do Comércio, O Sul e Zero Hora um informe comercial com 20 páginas a cores e tiragem de 350 mil exemplares. O investimento nas ações de mídia é de R$ 3,2 milhões. O custo de produção de filmes para TV e jingles e spots para rádio está estimado em R$ 800 mil.
Em busca de informações mais detalhadas e oficiais, desde o início da semana a reportagem de Coletiva.net tenta contato com a Comunicação do Palácio Piratini. Apesar das várias tentativas, nenhum retorno foi dado pela assessoria governamental.
Fonte: Coletiva.net
É investimento do Governo do Estado com dinheiro nosso.
E não pouca coisa.
A resposta deve ser dada no dia 3 de outubro,
quando os gaúchos vão depositar seu voto nas urnas.
Está veiculando desde o início da semana uma ampla campanha do Governo do Estado que envolve comerciais de TV e jingles de rádio, entre outras iniciativas. Na última segunda-feira, 21, como parte destas ações, o Governo do Estado encartou nos jornais Correio do Povo, Jornal do Comércio, O Sul e Zero Hora um informe comercial com 20 páginas a cores e tiragem de 350 mil exemplares. O investimento nas ações de mídia é de R$ 3,2 milhões. O custo de produção de filmes para TV e jingles e spots para rádio está estimado em R$ 800 mil.
Em busca de informações mais detalhadas e oficiais, desde o início da semana a reportagem de Coletiva.net tenta contato com a Comunicação do Palácio Piratini. Apesar das várias tentativas, nenhum retorno foi dado pela assessoria governamental.
Fonte: Coletiva.net
Relatório sobre a PEC dos Jornalistas será apresentado em julho
O relator da PEC 386/09 deverá apresentar seu parecer à Comissão Especial da Câmara dos Deputados no dia 7 de julho. A nova data foi informada na audiência pública da Comissão realizada nesta quarta-feira (23/06). Com exceção da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), todas as entidades e especialistas ouvidos pela Comissão até o momento afirmaram que a exigência do diploma qualifica o Jornalismo e não fere a liberdade de expressão. Dando prosseguimento aos seus trabalhos, a Comissão Especial já realizou três audiências públicas. Uma delas ocorreu no dia 16 de junho e contou com as participações do autor da PEC, deputado Paulo Pimenta (PT/RS), do advogado constitucionalista Ivo Dantas, e do secretário-geral do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos Vinícius Furtado Coelho.
Constituição veda a censura, não a regulamentação profissional
Dantas enfatizou que o diploma e o registro de jornalista não ferem o direito à liberdade de expressão. "A Constituição veda a censura, mas não a regulamentação profissional. Só quem frequentou os bancos da universidade pode enfrentar os desafios técnicos do ofício. Uma noticia mal apurada pode causar dano moral ou comoção popular", disse. Marcos Vinícius Furtado Coelho, reforçou tal concepção, sustentando que a formação ética e técnica contribui para o exercício responsável da liberdade de imprensa.
No dia 17, quando atos públicos realizados em diversos estados lembraram a passagem de um ano da fatídica decisão do STF que derrubou com a exigência do diploma para o exercício da profissão, os deputados Hugo Leal (PSC/RJ), Arolde de Oliveira (DEM-RJ) e Chico Alencar (P-SOL-RJ), visitaram a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O posicionamento da entidade foi apresentado por seu presidente, Maurício Azedo. "A ABI tem uma posição histórica de defesa da formação em nível superior dos profissionais de imprensa, para que se tenha um alto padrão técnico, cultural e ético do jornalismo que se pratica no país", disse.
O encontro contou, também, com as participações dos presidentes da FENAJ, Sergio Murillo, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, Suzana Blass, e do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro, Ernesto Viana, que pouco antes participaram de um ato em defesa do diploma em frente à sede da ABI.
A terceira audiência pública da Comissão Especial, realizada nesta quarta-feira (23/06), contou com as participações do presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), Carlos Franciscato, do coordenador do curso de Comunicação Social da PUC-Rio, Leonel de Aguiar, do diretor do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof, do presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Antonio Carlos Hohlfeldt, advogada e professora de Comunicação Leise Taveira dos Santos, e do representante da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o advogado Rodrigo Kaufmann.
Fim da exigência do diploma desqualifica o Jornalismo
Os depoimentos na Comissão reafirmaram que foi um equívoco do STF confundir liberdade de expressão com o livre direito ao exercício da profissão e que o fim da exigência do diploma resultará na desqualificação do exercício da profissão de jornalista. Apenas o representante patronal considerou que ter o diploma como único meio de acesso ao jornalismo constitui um problema e que o exercício profissional do jornalista se vincula ao direito à liberdade de expressão na Constituição brasileira.
