* Susana Vernieri
O prédio era destinado a ser um almoxarifado e foi transformado a fórceps em Faculdade. A sala de redação era recheada com máquinas de escrever antigas. As câmeras de TV eram pesadas e velhas. A ilha de edição, quase que analógica. O laboratório fotográfico, uma peneira. A biblioteca desatualizada. Nada parecia convidar a entrada naquela casa.
O atrativo era o erro. A liberdade de exercitar a falha. Não é teoria, técnica, arte que a Universidade de Jornalismo ensina, mas a possibilidade de se acreditar ser um humano. É esta sua justificativa maior. Dentro dela encontramos a geléia real da vida. O professor bom ensaia o espelho do futuro chefe exemplar. O ruim, nos alerta para os perigos do futuro. O coleguismo é amostra do que se poderá contar no ombro a ombro da jornada. Como norte de toda esta experiência está a tão desgastada palavra Ética.
O diploma serve para que se ateste perante a nós mesmos e aos outros, que empreendemos uma aventura ao centro da questão e estamos aptos a seguir viagem. Ele é documento imprescindível, passaporte para um mundo onde há menos tolerância para o erro. O espaço do profissionalismo não perdoa os fracos. A sociedade, muito em breve, irá cobrar do Supremo a decisão de acabar com a exigência do diploma para o exercício legal da profissão de jornalista caso isso venha acontecer. Toda população, em seu íntimo, quer uma Imprensa forte, pois sem palavra forte, o povo é escravo.
* Doutora pela Ufrgs, ex-professora de Jornalismo da Famecos, Fabico e Unisinos, trabalhou dez anos em Zero Hora
- Publicado originalmente no site do Sindicato dos Jornalistas/RS (http://www.jornalistas-rs.org.br/)
Blog destinado ao Jornalismo, com informações e opiniões nas seguintes áreas: política, sindical, econômica, cultural, esportiva, história, literatura, geral e entretenimento. E o que vier na cabeça... Leia e opine, se quiseres!
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Os 15 filmes clássicos mais influentes
Para celebrar os 15 anos do TCM (Turner Movie Classics), o canal apresentou uma lista com os 15 filmes clássicos mais influentes do cinema. A relação segue de acordo com a ordem cronológica e, segundo a emissora esclareceu, não se trata, necessariamente, dos títulos mais importantes, mas, sim, daqueles que moldaram o cinema e o público que os assistiram.
1. O Nascimento de uma Nação (1915), de D.W. Griffith
2. O Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei M. Eisenstein
3. Metrópolis (1927), Fritz Lang
4. Rua 42 (1933), de Lloyd Bacon
5. Aconteceu Naquela Noite (1934), de Frank Capra
6. Branca de Neve e os Sete Anões (1937), de David Hand
7. …E o Vento Levou (1939), de Victor Fleming
8. No Tempo das Diligências (1939), de John Ford
9. Cidadão Kane (1941), de Orson Welles
10. Ladrões de Bicicleta (1948), de Vittorio De Sica
11. Rashomon (1950), de Akira Kurosawa
12. Rastros de Ódio (1956), de John Ford
13. Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock
14. Psicose (1960), de Alfred Hitchcock
15. Guerra nas Estrelas (1977), de George Lucas
Quantos filmes desta lista você já assistiu?
Eu respondo de imediato: assisti O Encouraçado Potenkin,...E o Vento Levou, Cidadão Kane, Ladrões de Bicicleta, Psicose e Guerra nas Estrelas. Ou seja: 40% da lita do TCM.
Razoável!
1. O Nascimento de uma Nação (1915), de D.W. Griffith
2. O Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei M. Eisenstein
3. Metrópolis (1927), Fritz Lang
4. Rua 42 (1933), de Lloyd Bacon
5. Aconteceu Naquela Noite (1934), de Frank Capra
6. Branca de Neve e os Sete Anões (1937), de David Hand
7. …E o Vento Levou (1939), de Victor Fleming
8. No Tempo das Diligências (1939), de John Ford
9. Cidadão Kane (1941), de Orson Welles
10. Ladrões de Bicicleta (1948), de Vittorio De Sica
11. Rashomon (1950), de Akira Kurosawa
12. Rastros de Ódio (1956), de John Ford
13. Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock
14. Psicose (1960), de Alfred Hitchcock
15. Guerra nas Estrelas (1977), de George Lucas
Quantos filmes desta lista você já assistiu?
Eu respondo de imediato: assisti O Encouraçado Potenkin,...E o Vento Levou, Cidadão Kane, Ladrões de Bicicleta, Psicose e Guerra nas Estrelas. Ou seja: 40% da lita do TCM.
Razoável!
quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ética, Jornalismo e Nova Mídia - uma moral provisória", de Caio Túlio Costa, investiga como o jornalismo tem sido praticado do ponto de vista da moralidade, desde seu surgimento até os dias de hoje, marcados por um intenso fogo cruzado de novos meios de comunicação, a nova mídia. Na obra, o autor sustenta que, apesar de todas as novidades na mídia, o modo de fazer jornalismo não mudou. O que tem mudado, diz, "é a forma de comunicação e o grau de importância atribuído ao jornalista".
Redação - Carta Maior
Já está nas livrarias o mais recente livro do jornalista e professor Caio Túlio Costa, "Ética, Jornalismo e Nova Mídia - uma moral provisória". Editado pela Zahar, está à venda por R$ 39,90. O livro emerge da tese de doutorado defendida na USP em junho de 2008 e é fruto do curso de ética jornalística que Caio Túlio Costa ministra na Cásper Líbero desde 2003 - quando herdou a disciplina de Eugênio Bucci, inspirador do curso e da tese.
Conforme a apresentação da obra, o objetivo não é apresentar um manual com listas de certo e errado nem oferecer lições de conduta para os profissionais da mídia. "Longe disso, o objetivo é investigar como o jornalismo tem sido praticado do ponto de vista da moralidade – desde seu surgimento até os dias de hoje, marcados por um intenso fogo cruzado de novos meios de comunicação, a nova mídia".
A pedra fundamental dessa reflexão sobre a imprensa foi lançada em 1690, quando o alemão Tobias Peucer defendeu uma pioneira tese de doutorado sobre o tema. Nesta pesquisa, ele já apontava questões que continuam na ordem do dia e são abordadas no livro de Caio Túlio Costa. Entre elas destacam-se as contradições do jornalismo como “negócio” e como atividade de interesse público, os limites da objetividade e da imparcialidade; a busca da precisão num cotidiano premido pela urgência, os ideais de verdade, justiça e credibilidade.
"O grande desafio do jornalismo no século XXI", diz ainda a apresentação, "é manter sua identidade em uma rede saturada de informações emitidas pelos mais diversos meios. Nessa rede intrincada, nunca foram tão tensas as relações entre “fonte”, jornalista, empresa de comunicação e público – e não por acaso, ética e antiética têm andado assustadoramente próximas".
Ao relacionar filosofia, dramaturgia e literatura, estabelecendo surpreendentes ligações entre eventos distintos – como o julgamento de Sócrates, na Antiguidade, e recentes atentados promovidos em São Paulo pelo crime organizado –, o autor sustenta que, apesar de todas as novidades na mídia, o modo de fazer jornalismo não mudou.
O que tem mudado, defende, "é a forma de comunicação e o grau de importância atribuído ao jornalista, já que agora qualquer indivíduo pode criar e veicular produtos noticiosos, atingindo on-line milhões de pessoas". "Essa possibilidade sim é inédita e espantosa. Mais do que nunca, portanto, é oportuno manter em pauta uma discussão aprofundada sobre ética, jornalismo e novas mídias".
Veja o que diz a quarta capa do livro:
Jean-Paul Sartre dizia que, para conseguir administrar tantas namoradas, era obrigado a recorrer constantemente a um “código moral temporário”, que envolvia mentirinhas e meias verdades. Partindo dessa saborosa revelação do grande filósofo, o jornalista Caio Túlio Costa afirma que um “código” semelhante costuma ser utilizado no jornalismo, em situações diversas, para justificar comportamentos tidos como condenáveis.
Por exemplo quando se usam gravadores e câmeras ocultos para investigar um assassinato ou fraudes no mercado financeiro. Nesse caso, vale mentir, ocultar e omitir porque a causa é nobre? Essa “moral provisória” – oportunista, para uns; necessária, para outros –, que se adequa às circunstâncias, não faz parte apenas do dia-a-dia do repórter. Integra o fazer da própria indústria da comunicação. Num mercado saturado de informações digitalizadas, no qual o consumidor também as produz e veicula, a pergunta é: verdade, justiça e ética ainda são os pilares do jornalismo?
terça-feira, 14 de abril de 2009
Lula é o presidente mais popular das Américas, mostra pesquisa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em primeiro lugar na lista de líderes com melhor aprovação da América, com 70% de popularidade, de acordo com um estudo publicado hoje na internet pela empresa mexicana Consulta Mitofsky.
O relatório, correspondente a abril, indica que pouco atrás de Lula está o governante colombiano, Álvaro Uribe, com 69%, seguido pelo mexicano Felipe Calderón, com 68%, e pelo salvadorenho Elías Antonio Saca, com 66%. Em um segundo bloco aparecem os presidentes de Estados Unidos, Barack Obama, com 61%; Equador, Rafael Correa, e Paraguai, Fernando Lugo, com 60%; Chile, Michelle Bachelet, com 59%; e Bolívia, Evo Morales, com 58%.
Pouco atrás estão o governante uruguaio, Tabaré Vázquez, com 53%; o costarriquenho Óscar Arias, com 49%; o panamenho Martín Torrijos, com 48%; o guatemalteco Álvaro Colom, com 45%; o dominicano Leonel Fernández e o nicaraguense Daniel Ortega, com 48%; e o peruano Alan García, com 34%. No fim da lista estão a argentina Cristina Kirchner, com 29%, e o hondurenho Manuel Zelaya, com 25%.
A Consulta Mitofsky destacou que a aprovação média dos presidentes americanos em março foi de 52%, só superada pelos resultados de janeiro e maio de 2007, que alcançaram 53% e 54%, respectivamente. No estudo anterior, divulgado em janeiro, Lula, Uribe e Correa dividiam o primeiro lugar, com 70% de aprovação.
EFE
A gramática não foi feita para humilhar ninguém
Recebi o texto abaixo e vesti a carapuça. Muitas vezes cometi o "golpe baixo" de corrigir a gramática ou a ortografia do outro. Só porque tive a pretensão de entender que sabia mais. É claro que, no dia-a-dia do meu exercício profissional - o Jornalismo -, a gramática, a ortografia e sintaxe são essenciais. Nunca na conversa com parentes ou amigos. Ou num bate-papo na internet. Foi bom ler este artigo encontrado no endereço:
http://www.interney.net/blogs/lll/2009/02/06/gramatica/
Prometo me policiar para não cometer novos deslizes deste tipo. Espero que tu, leitor, faço o mesmo caso tenha entrado neste jogo. Vamos à leitura:
Alex Castro
Um dos golpes mais baixos (e mais idiotas) que alguém pode fazer durante uma discussão é criticar a gramática, ortografia ou sintaxe do outro.
É baixo sobretudo por ser inútil.
Pra começar, ou sua platéia viu o erro ou não viu. Se viram, já sabiam que o outro cara errou, já sabiam que ele não domina as regras básicas da língua e isso já ficou registrado - a seu favor. Mencionar ou zombar do erro não vai fazê-los ficar mais ao seu lado do que já estão, mas pode fazê-los pensar que você é um idiota arrogante. Eu sou assim.
Pior ainda, se a sua platéia não viu o erro, então há boas chances de eles serem tão ignorantes quanto a pessoa que você está corrigindo. Ao lhe ver corrigindo o outro, eles vão se colocar no lugar dele e se imaginar também sendo humilhados por você. Gol contra.
Mais importante, a não ser que a discussão seja sobre gramática, sintaxe ou ortografia (às vezes, nem mesmo nesses casos), tais erros não fazem diferença prática alguma. Seja num debate sobre política, engenharia química ou klingons em Star Trek, alguém que diz "nós vai" tem tanta possibilidade de estar certo, ou de ter uma boa idéia, ou de ter toda a razão do mundo, quanto qualquer outro.
Tanto sua platéia quanto seu interlocutor vão perceber que você, de forma pedante e arrogante, está apenas querendo desviar a discussão do seu verdadeiro assunto para um outro campo não relacionado, irrelevante para a assunto, mas que você domina.
Você não prova nada e ainda aliena os espectadores. Sempre uma má estratégia.
Na verdade, não dominar as sutilezas da língua não faz de ninguém burro. Talvez somente num aspecto.
A gramática, a sintaxe e a ortografia (e também a crase) não foram feitas para humilhar ninguém. Elas não são perversas nem aleatórias. A existência de normas padronizadas e universalmente aceitas tem como único objetivo facilitar a comunicação entre o maior número possível de falantes.
Enquanto cumprem esse objetivo, são úteis e saudáveis. Quando já não comunicam, tornam-se obsoletas.
E mesmo quando a língua torna-se um dialeto, como a das meninas ki falaum axxim, o novo dialeto também obedece à regras próprias e intrínsecas, para que possa ser mutuamente inteligível pelos falantes.
Então, não dominar essas regras não faz uma pessoa ser burra. Ou melhor, faz, mas só se você considerar que é uma burrice não se preocupar em aprender as regras que regem (e sobretudo facilitam) a comunicação entre seus pares.
Da próxima vez em que você vir alguém corrigindo publicamente qualquer pessoa, seja em fóruns, blogs ou até mesmo em chats, não diga nada.
Fale que conhece um site muito legal, que ele vai adorar, e mande o link desse post: http://www.interney.net/blogs/lll/2009/02/06/gramatica/
http://www.interney.net/blogs/lll/2009/02/06/gramatica/
Prometo me policiar para não cometer novos deslizes deste tipo. Espero que tu, leitor, faço o mesmo caso tenha entrado neste jogo. Vamos à leitura:
Alex Castro
Um dos golpes mais baixos (e mais idiotas) que alguém pode fazer durante uma discussão é criticar a gramática, ortografia ou sintaxe do outro.
É baixo sobretudo por ser inútil.
Pra começar, ou sua platéia viu o erro ou não viu. Se viram, já sabiam que o outro cara errou, já sabiam que ele não domina as regras básicas da língua e isso já ficou registrado - a seu favor. Mencionar ou zombar do erro não vai fazê-los ficar mais ao seu lado do que já estão, mas pode fazê-los pensar que você é um idiota arrogante. Eu sou assim.
Pior ainda, se a sua platéia não viu o erro, então há boas chances de eles serem tão ignorantes quanto a pessoa que você está corrigindo. Ao lhe ver corrigindo o outro, eles vão se colocar no lugar dele e se imaginar também sendo humilhados por você. Gol contra.
Mais importante, a não ser que a discussão seja sobre gramática, sintaxe ou ortografia (às vezes, nem mesmo nesses casos), tais erros não fazem diferença prática alguma. Seja num debate sobre política, engenharia química ou klingons em Star Trek, alguém que diz "nós vai" tem tanta possibilidade de estar certo, ou de ter uma boa idéia, ou de ter toda a razão do mundo, quanto qualquer outro.
Tanto sua platéia quanto seu interlocutor vão perceber que você, de forma pedante e arrogante, está apenas querendo desviar a discussão do seu verdadeiro assunto para um outro campo não relacionado, irrelevante para a assunto, mas que você domina.
Você não prova nada e ainda aliena os espectadores. Sempre uma má estratégia.
Na verdade, não dominar as sutilezas da língua não faz de ninguém burro. Talvez somente num aspecto.
A gramática, a sintaxe e a ortografia (e também a crase) não foram feitas para humilhar ninguém. Elas não são perversas nem aleatórias. A existência de normas padronizadas e universalmente aceitas tem como único objetivo facilitar a comunicação entre o maior número possível de falantes.
Enquanto cumprem esse objetivo, são úteis e saudáveis. Quando já não comunicam, tornam-se obsoletas.
E mesmo quando a língua torna-se um dialeto, como a das meninas ki falaum axxim, o novo dialeto também obedece à regras próprias e intrínsecas, para que possa ser mutuamente inteligível pelos falantes.
Então, não dominar essas regras não faz uma pessoa ser burra. Ou melhor, faz, mas só se você considerar que é uma burrice não se preocupar em aprender as regras que regem (e sobretudo facilitam) a comunicação entre seus pares.
Da próxima vez em que você vir alguém corrigindo publicamente qualquer pessoa, seja em fóruns, blogs ou até mesmo em chats, não diga nada.
Fale que conhece um site muito legal, que ele vai adorar, e mande o link desse post: http://www.interney.net/blogs/lll/2009/02/06/gramatica/
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Tite, único técnico campeão gaúcho por três equipes diferentes

