terça-feira, 26 de outubro de 2010

Do Carlos, com carinho, para o Noblat

Reproduzo do blog do Rodrigo Viana a carta aberta de Carlos Moura (aposentado, fotógrafo, redator de jornal de interior, sócio de uma pequena editora de livros clássicos e coordenador da Ação da Cidadania em Além Paraíba-MG) para o jornalista de “O Globo” Ricardo Noblat.

Noblat

Quem é você para decidir pelo Brasil (e pela História) quem é grande ou quem deixa de ser? Quem lhe deu a procuração? O Globo? A Veja? O Estadão? A Folha?
Apresento-me: sou um brasileiro. Não sou do PT, nunca fui. Isso ajuda, porque do contrário você me desclassificaria, jogando-me na lata de lixo como uma bolinha de papel. Sou de sua geração. Nossa diferença é que minha educação formal foi pífia, a sua acadêmica. Não pude sequer estudar num dos melhores colégios secundários que o Brasil tinha na época (o Colégio de Cataguases, MG, onde eu morava) porque era só para ricos. Nas cidades pequenas, no início dos sessenta, sequer existiam colégios públicos. Frequentar uma universidade, como a Católica de Pernambuco em que você se formou, nem utopia era, era um delírio.
Informo só para deixar claro que entre nós existe uma pedra no meio do caminho. Minha origem é tipicamente “brasileira”, da gente cabralina que nasceu falando empedrado. A sua não. Isto não nos torna piores ou melhores do que ninguém, só nos faz diferentes. A mesma diferença que tem Luis Inácio em relação ao patriciado de anel, abotoadura & mestrado. Patronato que tomou conta da loja desde a época imperial.
O que você e uma vasta geração de serviçais jornalísticos passaram oito anos sem sequer tentar entender é que Lula não pertence à ortodoxia política. Foi o mesmo erro que a esquerda cometeu quando ele apareceu como líder sindical. Vamos dizer que esta equipe furiosa, sustentada por quatro famílias que formam o oligopólio da informação no eixo Rio-S.Paulo – uma delas, a do Globo, controlando também a maior rede de TV do país – não esteja movida pelo rancor. Coisa natural quando um feudo começa a dividir com o resto da nação as malas repletas de cédulas alopradas que a União lhe entrega em forma de publicidade. Daí a ira natural, pois aqui em Minas se diz que homem só briga por duas coisas: barra de saia ou barra de ouro.
O que me espanta é que, movidos pela repulsa, tenham deixado de perceber que o brasileiro não é dançarino de valsa, é passista de samba. O patuá que vocês querem enfiar em Lula é o do negrinho do pastoreio, obrigado a abaixar a cabeça quando ameaçado pelo relho. O sotaque que vocês gostam é o nhém-nhém-nhém grã-fino de FHC, o da simulação, da dissimulação, da bata paramentada por láureas universitárias. Não importa se o conteúdo é grosseiro, inoportuno ou hipócrita (“esqueçam o que eu escrevi”, “ tenho um pé na senzala” “o resultado foi um trabalho de Deus”). O que vale é a forma, o estilo envernizado.
As pessoas com quem converso não falam assim – falam como Lula. Elas também xingam quando são injustiçadas. Elas gritam quando não são ouvidas, esperneiam quando querem lhe tapar a boca. A uma imprensa desacostumada ao direito de resposta e viciada em montar manchetes falsas e armações ilimitadas (seu jornal chegou ao ponto de, há poucos dias, “manchetar” a “queda” de Dilma nas pesquisas, quando ela saiu do primeiro turno com 47% e já entrou no segundo com 53 ) ficou impossível falar com candura. Ao operário no poder vocês exigem a “liturgia” do cargo. Ao togado basta o cinismo.
Se houve erro nas falas de Lula isto não o faz menor, como você disse, imitando o Aécio. Gritos apaixonados durante uma disputa sórdida não diminuem a importância histórica de um governo que fez a maior revolução social de nossa História. E ainda querem que, no final de mandato, o presidente aguente calado a campanha eleitoral mais baixa, desqualificada e mesquinha desde que Collor levou a ex-mulher de Lula à TV.
Sordidez que foi iniciada por um vendaval apócrifo de ultrajes contra Dilma na internet, seguida das subterrâneas ações de Índio da Costa junto a igrejas e da covarde declaração de Monica Serra sobre a “matança de criancinhas”, enfiando o manto de Herodes em Dilma. Esse cambapé de uma candidata a primeira dama – que teve o desplante de viajar ao seu país paramentada de beata de procissão, carregando uma réplica da padroeira só para explorar o drama dos mineiros chilenos no horário eleitoral – passou em branco nos editoriais. Ela é “acadêmica”.
A esta senhora e ao seu marido você deveria também exigir “caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade”.
Você não vai “decidir” que Lula ficou menor, não. A História não está sendo mais escrita só por essa súcia de jornais e televisões à qual você pertence. Há centenas de pessoas que, de graça, sem soldos de marinhos, mesquitas, frias ou civitas, estão mostrando ao país o outro lado, a face oculta da lua. Se não houvesse a democracia da internet vocês continuariam ladrando sozinhos nas terras brasileiras, segurando nas rédeas o medo e o silêncio dos carneiros.

Carlos Torres MouraAlém Paraíba-MG

domingo, 24 de outubro de 2010

Corredor para Dilma

Chegou a hora de permanecer na rua, mostrar a nossa força e conquistar os indecisos. Portanto, marque na sua agenda:

PORTO ALEGRE - Tomada da João Pessoa pró-Dilma - sexta, 29, a partir das 17h -  do Viaduto da Salgado até a José Bonifácio. Os dois lados.

Vai ser lindo...

Saudade

Li agora no twitter: 
"Pancada de saudade é a que dói mais."

Concordo plenamente. E como é dolorosa. Parece que não passa.

Marina votará em Dilma

Sou jornalista e sei analisar o que dizem as entrelinhas de qualquer reportagem, entrevistas ou comentários. Por isso, a entrevista de Marina concedida à revista IstoÉ (reproduzida abaixo) é uma confissão de que a ex-candidata do PV no primeiro turno vai de Dilma no segundo. Ela se diz independente, conforme decisão partidária da semana passada, mas não ficará em cima do rumo. Cada palavra ou cada frase da ex-ministra de Lula mostram que ela não trai as suas origens e defende a continuidade para os avanços. Não retroceder, como seria com Serra. Confiram e digam se não estou correto.

Dilma prega a paz


Recado de Dilma Rousseff, futura presidente, divulgado em seu blog e em todas as redes sociais:

  
 
"Entramos na última semana de campanha. Vamos ficar atentos, continuar trabalhando com humildade. Dez de animação e zero de provocação!"

A eleição domina capa das revistas. Veja, como sempre, distoa


As capas das principais revistas nacionais evidenciam o que já sabemos nesta campanha
Só a Veja envereda para o denuncismo vazio, sem provas. 
Como é do seu feitio...
Foto: Mariana Lanza/Terra
 

Dilma desmente insinuação de Veja sobre supostos dossiês

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rebateu neste sábado (23) as insinuações de que encaminhou pedidos à Secretaria Nacional de Justiça, ligada ao Ministério da Justiça, para a elaboração de supostos dossiês, feitas pela revista Veja.

