domingo, 7 de agosto de 2011

Sem sono


Sono cortado, no meio da noite, é viagem abortada.
Nunca conhecerei, por mais que tente,
a estrada que o sonho pavimentava.

Chuva...

Neste exato momento, troveja lá fora.
Ouço o barulho do vento, 
vejo o clarão dos relâmpagos.
Decerto, é sinal de tormenta.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Inimigo na trincheira

Um ministro que confessa ter votado no candidato adversário não pode servir o governo vencedor. A razão é óbvia: não acredita neste. Tanto que criticava na mídia sua colegas ministras. Nelson Jobim resistiu tempo demais.

Tudo pela Copa do Mundo

Até a Copa do Mundo, em 2014, leremos notícias como esta: "Prefeitura vai instalar mais 59 câmeras de monitoranento do trânsito...". Nada contra o evento esportivo, mas uma pergunta se impõe: tal medida seria adotada não fosse ele?

Inter, sem time e sem direção

O time do Inter é previsível, toca muito a bola e não chega a lugar algum. O Damião definiu certo: quando a bola chega é por meio de balão. Pior é ouvir o presidente dizer que gostou e o time está evoluindo. Para onde? A indefinição sobre o treinador é um retrato da fraqueza diretiva do meu colorado. Prefiro ser crítico e acusado de corneteiro do que apoiador sem visão.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Brasil é segundo em ranking de países com mais mortes de jornalistas em 2011

Redação Portal IMPRENSA
 
Em apenas oito meses, 2011 já é o ano com mais mortes de jornalistas nos últimos 20 anos. O relatório, divulgado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), leva em conta apenas mortes ocorridas durante a atividade jornalística. As informações são da Folha de S. Paulo.

A entidade também divulgou o ranking dos países com mais mortes no período. Ao lado de Honduras, o Brasil ocupa a 2ª colocação, com quatro mortes. Os jornalistas brasileiros citados no relatório são: Luciano Leitão Pedrosa (morto em Pernambuco, em abril), Valério Nascimento (interior do Rio, em maio), Edinaldo Filgueira (Rio Grande do Norte, em junho) e Auro Ida (Mato Grosso, no mês passado).

O campeão de homicídios é o México, com cinco jornalistas, resultado da tensão no país em meio aos conflitos nas regiões de domínio do tráfico de drogas. Para os diretores da SIP, há "estado de alerta e preocupação" sobre o atual cenário. O relatório apontou ainda a "perseguição judicial" a jornalistas, citando o Brasil como um dos países em que a prática ocorre.

Mobilização em favor da PEC dos Jornalistas será feita pela internet


O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou requerimento solicitando a inclusão da PEC dos Jornalistas na pauta de votação da Câmara Federal. Com isso, o deputado que é o autor da proposta que restabelece a necessidade do diploma de jornalismo, derrubado por decisão do Supremo Tribunal Federal, pretende retomar a mobilização em favor da “qualificação educacional e profissional do país”.
Nos próximos dias, Pimenta quer contar com o maior número possível de apoio dos demais parlamentares para que a PEC dos Jornalistas seja posta em votação. Para isso, vai publicar em seu site, www.paulopimenta.com.br, a partir desta quinta-feira (4), uma lista com o nome dos deputados que manifestarem posição favorável à inclusão da PEC dos Jornalistas na ordem do dia. A coleta de assinaturas será feita durante todo o mês de agosto e, posteriormente, o documento será entregue à presidência da Câmara dos Deputados.
“Esse é um debate que a mídia tradicional não faz, deixando a sociedade completamente à margem dos acontecimentos no Parlamento brasileiro com relação à tramitação da PEC dos Jornalistas. Portanto, decidimos oferecer em nosso site, nominalmente, quem é a favor e quem é contra a volta do diploma de jornalismo, para que a sociedade tenha condições de acompanhar e cobrar de cada deputado uma posição transparente com relação ao assunto”, justifica Pimenta.
Na tarde desta quarta-feira, já foram registrados os primeiros apoios ao requerimento, pelos deputados José Guimarães (PT-CE), Emiliano José (PT-BA), Pepe Vargas (PT-RS), Chico Lopes (PCdoB- CE), Efraim Filho (DEM-PB), Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), Alexandre Leite (DEM-SP), e deputadas Rebeca Garcia (PP-AM) e Erika Kokay (PT-DF).
“Jornalismo não é livre manifestação do pensamento”, afirma Pimenta
Para o deputado, o STF cometeu um grande equívoco, ao confundir conceitos de liberdade de expressão com informação jornalística. “Jornalismo não é livre manifestação do pensamento, é atividade profissional, remunerada. Jornalismo não é opinião, logo, não é exercício de liberdade de expressão, não se tratando de direito fundamental”, contesta Pimenta a decisão do STF.
O deputado também ressalta que a decisão da Corte contribuiu para o enfraquecimento da educação no país, até porque, segundo Pimenta, no voto do ministro Gilmar Mendes está claro que, por analogia, o STF pretende desregulamentar todas as profissões, exceto as ciências médicas, engenharias e o direito.  “Acredito que nenhuma decisão dos poderes deva desestimular as pessoas a buscar uma melhor condição intelectual. Nesses casos, é de conhecimento de todos, os esforços que estão sendo realizados no âmbito das políticas educacionais no Brasil, e a decisão do STF vem justamente em direção contrária, ao incentivar a não qualificação”, critica o parlamentar.