Atento aos argumentos e disposto a evitar que a aprovação da PEC 386/09 venha a ser questionada judicialmente no futuro, o relator da matéria já anunciou que dará nova redação à proposta para evitar interpretações de inconstitucionalidade. Seu objetivo é distinguir claramente os conceitos de liberdade de expressão dos meios de comunicação e de atividade jornalística.
Mobilização
O objetivo dos integrantes da Campanha em Defesa do Diploma é ampliar as articulações com parlamentares para que a tramitação da matéria evolua mais em julho e que em agosto, após o recesso parlamentar, a matéria esteja pronta para votação no plenário da Câmara dos Deputados. Neste sentido a orientação é para que os apoiadores do movimento enviem mensagens de sensibilização aos membros da Comissão Especial e aos líderes de bancadas na Câmara pela aprovação da PEC. A coordenação do movimento pede, também, que prossigam as manifestações aos senadores pela aprovação da PEC 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE).
Fonte: Fenaj
Constituição veda a censura, não a regulamentação profissional
Dantas enfatizou que o diploma e o registro de jornalista não ferem o direito à liberdade de expressão. "A Constituição veda a censura, mas não a regulamentação profissional. Só quem frequentou os bancos da universidade pode enfrentar os desafios técnicos do ofício. Uma noticia mal apurada pode causar dano moral ou comoção popular", disse. Marcos Vinícius Furtado Coelho, reforçou tal concepção, sustentando que a formação ética e técnica contribui para o exercício responsável da liberdade de imprensa.
No dia 17, quando atos públicos realizados em diversos estados lembraram a passagem de um ano da fatídica decisão do STF que derrubou com a exigência do diploma para o exercício da profissão, os deputados Hugo Leal (PSC/RJ), Arolde de Oliveira (DEM-RJ) e Chico Alencar (P-SOL-RJ), visitaram a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O posicionamento da entidade foi apresentado por seu presidente, Maurício Azedo. "A ABI tem uma posição histórica de defesa da formação em nível superior dos profissionais de imprensa, para que se tenha um alto padrão técnico, cultural e ético do jornalismo que se pratica no país", disse.
O encontro contou, também, com as participações dos presidentes da FENAJ, Sergio Murillo, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, Suzana Blass, e do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro, Ernesto Viana, que pouco antes participaram de um ato em defesa do diploma em frente à sede da ABI.
A terceira audiência pública da Comissão Especial, realizada nesta quarta-feira (23/06), contou com as participações do presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), Carlos Franciscato, do coordenador do curso de Comunicação Social da PUC-Rio, Leonel de Aguiar, do diretor do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof, do presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Antonio Carlos Hohlfeldt, advogada e professora de Comunicação Leise Taveira dos Santos, e do representante da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o advogado Rodrigo Kaufmann.
Fim da exigência do diploma desqualifica o Jornalismo
Os depoimentos na Comissão reafirmaram que foi um equívoco do STF confundir liberdade de expressão com o livre direito ao exercício da profissão e que o fim da exigência do diploma resultará na desqualificação do exercício da profissão de jornalista. Apenas o representante patronal considerou que ter o diploma como único meio de acesso ao jornalismo constitui um problema e que o exercício profissional do jornalista se vincula ao direito à liberdade de expressão na Constituição brasileira.
Atento aos argumentos e disposto a evitar que a aprovação da PEC 386/09 venha a ser questionada judicialmente no futuro, o relator da matéria já anunciou que dará nova redação à proposta para evitar interpretações de inconstitucionalidade. Seu objetivo é distinguir claramente os conceitos de liberdade de expressão dos meios de comunicação e de atividade jornalística.
Mobilização
O objetivo dos integrantes da Campanha em Defesa do Diploma é ampliar as articulações com parlamentares para que a tramitação da matéria evolua mais em julho e que em agosto, após o recesso parlamentar, a matéria esteja pronta para votação no plenário da Câmara dos Deputados. Neste sentido a orientação é para que os apoiadores do movimento enviem mensagens de sensibilização aos membros da Comissão Especial e aos líderes de bancadas na Câmara pela aprovação da PEC. A coordenação do movimento pede, também, que prossigam as manifestações aos senadores pela aprovação da PEC 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE).