A insinuação foi publicada pela revista Veja, que alegou ter acessado gravações de conversas que supostamente comprovariam as insinuações. A candidata desmentiu a revista durante entrevista coletiva em São Paulo. “Eu nego terminantemente esse tipo de conversa às vésperas das eleições. Gostaria muito que houvesse, por parte de quem acusou, a comprovação e a prova de que alguma vez fiz isso”, reagiu Dilma.
“É muito fácil, na última hora, na semana da eleição, criar uma acusação contra a pessoa sem prova alguma. É grave utilizar desses métodos nesta reta final.”
A candidata reiterou que não tem relação alguma com as insinuações. “Quero, mais uma vez, confirmar que nego terminantemente e repudio esse tipo de acusação, absolutamente sem provas”, disse.
“Eu nego terminantemente e acredito que algumas pessoas teriam alguma razão para fazer isso [levantar falsas denúncias]. Não me coloque no meio de práticas que eu não tenha relação alguma”, afirmou, sem mencionar nomes. A revista Veja desta semana veio mais uma vez às bancas com insinuações sobre supostas gravações feitas no gabinete do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior, de conversas com funcionários do Ministério da Justiça.
Conta a revista do grupo Abril que Tuma Júnior teria citado o desconforto de Pedro Abramovay – que o sucedeu na secretaria - por "receber eventuais pedidos para a elaboração de dossiês". Nos supostos diálogos, escritos pela revista, Abramovay teria citado a candidata Dilma Rousseff e o chefe de gabinete do presidente da República, Gilberto Carvalho. Como sempre, a revista não informa se as gravações foram feitas de forma legal e ainda insinua que Abramovay "não aguentava mais” receber pedidos dos dois para a "confecção de dossiês".
Abramovay desmentiu "peremptoriamente", por meio de nota divulgada neste sábado, as insinuações publicadas pela Veja. Abramovay levantou dúvida sobre a origem e a legalidade das conversas gravadas e desmentiu também a suposta "participação" em grupos de inteligência de campanhas petistas. Segundo insinua a revista, os diálogos foram gravados "legalmente" no início deste ano. As gravações teriam sido periciadas, a mando da revista, pelo controvertido "especialista" Ricardo Molina — o mesmo que tentou incriminar os sem-terra nas mortes dos trabalhadores rurais na chacina de Eldorado dos Carajás —, que "atestou" não terem sofrido modificações.
Como em casos anteriores — vide suposto grampo envolvendo Gilmar Mendes e Demóstenes Torres — A Veja omite quem fez as gravações e também se recusa a fornecer cópia delas. "Infelizmente a revista se recusou a fornecer o conteúdo da suposta conversa ou mesmo a íntegra de sua transcrição", lamentou Abramovay.

sábado, 23 de outubro de 2010

Revista Veja mente novamente

Matéria da Veja deste fim de semana acusa sem prova.
Não há nenhuma prova contra a candidata petista Dilma Rousseff na reportagem de capa.
O que há, como sempre, é desespero do PIG.

O dia em que os jornalistas da Globo vaiaram o noticiário da emissora

Passava das 9h da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.
A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.
Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel. Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e  Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).
Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Serra pode até ter sido atingido 2, 3, 4, 50 vezes. Só que a imagem da Globo de Kamel não permite tirar essa conclusão.
Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.
Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o peritoRicardo Molina.
Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.
Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.
A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do  “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.
Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.
Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.
Serra e Kamel não sentiram vergonha.

Do blog Escrevinhador, de Rodrigo Vianna:
http://www.rodrigovianna.com.br/

A Globo mente. E todo o mundo fica sabendo

Sob a hashtag #globomente, membros do microblog Twitter fizeram nesta sexta-feira um protesto virtual contra a edição do Jornal Nacional que mostra o presidenciável tucano, José Serra, sendo atingido durante uma caminhada na zona oeste do Rio de Janeiro, na quarta-feira. O assunto foi o segundo mais comentado entre os tuiteiros de todo o mundo.
 

Mais informações no UOL, pelo link:
http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/22/critica-a-tv-globo-por-video-sobre-serra-fica-entre-principais-topicos-do-twitter.jhtm


Detalhe: Na verdade, a Globo tentou mostrar que ele foi atingido em dois momentos. O SBT e a Record mostraram que ele recebeu apenas com uma bolinha de papel na careca.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Veja liquida assinatura


Esta é a prova do do desespero.
Recebi e-mail da Veja, que oferece assinatura pela metade do preço. Isso mostra que a dita revista mais lida do Brasil não está vendendo como antes. Por causa de sua linha editorial, que atropela o Jornalismo, está sentindo a fuga de assinantes e de compradores nas bancas. Por isso, liquida. 
Comigo não tem.

Ao lado de dois ícones

Não é todo o dia que a gente fica frente-a-frente com duas figuras carismáticas da política gaúcha. Faço campanha para eles sempre e me sinto recompensado com a minha confiança. Por isso, é um orgulho posar ao lado do ex-governador Olívio Dutra, sempre generoso e bondoso. Não concorreu a cargo algo porque preferiu ser o militante que sempre foi. Da mesma forma, valorizo este momento com o senador dos gaúchos, Paulo Paim, que sempre lutou pelos seus milhões de eleitores. Foi recompensado com uma grande votação no dia 3 de outubro. Quem pensa igual a mim, sinta-se ao nosso lado nas imagens que publico.


Dilma incendeia centro de Porto Alegre

A tarde de quinta-feira, 21 de outubro, ficará marcada na retina de milhares de porto-alegrenses. A candidata Dilma Roussef, embarcou num carro aberto, ao lado de partidários e recebeu uma calorosa manifestação de militantes e simpatizantes portando bandeiras e faixas de apoio. O curto trajeto, que saiu da Avenida Salgado Filho, passou Esquina democrática e chegou ao Mercado Público, foi cumprido de forma lenta tal a muiltidão que o acompanhava. Dilma foi generosa com todos. Apertou a mão de quem pode, abanou e atirou beijos para todos. O povo na rua ou postado nos edifícios da Borges de Medeiros retribuiu com muito carinho a passagem da futura presidente do Brasil. As fotos mostram como foi o momento especial de Dilma.









Serra distribui sacolas de alimento em troca de voto


Vejam como eles agem. Pessoal do Serra é pego com a mão na massa. Em Coxilha, ao lado de Passo Fundo, estavam distribuindo sacolas de alimentos junto com a bandeira do José Serra. Ingênuo, pensei que esta prática já tinha acabado. Imaginem o que anda rolando por aí.
FOTO: DIVULGAÇÃO

http://www.correiodopovo.com.br/Eleicoes2010/?Noticia=212141

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Serra democrático?

A grande mídia dizia que o PT e Lula eram contra a liberdade de expressão. No entanto, mais uma vez o candidato José Serra se irrita com jornalistas, não responde a perguntas que lhe são feitas e sai em disparada, escoltado por seguranças.

Leia mais em:
http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/10/18/serra-diz-que-so-responde-jornalistas-dependendo-do-assunto-922811045.asp

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

FENAJ e Sindicatos lançam Semana da Comunicação e manifesto aos jornalistas brasileiros

Em ato simbólico realizado no auditório da Afubesp, em São Paulo, foram lançados na sexta-feira (15/10) a Semana Nacional de Comunicação e o “Manifesto aos Jornalistas Brasileiros em Defesa da Democratização da Comunicação”, que convoca a sociedade brasileira a “libertar a Liberdade de Expressão e de Imprensa” do jugo dos monopólios da comunicação que as transformaram em patrimônio privado.
Leia mais no site da FENAJ: http://www.fenaj.org.br/

sábado, 16 de outubro de 2010

Dono de comunidade do Casseta no Orkut repudia Marcelo Madureira

O dono da maior comunidade do Casseta & Planeta no Orkut, Dante Raglione, se rebelou contra o seu ídolo. Postou hoje nota de repúdio ao integrante do programa Marcelo Madureira, a quem acusa de promover ataques e baixarias contra o presidente Luís Inácio Lula da Silva e a seus eleitores na televisão. O espaço tem 30.010 integrantes. Leia o texto ponderado e lúcido do estudante da Faculdade de Medicina da USP:

NOTA DE REPÚDIO A MARCELO MADUREIRA

 
Marcelo Madureira:

Eu, como dono da maior comunidade de seu programa humorístico e representando minha posição e dos alunos de medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), repudio sua posição reacionária e ofensiva ao nosso Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
Entendemos que, independentemente de sua posição política a favor de Dilma ou de Serra, os comentários de que Lula é burro, analfabeto, cachaceiro, ignorante e que o povo que vota nele é igual ao Presidente são inaceitáveis.
Gostaríamos de lembrá-lo de que Lula não teve as mesmas oportunidades de estudo que você e que eu, Marcelo, mas, mesmo assim, tornou-se Presidente, fazendo um governo considerado bom ou ótimo por 80% da população, sendo mais aprovado que o governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso, sociólogo doutorado, poliglota e renomado.
Assim sendo, além de ofender o Presidente com seus comentários, também ofende a 80% do povo brasileiro, a mim, e a todos os alunos da FMUSP. Por isso, estamos montando um boicote ao Casseta e Planeta e ao programa Manhattan Connection até que você se retrate publicamente.