O técnico Adenor Bacchi, o Tite, poderá conquistar no domingo um título especial. Levantando a taça pelo Internacional, será o primeiro técnico a ganhar o campeonato gaúcho por três equipes diferentes. Foi vitorioso em 2000 com o Caxias - desbancando o Grêmio de Ronaldinho -, voltando a ganhar em 2001 com o adversário do ano anterior. Agora, seria com o colorado. É um título no qual eu acredito muito, mesmo respeitando o Caxias. Discordo de Tite em muitas decisões, mas o considero um bom treinador. Merece continuidade!
Contando com a providencial ajuda do professor Raul Pons, colorado que habita como eu a comunidade do Inter no Orkut, relaciono abaixo os treinadores campeões por dois clubes até o ano passado:
Teté
9º Regimento (atual Farroupilha) - 1935
Internacional - 1951, 1952, 1953 e 1955
Ricardo Díaz
Santanense - 1937
Internacional - 1942
Sérgio Moacir Torres
Internacional - 1961
Grêmio - 1962, 1963 e 1968
Rubens Minelli
Internacional - 1974, 1975 e 1976
Grêmio - 1985
Otacílio Gonçalves
Internacional - 1984
Grêmio - 1988
Celso Roth
Internacional - 1997
Grêmio - 1999
Lori Sandri
Juventude - 1998
Internacional - 2004
Tite
Caxias - 2000
Grêmio - 2001
Vidas jovens perdidas
Na internet ou nos jornais impressos, as notícias são as mesmas: jovens gaúchos perdem a vida por razões diversas:
- um, drogadito, é morto pela própria mãe.
- outro, amante do surf, fica enredado em rede de pesca no mar.
- um terceiro, jornalista como eu, morre afogado enquanto pescava no Uruguai.
- Mais um: voltava da praia, adormece e sai da pista na auto-estrada.
- três são atropelados por um motorista que fugiu.
As idades variam entre 14 e 24 anos. Gente que tinha um imenso horizonte pela frente, mas o destino cortou-lhes a frente. Alguém dirá que muitos deles foram ao encontro dele (destino). Eu digo: estavam vivendo. Mesmo o dependente de drogas.
Uma pena que não tenham podido viver tanto como o escultor Xico Stockinger, que faleceu ontem em pleno sono, aos 89 anos, deixando como herança uma invejável obra.
- um, drogadito, é morto pela própria mãe.
- outro, amante do surf, fica enredado em rede de pesca no mar.
- um terceiro, jornalista como eu, morre afogado enquanto pescava no Uruguai.
- Mais um: voltava da praia, adormece e sai da pista na auto-estrada.
- três são atropelados por um motorista que fugiu.
As idades variam entre 14 e 24 anos. Gente que tinha um imenso horizonte pela frente, mas o destino cortou-lhes a frente. Alguém dirá que muitos deles foram ao encontro dele (destino). Eu digo: estavam vivendo. Mesmo o dependente de drogas.
Uma pena que não tenham podido viver tanto como o escultor Xico Stockinger, que faleceu ontem em pleno sono, aos 89 anos, deixando como herança uma invejável obra.
Internacional: em busca de mais um campeonato invicto no ano do Centenário
O Internacional poderá sagrar-se bicampeão gaúcho no próximo domingo se ganhar do Caxias, conquistando o segundo turno do campeonato gaúcho. Como já venceu o primeiro, torna desnecessárias as duas partidas finais. Ontem à noite, domingo de Páscoa, o time passeou em campo para dobrar a Ulbra por 4 a 0 no Beira-Rio. Os gols foram de Nilmar, Alecsandro, D'Alessandro e Rosinei. O goleiro Lauro ainda fez duas defesas espetaculares na mesma cobrança de pênalti da Ulbra.
Com a vitória, o colorado chega à décima sétima vitória na competição em 20 jogos (empatou três). O Inter tem agora a incrível marca de 59 gols em 20 partidas, o que equivale a quase três gols por jogo. Taison, com 14 gols, e Nilmar, com 11, são os principais goleadores do Inter na competição até o momento. Poderá repetir o feito de 1974, quando ganhou o campeonato de forma invicta - a diferença é que o time de Minelli ganhou todas as 18 partidas disputadas na época.
O detalhe é que ontem não estavam em campo dois dos melhores jogadores da atual campanha: Taison e Guiñazu. Diante do Caxias, teremos mais poderio ofensivo com o guri pelotense e segurança defensiva e garra com El Cholo argentino.
Avante, Inter. Este será mais um ano de glórias. Na aldeia e fora dela...

D'Alessandro, o irrequieto craque argentino, foi um dos mais importantes jogadores na goleada e marcou um gol de pênalti
(foto: Lucas Uebel/Vipcomm)
Com a vitória, o colorado chega à décima sétima vitória na competição em 20 jogos (empatou três). O Inter tem agora a incrível marca de 59 gols em 20 partidas, o que equivale a quase três gols por jogo. Taison, com 14 gols, e Nilmar, com 11, são os principais goleadores do Inter na competição até o momento. Poderá repetir o feito de 1974, quando ganhou o campeonato de forma invicta - a diferença é que o time de Minelli ganhou todas as 18 partidas disputadas na época.
O detalhe é que ontem não estavam em campo dois dos melhores jogadores da atual campanha: Taison e Guiñazu. Diante do Caxias, teremos mais poderio ofensivo com o guri pelotense e segurança defensiva e garra com El Cholo argentino.
Avante, Inter. Este será mais um ano de glórias. Na aldeia e fora dela...

D'Alessandro, o irrequieto craque argentino, foi um dos mais importantes jogadores na goleada e marcou um gol de pênalti
(foto: Lucas Uebel/Vipcomm)
terça-feira, 7 de abril de 2009
Dia do Jornalista, dia de luta

Hoje, 7 de abril, é o Dia do Jornalista. Comemoramos porque escolhemos uma profissão muito especial, que nos dá prazer e a possibilidade de expressarmos nossos princípios democráticos, éticos e morais onde trabalhamos. Como é bom fecharmos uma matéria rica em fontes, imparcial e recheada de lados (no caso, dando oportunidade para que todos se manifestem). Como é gratificante vermos publicada uma foto que prescinde de leganda. Ou um título que convida o leitor a ler a matéria com interesse.
Companheiros, o dia também é de luta sem tréguas. E devem festejar todos aqueles que estão na trincheira em defesa da manutenção da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo. São eles colegas aposentados ou da ativa. Juntos, estudantes das diversas faculdades de Jornalismo do Estado. Todos têm participado de reuniões, palestras e manifestações nas redações, nas assessorias ou na rua com o mesmo ideal de quando conquistamos a nossa regulamentação há 40 anos.
Não tivemos a votação do Recurso Extraordinário 511961 - que questiona a legitimidade de nossa regulamentação - no dia 1º de abril, mas não devemos baixar a guarda. As mobilizações devem continuar em todo o Brasil, visando convencer os 11 juízes do Supremo Tribunal Federal que o diploma é essencial para nós, jornalistas, e também para a sociedade. Informação com qualidade é garantida apenas por profissional preparado.
Contamos com o apoio essencial da sociedade ao nosso pleito. Em recente pesquisa nacional, mais de 70% dos entrevistados posicionaram-se a favor da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo e da constituição de um Conselho Federal dos Jornalistas. Não estamos sós, portanto.
À luta, companheiros. É dessa forma que devemos comemorar o nosso dia.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Internacional fecha com chave de ouro o fim de semana do Centenário
Não poderia ser melhor o domingo que precedeu os grandes festejos de rua, de salões, de ginásios promovidos pela nação colorada em todo o Brasil, em especial em Porto Alegre. O Gre-Nal, vencido pelo colorado por 2 a 1, serviu para mostrar quem é o melhor. Os gremistas reclamaram das bolas na traves, dos gols tirado em cima da risca ou perdido com a goleira aberta. Em suma, choraram como sempre. E nós saímos vencedores e poderemos ser mais uma vez campeões gaúchos em dois jogos no Beira-Rio, nosso salão de festas. Os colorados, que quase lotaram o estádio (foto abaixo) só lamentam a falta de sensibilidade da direção gremista, que demitiu o técnico Celso Roth.

O gol de Índio foi um primor. Primeiro, pelo passe do argentino D`Alessandro. Ele deu um gancho sensacional em direção ao zagueiro goleador, que esperou o tempo certo e venceu o bom goleiro gremista Victor. Prêmio para um atleta que brilha em todos os Gre-Nais. E vejam a cara de espanto dos zagueiros gremistas na foto abaixo.

O gol de Índio foi um primor. Primeiro, pelo passe do argentino D`Alessandro. Ele deu um gancho sensacional em direção ao zagueiro goleador, que esperou o tempo certo e venceu o bom goleiro gremista Victor. Prêmio para um atleta que brilha em todos os Gre-Nais. E vejam a cara de espanto dos zagueiros gremistas na foto abaixo.

sábado, 4 de abril de 2009
Mais de 30 mil pessoas na comemoração do Centenário do Inter
Os gremistas não acreditavam, mas nós colocamos mais de 30 mil colorados nas ruas durante a festa de nossa Centenário Foi uma das manhãs mais vermelhas da história de Porto Alegre. Assim podem ser consideradas as primeiras horas de sol sobre a capital quando torcedores do Inter foram às ruas para a Marcha Colorada, preenchendo vermelho, branco, alegria e orgulho todo os espaços do trajeto. Nem o calor de cerca de 30 graus e o sol escaldante arrefeceram o ânimo da maior torcida do Rio Grande. Foi uma festa inesquecível.

A caminhada partiu da Praça Sport Club Internacional, na Rua Sebastião Leão com a Rua Jornal do Brasil, ao lado do Hospital Porto Alegre e foi até o Beira-Rio. No trajeto cerca de 30 mil pessoas vestidas com camisas e portando bandeiras acompanharam felizes da vida a marcha. Um trio elétrico animou ainda mais com músicas de incentivo e relacionadas ao Inter, como as da banda Ataque Colorado, o hino do Clube e os cânticos dos torcedores, além da narração de inúmeros gols históricos.

No trio elétrico estiveram presentes dirigentes, conselheiros, políticos, ex-jogadores e celebridades coloradas. A apresentadora da TV Bandeirantes e ex-miss Brasil Renata Fan foi uma das mais celebradas e teve que passar o trajeto todo distribuindo autógrafos para as camisas e bandeiras que eram arremessadas ao alto do trio elétrico. A musa colorada Alessandra Pinho seguiu o mesmo caminho esbanjando simpatia para os torcedores
Em seguida, o conselheiro Tiago Vaz entregou uma placa para a neta de Luiz Poppe, um dos fundadores do Internacional. Rosane Poppe recebeu a placa aos gritos de “Muito obrigado” por parte dos torcedores. Renata Fan falou ao microfone para a massa também: “Vocês são a minha família. É muito orgulho ser colorada”, festejou a bela apresentadora. O jornalista Kenny Braga foi às lágrimas quando saudou Nena, o lendário zagueiro do Rolo Compressor, da década de 40. Aos 85 anos, Nena acompanhou do alto do trio elétrico todo o trajeto ao lado de outros ex-atletas.

Durante a caminhada, o visual era impressionante. As ruas eram tomadas por milhares de colorados em celebração. Ao adentrar na Avenida Padre Cacique não se podia enxergar, do alto do trio elétrico, o asfalto no horizonte porque era coberto de vermelho e branco dos torcedores. Os trabalhadores paravam durante a caravana para acompanhar a alegria colorada. Os operários de um prédio em construção em frente ao Shopping Praia de Belas foram para as laterais para poder observar aquele mar vermelho.
Quando passou em frente à residência do técnico Tite, a torcida gritou o nome do treinador e saudou os seus familiares que estavam na janela. O mesmo fizeram ao avistar o apartamento do goleiro Clemer, localizado próximo ao Beira-Rio. O ex-presidente Arthur Dallegrave, falecido ano passado, também foi lembrado e teve seu nome cantado pela multidão.
De repente, um pequeno avião surgiu no céu com uma faixa e uma saudação do Grêmio ao Centenário do Inter. Enquanto isso, a torcida colorada abria uma enorme bandeira que tomava vários metros quadrados da Avenida Padre Cacique. A chegada ao Beira-Rio foi apoteótica com direito a narração de gols de Nilson e Fabiano, em Gre-Nais famosos e aplausos ao presidente Piffero e ao ex-presidente Fernando Carvalho. Eu estava lá. Veja foto abaixo.

