Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA
No ano de 2009, a categoria dos jornalistas se prepara para enfrentar questões delicadas como a luta pela obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, bem como a discussão da necessidade de um Conselho de Imprensa que divide os profissionais do setor. Uns veem a iniciativa como necessária. Outros, associam qualquer tipo de controle aos órgãos de imprensa com os anos de chumbo da ditadura. José Carlos Torves, diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), discute estas questões e os caminhos do jornalismo brasileiro no ano de 2009. O diretor fala, ainda, das metas da instituição, reforma sindical e a elaboração de uma nova Lei de Imprensa.
Portal IMPRENSA - Quais as principais pautas de reivindicação da FENAJ para o ano de 2009?
José Carlos Torves -As principais pautas, continuam sendo a defesa do diploma para o exercício da profissão; a campanha pela Realização da Conferência Nacional de Comunicação; Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ); uma Nova Lei de Imprensa; a revisão e fiscalização da qualidade do ensino do Jornalismo, através da Comissão instalada pelo MEC sob a coordenação do Prof. Marques de Melo; Luta contra a Precarização do trabalho do Jornalista; melhores salários e piso nacional para a categoria. Campanha contra o Assédio Moral dentro das redações e acompanhamento das transformações no trabalho dos jornalistas com as novas tecnologias e implantação do sistema digital de rádio no Brasil.
Portal IMPRENSA - A instituição acredita que a luta pela obrigatoriedade do diploma ainda se arraste por muito tempo?
Torves - Acreditamos que essa decisão deverá acontecer no primeiro semestre de 2009.
IMPRENSA - Um conselho é viável num país tão traumatizado pela censura e pela ditadura?
Torves - Acreditamos na viabilidade do Conselho Federal dos Jornalistas, que não tem absolutamente nada a ver com censura e os traumas da ditadura. Isto foi uma falácia da grande mídia que enganou a sociedade brasileira. O Conselho tem por objetivo regular e fiscalizar a profissão a exemplo do que ocorre com centenas de outras categorias. Não queremos continuar sendo tutelados pelo Estado. O Conselho também terá a função de fiscalizar a ética no exercício da profissão, como ocorre com a OAB em relação aos advogados e com os Médicos pelo Conselho Nacional de Medicina e tantas outras categorias. Em 2008, tivemos a exemplo de anos anteriores, um clamor da sociedade contra situações que revoltaram a todos, apenas um exemplo para corroborar
essa demanda foi o "caso Eloá".
IMPRENSA - Como a FENAJ se posiciona em relação a uma nova Lei de imprensa? Quais pontos devem ser abordados nela?
Torves - Entendemos que a atual Lei de Imprensa editada no período da ditadura não corresponde mais a realidade brasileira, no entanto lutamos por uma nova lei de imprensa. Não concordamos com a posição de que melhor é lei nenhuma, como o que temos na comunicação, com leis arcaicas, com mais de 50 anos e vários artigos da constituição que até hoje não foram regulamentados. Há um projeto de uma nova lei de imprensa, do ex-deputado Vilmar Rocha, que dorme no Congresso há mais de dez anos e não caminhou por pressão dos empresários da comunicação.
IMPRENSA - Na sua opinião, a reforma sindical tende a fortalecer ou enfraquecer os sindicatos de Jornalistas?
Torves - Primeiramente, nos termos que esta posta uma reforma seria prejudicial. Os ajustes a que me refiro seria um período de carência para o fim do imposto sindical para que as entidades não quebrem e no projeto de lei ficasse bem claro de que forma seria o sustento das entidades, que tipo de taxa, forma de aprovação, imagino que seja assembléia da categoria, também deveria ficar claro se todos deveriam contribuir ou seria apenas os sócios do sindicato e se também apenas os sócios ou todos teriam direito as conquistas conseguidas pelo sindicato. De que forma se daria a independência dos sindicatos, hoje tutelada pelo Estado. A possibilidade de sindicatos se formarem por ramo, substituindo o modelo atual que é por categoria e por último estabelecer com clareza se sendo por ramo apenas um sindicato representa determinada base ou se pode se fragmentar chegando até a sindicatos por empresa. Enfim, são questões que ainda necessitam de debate e clareza. O fim do imposto sindical é apenas a ponta do iceberg. Nós somos pelo fim do imposto sindical, mas a categoria tem que ter a liberdade de escolher outra forma de sustentação do sindicato.
Blog destinado ao Jornalismo, com informações e opiniões nas seguintes áreas: política, sindical, econômica, cultural, esportiva, história, literatura, geral e entretenimento. E o que vier na cabeça... Leia e opine, se quiseres!
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
A miopia ideológica da imprensa
Luciano Martins Costa
O leitor de jornais vai precisar de muito mais do que informações para entender o noticiário de hoje sobre o pacote do governo americano contra a crise.
A primeira impressão que se tem, ao ler as manchetes dos principais diários, e não apenas os brasileiros, é de que o presidente Barack Obama já perdeu sua batalha pela recuperação econômica.
Observe-se, por exemplo, as manchetes da Folha de S.Paulo, "Bolsa reage mal a plano de Obama para bancos" e do Estado de S.Paulo, "Plano de Obama para resgate de bancos desanima mercados".
O Globo foi mais contido: "Vitorioso no Senado, Obama dá mais US$ 2 trilhões a bancos", diz a manchete.
O Estado e a Folha, refletindo o pessimismo de publicações internacionais predominantemente voltadas para o mundo financeiro, como o Financial Times, olham apenas a reação do mercado de ações.
O mesmo comportamento pode ser observado em nove entre dez colunistas estrelados do jornalismo nacional.
Bastaria prestar atenção a uma frase de Obama para deixar em segundo plano a reação do mercado e prestar atenção na economia real.
O que disse Obama? – "Acho que Wall Street ainda está na esperança de uma saída fácil, e não haverá saída fácil", foi o que declarou o novo presidente americano.
Para construir uma manchete de primeira página, é preciso observar o retrato inteiro daquilo que está sendo apresentado pelo noticiário.
E nossos jornais, com exceção do Globo, viram apenas o efeito do pacote de Obama no mercado de ações.
Ora, se o mercado de ações, transformado em cassino, é o ninho onde o ovo da crise foi aquecido, fica difícil entender por que grande parte da imprensa ainda lhe concede tamanha relevância.
A própria natureza da crise, apontando para os fatos de que as empresas não conseguem mais se financiar nas bolsas, e que o sistema de crédito, esgotado pelas perdas com a especulação, precisa da ajuda do Tesouro, deveria induzir os editores a prestar atenção aos outros atores do teatro econômico, para os quais é dirigida a maior parte das medidas definidas ontem pelo governo dos Estados Unidos.
Mas a maioria dos editores e os mais reluzentes colunistas só enxergam Wall Street e, no Brasil, a Bovespa.
Já não se trata mais de escolhas equivocadas.
É um caso grave de miopia ideológica.
Quem paga para ler?
Analistas se debruçam sobre a crise que afeta os jornais impressos nos últimos anos.
Entre outras coisas, discute-se a cobrança pelo acesso a conteúdo jornalístico na internet.
Mas por trás de tudo está a qualidade do conteúdo oferecido.
Luiz Egypto, editor do Observatório da Imprensa:
- A crise dos jornais impressos ainda não tem hora para terminar, mas já começam a se esboçar reações mais estruturadas para enfrentar o rojão. Se no Brasil ainda há alguma demanda reprimida, que faz o sucesso dos jornais populares de baixo preço, nos Estados Unidos a situação é dramática, para dizer o mínimo.
Um estudo da consultoria Deloitte prevê que o faturamento obtido em 2009 com os anúncios classificados – uma histórica e até então mais que segura fonte de receita dos jornais – deve cair 30% em relação ao ano passado, em termos mundiais. Esta tendência levará, muito em breve, à extinção desse tipo de publicidade no suporte impresso. Por que pagar por pequeno anúncio se ele pode ser veiculado gratuitamente na internet?
Na outra ponta, os grandes jornais começam a reavaliar a estratégia de oferecer conteúdo gratuito na rede. Segundo analistas como Walter Isaacson, ex-diretor de redação da revista Time, isso fazia sentido no começo da internet. Agora, com a crise, não mais. Os americanos, por exemplo – e sobretudo os jovens –, estão lendo cada vez mais notícias na web em detrimento da plataforma impressa. "Quem pode culpá-los?", pergunta Isaacson, conforme anotou a edição de ontem do jornal O Globo. Ele continua: "Até um velho viciado em jornais como eu deixou de assinar o New York Times, porque, se este não acha adequado cobrar por seu conteúdo, eu me sentiria um tolo pagando por ele". De fato, faz sentido.
O leitor de jornais vai precisar de muito mais do que informações para entender o noticiário de hoje sobre o pacote do governo americano contra a crise.
A primeira impressão que se tem, ao ler as manchetes dos principais diários, e não apenas os brasileiros, é de que o presidente Barack Obama já perdeu sua batalha pela recuperação econômica.
Observe-se, por exemplo, as manchetes da Folha de S.Paulo, "Bolsa reage mal a plano de Obama para bancos" e do Estado de S.Paulo, "Plano de Obama para resgate de bancos desanima mercados".
O Globo foi mais contido: "Vitorioso no Senado, Obama dá mais US$ 2 trilhões a bancos", diz a manchete.
O Estado e a Folha, refletindo o pessimismo de publicações internacionais predominantemente voltadas para o mundo financeiro, como o Financial Times, olham apenas a reação do mercado de ações.
O mesmo comportamento pode ser observado em nove entre dez colunistas estrelados do jornalismo nacional.
Bastaria prestar atenção a uma frase de Obama para deixar em segundo plano a reação do mercado e prestar atenção na economia real.
O que disse Obama? – "Acho que Wall Street ainda está na esperança de uma saída fácil, e não haverá saída fácil", foi o que declarou o novo presidente americano.
Para construir uma manchete de primeira página, é preciso observar o retrato inteiro daquilo que está sendo apresentado pelo noticiário.
E nossos jornais, com exceção do Globo, viram apenas o efeito do pacote de Obama no mercado de ações.
Ora, se o mercado de ações, transformado em cassino, é o ninho onde o ovo da crise foi aquecido, fica difícil entender por que grande parte da imprensa ainda lhe concede tamanha relevância.
A própria natureza da crise, apontando para os fatos de que as empresas não conseguem mais se financiar nas bolsas, e que o sistema de crédito, esgotado pelas perdas com a especulação, precisa da ajuda do Tesouro, deveria induzir os editores a prestar atenção aos outros atores do teatro econômico, para os quais é dirigida a maior parte das medidas definidas ontem pelo governo dos Estados Unidos.
Mas a maioria dos editores e os mais reluzentes colunistas só enxergam Wall Street e, no Brasil, a Bovespa.
Já não se trata mais de escolhas equivocadas.
É um caso grave de miopia ideológica.
Quem paga para ler?
Analistas se debruçam sobre a crise que afeta os jornais impressos nos últimos anos.
Entre outras coisas, discute-se a cobrança pelo acesso a conteúdo jornalístico na internet.
Mas por trás de tudo está a qualidade do conteúdo oferecido.
Luiz Egypto, editor do Observatório da Imprensa:
- A crise dos jornais impressos ainda não tem hora para terminar, mas já começam a se esboçar reações mais estruturadas para enfrentar o rojão. Se no Brasil ainda há alguma demanda reprimida, que faz o sucesso dos jornais populares de baixo preço, nos Estados Unidos a situação é dramática, para dizer o mínimo.
Um estudo da consultoria Deloitte prevê que o faturamento obtido em 2009 com os anúncios classificados – uma histórica e até então mais que segura fonte de receita dos jornais – deve cair 30% em relação ao ano passado, em termos mundiais. Esta tendência levará, muito em breve, à extinção desse tipo de publicidade no suporte impresso. Por que pagar por pequeno anúncio se ele pode ser veiculado gratuitamente na internet?
Na outra ponta, os grandes jornais começam a reavaliar a estratégia de oferecer conteúdo gratuito na rede. Segundo analistas como Walter Isaacson, ex-diretor de redação da revista Time, isso fazia sentido no começo da internet. Agora, com a crise, não mais. Os americanos, por exemplo – e sobretudo os jovens –, estão lendo cada vez mais notícias na web em detrimento da plataforma impressa. "Quem pode culpá-los?", pergunta Isaacson, conforme anotou a edição de ontem do jornal O Globo. Ele continua: "Até um velho viciado em jornais como eu deixou de assinar o New York Times, porque, se este não acha adequado cobrar por seu conteúdo, eu me sentiria um tolo pagando por ele". De fato, faz sentido.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Mídia briga com a notícia
Alguns colegas da mídia teimam em brigar com a notícia. Ontem, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou estudo mostrando que a classe média continuou a crescer no Brasil apesar da crise econômica que assolou a economia mundial no segundo semestre do ano passado. No entanto, um jornal gaúcho abriu página com a seguinte manchete: "Terremoto internacional chega ao bolso da classe C". No caso, a classe média. E achou uma família que tinha migrado para a classe C e caiu novamente para a D com a demissão de um membro da família. Contraditoriamente, publica abaixo da notícia o gráfico da FGV, com o título "O avanço da classe média". Algumas páginas antes, ao chamar a notícia, tinha dito que "Classe C cresce em meio à crise financeira. Difícil entender os rumos escolhidos pelos editores do veículo.
O certo é que, entre agosto e dezembro, segundo a FGV, o número de pessoas consideradas de classe média subiu 3,7% no período, atingindo 53,8% da população. O estudo considera seis regiões metropolitanas - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife e Porto Alegre. Sim, a mesma capital gaúcha onde a família citada na matéria despencou de classe.
No método da fundação, é considerado um membro da classe C quem faz parte de uma família com renda mensal média entre R$ 1.115 e R$ 4.807. Faz parte da classe E a família com renda até R$ 804 e são classificados como classe D as que recebem entre R$ 804 e R$ 1.115.
Divisão
Ainda de acordo com o estudo, é considerado um membro da classe alta - ou AB - toda a pessoa que reside em um domicílio com renda total acima de R$ 4.807. De acordo com a instituição, este contingente de pessoas também cresceu entre agosto e dezembro do ano passado, atingindo 15,33% da população total das seis regiões metropolitanas pesquisadas. Desta forma, a divisão de classes, segundo o método da FGV, ficaria assim nas regiões pesquisadas: 53,81 (classe C), 15,33% (classes A e B), 13,18% (classe D) e 17,68% (classe E).
Mobilidade
De acordo com o estudo, que considera o período de 2002 a 2008, a mobilidade de classe foi maior em dois momentos: em 2004 e no ano passado - nos dois casos, o crescimento do PIB foi forte. Estima-se que a expansão do PIB brasileiro em 2008 ultrapasse a marca de 5%, embora a previsão para este ano esteja mais modesta, abaixo de 2%.
Em 2008, cerca de 40% da população que pertencia à classe E havia migrado em direção às classificações C e D, na comparação com os resultados de 2007. De acordo com a pesquisa da FGV, a mobilidade da classe E no ano de 2008 foi maior antes da crise (41,5%), caindo para 39,7% depois de seu início.
O certo é que, entre agosto e dezembro, segundo a FGV, o número de pessoas consideradas de classe média subiu 3,7% no período, atingindo 53,8% da população. O estudo considera seis regiões metropolitanas - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife e Porto Alegre. Sim, a mesma capital gaúcha onde a família citada na matéria despencou de classe.
No método da fundação, é considerado um membro da classe C quem faz parte de uma família com renda mensal média entre R$ 1.115 e R$ 4.807. Faz parte da classe E a família com renda até R$ 804 e são classificados como classe D as que recebem entre R$ 804 e R$ 1.115.
Divisão
Ainda de acordo com o estudo, é considerado um membro da classe alta - ou AB - toda a pessoa que reside em um domicílio com renda total acima de R$ 4.807. De acordo com a instituição, este contingente de pessoas também cresceu entre agosto e dezembro do ano passado, atingindo 15,33% da população total das seis regiões metropolitanas pesquisadas. Desta forma, a divisão de classes, segundo o método da FGV, ficaria assim nas regiões pesquisadas: 53,81 (classe C), 15,33% (classes A e B), 13,18% (classe D) e 17,68% (classe E).