Sinceramente,
Dante Raglione

Boataria suja continua

O absurdo dos boatos e das falsidades continua. Gráfica é encontrada imprimindo 18 milhões de panfletos anti-Dilma assinada por bispos da CNBB: http://bit.ly/cCwcBF #folhaeleicoes

José de Abreu, ator global, ataca Serra em sessão de twitcam

O ator José de Abreu, da Globo, promoveu no final da noite de ontem uma sessão de twitcam no que se transformou em enorme sucesso. Declaradamente a favor da candidatura da petista Dilma Rousseff, Abreu se propôs a falar sobre política, eleições, Twitter, José Serra, privatizações, entre outros assuntos. Não mediu palavras, assim como os mais de dez mil internautas que assistiram e opinaram. Gerou, em consequência a hashtag #sentanumarola.
Com certeza, foi um grande momento. Muita gente pró-Dilma e outros tantos serristas atacando. O Zé olhava e identificava de cara, dizendo que os tucanos não tinham argumentos, só jogavam pedras. Chamavam o "velho" de bêbado. Os defensores da candidata petista, ao contrário, balizavam suas participações com dados, com informações. Mas tinha gente indecisa, como uma menina que disse: "Olha, gostei de tudo que tu falou e agora vou de Dilma. Mas vou cobrar de ti se ela fizer c..."
O ator global criticou duramente o candidato do PSDB, a quem chamou de "fascista", bem como os seus eleitores, pela adoção de um “tom agressivo" no segundo turno das eleições presidenciais. Na transmissão, o ator mencionou que seu contrato com a emissora carioca não permite que ele apareça na TV fazendo campanha política. No entanto, Abreu fez uma ressalva: “eu não estou na TV, estou no twitter". Muita gente queria saber se ele não tinha medo de ser demitido pelas posições adotadas.
Valeu, Zé, pela coragem.

Campanha é fascistóide, diz psicanalista

A campanha eleitoral assumiu um tom fascistóide, diz Maria Rita Kehl, psicanalista que foi demitida do jornal Estado de S. Paulo por escrever artigo contrário à posição serrista do veículo. 
Leia aqui:

Folha publica, afinal, caso do aborto de Monica Serra

A grande mídia começa a publicar notícia que já circulava nos jornais menores faz uma semana. O jornal Folha de S.Paulo publica neste sábado (16) reportagem intitulada "Monica Serra contou ter feito  aborto, diz ex aluna." O texto assinado pela colunista Monica Bergamo ocupa a metade inferior da página 10. A ex-aluna é Sheila Canevacci Ribeiro, de 37 anos, que teve Monica Serra como professora de dança na Universidade de Campinas (Unicamp).
 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A psicologia de massa do fascismo à brasileira

Em seu blog, o colega Luis Nassif faz uma profunda análise da situação brasileira, em que o país cresce com mudanças sociais e deixa descontentes camadas da população que se consideravam donas da situação. Ou seja, a elite quer ficar sozinha e não deseja agregar novos membros em seu clube. Por isso, vemos o ódio, a intolerância e as difamações na campanha eleitoral, unindo o candidato Serra, a grande mídia e golpistas infiltrados na Internet. Não sei onde eles chegarão, mas devemos lutar até o fim. Leia porque é importante para entendimento da situação.

Luis Nassif


Há tempos alerto para a campanha de ódio que o pacto mídia-FHC estava plantando no jogo político brasileiro.O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial
Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.
Em outros países, essas tensões descambaram para guerras, como a da Secessão norte-americana, ou para movimentos totalitários, como o fascismo nos anos 20 na Europa.
Nos últimos anos, parecia que Lula completaria a travessia para o novo modelo reduzindo substancialmente os atritos. O reconhecimento do exterior ajudou a aplainar o pesado preconceito da classe média acuada. A estratégia política de juntar todas as peças – de multinacionais a pequenas empresas, do agronegócio à agricultura familiar, do mercado aos movimentos sociais – permitiu uma síntese admirável do novo país. O terrorismo midiático, levantando fantasmas com o MST, Bolívia, Venezuela, Cuba e outras bobagens, não passava de jogo de cena, no qual nem a própria mídia acreditava.
À falta de um projeto de país, esgotado o modelo no qual se escudou, FHC – seguido por seu discípulo José Serra – passou a apostar tudo na radicalização. Ajudou a referendar a idéia da república sindicalista, a espalhar rumores sobre tendências totalitárias de Lula, mesmo sabendo que tais temores eram infundados.
Em ambientes mais sérios do que nas entrevistas políticas aos jornais, o sociólogo FHC não endossava as afirmações irresponsáveis do político FHC.
Mas as sementes do ódio frutificaram. E agora explodem em sua plenitude, misturando a exploração dos preconceitos da classe média com o da religiosidade das classes mais simples de um candidato que, por muitos anos, parecia ser a encarnação do Brasil moderno e hoje representa o oportunismo mais deslavado da moderna história política brasileira.

O fascismo à brasileira

Se alguém pretende desenvolver alguma tese nova sobre a psicologia de massa do fascismo, no Brasil, aproveite. Nessas eleições, o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.
Dia desses, um pai relatou um caso de bullying com a filha, quando se declarou a favor de Dilma.
Em São Paulo esse clima está generalizado. Nos contatos com familiares, nesses feriados, recebi relatos de um sentimento difuso de ódio no ar como há muito tempo não se via, provavelmente nem na campanha do impeachment de Collor, talvez apenas em 1964, período em que amigos dedavam amigos e os piores sentimentos vinham à tona, da pequena cidade do interior à grande metrópole.
Agora, esse ódio não está poupando nenhum setor. É figadal, ostensivo, irracional, não se curvando a argumentos ou ponderações.
Minhas filhas menores freqüentam uma escola liberal, que estimula a tolerância em todos os níveis. Os relatos que me trazem é que qualquer opinião que não seja contra Dilma provoca o isolamento da colega. Outro pai de aluna do Vera Cruz me diz que as coleguinhas afirmam no recreio que Dilma é assassina.
Na empresa em que trabalha outra filha, toda a média gerência é furiosamente anti-Dilma. No primeiro turno, ela anunciou seu voto em Marina e foi cercada por colegas indignados. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho de outra filha.
No domingo fui visitar uma tia na Vila Maria. O mesmo sentimento dos antidilmistas, virulento, agressivo, intimidador. Um amigo banqueiro ficou surpreso ao entrar no seu banco, na segunda, é captar as reações dos funcionários ao debate da Band.

A construção do ódio

Na base do ódio um trabalho da mídia de massa de martelar diariamente a história das duas caras, a guerrilha, o terrorismo, a ameaça de que sem Lula ela entregaria o país ao demonizado José Dirceu. Depois, o episódio da Erenice abrindo as comportas do que foi plantado.
Os desdobramentos são imprevisíveis e transcendem o processo eleitoral. A irresponsabilidade da mídia de massa e de um candidato de uma ambição sem limites conseguiu introjetar na sociedade brasileira uma intolerância que, em outros tempos, se resolvia com golpes de Estado. Agora, não, mas será um veneno violento que afetará o jogo político posterior, seja quem for o vencedor.
Que país sairá dessas eleições?, até desanima imaginar.
Mas demonstra cabalmente as dificuldades embutidas em qualquer espasmo de modernização brasileira, explica as raízes do subdesenvolvimento, a resistência história a qualquer processo de modernização. Não é a herança portuguesa. É a escassez de homens públicos de fôlego com responsabilidade institucional sobre o país. É a comprovação de porque o país sempre ficou para trás, abortou seus melhores momentos de modernização, apequenou-se nos momentos cruciais, cedendo a um vale-tudo sem projeto, uma guerra sem honra.
Seria interessante que o maior especialista da era da Internet, o espanhol Manuel Castells, em uma próxima vinda ao Brasil, convidado por seu amigo Fernando Henrique Cardoso, possa escapar da programação do Instituto FHC para entender um pouco melhor a irresponsabilidade, o egocentrismo absurdo que levou um ex-presidente a abrir mão da biografia por um último espasmo de poder. Sem se importar com o preço que o país poderia pagar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Serra quer Dilma presidenta

No programa eleitoral de ontem, Serra apoiou Dilma:

"Elas (mulheres) são mais solidárias, mais generosas e mais responsáveis", disse, numa tentativa de ganhar o voto feminino.