Os colorados então se dirigiram para as arquibancadas do Beira-Rio para acompanhar o show da Banda Ataque Colorado e da Escola de Samba Imperadores do Samba. O Ataque Colorado levantou a massa com seus hits e hinos de celebração ao Inter e contou com a participação dos músicos Rafael Malenotti, Armandinho e Neto Fagundes. Durante o show, o presidente Vitorio Piffero entregou um Disco de Ouro à banda pela venda de 77 mil discos do álbum As melhores do Ataque Colorado I e II.
O presidente aproveitou também para convocar para o grande show que será realizado no dia 17 de dezembro, no Beira-Rio, com a presença de Ivete Sangalo, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila, entre outros. “Sabe quando vai custar esse show para os sócios? Nada!”, disse o presidente, para a vibração de todos.
Por fim, a Imperadores encerrou o evento com muito samba e o enredo vencedor do último carnaval de Porto Alegre, que homenageou o Centenário do Inter. Uma festa democrática para o mais democrático dos clubes brasileiros.

A caminhada partiu da Praça Sport Club Internacional, na Rua Sebastião Leão com a Rua Jornal do Brasil, ao lado do Hospital Porto Alegre e foi até o Beira-Rio. No trajeto cerca de 30 mil pessoas vestidas com camisas e portando bandeiras acompanharam felizes da vida a marcha. Um trio elétrico animou ainda mais com músicas de incentivo e relacionadas ao Inter, como as da banda Ataque Colorado, o hino do Clube e os cânticos dos torcedores, além da narração de inúmeros gols históricos.

No trio elétrico estiveram presentes dirigentes, conselheiros, políticos, ex-jogadores e celebridades coloradas. A apresentadora da TV Bandeirantes e ex-miss Brasil Renata Fan foi uma das mais celebradas e teve que passar o trajeto todo distribuindo autógrafos para as camisas e bandeiras que eram arremessadas ao alto do trio elétrico. A musa colorada Alessandra Pinho seguiu o mesmo caminho esbanjando simpatia para os torcedores
Em seguida, o conselheiro Tiago Vaz entregou uma placa para a neta de Luiz Poppe, um dos fundadores do Internacional. Rosane Poppe recebeu a placa aos gritos de “Muito obrigado” por parte dos torcedores. Renata Fan falou ao microfone para a massa também: “Vocês são a minha família. É muito orgulho ser colorada”, festejou a bela apresentadora. O jornalista Kenny Braga foi às lágrimas quando saudou Nena, o lendário zagueiro do Rolo Compressor, da década de 40. Aos 85 anos, Nena acompanhou do alto do trio elétrico todo o trajeto ao lado de outros ex-atletas.

Durante a caminhada, o visual era impressionante. As ruas eram tomadas por milhares de colorados em celebração. Ao adentrar na Avenida Padre Cacique não se podia enxergar, do alto do trio elétrico, o asfalto no horizonte porque era coberto de vermelho e branco dos torcedores. Os trabalhadores paravam durante a caravana para acompanhar a alegria colorada. Os operários de um prédio em construção em frente ao Shopping Praia de Belas foram para as laterais para poder observar aquele mar vermelho.
Quando passou em frente à residência do técnico Tite, a torcida gritou o nome do treinador e saudou os seus familiares que estavam na janela. O mesmo fizeram ao avistar o apartamento do goleiro Clemer, localizado próximo ao Beira-Rio. O ex-presidente Arthur Dallegrave, falecido ano passado, também foi lembrado e teve seu nome cantado pela multidão.
De repente, um pequeno avião surgiu no céu com uma faixa e uma saudação do Grêmio ao Centenário do Inter. Enquanto isso, a torcida colorada abria uma enorme bandeira que tomava vários metros quadrados da Avenida Padre Cacique. A chegada ao Beira-Rio foi apoteótica com direito a narração de gols de Nilson e Fabiano, em Gre-Nais famosos e aplausos ao presidente Piffero e ao ex-presidente Fernando Carvalho. Eu estava lá. Veja foto abaixo.

Os colorados então se dirigiram para as arquibancadas do Beira-Rio para acompanhar o show da Banda Ataque Colorado e da Escola de Samba Imperadores do Samba. O Ataque Colorado levantou a massa com seus hits e hinos de celebração ao Inter e contou com a participação dos músicos Rafael Malenotti, Armandinho e Neto Fagundes. Durante o show, o presidente Vitorio Piffero entregou um Disco de Ouro à banda pela venda de 77 mil discos do álbum As melhores do Ataque Colorado I e II.
O presidente aproveitou também para convocar para o grande show que será realizado no dia 17 de dezembro, no Beira-Rio, com a presença de Ivete Sangalo, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila, entre outros. “Sabe quando vai custar esse show para os sócios? Nada!”, disse o presidente, para a vibração de todos.
Por fim, a Imperadores encerrou o evento com muito samba e o enredo vencedor do último carnaval de Porto Alegre, que homenageou o Centenário do Inter. Uma festa democrática para o mais democrático dos clubes brasileiros.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Recurso contra o diploma de jornalista é retirado da pauta do STF
O recurso contra o diploma foi retirado da pauta de votações do STF. Prossegue no plenário a apreciação da Adin contra a Lei de Imprensa. O Ato Público Nacional continua. A Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma vão se reunir para traçar novas estratégias de continuidade do movimento.
Às 16h45min desta quarta-feira, dia 1º de abril, a coordenação do movimento foi informada que, a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do RE 511961, ministro Gilmar Mendes, o advogado que representa a Fenaj e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na ação foi oficialmente comunicado da retirada do tema da pauta. Não foi divulgada nova data para julgamento do recurso contra o diploma.
Dirigentes da campanha continuam no plenário do STF acompanhando a votação da Adin contra a Lei de Imprensa. “Após o Ato Nacional, a Executiva da Fenaj e a Coordenação da Campanha vão definir novas ações, mas desde já a orientação é para que a movimentação nos Estados e os preparativos para o Dia do Jornalista, 7 de abril, prossigam”, explicou Luiz Spada, diretor da Fenaj.
Tropa de choque vigiou manifestantes
Faixas, cartazes, apitaço e palavras de ordem compuseram o cenário do Ato Nacional em Defesa do Diploma. O movimento próximo ao STF foi vigiado por policiais da ROTAM, a tropa de choque de Brasília. O ato em Brasília já contou com manifestantes de diversos Estados. Dois ex-presidentes da Fenaj, Armando Rollemberg e Américo Antunes, e os presidentes do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo - FNPJ - e da Associação Brasileira de Imprensa - ABI, Edson Spenthof e Maurício Azêdo, respectivamente, também participaram das manifestações. Palavras de ordem como “Gilmar Mendes, preste atenção, jornalista é profissão” e “Supremo Tribunal, Diploma é legal” sintetizaram o desejo de ver rejeitado o recurso que questiona a constitucionalidade do diploma.
No plenário, onde foi possível ver o ouvir a manifestação, está sendo apreciada a Ação Direta de Inconstitucionalidade da Lei de Imprensa. Neste momento, há um intervalo. A TV Justiça só pode ser sintonizada por antena parabólica se esta possuir receptor digital. Muitas pessoas estão reclamando que não conseguem assistir a transmissão online do julgamento. A área técnica da TV Justiça explica que o número de acessos ao site é limitado. Como muitos estão conectados, outros podem ter dificuldade.
* Fenaj
Às 16h45min desta quarta-feira, dia 1º de abril, a coordenação do movimento foi informada que, a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do RE 511961, ministro Gilmar Mendes, o advogado que representa a Fenaj e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na ação foi oficialmente comunicado da retirada do tema da pauta. Não foi divulgada nova data para julgamento do recurso contra o diploma.
Dirigentes da campanha continuam no plenário do STF acompanhando a votação da Adin contra a Lei de Imprensa. “Após o Ato Nacional, a Executiva da Fenaj e a Coordenação da Campanha vão definir novas ações, mas desde já a orientação é para que a movimentação nos Estados e os preparativos para o Dia do Jornalista, 7 de abril, prossigam”, explicou Luiz Spada, diretor da Fenaj.
Tropa de choque vigiou manifestantes
Faixas, cartazes, apitaço e palavras de ordem compuseram o cenário do Ato Nacional em Defesa do Diploma. O movimento próximo ao STF foi vigiado por policiais da ROTAM, a tropa de choque de Brasília. O ato em Brasília já contou com manifestantes de diversos Estados. Dois ex-presidentes da Fenaj, Armando Rollemberg e Américo Antunes, e os presidentes do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo - FNPJ - e da Associação Brasileira de Imprensa - ABI, Edson Spenthof e Maurício Azêdo, respectivamente, também participaram das manifestações. Palavras de ordem como “Gilmar Mendes, preste atenção, jornalista é profissão” e “Supremo Tribunal, Diploma é legal” sintetizaram o desejo de ver rejeitado o recurso que questiona a constitucionalidade do diploma.
No plenário, onde foi possível ver o ouvir a manifestação, está sendo apreciada a Ação Direta de Inconstitucionalidade da Lei de Imprensa. Neste momento, há um intervalo. A TV Justiça só pode ser sintonizada por antena parabólica se esta possuir receptor digital. Muitas pessoas estão reclamando que não conseguem assistir a transmissão online do julgamento. A área técnica da TV Justiça explica que o número de acessos ao site é limitado. Como muitos estão conectados, outros podem ter dificuldade.
* Fenaj
terça-feira, 31 de março de 2009
Viva o Jornalismo, viva a informação precisa, imparcial e com ética...

Colegas jornalistas e de outras profissões, chegou o dia especial para aqueles que estão na mídia e também para a sociedade em geral.
A exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, em vigor há 40 anos (1969/2009), está ameaçada. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará neste 1º de abril o recurso que questiona a constitucionalidade da regulamentação profissional do jornalista.
O ataque à profissão é mais um ataque às liberdades sociais, cujo objetivo fundamental é desregulamentar as profissões em geral e aumentar as barreiras à construção de um mundo mais pluralista, democrático e justo.
Meus amigos e minhas amigas, defender que o Jornalismo seja exercido por jornalistas está longe de ser uma questão corporativa. Trata-se, acima de tudo, de atender à exigência cada vez maior, na sociedade contemporânea, de que os profissionais da comunicação tenham uma formação de alto nível.
Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros ue não o do real compromisso com a função social da mídia.
A formação superior específica para o exercício do Jornalismo há muito é uma necessidade defendida não só pela categoria dos jornalistas. A própria sociedade, recentemente, já deixou bem claro que quer jornalista com diploma. Pesquisa do Instituto Sensus, realizada em setembro de 2008, em todo o país, mostrou que 74,3 % dos brasileiros são a favor da exigência do diploma de Jornalismo. E a população tem reafirmado diariamente esta sua posição, sempre que reclama por mais qualidade e democracia no Jornalismo.
Peço que os amigos jornalistas e de outras profissões que torçam muito hoje. Se perdemos, perderão todos. Se ganharmos, vitoriosos serão todos. Não queremos que este 1º de abril seja de mentira. Mas de verdade em defesa da informação.
Defensores do diploma foram às ruas. Destaque para jornalistas e estudantes em Porto Alegre

Apoiadores da Campanha em Defesa do Diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista foram às ruas em todo o País nesta terça-feira (31/3). O movimento reforça a reivindicação dos jornalistas brasileiros e da sociedade para que no julgamento, que começa quarta-feira (1º/4), os ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitem o recurso que questiona a constitucionalidade do diploma. A mobilização ganhou eco na Câmara dos Deputados. Um Ato Público Nacional em frente ao STF e vigílias nos Estados marcarão o dia 1º de abril de 2009.

No Rio Grande do Sul, uma marcha em defesa do diploma movimentou algumas das principais ruas de Porto Alegre na manhã desta terça-feira. Dezenas de jornalistas, sindicalistas e estudantes se concentraram na Praça da Matriz, Centro da capital gaúcha, às 10 horas, e iniciaram uma caminhada de 2 quilômetros até a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. No trecho, distribuíram panfletos e a edição extra do jornal Versão dos Jornalistas, com matérias sobre a votação do Recurso Extraordinário nº 511.961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma para o exercício de Jornalismo.