Sol

Sol iluminado, com brilho, apareceu o danado.
Tomara que fique para esquentar este dia gelado.
Porque, no outro dia, eu fui enganado.
Anunciei e, minutos depois, ele foi por nuvens sugado.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eu, tu, nós, o clima...

Eu, ontem,
na chuva
que caiu forte,
molhei.
Tu, hoje,
no vento
que soprou firme,
flanaste.

Nós, amanhã,
no sol
que esperamos surgir,
brilharemos.

Então,
molhei,
flanaste,
brilharemos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Voltas às aulas

Hoje, reinicio as aulas na PUC. Estou entrando no quarto semestre do curso. Isso significa que, no final do ano, completarei a metade da grade. Passa rápido.
Neste semestre, viajarei novamente pelo mundo, cursando as disciplinas de Prática de Pesquisa História (fonte escrita), História Moderna, História do Brasil Colonial, História Ibero-Americana e Humanismo e Cultura Religiosa. De quebra, continuarei na Escrita Criativa, com Produção de Textos Poéticos. Me segurem!

No clima, agosto é igual a julho

O mês de asgosto começa com céu nublado, frio, ventoso e com ameaça de chuva. 
Nada diferente da maioria dos dias de julho. Que inverno.

sábado, 30 de julho de 2011

Trabalho escravo atinge 16 Estados

O Ministério do Trabalho divulgou na sexta-feira, 29, a lista de empregadores autuados por exploração de trabalho escravo. Quarenta e oito pessoas foram incluídas no cadastro e 15 tiveram o nome retirado do documento. No total, a lista de trabalho escravo tem 251 empregadores, espalhados por 16 Estados diferentes.
A reportagem é de Isadora Peron e está publicada no jornal O Estado de São Paulo, 30-07-2011.
Segundo o site Repórter Brasil, dois dos novos integrantes da lista são mandatários municipais: José Rolim Filho (PV), mais conhecido como Zito Rolim, é prefeito eleito de Codó (MA); e Vicente Pereira De Souza Neto (PR) está à frente da Prefeitura de Toledo (MG).
Esse cadastro é atualizado a cada seis meses. Em dezembro do ano passado, 220 pessoas foram autuadas por manterem trabalhadores em condições análogas à escravidão.
"As fiscalizações continuam ocorrendo; há inclusão de fiscalizações que ocorreram em 2010, o que demonstra maior agilidade do Ministério do Trabalho e Emprego em analisar os autos de infração, impor multas e analisar recursos. Talvez a baixa reinserção da lista seja a prova de que o cadastro é viável e importante, uma forma que tem dado resultado", afirmou o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, Guilherme Moreira.
Segundo Moreira, as principais causas da manutenção do nome no cadastro são a não quitação das multas, a reincidência na prática do ilícito e ações em trâmite no Poder Judiciário.
Aqueles que pagarem todas as pendências e não voltarem a cometer o crime estarão aptos a deixar o cadastro após um prazo de dois anos. Desde 2003, uma portaria do governo federal impede a concessão de empréstimos de instituições bancárias públicas a infratores que estejam envolvidos com a prática de trabalho escravo.