Então, deixa ela (Dilma) governar...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Jornal demite e Serra foge de entrevista e xinga repórter. E a liberdade de expressão?

Onde está a liberdade de expressão tão propalada pela grande mídia e pelo candidato José Serra? Um veículo poderoso - Estado de S.Paulo - demitiu uma psicóloga e articulista por discordar de suas posições. O postulante tucano à Presidência abandonou hoje uma tumultuada entrevista coletiva em Porto Alegre por discordar da pergunta do repórter. 
Estas atitudes configuram ataque ao exercício profissional e mostram a real faceta do envolvidos. Será que a tão combativa Associação Nacional dos Jornais (ANJ) não protestará e divulgará nota? Ah, não foi a empresa a atingida, mas os jornalistas...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"Só Por Hoje". Nove passos de cura para os "caluniadores anônimos".

1- Só por hoje, vou procurar viver unicamente o dia presente, sem tentar ganhar a eleição da Dilma a qualquer preço. Não vou mentir, espalhar boatos, disseminar o ódio contra o Lula, a Dilma e o PT. Durante 12 horas posso fazer qualquer coisa que me assustaria se eu pensasse que tinha de a fazer por uma vida inteira.
2 - Só por hoje vou estar feliz. Não vou ter aquela cara de desgosto como se o país tivesse na beira do precipício do tempo FHC. Sei que mesmo adepto do Serra, posso ser feliz de forma limpa, votar pelo o que meu candidato é, não inventando mentiras.
3 - Só por hoje, vou tentar ajustar-me à realidade que o Brasil mudou e não tentar adaptar tudo aos meus próprios desejos. Vou aceitar a minha sorte como ela vier e vou moldar-me a ela.
4 - Só por hoje, vou tentar fortalecer o meu espírito democrático. Estudarei e vou aprender alguma coisa útil em relação ao Brasil. Não vou manter o meu espírito ocioso só espalhando spams falsos. Vou ler alguma coisa que exija esforço, pensamento e concentração, não só ouvir o Alexandre Garcia e o Arnaldo Jabor.
5 - Só por hoje, vou exercitar a minha alma de três maneiras: vou fazer passar um dia sem disseminar mentiras contra a Dilma; não vou mostrar a ninguém que não tenho argumentos a favor do PSDB e Serra e mesmo sabendo que poderei estar magoado porque o governo FHC é o presidente mais impopular da história, não revelarei a minha dor.
6 - Só por hoje, vou não vou ser ser igual ao vice Índio da Costa. Vou apresentar-me aos outros da melhor maneira possível: nao vou charmar Lula de bêbado, não vou condenar os homossexuais e vou agir delicadamente em relação aos nordestinos; não farei críticas aos "blogs sujos" e não vou ter nada de negativo que dizer aos outros em relação a TV Brasil e não vou tentar melhorar nem controlar as pessoas com discursos religioso.
7 - Só por hoje, não vou ler a Veja, a Folha, o Estadão e o Globo. Pode ser que eu não o siga a rigor, mas vou tentar. Vou evitar estas pragas: ter a consciência que fui manipulado e gostar disto.
8 - Só por hoje, vou ter uma meia hora tranquila, sem a TV Globo. Durante essa meia hora, em determinado momento, vou procurar ter uma melhor perspectiva da minha vida e do futuro do Brasil.
9 - Só por hoje não vou ter ódio. Muito em especial não vou ter ódio de quem enxerga e aprecia a beleza de viver em um Brasil valorizado e com inclusão social e de acreditar que aquilo que eu der ao Brasil o Brasil me devolverá, desde que eu não dessimine meus rancores e minha invenja.
Concedei-me Senhor serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso, e sabedoria para distinguir umas das outras."

(Colaboração da revista www.novae.inf.br para um mundo melhor)

domingo, 10 de outubro de 2010

Frei Beto, Dilma e a fé cristã

Publicado pelo jornal Folha de S.Paulo:


Frei Beto

Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã. Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia".
Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória - diria, terrorista - acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade. Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.
Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho. É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto... Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes. A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.


FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).

sábado, 9 de outubro de 2010

Dilma continua na frente. Assim será em 31 de outubro

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado mostra a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, à frente no segundo turno das eleições com 48% das intenções de voto contra 41% do candidato do PSDB, José Serra.
De acordo com o levantamento, em votos válidos, Dilma subiria para 54%. Já o tucano teria 46% da preferência do eleitorado. Durante as entrevistas, 4% dos eleitores responderam que votariam em branco ou nulo e 7% estão indecisos. No último levantamento do órgão realizado entre os dias 1 e 2 de outubro, antes da realização do primeiro turno, a candidata petista aparecia com 52% das intenções de voto e o ex-governador de São Paulo tinha 40% . Os votos brancos e nulos eram 5% e os indecisos estavam em 7%.
A pesquisa encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo foi realizada no dia 8 de outubro e entrevistou 3.265 eleitores, com margem de erro de 2 pontos percentuais. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) leva o número 35114/2010. Na eleição do primeiro turno, realizada em 3 de outubro, Dilma recebeu 46,91% e Serra ficou com 32,61%.

Direção Nacional do CEBI diz que religião não deve ser usada no segundo turno das eleições

Não é bom para a democracia que alguns decidam pelos outros (...) Mas é pior ainda para a religião, seja qual for, pressionar os seus adeptos para que votem em determinados candidatos, ou proibir que votem em determinados outros em nome de convicções religiosas. A religião que não é capaz de incentivar a liberdade de consciência dos seus seguidores, que se retire de campo. Seja quem for, bispo, padre, pastor, ninguém se arrogue o direito de decidir pela consciência do outro."  (Dom Demétrio Valentin)

"A Aliança de Batistas do Brasil vem a público levantar o seu protesto contra o processo apelatório e discriminador que nos últimos dias tem associado o Partido dos Trabalhadores às forças da iniquidade.  Lamentamos a participação de líderes e igrejas cristãs nesses discursos e atitudes, que lembram muito a preparação das fogueiras da inquisição". (Pronunciamento da Aliança de Batistas do Brasil)                          

Chamando a atenção para as palavras das lideranças religiosas acima citadas, a Direção Nacional do CEBI vem a público denunciar as práticas de setores de algumas igrejas que buscam forçar seus fiéis a não votar em certa candidatura por meio de informações manipuladas ou falsas, acerca de temáticas de cunho ético, como, aborto, união civil de pessoas do mesmo sexo ou outras.Denunciamos que esse tipo de manipulação religiosa, do ponto de vista legal é crime de preconceito e de incitação à intolerância; e do ponto de vista religioso, é atitude contrária ao Evangelho de Jesus Cristo.
Reforçamos que a liberdade de consciência é direito inalienável da pessoa humana e que não é papel das instituições religiosas estimular a intolerância religiosa. Certas apelações e alguns temas que tentam implantar medo e terrorismo no imaginário do povo, já foram tentados nas eleições de 1989, resultando, naquela ocasião, na derrota das forças progressistas. Reconhecemos que as duas candidaturas que disputam o 2º turno têm posturas próximas do ponto de vista econômico, ambiental, ético, moral e religioso. Entretanto, entendemos que a candidata do PT ainda significa a possibilidade de maior investimento no campo social e de menor perseguição às lutas populares.
É imprescindível que cada cidadão e cidadã decida seu voto com base em avanços ou retrocessos na qualidade de vida do nosso povo. Sugerimos que a sociedade livremente avalie as melhorias que as populações empobrecidas tiveram nos últimos oito anos e apoie sua continuidade. E que se organize ainda mais para a cobrança do que é direito do povo e dever do Estado.

Fundamentalismos religiosos são ameaça à democracia brasileira‏

Um dos problemas que afloraram nesta eleição é o da emergência dos fundamentalismos religiosos católicos e protestantes, tentando influir nas decisões políticas do país. Até mesmo a famosa organização fascista-católica Opus Dei, de grande penetração na Península Ibérica, estaria presente em São Paulo, apoiando o candidato do PSDB.