Ao final da passeata, diversos oradores manifestaram a confiança de que o STF atenderá aos anseios da população, votando favoravelmente à manutenção do diploma. "Há 45 anos, tivemos um golpe que culminou em uma ditadura. Não queremos que outro golpe atinja a nossa democracia", pediu o presidente do Sindicato gaúcho, José Nunes. O ato que mais emocionou os participantes foi quando o carro de som tocou o Hino Nacional Brasileiro. De imediato, todos se deram as mãos e cantaram o Hino. Houve atividades durante todo o dia em várias cidades gaúchas. Em Bagé, estudantes da Urcamp iniciaram, às 19 horas, uma caminhada pelas principais ruas da cidade. Uma delegação do RS já está em trânsito, rumo a Brasília.
APIJOR lança manifesto em defesa do diploma
Em manifesto lançado nesta terça-feira (31/03) a direção da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais (APIJOR) voltou a defender a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Para a entidade, “a exigência do diploma em jornalismo está em consonância com a Constituição. Mais do que isso, está em consonância com a necessidade de um jornalismo feito com ética profissional, com autonomia e com responsabilidade”. Veja, a seguir, a íntegra do documento.
Jornalismo com ética e responsabilidade, só com jornalistas bem formados
Amanhã (1º de abril) o Supremo Tribunal Federal começa o julgamento para definir se a regra que exige a formação específica para alguém que pretenda exercer a profissão de jornalista é constitucional. A resposta positiva – ou seja, o reconhecimento de que o Decreto-Lei 972/69, que exige o diploma em jornalismo para o exercício da profissão, está de acordo com a Constituição Federal de 1988 – implica o reconhecimento simultâneo e automático de que a sociedade brasileira merece um jornalismo feito por profissionais com no mínimo a formação universitária de graduação em jornalismo.
A APIJOR apóia o diploma
Para a Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais – APIJOR a exigência do diploma em jornalismo está em consonância com a Constituição. Mais do que isso, está em consonância com a necessidade de um jornalismo feito com ética profissional, com autonomia e com responsabilidade.
O jornalista deve ser cada vez mais bem formado. A luta para melhorar a formação dos futuros profissionais jornalistas é do interesse de toda a sociedade. É uma das condições para os jornalistas poderem assumir a responsabilidade de produzir um jornalismo que atenda aos interesses de todos os cidadãos: o de serem bem informados.
Autonomia para o jornalista
O caminho em direção a este ideal é longo. Um jornalismo com essa característica exige, além de profissionais bem formados, jornalistas que tenham autonomia para exercer a profissão.
Em vez de se pautarem pelos interesses dos proprietários dos veículos, de governos e governantes ou de interesses privados, os profissionais devem se pautar pelo código de ética da profissão.
O Código contempla as preocupações, atitudes e procedimentos para o exercício de um jornalismo plural, que busque oferecer à sociedade as notícias vistas de diferentes ângulos e as interpretações divergentes sobre os fatos, assim como as diversas correntes de opinião existentes na sociedade.
Trata-se de uma necessidade para a plena cidadania dos brasileiros. Não pode haver verdadeiros cidadãos e cidadãs sem um jornalismo que forneça informação jornalística de boa qualidade e plural.
Fim dos monopólios e oligopólios
Essa condição exige mudanças profundas na atual estrutura da propriedade dos meios de comunicação no Brasil.
Inicialmente, é preciso regular por lei o que já está na Constituição, a proibição ao monopólio e ao oligopólio, assim como a regionalização da produção cultural, artística e jornalística. Com mudanças concretas nesta realidade teremos um jornalismo verdadeiramente pluralista.
Aí sim poderemos dizer que haverá plena liberdade de expressão e de imprensa no Brasil. Enquanto as distorções atuais permanecerem, essa liberdade será restrita a uns poucos. Será mais uma liberdade de empresa do que de imprensa.
O direito autoral do jornalista neste contexto
As condições acima são necessárias para que se realize em sua plenitude a responsabilidade do jornalista enquanto autor. Não que ele necessite dessa autonomia para que seu trabalho seja protegido pela Lei 9610/89, dos direitos autorais. Essa proteção já está garantida aos jornalistas, e a APIJOR existe para fazer a defesa desse direito.
Mas, para que se possa cobrar do jornalista profissional a responsabilidade integral pelo seu trabalho – o que está em consonância com a idéia de autoria –, há que se oferecer uma formação e condições adequadas para o exercício da profissão: salários, contratos decentes e condizentes com a legislação, respeito à sua dignidade e autonomia de trabalho.
Em resumo, é preciso que o jornalista tenha tudo o que lhe é negado nas atuais condições do mercado de trabalho e de acordo com a atual estrutura dos meios de comunicação jornalística no país.
A responsabilidade do STF
Por tudo o que está dito, e ainda no momento em que se inicia uma mobilização de toda a sociedade pela realização de uma Conferência Nacional de Comunicação, a negação da exigência da formação específica seria um tremendo passo atrás na luta que os jornalistas brasileiros – e a própria sociedade – vêm travando por uma informação jornalística de maior qualidade.
Essa é a posição da APIJOR. Entendemos que não pode ser outra, também, a posição da mais alta corte do país, responsável por preservar a Constituição e as conquistas que ela representa em termos da cidadania dos brasileiros.
São Paulo, 31 de março de 2009,
Diretoria da Apijor.
Jornalismo com ética e responsabilidade, só com jornalistas bem formados
Amanhã (1º de abril) o Supremo Tribunal Federal começa o julgamento para definir se a regra que exige a formação específica para alguém que pretenda exercer a profissão de jornalista é constitucional. A resposta positiva – ou seja, o reconhecimento de que o Decreto-Lei 972/69, que exige o diploma em jornalismo para o exercício da profissão, está de acordo com a Constituição Federal de 1988 – implica o reconhecimento simultâneo e automático de que a sociedade brasileira merece um jornalismo feito por profissionais com no mínimo a formação universitária de graduação em jornalismo.
A APIJOR apóia o diploma
Para a Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais – APIJOR a exigência do diploma em jornalismo está em consonância com a Constituição. Mais do que isso, está em consonância com a necessidade de um jornalismo feito com ética profissional, com autonomia e com responsabilidade.
O jornalista deve ser cada vez mais bem formado. A luta para melhorar a formação dos futuros profissionais jornalistas é do interesse de toda a sociedade. É uma das condições para os jornalistas poderem assumir a responsabilidade de produzir um jornalismo que atenda aos interesses de todos os cidadãos: o de serem bem informados.
Autonomia para o jornalista
O caminho em direção a este ideal é longo. Um jornalismo com essa característica exige, além de profissionais bem formados, jornalistas que tenham autonomia para exercer a profissão.
Em vez de se pautarem pelos interesses dos proprietários dos veículos, de governos e governantes ou de interesses privados, os profissionais devem se pautar pelo código de ética da profissão.
O Código contempla as preocupações, atitudes e procedimentos para o exercício de um jornalismo plural, que busque oferecer à sociedade as notícias vistas de diferentes ângulos e as interpretações divergentes sobre os fatos, assim como as diversas correntes de opinião existentes na sociedade.
Trata-se de uma necessidade para a plena cidadania dos brasileiros. Não pode haver verdadeiros cidadãos e cidadãs sem um jornalismo que forneça informação jornalística de boa qualidade e plural.
Fim dos monopólios e oligopólios
Essa condição exige mudanças profundas na atual estrutura da propriedade dos meios de comunicação no Brasil.
Inicialmente, é preciso regular por lei o que já está na Constituição, a proibição ao monopólio e ao oligopólio, assim como a regionalização da produção cultural, artística e jornalística. Com mudanças concretas nesta realidade teremos um jornalismo verdadeiramente pluralista.
Aí sim poderemos dizer que haverá plena liberdade de expressão e de imprensa no Brasil. Enquanto as distorções atuais permanecerem, essa liberdade será restrita a uns poucos. Será mais uma liberdade de empresa do que de imprensa.
O direito autoral do jornalista neste contexto
As condições acima são necessárias para que se realize em sua plenitude a responsabilidade do jornalista enquanto autor. Não que ele necessite dessa autonomia para que seu trabalho seja protegido pela Lei 9610/89, dos direitos autorais. Essa proteção já está garantida aos jornalistas, e a APIJOR existe para fazer a defesa desse direito.
Mas, para que se possa cobrar do jornalista profissional a responsabilidade integral pelo seu trabalho – o que está em consonância com a idéia de autoria –, há que se oferecer uma formação e condições adequadas para o exercício da profissão: salários, contratos decentes e condizentes com a legislação, respeito à sua dignidade e autonomia de trabalho.
Em resumo, é preciso que o jornalista tenha tudo o que lhe é negado nas atuais condições do mercado de trabalho e de acordo com a atual estrutura dos meios de comunicação jornalística no país.
A responsabilidade do STF
Por tudo o que está dito, e ainda no momento em que se inicia uma mobilização de toda a sociedade pela realização de uma Conferência Nacional de Comunicação, a negação da exigência da formação específica seria um tremendo passo atrás na luta que os jornalistas brasileiros – e a própria sociedade – vêm travando por uma informação jornalística de maior qualidade.
Essa é a posição da APIJOR. Entendemos que não pode ser outra, também, a posição da mais alta corte do país, responsável por preservar a Constituição e as conquistas que ela representa em termos da cidadania dos brasileiros.
São Paulo, 31 de março de 2009,
Diretoria da Apijor.
Jornalista, só com diploma
*Sérgio Murillo de Andrade
Em 1964, há 45 anos, na madrugada de 1º de abril, um golpe militar depôs o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura de 21 anos no Brasil. Naquela época, todos os setores, inclusive o Jornalismo, e liberdades democráticas foram atingidas e sofreram por mais de duas décadas.
Em 2009, a sociedade brasileira pode estar diante de um novo golpe, mais direcionado que então. Desta vez, especificamente contra o seu direito de receber informação qualificada, apurada por profissionais capacitados a exercer o Jornalismo, com formação teórica, técnica e ética.
A exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, em vigor há 40 anos (1969/2009), encontra-se ameaçada. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, também em 1º de abril, o recurso que questiona a constitucionalidade da regulamentação profissional do jornalista. O ataque à profissão é mais um ataque às liberdades sociais, cujo objetivo fundamental é desregulamentar as profissões em geral e aumentar as barreiras à construção de um mundo mais pluralista, democrático e justo.
É importante esclarecer: defender que o Jornalismo seja exercido por jornalistas está longe de ser uma questão unicamente corporativa. Trata-se, acima de tudo, de atender à exigência cada vez maior, na sociedade contemporânea, de que os profissionais da comunicação tenham uma formação de alto nível. Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.
O ofício de levar informação à sociedade já existe há quatro séculos. Ao longo deste tempo foi-se construindo a profissão de jornalista que, por ter tamanha responsabilidade, à medida que se desenvolveu o ofício, adquiriu uma função social cada vez mais fundamental para a sociedade. E para dar conta do seu papel, nestes quatro séculos, o Jornalismo se transformou e precisou desenvolver habilidades técnicas e teóricas complexas e específicas, além de exigir, também sempre mais, um exercício baseado em preceitos éticos e que expresse a diversidade de opiniões e pensamentos da sociedade.
Por isso, a formação superior específica para o exercício do Jornalismo há muito é uma necessidade defendida não só pela categoria dos jornalistas. A própria sociedade, recentemente, já deixou bem claro que quer jornalista com diploma. Pesquisa do Instituto Sensus, realizada em setembro de 2008, em todo o país, mostrou que 74,3 % dos brasileiros são a favor da exigência do diploma de Jornalismo. E a população tem reafirmado diariamente esta sua posição, sempre que reclama por mais qualidade e democracia no Jornalismo.
A Constituição, ao garantir a liberdade de informação jornalística e do exercício das profissões, reserva à lei dispor sobre a qualificação profissional. A regulamentação das profissões é bastante salutar em qualquer área do conhecimento humano. É meio legítimo de defesa corporativa, mas sobretudo certificação social de qualidade e segurança ao cidadão. Impor aos profissionais do Jornalismo a satisfação de requisitos mínimos, indispensáveis ao bom desempenho do ofício, longe de ameaçar à liberdade de Imprensa, é um dos meios pelos quais, no estado democrático de direito, se garante à população qualidade na informação prestada - base para a visibilidade pública dos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas.
A existência de uma Imprensa livre, comprometida com os valores éticos e os princípios fundamentais da cidadania, portanto cumpridora da função social do Jornalismo de atender ao interesse público, depende também de uma prática profissional responsável. A melhor forma, a mais democrática, de se preparar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em Jornalismo.
A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.
Somos mais de 60 mil jornalistas em todo o país. Milhares de profissionais que somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão, e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o Jornalismo praticado hoje no Brasil.
E não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos de interesses privados e motivações particulares. Os jornalistas esperam que o STF não vire as costas aos anseios da população e vote pela manutenção da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista no Brasil. Para o bem do Jornalismo e da própria democracia.
* Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)
Em 1964, há 45 anos, na madrugada de 1º de abril, um golpe militar depôs o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura de 21 anos no Brasil. Naquela época, todos os setores, inclusive o Jornalismo, e liberdades democráticas foram atingidas e sofreram por mais de duas décadas.
Em 2009, a sociedade brasileira pode estar diante de um novo golpe, mais direcionado que então. Desta vez, especificamente contra o seu direito de receber informação qualificada, apurada por profissionais capacitados a exercer o Jornalismo, com formação teórica, técnica e ética.
A exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, em vigor há 40 anos (1969/2009), encontra-se ameaçada. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, também em 1º de abril, o recurso que questiona a constitucionalidade da regulamentação profissional do jornalista. O ataque à profissão é mais um ataque às liberdades sociais, cujo objetivo fundamental é desregulamentar as profissões em geral e aumentar as barreiras à construção de um mundo mais pluralista, democrático e justo.
É importante esclarecer: defender que o Jornalismo seja exercido por jornalistas está longe de ser uma questão unicamente corporativa. Trata-se, acima de tudo, de atender à exigência cada vez maior, na sociedade contemporânea, de que os profissionais da comunicação tenham uma formação de alto nível. Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.
O ofício de levar informação à sociedade já existe há quatro séculos. Ao longo deste tempo foi-se construindo a profissão de jornalista que, por ter tamanha responsabilidade, à medida que se desenvolveu o ofício, adquiriu uma função social cada vez mais fundamental para a sociedade. E para dar conta do seu papel, nestes quatro séculos, o Jornalismo se transformou e precisou desenvolver habilidades técnicas e teóricas complexas e específicas, além de exigir, também sempre mais, um exercício baseado em preceitos éticos e que expresse a diversidade de opiniões e pensamentos da sociedade.
Por isso, a formação superior específica para o exercício do Jornalismo há muito é uma necessidade defendida não só pela categoria dos jornalistas. A própria sociedade, recentemente, já deixou bem claro que quer jornalista com diploma. Pesquisa do Instituto Sensus, realizada em setembro de 2008, em todo o país, mostrou que 74,3 % dos brasileiros são a favor da exigência do diploma de Jornalismo. E a população tem reafirmado diariamente esta sua posição, sempre que reclama por mais qualidade e democracia no Jornalismo.
A Constituição, ao garantir a liberdade de informação jornalística e do exercício das profissões, reserva à lei dispor sobre a qualificação profissional. A regulamentação das profissões é bastante salutar em qualquer área do conhecimento humano. É meio legítimo de defesa corporativa, mas sobretudo certificação social de qualidade e segurança ao cidadão. Impor aos profissionais do Jornalismo a satisfação de requisitos mínimos, indispensáveis ao bom desempenho do ofício, longe de ameaçar à liberdade de Imprensa, é um dos meios pelos quais, no estado democrático de direito, se garante à população qualidade na informação prestada - base para a visibilidade pública dos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas.
A existência de uma Imprensa livre, comprometida com os valores éticos e os princípios fundamentais da cidadania, portanto cumpridora da função social do Jornalismo de atender ao interesse público, depende também de uma prática profissional responsável. A melhor forma, a mais democrática, de se preparar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em Jornalismo.
A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.
Somos mais de 60 mil jornalistas em todo o país. Milhares de profissionais que somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão, e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o Jornalismo praticado hoje no Brasil.
E não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos de interesses privados e motivações particulares. Os jornalistas esperam que o STF não vire as costas aos anseios da população e vote pela manutenção da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista no Brasil. Para o bem do Jornalismo e da própria democracia.
* Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)
segunda-feira, 30 de março de 2009
A marcha pelo diploma e pela democracia será nesta terça em Porto Alegre
Uma grande marcha em defesa do diploma para o exercício do Jornalismo sairá nesta terça-feira, dia 31 de março, às 10h, da Praça da Matriz, Centro de Porto Alegre. Profissionais, sindicalistas e estudantes mostrarão à população porque a formação universitária é importante também para a sociedade, e não apenas para os jornalistas. "Não é um ato apenas corporativo, mas a defesa da democracia. O jornalista com formação faz bem para a sociedade", explica o segundo vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Jorge Correa.
A passeata servirá para distribuição de panfletos e da edição extra do jornal Versão dos Jornalistas, produzido especialmente para a ocasião, e terá faixas e cartazes. O percurso será de aproximadamente dois quilômetros, seguindo pela rua Jerônimo Coelho, avenida Borges de Medeiros, avenida Aureliano de Figueiredo Pinto e rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, sede do Supremo Tribunal Federal da 4ª Região. No local, o grupo fará um ato simbólico em defesa do diploma. Informações pelo telefone 51-3228-8146.
Sindicato movimenta jornalistas em favor do diploma
O Rio Grande do Sul vive uma mobilização intensa nos dias que antecedem a votação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Recurso Extraordinário nº 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Manifestações públicas, reuniões em faculdades e em redações têm dado o tom da campanha que quer sensibilizar os 11 juízes do STF a manterem a exigência da formação universitária, na reunião marcada para a tarde desta quarta-feira, 1º de abril.