Mobilidade
De acordo com o estudo, que considera o período de 2002 a 2008, a mobilidade de classe foi maior em dois momentos: em 2004 e no ano passado - nos dois casos, o crescimento do PIB foi forte. Estima-se que a expansão do PIB brasileiro em 2008 ultrapasse a marca de 5%, embora a previsão para este ano esteja mais modesta, abaixo de 2%.
Em 2008, cerca de 40% da população que pertencia à classe E havia migrado em direção às classificações C e D, na comparação com os resultados de 2007. De acordo com a pesquisa da FGV, a mobilidade da classe E no ano de 2008 foi maior antes da crise (41,5%), caindo para 39,7% depois de seu início.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
BBB: programa sem cultura e que nada acrescenta
Bruno H.B. Rebouças
O Big Brother é um programa ultra-moderno, inventado no século 21. Se você concorda com essa afirmativa, esqueça. O Big Brother surgiu em 1948, com o mais famoso romance do escritor e jornalista George Orwell, 1984. Segundo Orwell, em 1984 os homens todos seriam vigiados por câmeras e todos os pensamentos escusos seriam punidos pelo IngSoc (o Partido). Todos viveriam em um continente intitulado de Oceania. Esse nome se dá devido à união de todos os oceanos, juntando assim os continentes em um só.
A transformação da realidade é o tema principal de 1984. Disfarçada de democracia, a Oceania vive um totalitarismo desde que o IngSoc chegou ao poder sob a batuta do onipresente Grande Irmão (Big Brother). O livro conta a história de Winston Smith, que é membro do partido externo, funcionário do Ministério da Verdade."A função de Winston é reescrever e alterar dados de acordo com o interesse do Partido. Nada muito diferente de um jornalista ou um historiador. Winston questiona a opressão que o Partido exercia nos cidadãos. Se alguém pensasse diferente, cometia crimidéia (crime de idéia, na novilíngua) e fatalmente seria capturado pela Polícia do Pensamento e era vaporizado. Desaparecia", analisa o Duplipensar, site de resumos de livro.
Uma frase justificável e atual
A semelhança com o Big Brother não é mera coincidência. O onipresente"grande irmão", que tudo vê, ouve e pune, seria o apresentador, outrora excelente, Pedro Bial. Logo, aqueles que não andam na regra, vacilam dentro da confortável casa da Globo, são evaporados, desaparecem. A votação, primeiro dentro da casa, depois pelo voto popular, não é apurada na frente dos telespectadores, é passível de manipulação, caso os"grandes irmãos" que controlam e dirigem o programa queiram.
Ainda seguindo o resumo da obra,"Winston Smith e todos os cidadãos sabiam que qualquer atitude suspeita poderia significar seu fim. E não apenas sair de um programa de TV com o bolso cheio de dinheiro, mas desaparecer de fato". Neste trecho, destaco a fama instantânea que um membro do Big Brother tem. A Globo, com todo seu egoísmo, mantém o participante com um contrato exclusivo de imagens, não podendo este ceder entrevistas a outros meios de comunicação. Quando todos os membros do programa Big Brother caem na ilegalidade, novamente a emissora dos Marinhos encerra os contratos daqueles, jogando-os no esquecimento geral. Ou como disse certa vez Brizola:"Mandando todos para a Sibéria do esquecimento."
"Algo estava errado, Winston não sabia como, mas sentia e precisava extravasar. Com quem seria seguro comentar sobre suas angústias? Não tendo respostas satisfatórias, Winston compra clandestinamente um bloco e um lápis (artigos de venda proibida adquiridos num antiquário). Para verbalizar seus sentimentos, Winston atualiza seu diário usando o canto `cego´ do apartamento. Desta forma, ele não recebia comentários nem era focalizado pela teletela de seu apartamento. Um membro do Partido (mesmo que externo como Winston) tinha de ter um teletela em casa, nem que fosse antiga. A primeira frase que Winston escreve é justificável e atual: Abaixo o Big Brother!"
Ração de chocolates
É incrível o sucesso que o programa Big Brother faz no mundo subdesenvolvido. No mundo onde especular, vigiar a vida alheia e julgar as atitudes dos outros é normal e corriqueiro. A grande verdade é que o programa, que é vendido no terceiro mundo através da produtora holandesa Endemol, só serve para manipular uma falsa realidade, assim como Orwell previu em 1948, inventando sem saber o tal programa. Um programa sem cultura e que não acrescenta absolutamente nada à vida de nenhum de nós. Satisfaz os desejos, apenas. Vê todas as gostosas de biquíni expondo seus corpos malhados e sãos, passando protetor sem descrição nenhuma, é excitante certas vezes. Homens de corpos sãos, malhados, deixam as meninas eufóricas. Mas o que isso muda na sua vida? Muda que você quer ser como eles. Muda que você vai preferir ser lindo e famoso, a ser respeitado e inteligente. A Globo e o formato do Big Brother só servem para entreter o grande público e fazer com que todos nós esqueçamos da realidade, de fome, falta de estrutura na saúde, desemprego e corrupção.
"A função de Winston é uma crítica à fabricação da verdade pela mídia e da ascensão e queda de ídolos de acordo com alguns interesses." Ou seja, na TV criada em 1964 para defender as idéias militares, a mesma TV que muitos amigos meus sonham em trabalhar, a Globo fabrica verdade e quem vai contra ela é acusado de mentir, pois a TV do plim-plim atinge 98% do país. A queda e a ascensão de um ídolo, seja ator ou cantor, depende do interesse dos dirigentes da Globo para tal.
No livro 1984, o Partido distribui ração de chocolates para a população, nada diferente da prova da comida que os participantes da casa do BBB são acometidos a fazer. No livro, os cidadãos agradecem ao Grande Irmão, assim como os integrantes do BBB fazem quando vencem a tal prova.
Não sorria. Chore
No livro, quem manda é o partido. No BBB, quem manda é o Bial, que seria a representação do totalitarismo, como sempre disfarçado de democracia. Câmeras espalhadas pela casa e microfones chamam os participantes, caso algo proibido seja realizado. Manipulação para acontecerem brigas são feitas. Quando a confusão se instala, o pessoal do"deixa-disso" é chamado no confessionário e qualquer desculpa é inventada para que lá fora os brigões garantam a audiência, o lucro para o programa.
"Dois mais dois são cinco se o partido quiser." Assim é o Big Brother. As realidades são inventadas; os romances, as provas. Tudo para você ver TV com pessoas reais. Essas mesmas pessoas são manipuladas e vivem sem razão por pelo menos três meses. As mulheres mais recatadas saem na primeira semana. As mais fogosas, gostosas, continuam por mais tempo. Quando saem da casa cheia de espelhos e câmeras dão lucro para revistas masculinas ou viram atrizes, sem muito talento e sucesso. Além de satisfazer os marmanjos obcecados por sexo que compram a revista para liberar seus hormônios presos. Há as exceções, mas considero todas farinha do mesmo saco. Fracas, vazias e sem um mínimo de conteúdo. Os que continuam na mídia, estão aí até o dia em que os interesses políticos e econômicos da TV Globo prevaleçam. Após isso, todos serão jogados no buraco da memória, ou na Sibéria do esquecimento.
Big Brother is watching... (Grande Irmão está assistindo...), disse George Orwell, um dos maiores escritores de todos os tempos. Pense nisso e lembre que você pode está sendo filmado. Se isso acontecer, não sorria. Chore.
"Abaixo o Big Brother."
O Big Brother é um programa ultra-moderno, inventado no século 21. Se você concorda com essa afirmativa, esqueça. O Big Brother surgiu em 1948, com o mais famoso romance do escritor e jornalista George Orwell, 1984. Segundo Orwell, em 1984 os homens todos seriam vigiados por câmeras e todos os pensamentos escusos seriam punidos pelo IngSoc (o Partido). Todos viveriam em um continente intitulado de Oceania. Esse nome se dá devido à união de todos os oceanos, juntando assim os continentes em um só.
A transformação da realidade é o tema principal de 1984. Disfarçada de democracia, a Oceania vive um totalitarismo desde que o IngSoc chegou ao poder sob a batuta do onipresente Grande Irmão (Big Brother). O livro conta a história de Winston Smith, que é membro do partido externo, funcionário do Ministério da Verdade."A função de Winston é reescrever e alterar dados de acordo com o interesse do Partido. Nada muito diferente de um jornalista ou um historiador. Winston questiona a opressão que o Partido exercia nos cidadãos. Se alguém pensasse diferente, cometia crimidéia (crime de idéia, na novilíngua) e fatalmente seria capturado pela Polícia do Pensamento e era vaporizado. Desaparecia", analisa o Duplipensar, site de resumos de livro.
Uma frase justificável e atual
A semelhança com o Big Brother não é mera coincidência. O onipresente"grande irmão", que tudo vê, ouve e pune, seria o apresentador, outrora excelente, Pedro Bial. Logo, aqueles que não andam na regra, vacilam dentro da confortável casa da Globo, são evaporados, desaparecem. A votação, primeiro dentro da casa, depois pelo voto popular, não é apurada na frente dos telespectadores, é passível de manipulação, caso os"grandes irmãos" que controlam e dirigem o programa queiram.
Ainda seguindo o resumo da obra,"Winston Smith e todos os cidadãos sabiam que qualquer atitude suspeita poderia significar seu fim. E não apenas sair de um programa de TV com o bolso cheio de dinheiro, mas desaparecer de fato". Neste trecho, destaco a fama instantânea que um membro do Big Brother tem. A Globo, com todo seu egoísmo, mantém o participante com um contrato exclusivo de imagens, não podendo este ceder entrevistas a outros meios de comunicação. Quando todos os membros do programa Big Brother caem na ilegalidade, novamente a emissora dos Marinhos encerra os contratos daqueles, jogando-os no esquecimento geral. Ou como disse certa vez Brizola:"Mandando todos para a Sibéria do esquecimento."
"Algo estava errado, Winston não sabia como, mas sentia e precisava extravasar. Com quem seria seguro comentar sobre suas angústias? Não tendo respostas satisfatórias, Winston compra clandestinamente um bloco e um lápis (artigos de venda proibida adquiridos num antiquário). Para verbalizar seus sentimentos, Winston atualiza seu diário usando o canto `cego´ do apartamento. Desta forma, ele não recebia comentários nem era focalizado pela teletela de seu apartamento. Um membro do Partido (mesmo que externo como Winston) tinha de ter um teletela em casa, nem que fosse antiga. A primeira frase que Winston escreve é justificável e atual: Abaixo o Big Brother!"
Ração de chocolates
É incrível o sucesso que o programa Big Brother faz no mundo subdesenvolvido. No mundo onde especular, vigiar a vida alheia e julgar as atitudes dos outros é normal e corriqueiro. A grande verdade é que o programa, que é vendido no terceiro mundo através da produtora holandesa Endemol, só serve para manipular uma falsa realidade, assim como Orwell previu em 1948, inventando sem saber o tal programa. Um programa sem cultura e que não acrescenta absolutamente nada à vida de nenhum de nós. Satisfaz os desejos, apenas. Vê todas as gostosas de biquíni expondo seus corpos malhados e sãos, passando protetor sem descrição nenhuma, é excitante certas vezes. Homens de corpos sãos, malhados, deixam as meninas eufóricas. Mas o que isso muda na sua vida? Muda que você quer ser como eles. Muda que você vai preferir ser lindo e famoso, a ser respeitado e inteligente. A Globo e o formato do Big Brother só servem para entreter o grande público e fazer com que todos nós esqueçamos da realidade, de fome, falta de estrutura na saúde, desemprego e corrupção.
"A função de Winston é uma crítica à fabricação da verdade pela mídia e da ascensão e queda de ídolos de acordo com alguns interesses." Ou seja, na TV criada em 1964 para defender as idéias militares, a mesma TV que muitos amigos meus sonham em trabalhar, a Globo fabrica verdade e quem vai contra ela é acusado de mentir, pois a TV do plim-plim atinge 98% do país. A queda e a ascensão de um ídolo, seja ator ou cantor, depende do interesse dos dirigentes da Globo para tal.
No livro 1984, o Partido distribui ração de chocolates para a população, nada diferente da prova da comida que os participantes da casa do BBB são acometidos a fazer. No livro, os cidadãos agradecem ao Grande Irmão, assim como os integrantes do BBB fazem quando vencem a tal prova.
Não sorria. Chore
No livro, quem manda é o partido. No BBB, quem manda é o Bial, que seria a representação do totalitarismo, como sempre disfarçado de democracia. Câmeras espalhadas pela casa e microfones chamam os participantes, caso algo proibido seja realizado. Manipulação para acontecerem brigas são feitas. Quando a confusão se instala, o pessoal do"deixa-disso" é chamado no confessionário e qualquer desculpa é inventada para que lá fora os brigões garantam a audiência, o lucro para o programa.
"Dois mais dois são cinco se o partido quiser." Assim é o Big Brother. As realidades são inventadas; os romances, as provas. Tudo para você ver TV com pessoas reais. Essas mesmas pessoas são manipuladas e vivem sem razão por pelo menos três meses. As mulheres mais recatadas saem na primeira semana. As mais fogosas, gostosas, continuam por mais tempo. Quando saem da casa cheia de espelhos e câmeras dão lucro para revistas masculinas ou viram atrizes, sem muito talento e sucesso. Além de satisfazer os marmanjos obcecados por sexo que compram a revista para liberar seus hormônios presos. Há as exceções, mas considero todas farinha do mesmo saco. Fracas, vazias e sem um mínimo de conteúdo. Os que continuam na mídia, estão aí até o dia em que os interesses políticos e econômicos da TV Globo prevaleçam. Após isso, todos serão jogados no buraco da memória, ou na Sibéria do esquecimento.
Big Brother is watching... (Grande Irmão está assistindo...), disse George Orwell, um dos maiores escritores de todos os tempos. Pense nisso e lembre que você pode está sendo filmado. Se isso acontecer, não sorria. Chore.
"Abaixo o Big Brother."
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Desvendando Liv Ullmann
A Lu Vilella, da Livraria Bamboletras - a minha preferida em Porto Alegre - avisa que a casa já dispõe de um livro para lá de interessante. Trata-se da vida e obra da atriz Liv Ullmann, contada pela própria. Mutações é lançamento da Cosac e Naify e custa R$ 45. Abaixo, a sinopse do livro enviada pela Lu. Boa leitura.
"Um relato sincero e simples, mas com estilo literário refinado, Mutações é o livro que transformou a atriz norueguesa Liv Ullmann em um ícone feminino. Com posição de destaque entre as grandes atrizes do século XX, Liv relembra flashes de sua infância, seus primeiros momentos de atriz, amores e desamores, sua relação com o cineasta Ingmar Bergman, com quem foi casada.
Dedica a obra a sua filha Linn, sobre quem fala em diversas passagens, revelando suas preocupações de mãe. No dia em que foi lançado, em 1976, Mutações atingiu a vendagem de vinte mil exemplares só na Noruega."
Centenário do Inter na avenida do Carnaval

A escola Imperadores do Samba, de Porto Alegre, irá homenagear os 100 anos do Internacional no samba enredo que irá para a avenida no Carnaval de 2009. O enredo faz alusão aos 50 anos da Imperadores (fundada em 19 de janeiro de 1959) e ao centenário do clube colorado, por isso o título ‘150 Anos de História: vermelho e branco, uma só paixão’. Confira a letra do samba enredo:
150 ANOS DE HISTÓRIA
VERMELHO E BRANCO, UMA SÓ PAIXÃO
(Alessandro Antunes)
BATE MAIS FORTE O MEU CORAÇÃO
VERMELHO E BRANCO HOJE INVADE A CIDADE
SOU COLORADO, SOU IMPERADOR
NESSE MAR EU VOU, QUE FELICIDADE!
Oh, Terra Mãe
Do futebol, do carnaval, da fantasia
Na Terra Mãe
Um grande clube, Internacional nascia
De uma família surge um sonho a desbravar
De uma multidão concretizou
Batalhas e batalhas nos gramados
Brilhou, brilhou, brilhou...
Nos Eucaliptos, o palco da magia. Rao hilariante
Fazia o Rolo Compressor vibrar
Com a maior torcida do Rio Grande
PAPAI É O MAIOR, PAPAI QUE É O TAL
CANTA FORTE A GALERA, PULA SACI!