Luís Carlos Lopes, na Carta Maior 

Infelizmente, as eleições presidenciais não se resolveram no primeiro turno. Ter-se-á que voltar às urnas no próximo dia 31 de outubro. Nesta data, quando chegar a noite, o novo presidente(a) será conhecido de todos brasileiros. Ao que parecia, no primeiro turno, o processo eleitoral teria resolvido a mesma questão. Mas isto não ocorreu. Os resultados impuseram a celebração do segundo turno e para isto os candidatos e eleitores terão que se posicionar. A política é cheia de surpresas, de revelações que precisam ser claramente avaliadas.
A disputa voltará a ser, com mais ênfase, a luta contrária ao candidato-síntese das direitas do país. É possível que ambos disputantes digam – verdade ou mentira – que eram ambientalistas desde criancinhas, bem como, sempre defenderam os princípios religiosos, como mais importantes do que os de natureza laica, isto é, os relacionados à política real.
Equívocos sobre equívocos serão cometidos na tentativa de se obter a vitória final. É quase impossível evitar que tal ocorra, quando o objetivo se esvai em trinta dias e o que se quer é vencer de qualquer modo. De todo o jeito, é preciso lembrar que o presidente da República não é e nem será o proprietário das crenças de ninguém e que o Brasil é um país plural, onde convivem modos diversos de se crer. O que se espera é que o futuro presidente(a) garanta a continuação das conquistas dos trabalhadores, as ampliem e eleve o país a um novo patamar possível, do ponto vista social e cultural.
Um dos problemas que afloraram nesta eleição é o da emergência dos fundamentalismos religiosos católicos e protestantes, tentando influir nas decisões políticas do país. Até mesmo a famosa organização fascista-católica Opus Dei, de grande penetração na Península Ibérica, estaria presente em São Paulo, apoiando o candidato oficial do PSDB. O fundamentalismo de origem protestante renovada teria tido o seu peso nas eleições em vários níveis. Padres e pastores ultraconservadores instaram seus fiéis a apoiarem determinados candidatos e participaram na rede de intrigas sociomidiáticas que vem caracterizando esta eleição. Esta atitude vinha sendo desenvolvida em várias campanhas e problemas nacionais. Desta vez, surgiu com maior força e, talvez, para ficar.
O problema dos grupos religiosos fundamentalistas não é de natureza teológica. Eles demonstram possuir, onde atuam, uma visão política antiga que flerta com o fascismo. Segundo estas organizações, as verdades que acreditam devem ser estendidas a todos. As pessoas deveriam simplesmente obedecer como cordeiros a determinação desta minoria. Apesar de numerosos, eles são minoria e não são tão organizados como parecem ser. Suas opiniões flutuam como folhas ao vento, porque são determinadas pelo que ouvem nos seus templos e nas redes de comunicação que dominam. O recado que passaram é que existem e precisam ser considerados. Entretanto, não é difícil ver que suas convicções, quando ultrapassam o terreno religioso, são facilmente moldáveis pelas exigências que pesam sobre todo mundo, vindas da sociedade de consumo e do espetáculo, isto é, do capitalismo contemporâneo.
As próprias características das religiões professadas pelos mais fundamentalistas os aproximam de problemas materiais bastante concretos. O autor destas linhas não crê que o problema seja exatamente o aborto, praticado na ilegalidade por pelo menos três milhões de brasileiras a cada ano. Pensa que existem muitos que não crêem de fato nas mesmas coisas ditas nos templos, nos programas religiosos da TV e das emissoras de rádio, na imprensa religiosa e nos canais internéticos dominados pela ortodoxia da fé. De algum modo, eles sabem disto tudo, mesmo que neguem ou façam de conta que o mundo é exatamente o que eles acham que deveria ser. De fato, o que desejam é ser reconhecidos e precisam para isto provocar e aprender os limites de suas ações. Não se vive o mundo medieval e nem mesmo o da Reforma e o da Contra-Reforma. Queira-se ou não, religião é coisa fundamentalmente de foro íntimo, compartilhada entre iguais em lugares específicos.
É difícil imaginar que todos os eleitores que votaram sob a influência fundamentalista sejam tão radicais, e acreditem na teoria e na prática que suas verdades são inabaláveis. Certamente, entre as ovelhas existem muitas que podem ser desgarradas e entre os padres, os pastores, nem todos, são tão obedientes assim às ordens da conservação. Como quaisquer seres humanos, eles têm dúvidas e esperam ser ensinados a partir de outras fontes de autoridade, além das que se apropriaram de suas consciências. É provável que alguns queiram ser eles mesmos, por não serem absolutamente alienados ou loucos. Esses podem vir a rejeitar posturas de grupo que não contemplem diferenças individuais. Podem se dividir e votar no segundo turno de modo diverso.
Para convencê-los é preciso repolitizar o debate. A agenda básica do país não é a perseguição às religiões minoritárias e às suas crenças. Espera-se que isto jamais seja o mote de qualquer governo. O Brasil é um país tolerante a qualquer crença e a qualquer movimento religioso. As pessoas devem ser livres para acreditar no que quiserem, mas precisam ser educadas para entender que suas crenças e o modo em que vivem não são únicos. Alguém precisa lhes dizer que não se está na Idade Média, na época do nazifascismo e da ditadura militar. Todos podem ser livres responsavelmente, sabendo os limites sociais de suas liberdades. Ninguém deve impor aos outros, o que acredita como certo e inelutável. A luta é pelo convencimento livre de pressões e imposições é uma conquista que abrange a todos. Mesmo que se saiba que o problema de alguns é o da falta de escolas sérias e de mídias que realmente complementem o processo educacional.
Acha-se estéril uma discussão retórica sobre o problema do aborto. Esta não é uma questão a ser tratada no calor de uma eleição. De outro lado, mais cedo ou mais tarde ele será legalizado. Isto já ocorreu há muito tempo nos EUA, no Canadá, na Europa Ocidental e em Cuba. No Oriente inúmeras nações o legalizaram, tais como a China, a Índia, dentre outras. A América Latina é um bastião contrário, cada vez mais solitário. Todavia, há inúmeros sinais de ruptura. O mais recente foi sua legalização na cidade do México. A marcha é inexorável e precisa ser conhecida de todos. Se ele vier, quem for contrário poderá continuar a sê-lo. Ninguém será obrigado a fazê-lo. Tal como as religiões, isto é, em grande parte do mundo atual, uma questão de foro íntimo. O que tem que acabar é a hipocrisia e a exploração radical das crianças no mundo real.

Luís Carlos Lopes é professor e escritor

Quando os pais ensinam o ódio

O testemunho abaixo, de um pai - Arnobio Rocha - é preocupante e mostra o rumo que a candidatura Serra está dando para a campanha à Presidência neste segundo turno. Já falei que a eleição terminou para eles. Agora, é guerra, é ódio. Leiam:

"Minha filha foi agredida na escola porque votei na Dilma. É o Fascismo redivivo protegido por uma mídia cada vez mais ardente por SANGUE e ÓDIO, correntes na internet disparadas pela classe média. Mas não dobrarão nossa vontade indômita de lutar por um mundo melhor e um Brasil mais justo".
 
Leia. Comente 
http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1643

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A mensagem de Tarso

O governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, está enviando mensagem de agradecimento à militância pela vitória obtida no dia 3 de outubro. Trata-se de um grande homem público, que muito fará pelo Rio Grande do Sul. Esta é a mensagem de Tarso, chamando para um vídeo que já postei na rede:
 
Prezados amigos
 

Gostaria que vocês assistissem ao vídeo que gravei, onde agradeço o apoio militante de todos os internautas. Por favor sigam o link abaixo, e recebam meu abraço fraterno.

http://www.youtube.com/watch?v=kby_EobUu5U

Tarso Genro

Senado não votou PEC dos Jornalistas

  Com 35 parlamentares em plenário, o Senado não obteve quorum nesta 4ª feira (6/10) para apreciar a pauta com 69 itens, entre eles a PEC 33/09, que dispõe sobre a exigência do diploma de curso superior em Jornalismo para o exercício da profissão. A FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas realizam de 18 a 23 de outubro, a Semana da Comunicação, que será precedida de ato simbólico em São Paulo, dia 15. A mobilização terá a luta em defesa do diploma, a instalação do Conselho Nacional de Comunicação (CNC) e as resoluções da 1ª Conferência Nacional de Comunicação como temas centrais.