Regiões.

Hoje, a maioria dos casos de exploração de trabalhadores ocorre no meio rural, principalmente nas Regiões Norte e Centro-Oeste. O Estado com maior ocorrência é o Pará, onde 62 empregadores foram autuados. Em uma única fazenda, no município de Cumaru do Norte, a 749 Km de Belém, 154 trabalhadores foram libertados. O dono da propriedade, Adenilson Rodrigues da Silva, frequenta a lista do ministério desde dezembro de 2004.
O segundo Estado na lista de ocorrências de trabalho escravo é Mato Grosso (25 autuações), seguido por Goiás, com 23 empregadores multados.
No Estado de São Paulo, houve apenas uma ocorrência. Em julho deste ano, um empregador da zona rural de Mogi Mirim, a 160 km da capital, foi autuado e 10 trabalhadores, resgatados.
O Código Penal brasileiro caracteriza como trabalho escravo qualquer pessoa que seja submetida a jornadas exaustivas ou que seja proibida de se locomover em razão de dívida contraída com o empregador.
Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), trabalho escravo é "a coerção de uma pessoa para realizar certos tipos de trabalho e a imposição de uma penalidade caso esse trabalho não seja feito".

Jornalistas: cobertura de gênero, raça e etnia


Curso para jornalistas vai preparar profissionais para a cobertura de gênero, raça e etnia. As inscrições são gratuitas. O evento acontecerá em oito cidades: Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Porto Alegre, o curso será no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (Rua General Câmara, 424 - Bairro Centro), de 31 de agosto a 1º de setembro de 2011, das 18h às 22h.

Cão e dono


Eu queria uma placa destas na minha rua. Muitas vezes, tenho que driblar o cocô deixado pelos donos irresponsáveis.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quintana na Globonews

 Quem curte Mário Quintana tem um momento de encontro com ele hoje. A Globonews - canal 40 - apresenta um programa especial a partir das 21h30min. Sei que é hora da novela, mas o  especial com nosso poetinha vale a pena. Eu estarei na frente da TV, curtindo imagens e depoimentos inéditos do Quintana. Depois não adianta reclamar: "Eles passarão. Eu passarinho!"

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Valeu, Inter!

Grande Internacional, orgulho do desporto nacional. Jogando com a gurizada, empatou no tempo regulamentar e ganhou nos pênaltis do Milan recheado de estrelas. Volta invicto do Audi Cup depois de enfrentar os gigantes Milan e Barcelona no intervalo de dois dias. Aliás, somos também gigantes. Visto esta camiseta com orgulho, colorado.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Faltam três horas, Inter


É hoje, Inter. É um torneio, dizem. Mas direi: com as melhores equipes do planeta. Em três horas, tu entrarás em campo, com a mesma camista branca que ganhaste o mundial em 2006, contra o mesmo Barcelona. Vamos, colorado. À vitória.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vamos para cima do Barça



Internacional, amanhã estarás representando mais uma vez o Brasil em plagas distantes. Conquistaste este direito com muita luta, garra e futebol reconhecido em todo o mundo. Ao lado de outros gigantes do futebol mundial, vives a brilhar. Eu e milhões de colorados estaremos torcendo por ti porque és motivo de festa em nossos corações. Honras teu nome. Vamos, vamos Inter.

Dia radiante

Neste momento, 23,3ºC, sol brilhando e céu de brigadeiro na capital dos gaúchos. Vejo as pessoas alegres na rua e não entocadas dentro de casa, como na semana passada. Lá vou eu...

Nossas vidas e nossas mortes

Divulgo grande artigo da pedagoga, professora e escritora Jaqueline Bernardes, que consegue unir o reencontro com um ex-aluno, a paixão pelo filho e a morte da cantora Amy Winehouse. Bela construção de texto.

