domingo, 12 de maio de 2013

Por que os médicos cubanos assustam

Excelente matéria publicada no site http://revistaforum.com.br/blog/2013/05/por-que-os-medicos-cubanos-assustam/
A elite corporativista brasileira teme que mudança do foco no atendimento abale o nosso sistema mercantil de saúde

Por Pedro Porfírio
A virulenta reação do Conselho Federal de Medicina contra a vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalhar em áreas absolutamente carentes do país é muito mais do que uma atitude corporativista: expõe o pavor que uma certa elite da classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo adotado na ilha,  que prioriza a prevenção e a educação para a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades, mas sobretudo a necessidade de atendimento e os custos com a saúde.
Essa não é a primeira investida radical do CFM e da Associação Médica Brasileira contra a prática vitoriosa dos médicos cubanos entre nós. Em 2005, quando o governador  de Tocantins não conseguia médicos para a maioria dos seus pequenos e afastados municípios, recorreu a um convênio com Cuba e viu o quadro de saúde mudar rapidamente com a presença de apenas uma centena de profissionais daquele país.
A reação das entidades médicas de Tocantins, comprometidas com a baixa qualidade da medicina pública que favorece o atendimento privado, foi quase de desespero. Elas só descansaram quando obtiveram uma liminar de um juiz de primeira instância determinando em 2007 a imediata “expulsão” dos médicos cubanos.

No Brasil, o apego às grandes cidades
Dos 371.788 médicos brasileiros, 260.251 estão nas regiões Sul e Sudeste

Neste momento, o governo da presidenta Dilma Rousseff só  está cogitando de trazer os médicos cubanos, responsáveis pelos melhores índices de saúde do Continente, diante da impossibilidade de assegurar a presença de profissionais brasileiros em mais de um milhar de municípios, mesmo com a oferta de vencimentos bem superiores aos pagos nos grandes centros urbanos.
E isso não acontece por acaso. O próprio modelo de formação de profissionais de saúde, com quase 58% de escolas privadas, é voltado para um tipo de atendimento vinculado à indústria de equipamentos de alta tecnologia, aos laboratórios e às vantagens do regime híbrido, em que é possível conciliar plantões de 24 horas no sistema público com seus consultórios e clínicas particulares, alimentados pelos planos de saúde.
Mesmo com consultas e procedimentos pagos segundo a tabela da AMB, o volume de  clientes é programado para que possam atender no mínimo dez por turnos de cinco horas. O sistema é tão direcionado que na maioria das especialidades o segurado pode ter de esperar mais de dois meses por uma consulta.
Além disso, dependendo da especialidade e do caráter de cada médico, é possível auferir faturamentos paralelos em comissões pelo direcionamento dos exames pedidos como rotinas em cada consulta.
Sem compromisso em retribuir os cursos públicos
Há no Brasil uma grande “injustiça orçamentária”: a formação de médicos nas faculdades públicas, que custa muito dinheiro a todos os brasileiros, não presume nenhuma retribuição social, pelo menos enquanto  não se aprova o projeto do senador Cristóvam Buarque, que obriga os médicos recém-formados que tiveram seus cursos custeados com recursos públicos a exercerem a profissão, por dois anos, em municípios com menos de 30 mil habitantes ou em comunidades carentes de regiões metropolitanas.
Cruzando informações, podemos chegar a um custo de R$ 792.000,00 reais para o curso de um aluno de faculdades públicas de Medicina, sem incluir a residência. E se considerarmos o perfil de quem consegue passar em vestibulares que chegam a ter 185 candidatos por vaga (UNESP), vamos nos deparar com estudantes de classe média alta, isso onde não há cotas sociais.
Um levantamento do Ministério da Educação detectou que na medicina os estudantes que vieram de escolas particulares respondem por 88% das matrículas nas universidades bancadas pelo Estado. Na odontologia, eles são 80%.
Em faculdades públicas ou privadas, os quase 13 mil médicos formados anualmente no Brasil não estão nem preparados, nem motivados para atender às populações dos grotões. E não estão por que não se habituaram à rotina da medicina preventiva e não aprenderam como atender sem as parafernálias tecnológicas de que se tornaram dependentes.
Concentrados no Sudeste, Sul e grandes cidades
Números oficiais do próprio CFM indicam que 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades.  Boa parte da clientela dos hospitais municipais do Rio de Janeiro, por exemplo, é formada por pacientes de municípios do interior.
Segundo pesquisa encomendada pelo Conselho,  se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.
A pesquisa “Demografia Médica no Brasil” revela que há uma forte tendência de o médico fixar moradia na cidade onde fez graduação ou residência. As que abrigam escolas médicas também concentram maior número de serviços de saúde, públicos ou privados, o que significa mais oportunidade de trabalho. Isso explica, em parte, a concentração de médicos em capitais com mais faculdades de medicina. A cidade de São Paulo, por exemplo, contava, em 2011, com oito escolas médicas, 876 vagas – uma vaga para cada 12.836 habitantes – e uma taxa de 4,33 médicos por mil habitantes na capital.
Mesmo nas áreas de concentração de profissionais, no setor público, o paciente dispõe de quatro vezes menos médicos que no privado. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o número de usuários de planos de saúde hoje no Brasil é de 46.634.678 e o de postos de trabalho em estabelecimentos privados e consultórios particulares, 354.536.Já o número de habitantes que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 144.098.016 pessoas, e o de postos ocupados por médicos nos estabelecimentos públicos, 281.481.
A falta de atendimento de saúde nos grotões é uma dos fatores de migração. Muitos camponeses preferem ir morar em condições mais precárias nas cidades, pois sabem que, bem ou mal, poderão recorrer a um atendimento em casos de emergência.
A solução dos médicos cubanos é mais transcendental pelas características do seu atendimento, que mudam o seu foco no sentido de evitar o aparecimento da doença.  Na Venezuela, os Centros de Diagnósticos Integrais espalhados nas periferias e grotões, que contam com 20 mil médicos cubanos, são responsáveis por uma melhoria radical  nos seus índices de saúde.
Cuba é reconhecida por seus êxitos na medicina e na biotecnologia
Em  sua nota ameaçadora, o CFM afirma claramente que confiar populações periféricas aos cuidados de médicos cubanos é submetê-las a profissionais não qualificados. E esbanja hipocrisia na defesa dos direitos daquelas pessoas.
Não é isso que consta dos números da Organização Mundial de Saúde.  Cuba, país submetido a um asfixiante bloqueio econômico, mostra que nesse quesito é um exemplo para o mundo e tem resultados melhores do que os do Brasil.
Quando esteve em Cuba, em 2003, a deputada Lilian Sá foi conhecer com outros parlamentares o médico de família,uma equipe residente no próprio conjunto habitacional