Já aprovada pela CCJ, a PEC 33/09 tramita sob a forma de substitutivo. O relator, senador Inácio Arruda (PC do B-CE), modificou a redação original prevendo a regulamentação da atividade jornalística e a forma de atuação dos colaboradores (pessoas sem o diploma) por intermédio de lei específica para incorporar contribuições de outros senadores e manter a essência da proposta do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Nos trabalhos do Senado nesta quarta-feira, apenas no período da manhã algumas comissões tiveram quorum para prosseguir na apreciação de matérias. “Ficou claro que as disputas políticas em torno do segundo turno das Eleições 2010 influenciam diretamente os trabalhos no Parlamento”, comenta José Carlos Torves, diretor da FENAJ que acompanhou a movimentação no Senado.
Mobilizar para aprovar
Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, o clima eleitoral não deve arrefecer a mobilização dos jornalistas. “Precisamos manter e ampliar, principalmente neste momento, a luta em defesa do diploma e das resoluções da 1ª Confecom, pois sabemos que será preciso muita luta para aprovar a PEC dos Jornalistas e avançar nas reivindicações da sociedade em torno da democratização da comunicação”, diz.

Schröder destaca a necessidade de os apoiadores da PEC 33/09 prosseguirem com os contatos diretos com os senadores – “os atuais e os eleitos”, reforça – nos estados pela aprovação da PEC. Conclama, também, os Sindicatos de Jornalistas e entidades apoiadoras do movimento pela democratização da comunicação no Brasil a intensificarem os preparativos da Semana da Comunicação.

Com o slogan “Conselho Nacional de Comunicação e Diploma para jornalista: regulamentações necessárias à democracia!”, a Semana da Comunicação incluirá debates, atos públicos, seminários e manifestações nos Estados. “Precisamos fortalecer ainda mais o movimento, inclusive para cobrar o comprometimento dos candidatos que estão no 2º turno com as lutas dos jornalistas e da sociedade pela democratização da comunicação”, conclui Schröder

Só carteira da FENAJ é legal e vale como identidade

A Federação Nacional dos Jornalistas esclarece à categoria e à sociedade que a carteira profissional emitida pela FENAJ é a única com validade legal como documento de identidade em todo o Brasil.
A emissão da Carteira de Identidade do Jornalista é atribuição exclusiva da FENAJ, assegurada pela Lei nº 7.084, de 21 de dezembro de 1982. Para obtê-la, os interessados devem consultar a relação dos Sindicatos filiados, que são parceiros da FENAJ na emissão do documento (disponível em http://www.fenaj.org.br/sindicatos.php)
Tal esclarecimento faz-se necessário porque, depois de copiar a Carteira de Identidade do Jornalista, antes emitida em papel moeda, a Associação Brasileira dos Jornalistas (ABJ), entidade que se diz “representante dos jornalistas sem diploma”, está imitando o novo modelo, em forma de cartão, adotado pela FENAJ.
Reiteramos que a emissão da Carteira de Identidade do Jornalista é prerrogativa exclusiva da FENAJ e que documentos emitidos por qualquer outra entidade não tem validade como identificação profissional ou documento de identidade.
Lamentavelmente, a imitação da Carteira de Identidade do Jornalista por parte da ABJ pode confundir os jornalistas e a sociedade. Aos jornalistas, alertamos para os possíveis prejuízos financeiros e, principalmente, para os possíveis constrangimentos morais. À sociedade, alertamos para o risco de identificação indevida de profissionais que não são jornalistas de fato e de direito.

Brasília, 6 de outubro de 2010.
Diretoria da FENAJ

O outro Beatle

Como seria bom estar na fila do Beira-Rio para comprar ingresso para o show de John Lennon. Saudade!
Nada contra o Paul, que se apresenta aqui em Porto Alegre e está levando multidão às filas. Mas, dos ícones de Liverpool, sou mais o Lennon.

Para eles, a eleição acabou. Agora, é guerra

As mentiras, as difamações, a guerra e o ódio não devem arrefecer nossa luta por um mundo melhor e um Brasil mais justo. 
Dilma 13!!!

O voto dos pobres

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos. (Maria Rita Kehl - demitida do Estadão ao expressar a sua opinião sobre o Bolsa Família)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Reitores de universidades federais divulgam manifesto: “O Brasil está no rumo certo”

Reitores de universidades federais brasileiras divulgaram um manifesto intitulado “Educação – O Brasil no Rumo Certo”, defendendo o governo Lula como “aquele que mais se investiu em educação pública”. “Foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui-se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do PROUNI, possibilitou-se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens”, diz o documento. (Marco Aurélio Weissheimer)

Veja a íntegra do manifesto:

EDUCAÇÃO – O BRASIL NO RUMO CERTO

(Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira)

Da pré-escola ao pós-doutoramento – ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional – consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.
Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do País em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditames e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.
Este período do Governo Lula ficará registrado na história como aquele em que mais se investiu em educação pública: foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui-se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do PROUNI, possibilitou-se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens. Com a implantação do REUNI, estamos recuperando nossas Universidades Federais, de norte a sul e de leste a oeste. No geral, estamos dobrando de tamanho nossas Instituições e criando milhares de novos cursos, com investimentos crescentes em infraestrutura e contratação, por concurso público, de profissionais qualificados. Essas políticas devem continuar para consolidar os programas atuais e, inclusive, serem ampliadas no plano Federal, exigindo-se que os Estados e Municípios também cumpram com as suas responsabilidades sociais e constitucionais, colocando a educação como uma prioridade central de seus governos.
Por tudo isso e na dimensão de nossas responsabilidades enquanto educadores, dirigentes universitários e cidadãos que desejam ver o País continuar avançando sem retrocessos, dirigimo-nos à sociedade brasileira para afirmar, com convicção, que estamos no rumo certo e que devemos continuar lutando e exigindo dos próximos governantes a continuidade das políticas e investimentos na educação em todos os níveis, assim como na ciência, na tecnologia e na inovação, de que o Brasil tanto precisa para se inserir, de uma forma ainda mais decisiva, neste mundo contemporâneo em constantes transformações.
Finalizamos este manifesto prestando o nosso reconhecimento e a nossa gratidão ao Presidente Lula por tudo que fez pelo País, em especial, no que se refere às políticas para educação, ciência e tecnologia. Ele também foi incansável em afirmar, sempre, que recurso aplicado em educação não é gasto, mas sim investimento no futuro do País. Foi exemplo, ainda, ao receber em reunião anual, durante os seus 8 anos de mandato, os Reitores das Universidades Federais para debater políticas e ações para o setor, encaminhando soluções concretas, inclusive, relativas à Autonomia Universitária.

Alan Barbiero – Universidade Federal do Tocantins (UFT)
José Weber Freire Macedo – Univ. Fed. do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Aloisio Teixeira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Josivan Barbosa Menezes – Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
Amaro Henrique Pessoa Lins – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Malvina Tânia Tuttman – Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Ana Dayse Rezende Dórea – Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
Antonio César Gonçalves Borges – Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Maria Lúcia Cavalli Neder – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Carlos Alexandre Netto – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Miguel Badenes P. Filho – Centro Fed. de Ed. Tec. (CEFET RJ)
Carlos Eduardo Cantarelli – Univ. Tec. Federal do Paraná (UTFPR)
Miriam da Costa Oliveira – Univ.. Fed. de Ciênc. da Saúde de POA (UFCSPA)
Célia Maria da Silva Oliveira – Univ. Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Natalino Salgado Filho – Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Damião Duque de Farias – Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Paulo Gabriel S. Nacif – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Felipe .Martins Müller – Universidade Federal da Santa Maria (UFSM).
Pedro Angelo A. Abreu – Univ. Fed. do Vale do Jequetinhonha e Mucuri (UFVJM)
Hélgio Trindade – Univ. Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Ricardo Motta Miranda – Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Hélio Waldman – Universidade Federal do ABC (UFABC)
Roberto de Souza Salles – Universidade Federal Fluminense (UFF)
Henrique Duque Chaves Filho – Univ. Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Romulo Soares Polari – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Jesualdo Pereira Farias – Universidade Federal do Ceará – UFC
Sueo Numazawa – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
João Carlos Brahm Cousin – Universidade Federal do Rio Grande – (FURG)
Targino de Araújo Filho – Univ. Federal de São Carlos (UFSCar)
José Carlos Tavares Carvalho – Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Thompson F. Mariz – Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
José Geraldo de Sousa Júnior – Universidade Federal de Brasília (UNB)
Valmar C. de Andrade – Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
José Seixas Lourenço – Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Virmondes Rodrigues Júnior – Univ. Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Walter Manna Albertoni – Universidade Federal de São Paulo ( UNIFESP)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Uma noite histórica para o PT gaúcho‏