Fernando, Amy e eu

Hoje pela manhã fui ao supermercado. Na saída, ao atravessar a rua, vi um carro estacionando, rente ao meu, quase atingindo-o. Sacolas ajeitadas no banco traseiro, sem susto diante do quase ocorrido, acomodei-me ao volante. Nessa semana chuvosa, pela primeira vez na vida, raspei a lateral ao tirar  o carro do pátio. Olhei e até achei bonitinho. Um carro com cicatriz - assim feito joelho de criança. Há coisas nesse mundo que não recebem um segundo olhar meu ou uma grandiosidade que não possui, ou melhor, que não lhe atribuo. Eu perdi a pessoa que eu mais amava depois de um processo de Quimioterapia e quem já vivenciou uma experiência igual ou prima dessa sabe a que me refiro. Eu tenho em mim um amor incondicional pela vida e pelo agora. Isso não me torna uma pessoa inconsequente, ao contrário, me faz dar valor ao que realmente tem valor nessa vida. Eu sou apaixonada por sorrisos e gente. Eu amo estar viva. Mas voltando ao supermercado...
Acomodando-me ao volante, vi aproximar-se um homem alto, loiro e de olhos azuis. Ele vinha do carro estacionado, com andar determinado e me tocou no ombro, como quem quer um abraço. Enquanto ele estava sério, fiquei com aquela cara de ponto de interrogação que todos ficamos nessas horas, buscando lá nos bolsos da memória a fisionomia da pessoa que está ali “plantada”. Mas bastou um sorriso - um sorriso só  - para que eu lembrasse do Fernando: um aluno da minha primeira turma, quando iniciei no Magistério - aos 18 anos. Naquela época, a diferença de idade me fazia uma adulta e o tornava uma criança, mas agora eu estava diante de um homem de quase dois metros. Enchi os olhos de água quando vi aquele sorriso...Eu coleciono sorrisos e os trago comigo pela vida...
O Fernando falou-me das minhas aulas e à princípio, confesso, me deu um medão. Sabe lá os erros que já cometi !!! Na verdade, sou apaixonada pela minha profissão porque ela é a única, no mundo inteiro, que reúne todas as outras. Mas isso já é assunto para outra hora... Eu o marquei positivamente, mesmo com todos os erros de principiante. Quando estamos imbuídos do bem, Deus nos ajuda nos passos. O Fernando me contou da faculdade, dos amigos que viajaram para a Holanda, do que fez na vida... Éramos familiares, apesar de anos de afastamento. Quando olhares partilham e comungam a mesma estrada e as mesmas vivências, assemelham-se na alegria do reencontro e do belo. Ambos estávamos radiantes, numa manhã simples de domingo, numa rua qualquer de uma cidade escondida no mapa. Ninguém no mundo soube o que acontecia.
Quando nos despedimos, o Lucas - meu filho de seis anos - me perguntou se a minha escola existia fazia milhões de anos. Eu disse-lhe que não, sabendo que a conclusão -  baseada na sua lógica infantil - viria:
- Mas então tu é professora desde o tempo dos dinossauros? - disse-me ele, de testa franzida.
Ri muito e fiquei pensando que faz tempo mesmo que eu acredito em certas coisas e as trago comigo, me constituindo assim - de um jeito que eu ainda considero imprescindível para que o mundo possa ser um pouquinho melhor... Eu não sou pretensiosa, mas  quero quitar a minha parcela antes de partir. Onde quero chegar com tudo isso? Na morte da Amy! Ontem postei um comentário no Facebook, comentando a publicação de um amigo. Transcrevo-o: "Dizem que os gênios cometem o suicídio... Eu quero é ser normal e continuar escrevendo no Face e em papel de pão... Amanhã eu sei que vou continuar vendo o sol nascer e, se pagar em prestações, no verão - quem sabe? - estico até Fortaleza! Ser universal é adentrar, verdadeiramente, a si mesmo. Podem vir pedras de todos os lados, mas nada como cheirar as gosmas dos pés de "acácia ' e sentir o cheiro do pão saindo quentinho do forno, nas infâncias de antigamente. Eu sou do tempo em que a gente se contentava em cheirar as provas mimeografadas. E quem é assim, não cresce torto... Faltava malandragem? Penso que não... Sobravam motivos para sermos felizes, mesmo tendo um par de congas... Cada um, na vida, cumpre o papel que julga que lhe compete. Às vezes o que aprendemos com alguns exemplos é o que não devemos seguir. Acredito que agora ela esteja bem. Eu sempre penso que quem apronta por aqui leva uns puxões de orelha a mais, mas é bem recebido. Ainda bem que eu sou orelhuda!"
Encontrar o Fernando um homem jovem e feliz, constituído no caminho das pessoas comuns e imprescindíveis, me fez tecer um comparativo entre as várias formas com que as pessoas constituem as suas existências. Li vários comentários sobre a morte de Amy. Respeito-os todos, porque cada pessoa traz em si a sua verdade. Entretanto, li opiniões como " a realidade do mundo em que a gente vive é dura demais para a sensibilidade de um artista. Quem se contenta com  um mundo desigual e doente como o atual consegue viver em seu mundinho desprezível, vivendo uma vida medíocre. "
Fiquei pensando se no mundo há vidas medíocres... Se o artista transcende o humano, a ponto de necessitar viver em outra dimensão... Tudo o que é belo morre no homem, mas não na Arte. " Assim, como pode existir legado sem Arte? Como pode haver Arte sem inspiração? Como pode haver inspiração, se o mundo é desigual e doente? Perdoem-me... O mundo é grandioso e belo na sua totalidade. Há focos de doenças sim e desigualdades, mas elas podem e deveriam ser combatidas pela ação do olhar universal de quem - por desejo próprio - expandiu-se no mundo através da Arte. Vi uma Amy mutilar-se fisicamente em rede mundial e saber da sua morte me dói, porque sei que ela nunca terá a chance de ter 40 anos e agir de outra forma. Amo a obra de Elis, de Cazuza e do Renato, mas penso que todos foram pessoas tristes - daquela tristeza de quem não aguenta ficar "só consigo mesmo". A genialidade tem disso. Mais do que a dor dos fãs, penso na dor da família da Amy. É lá que sobrará um lugar à mesa e que faltará um abraço nas datas especiais. A dor da família dela não difere, em nada,  da dor das pessoas comuns que cruzam conosco nas esquinas e que também perderam entes queridos. Concluo, então, que nenhuma vida é medíocre. As pessoas constituem-se pelas histórias familiares, pela força de vontade e pelo amor - inclusive o amor à vida... Cada um vive de acordo com as suas concepções de felicidade...A vida nos é dada para ser preservada. Quando optamos por maltratá-la, ferimos a nós mesmos e a quem amamos - que chorarão a nossa ausência...
Há pessoas que agem e transformam o mundo em silêncio, sem estardalhaço. Nunca estarão nos noticiários [...], por opção. Às vezes é melhor ter poucos seguidores e pouco dinheiro, mas ter saúde, fazer arte e deixar um legado igualmente rico - para a universalidade que nos margeia... Descanse em paz, Amy.