Veja o que já foi feito:
No dia 27 de março, sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, e o presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Torma, foram recebidos pelo vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Surreaux Chagas. O desembargador elogiou o trabalho dos jornalistas gaúchos, e desejou "boa sorte" na decisão que será tomada em Brasília.
No sábado, 28, o Núcleo de Estudantes do Sindicato dos Jornalistas do RS reuniu-se com o diretor Léo Nuñez na sede da entidade e definiu que, pelo menos, duas centenas de estudantes gaúchos deverão participar da Marcha Pelo Diploma, marcada para esta terça-feira, dia 31 de março.
A Redenção foi palco de duas mobilizações. No sábado, 28, durante o Baile da Cidade, em comemoração ao aniversário de Porto Alegre, foram distribuídos exemplares da edição extra do jornal Versão dos Jornalistas. No domingo, 29, no tradicional Brique da Redenção, diretores do Sindicato distribuíram o jornal e explicaram a situação para a população. Nas duas atividades, estiveram presentes os diretores Marcia Camarano, Márcia Martins, Jorge Correa, Roberto Santos, Luiz Armando Vaz e Jeanice Ramos.
Na manhã desta segunda-feira, 30, aproveitando um ato unificado das centrais sindicais em defesa do emprego, dos direitos trabalhistas e sociais, e contra as demissões e os juros, o presidente do Sindicato, José Nunes, e membros do Núcleo de Estudantes da entidade, distribuíram o jornal Versão dos Jornalistas e ganharam apoio dos demais trabalhadores. A caminhada da CUT saiu da empresa Gerdau, na avenida Farrapos, e foi até o Palácio Piratini.
Ainda na tarde desta segunda-feira, uma ação para dois públicos mobilizou a direção do Sindicato na avenida Erico Verissimo, sede de algumas empresas do Grupo RBS - jornal Zero Hora, Rádio Gaúcha e ClicRBS. De megafone em punho e distribuindo o Versão dos Jornalistas, os diretores José Nunes, Marcia Camarano, Jorge Correa, Márcia Martins e Arfio Mazzei (foto acima) explicaram as razões da luta da categoria. Foram entregues centenas de jornais para funcionários e para a população que circulava pelo local, a pé ou de carro
A passeata servirá para distribuição de panfletos e da edição extra do jornal Versão dos Jornalistas, produzido especialmente para a ocasião, e terá faixas e cartazes. O percurso será de aproximadamente dois quilômetros, seguindo pela rua Jerônimo Coelho, avenida Borges de Medeiros, avenida Aureliano de Figueiredo Pinto e rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, sede do Supremo Tribunal Federal da 4ª Região. No local, o grupo fará um ato simbólico em defesa do diploma. Informações pelo telefone 51-3228-8146.
Sindicato movimenta jornalistas em favor do diploma
O Rio Grande do Sul vive uma mobilização intensa nos dias que antecedem a votação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Recurso Extraordinário nº 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Manifestações públicas, reuniões em faculdades e em redações têm dado o tom da campanha que quer sensibilizar os 11 juízes do STF a manterem a exigência da formação universitária, na reunião marcada para a tarde desta quarta-feira, 1º de abril.

Veja o que já foi feito:
No dia 27 de março, sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, e o presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Torma, foram recebidos pelo vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Surreaux Chagas. O desembargador elogiou o trabalho dos jornalistas gaúchos, e desejou "boa sorte" na decisão que será tomada em Brasília.
No sábado, 28, o Núcleo de Estudantes do Sindicato dos Jornalistas do RS reuniu-se com o diretor Léo Nuñez na sede da entidade e definiu que, pelo menos, duas centenas de estudantes gaúchos deverão participar da Marcha Pelo Diploma, marcada para esta terça-feira, dia 31 de março.
A Redenção foi palco de duas mobilizações. No sábado, 28, durante o Baile da Cidade, em comemoração ao aniversário de Porto Alegre, foram distribuídos exemplares da edição extra do jornal Versão dos Jornalistas. No domingo, 29, no tradicional Brique da Redenção, diretores do Sindicato distribuíram o jornal e explicaram a situação para a população. Nas duas atividades, estiveram presentes os diretores Marcia Camarano, Márcia Martins, Jorge Correa, Roberto Santos, Luiz Armando Vaz e Jeanice Ramos.
Na manhã desta segunda-feira, 30, aproveitando um ato unificado das centrais sindicais em defesa do emprego, dos direitos trabalhistas e sociais, e contra as demissões e os juros, o presidente do Sindicato, José Nunes, e membros do Núcleo de Estudantes da entidade, distribuíram o jornal Versão dos Jornalistas e ganharam apoio dos demais trabalhadores. A caminhada da CUT saiu da empresa Gerdau, na avenida Farrapos, e foi até o Palácio Piratini.
Ainda na tarde desta segunda-feira, uma ação para dois públicos mobilizou a direção do Sindicato na avenida Erico Verissimo, sede de algumas empresas do Grupo RBS - jornal Zero Hora, Rádio Gaúcha e ClicRBS. De megafone em punho e distribuindo o Versão dos Jornalistas, os diretores José Nunes, Marcia Camarano, Jorge Correa, Márcia Martins e Arfio Mazzei (foto acima) explicaram as razões da luta da categoria. Foram entregues centenas de jornais para funcionários e para a população que circulava pelo local, a pé ou de carro
sábado, 28 de março de 2009

Copiei a imagem acima do Orkut do amigo Francisco Martins para mostrar que o Inter está espalhado em todos o rincões deste Brasil. Os goianos têm uma confraria e vão fazer a maior festa no dia 4 de abril, dia do nosso Centenário. Aliás, isso acontecerá em todo o mundo onde houver um colorado. Nossa festa será gigante e faremos história Mais uma vez.
Viva o Internacional, colorado do Rio Grande do Sul!
sexta-feira, 27 de março de 2009
Movimento intenso dos jornalistas em defesa do diploma para exercício da profissão
Um grande movimento já se manifesta em todo o País nos dias que antecedem a votação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão.

Um folder elaborado pela FENAJ em defesa do diploma já circula em faculdades, redações e manifestações públicas. Um esquema especial, com manifestações em Brasília e em diversas cidades brasileiras, está sendo montado. A Federação e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma exortam todos os apoiadores da causa a participarem dessas atividades para assegurar a vitória do movimento.
Questionada por segmentos patronais e pelo Ministério Público Federal de São Paulo, a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo foi vitoriosa na mais alta instância do Judiciário que analisou o mérito da matéria até o momento, o Tribunal Regional Federal de São Paulo, que aprovou, por unanimidade, a tese defendida pelos representantes dos jornalistas. A expectativa agora é de que, como instância maior e final de recurso, o STF confirme tal posição. Confiantes na vitória, a FENAJ e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma consideram, no entanto, que para que isso ocorra é fundamental um grande movimento social de sensibilização dos 11 ministros que se posicionarão sobre o RE que tramita no STF.
A Federação produziu um folder que já está sendo distribuído em todo o País, alertando para o fato de que a sociedade, depois de enfrentar a ditadura durante 21 anos, pode estar diante de um novo golpe. "Desta vez, direcionado contra o seu direito de receber informação qualificada, apurada por profissionais capacitados para exercer o Jornalismo, com formação teórica, prática e ética".
ATIVIDADE GAÚCHA
Criatividade e disposição de luta marcam a programação da Campanha em Defesa do Diploma e da Regulamentação Profissional em todo o País para sensibilizar o Superior Tribunal Federal (STF) e consagrar a vitória dos jornalistas e da sociedade em defesa do Jornalismo ético e com qualidade. Veja a seguir a movimentação já definida em vários Estados.
O Sindicato dos jornalistas profissionais do Ro Grande do Sul está distribuindo edição especial do jornal Versão dos Jornalistas exclusiva sobre o diploma. Neste sábado (28), no tradicional Baile da Cidade (comemorativo ao aniversário de Porto Alegre e que reúne milhares ao ar livre), haverá panfletagem em defesa do diploma, no domingo (29), será montada uma barraca e distribuição de material noi tradicional Brique da Redenção. Para terça (31), a partir das 10 horas, está programada manifestação na Praça da Matriz, com passeata até o Tribunal de Justiça gaúcho. Além de organizar uma delegação que se deslocará de Porto Alegre para acompanhar o julgamento do Recurso no STF, em Brasília, o Sindicato dos Jornalistas e entidades apoiadoras do movimento realizarão uma vigília dia 1º de abril, na Esquina Democrática (Rua da Praia). Também está programada a participação de ativistas da campanha em defesa do diploma no treino sa seleção brasileira e no jogo contra o Peru, dia 1º de abril.