É DIA DE FESTA, DELÍRIO TOTAL
VAMO, VAMO INTER! FAZ O GIGANTE EXPLODIR
Feitos relevantes, senda de glórias, o vencedor
Colorado, celeiro de craques
O mundo conheceu o teu valor
E hoje o centenário se anuncia
Imperadores, vem te homenagear
A escola de bambas, resistência do samba
Orgulho da cultura popular
Vem "Povo Meu" comemorar
Que ainda resta um lugar na nossa escola
Desça da arquibancada e caia na folia
150 anos de alegria.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Os virtuosos

Eles - porto-alegrenses - tinham medo no início da partida. Diziam que os seus zaqueiros tinham que "matar" os corredores do Inter. Tentaram, fizeram faltas e o juiz não expulsou os faltosos. Mas, quase no final da partida, Taison e Nilmar mostram a força que têm. Ambos correram como nenhum gremista é capaz e construíram um gol maravilhoso. Tem mais pela frente!
Diploma: a luta continua

Com o fim do recesso no judiciário, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma para o exercício da profissão, está no centro das lutas dos jornalistas brasileiros em 2009. Engajados no fortalecimento do movimento, a Executiva da FENAJ e a Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma preparam novas peças, orientações e atividades.
Reunida em Brasília nos dias 24 e 25 de janeiro, a Executiva da FENAJ definiu novas ações e materiais para a Campanha. Compreendendo a defesa do diploma como instrumento necessário para a defesa do interesse público na comunicação, para a qualidade da informação, do Jornalismo e para a valorização da profissão, a Executiva da Federação deliberou que as peças a serem produzidas, como um folder e DVD para ampliar o diálogo com a sociedade, terão nova logomarca, identidade visual e que a campanha em defesa do diploma deve estar intimamente ligada com a campanha em defesa da criação do Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ).
Já a Coordenação da Campanha, que se reuniu no dia 29 de janeiro, encaminhou novas orientações aos integrantes do movimento. Além de indicações já apontadas anteriormente, como a de dar visibilidade à defesa do diploma nas atividades de Carnaval e prosseguimento de eventos de lançamento do livro “Formação Superior em Jornalismo – Uma exigência que interessa à sociedade”, bem como de disponibilização do livro para venda na internet e livrarias, devem ser buscados novos apoios ao movimento.
A Coordenação da Campanha prepara um novo calendário de mobilização. A ideia é ligar a campanha em defesa do diploma com as datas importantes para o campo do Jornalismo, como 7 de abril (Dia do Jornalista), 3 de maio (Dia Mundial da Liberdade de Expressão) e com o calendário de eventos das entidades que integram o movimento. Outra proposta é realizar novo ato público em Brasília, em frente ao STF, ainda em março. E pretende-se, também, realizar um Dia Nacional de Mobilização a cada mês, com atividades nos estados, até o julgamento do recurso. Tal calendário de mobilização, no entanto, ainda precisa ser submetido à aprovação das instâncias do movimento.
Uma orientação já aprovada é a de que campanha em defesa do diploma entre em ritmo acelerado já na volta às aulas. O objetivo é estimular Sindicatos, professores, estudantes e escolas para que a campanha esteja presente em atividades como aulas inaugurais, palestras, lançamentos e debates sobre o livro “Formação Superior em Jornalismo – Uma exigência que interessa à sociedade” e montagem de banquinhas para distribuição de panfletos, adesivos e venda de materiais da campanha como camisetas e o livro.
Já está disponível no site da FENAJ - www.fenaj.org.br - o "Programa Nacional de Estímulo à Qualidade da Formação em Jornalismo- Versão 2008". Sua atualização foi aprovada no XXXIII Congresso Nacional dos Jornalistas. O documento é instrumento essencial para a reflexão sobre o aprimoramento da formação pedagógico, seja técnica ou teórica, dos futuros jornalistas nas universidades brasileiras. A recomendação é que não só os professores dos cursos de jornalismo, mas também os profissionais que atuam nas redações analisem as discussões propostas pelo programa e ajudem a divulgá-las ou mesmo implementá-las.
O texto defende que os acadêmicos devem ter acesso a uma formação não só técnica, mas também teórica e cultural. Nos aspectos teóricos, sugere-se o estudo do processo histórico que gera os fatos contemporâneos, a compreensão sobre como se articula a mídia em suas diferentes vertentes e mesmo a relação da profissão com a ciência e a arte. Quanto à formação técnica, a ideia é que os estudantes conheçam profundamente as possibilidades de expressão em termos de linguagem de cada meio de comunicação e as interações possíveis, tenham contatos com noções de administração e possam criar os seus próprios produtos em várias mídias, democratizando o acesso à informação. O programa é mais um importante ponto de defesa do diploma de jornalismo como instrumento essencial para exercer a profissão.
De novo, Inter


Mais uma vitória em Gre-Nal para a coleção colorada. Ontem, em Erechim, o Internacional mostrou a sua superioridade, ganhando do Porto-Alegrense por 2 a 1. Foi uma vitória para não deixar dúvida sobre o melhor time do Estado. Do lado deles, ficaram o choro e a empáfia de sempre. Natural!
As fotos de Alexandre Lops, da Assessoria de Imprensa do Inter, exibem a sincronia entre os craques e a torcida colorada, que lotou o Colosso da Lagoa.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Discurso
Cecília Meireles
E aqui estou, cantando.
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:deixa seu ritmo por onde passa.
Venho de longe e vou para longe:mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes andaram.
Também procurei no céu a indicação de uma trajetória, mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.
Pois aqui estou, cantando.
Se eu nem sei onde estou,como posso esperar que algum ouvido me escute?
Ah! Se eu nem sei quem sou,como posso esperar que venha alguém gostar de mim?
E aqui estou, cantando.
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:deixa seu ritmo por onde passa.
Venho de longe e vou para longe:mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes andaram.
Também procurei no céu a indicação de uma trajetória, mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.
Pois aqui estou, cantando.
Se eu nem sei onde estou,como posso esperar que algum ouvido me escute?
Ah! Se eu nem sei quem sou,como posso esperar que venha alguém gostar de mim?
A história de um clube centenário

O Sport Club Internacional acumula ao longo dos seus 100 anos de história muitas conquistas. Os títulos e as taças erguidas eternizam o espírito vitorioso do Colorado na sua gloriosa trajetória. Em diversos tempos, em diversas competições e com diferentes times, o Internacional nunca parou de conquistar títulos. Neste 2009, quando completa um século de glórias, disputará seis competições. A obrigação de clube e torcida é anexar mais taças as já existentes no Beira-Rio e que resultaram das conquistas listadas abaixo. Três dos maiores troféus foram fotografos conjuntamente (acima)
Os títulos pela categoria profissional:
1912 - Taça Independência
1913 - Campeão Metropolitano de Porto Alegre (primeiro título)
1913 a 1964 - Campeão da cidade de Porto Alegre (24 vezes de 1913 a 1964, e extra em 1972)
1927 - Campeão Gaúcho
1934 - Campeão Gaúcho
1940 - Campeão Gaúcho
1941 - Bicampeão Gaúcho
1942 - Tricampeão Gaúcho
1943 - Tetracampeão Gaúcho
1944 - Pentacampeão
1945 - Hexacampeão Gaúcho
1947 - Campeão Gaúcho
1948 - Bicampeão Gaúcho
1950 - Campeão Gaúcho
1951 - Bicampeão Gaúcho
1952 - Tricampeão Gaúcho
1953 - Tetracampeão Gaúcho
1953 - Campeão do Torneio Quadrangular Régis Pacheco (Bahia)
1955 - Campeão Gaúcho
1956 - Campeão Panamericano representando a Seleção Brasileira
1961 - Campeão Gaúcho
1969 - Campeão Gaúcho
1970 - Bicampeão Gaúcho
1971 - Tricampeão Gaúcho
1972 - Tetracampeão Gaúcho
1973 - Pentacampeão Gaúcho
1974 - Hexacampeão Gaúcho
1975 - Heptacampeão Gaúcho
1975 - Campeão Brasileiro
1976 - Octacampeão Gaúcho
1976 - Bicampeão Brasileiro
1978 - Campeão Gaúcho
1978 - Campeão do Torneio Viña del Mar
1979 - Tricampeão Brasileiro de forma invicta
1980 - Vice-campeão da Libertadores da América
1981 - Campeão Gaúcho
1982 - Bicampeão Gaúcho
1982 - Campeão da Copa Juan Gamper, em Barcelona/Espanha
1983 - Tricampeão Gaúcho
1983 - Campeão do Torneio Costa do Sol, em Málaga-Espanha
1983 - Campeão do Torneio Costa do Pacífico, no Canadá
1984 - Tetracampeão Gaúcho
1984 - Vice-Campeão Olímpico representando a Seleção Brasileira
1984 - Campeão da Copa Kirin, em Tóquio-Japão
1984 - Campeão do Torneio Heleno Nunes
1987 - Campeão do 1º Torneio Internacional de Glasgow-Escócia
1987 - Campeão da Taça Governador do Estado (Quadrangular de C. Grande)
1987 - Torneio da Cidade de Vigo
1989 - Campeão do Torneio de Celta-Espanha
1991 - Campeão Gaúcho
1991 - Campeão da Copa do Estado
1992 - Copa Wako Denki (Japão)
1992 - Bicampeão Gaúcho
1992 - Campeão da Copa do Brasil
1994 - Campeão do Torneio Beira-Rio
1994 - Campeão Gaúcho
1996 - Campeão do Torneio Mercosul
1997 - Campeão Gaúcho
2001 - Bicampeão do Torneio Viña Del Mar-Chile
2002 - Super Campeão Gaúcho
2003 - Bicampeão Gaúcho
2004 - Tricampeão Gaúcho
2005 - Tetracampeão Gaúcho
2006 - Campeão da Libertadores da América
2006 - Campeão da Copa do Mundo de Clubes Fifa
2007 - Recopa Sul-Americana
2008 - Dubai Cup
2008 - Campeão Gaúcho
2008 - Campeão da Copa Sul-Americana
84% e 5% - popularidade de Lula x mídia
Emir Sader
Não há quem não se surpreenda – quem está a favor e quem está contra - com os 84% de apoio a Lula e os apenas 5% de rejeição do governo. Um e outro dado surpreendem, ainda mais porque se dão no sétimo ano do governo, com uma grave recessão internacional de já quase 6 meses, cujos efeitos reais se fazem sentir fortemente no país – com acentuada retração da produção, escassez de crédito, perda de significativa quantidade de empregos e perspectivas de que a nova situação não tem horizonte ainda de superação.
Esses efeitos, multiplicados pelo pânico que a imprensa trata de incutir na população, poderiam levar à expectativa de que não se manteriam os altíssimos índices de aprovação de Lula e do governo.
No entanto, uma vez mais, esses índices sobem, como uma demonstração de que a população reconhece que a crise não surgiu no Brasil e que o governo tem agido corretamente para tratar de diminuir os seus graves efeitos entre nós. Com toda a imprensa contra, com a crise chegando ao país, Lula e o governo têm impressionantes índices de aceitação. E toda a mídia opositora, com suas várias dezenas de colunistas exercendo cotidianamente sua ferrenha oposição, mais os partidos de oposição e entidades empresariais, somam apenas 5% na rejeição ao governo Lula.
O que mais surpreende na pesquisa sobre a popularidade de Lula e do governo, não é tanto os 84% de apoio – embora seja recorde absoluto, cifra que nem recém eleitos obtiveram, em plena lua de mel -, mas a rejeição de apenas 5%. Significa que todo o sistemático, diário e violento trabalho de toda a grande mídia privada – incluindo Globo, Veja, Folha, Estadão, entre tantos outros órgãos regionais -, mais a oposição política – PSDB, DEM, PPS, entre outros -, que em parte coincide com a midia privada, mais Fiesp e outras entidades empresariais, etc., consegue apenas 5% de adesão a suas teses demonizadoras do governo Lula.
Baixíssima produtividade de Clovis Rossi, Eliane Catanhede, editoriais de Otavio Frias Filho, editoria de política da Folha, Miriam Porcão, Merval Pereira, Ali Kamel, Arnaldo Jabor, Dora Kramer, Lucia Hipólito, colunistas bushistas da Veja, Alexandre Garcia, etc. Todo o tempo de televisão e rádio, mais o espaço de jornais e revistas que usam conquista apenas 5% de apoio.
Quais as teses da oposição e porque só colam em si mesmas? As de que o governo cobra muito imposto, “incha” excessivamente ao Estado, anuncia obras que não faria, tem aliados internacionais não confiáveis, o que prejudicaria os interesses do Brasil, faz políticas sociais “assistencialistas”, despreza a mídia privada, que lhe daria azia, eleva excessivamente os salários dos servidores públicos, entre outros. Ou esses argumentos não tem respaldo nenhum na população ou, mais importante que tudo, a expansão da economia levou à melhoria das condições sociais da população e isso é o fundamental para ela. Ou ambas as coisas.
Porém essa avaliação coloca não apenas para a direita, mas também para a esquerda, a interrogação sobre a natureza do apoio a Lula e suas conseqüências. A legitimidade do governo Lula vem essencialmente da melhoria da situação social do país. Lula revelou uma grande capacidade de gerar consensos, que cruzam as classes sociais. O que faz com que as razões de apoio sejam diversificadas e que tenham vigência conforme a economia se expande e podem ganhar os de baixo e os de cima.
Isto coloca dilemas para o governo a partir deste momento, conforme a crise internacional leva necessariamente a baixar o ritmo de expansão da economia e as bases materiais da economia impõem opções. Fica impossível manter certo ritmo de expansão econômica com as taxas de juros atualmente existentes e a política brutalmente conservadora do Banco Central. Da mesma forma, a manutenção do superávit fiscal nos níveis atuais atenta contra a possibilidade de resistência contra as tendências recessivas que vem de fora, mas afetam centralmente a economia brasileira.
Já não será possível seguir remunerando o capital financeiro com estratosféricas taxas de juros e seguir redistribuindo renda com as políticas sociais. Por isso é um momento de definição do governo. Pode perder apoios em setores empresariais, mas aprofundará o apoio popular, mesmo em meio da crise.
Fonte: Blog do Emir
Não há quem não se surpreenda – quem está a favor e quem está contra - com os 84% de apoio a Lula e os apenas 5% de rejeição do governo. Um e outro dado surpreendem, ainda mais porque se dão no sétimo ano do governo, com uma grave recessão internacional de já quase 6 meses, cujos efeitos reais se fazem sentir fortemente no país – com acentuada retração da produção, escassez de crédito, perda de significativa quantidade de empregos e perspectivas de que a nova situação não tem horizonte ainda de superação.
Esses efeitos, multiplicados pelo pânico que a imprensa trata de incutir na população, poderiam levar à expectativa de que não se manteriam os altíssimos índices de aprovação de Lula e do governo.
No entanto, uma vez mais, esses índices sobem, como uma demonstração de que a população reconhece que a crise não surgiu no Brasil e que o governo tem agido corretamente para tratar de diminuir os seus graves efeitos entre nós. Com toda a imprensa contra, com a crise chegando ao país, Lula e o governo têm impressionantes índices de aceitação. E toda a mídia opositora, com suas várias dezenas de colunistas exercendo cotidianamente sua ferrenha oposição, mais os partidos de oposição e entidades empresariais, somam apenas 5% na rejeição ao governo Lula.
O que mais surpreende na pesquisa sobre a popularidade de Lula e do governo, não é tanto os 84% de apoio – embora seja recorde absoluto, cifra que nem recém eleitos obtiveram, em plena lua de mel -, mas a rejeição de apenas 5%. Significa que todo o sistemático, diário e violento trabalho de toda a grande mídia privada – incluindo Globo, Veja, Folha, Estadão, entre tantos outros órgãos regionais -, mais a oposição política – PSDB, DEM, PPS, entre outros -, que em parte coincide com a midia privada, mais Fiesp e outras entidades empresariais, etc., consegue apenas 5% de adesão a suas teses demonizadoras do governo Lula.
Baixíssima produtividade de Clovis Rossi, Eliane Catanhede, editoriais de Otavio Frias Filho, editoria de política da Folha, Miriam Porcão, Merval Pereira, Ali Kamel, Arnaldo Jabor, Dora Kramer, Lucia Hipólito, colunistas bushistas da Veja, Alexandre Garcia, etc. Todo o tempo de televisão e rádio, mais o espaço de jornais e revistas que usam conquista apenas 5% de apoio.