Fonte: Fenaj
Rede Globo é alvo de "vuvunzelazo" na internet
A briga entre Dunga e a Globo mostrou que as grandes empresas midiáticas não estão falando mais sozinhas e perderam a legitimidade auto-atribuída que os apresentava como porta-vozes dos anseios, interesses e desejos da sociedade. Há quem diga que é muito barulho por uma questão envolvendo um campeonato de futebol. Na verdade, é muito mais do que isso. Os palavrões e o “destempero” de Dunga serviram ao menos para mostrar que há muitas vozes gritando do lado de cá da tela. E, nesta semana, essas vozes fizeram tanto barulho quanto as vuvunzelas. A Globo que o diga.
Leia mais o editorial da Carta Maior no endereço do blog:
http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm
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Palavras sábias de Saramago
Carlos Pompe
Jornalista e curioso do mundo
Deixou de bater, dia 18 de junho, o coração do escritor, pensador, jornalista e político (filiado e, por um período, dirigente do Partido Comunista Português) José Saramago. Grande leitor e admirador da obra de Karl Marx, atuava também como um militante ateísta, combatendo o pensamento religioso. Perseguido pelo governo português e pela Igreja Católica, criticado por sionistas e obscurantistas de toda a sorte, dizia ter a “pele dura” para aguentar – e responder – os ataques que sofria. Um pouco de seu pensamento:
"Eu sou um comunista hormonal, meu corpo contém hormônios que fazem crescer minha barba e outros que me tornam um comunista. Mudar, para quê? Eu ficaria envergonhado, eu não quero me tornar outra pessoa". (ao repórter da BBC Alfonso Daniels, junho de 2009).
“Você sabe, eu nunca escondi minhas convicções. Sou comunista e por isso sou tratado como inimigo da democracia. Pelo contrário, eu quero é salvar a democracia e para isso é preciso criticar esse simulacro de democracia em que vivemos. As democracias ocidentais são fachadas políticas do poder econômico. Fachadas com cores, bandeiras, discursos intermináveis sobre a democracia.”
“Foi o poder econômico que enfiou nas consciências que o mercado deve agir de mãos livres e, assim fazendo, levou à conclusão de que o pleno emprego é um obstáculo”. (entrevista a Didier Jacob, Le Nouvel Observateur, novembro de 2006)
"Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual desta pessoa."
“Deus não existe fora da cabeça das pessoas que nele creem. Pessoalmente, não tenho nenhuma conta a ajustar com uma entidade que durante a eternidade anterior ao aparecimento do universo nada tinha feito (pelo menos não consta) e que depois decidiu sumir-se não se sabe para onde. O cérebro humano é um grande criador de absurdos. E Deus é o maior deles”.
“Caim (sua última publicação) é um livro escrito contra toda e qualquer religião. Ao longo da História, as religiões, todas elas, sem exceção, fizeram à humanidade mais mal que bem. Todos o sabemos, mas não extraímos daí a conclusão óbvia: acabar com elas. Não será possível, mas ao menos tentêmo-lo. Pela análise, pela crítica implacável. A liberdade do ser humano assim o exige”.
(entrevista a Ubiratan Brasil, O Estado de São Paulo, outubro de 2009)
“O poder de cada um de nós limita-se na esfera política a tirar um governo de que não gosta e colocar outro de que talvez venha a gostar. Mas as grandes decisões são tomadas em outra esfera. E todos sabemos qual é: as grandes relações financeiras internacionais.” (Folha de S. Paulo, 2008)
"Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário". (dezembro de 2008, na apresentação em Madri de "As pequenas memórias").
“Hoje, existe uma espécie de menosprezo por essa coisa tão simples que antes era falar com propriedade. Quando eu era trabalhador, sempre tinhas as ferramentas limpas e em bom estado. Não conheço uma ferramenta mais rica e capaz que o idioma. E isso significa que se deve ser elegante na dicção. Falar bem é um sinal de pensar bem”. (entrevista coletiva no lançamento do As pequenas memórias, 2006)
“Uma vez que foi dito e do dito se fez escrito para valer e dar fé”. (História do cerco de Lisboa, 1989)
“... cada um de nós é, acima de tudo, filho das suas obras, daquilo que vai fazendo durante o tempo que cá anda”. (Crônica Retrato de antepassados, in Os apontamentos, 1976)
“... aos jornais e demais meios de comunicação sociais pela facilidade com que passam dos aplausos do capitólio às precipitações da rocha tarpeia, como se eles não fossem uma parte activa na preparação do desastre”. (Ensaio sobre a lucidez, 2004)
“Eu digo de outra maneira aquilo que a minha avó disse, já devia estar farta de viver, e disse: o mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer”. (frase dita ao cineasta Fernando Meirelles, que adaptou “Ensaio sobre a cegueira” para o cinema).
Persigamos as ideias imortais, juntos, no Twitter: http://twitter.com/Carlopo
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