Um folder elaborado pela FENAJ em defesa do diploma já circula em faculdades, redações e manifestações públicas. Um esquema especial, com manifestações em Brasília e em diversas cidades brasileiras, está sendo montado. A Federação e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma exortam todos os apoiadores da causa a participarem dessas atividades para assegurar a vitória do movimento.
Questionada por segmentos patronais e pelo Ministério Público Federal de São Paulo, a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo foi vitoriosa na mais alta instância do Judiciário que analisou o mérito da matéria até o momento, o Tribunal Regional Federal de São Paulo, que aprovou, por unanimidade, a tese defendida pelos representantes dos jornalistas. A expectativa agora é de que, como instância maior e final de recurso, o STF confirme tal posição. Confiantes na vitória, a FENAJ e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma consideram, no entanto, que para que isso ocorra é fundamental um grande movimento social de sensibilização dos 11 ministros que se posicionarão sobre o RE que tramita no STF.
A Federação produziu um folder que já está sendo distribuído em todo o País, alertando para o fato de que a sociedade, depois de enfrentar a ditadura durante 21 anos, pode estar diante de um novo golpe. "Desta vez, direcionado contra o seu direito de receber informação qualificada, apurada por profissionais capacitados para exercer o Jornalismo, com formação teórica, prática e ética".
ATIVIDADE GAÚCHA
Criatividade e disposição de luta marcam a programação da Campanha em Defesa do Diploma e da Regulamentação Profissional em todo o País para sensibilizar o Superior Tribunal Federal (STF) e consagrar a vitória dos jornalistas e da sociedade em defesa do Jornalismo ético e com qualidade. Veja a seguir a movimentação já definida em vários Estados.
O Sindicato dos jornalistas profissionais do Ro Grande do Sul está distribuindo edição especial do jornal Versão dos Jornalistas exclusiva sobre o diploma. Neste sábado (28), no tradicional Baile da Cidade (comemorativo ao aniversário de Porto Alegre e que reúne milhares ao ar livre), haverá panfletagem em defesa do diploma, no domingo (29), será montada uma barraca e distribuição de material noi tradicional Brique da Redenção. Para terça (31), a partir das 10 horas, está programada manifestação na Praça da Matriz, com passeata até o Tribunal de Justiça gaúcho. Além de organizar uma delegação que se deslocará de Porto Alegre para acompanhar o julgamento do Recurso no STF, em Brasília, o Sindicato dos Jornalistas e entidades apoiadoras do movimento realizarão uma vigília dia 1º de abril, na Esquina Democrática (Rua da Praia). Também está programada a participação de ativistas da campanha em defesa do diploma no treino sa seleção brasileira e no jogo contra o Peru, dia 1º de abril.
Crônica de uma censura anunciada
Leandro Fortes (*)
Deixa ver se eu entendi. O diretor da TV Câmara, Manuel Roberto Seabra, em entrevista ao site "Comunique-se", afirma que "assessores" do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, reclamaram do conteúdo do programa "Comitê de Imprensa", do qual participei como convidado, para falar das investigações contra o delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, com base em uma reportagem da revista Veja. Ele afirma ter recebido "muitas reclamações" (dos assessores de Gilmar Mendes?) sobre a "matéria". Era um programa de debates. Eu não entendo muito de televisão, mas sei diferenciar um programa de debate de uma matéria. Mas vamos adiante, porque a coisa ainda vai desandar mais.
A "matéria", segundo Seabra, "teria sido ofensiva" ao ministro Gilmar Mendes e, mais grave ainda, "saía do tema". Primeiro, eu gostaria de saber com que autoridade o diretor da TV Câmara, funcionário de uma emissora pública, paga pelo contribuinte, ordena a retirada do ar de um programa de debate por que o conteúdo das falas, de inteira responsabilidade de quem as pronuncia, "teria" sido ofensivo a quem quer que seja. Que diabos é isso? Um roteiro do mundo bizarro ou um conto de Lewis Caroll? Ainda que eu tivesse xingado o presidente do STF, o que não ocorreu, não caberia ao senhor Manuel Seabra determinar um ato de censura, assim, ao bel prazer. E a tal "tentativa de responder a isso"? Prestem atenção: queriam inserir entrevistas de Gilmar Mendes e de um "representante da CPI dos Grampos", a título de direito de resposta... num programa de debate! Como não conseguiram tal proeza, optaram em colocar novamente o programa no ar. Entenderam?
Eu explico, me acompanhem: o diretor da TV Câmara recebeu uma reclamação de "assessores" do ministro Gilmar Mendes (na verdade, a reclamação foi ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Michel Temer). Em seguida, envergonhado por não ter o outro lado, ele decidiu tirar o programa do ar e retirar o link do site da internet. Na verdade, extirpar, porque nem nos arquivos da página ele podia ser encontrado. Exatamente como faziam os stalinistas, nas fotos oficiais da extinta URSS, quando os camaradas dissidentes caíam em desgraça. Nesse ínterim, entre os dias 16 e 24 de março, Manuel Seabra tentou, em vão, entrevistar Gilmar Mendes e um representante da CPI dos Grampos. Eis um detalhe curioso: os repórteres da TV Câmara não conseguiram entrevistar o presidente do STF, que dá meia dúzia de entrevistas por semana, e, mais incrível ainda, NENHUM deputado da CPI dos Grampos! Diante de tal quadro de desolação, Manuel Seabra decidiu, então, recolocar o link no site. Vencido, pois, pelo cansaço.
Inacreditável, vale ressaltar, foi a evolução das versões. No dia 19 de março, instado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, o assessor de imprensa do deputado Michel Temer, Márcio Freitas, negou qualquer participação da presidência da Câmara na censura. Argumentou que o programa entrou numa fila, foi seis vezes ao ar e depois foi retirado para dar lugar a outros programas. Nonsense total. Essa regra não existe, nunca existiu. Além disso, o assessor nada falou sobre a retirada do link. Depois, uma funcionária da TV Câmara afirmou que o link foi retirado do ar por conta de um defeito técnico. Aliás, um defeito muito peculiar, porque só atingiu um link do site inteiro - o do debate do qual participei. Não colou. No dia 24 de março, foi a vez do Secretário de Comunicação da Câmara, Sérgio Chacon, emitir uma nota dizendo que o programa foi exibido "cinco vezes" (jornalista é ruim de conta mesmo) e que não houve pressão "de quem quer que seja" para interromper a exibição. Como assim? E os "assessores" (são quantos, afinal?) do ministro Gilmar Mendes??
A entrevista do senhor Manuel Seabra, como qualquer estudante de jornalismo pode perceber, é um ato de confissão: Gilmar Mendes mandou tirar o programa "Comitê de Imprensa" do ar e extirpar o link do site. A alegação de que houve ofensas pessoais é risível, senão patética, porque, mesmo durante o período da censura, diversos blogs veicularam o programa para milhões de internautas, alheios ao devaneio da direção da TV Câmara. No vídeo, atualmente com mais de 10 mil exibições registradas em apenas um dos links do "YouTube", não há uma única ofensa a ninguém. Sobre Gilmar Mendes, me referi, dentro do contexto da Operação Satiagraha (logo, dentro do tema "Protógenes Queiroz"), sobre o profundo desequilíbrio da cobertura da mídia, quase toda voltada para fixar no delegado a pecha de fanático por grampos ilegais (sem uma única prova) e lustrar a imagem do presidente do STF como paladino do Estado Democrático de Direito. Citei, ainda, o fato de Mendes estar me processando, e à CartaCapital, por conta de uma matéria - absolutamente jornalística - sobre o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual o ministro é sócio. Trata-se de instituição construída com dinheiro do Banco do Brasil, em terreno praticamente doado pelo governo do Distrito Federal e com contratos de mais de 2 milhões de reais firmados, sem licitação, com órgãos públicos e tribunais. Onde está a ofensa nisso?
O que ofende a todos nós, jornalistas, é essa tentativa primária de encerrar um assunto gravíssimo, baseado em prova documental (as imagens do site com e sem o link censurado), a partir de uma defesa confusa, contraditória e tardia, elaborada sem o menor compromisso com o jornalismo, a ética e a boa educação. Leio, estarrecido, que por causa desse episódio, a TV Câmara pretende "reformular" o programa "Comitê de Imprensa", até então considerado um fórum plural e democrático de discussão entre jornalistas de diversos veículos, pensamentos e opiniões. Segundo Manuel Seabra, o programa terá pautas "mais fechadas", seja lá o que isso signifique. E os apresentadores (quais? Não era só um?) estarão avisados "para evitar novos ataques pessoais". Só pode ser piada. O que farão os apresentadores? Darão choques elétricos nos entrevistados? Vão acionar aquele "piiii!" usado para camuflar os palavrões proferidos pelos participantes do Big Brother Brasil?
Mesmo o mais foca dos estagiários sabe o que vai acontecer, de fato: censura prévia. Aos entrevistados, aos temas, ao programa. Algo me diz que o "Comitê de Imprensa" subiu no telhado.
Reitero, pois, meu pedido à Associação Brasileira de Imprensa (ABI), à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e ao Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal para que abracem essa causa, não em meu nome, mas de todos os jornalistas e cidadãos brasileiros, cerceados, estes, no seu direito de ter acesso a informação pública em uma emissora do Congresso Nacional, custeada pelo contribuinte. Não é pouca coisa. O Sindicato dos Jornalistas do DF abriu uma investigação pelo Comitê de Ética para apurar os fatos. Apuração, aliás, facílima. Matéria pronta, eu diria.
E viva a liberdade de expressão.
(*) Jornalista - Texto reproduzido do site da CartaCapital
Deixa ver se eu entendi. O diretor da TV Câmara, Manuel Roberto Seabra, em entrevista ao site "Comunique-se", afirma que "assessores" do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, reclamaram do conteúdo do programa "Comitê de Imprensa", do qual participei como convidado, para falar das investigações contra o delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, com base em uma reportagem da revista Veja. Ele afirma ter recebido "muitas reclamações" (dos assessores de Gilmar Mendes?) sobre a "matéria". Era um programa de debates. Eu não entendo muito de televisão, mas sei diferenciar um programa de debate de uma matéria. Mas vamos adiante, porque a coisa ainda vai desandar mais.
A "matéria", segundo Seabra, "teria sido ofensiva" ao ministro Gilmar Mendes e, mais grave ainda, "saía do tema". Primeiro, eu gostaria de saber com que autoridade o diretor da TV Câmara, funcionário de uma emissora pública, paga pelo contribuinte, ordena a retirada do ar de um programa de debate por que o conteúdo das falas, de inteira responsabilidade de quem as pronuncia, "teria" sido ofensivo a quem quer que seja. Que diabos é isso? Um roteiro do mundo bizarro ou um conto de Lewis Caroll? Ainda que eu tivesse xingado o presidente do STF, o que não ocorreu, não caberia ao senhor Manuel Seabra determinar um ato de censura, assim, ao bel prazer. E a tal "tentativa de responder a isso"? Prestem atenção: queriam inserir entrevistas de Gilmar Mendes e de um "representante da CPI dos Grampos", a título de direito de resposta... num programa de debate! Como não conseguiram tal proeza, optaram em colocar novamente o programa no ar. Entenderam?
Eu explico, me acompanhem: o diretor da TV Câmara recebeu uma reclamação de "assessores" do ministro Gilmar Mendes (na verdade, a reclamação foi ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Michel Temer). Em seguida, envergonhado por não ter o outro lado, ele decidiu tirar o programa do ar e retirar o link do site da internet. Na verdade, extirpar, porque nem nos arquivos da página ele podia ser encontrado. Exatamente como faziam os stalinistas, nas fotos oficiais da extinta URSS, quando os camaradas dissidentes caíam em desgraça. Nesse ínterim, entre os dias 16 e 24 de março, Manuel Seabra tentou, em vão, entrevistar Gilmar Mendes e um representante da CPI dos Grampos. Eis um detalhe curioso: os repórteres da TV Câmara não conseguiram entrevistar o presidente do STF, que dá meia dúzia de entrevistas por semana, e, mais incrível ainda, NENHUM deputado da CPI dos Grampos! Diante de tal quadro de desolação, Manuel Seabra decidiu, então, recolocar o link no site. Vencido, pois, pelo cansaço.
Inacreditável, vale ressaltar, foi a evolução das versões. No dia 19 de março, instado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, o assessor de imprensa do deputado Michel Temer, Márcio Freitas, negou qualquer participação da presidência da Câmara na censura. Argumentou que o programa entrou numa fila, foi seis vezes ao ar e depois foi retirado para dar lugar a outros programas. Nonsense total. Essa regra não existe, nunca existiu. Além disso, o assessor nada falou sobre a retirada do link. Depois, uma funcionária da TV Câmara afirmou que o link foi retirado do ar por conta de um defeito técnico. Aliás, um defeito muito peculiar, porque só atingiu um link do site inteiro - o do debate do qual participei. Não colou. No dia 24 de março, foi a vez do Secretário de Comunicação da Câmara, Sérgio Chacon, emitir uma nota dizendo que o programa foi exibido "cinco vezes" (jornalista é ruim de conta mesmo) e que não houve pressão "de quem quer que seja" para interromper a exibição. Como assim? E os "assessores" (são quantos, afinal?) do ministro Gilmar Mendes??
A entrevista do senhor Manuel Seabra, como qualquer estudante de jornalismo pode perceber, é um ato de confissão: Gilmar Mendes mandou tirar o programa "Comitê de Imprensa" do ar e extirpar o link do site. A alegação de que houve ofensas pessoais é risível, senão patética, porque, mesmo durante o período da censura, diversos blogs veicularam o programa para milhões de internautas, alheios ao devaneio da direção da TV Câmara. No vídeo, atualmente com mais de 10 mil exibições registradas em apenas um dos links do "YouTube", não há uma única ofensa a ninguém. Sobre Gilmar Mendes, me referi, dentro do contexto da Operação Satiagraha (logo, dentro do tema "Protógenes Queiroz"), sobre o profundo desequilíbrio da cobertura da mídia, quase toda voltada para fixar no delegado a pecha de fanático por grampos ilegais (sem uma única prova) e lustrar a imagem do presidente do STF como paladino do Estado Democrático de Direito. Citei, ainda, o fato de Mendes estar me processando, e à CartaCapital, por conta de uma matéria - absolutamente jornalística - sobre o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual o ministro é sócio. Trata-se de instituição construída com dinheiro do Banco do Brasil, em terreno praticamente doado pelo governo do Distrito Federal e com contratos de mais de 2 milhões de reais firmados, sem licitação, com órgãos públicos e tribunais. Onde está a ofensa nisso?
O que ofende a todos nós, jornalistas, é essa tentativa primária de encerrar um assunto gravíssimo, baseado em prova documental (as imagens do site com e sem o link censurado), a partir de uma defesa confusa, contraditória e tardia, elaborada sem o menor compromisso com o jornalismo, a ética e a boa educação. Leio, estarrecido, que por causa desse episódio, a TV Câmara pretende "reformular" o programa "Comitê de Imprensa", até então considerado um fórum plural e democrático de discussão entre jornalistas de diversos veículos, pensamentos e opiniões. Segundo Manuel Seabra, o programa terá pautas "mais fechadas", seja lá o que isso signifique. E os apresentadores (quais? Não era só um?) estarão avisados "para evitar novos ataques pessoais". Só pode ser piada. O que farão os apresentadores? Darão choques elétricos nos entrevistados? Vão acionar aquele "piiii!" usado para camuflar os palavrões proferidos pelos participantes do Big Brother Brasil?
Mesmo o mais foca dos estagiários sabe o que vai acontecer, de fato: censura prévia. Aos entrevistados, aos temas, ao programa. Algo me diz que o "Comitê de Imprensa" subiu no telhado.
Reitero, pois, meu pedido à Associação Brasileira de Imprensa (ABI), à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e ao Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal para que abracem essa causa, não em meu nome, mas de todos os jornalistas e cidadãos brasileiros, cerceados, estes, no seu direito de ter acesso a informação pública em uma emissora do Congresso Nacional, custeada pelo contribuinte. Não é pouca coisa. O Sindicato dos Jornalistas do DF abriu uma investigação pelo Comitê de Ética para apurar os fatos. Apuração, aliás, facílima. Matéria pronta, eu diria.
E viva a liberdade de expressão.
(*) Jornalista - Texto reproduzido do site da CartaCapital
quinta-feira, 26 de março de 2009
Associação de Juízes chama Gilmar Mendes de leviano
A Associação dos Juízes Federais do Brasil emitiu uma dura nota contra declarações do presidente do STF, Gilmar Mendes, na sabatina de quarta-feira na Folha.
Leia a íntegra, que retirei do blog do Fernando Rodrigues.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE, entidade de âmbito nacional da magistratura federal, vem a público manifestar sua veemente discordância em relação à afirmação feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que, ao participar de sabatina promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo”, disse que, ao ser decretada, pela segunda vez, a prisão do banqueiro Daniel Dantas, houve uma tentativa de desmoralizar-se o Supremo Tribunal Federal e que (sic) “houve uma reunião de juízes que intimidaram os desembargadores a não conceder habeas corpus”.
Conquanto se reconheça ao ministro o direito de expressar livremente sua opinião, essas afirmações são desrespeitosas aos juízes de primeiro grau de São Paulo, aos desembargadores do Tribunal Regional Federal da Terceira Região e também a um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Com efeito, é imperioso lembrar que, ao julgar o habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal em favor do banqueiro Daniel Dantas, um dos membros dessa Corte, o ministro Marco Aurélio, negou a ordem, reconhecendo a existência de fundamento para a decretação da prisão. Não se pode dizer que, ao assim decidir, esse ministro, um dos mais antigos da Corte, o tenha feito para desmoralizá-la. Portanto, rejeita-se com veemência essa lamentável afirmação.
No que toca à afirmação de que juízes se reuniram e intimidaram desembargadores a não conceder habeas corpus, a afirmação não só é desrespeitosa, mas também ofensiva. Em primeiro lugar porque atribui a juízes um poder que não possuem, o de intimidar membros de tribunal. Em segundo lugar porque diminui a capacidade de discernimento dos membros do tribunal, que estariam sujeitos a (sic) “intimidação” por parte de juízes.
Não se sabe como o ministro teria tido conhecimento de qualquer reunião, mas sem dúvida alguma está ele novamente sendo veículo de maledicências. Não é esta a hora para tratar do tema da reunião, mas em nenhum momento, repita-se, em nenhum momento, qualquer juiz tentou intimidar qualquer desembargador. É leviano afirmar o contrário.
Se o ministro reconhece, como o fez ao ser sabatinado, que suas manifestações servem de orientação em razão de seu papel político e institucional de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, deve reconhecer também que suas afirmações devem ser feitas com a máxima responsabilidade.
Brasília, 24 de março de 2009.
Fernando Cesar Baptista de Mattos
Presidente da AJUFE
Leia a íntegra, que retirei do blog do Fernando Rodrigues.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE, entidade de âmbito nacional da magistratura federal, vem a público manifestar sua veemente discordância em relação à afirmação feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que, ao participar de sabatina promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo”, disse que, ao ser decretada, pela segunda vez, a prisão do banqueiro Daniel Dantas, houve uma tentativa de desmoralizar-se o Supremo Tribunal Federal e que (sic) “houve uma reunião de juízes que intimidaram os desembargadores a não conceder habeas corpus”.
Conquanto se reconheça ao ministro o direito de expressar livremente sua opinião, essas afirmações são desrespeitosas aos juízes de primeiro grau de São Paulo, aos desembargadores do Tribunal Regional Federal da Terceira Região e também a um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Com efeito, é imperioso lembrar que, ao julgar o habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal em favor do banqueiro Daniel Dantas, um dos membros dessa Corte, o ministro Marco Aurélio, negou a ordem, reconhecendo a existência de fundamento para a decretação da prisão. Não se pode dizer que, ao assim decidir, esse ministro, um dos mais antigos da Corte, o tenha feito para desmoralizá-la. Portanto, rejeita-se com veemência essa lamentável afirmação.
No que toca à afirmação de que juízes se reuniram e intimidaram desembargadores a não conceder habeas corpus, a afirmação não só é desrespeitosa, mas também ofensiva. Em primeiro lugar porque atribui a juízes um poder que não possuem, o de intimidar membros de tribunal. Em segundo lugar porque diminui a capacidade de discernimento dos membros do tribunal, que estariam sujeitos a (sic) “intimidação” por parte de juízes.
Não se sabe como o ministro teria tido conhecimento de qualquer reunião, mas sem dúvida alguma está ele novamente sendo veículo de maledicências. Não é esta a hora para tratar do tema da reunião, mas em nenhum momento, repita-se, em nenhum momento, qualquer juiz tentou intimidar qualquer desembargador. É leviano afirmar o contrário.
Se o ministro reconhece, como o fez ao ser sabatinado, que suas manifestações servem de orientação em razão de seu papel político e institucional de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, deve reconhecer também que suas afirmações devem ser feitas com a máxima responsabilidade.
Brasília, 24 de março de 2009.
Fernando Cesar Baptista de Mattos
Presidente da AJUFE
SOU JORNALISTA POR FORMAÇÃO
Márcia Martins (*)
O 1º de abril, marcado no calendário mundial como o Dia dos Bobos, começou a ganhar fama no Brasil, em Pernambuco, em 1848, quando ocorreu o lançamento do jornal "A Mentira", informando a morte de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. De vida breve, o periódico saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando seus credores para o acerto de contas no dia 1º de abril de 1850, num local inexistente. E desde então, atire a primeira pedra quem nunca aplicou uma pequena mentira e se justificou, depois, dizendo que era "brincadeira de 1º de abril".
Em nome da informação qualificada, de um jornalismo democrático, exercido com responsabilidade e ética, é que os jornalistas de todo o Brasil precisam unir-se em defesa da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão. E evitar que três séculos depois, o dia 1º de abril fique conhecido como a data em que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a extinção da profissão do jornalista. E na carona, o fechamento de milhares de cursos de comunicação no País. O desespero de universitários que sairão formados em coisa nenhuma. A informação não apurada para a sociedade.
Ao julgar o Recurso Extraordinário sobre a constitucionalidade da exigência do diploma em curso específico para exercer a profissão de jornalista, o STF ameaça uma das conquistas mais importantes da sociedade: o direito à informação independente e plural. A formação superior é uma conquista dos jornalistas, depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos da criação dos cursos de Jornalismo. Na prática, a não obrigatoriedade do diploma significa que qualquer pessoa, mesmo sem terminar o Ensino Fundamental, pode exercer as atividades jornalísticas.
Mais do que um retrocesso perigoso na democracia e na qualidade da informação, a decisão do STF pode abrir um precedente irreversível direcionado a outras profissões que exigem nível superior. E se um belo dia, uma juíza, do alto de seu saber teórico e notório, fechada no seu gabinete, entender que não é preciso ter formação superior para ser assistente social, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeira e outras profissões? Vamos assistir tudo de braços cruzados? E deixar que decidam por nós quais as profissões exigem um aprendizado apurado?
Não se trata, apenas, de uma luta corporativista, como alguns podem julgar, a preocupação das entidades de trabalhadores de jornalistas com a sessão do STF no dia 1º de abril. É a inconformidade com a perda de um direito que todo cidadão brasileiro tem de receber informação apurada por profissionais capacitados, com formação teórica, técnica e ética. É a punhalada que pode ferir a liberdade de expressão e comprometer, no futuro, a continuidade de inúmeras outras profissões. É a não repetição de mentiras como a morte de Dom Pedro e nem a invenção de locais inexistentes para receber dívidas.
Resta acreditar que o bom senso irá prevalecer e que o País seguirá na trilha de um jornalismo profissional em aperfeiçoamento, para melhor informar a sociedade. Pedir que Hugo de Grenobble, Venâncio, Ludovico, Valério, Teodora, Teodorico e Pavoni, os santos de 1º de abril, iluminem os ministros do STF. E que a história, narrada no poema do fluminense Eduardo Alves da Costa, não encontre amparo na decisão do STF: "... Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada".
(*Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela PUCRS, trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou carreira profissional, na Zero Hora, em assessorias de comunicação sociais empresariais e públicas e está licenciada do Correio do Povo. É poeta, diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS. E tem o blog marcinhaprodigio.blogspot.com)
O 1º de abril, marcado no calendário mundial como o Dia dos Bobos, começou a ganhar fama no Brasil, em Pernambuco, em 1848, quando ocorreu o lançamento do jornal "A Mentira", informando a morte de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. De vida breve, o periódico saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando seus credores para o acerto de contas no dia 1º de abril de 1850, num local inexistente. E desde então, atire a primeira pedra quem nunca aplicou uma pequena mentira e se justificou, depois, dizendo que era "brincadeira de 1º de abril".
Em nome da informação qualificada, de um jornalismo democrático, exercido com responsabilidade e ética, é que os jornalistas de todo o Brasil precisam unir-se em defesa da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão. E evitar que três séculos depois, o dia 1º de abril fique conhecido como a data em que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a extinção da profissão do jornalista. E na carona, o fechamento de milhares de cursos de comunicação no País. O desespero de universitários que sairão formados em coisa nenhuma. A informação não apurada para a sociedade.
Ao julgar o Recurso Extraordinário sobre a constitucionalidade da exigência do diploma em curso específico para exercer a profissão de jornalista, o STF ameaça uma das conquistas mais importantes da sociedade: o direito à informação independente e plural. A formação superior é uma conquista dos jornalistas, depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos da criação dos cursos de Jornalismo. Na prática, a não obrigatoriedade do diploma significa que qualquer pessoa, mesmo sem terminar o Ensino Fundamental, pode exercer as atividades jornalísticas.
Mais do que um retrocesso perigoso na democracia e na qualidade da informação, a decisão do STF pode abrir um precedente irreversível direcionado a outras profissões que exigem nível superior. E se um belo dia, uma juíza, do alto de seu saber teórico e notório, fechada no seu gabinete, entender que não é preciso ter formação superior para ser assistente social, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeira e outras profissões? Vamos assistir tudo de braços cruzados? E deixar que decidam por nós quais as profissões exigem um aprendizado apurado?
Não se trata, apenas, de uma luta corporativista, como alguns podem julgar, a preocupação das entidades de trabalhadores de jornalistas com a sessão do STF no dia 1º de abril. É a inconformidade com a perda de um direito que todo cidadão brasileiro tem de receber informação apurada por profissionais capacitados, com formação teórica, técnica e ética. É a punhalada que pode ferir a liberdade de expressão e comprometer, no futuro, a continuidade de inúmeras outras profissões. É a não repetição de mentiras como a morte de Dom Pedro e nem a invenção de locais inexistentes para receber dívidas.
Resta acreditar que o bom senso irá prevalecer e que o País seguirá na trilha de um jornalismo profissional em aperfeiçoamento, para melhor informar a sociedade. Pedir que Hugo de Grenobble, Venâncio, Ludovico, Valério, Teodora, Teodorico e Pavoni, os santos de 1º de abril, iluminem os ministros do STF. E que a história, narrada no poema do fluminense Eduardo Alves da Costa, não encontre amparo na decisão do STF: "... Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada".
(*Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela PUCRS, trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou carreira profissional, na Zero Hora, em assessorias de comunicação sociais empresariais e públicas e está licenciada do Correio do Povo. É poeta, diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS. E tem o blog marcinhaprodigio.blogspot.com)
terça-feira, 24 de março de 2009
Definida a Caminhada do Centenário