Quais as teses da oposição e porque só colam em si mesmas? As de que o governo cobra muito imposto, “incha” excessivamente ao Estado, anuncia obras que não faria, tem aliados internacionais não confiáveis, o que prejudicaria os interesses do Brasil, faz políticas sociais “assistencialistas”, despreza a mídia privada, que lhe daria azia, eleva excessivamente os salários dos servidores públicos, entre outros. Ou esses argumentos não tem respaldo nenhum na população ou, mais importante que tudo, a expansão da economia levou à melhoria das condições sociais da população e isso é o fundamental para ela. Ou ambas as coisas.
Porém essa avaliação coloca não apenas para a direita, mas também para a esquerda, a interrogação sobre a natureza do apoio a Lula e suas conseqüências. A legitimidade do governo Lula vem essencialmente da melhoria da situação social do país. Lula revelou uma grande capacidade de gerar consensos, que cruzam as classes sociais. O que faz com que as razões de apoio sejam diversificadas e que tenham vigência conforme a economia se expande e podem ganhar os de baixo e os de cima.
Isto coloca dilemas para o governo a partir deste momento, conforme a crise internacional leva necessariamente a baixar o ritmo de expansão da economia e as bases materiais da economia impõem opções. Fica impossível manter certo ritmo de expansão econômica com as taxas de juros atualmente existentes e a política brutalmente conservadora do Banco Central. Da mesma forma, a manutenção do superávit fiscal nos níveis atuais atenta contra a possibilidade de resistência contra as tendências recessivas que vem de fora, mas afetam centralmente a economia brasileira.
Já não será possível seguir remunerando o capital financeiro com estratosféricas taxas de juros e seguir redistribuindo renda com as políticas sociais. Por isso é um momento de definição do governo. Pode perder apoios em setores empresariais, mas aprofundará o apoio popular, mesmo em meio da crise.
Fonte: Blog do Emir
A voracidade do PMDB
A derrota do senador petista Tião Viana, do Acre, para o ex-presidente "imortal" José Sarney revela que a fome do PMDB é maior do que se imaginava. Ao ganhar as presidências do Senado e Câmara o partido mais fisilogista do Brasil mostra voracidade e eleva o seu poder de barganha para as eleições presidenciais de 2010. Torna-se ainda maior e mais faminto por cargos, como um gigante disforme, sem cor ideológica, mas fortalecido o suficiente para voltar a sonhar com a possibilidade de lançar candidatura própria. Ou usando seu fortalecimento da forma que melhor sabe fazer: em troca de posições na máquina pública, seja quem for o próximo ocupante do Palácio do Planalto.
Entendo que está reeditado o famoso “Centrão” do período da ditadura e dos primeiros anos de volta dos civis ao poder. Michel Temer, representante da “ala tucana” do partido, vai comandar a Câmara pela terceira vez. José Sarney, mais simpático ao PT, cumprirá um terceiro mandato na presidência do Senado. Desde 1991, o partido não ocupava, simultaneamente, a presidência das duas casas.
Tenho lido comentários a respeito e noto que os comentaristas políticos estão meio perdidos sobre este avanço peemedebista. Ninguém sabe a cara do “monstro” que está sendo parido. Uns veem um fortalecimento da aliança PT-PMDB e da eventual candidatura da ministra Dilma Rousseff. Outros apontam uma vitória do governador de São Paulo, José Serra, pela proximidade com a ala representada por Temer. Por enquanto, quem parece ter faturado mesmo são os próprios peemedebistas, que detêm seis ministérios e, nas eleições municipais de outubro passado, fizeram o maior número de prefeitos, cerca de 1,2 mil.
Muita coisa virá nos próximos meses, como o PMDB de protagonista ou de coadjuvante imprescindível. Aguardemos.
Entendo que está reeditado o famoso “Centrão” do período da ditadura e dos primeiros anos de volta dos civis ao poder. Michel Temer, representante da “ala tucana” do partido, vai comandar a Câmara pela terceira vez. José Sarney, mais simpático ao PT, cumprirá um terceiro mandato na presidência do Senado. Desde 1991, o partido não ocupava, simultaneamente, a presidência das duas casas.
Tenho lido comentários a respeito e noto que os comentaristas políticos estão meio perdidos sobre este avanço peemedebista. Ninguém sabe a cara do “monstro” que está sendo parido. Uns veem um fortalecimento da aliança PT-PMDB e da eventual candidatura da ministra Dilma Rousseff. Outros apontam uma vitória do governador de São Paulo, José Serra, pela proximidade com a ala representada por Temer. Por enquanto, quem parece ter faturado mesmo são os próprios peemedebistas, que detêm seis ministérios e, nas eleições municipais de outubro passado, fizeram o maior número de prefeitos, cerca de 1,2 mil.
Muita coisa virá nos próximos meses, como o PMDB de protagonista ou de coadjuvante imprescindível. Aguardemos.
Minc e Stephanes: Alien vs. Predador
Por Rogério Grassetto Teixeira da Cunha*
Nestes últimos dias assistimos a um debate público entre os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. Supostamente, a razão da peleja refere-se às posições (tenebrosas, como de costume) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em relação ao plantio de cana no planalto do entorno do Pantanal e à possibilidade de mudanças no Código Florestal, este último aparentementemente sendo o pomo principal da discórdia.
Para começar, detendo-se nos aspectos mais novelescos do episódio, transmitido em horário nobre da TV Globo, ele foi abafado com um "pito" de Lula. O presidente mandou os dois ficarem de bem, sem, é claro, posicionar-se sobre a matéria debatida, exatamente como convém, para não desagradar nem a gregos nem a troianos.
A briguinha é, antes de qualquer coisa, uma criação do ministro Minc, que faz do show a sua marca maior, a principiar por sua vestimenta peculiar. Então, assim como já fez antes nos embates com o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, joga para a platéia, para passar uma imagem de "ambientalista sincero" em oposição ao "predador".
No dia 26 de janeiro, Minc apareceu nos telejornais dizendo que Stephanes estava "descompensado". Já o ministro da Agricultura, que não tem interesse algum na contenda pública, e sabe bem das intenções do titular da pasta do Meio Ambiente, minimizou a questão, dizendo que não há desentendimento algum. Passada a bulha, Minc geralmente vira um cordeirinho dócil.
Consta que Minc pediu ajuda à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para que intermediasse a contenda. Pura perda de tempo (considerando que a disputa seja sincera, o que não acredito). Dilma é mãe do PAC e alinhadíssima com as posições do Palácio do Planalto quando o assunto é desenvolvimentismo e grandes obras, ou seja, vê o meio ambiente como empecilho. O que só reforça a tese de que tudo não passa de jogo de cena. Este histórico, aliado ao casamento de Lula com o grande agronegócio, não nos dá esperanças que a ministra ajude seu colega do meio ambiente, cujo ministério, aliás, é tradicionalmente fraco e desprestigiado.
Poderíamos esperar dias difíceis para a senadora Marina Silva, caso ela ainda estivesse à frente da pasta, porque é uma pessoa sinceramente comprometida com o meio ambiente e teria que acabar engolindo alguns sapos. Já para Minc está tudo dentro do roteiro, muitas aparições espetaculosas na mídia, muito falatório e, de prático, quase nada. Afinal, ele foi escolhido justamente para isso, para que seu ministério fosse, por um lado, menos rebelde e mais cordato na essência, e, por outro, espetaculoso na aparência.
Assim, segue o tempo passando a impressão de que estão acontecendo avanços.
Voltando ao alegado pomo da discórdia, as tentativas de mudanças na legislação ambiental fazem parte de uma campanha contínua dos ruralistas para amenizar as "restrições à produção". As principais bandeiras dos ruralistas quase sempre se referem à redução do percentual de Reserva Legal (ou sua utilização econômica) ou a itens relativos às Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Para que o leitor entenda, Reserva Legal é aquela parcela da propriedade que deveria ser, embora quase nunca o seja, mantida preservada, sendo de 80% na Floresta Amazônica, 35% em áreas de Cerrado dentro da Amazônia e 20% no restante do país. Já as APPs são locais nos quais não é permitido o corte da vegetação nativa, como encostas íngremes, topos de morros e encostas de rios, lagos e represas. Em outras palavras, são aquelas exigências "inúteis" de ambientalistas "radicais" que, se tivessem sido cumpridas, teriam diminuído muito a catástrofe sócioambiental de Santa Catarina no fim do ano passado, por exemplo.
Além da temerosa discussão acerca da redução dos limites ou da utilização econômica das Reservas Legais, há que se destacar o desrespeito contínuo e sistemático às mesmas desde a sua criação, algo sobre o qual também não vemos Minc pronunciar-se clara e enfaticamente, como deveria se exigir de sua pasta. Como exemplo desta sua atitude, vale citar sua declaração de que a queda recente dos desmatamentos não foi conseqüência da crise. Essa bola nós já cantamos nesta coluna, na edição perspectiva.
Ao desconsiderar o óbvio, ele tenta capitalizar para seu ministério algo que não corresponde à realidade, tapando assim o sol com a peneira, o que é, indiretamente, um aval à depredação, que voltará a recrudescer quando o pior desta crise passar.
Vira e mexe, a bancada ruralista apresenta algum projeto neste sentido. Mas, felizmente, as tentativas têm esbarrado em forte oposição por parte da sociedade. Tanto que a discussão dos projetos mencionados em artigo anterior (Novo ataque ao Código Florestal) evoluiu e, se não a ideal, a última versão apresentava diversos avanços em relação às propostas iniciais.
Mas os ruralistas não sossegam. Tanto que, mesmo com as discussões andando na Câmara dos Deputados, elaboraram subitamente, em dezembro último, juntamente com o Ministério da Agricultura, uma nova proposta de alteração. E já haviam acionado um rolo compressor para rápida aprovação. As propostas são tão bizarras e fora de propósito que fizeram com que nove ONGs ambientalistas se retirassem do grupo de trabalho formado pelos Ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
O pacotaço era tosco, para dizer o mínimo. Queriam, por exemplo, anistia ampla, geral e irrestrita para as ocupações irregulares em Área de Preservação Permanente existentes até 31 de julho de 2007 (como as ocupações em encostas de Santa Catarina). Mais ou menos como se concedêssemos anistia total a algum outro tipo de crime que já existisse há muito tempo (as APPs existem desde o Código Florestal de 1967). O Ministério da Agricultura negou essa possibilidade, mas os termos empregados na redação da nota divulgada foram vagos.
Outra pérola na "tentativa de golpe": redução dos percentuais de reserva legal na Amazônia sem a realização do zoneamento ecológico-econômico. A terceira tentativa de alteração fortemente criticada pelas ONGs foi a troca de áreas desmatadas na Mata Atlântica e no Cerrado por áreas na Amazônia. Atualmente, quando a discussão entre os ambientalistas é se deveríamos ou não considerar compensações fora da mesma bacia hidrográfica, propor troca entre biomas é uma idéia descabida, pois seria o mesmo que aceitar a destruição de fato e declarar abertamente que não faremos nada para recompor o ambiente naquelas áreas que já foram desmatadas mais do que deveriam ter sido (em muitos casos crimes ambientais, com penas e multas previstas em lei). Por fim, de acordo com a nota divulgada pelas ONGs, a proposta contemplaria a possibilidade de os estados reduzirem todos os parâmetros referentes às Áreas de Preservação Permanente.
Sou leigo em direito, mas, para mim, além do absurdo sob o ponto de vista ambiental, isto soa também como um completo absurdo jurídico, abrindo aos estados a possibilidade de serem mais permissivos em relação a determinada matéria legal.
A tática do ministro da Agricultura pode muito bem ser exagerar na dose, para depois reduzir as pressões, garantindo a aprovação de uma proposta mais suave (mas ainda assim muito ruim para o meio ambiente). Outra possibilidade seria o Ministério da Agricultura não ceder muito em suas posições, já que muitos ou a maioria dos ruralistas realmente têm opiniões como as da proposta e consideram o meio ambiente um mero entrave a suas atividades.
Como se vê, estamos mal em termos de meio ambiente. O titular da pasta é alheio às questões e problemas reais. Daí a alcunha de alienígena, do título "Alien vs Predador". Enquanto o ministro da Agricultura assume as piores posições dos ruralistas brasileiros. Um filme trash, sem mocinhos, transmitido em horário nobre em rede nacional.
*Rogério Grassetto Teixeira da Cunha, biólogo, é docente da Universidade Federal de Alfenas
Nestes últimos dias assistimos a um debate público entre os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. Supostamente, a razão da peleja refere-se às posições (tenebrosas, como de costume) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em relação ao plantio de cana no planalto do entorno do Pantanal e à possibilidade de mudanças no Código Florestal, este último aparentementemente sendo o pomo principal da discórdia.
Para começar, detendo-se nos aspectos mais novelescos do episódio, transmitido em horário nobre da TV Globo, ele foi abafado com um "pito" de Lula. O presidente mandou os dois ficarem de bem, sem, é claro, posicionar-se sobre a matéria debatida, exatamente como convém, para não desagradar nem a gregos nem a troianos.
A briguinha é, antes de qualquer coisa, uma criação do ministro Minc, que faz do show a sua marca maior, a principiar por sua vestimenta peculiar. Então, assim como já fez antes nos embates com o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, joga para a platéia, para passar uma imagem de "ambientalista sincero" em oposição ao "predador".
No dia 26 de janeiro, Minc apareceu nos telejornais dizendo que Stephanes estava "descompensado". Já o ministro da Agricultura, que não tem interesse algum na contenda pública, e sabe bem das intenções do titular da pasta do Meio Ambiente, minimizou a questão, dizendo que não há desentendimento algum. Passada a bulha, Minc geralmente vira um cordeirinho dócil.
Consta que Minc pediu ajuda à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para que intermediasse a contenda. Pura perda de tempo (considerando que a disputa seja sincera, o que não acredito). Dilma é mãe do PAC e alinhadíssima com as posições do Palácio do Planalto quando o assunto é desenvolvimentismo e grandes obras, ou seja, vê o meio ambiente como empecilho. O que só reforça a tese de que tudo não passa de jogo de cena. Este histórico, aliado ao casamento de Lula com o grande agronegócio, não nos dá esperanças que a ministra ajude seu colega do meio ambiente, cujo ministério, aliás, é tradicionalmente fraco e desprestigiado.
Poderíamos esperar dias difíceis para a senadora Marina Silva, caso ela ainda estivesse à frente da pasta, porque é uma pessoa sinceramente comprometida com o meio ambiente e teria que acabar engolindo alguns sapos. Já para Minc está tudo dentro do roteiro, muitas aparições espetaculosas na mídia, muito falatório e, de prático, quase nada. Afinal, ele foi escolhido justamente para isso, para que seu ministério fosse, por um lado, menos rebelde e mais cordato na essência, e, por outro, espetaculoso na aparência.
Assim, segue o tempo passando a impressão de que estão acontecendo avanços.
Voltando ao alegado pomo da discórdia, as tentativas de mudanças na legislação ambiental fazem parte de uma campanha contínua dos ruralistas para amenizar as "restrições à produção". As principais bandeiras dos ruralistas quase sempre se referem à redução do percentual de Reserva Legal (ou sua utilização econômica) ou a itens relativos às Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Para que o leitor entenda, Reserva Legal é aquela parcela da propriedade que deveria ser, embora quase nunca o seja, mantida preservada, sendo de 80% na Floresta Amazônica, 35% em áreas de Cerrado dentro da Amazônia e 20% no restante do país. Já as APPs são locais nos quais não é permitido o corte da vegetação nativa, como encostas íngremes, topos de morros e encostas de rios, lagos e represas. Em outras palavras, são aquelas exigências "inúteis" de ambientalistas "radicais" que, se tivessem sido cumpridas, teriam diminuído muito a catástrofe sócioambiental de Santa Catarina no fim do ano passado, por exemplo.
Além da temerosa discussão acerca da redução dos limites ou da utilização econômica das Reservas Legais, há que se destacar o desrespeito contínuo e sistemático às mesmas desde a sua criação, algo sobre o qual também não vemos Minc pronunciar-se clara e enfaticamente, como deveria se exigir de sua pasta. Como exemplo desta sua atitude, vale citar sua declaração de que a queda recente dos desmatamentos não foi conseqüência da crise. Essa bola nós já cantamos nesta coluna, na edição perspectiva.
Ao desconsiderar o óbvio, ele tenta capitalizar para seu ministério algo que não corresponde à realidade, tapando assim o sol com a peneira, o que é, indiretamente, um aval à depredação, que voltará a recrudescer quando o pior desta crise passar.