domingo, 24 de julho de 2011

Orgulho do meu Inter

Folder do SC Internacional (versão em inglês e alemão) para a Copa Audi, que começa terça-feira na Alemanha. 
Jogaremos contra o poderoso Barcelona.
O meu colorado me orgulha.

O oportunismo de sempre

Ouço agora a voz do oportunismo. O Galvão Bueno, transmitindo a Fórmula 1, comentou futebol. E, como se fosse dono da verdade, disse que na Copa América não era a vez de tornar Neymar e Ganso protagonistas. Eles teriam que entrar na seleção aos poucos. Lembro que o "comentarista global" e grande parte da mídia clamaram pela presença dos meninos da vila na seleção. A cada toque de bola de um deles, o Galvão exaltava um novo gênio. Agora, mudou o discurso. Dele e de grande parte da mídia.

Drogas...

Não curtia muito a música de Amy Winehouse, embora reconhecesse o poder de sua voz. Ela foi vítima das drogas que assolam o mundo e precisava de ajuda. Só lamento a onda preconceituosa que chegou à web depois da tragédia. Alguém chegou a dizer que "esta pessoa não merece ter nascido". Lamentável.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Visitem o blog do IEL

 
Amigos, visitem o blog do IEL. Desde janeiro, o número de acessos já está em quase 20 mil, com destaque para julho, com 4.706 visitas até ontem. Além dos leitores brasileiros, temos visitantes internacionais: EUA (592), Alemanha (398), Portugal (56), Argentina (26), Hungria (20), China (18), França (15), Romênia (14), Vietnã (14). Assuntos de maior interesse: projeto Autor Presente e livros editados. 
O endereço do blog é www.ielrs.blogspot.com

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ela

Ali vai ela, toda bonita, toda de chita.
A cabeça ergue, o passo segue.
Não olha para trás, não visa os lados.
Ao assovio, ignora.
À palavra, desdenha.
O destino não se sabe.
Toda de chita, toda bonita, ali vai ela.
Ergue a cabeça, segue a passo.
Ignora ao assobio.
Desdenha a palavra.
Não se sabe o destino.