Ontem, em reunião com a EPTC o Internacional aprovou o roteiro da Caminhada do Centenário. A concentração começa às 8h e a caminhada inicia às 9h30min do sábado, 4 de abril de 2009 na Praça Sport Club Internacional.
O trajeto terá 4km.
No final do trajeto no estádio Beira Rio, a massa colorada será recebida com trio elétrico e shows de bandas coloradas.
PARTICIPE DA CAMINHADA!
LEVE BANDEIRAS E FAIXAS!
VENHA EM ALVI-RUBRO PARA COLORIRMOS O RIO GRANDE DO SUL!
FAÇA A SUA CARAVANA DE OUTRAS CIDADES E PARTICIPE TAMBÉM DESTE MOMENTO HISTÓRICO!
Este é o grande momento da festa do Clube do Povo !
*o trajeto está marcado em vermelho
Diploma de Jornalismo: chegou o momento da votação no STF
O Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, entrará na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) em 1º de abril. Sua apreciação deve se dar no mesmo período do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei de Imprensa. A iminência do julgamento das duas ações está obrigando dirigentes sindicais e apoiadores das causas que advogam a constitucionalidade da exigência do diploma e a aprovação de uma nova e democrática Lei de Imprensa a alterarem suas agendas. "Sabemos que o julgamento destas questões começará no dia 1º de abril, mas não se pode prever quando será o seu desfecho" destaca o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sérgio Murillo de Andrade.
O dirigente pede que os dirigentes de entidades sindicais e do campo do Jornalismo, bem como de outras organizações da sociedade, deverão estar em Brasília no momento decisivo. Apoiadores do movimento estão organizando caravanas dos estados a Brasília na data do julgamento do RE 511961. Do Rio Grande do Sul, deverá sair um ônibus no dia 28 de março, domingo. "Este é o momento mais importante desde a conquista da nossa regulamentação. Vamos levar gente a Brasília, mas precisamos do apoio da categoria", diz o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes.
A entidade gaúcha abriu duas contas especiais para que os jornalistas apoiadores do diploma façam depósiutos que permitam custear despesas como transporte, alimentação e estadia em Brasília. As contas são:
Banrisul
Agência 0062
Conta Corrente 0602691425
Unibanco
Agência 0875
Conta Corrente 232938-6
O CNPJ do Sindicato é 92.955.202/0001-05.
O dirigente pede que os dirigentes de entidades sindicais e do campo do Jornalismo, bem como de outras organizações da sociedade, deverão estar em Brasília no momento decisivo. Apoiadores do movimento estão organizando caravanas dos estados a Brasília na data do julgamento do RE 511961. Do Rio Grande do Sul, deverá sair um ônibus no dia 28 de março, domingo. "Este é o momento mais importante desde a conquista da nossa regulamentação. Vamos levar gente a Brasília, mas precisamos do apoio da categoria", diz o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes.
A entidade gaúcha abriu duas contas especiais para que os jornalistas apoiadores do diploma façam depósiutos que permitam custear despesas como transporte, alimentação e estadia em Brasília. As contas são:
Banrisul
Agência 0062
Conta Corrente 0602691425
Unibanco
Agência 0875
Conta Corrente 232938-6
O CNPJ do Sindicato é 92.955.202/0001-05.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Liberdade de imprensa? Para quem?

Do site Direto da Redação
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que reúne os grandes proprietários midiáticos do continente americano, volta e meia se reúne para repetir críticas e se posicionar levando apenas em conta os interesses dos associados. Geralmente bate de frente nos governos de países da América Latina em processo de transformação. Na última destas reuniões, realizada na capital paraguaia, a SIP confirmou que não passa de uma entidade defensora antes de qualquer coisa da liberdade de empresa. Para dourar a pílula, mistura esse gênero de liberdade com a de imprensa e de expressão.
Os grandes veículos de imprensa, impressos ou eletrônicos, repercutem em grandes espaços as resoluções da SIP, que acabou de condenar supostos ataques do Presidente Lula à imprensa. E o que é pior, manifestou a “preocupação” com a anunciada realização, em dezembro deste ano, da Conferência Nacional de Comunicação, anunciada por Lula, bem como defendeu a “flexibilização” da exigência do diploma para jornalistas.
A SIP ficou irritada com Lula por ter o presidente afirmado em entrevista para a revista Piauí que não lê jornais para não ter azia. Desta forma, Lula manifestou seu desagrado contra a constante manipulação da informação da mídia hegemônica e a filosofia do pensamento único. Contra esse tipo de deformação jornalística, a SIP silencia. Prefere condenar quem denuncia.
O patronato reunido em Assunção, sob a presidência de Enrique Santos , irmão do Ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, acusado por Hugo Chávez de querer transformar o país em Israel da América Latina, justificou a “preocupação” por entender que “os debates da Conferência Nacional de Comunicação serão conduzidos por ONGs e movimentos sociais que pretendem interferir no funcionamento da imprensa”.
O verdadeiro motivo do posicionamento da SIP é o de pressionar o Poder Público e boicotar a realização da Conferência, ou manipulá-la para evitar que cumpra os objetivos a que se propõe, ou seja, debater e sugerir mudanças na área da mídia. A resistência é tão forte que alguns analistas entendem serem as reformas na mídia mais difíceis de serem incrementadas até do que a reforma agrária, atrasada no Brasil há pelo menos dois séculos.
As mentiras levantadas pela SIP se devem também ao fato de que os proprietários dos veículos de comunicação quererem manter intacto o domínio sobre o setor midiático através de empresas oligopolizadas. Ou seja, não podem ouvir falar numa Conferência que tem por objetivo discutir a mídia no Brasil e apresentar sugestões concretas no sentido de democratizar os meios de comunicação. Entendem os barões midiáticos, representados nestas bandas pelas famílias Marinho, Mesquita, Frias e tantas outras que não se deve ampliar os espaços midiáticos para setores sociais representativos do povo brasileiro.
Vale tudo para evitar que isso aconteça. Uma das estratégias é aproveitar o espaço da SIP para apresentar argumentos que falseiam a realidade e, vale sempre repetir, que misturam alhos com bugalhos, ou seja, conceitos de liberdade que se chocam, como a de empresa e de imprensa.
Lula da Silva fez o anuncio da realização da Conferência no Fórum Social Mundial no final de janeiro em Belém. Os barões midiáticos agora pressionam o governo para evitar que os movimentos sociais brasileiros ganhem espaço na área. Querem porque querem fazer algo a sua maneira e que não coloque em questão o a sua hegemonia.
De quebra, desta vez via SIP, o patronato reafirmou sua posição contrária à exigência do diploma para o exercício profissional jornalístico. Na verdade, quer o patronato ter o controle ideológico total sobre quem elabora a notícia e também conseguir mão de obra ainda mais barata que a atual.
O debate em torno desta questão tem nuances sofisticadas e não pode ficar sujeito aos humores de um patronato que tem como norma que a notícia é uma mercadoria. Ou seja, para esses empresários, salsicha e notícia são o mesmo tipo de mercadoria, e aí então tudo é possível, inclusive a utilização da estratégia de repetir consecutivamente mentiras até que elas virem verdades.
Não é à toa que a SIP defendeu a flexibilização da exigência do diploma na antevéspera de uma decisão da matéria pelo STF. E também não é à toa que certos dirigentes latino-americanos, de Cristina Kirchner a Hugo Chávez, passando por Evo Morales, Rafael Correa, Daniel Ortega e brevemente Mauricio Funes, o presidente recém-eleito de El Salvador que tomará posse em junho, são considerados hoje “inimigos” da liberdade de empresa (e não de imprensa) pela SIP.