Vira e mexe, a bancada ruralista apresenta algum projeto neste sentido. Mas, felizmente, as tentativas têm esbarrado em forte oposição por parte da sociedade. Tanto que a discussão dos projetos mencionados em artigo anterior (Novo ataque ao Código Florestal) evoluiu e, se não a ideal, a última versão apresentava diversos avanços em relação às propostas iniciais.
Mas os ruralistas não sossegam. Tanto que, mesmo com as discussões andando na Câmara dos Deputados, elaboraram subitamente, em dezembro último, juntamente com o Ministério da Agricultura, uma nova proposta de alteração. E já haviam acionado um rolo compressor para rápida aprovação. As propostas são tão bizarras e fora de propósito que fizeram com que nove ONGs ambientalistas se retirassem do grupo de trabalho formado pelos Ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
O pacotaço era tosco, para dizer o mínimo. Queriam, por exemplo, anistia ampla, geral e irrestrita para as ocupações irregulares em Área de Preservação Permanente existentes até 31 de julho de 2007 (como as ocupações em encostas de Santa Catarina). Mais ou menos como se concedêssemos anistia total a algum outro tipo de crime que já existisse há muito tempo (as APPs existem desde o Código Florestal de 1967). O Ministério da Agricultura negou essa possibilidade, mas os termos empregados na redação da nota divulgada foram vagos.
Outra pérola na "tentativa de golpe": redução dos percentuais de reserva legal na Amazônia sem a realização do zoneamento ecológico-econômico. A terceira tentativa de alteração fortemente criticada pelas ONGs foi a troca de áreas desmatadas na Mata Atlântica e no Cerrado por áreas na Amazônia. Atualmente, quando a discussão entre os ambientalistas é se deveríamos ou não considerar compensações fora da mesma bacia hidrográfica, propor troca entre biomas é uma idéia descabida, pois seria o mesmo que aceitar a destruição de fato e declarar abertamente que não faremos nada para recompor o ambiente naquelas áreas que já foram desmatadas mais do que deveriam ter sido (em muitos casos crimes ambientais, com penas e multas previstas em lei). Por fim, de acordo com a nota divulgada pelas ONGs, a proposta contemplaria a possibilidade de os estados reduzirem todos os parâmetros referentes às Áreas de Preservação Permanente.
Sou leigo em direito, mas, para mim, além do absurdo sob o ponto de vista ambiental, isto soa também como um completo absurdo jurídico, abrindo aos estados a possibilidade de serem mais permissivos em relação a determinada matéria legal.
A tática do ministro da Agricultura pode muito bem ser exagerar na dose, para depois reduzir as pressões, garantindo a aprovação de uma proposta mais suave (mas ainda assim muito ruim para o meio ambiente). Outra possibilidade seria o Ministério da Agricultura não ceder muito em suas posições, já que muitos ou a maioria dos ruralistas realmente têm opiniões como as da proposta e consideram o meio ambiente um mero entrave a suas atividades.
Como se vê, estamos mal em termos de meio ambiente. O titular da pasta é alheio às questões e problemas reais. Daí a alcunha de alienígena, do título "Alien vs Predador". Enquanto o ministro da Agricultura assume as piores posições dos ruralistas brasileiros. Um filme trash, sem mocinhos, transmitido em horário nobre em rede nacional.
*Rogério Grassetto Teixeira da Cunha, biólogo, é docente da Universidade Federal de Alfenas
Somente os amigos
Os verdadeiros amigos
chegam à nossa vida
em momentos especiais e,
aconteça o que acontecer,
permanecem sempre ao
nosso lado...
chegam à nossa vida
em momentos especiais e,
aconteça o que acontecer,
permanecem sempre ao
nosso lado...
sábado, 7 de fevereiro de 2009
A beleza antes da chuva

Adivinhem? Tirei a foto acima na tarde do dia 4 de fevereiro na Praia Central do Balneário de Camboriú (SC). O céu escureceu e afugentou muita gente da areia. Ao fundo, dá para observar a bonita Ilha das Cabras e um barco pirata, que leva turistas até a Praia de Laranjeiras. Não preciso dizer que, em seguida, caiu muita água do céu. Chuva de verão!
Gre-Nal dos milionários
Gostaria de debater aqui a técnica e a tática que serão empregadas por Inter e Grêmio no Gre-Nal que jogarão amanhã no Colosso da Lagoa, em Erechim, no Norte gaúcho. Prefiro discutir o preço absurdos dos ingressos que foram colocados à venda: R$ 150 para cadeiras e R$ 60 para arquibancadas. Com certeza, será o clássico mais elitizado da história de cem anos.
E não será realizado em Porto Alegre, mas em um estádio do Interior, considerado o maior, mas sem muito conforto. O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Noveletto, chegou a dizer que shows de duplas sertanejas e de Caetano Veloso custam mais. Não dá para comparar, pois um espetáculo com de Caetano é realizado em um teatro, com conforto: cadeiras estofadas, tapetes, ar condicionado, estacionamento e muito mais...
Certamente as cadeiras do "Colosso" cujo preço equivale a 32% do novo salário mínimo nacional (R$ 465) não são estofadas. Li hoje que o presidente está surpreso com a venda de ingressos em Porto Alegre (apenas cem até ontem). Pudera!
E a imprensa, patrocinadora do Gauchão, cala-se.
E não será realizado em Porto Alegre, mas em um estádio do Interior, considerado o maior, mas sem muito conforto. O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Noveletto, chegou a dizer que shows de duplas sertanejas e de Caetano Veloso custam mais. Não dá para comparar, pois um espetáculo com de Caetano é realizado em um teatro, com conforto: cadeiras estofadas, tapetes, ar condicionado, estacionamento e muito mais...
Certamente as cadeiras do "Colosso" cujo preço equivale a 32% do novo salário mínimo nacional (R$ 465) não são estofadas. Li hoje que o presidente está surpreso com a venda de ingressos em Porto Alegre (apenas cem até ontem). Pudera!
E a imprensa, patrocinadora do Gauchão, cala-se.
Lula, a crise e os pessimistas
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
"Jornalistas" chutadores
O Jornalismo está doente. E não é esta nobre profissão a culpada de todos os males que afetam a sua prática atualmente. Quem a desonra são profissionais pouco preocupados com a ética, com a moral e com a imparcialidade, princípios elementares para o exercício do bom Jornalismo. No Rio Grande do Sul, especialmente na área do esporte, é usual a luta ferrenha pela busca do "furo" a qualquer custo. Não importa se a informação divulgada é verdadeira. Jogadores são vendidos ou comprados diariamente sem que as partes - o clube que detém o seu passe e o suporto interessado - sejam ouvidos. O que vale é a palavra do empresário, figura sinistra que surgiu no futabol e só pensa em encher os bolsos, sem se preocupar com a imagem do jogador que "assessora". Enquanto os jornalistas ou pseudo-jornalistas oferecerem a palavra para eles, a mentira continuará sendo lida nos sites e nos jornais, ou ouvidas nas rádios e televisões. E o Jornalismo continuará padecendo.
Um treinador pode estragar um bom time
Estou preocupado com o futuro do Internacional nos próximos meses. A direção cumpriu a sua promessa e municiou o seu treinador de bons e excelentes jogadores para cada posição. Em algumas, existe mais de uma opção. Contudo, o treinador precisa ser inteligente para montar um time onde sobram boas individualidades, caso do colorado atualmente. Se persistir com a idéia de escalar o Inter com três volantes, dois meias e apenas um atacante estará decretando a falência do time. Por isso, defendo a seguinte formação colorada: Lauro (Michel Alves), Bolívar, Índio, Álvaro (Sorondo) e Kléber; Magrão e Guiñazu; D´Alessandro e Alex; Nilmar e Taison (Alecsandro). O time ficará mais coeso. Tomara que assim seja e Tite não entre para o rol dos treinadores burros que passaram pelo Beira-Rio sem tirar o máximo do forte grupo que têm em mãos. Avante, Inter centenário!
Perfil atual do direitista brasileiro
Como a direita conservadora e caricata está novamente na moda, vale a pena fazer algumas considerações. Recebi esta relação de diversos amigos e não sei a autoria. Mas é de extremo valor. Vale a pena ler até o final...
1. Ao contrário dos direitistas europeus e norte-americanos – patrióticos ao ponto da xenofobia – o direitista brasileiro odeia o Brasil. É curioso, porque nenhuma direita traz tantas marcas do seu lugar de origem como a brasileira.
2. O direitista brazuca sofre de profunda nostalgia. Entende-se: ele um dia teve Paulo Francis. Hoje deve contentar-se com Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo. Ou seja, já completa uma geração em total orfandade de gurus. Anda tão carente que seu mais novo mestre é um auto-intitulado "filósofo" de cujo trabalho nenhum profissional de filosofia jamais ouviu falar.
3. Os direitistas tupiniquins em geral se dividem em dois grupos: os raivosos e os blasé. Os primeiros vociferam em blogs, lançam insultos, ordenam que os adversários se calem ou se mudem para Cuba. Reagem histericamente à própria infelicidade. Os segundos, em busca de uma elegância copiada de algum filme gringo, intercalam em suas frases expressões inglesas já completamente fora de uso. Reagem esquizofrenicamente à sua infelicidade, à sua incapacidade de reconciliarem-se com o que são.
4. O direitismo brasileiro costuma ser um grande clube do Bolinha. Tem verdadeiro pânico das mulheres, especialmente das mulheres fortes, seguras, profissionalmente bem-sucedidas. Estas últimas costumam ter o poder de fazer até mesmo do blasé um raivoso.
5. O direitista tupiniquim adora lamber as botas de Bush. Numa época em que até vozes do conservadorismo tradicional norte-americano reconhecem o caráter da mentirada sobre a qual se sustenta Bush, o direitista daqui ainda defende o genocídio praticado pelos EUA no Iraque.
6. O direitista tupiniquim tem pânico de discutir questões relacionadas a raça e etnia. Quando aflora qualquer conversa sobre a discriminação racial ou sobre o lugar subordinado do negro na sociedade, ele raivosamente acusa os interlocutores de estarem acusando-o de racista. Para essa “vestida de carapuça” Freud inventou um nome: denegação. É a atitude preferida do direitista quando o tema é relações raciais.
7. O direitista brasileiro louva e idolatra o mercado, mas curiosamente pouquíssimos espécimens dessa turma se estabeleceram no mercado com o próprio trabalho. É mais comum que herdem um negócio do pai, recebam via jabaculê o emprego que terão pelo resto da vida ou, mais comum ainda, que concluam a quarta década de vida morando com a mãe e tomando toddyinho.
8. O direitista brasileiro ainda acha que todo esquerdista é aquele tipo folclórico que não toma coca-cola, usa camiseta do Che Guevara e defende ditaduras comunistas, com uma bolsa de lona à tiracolo.
9. O direitista brasileiro tem certeza de que a ameaça comunista ainda é uma realidade a ser considerada no mundo e, portanto, deve ser combatida. Ele acha que existe um plano para implantar uma ditadura de esquerda em escala planetária envolvendo Lula, Hugo Chavez, Evo Morales, Fidel Castro, as FARC e o MST.
10. Na visão do direitista brasileiro, qualquer grevista não passa de baderneiro. Para a direita, a ordem se sobrepõe à Justiça, os interesses individuais são mais importantes que os interesses coletivos. Os movimentos sociais devem ser criminalizados. Os índios não merecem a demarcação de suas terras porque são vagabundos. Os negros têm de saber qual é o seu lugar. Os pobres são pobres porque não têm capacidade para enriquecer.
1. Ao contrário dos direitistas europeus e norte-americanos – patrióticos ao ponto da xenofobia – o direitista brasileiro odeia o Brasil. É curioso, porque nenhuma direita traz tantas marcas do seu lugar de origem como a brasileira.
2. O direitista brazuca sofre de profunda nostalgia. Entende-se: ele um dia teve Paulo Francis. Hoje deve contentar-se com Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo. Ou seja, já completa uma geração em total orfandade de gurus. Anda tão carente que seu mais novo mestre é um auto-intitulado "filósofo" de cujo trabalho nenhum profissional de filosofia jamais ouviu falar.
3. Os direitistas tupiniquins em geral se dividem em dois grupos: os raivosos e os blasé. Os primeiros vociferam em blogs, lançam insultos, ordenam que os adversários se calem ou se mudem para Cuba. Reagem histericamente à própria infelicidade. Os segundos, em busca de uma elegância copiada de algum filme gringo, intercalam em suas frases expressões inglesas já completamente fora de uso. Reagem esquizofrenicamente à sua infelicidade, à sua incapacidade de reconciliarem-se com o que são.
4. O direitismo brasileiro costuma ser um grande clube do Bolinha. Tem verdadeiro pânico das mulheres, especialmente das mulheres fortes, seguras, profissionalmente bem-sucedidas. Estas últimas costumam ter o poder de fazer até mesmo do blasé um raivoso.
5. O direitista tupiniquim adora lamber as botas de Bush. Numa época em que até vozes do conservadorismo tradicional norte-americano reconhecem o caráter da mentirada sobre a qual se sustenta Bush, o direitista daqui ainda defende o genocídio praticado pelos EUA no Iraque.
6. O direitista tupiniquim tem pânico de discutir questões relacionadas a raça e etnia. Quando aflora qualquer conversa sobre a discriminação racial ou sobre o lugar subordinado do negro na sociedade, ele raivosamente acusa os interlocutores de estarem acusando-o de racista. Para essa “vestida de carapuça” Freud inventou um nome: denegação. É a atitude preferida do direitista quando o tema é relações raciais.
7. O direitista brasileiro louva e idolatra o mercado, mas curiosamente pouquíssimos espécimens dessa turma se estabeleceram no mercado com o próprio trabalho. É mais comum que herdem um negócio do pai, recebam via jabaculê o emprego que terão pelo resto da vida ou, mais comum ainda, que concluam a quarta década de vida morando com a mãe e tomando toddyinho.
8. O direitista brasileiro ainda acha que todo esquerdista é aquele tipo folclórico que não toma coca-cola, usa camiseta do Che Guevara e defende ditaduras comunistas, com uma bolsa de lona à tiracolo.
9. O direitista brasileiro tem certeza de que a ameaça comunista ainda é uma realidade a ser considerada no mundo e, portanto, deve ser combatida. Ele acha que existe um plano para implantar uma ditadura de esquerda em escala planetária envolvendo Lula, Hugo Chavez, Evo Morales, Fidel Castro, as FARC e o MST.
10. Na visão do direitista brasileiro, qualquer grevista não passa de baderneiro. Para a direita, a ordem se sobrepõe à Justiça, os interesses individuais são mais importantes que os interesses coletivos. Os movimentos sociais devem ser criminalizados. Os índios não merecem a demarcação de suas terras porque são vagabundos. Os negros têm de saber qual é o seu lugar. Os pobres são pobres porque não têm capacidade para enriquecer.
domingo, 25 de janeiro de 2009
"Criatividade" jornalística
É impressionante a atual crise de criatividade dos pauteiros de redações. Tudo é voltado para o que está no ar. Se a Globo exibe uma novela ambientada na Índia, o negócio é explorar ao máximo a cultura e os costumes daquele país nos jornais, nas revistas e nas televisões. O que vemos são páginas e programas enfocando culinária, roupas, estilo de cabelo, programas turísticos e outras coisitas mais... O negócio é seguir a onda e vender mais jornais e elevar o Ibope, evideciando o que está nas cabeças pensantes na hora de sentar à mesa para discutir as pautas diárias ou semanais. Não é novidade, mas não custa cutucar os coleguinhas...
Ah, a pobreza vigente na Índia é ignorada. Não vende...
Ah, a pobreza vigente na Índia é ignorada. Não vende...
Empresários aproveitadores
A crise é mundial, mas atinge em menor ou maior grau os países. Sabe-se que o Brasil se preparou para ela e não experimentou os dissabores que apareceram nos EUA e em outros países desenvolvidos. No entanto, muitas empresas estão novamente se aproveitando da situação para demitir e obter mais lucro. Está certo o ministro Carlos Lupi ao afirmar que o setor automotivo teve redução de IPI, não registrou queda nas vendas e assim mesmo está mandando para rua parte de seus empregados. Com certeza, se aproveita daq situação mundial para aumentar seus dividendos. Sempre foi assim e, por isso, é balela quando defendem a livre negociação entre patrões e empregados. Ganham os mais fortes...