 
Rachel Duarte, Sul21
 
Uma eleição histórica no Rio Grande do Sul abriu as portas para uma nova era da esquerda no estado. Por volta das 20 horas do dia 3 de outubro de 2010 foi eleito o segundo candidato do PT ao governo gaúcho e o primeiro governador eleito no primeiro turno no estado. O advogado e ex-ministro do governo Lula, Tarso Genro irá comandar o Palácio Piratini nos próximos quatro anos. Tarso foi eleito com 54,4% dos votos.
Após a divulgação do resultado, o futuro governador se dirigiu ao comitê de campanha que funcionou durante três meses na Rua Barros Cassal, e fez a primeira declaração como governador eleito. “Estou convicto que nós tivemos um grande processo eleitoral. E nós vamos manter o diálogo ampliado para governar. Tenho certeza que o Rio Grande não irá se arrepender”, disse.
Ao lado da mulher Sandra, Tarso reconheceu que foi a maturidade do PT que fez a diferença para a volta do partido ao poder, desde o final do mandato de Olívio Dutra, em 2003. “Nós construímos esta vitória junto com nossos partidos coligados e com aqueles que reconheceram no nosso projeto a possibilidade de o estado crescer”, disse. E afirmou que irá ampliar a base do seu governo com o PDT. “Eu vou procurar o PDT para convidá-lo a entrar no nosso governo, por acharmos desde o princípio que eles tem mais afinidades conosco do que os nossos adversários”, falou.
Tarso disse que irá ouvir o PTB e o PP para saber o que os partidos pensam sobre o futuro do RS, mas ressaltou que não são passiveis de um trabalho conjunto os representantes do PSDB, PMDB e DEM. “Mas isso não quer dizer que não vamos dialogar com a oposição, pois tem quadros bons e que querem o melhor para o Rio Grande”, salientou.
A festa da vitória
O ato histórico foi comemorado com a militância na Avenida João Pessoa, fechada desde as 20h para a comemoração da Unidade Popular pelo Rio Grande. O caminhão de autoridades contou com deputados eleitos, lideranças políticas, e a chapa majoritária da coligação eleita.
A candidata que fez dobradinha com Paulo Paim, Abgail Pereira (PCdoB), foi a segunda pessoa a falar e teve o reconhecimento pelos colegas de campanha, devido à contribuição de sua candidatura na vitória de Paim. Ela foi chamada como a heroína da eleição 2010 dentro da coligação. “Eu quero dizer a vocês que eu estou muito mais experiente do que quando entrei nesta campanha. Tenho consciência do meu papel e do papel do meu partido nesta vitória”, disse.
O senador Paulo Paim (PT) falou em seguida e agradeceu o apoio dos candidatos da coligação e, em especial o de Abgail, Beto Grill, Olívio Dutra e dos prefeitos da Região Metropolitana, representados na figura do prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), seu conterrâneo. “Como eu digo: cutucaram a onça com vara curta. E a resposta veio do chão das fábricas. Esta lutadora, Abgail, dizia que se ela não chegasse, eu tinha que chegar e na frente deles”, falou aos militantes quase sem voz.
Tarso Genro foi o último a falar e agradeceu o apoio da militância, além de recordar lideranças históricas que fizeram parte da trajetória de lutas sociais até o resultado desta eleição. “Ao longo da história do Rio Grande tivemos centenas de heróis que caminharam pelas ruas e lutaram por mais liberdade, justiça e dignidade. Quero salientar Leonel Brizola, Alberto Pasqualini, Alceu Collares e Olívio Dutra, que fizeram história e agora ofereceram suas histórias para o povo ver hoje a vitória da igualdade”, discursou.
Ao final da fala de Tarso foi executado o Hino Rio Grandense instrumental, permitindo o canto da letra em coro pelo povo.
A luta continua…
Em meio ao tremular das bandeiras e dos jingles dos candidatos eleitos, a coligação de Tarso Genro tinha uma preocupação: a possibilidade do segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Embora sem a confirmação oficial, o resultado já exigiu uma postura de reforço dos discursos e um pedido de mais esforço dos militantes.
Todos que usaram o microfone fizeram apelos de apoio a Dilma à massa que comemorava a vitória de Tarso na Avenida João Pessoa. O pedido era de batalhar pelo projeto do presidente Lula, na continuidade de um governo com Dilma. Uma bandeira com a imagem de Tarso e Dilma foi colocada ao lado das bandeiras do Rio Grande do Sul e do Brasil. Ao final dos discursos, a primeira música que tocou para animar a militância foi o jingle de Dilma Rousseff.
 

domingo, 3 de outubro de 2010

Povo vai às urnas em dia de democracia. É momento de festejar

Poucos dias são mais importantes do que o de uma eleição. Votar significa o exercício da cidadania. É o momento de escolhermos nossos representantes em dois poderes importantes, o Executivo e o Legislativo. Pena que não podemos fazer o mesmo no Judiciário. 
Esta eleição é ainda mais imporante porque estamos votando nos nossos representantes no Brasil e nos Estados. Eu votei cedo, consciente de que escolhei os nomes mais certos para a presidência, para o governo, gaúcho, para o Senado, para a Câmara dos Deputados e para o a Assembléia Legislativa. Desde o início da campanha, expus minha preferência. Tenho um lado, não sou de ficar em cima do muro. Porém, como democrata, respeito o voto de cada um. Só fico chateado quando ouço alguém dizer que votará em branco ou anulará o voto. É um desperdício porque esta pessoa não terá o direito de reclamar dos governantes que assumirem no próximo ano. Viva a democracia, viva a eleição!

Manifesto em defesa da democracia e do controle público sobre a mídia

A propósito do comportamento da maioria dos grandes meios de comunicação social do país, especialmente nas últimas semanas, agendando temas com prioridade e interesse eleitoral, o FNDC vem a público manifestar o seguinte: 
1) Muitas das práticas editoriais desencadeadas pelos referidos meios ferem a democracia e substituem o necessário embate de ideias políticas por denúncias unilaterais e, de modo geral, sem comprovação informativa. 
2) A substituição da luta política democrática pelo ódio de classe e a disseminação de boatos e inverdades revela a face autoritária desses concessionários de emissoras de rádio e de televisão e de proprietários dos meios impressos. 
3) Tais concessionários e proprietários de jornais ou revistas demonstram, deste modo, do que são capazes para tentar manter seus propósitos de dirigir a nação brasileira, conforme seus interesses privados. 
4) A mais recente manifestação unilateral está muito viva na memória nacional, quando os principais meios de comunicação eletrônicos e impressos conspiraram contra a democracia, contribuindo na preparação do golpe militar de 1964, através de um apoio político decisivo. 
5) Confiamos que a democracia brasileira resistirá aos seus inimigos.
Já os vimos. Sabemos quem são. E sabemos que a democracia não se consolidará sem o desenvolvimento de políticas públicas que levem à democratização dos meios de comunicação. 
6) Por isso o FNDC apela aos homens e mulheres do Brasil que lutem contra o perigo totalitário que se ergue. Que lutem em suas comunidades, locais de trabalho, entidades e em todos os ambientes possíveis, denunciando o arbítrio e a desfaçatez dos concessionários de emissoras de rádio e de televisão e dos proprietários de jornais e revistas que se v alem dessa condição para defender seus interesses pessoais, em detrimento do interesse público. 
7) Por fim, o FNDC reafirma o seu compromisso democrático e sua luta pela criação e consolidação de meios de controle público sobre a comunicação, com a participação do Estado e da sociedade civil organizada. 
8) O FNDC considera que o controle público sobre a comunicação é condição indispensável para que a nação brasileira nunca mais volte a sofrer os constrangimentos ora impostos pelos donos da mídia. 
9) É hora de cobrar um compromisso, por parte de todos os candidatos a cargos públicos nesta eleição, com a defesa da democratização da comunicação, a partir de regras transparentes, que não deixem a população refém de alguns poucos detentores de veículos que se apresentam como representantes do interesse público.Assinam este Manifesto a Coordenação Executiva do Fórum e outras entidades, representando as mais de cem organizações nacionais e regionais que integram o FNDC (www.fndc.org.br).