sábado, 21 de março de 2009
Jornalista...
Um breve texto que busquei no Blog da Sommer (http://blogdasommer.blogspot.com) e que define um pouco os jornalistas.
Tanto ela quanto eu desconhecemos o autor, mas caso alguém saiba de onde surgiu avise para que seja creditado.
Jornalista não fala – informa;
Jornalista não vai às festas – faz cobertura;
Jornalista não acha – tem opinião;
Jornalista não fofoca – transmite informações;
Jornalista não pára – pausa;
Jornalista não mente – equivoca-se;
Jornalista não chora – se emociona;
Jornalista não some – trabalha em off;
Jornalista não lê – busca informação;
Jornalista não traz novidade – dá furo de reportagem;
Jornalista não tem problema – tem situação;
Jornalista não tem muitos amigos – tem muitos contatos;
Jornalista não briga – debate;
Jornalista não usa carro – mas sim veículo;
Jornalista não passeia – viaja a trabalho;
Jornalista não conversa – entrevista;
Jornalista não faz lanche – almoça em horário incomum;
Jornalista não é chato – é crítico;
Jornalista não tem olheiras – tem marcas de guerra;
Jornalista não se confunde – perde a pauta;
Jornalista não esquece de assinar – é anônimo;
Jornalista não se acha – ele já é reconhecido;
Jornalista não influencia – forma opinião;
Jornalista não conta história – reconstrói;
Jornalista não omite fatos – edita-os;
Jornalista não pensa em trabalho – vive o trabalho;
Jornalista não é esquecido – é eternizado pela crítica;
Jornalista não morre – coloca um ponto final.
Tanto ela quanto eu desconhecemos o autor, mas caso alguém saiba de onde surgiu avise para que seja creditado.
Jornalista não fala – informa;
Jornalista não vai às festas – faz cobertura;
Jornalista não acha – tem opinião;
Jornalista não fofoca – transmite informações;
Jornalista não pára – pausa;
Jornalista não mente – equivoca-se;
Jornalista não chora – se emociona;
Jornalista não some – trabalha em off;
Jornalista não lê – busca informação;
Jornalista não traz novidade – dá furo de reportagem;
Jornalista não tem problema – tem situação;
Jornalista não tem muitos amigos – tem muitos contatos;
Jornalista não briga – debate;
Jornalista não usa carro – mas sim veículo;
Jornalista não passeia – viaja a trabalho;
Jornalista não conversa – entrevista;
Jornalista não faz lanche – almoça em horário incomum;
Jornalista não é chato – é crítico;
Jornalista não tem olheiras – tem marcas de guerra;
Jornalista não se confunde – perde a pauta;
Jornalista não esquece de assinar – é anônimo;
Jornalista não se acha – ele já é reconhecido;
Jornalista não influencia – forma opinião;
Jornalista não conta história – reconstrói;
Jornalista não omite fatos – edita-os;
Jornalista não pensa em trabalho – vive o trabalho;
Jornalista não é esquecido – é eternizado pela crítica;
Jornalista não morre – coloca um ponto final.
Gilmar Mendes, o censor
Está aí o tal programa polêmico que Gilmar Mendes tirou do ar por causa de denúncias "GRAVES" contra seus pares e a si próprio. Gente, estão nos matando aos poucos. Vamos reagir.
É só clicar nos endereços abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=TCFP6qnjl94 ( primeira parte)
http://www.youtube.com/watch?v=DeqYLvIMMd0 ( segunda parte)
http://www.youtube.com/watch?v=t9SlDPx3uMI (terceira parte)
--------------------------------------------------------------------------------
Mendes pede a retirada do ar de programa da TV Câmara que ouviu jornalistas de "O Globo" e "Carta Capital"
Esse juiz está indo longe demais...
É só clicar nos endereços abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=TCFP6qnjl94 ( primeira parte)
http://www.youtube.com/watch?v=DeqYLvIMMd0 ( segunda parte)
http://www.youtube.com/watch?v=t9SlDPx3uMI (terceira parte)
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Mendes pede a retirada do ar de programa da TV Câmara que ouviu jornalistas de "O Globo" e "Carta Capital"
Esse juiz está indo longe demais...
Eu nasci colorado

Eu nasci!
Há quase cem anos atrás.
Sou campeão desse mundo
E de mundo mais ...(duas vezes)
Eu vi Edinho ser crucificado
E renascer pra ficar eternizadado
Eu vi os otomanos pegando fogo
Prá pagarem seus pecados
Eu vi!...
Eu vi Pedro Iarley
Cruzar o Mar Vermelho
Vi D'Alessandro
Cair na terra de joelhos
Eu vi Tite negar ser gremista
Por três vezes
Diante do espelho
Eu vi!...
Eu nasci! (Eu nasci!)
Há quase cem anos atrás
(Eu nasci há quase cem anos!)
Sou campeão desse mundo
E de muito mais...(duas vezes)
Eu vi o Inter
Estraçalhar o Barça
Vi o Boca Juniors
Ser riscado no mapa
Vi o grande Álvaro
Sugando sangue novo
E se escondendo atrás da taça
Eu vi!...
Eu vi os pés de Alex
Driblando calcanhares
Vi Fernandão cabecear
Seus gols pelos ares
Eu vi Índio invadir
Muitas áreas pra fazer festa
No lombo dos adversários
Eu vi!...
Eu nasci! (Eu nasci!)
Há quase cem anos atrás
(Eu nasci há quase cem anos!)
Sou campeão desse mundo
E de muito mais...(duas vezes)
Eu vi a torcida
Que cantava com muita garra
Quando o Inter
Ganhou os jogos na marra
Vi o colorado
Que sonhava com mais taças
Estourando outra champanha
Eu vi!
Eu vi os eternos gols
Sagrados de Valdomiro
Eu fui Carlitos pra
Poder golear os pijamas
Quando todos
Praguejavam contra o Inter
Eu vibrei com mais façanhas ...
Eu nasci! (Eu nasci!)
Há quase cem anos atrás
(Eu nasci há quase cem anos atrás!)
Sou campeão desse mundo
E de muito mais...(duas vezes)
Não! Não!
Eu tava junto
Com os malucos na Popular
Eu bebi vinho
Com as mulheres lá do bar
E quando a bola
Estourou na goleira
Eu quase quebrei a perna
De tanto pular
Eu também...
Eu fui testemunha
Das defesas de Taffarel
Eu vi a estrela colorada
Brilhar no céu
E praquele que provar
Que eu tô mentindo
Eu dou o meu troféu...
Eu nasci! (Eu nasci!)
Há quase cem anos atrás
(Eu nasci há quase cem anos atrás!)
Sou campeão desse mundo
E de muito mais ...(três vezes)
sexta-feira, 20 de março de 2009
"A Escola e a Letra": escritores brasileiros e suas influências

Organizado por Flávio Aguiar e Og Doria, o livro "A Escola e a Letra" (lançamento da Boitempo Editorial), reúne texos de autores brasileiros buscando captar a influência que a escola desempenhou em suas obras. "Quase todo escritor brasileiro tem um professor, um colega, um pedaço de escola a recordar e que aí, ou com esse personagem, se deu algo da escolha de escrever”, resume Flávio Aguiar. "A Escola e a Letra" será lançado dia 19 de março, em Porto Alegre, e dia 1° de abril, em São Paulo.
Quais impressões os mais importantes escritores brasileiros levaram da escola? De que forma os processos de aprendizagem pelos quais passaram deixaram marcas em suas obras? As respostas podem ser descobertas na leitura dos cinqüenta textos que compõem o livro A Escola e a Letra, organizado por Flávio Aguiar e Og Doria, e publicado pela Boitempo Editorial.
São contos, crônicas, trechos de romances e memórias que juntos, formam um panorama dos pontos de vista de autores como Machado de Assis, Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Rubem Braga, Clarice Lispector, Osman Lins, Rubem Fonseca, Vinícius de Moraes, Nélida Piñon, Moacyr Scliar, João Ubaldo Ribeiro, Luis Fernando Verissimo, entre outros, sobre a escola.
O livro tem lançamentos marcados para Porto Alegre e São Paulo. Na capital gaúcha, ocorrerá no dia 19 de março (quinta-feira), a partir das 19 horas, no Teatro da Casa de Cultura Mário Quintana (Rua dos Andradas, 736, 6° andar). Haverá leitura de textos por Flávio Aguiar, Luiz Augusto Fischer e Maria Helena Martins. Em São Paulo, o lançamento será no dia 1° de abril, na Choperia do Sesc Pompéia (Rua Clélia, 93, Pompéia), com leituras de Flávio Aguiar, Afonso Romano de Sant'Anna, Boris Schnaiderman, Ivan Angelo e Roniwalter Jatobá.
Dividido em quatro partes, o livro está organizado em blocos, por data de publicação dos textos em livros e jornais. São eles:
I – Antes de tudo o mais, que focaliza os povos nativos antes da chegada dos europeus, embora por meio de um texto literário escrito posteriormente;
II – Os tempos coloniais, com textos que vão do século XVI ao final do XVIII;
III – O Império, no qual se encontram textos sobre o tempo em que este era o regime vigente no Brasil, escritos durante o período ou depois dele;
IV – A República, com textos que abrangem as diferentes fases e ditaduras compreendidas dentro do período republicano, de sua instauração aos dias de hoje.
Nas palavras de Flávio Aguiar: “O leitor que empreender a travessia desses textos em seu conjunto sairá com a impressão de que quase todo escritor brasileiro tem um professor, um colega, um pedaço de escola a recordar e que aí, ou com esse personagem, se deu algo da escolha de escrever”.
"A Escola e a Letra" tem projeto gráfico de Ricardo Ohtake e foi padronizado pelas regras do novo acordo ortográfico.
Trecho da apresentação de Flávio Aguiar
“Seja por que prisma for, irônico, trágico, cômico ou lírico, a evocação da escola aparece na pena (hoje teclado ou tela) de um grande número de escritores como a renovação de um compromisso de origem dentro de um processo geral de mudança ou modernização, assolados que somos por tais esforços desde os tempos coloniais.”
Ficha técnica
Título: A Escola e a Letra
Organização: Flávio Aguiar e Og Doria
Projeto gráfico: Ricardo Ohtake
Apresentação: Flávio Aguiar
ISBN: 978-85-7559-114-7
Preço: a confirmar
O legado da ditadura dos generais: fracassos e atrocidades
Celso Lungaretti
Ao completarem-se 45 anos da quebra da normalidade institucional no Brasil, mergulhando o País nas trevas e barbárie durante duas décadas, é oportuno evocarmos o que realmente foi essa nada branda ditadura de 1964/85, defendida hoje com tamanha desfaçatez pelos jornalões, seus editorialistas e articulistas.
Como frisou a bela canção de Milton Nascimento e Fernando Brant, cabe a nós, sobreviventes do pesadelo, o papel de sentinelas do corpo e do sacrifício dos nossos irmãos que já se foram, assegurando-nos de que a memória não morra - mas, pelo contrário, sirva de vacina contra novos surtos da infestação virulenta do totalitarismo.
Nessa efeméride negativa, o primeiro ponto a se destacar é que a quartelada de 1964 foi o coroamento de uma longa série de articulações e tentativas golpistas, nada tendo de espontâneo nem sendo decorrente de situações conjunturais; estas foram apenas pretextos, não causa.
(...) inexistia em 1964 uma possibilidade real de revolução socialista. Não houve o alegado "contragolpe preventivo", mas, pura e simplesmente, um golpe para usurpação do poder, meticulosamente tramado e executado com apoio dos EUA. Derrubou-se um governo democraticamente constituído, fechou-se o Congresso Nacional, cassaram-se mandatos legítimos, extinguiram-se entidades da sociedade civil, prenderam-se e barbarizaram-se cidadãos.
COMO O ARTIGO É LONGO E EXIGIRIA UMAS QUATRO POSTAGENS, CONVIDO-OS A LEREM SUA ÍNTEGRA EM
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/03/o-legado-da-ditadura-dos-generais.html
Ao completarem-se 45 anos da quebra da normalidade institucional no Brasil, mergulhando o País nas trevas e barbárie durante duas décadas, é oportuno evocarmos o que realmente foi essa nada branda ditadura de 1964/85, defendida hoje com tamanha desfaçatez pelos jornalões, seus editorialistas e articulistas.
Como frisou a bela canção de Milton Nascimento e Fernando Brant, cabe a nós, sobreviventes do pesadelo, o papel de sentinelas do corpo e do sacrifício dos nossos irmãos que já se foram, assegurando-nos de que a memória não morra - mas, pelo contrário, sirva de vacina contra novos surtos da infestação virulenta do totalitarismo.
Nessa efeméride negativa, o primeiro ponto a se destacar é que a quartelada de 1964 foi o coroamento de uma longa série de articulações e tentativas golpistas, nada tendo de espontâneo nem sendo decorrente de situações conjunturais; estas foram apenas pretextos, não causa.
(...) inexistia em 1964 uma possibilidade real de revolução socialista. Não houve o alegado "contragolpe preventivo", mas, pura e simplesmente, um golpe para usurpação do poder, meticulosamente tramado e executado com apoio dos EUA. Derrubou-se um governo democraticamente constituído, fechou-se o Congresso Nacional, cassaram-se mandatos legítimos, extinguiram-se entidades da sociedade civil, prenderam-se e barbarizaram-se cidadãos.
COMO O ARTIGO É LONGO E EXIGIRIA UMAS QUATRO POSTAGENS, CONVIDO-OS A LEREM SUA ÍNTEGRA EM
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/03/o-legado-da-ditadura-dos-generais.html
quarta-feira, 18 de março de 2009
Centenário do Inter: a festa vai começar
Prepare-se para o Centenário do Internacional

O Sport Club Internacional preparou uma série de eventos para celebrar o seu Centenário. As festividades não ficarão restritas somente ao dia 4 de abril, quando o clube colorado irá completar 100 anos. Antes, durante e depois da data histórica estão previstos muitos eventos. Confira na agenda:
* Lançamento do ônibus do Inter : 23 de março - 15h
* Desfile da coleção Inter no Donna Fashion: 3 de abril - 18h
* Missa do Centenário na Catedral: 3 de abril - 19h30min
* Virada do Centenário no Beira-Rio: 3 de abril - 23h50min
* Descerramento de Placa no local de fundação: 4 de abril - 8h
* Caminhada Colorada: 4 de abril - 9h
* Jantar oficial: 4 de abril - 20h
* Lançamento Selo dos Correios: 4 de abril - 11h
* Lançamento Medalha da Casa da Moeda: 4 de abril - 11h
* Corrida do Centenário: 18 de abril - 15h
* Triathlon do Centenário: 18 de abril - 9h
* Desfile da Milka: 26 de abril - 20h
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