Dez coisas que todo jornalista deveria saber em 2009
Dica do jornalista e parceiro Alexandre Gonçalves, creditando autoria para Francis França (*)
Recebi pelo Twitter (passei do item 1) do Diógenes Fischer (@diogenesfischer) e da Carol Mazzonetto (@carolmazzonetto). Fiz uma tradução livre do original, publicado no blog Journalism.co.uk (passei do item 3 também). Bom proveito!
1. Como usar o Twitter para construir comunidades, cobrir furos, instigar e participar de conversas.
2. Como usar feeds RSS para coletar notícias e organizá-las usando técnicas de filtragem (básicas ou avançadas)
3. Existe diferença entre o jornalismo de links e o jornalismo 'ctrl+c/ctrl+v' (também conhecido como plagiornalismo)
4. Seus leitores são mais inteligentes do que você pensa. Na verdade, muitos deles são mais inteligentes do que você, eles sabem mais do que você.
5. O churnalism (jargão para 'encheção de lingüiça', segundo me disse o Fischer) é muito fácil de se encontrar online. Se você faz isso regularmente, seus leitores percebem - meramente reescrever releases, sem acrescentar nada, não cola durante muito tempo. (foi difícil traduzir este item, se alguém tiver uma versão melhor, por favor me avise)
6. O Google é seu amigo. Mas se você não está usando técnicas avançadas de pesquisa, então realmente não tem ideia do que ele é capaz.
7. Você não precisa possuir, nem mesmo hospedar, a tecnologia para inovar no jornalismo e cativar leitores. Existe uma porrada de ferramentas gratuitas ou baratas disponíveis online, então não tem desculpa para não fazer experiências com elas.
8. Usar multimedia por usar raramente funciona e geralmente é embaraçoso. Se você for fazer, ou faça bem o suficiente para que funcione como item independente ou faça para complementar sua cobertura em texto - por exemplo, inclua um link para o arquivo de áudio completo de uma entrevista com alguém em sua matéria, ou um link para o vídeo do discurso completo de alguém em um evento. A segunda alternativa também aumenta a transparência do seu jornalismo.
9. Aprenda a fazer um jornalismo amigável com os mecanismos de busca. Os conceitos da velha escola sobre títulos, estrutura de matérias, etc, não se aplicam mais ao mundo online e há muito para se aprender sobre tags, links e categorização. Sub-editores (se você ainda os tiver), editores e repórteres, todos precisam saber como funciona esse negócio.
10. Aprenda mais sobre privacidade. Você pode encontra um monte de informação sobre as pessoas online, especialmente em sites de redes sociais, mas pense com cuidado sobre as consequências. E tenha em mente que a cautela vale para os dois lados, se você não tiver cuidado, sua pesquisa online pode comprometer suas fontes.
(*) Francis França é jornalista, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Peregrina e vítima crônica da síndrome dos porquês
Recebi pelo Twitter (passei do item 1) do Diógenes Fischer (@diogenesfischer) e da Carol Mazzonetto (@carolmazzonetto). Fiz uma tradução livre do original, publicado no blog Journalism.co.uk (passei do item 3 também). Bom proveito!
1. Como usar o Twitter para construir comunidades, cobrir furos, instigar e participar de conversas.
2. Como usar feeds RSS para coletar notícias e organizá-las usando técnicas de filtragem (básicas ou avançadas)
3. Existe diferença entre o jornalismo de links e o jornalismo 'ctrl+c/ctrl+v' (também conhecido como plagiornalismo)
4. Seus leitores são mais inteligentes do que você pensa. Na verdade, muitos deles são mais inteligentes do que você, eles sabem mais do que você.
5. O churnalism (jargão para 'encheção de lingüiça', segundo me disse o Fischer) é muito fácil de se encontrar online. Se você faz isso regularmente, seus leitores percebem - meramente reescrever releases, sem acrescentar nada, não cola durante muito tempo. (foi difícil traduzir este item, se alguém tiver uma versão melhor, por favor me avise)
6. O Google é seu amigo. Mas se você não está usando técnicas avançadas de pesquisa, então realmente não tem ideia do que ele é capaz.
7. Você não precisa possuir, nem mesmo hospedar, a tecnologia para inovar no jornalismo e cativar leitores. Existe uma porrada de ferramentas gratuitas ou baratas disponíveis online, então não tem desculpa para não fazer experiências com elas.
8. Usar multimedia por usar raramente funciona e geralmente é embaraçoso. Se você for fazer, ou faça bem o suficiente para que funcione como item independente ou faça para complementar sua cobertura em texto - por exemplo, inclua um link para o arquivo de áudio completo de uma entrevista com alguém em sua matéria, ou um link para o vídeo do discurso completo de alguém em um evento. A segunda alternativa também aumenta a transparência do seu jornalismo.
9. Aprenda a fazer um jornalismo amigável com os mecanismos de busca. Os conceitos da velha escola sobre títulos, estrutura de matérias, etc, não se aplicam mais ao mundo online e há muito para se aprender sobre tags, links e categorização. Sub-editores (se você ainda os tiver), editores e repórteres, todos precisam saber como funciona esse negócio.
10. Aprenda mais sobre privacidade. Você pode encontra um monte de informação sobre as pessoas online, especialmente em sites de redes sociais, mas pense com cuidado sobre as consequências. E tenha em mente que a cautela vale para os dois lados, se você não tiver cuidado, sua pesquisa online pode comprometer suas fontes.
(*) Francis França é jornalista, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Peregrina e vítima crônica da síndrome dos porquês
Natureza generosa

Fui um cigano nestas férias. Fiquei em Capão Novo, praia gaúcha, e também estive na Pousada Vô Arthur, em Barra do Ribeiro, minha cidade natal. No próximo fim de semana, estarei em Balneário Camburiú, visitando meu cunhado. Mas a imagem que sempre gosto de mostrar é a do Vô Arthur. A foto édo dia 13 de janeiro. A natureza lá é generosa...
Amantes ou depredadores do verde
O síndico teve a feliz idéia de plantar duas mudas de uma árvore - da espécie ficos - em frente ao nosso edifício, na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Ficamos contentes e passamos a cuidar delas. Para nossa surpresa, elas não estão mais lá. Primeiro levaram uma, depois a outra. Nossas dúvidas são de que algum amante da natureza resolveu levá-las para casa ou se um depredador do verde destilou sua raiva nas mudas. Acredito na última hipótese, pois outras árvores do mesmo porte na redondeza permanecem no mesmo lugar. E nós ficamos com a calçada desnuda e sem o verde... Uma pena!
Saudades do Estádio dos Eucaliptos



Domingo, 7 horas. Fui acompanhar a Sílvia em um colégio no Bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Ela foi fazer prova para um concurso de sua área, psicologia. Para minha grata surpresa, o local fica ao lado do velho e lendário Estádio dos Eucaliptos, pertencente ao meu meu Sport Clube Internacional. Antes de ir embora, saquei de meu celular e tirei algumas fotos do lado externo do estádio. Sei que podem ser as últimas imagens porque o local será vendido para que o Beira-Rio, inaugurado em 1969, seja modernizado e confirmado como uma das sedes das Copa do Mundo de 2014.
Nunca assisti a uma partida nos Eucaliptos, mas sei que ali foram travadas algumas batalhas heroicas do colorado. E também me orgulho de que o velho estádio tenha sido sede da Copa do Mundo de 1950, de mal memória para os brasileiros - na final, a seleção nacional perdeu para os uruguaios em pleno Maracanã.
Pois o Internacional, com o Beira-Rio moderno e sede da copa de 2014, poderá ser o único clube brasileiro cujos estádios foram sedes de duas Copas do Mundo. Mais uma vez, faremos história. Por isso, me orgulho dos Eucaliptos, cujas fotos divido com vocês neste domingo maravilhoso.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Taís Araújo, um exemplo

A bela atriz Taís Araújo é um exemplo de dignidade para os jornalistas brasileiros. Poderia receber uma proposta da Globo e ser apresentadora/repórter de um dos inúmeros programas da emissora. Outras atrizes, modelos, jogadores de futebol, juízes e "conhecidos" de diversas áreas já fizeram isso sem o menor constrangimento. Para isso, não precisaria cursar a faculdade de Jornalismo.
Pelo contrário: Taís, consciente, fez o curso, tirou nota 10 na monografia e será respeitada pelo meio quando pegar um microfone ou caneta e bloco para entrevistar alguém. A atriz, em foto de divulgação da Globo, está de parabéns!
Beira-Rio fervendo
Boas notícias
Desejo aos amigos e às amigas boas notícias em 2009.
Torço para que os fatos que marcarão a vida de cada um sejam motivo de manchetes duradouras.
Torço para que os fatos que marcarão a vida de cada um sejam motivo de manchetes duradouras.
A cor roxa do verão
Olha o temporal...

Nesta época do ano, de muito calor no Sul do Brasil, são comuns os temporais no final das tardes. Ontem, às 16 horas, captei da janela de meu apartamento em Porto Alegre as nuvens pretas se armando. Escureceu bastante, mas a chuva não foi compatível com o que imaginávamos. Caiu apenas uma pancada, que cedeu lugar ao céu azul e ao sol em seguida. Assim será o nosso verão!
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Samba para Vinicius
E Feliz Ano-Novo...
Pegue 12 meses inteiros.
Limpe-os bem, tirando toda a amargura, ódio e inveja.
Deixe-os tão limpos quanto possível.
Depois, corte cada mês em 28, 30 ou 31 partes diferentes, mas não pegue todas de uma vez só.
Prepare-as pouco a pouco, atento aos ingredientes.
Misture bem em cada dia uma porção de fé, uma porção de paciência, uma porção de coragem e uma porção de trabalho.
Adicione uma parte de esperança, lealdade, generosidade, meditação e boa vontade.
Tempere tudo com pitadas de espiritualidade, diversão, um pouco de brincadeiras e um copo cheio de bom humor.
Despeje tudo isso numa tigela de amor.
Cozinhe bem, com muita alegria e enfeite com um sorriso.
Depois sirva tranqüila, desapegada e carinhosamente.
Assim você está destinado a ter um
FELIZ ANO-NOVO!
Limpe-os bem, tirando toda a amargura, ódio e inveja.
Deixe-os tão limpos quanto possível.
Depois, corte cada mês em 28, 30 ou 31 partes diferentes, mas não pegue todas de uma vez só.
Prepare-as pouco a pouco, atento aos ingredientes.
Misture bem em cada dia uma porção de fé, uma porção de paciência, uma porção de coragem e uma porção de trabalho.
Adicione uma parte de esperança, lealdade, generosidade, meditação e boa vontade.
Tempere tudo com pitadas de espiritualidade, diversão, um pouco de brincadeiras e um copo cheio de bom humor.
Despeje tudo isso numa tigela de amor.
Cozinhe bem, com muita alegria e enfeite com um sorriso.
Depois sirva tranqüila, desapegada e carinhosamente.
Assim você está destinado a ter um
FELIZ ANO-NOVO!
Se Gaza cair, Cisjordânia cairá depois
O sítio de Gaza, por Israel, começou em 5 de novembro, um dia depois de Israel ter atacado a Faixa, ataque feito sem possibilidade de dúvida para pôr fim à trégua estabelecida em junho entre Israel e o Hamás. Embora os dois lados tenham violado antes o acordo, nunca antes acontecera qualquer violação em tão grande escala. O Hamás respondeu com foguetes, e desde então a violência não recrudesceu.
Por Sara Roy*
Com o sítio, Israel visa a dois principais objetivos. Um, reforçar a idéia de que os palestinos são problema exclusivamente humanitário, como pedintes, mendigos sem qualquer identidade política e, portanto, sem reivindicações políticas. Segundo, impingir a questão de Gaza, ao Egito.
Por isso, os israelenses toleram as centenas de túneis que há entre Gaza e o Egito, pelos quais começou a formar-se um setor comercial informal, embora cada vez mais regulado. A muito grande maioria dos habitantes da Faixa de Gaza vive em condições de miséria, com 49,1%, estatísticas oficiais, de desempregados. De fato, os habitantes de Gaza já sabem que está desaparecendo rapidamente, para todos, qualquer possibilidade real de emprego.
Dia 5/11, o governo de Israel fechou todas as vias de entrada e saída de Gaza. Comida, remédios, combustível, peças de reposição para as redes de energia, água e esgoto, adubo, embalagens, telefones, papel, cola, calçados e até copos e xícaras não entram nos territórios ocupados em quantidade suficiente, ou absolutamente não há.
Conforme relatórios da Oxfam, apenas 137 caminhões com alimentos entraram em Gaza no mês de novembro de 2008. Em média, 4,6 caminhões/dia; em outubro de 2008, entraram em média 123; em dezembro de 2005, 564. As duas principais organizações que levam comida a Gaza são a UNRWA, Agência de Ajuda Humanitária da ONU para os Refugiados Palestinos e o Oriente Médio; e a WFP, "Programa Alimento para o Mundo". A UNRWA alimenta aproximadamente 750 mil palestinos em Gaza (cerca de 15 caminhões/dia de alimentos). Entre 5/11 e 30/11, só chegaram 23 caminhões, cerca de 6% do mínimo indispensável; na semana de 30/11, chegaram 12 caminhões, 11% do mínimo indispensável.
Durante três dias, em novembro, a UNRWA esteve totalmente desabastecida e 20 mil pessoas não receberam a única comida com que contam para matar a fome. Nas palavras de John Ging, diretor da UNRWA em Gaza, praticamente todos os atendidos pela organização dependem completamente do que recebem, seu único alimento. Dia 18/12, a UNRWA suspendeu completamente a distribuição de alimento, dos programas regulares e dos programas de emergência, por causa do bloqueio israelense.
A WFP enfrenta problemas semelhantes; conseguiu enviar apenas 35 caminhões, dos 190 previstos para atender as necessidades da Faixa de Gaza até o início de fevereiro de 2009 (mais seis caminhões conseguiram chegar a Gaza, entre 30/11 e 6/12). E não é só: a WFP é obrigada a pagar pelo armazenamento dos alimentos que não podem ser enviados a Gaza. Só em novembro, pagou 215 mil dólares. Se Israel mantiver o sítio a Gaza, a WFP terá de pagar mais 150 mil dólares pelo armazenamento dos alimentos, no mês de dezembro, dinheiro que deveria ser usado para auxiliar os palestinos, mas está entrando nos cofres de empresas israelenses de armazenamento.
A maioria das padarias comerciais em Gaza (30, de 47) foi obrigada a fechar as portas por falta de gás de cozinha. As famílias estão usando qualquer tipo de combustível que encontrem, para cozinhar. Como a FAO/ONU já informou, o gás é indispensável para manter aquecidos os criadouros de aves. A falta de gás e de rações, já levou à morte milhares de galinhas e frangos. Em abril, conforme a FAO, já praticamente não haverá galinhas e frangos em Gaza e para 70% dos palestinos, carne e ovos de galinha são a única fonte de proteína.
Bancos, impedidos por Israel de operar nos territórios ocupados, fecharam as portas dia 4/12. Num deles há um aviso, em que se lê: "Por decisão da Autoridade das Finanças na Palestina, o banco permanecerá fechado hoje, 4/12/2008, 5ª-feira, por falta de numerário. O banco só reabrirá quando voltar a receber moeda."
O Banco Mundial já antecipara que o sistema bancário em Gaza entraria em colapso se as restrições continuassem. Todo o fluxo de dinheiro para os programas foi suspenso, e a UNRWA suspendeu a assistência financeira a outros subprogramas, para os mais necessitados, dia 19/11. Também está paralisada a produção de livros didáticos e cadernos, porque não há papel, tinta de impressão e cola, em Gaza. Com isso, 200 mil estudantes serão afetados, ano que vem, no início das aulas.
Dia 11/12, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, enviou 25 milhões de dólares para o sistema bancário na Palestina, depois de um apelo do primeiro-ministro palestinense, Salaam Fayad; foi a primeira remessa, desde outubro. Não bastará nem para pagar o mês de salários atrasados dos 77 mil funcionários públicos de Gaza.