O beijo

Um beijo jogado no ar
se refestelou na direção daquele bar.
Lá,onde havia multidão,
fui capaz de arriscar uma canção.
Espiei, olhei, estufei o peito
para sentir onde havia efeito.
No final, para mostrar minha tristeza,
virei corpo e saí em vagareza.

Nova lição de Amanda

Um emocionante discurso da professora Amanda Gurgel, no dia 19 de maio, mexeu com o Brasil. Um vídeo mostra que ela não se intimidou com a presença da deputados e da secretária de Educação e faz uma defesa consistente da educação, dando uma lição de dignidade. Agora, em seu blog (www.professoraamandagurgel​.blogspot.com), ela reforça a postura ao não aceitar um prêmio de uma entidade empresarial.. E aponta as razões por meio de uma carta. Vale a pena ler.
Oi,
Nesta segunda,o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio "Brasileiros de Valor 2011". O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem "amigas da escola".
Amanda

Natal, 2 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,

Professora Amanda Gurgel

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do amigo?

Já está ficando chato. Mais outro dia dedicado a... Dizem que hoje é o Dia do Amigo. Quem dedica amizade por alguém sabe que, em qualquer dia do ano, esta relação se mantém. Não é preciso uma data para pontuar isso. Nossos publicitários estão criativos....

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Falcão demitido. Eu já previra

Não sou oportunista. Por isso, em relação à demissão de Falcão hoje, 18 de julho, reproduzo o que escrevi aqui, no dia 10 de abril, quando ele assumiu o Internacional. O título já dizia tudo.

Falcão é ídolo. Não é técnico...

O ex-volante do Internacional e hoje comentarista Falcão acertou contrato com o clube. É o novo técnico. Postei agora no Facebook  que o acerto feito por volta de 23h deste sábado me desagrada. Não acho que Falcão seja o técnico ideal para o Inter. Entre a teoria (seus comentários) e a prática existe uma longa distância. Ah, fazem 15 anos que ele tentou ser técnico, sem obter sucesso. Lamento que nosso maior ídolo seja queimado e, em breve, ouça constrangido o tradicional "burro" em seus ouvidos. Mas sou colorado e vou torcer. Tomara que eu "queime" a língua. 
Prontamente, o gremistão e amigo Dudu Guimaraens chutou: "Jorge, "cornetear" antes dele assumir?". Respondi ao camarada jornalista que não é corneta e sim posição. Assim como eu disse antes que o Porto-Alegrense estava contratando um ídolo (Renato Carioca) e não um técnico, faço o mesmo agora. Aliás, com o Falcão, nossos maiores clubes terão os seus dois maiores ídolos na casamata. Dois ofensivistas. Gostaria de queimar a língua, no caso do Inter. Mas...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Inventaram o Dia Internacional do Homem

Quem inventou o Dia Internacional do Homem? Uma cadeia de loja ou uma agência de publicidade deste mundo capitalista interessadas em dividendos? Um macho indignado com o Dia Internacional da Mulher? Uma mulher disposta a exibir homens sarados na Internet? Onde foi parar a tal da criatividade?

Parabéns, fonte de cultura

Tu és uma amiga inseparável. Quando vou ao cinema, te espio ou penetro no teu interior para cultura respirar. Quando uma pessoa próxima faz aniversário, recorro a ti. Por isso, vibro com teu aniversário. Vida longa, recheada de páginas, Bamboletras. Mais tarde, passarei aí para te abraçar e presentear do meu jeito: comprando um livro. Assim é nossa relação!

Um dia sem nuvens

Nuvens escuras, afastecem. Eu sonho com o meu sol. Embora azul, da cor daquele time, te quero céu de brigadeiro. E, à noite, eu desejo espiar minha lua cheia sem qualquer nuvem a ofuscá-la. É pedir demais?