Brasília, 29 de setembro de 2010.

ABRAÇO - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária
ANEATE - Associação Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões
CFP - Conselho Federal de Psicologia
CUT - Central Única dos Trabalhadores
FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas
FITERT - Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão
ARPUB - Associação das Rádios Públicas do Brasil
CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
FENADADOS - Federação Nacional dos Empregados em Empresas e Órgãos Públicos e Privados de Processamento de Dados
FENAJUFE - Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União
FNPJ - Fórum Nacional de Professores de Jornalismo.

sábado, 2 de outubro de 2010

A lição de Lula

“O problema de quem não gosta de política é que está condenado a ser governado por quem gosta” 
(Luís Inácio Lula da Silva)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A tal liberdade de imprensa

A liberdade de imprensa é o principal instrumento do jornalista profissional. Não é propriedade dos donos dos meios de comunicação. O verdadeiro ato em favor da liberdade de imprensa é feito em defesa do jornalista.

Carta ao Povo: Juristas lançam manifesto defendendo governo Lula

Um grupo de renomados juristas divulgou nesta segunda-feira (27) manifesto intitulado "Carta ao Povo Brasileiro", onde reafirmam o compromisso do governo Lula com a preservação e a consolidação da democracia no pais. Os juristas rebatem a tese do "autoritarismo e de ameaça à democracia" que setores da grande imprensa e a oposição vêm tentando imputar ao presidente Lula e ao seu governo, após o presidente ter feito críticas ao comportamento da mídia em relação à candidatura de Dilma Rousseff. A iniciativa é uma resposta ao manifesto lançado por um outro grupo de juristas de direita, ligados ao PSDB e ao DEM, que lançaram texto a pedido dos empresários da mídia atacando o presidente Lula.

"Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude. Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República", diz um trecho do documento, assinado por dezenas de personalidades do mundo jurídico, incluindo vários presidentes estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O documento registra ainda que é preciso deixar o povo ""tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais, e com a participação de todos os brasileiros".

Veja abaixo a íntegra do manifesto:
 
Em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos por um processo eleitoral justo e representativo. Em uma democracia, a manifestação do pensamento é livre. Em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas como o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras.

Estes valores democráticos, consagrados na Constituição da República de 1988, foram preservados e consolidados pelo atual governo.


Governo que jamais transigiu com o autoritarismo. Governo que não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas. Governo cujo Presidente deixa seu cargo com 80% de aprovação popular sem tentar alterar casuisticamente a Constituição para buscar um novo mandato. Governo que sempre escolheu para Chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência. Governo que estruturou a polícia federal, a Defensoria Pública, que apoiou a criação do Conselho Nacional de Justiça e a ampliação da democratização das instituições judiciais.


Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude.


Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República.


Estamos às vésperas das eleições para Presidente da República, dentre outros cargos. Eleições que concretizam os preceitos da democracia, sendo salutar que o processo eleitoral conte com a participação de todos.


Mas é lamentável que se queira negar ao Presidente da República o direito de, como cidadão, opinar, apoiar, manifestar-se sobre as próximas eleições. O direito de expressão é sagrado para todos – imprensa, oposição, e qualquer cidadão. O Presidente da República, como qualquer cidadão, possui o direito de participar do processo político-eleitoral e, igualmente como qualquer cidadão, encontra-se submetido à jurisdição eleitoral. Não se vêem atentados à Constituição, tampouco às instituições, que exercem com liberdade a plenitude de suas atribuições.


Como disse Goffredo em sua célebre Carta: “Ao povo é que compete tomar a decisão política fundamental, que irá determinar os lineamentos da paisagem jurídica que se deseja viver”. Deixemos, pois, o povo tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de idéias, sem desqualificações açodadas e superficiais, e com a participação de todos os brasileiros.



ADRIANO PILATTI - Professor da PUC-Rio

AIRTON SEELAENDER - Professor da UFSC

ALESSANDRO OCTAVIANI - Professor da USP

ALEXANDRE DA MAIA - Professor da UFPE

ALYSSON LEANDRO MASCARO - Professor da USP

ARTUR STAMFORD - Professor da UFPE

CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO - Professor Emérito da PUC-SP

CEZAR BRITTO - Advogado e ex-Presidente do Conselho Federal da OAB

CELSO SANCHEZ VILARDI - Advogado

CLÁUDIO PEREIRA DE SOUZA NETO - Advogado, Conselheiro Federal da OAB e
Professor da UFF

DALMO DE ABREU DALLARI - Professor Emérito da USP

DAVI DE PAIVA COSTA TANGERINO - Professor da UFRJ

DIOGO R. COUTINHO - Professor da USP

ENZO BELLO - Professor da UFF

FÁBIO LEITE - Professor da PUC-Rio

FELIPE SANTA CRUZ - Advogado e Presidente da CAARJ

FERNANDO FACURY SCAFF - Professor da UFPA e da USP

FLÁVIO CROCCE CAETANO - Professor da PUC-SP

FRANCISCO GUIMARAENS - Professor da PUC-Rio

GILBERTO BERCOVICI - Professor Titular da USP

GISELE CITTADINO - Professora da PUC-Rio

GUSTAVO FERREIRA SANTOS - Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco

GUSTAVO JUST - Professor da UFPE

HENRIQUE MAUES - Advogado e ex-Presidente do IAB

HOMERO JUNGER MAFRA - Advogado e Presidente da OAB-ES

IGOR TAMASAUSKAS - Advogado

JARBAS VASCONCELOS - Advogado e Presidente da OAB-PA

JAYME BENVENUTO - Professor e Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da
Universidade Católica de Pernambuco

JOÃO MAURÍCIO ADEODATO - Professor Titular da UFPE

JOÃO PAULO ALLAIN TEIXEIRA - Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco

JOSÉ DIOGO BASTOS NETO - Advogado e ex-Presidente da Associação dos
Advogados de São Paulo

JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO - Professor Titular do Mackenzie

LENIO LUIZ STRECK - Professor Titular da UNISINOS

LUCIANA GRASSANO - Professora e Diretora da Faculdade de Direito da UFPE

LUÍS FERNANDO MASSONETTO - Professor da USP

LUÍS GUILHERME VIEIRA - Advogado

LUIZ ARMANDO BADIN - Advogado, Doutor pela USP e ex-Secretário de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça

LUIZ EDSON FACHIN - Professor Titular da UFPR

MARCELLO OLIVEIRA - Professor da PUC-Rio

MARCELO CATTONI - Professor da UFMG

MARCELO LABANCA - Professor da Universidade Católica de Pernambuco

MÁRCIA NINA BERNARDES - Professora da PUC-Rio

MARCIO THOMAZ BASTOS - Advogado

MARCIO VASCONCELLOS DINIZ - Professor e Vice-Diretor da Faculdade de
Direito da UFC

MARCOS CHIAPARINI - Advogado

MARIO DE ANDRADE MACIEIRA - Advogado e Presidente da OAB-MA

MÁRIO G. SCHAPIRO - Mestre e Doutor pela USP e Professor Universitário

MARTONIO MONT'ALVERNE BARRETO LIMA - Procurador-Geral do Município de
Fortaleza e Professor da UNIFOR

MILTON JORDÃO - Advogado e Conselheiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária

NEWTON DE MENEZES ALBUQUERQUE - Professor da UFC e da UNIFOR

PAULO DE MENEZES ALBUQUERQUE - Professor da UFC e da UNIFOR

PIERPAOLO CRUZ BOTTINI - Professor da USP

RAYMUNDO JULIANO FEITOSA - Professor da UFPE

REGINA COELI SOARES - Professora da PUC-Rio

RICARDO MARCELO FONSECA - Professor e Diretor da Faculdade de Direito da
UFPR

RICARDO PEREIRA LIRA - Professor Emérito da UERJ

ROBERTO CALDAS - Advogado

ROGÉRIO FAVRETO - ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça

RONALDO CRAMER - Professor da PUC-Rio

SERGIO RENAULT - Advogado e ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça

SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA - Professor Titular da USP

THULA RAFAELLA PIRES - Professora da PUC-Rio

WADIH NEMER DAMOUS FILHO - Advogado e Presidente da OAB-RJ

WALBER MOURA AGRA - Professor da Universidade Católica de Pernambuco