Dia 13/11, foi suspensa a operação da única estação de energia elétrica que opera em Gaza; as turbinas foram desligadas por absoluta falta de diesel industrial. As duas turbinas movidas a bateria 'caíram' e não voltaram a funcionar dez dias depois, quando chegou um único carregamento de combustível. Cerca de 100 peças de reposição, encomendadas para as turbinas, estão há oito meses no porto de Ashdod, em Israel, a espera de que as autoridades da alfândega israelense as liberem. Agora, Israel começou a leiloar as peças não liberadas, porque permanecem há mais de 45 dias no porto. Tudo feito conforme a legislação de Israel.
Durante a semana de 30/11, 394 mil litros de diesel industrial foram liberados para a estação de produção de energia: aproximadamente 18% do mínimo que Israel está legalmente obrigado a fornecer. Foi suficiente apenas para fazer funcionar uma turbina, por dois dias, antes de a estação ser novamente fechada. A Gaza Electricity Distribution Company informou que praticamente toda a Faixa de Gaza ficará sem eletricidade por períodos que variarão entre 4 e 12 horas/dia. Em vários momentos, haverá mais de 65 mil pessoas sem eletricidade.
Nem mais uma gota de óleo diesel (para geradores e para transporte) foi entregue essa semana (como já acontece desde o início de novembro); nem de gás de cozinha. Os hospitais em Gaza estão operando, ao que parece, com diesel e gás recebido do Egito, pelos túneis; ao que se diz, são produtos administrados e taxados pelo Hamás. Mesmo assim, dois hospitais em Gaza estão sem gás de cozinha desde 23/11.
Além dos problemas diretamente causados pelo sítio israelense, há os problemas criados pelas divisões políticas entre a Autoridade Palestina na Cisjordânia e a Autoridade do Hamás, em Gaza. Por exemplo, a CMWU, que fornece água para a região costeira de Gaza, que não é controlada pelo Hamás, é financiada pelo Banco Mundial via a Autoridade Palestina para a Água (PWA) em Ramállah; o financiamento destina-se a pagar o combustível para as bombas do sistema de esgotos de Gaza.
Desde junho, a PWA tem-se recusado a liberar o dinheiro, aparentemente porque entende que o funcionamento dos esgotos beneficiaria o Hamás. Não sei se o Banco Mundial tentou alguma intervenção nesse processo, mas, por hora, a UNRWA está fornecendo o combustível necessário, embora não tenha orçamento para essa finalidade. A CMWU também pediu autorização a Israel para importar 200 toneladas de cloro; até o final de novembro recebeu apenas 18 toneladas suficiente para o consumo de uma semana de água clorada. Em meados de dezembro, a cidade de Gaza e o norte da Faixa só tinha água por seis horas, a cada três dias.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, as divisões políticas entre Gaza e a Cisjordânia também têm tido sério impacto sobre o abastecimento de remédios em Gaza. O ministério da Saúde da Cisjordânia (MOH) é responsável por comprar e distribuir quase todos os produtos farmacêuticos e cirúrgico-hospitalares usados em Gaza. E todos os estoques estão perigosamente baixos. No mês de novembro, várias vezes o ministério devolveu carregamentos recebidos por via marítima, por não haver espaço para armazenamento; apesar disso, nada tem sido entregue em Gaza, em quantidades suficientes. Na semana de 30/11, chegou a Gaza um caminhão com remédios e suprimentos médios, enviado pelo MOH em Ramállah; foi o primeiro, desde o início de setembro.
Está acontecendo aí, ante nossos olhos, a destruição de toda uma sociedade e nenhum clamor se ouve, além dos avisos da ONU, que são ignorados pela comunidade internacional.
A União Européia anunciou recentemente que deseja estreitar relações com Israel, pouco depois de as autoridades israelenses terem declarado abertamente que preparam a invasão, em larga escala, da Faixa de Gaza e de terem apertado ainda mais o bloqueio econômico, com o apoio, já nada tácito, da Autoridade Palestina em Ramállah. Essa, vê-se, está colaborando com Israel, em várias medidas. Dia 19/12, o Hamás deu oficialmente por encerrada a trégua (que Israel declarou que estaria interessado em renovar), porque Israel não suspendeu (nem diminuiu) o bloqueio.
Por que, como, em que sentido, negar alimento e remédios à população de Gaza ajudaria a proteger os israelenses?
Por que, como, em que sentido, o sofrimento das crianças de Gaza - mais de 50% da população são crianças! - beneficiaria alguém?
A lei internacional e a decência humana exigem que essas crianças sejam protegidas. Se Gaza cair, a Cisjordânia cairá depois.
* Sara Roy é professora do Harvard's Center for Middle Eastern Studies. Autora de Failing Peace: Gaza and the Palestinian-Israeli Conflict.
Artigo reproduzido da Agência Carta Maior
Por Sara Roy*
Com o sítio, Israel visa a dois principais objetivos. Um, reforçar a idéia de que os palestinos são problema exclusivamente humanitário, como pedintes, mendigos sem qualquer identidade política e, portanto, sem reivindicações políticas. Segundo, impingir a questão de Gaza, ao Egito.
Por isso, os israelenses toleram as centenas de túneis que há entre Gaza e o Egito, pelos quais começou a formar-se um setor comercial informal, embora cada vez mais regulado. A muito grande maioria dos habitantes da Faixa de Gaza vive em condições de miséria, com 49,1%, estatísticas oficiais, de desempregados. De fato, os habitantes de Gaza já sabem que está desaparecendo rapidamente, para todos, qualquer possibilidade real de emprego.
Dia 5/11, o governo de Israel fechou todas as vias de entrada e saída de Gaza. Comida, remédios, combustível, peças de reposição para as redes de energia, água e esgoto, adubo, embalagens, telefones, papel, cola, calçados e até copos e xícaras não entram nos territórios ocupados em quantidade suficiente, ou absolutamente não há.
Conforme relatórios da Oxfam, apenas 137 caminhões com alimentos entraram em Gaza no mês de novembro de 2008. Em média, 4,6 caminhões/dia; em outubro de 2008, entraram em média 123; em dezembro de 2005, 564. As duas principais organizações que levam comida a Gaza são a UNRWA, Agência de Ajuda Humanitária da ONU para os Refugiados Palestinos e o Oriente Médio; e a WFP, "Programa Alimento para o Mundo". A UNRWA alimenta aproximadamente 750 mil palestinos em Gaza (cerca de 15 caminhões/dia de alimentos). Entre 5/11 e 30/11, só chegaram 23 caminhões, cerca de 6% do mínimo indispensável; na semana de 30/11, chegaram 12 caminhões, 11% do mínimo indispensável.
Durante três dias, em novembro, a UNRWA esteve totalmente desabastecida e 20 mil pessoas não receberam a única comida com que contam para matar a fome. Nas palavras de John Ging, diretor da UNRWA em Gaza, praticamente todos os atendidos pela organização dependem completamente do que recebem, seu único alimento. Dia 18/12, a UNRWA suspendeu completamente a distribuição de alimento, dos programas regulares e dos programas de emergência, por causa do bloqueio israelense.
A WFP enfrenta problemas semelhantes; conseguiu enviar apenas 35 caminhões, dos 190 previstos para atender as necessidades da Faixa de Gaza até o início de fevereiro de 2009 (mais seis caminhões conseguiram chegar a Gaza, entre 30/11 e 6/12). E não é só: a WFP é obrigada a pagar pelo armazenamento dos alimentos que não podem ser enviados a Gaza. Só em novembro, pagou 215 mil dólares. Se Israel mantiver o sítio a Gaza, a WFP terá de pagar mais 150 mil dólares pelo armazenamento dos alimentos, no mês de dezembro, dinheiro que deveria ser usado para auxiliar os palestinos, mas está entrando nos cofres de empresas israelenses de armazenamento.
A maioria das padarias comerciais em Gaza (30, de 47) foi obrigada a fechar as portas por falta de gás de cozinha. As famílias estão usando qualquer tipo de combustível que encontrem, para cozinhar. Como a FAO/ONU já informou, o gás é indispensável para manter aquecidos os criadouros de aves. A falta de gás e de rações, já levou à morte milhares de galinhas e frangos. Em abril, conforme a FAO, já praticamente não haverá galinhas e frangos em Gaza e para 70% dos palestinos, carne e ovos de galinha são a única fonte de proteína.
Bancos, impedidos por Israel de operar nos territórios ocupados, fecharam as portas dia 4/12. Num deles há um aviso, em que se lê: "Por decisão da Autoridade das Finanças na Palestina, o banco permanecerá fechado hoje, 4/12/2008, 5ª-feira, por falta de numerário. O banco só reabrirá quando voltar a receber moeda."
O Banco Mundial já antecipara que o sistema bancário em Gaza entraria em colapso se as restrições continuassem. Todo o fluxo de dinheiro para os programas foi suspenso, e a UNRWA suspendeu a assistência financeira a outros subprogramas, para os mais necessitados, dia 19/11. Também está paralisada a produção de livros didáticos e cadernos, porque não há papel, tinta de impressão e cola, em Gaza. Com isso, 200 mil estudantes serão afetados, ano que vem, no início das aulas.
Dia 11/12, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, enviou 25 milhões de dólares para o sistema bancário na Palestina, depois de um apelo do primeiro-ministro palestinense, Salaam Fayad; foi a primeira remessa, desde outubro. Não bastará nem para pagar o mês de salários atrasados dos 77 mil funcionários públicos de Gaza.
Dia 13/11, foi suspensa a operação da única estação de energia elétrica que opera em Gaza; as turbinas foram desligadas por absoluta falta de diesel industrial. As duas turbinas movidas a bateria 'caíram' e não voltaram a funcionar dez dias depois, quando chegou um único carregamento de combustível. Cerca de 100 peças de reposição, encomendadas para as turbinas, estão há oito meses no porto de Ashdod, em Israel, a espera de que as autoridades da alfândega israelense as liberem. Agora, Israel começou a leiloar as peças não liberadas, porque permanecem há mais de 45 dias no porto. Tudo feito conforme a legislação de Israel.
Durante a semana de 30/11, 394 mil litros de diesel industrial foram liberados para a estação de produção de energia: aproximadamente 18% do mínimo que Israel está legalmente obrigado a fornecer. Foi suficiente apenas para fazer funcionar uma turbina, por dois dias, antes de a estação ser novamente fechada. A Gaza Electricity Distribution Company informou que praticamente toda a Faixa de Gaza ficará sem eletricidade por períodos que variarão entre 4 e 12 horas/dia. Em vários momentos, haverá mais de 65 mil pessoas sem eletricidade.
Nem mais uma gota de óleo diesel (para geradores e para transporte) foi entregue essa semana (como já acontece desde o início de novembro); nem de gás de cozinha. Os hospitais em Gaza estão operando, ao que parece, com diesel e gás recebido do Egito, pelos túneis; ao que se diz, são produtos administrados e taxados pelo Hamás. Mesmo assim, dois hospitais em Gaza estão sem gás de cozinha desde 23/11.
Além dos problemas diretamente causados pelo sítio israelense, há os problemas criados pelas divisões políticas entre a Autoridade Palestina na Cisjordânia e a Autoridade do Hamás, em Gaza. Por exemplo, a CMWU, que fornece água para a região costeira de Gaza, que não é controlada pelo Hamás, é financiada pelo Banco Mundial via a Autoridade Palestina para a Água (PWA) em Ramállah; o financiamento destina-se a pagar o combustível para as bombas do sistema de esgotos de Gaza.
Desde junho, a PWA tem-se recusado a liberar o dinheiro, aparentemente porque entende que o funcionamento dos esgotos beneficiaria o Hamás. Não sei se o Banco Mundial tentou alguma intervenção nesse processo, mas, por hora, a UNRWA está fornecendo o combustível necessário, embora não tenha orçamento para essa finalidade. A CMWU também pediu autorização a Israel para importar 200 toneladas de cloro; até o final de novembro recebeu apenas 18 toneladas suficiente para o consumo de uma semana de água clorada. Em meados de dezembro, a cidade de Gaza e o norte da Faixa só tinha água por seis horas, a cada três dias.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, as divisões políticas entre Gaza e a Cisjordânia também têm tido sério impacto sobre o abastecimento de remédios em Gaza. O ministério da Saúde da Cisjordânia (MOH) é responsável por comprar e distribuir quase todos os produtos farmacêuticos e cirúrgico-hospitalares usados em Gaza. E todos os estoques estão perigosamente baixos. No mês de novembro, várias vezes o ministério devolveu carregamentos recebidos por via marítima, por não haver espaço para armazenamento; apesar disso, nada tem sido entregue em Gaza, em quantidades suficientes. Na semana de 30/11, chegou a Gaza um caminhão com remédios e suprimentos médios, enviado pelo MOH em Ramállah; foi o primeiro, desde o início de setembro.
Está acontecendo aí, ante nossos olhos, a destruição de toda uma sociedade e nenhum clamor se ouve, além dos avisos da ONU, que são ignorados pela comunidade internacional.
A União Européia anunciou recentemente que deseja estreitar relações com Israel, pouco depois de as autoridades israelenses terem declarado abertamente que preparam a invasão, em larga escala, da Faixa de Gaza e de terem apertado ainda mais o bloqueio econômico, com o apoio, já nada tácito, da Autoridade Palestina em Ramállah. Essa, vê-se, está colaborando com Israel, em várias medidas. Dia 19/12, o Hamás deu oficialmente por encerrada a trégua (que Israel declarou que estaria interessado em renovar), porque Israel não suspendeu (nem diminuiu) o bloqueio.
Por que, como, em que sentido, negar alimento e remédios à população de Gaza ajudaria a proteger os israelenses?
Por que, como, em que sentido, o sofrimento das crianças de Gaza - mais de 50% da população são crianças! - beneficiaria alguém?
A lei internacional e a decência humana exigem que essas crianças sejam protegidas. Se Gaza cair, a Cisjordânia cairá depois.
* Sara Roy é professora do Harvard's Center for Middle Eastern Studies. Autora de Failing Peace: Gaza and the Palestinian-Israeli Conflict.
Artigo reproduzido da Agência Carta Maior
sábado, 27 de dezembro de 2008
Para a alegria dos colorados
Recebi este estudo do colega jornalista Márcio Gomes e tenho orgulho de repassar:
Desde 2003, quando começaram os pontos corridos:
- Sempre o time campeão do primeiro turno ganhou o título. Mas o greminho não conseguiu...
- Jamais um time abriu 11 pontos de diferença sobre um rival e terminou atrás dele, perdendo o título por três pontos. O greminho conseguiu...
- Jamais um time ficou 8 pontos na frente do segundo colocado e perdeu o título no final. O greminho conseguiu...
- Jamais um time liderou 14 rodadas seguidas e perdeu o título no final. O greminho conseguiu...
- Jamais um time liderou por 17 rodadas e perdeu o título no final. O greminho conseguiu...
- Se consagrou como o 'maior flanelinha de todos os tempos', afinal guardou vaga para o São Paulo por 17 rodadas.
- Pior: ainda comemorou vaga como se fosse título. Ah, claro... Até parece que já é campeão da Libertadores 2009.
Fatos da temporada NADA do timinho da Azenha
- No Olímpico: ELIMINADO do Campeonato Gaúcho pelo Juventude.
- No Olímpico: ELIMINADO da Copa do Brasil pelo Atlético Goianiense.
- No Olímpico: ELIMINADO da Copa Sul-Americana pelo INTERNACIONAL.
- No Olímpico: PERDEU o Campeonato Brasileiro vendo o São Paulo ser campeão.
- Perdeu oito pontos para os rebaixados. O São Paulo só perdeu dois.
- Fez fiasco em todas as competições do ano (2° fase, 2° fase e 1° fase), exceto uma.
- Não ganhou um único clássico no ano. E ainda levou uma surra histórica no último.
FINALIZO COM UMA QUESTÃO: Em 2005, o gremista-mor Paulo Sant'Ana declarou:
"É melhor ser campeão da segunda que ser vice-campeão da primeira".
Como nunca disputei a Segunda Divisão, evidentemente jamais ganhei aquela porcaria. Então não tinha como responder.
Agora a gazelada tem totais condições de responder:
'E AÍ, GREMISTADA: É MELHOR SER CAMPEÃO DA SEGUNDA OU SER VICE DA PRIMEIRA?????'
O TIME DA PIADA PRONTA
GRÊMIO: NADA PODE SER MAIS RIDÍCULO
A Tuchaua-Cola vai lançar uma promoção. Cada tampinha representa um time e o título que conquistou é equivalente ao prêmio a ser retirado.
Na tampinha do São Paulo está escrito: "São Paulo, campeão brasileiro, você ganhou uma bicicleta".
Na tampinha do Inter está escrito: "Inter, campeão da sul-americana, você ganhou uma caixa de bombons"
Na tampinha do Sport está escrito: "Sport, campeão da copa do Brasil, você ganhou um jogo de futebol de pino"
Na tampinha do Grêmio está escrito: "Grêmio, não desista, continue participando"
Desde 2003, quando começaram os pontos corridos:
- Sempre o time campeão do primeiro turno ganhou o título. Mas o greminho não conseguiu...
- Jamais um time abriu 11 pontos de diferença sobre um rival e terminou atrás dele, perdendo o título por três pontos. O greminho conseguiu...
- Jamais um time ficou 8 pontos na frente do segundo colocado e perdeu o título no final. O greminho conseguiu...
- Jamais um time liderou 14 rodadas seguidas e perdeu o título no final. O greminho conseguiu...
- Jamais um time liderou por 17 rodadas e perdeu o título no final. O greminho conseguiu...
- Se consagrou como o 'maior flanelinha de todos os tempos', afinal guardou vaga para o São Paulo por 17 rodadas.
- Pior: ainda comemorou vaga como se fosse título. Ah, claro... Até parece que já é campeão da Libertadores 2009.
Fatos da temporada NADA do timinho da Azenha
- No Olímpico: ELIMINADO do Campeonato Gaúcho pelo Juventude.
- No Olímpico: ELIMINADO da Copa do Brasil pelo Atlético Goianiense.
- No Olímpico: ELIMINADO da Copa Sul-Americana pelo INTERNACIONAL.
- No Olímpico: PERDEU o Campeonato Brasileiro vendo o São Paulo ser campeão.
- Perdeu oito pontos para os rebaixados. O São Paulo só perdeu dois.
- Fez fiasco em todas as competições do ano (2° fase, 2° fase e 1° fase), exceto uma.
- Não ganhou um único clássico no ano. E ainda levou uma surra histórica no último.
FINALIZO COM UMA QUESTÃO: Em 2005, o gremista-mor Paulo Sant'Ana declarou:
"É melhor ser campeão da segunda que ser vice-campeão da primeira".
Como nunca disputei a Segunda Divisão, evidentemente jamais ganhei aquela porcaria. Então não tinha como responder.
Agora a gazelada tem totais condições de responder:
'E AÍ, GREMISTADA: É MELHOR SER CAMPEÃO DA SEGUNDA OU SER VICE DA PRIMEIRA?????'
O TIME DA PIADA PRONTA
GRÊMIO: NADA PODE SER MAIS RIDÍCULO
A Tuchaua-Cola vai lançar uma promoção. Cada tampinha representa um time e o título que conquistou é equivalente ao prêmio a ser retirado.
Na tampinha do São Paulo está escrito: "São Paulo, campeão brasileiro, você ganhou uma bicicleta".
Na tampinha do Inter está escrito: "Inter, campeão da sul-americana, você ganhou uma caixa de bombons"
Na tampinha do Sport está escrito: "Sport, campeão da copa do Brasil, você ganhou um jogo de futebol de pino"
Na tampinha do Grêmio está escrito: "Grêmio, não desista, continue participando"
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Feliz Natal
Para os amigos e amigas de todos os cantos deste Brasil ou mesmo fora dele desejo um
grande natal, com muita luz, paz e esperança em um mundo melhor e mais fraterno.
Abraços!!
grande natal, com muita luz, paz e esperança em um mundo melhor e mais fraterno.
Abraços!!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Estudo mostra que cotista valoriza mais a vaga na universidade
Os estudantes que entraram na universidade por meio do sistema de cotas para negros tendem a valorizar mais a sua vaga do que aqueles que não são cotistas, especialmente nos cursos considerados de baixo prestígio. Essa é uma das conclusões do estudo Efeitos da Política de Cotas na UnB: uma Análise do Rendimento e da Evasão, coordenado pela pedagoga Claudete Batista Cardoso, pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB).
De acordo com a pedagoga, os cotistas negros obtiveram notas melhores do que os demais alunos em 27 cursos da UnB. No curso de música, por exemplo, as notas dos cotistas são 19% superiores às dos demais estudantes. Eles também se destacam em cursos como matemática, em que a diferença é de 15%, artes cênicas (14%), artes plásticas (14%), ciências da computação (13%) e física/licenciatura (12%).
De acordo com Claudete Cardoso, uma das explicações para o melhor desempenho é que os cotistas valorizam mais o fato de passar no vestibular e entrar na universidade, o que para eles pode representar uma possibilidade de mobilidade social.
De acordo com a pedagoga, os cotistas negros obtiveram notas melhores do que os demais alunos em 27 cursos da UnB. No curso de música, por exemplo, as notas dos cotistas são 19% superiores às dos demais estudantes. Eles também se destacam em cursos como matemática, em que a diferença é de 15%, artes cênicas (14%), artes plásticas (14%), ciências da computação (13%) e física/licenciatura (12%).
De acordo com Claudete Cardoso, uma das explicações para o melhor desempenho é que os cotistas valorizam mais o fato de passar no vestibular e entrar na universidade, o que para eles pode representar uma possibilidade de mobilidade social.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Os dois sentidos de uma avenida em POA
sábado, 6 de dezembro de 2008
Datafolha: aprovação de Lula chega a 70%

A avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a bater novo recorde e agora 70% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom. Nenhum presidente no Brasil desde a redemocratização atingiu esse patamar. O recorde anterior já pertencia ao próprio Lula: 64% o avaliavam positivamente em setembro.
Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 25 e 28 de novembro mostra que o presidente conta com a avaliação positiva da maioria da população em todos os segmentos socioeconômicos e regiões do país. Isso já ocorria no levantamento de setembro, mas agora Lula teve reforçado o apoio sobretudo entre os mais jovens (mais nove pontos), os mais escolarizados (mais nove) e no Sudeste (também mais nove pontos).
Em termos regionais, o Nordeste segue como principal área de apoio a Lula: 81% o avaliam como ótimo ou bom. São nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, que concentram alguns dos Estados mais pobres do país, que Lula tem as avaliações positivas mais altas tanto do ponto de vista econômico como social.
A avaliação positiva se estende também entre a maioria dos simpatizantes de todos os grandes partidos políticos do país. Quem menos o apóia(o Presidente Lula) são os simpatizantes do PSDB -mesmo assim, Lula tem a aprovação de 56% deles. Entre os petistas, o percentual sobe a 88%.
A melhora na avaliação se deu, principalmente, pela redução do percentual de brasileiros que consideram seu governo regular: eles caíram de 28% em setembro para 23% hoje.
De 0 a 10, a nota média atribuída ao governo Lula também atingiu um recorde, chegando a 7,6, contra 7 em setembro.
A pesquisa revela também que 27% dos brasileiros ainda não tomaram conhecimento da atual crise financeira internacional, que já começa a afetar o Brasil. E que apenas 14% dos entrevistados afirmam estar bem informados sobre ela. Questionados se concordavam com a frase dita há algumas semanas por Lula (sem serem informados que a frase era dele) de que a crise seria uma "marolinha" no Brasil, 42% dos pesquisados disseram que sim.
"A crise econômica ainda não atingiu a população a ponto de criar uma grande preocupação. Como conseqüência, a avaliação do presidente Lula continua em alta mesmo após o fim da campanha eleitoral, que expôs mais a sua imagem, e em meio ao atual noticiário econômico desfavorável", afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Para a realização da pesquisa, o Datafolha ouviu 3.486 brasileiros com mais de 16 anos em todo o país. A margem de erro máxima para os resultados é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento mostra também que, sob Lula, é a área econômica a mais bem avaliada: 17% dos brasileiros apontaram espontaneamente o desempenho nesse setor como o melhor em seu governo. A seguir vêm a educação, com 12%, e o combate à fome e à miséria, com 11%.
Quando estimulados a opinar sobre o desempenho de Lula na economia, 61% dos entrevistados disseram avaliá-lo como ótimo ou bom. O percentual representa um salto de 23 pontos sobre a última vez em que a mesma pergunta foi colocada, em fevereiro de 2006.
Naquele ano, a economia brasileira cresceu 3,8%. Em 2007, o crescimento saltou para 5,4%, e até julho deste ano mantinha um ritmo forte, de 6% em termos anualizados. Salto positivo semelhante, de 22 pontos, ocorreu na evolução da avaliação do governo Lula na área social. Ela saltou de 36% em fevereiro de 2006 para 58% no final de novembro.
Ao longo de 2007, Lula contou apenas com a metade da avaliação positiva dos brasileiros: era aprovado por 48% em março, taxa que se repetiu em agosto, e oscilou para 50% em novembro. Em março de 2008 chegou a 55%, passou a 64% em setembro e agora atinge 70%.
O brasileiro está otimista quanto a 2009, revela o Datafolha. Segundo pesquisa realizada entre os dias 25 e 28 de novembro, 78% declaram que sua vida vai melhorar, enquanto apenas 3% afirmam que vai piorar, no ano que vem. Para 14%, a vida pessoal permanecerá como está.
A aposta em um ano novo melhor em comparação a 2008 chega a 82% nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Essa expectativa é de 75% na região Sul e de 74% no Sudeste.
Ainda segundo o Datafolha, 65% dos entrevistados declaram que a situação do Brasil vai melhorar, enquanto 22% afirmam que vai "ficar igual" em 2009. Só para 8% a situação do país vai piorar no ano que vem.
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, "a crise não chegou à população".
"A maioria dos brasileiros não está preocupada com a crise e se mantém otimista, com intenção de consumir neste Natal", afirmou Paulino. A confiança em um 2009 melhor na vida pessoal atinge 79% dos entrevistados com renda familiar mensal de até dois salários mínimos. Mas o grau de otimismo é dez pontos menor entre os com renda superior a dez mínimos por mês: 69%.
A pesquisa revela ainda que 78% dos entrevistados com renda de dois a cinco salários mínimos mensais acreditam que sua vida vai melhorar em 2009. Essa taxa é de 77% entre aqueles com faixa mensal de cinco a dez mínimos. O otimismo é maior - 83% - entre os entrevistados de 16 a 24 anos e cai a 62% entre aqueles com mais de 60 anos.
Segundo o Datafolha, a vida do Brasil vai melhorar na opinião de 66% dos entrevistados com nível de escolaridade fundamental. Essa expectativa é de 65% entre aqueles com nível médio de ensino. Mas cai 11 pontos -para 54%- entre os brasileiros com nível superior.
"É a correlação direta com o acesso à informação. As pessoas mais bem informadas estão mais preocupadas", avaliou Mauro Paulino. A pesquisa mostra ainda que 60% dos brasileiros acreditam que sua situação econômica vai melhorar nos próximos meses. Há um ano, no fim de novembro de 2007, esse índice era de 54%. No fim de março deste ano, era 53%. Em oito meses, a taxa dos que acreditam numa situação econômica melhor subiu sete pontos.
Conhecimento
Questionados, 72% dos entrevistados afirmam ter tomado conhecimento da crise econômica mundial. Mas apenas 14% responderam estar bem informados, enquanto 18% se declararam mal informados. Quase a metade - 41% - disse que está "mais ou menos" informada sobre a crise.
Segundo o Datafolha, 42% dos entrevistados com renda mensal de até dois mínimos não tomaram conhecimento da crise. Esse índice é de somente 4% entre aqueles com mais de dez mínimos mensais e de 19% entre os entrevistados com renda familiar de dois a cinco mínimos por mês.
Ainda segundo o Datafolha, 48% dos brasileiros afirmam que sua vida melhorou desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 43% afirmam que ficou igual. Somente 6% disseram que a vida piorou após a eleição de Lula.
Para 67% dos entrevistados o Brasil está melhor desde a eleição de Lula. Esse índice chega a 78% no Nordeste e a 71% nas regiões Norte e Centro-Oeste. No Sudeste, é de 62%, sendo de 57% no Sul.Segundo a pesquisa, o país está igual para 24% e piorou na opinião de 6% dos brasileiros.
Para 56% dos moradores de São Paulo, o Brasil está melhor, enquanto 10% afirmam que piorou e 32% disseram que permanece como estava.Ao fazerem um balanço de 2008, 59% dos entrevistados disseram que a vida melhorou em comparação ao ano passado. A vida ficou igual para 29% e piorou para 12%. O Datafolha ouviu 3.488 brasileiros.
42% acham que crise no Brasil é só "marolinha"
Sem ser informados sobre o autor da frase, 42% dos brasileiros concordaram, total ou parcialmente, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Lá fora, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha".
Confrontados com a declaração -que foi alvo de críticas- 17% dos entrevistados disseram concordar totalmente com ela, enquanto 25% disseram que concordam em parte. Já 39% discordam. Segundo o Datafolha, 22% dos entrevistados manifestaram total discordância e 17% afirmaram discordar em parte da avaliação do presidente. Nove por cento disseram que não concordam nem discordam e 11% não souberam responder. Além dessa, o Datafolha submeteu aos entrevistados três declarações do presidente sobre a crise sem identificar o autor.
Segundo a pesquisa, 53% dos brasileiros concordam, sendo que 32% em parte, com a tese de que "o Brasil, se tiver que passar por um aperto, será muito pequeno". Outros 32% discordam -16% parcialmente- enquanto 7% não concordam nem discordam. Ainda segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados concordam que "nenhum país está a salvo e todos serão atingidos pela crise". Apenas 17% discordaram. Os entrevistados comentaram outra frase de Lula: "a melhor solução para evitar que a crise se alastre é os países ricos resolverem seus problemas". Dos entrevistados, 73% concordaram, sendo 48% totalmente. Seis por cento discordaram em parte e 5% totalmente.
Saúde é o principal problema do país para 25% da população
A saúde continua sendo considerada o principal problema do país e como área de pior desempenho do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um quarto (25%) dos brasileiros afirmam espontaneamente que esse é o principal problema nacional, revela pesquisa Datafolha realizada entre os dias 25 e 28 de novembro.
Em segundo lugar é o desemprego que aparece como fonte de aflição entre os brasileiros, mas o percentual entre eles caiu de 20% em setembro para 18% agora. O terceiro maior problema apontado pelos entrevistados é a segurança, com 16% (era 17% em setembro).
Alguns dos outros problemas citados são educação (9%), fome e miséria (6%), economia de modo geral (4%) e corrupção (3%), segundo a pesquisa. Entre os brasileiros que moram no Nordeste (região onde Lula tem o apoio de 81%), a taxa dos que citam o desemprego como principal problema sobe a 25%, taxa seis pontos superior à dos que mencionam a saúde (19%). A segurança é citada por 20% dos moradores dessa região (quatro pontos acima da média nacional).
Jovens
Em todo o país, a taxa de menções ao desemprego chega a 23% entre os entrevistados que têm entre 16 e 24 anos.
Quando indagados sobre a área em que o governo Lula está se saindo pior, 24% citaram a saúde, percentual similar aos que consideram esse o principal problema do país. Em março deste ano a saúde era mencionada por 28%.Já a taxa dos que consideram o combate à violência como pior área de atuação do governo Lula oscilou de 15% para 16%.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Sofrimento e garra: Inter campeão



Eu já falava antes do jogo que não existe "jogo jogado", mesmo que tenhamos sido vitoriosos em La Plata. O Internacional, glorioso como sempre, precisou suar sangue vermelho, mostrar garra e luta para conquistar a única taça que ainda não tinha na sua coleção: a da Copa Sul-Americana. O Estudiantes marcou muito bem as estrelas do colorado - Alex, Nilmar e Dalessandro -, confirmando a velha garra argentina. Mas o predestinado Nilmar, sempre goleador, está ali, no lugar certo, para empurrar a bola para o fundo das redes. Foi uma grande conquista do Inter, uma vitória épica. Agora, o time do Beira-Rio é campeão de tudo que um clube de futebol pode alcançar: 38 vezes campeão gaúcho, tricampeão brasileiro (uma vez invicto), campeão da Copa do Brasil, campeão da Libertadores da América, campeão do Mundo Fifa, campeão da Recopa e campeão da Copa Sul-Americana. Nenhum clube brasileiro conquistou tudo isso. Viva o grande Internacional, que cada vez mais faz jus ao seu nome.
Fotos: Alexandre Lops e Marcelo Campos, do site do Inter
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