Graças à sua medicina preventiva, a ilha do Caribe tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959, quando do triunfo da revolução) – inferior à do Canadá e dos Estados Unidos. Da mesma forma, a expectativa de vida dos cubanos – 78,8 anos (contra 60 anos em 1959) – é comparável a das nações mais desenvolvidas.
Com um médico para cada 148 habitantes (78.622 no total) distribuídos por todos os seus rincões que registram 100% de cobertura, Cuba é, segundo a Organização Mundial de Saúde, a nação melhor dotada do mundo neste setor.
Segundo a New England Journal of Medicine, “o sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os EUA”.
O Brasil forma 13 mil médicos por ano em  200 faculdades: 116 privadas, 48 federais, 29 estaduais e 7 municipais. De 2000 a 2013, foram criadas 94 escolas médicas: 26 públicas e 68 particulares.
Formando médicos de 69 países
Estudantes estrangeiros na Escola Latino-Americana de Medicina

 Em 2012, Cuba, com cerca de 13 milhões de habitantes, formou em suas 25 faculdades, inclusive uma voltada para estrangeiros, mais de 11 mil novos médicos: 5.315 cubanos e 5.694 de 69 países da América Latina, África, Ásia e inclusive dos Estados Unidos.
Atualmente, 24 mil estudantes de 116 países da América Latina, África, Ásia, Oceania e Estados Unidos (500 por turma) cursam uma faculdade de medicina gratuita em Cuba.
Entre a primeira turma de 2005 e 2010, 8.594 jovens doutores saíram da Escola Latino-Americana de Medicina. As formaturas de 2011 e 2012 foram excepcionais com cerca de oito mil graduados. No total, cerca de 15 mil médicos se formaram na Elam em 25 especialidades distintas.
Isso se reflete nos avanços em vários tipos de tratamento, inclusive em altos desafios, como vacinas para câncer do pulmão, hepatite B, cura do mal de Parkinson e da dengue.  Hoje, a indústria biotecnológica cubana tem registradas 1.200 patentes e comercializa produtos farmacêuticos e vacinas em mais de 50 países.

Presença de médicos cubanos no exterior
Desde 1963,  com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, Cuba trabalha no atendimento de populações pobres no planeta. Nenhuma outra nação do mundo, nem mesmo as mais desenvolvidas, teceu semelhante rede de cooperação humanitária internacional. Desde o seu lançamento, cerca de 132 mil médicos e outros profissionais da saúde trabalharam voluntariamente em 102 países.
No total, os médicos cubanos trataram de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas. Atualmente, 31 mil colaboradores médicos oferecem seus serviços em 69 nações do Terceiro Mundo.
No âmbito da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), Cuba e Venezuela decidiram lançar em julho de 2004 uma ampla campanha humanitária continental com o nome de Operação Milagre, que consiste em operar gratuitamente latino-americanos pobres, vítimas de cataratas e outras doenças oftalmológicas, que não tenham possibilidade de pagar por uma operação que custa entre cinco e dez mil dólares. Esta missão humanitária se disseminou por outras regiões (África e Ásia). A Operação Milagre dispõe de 49 centros oftalmológicos em 15 países da América Central e do Caribe. Em 2011, mais de dois milhões de pessoas de 35 países recuperaram a plena visão.
Quando se insurge contra a vinda de médicos cubanos, com argumentos pueris, o CFM adota também uma atitude política suspeita: não quer que se desmascare a propaganda contra o  regime de Havana,  segundo a qual o sonho de todo cubano é fugir para o exterior. Os mais de 30 mil médicos espalhados pelo mundo permanecem fiéis aos compromissos sociais de quem teve todo o ensino pago pelo Estado, desde a pré-escola e de que, mais do que enriquecer, cumpre ao médico salvar vidas e prestar serviços humanitários.

Dia das mães

Vamos combinar que o dia das mães se prolonga ao longo de todo o ano. É muita dedicação e amor incondicional aos filhos, mesmo aos veteranos. Portanto, a data criada para ser comemorada neste domingo é comercial.
No entanto, entramos no espírito e lembramos, mais do que nunca, as mães neste segundo domingo de maio. Portanto, beijos às minhas amigas mães, que tem mães ou que guardam recordação das que já partiram. Aproveito para publicar uma imgem da minha mãe de todos os dias, dona Suely.
 

sábado, 11 de maio de 2013

Na luta pela categoria

 

Hoje, lembrei das lutas que já travamos no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e dos companheiros que fiz ao longo de 20 anos na direção. Na primeira foto, o grande José Carlos Torves é meu padrinho na inauguração de minha foto na galeria de ex-presidentes da entidade. Ele também presidiu a entidade. Na segunda, com o atual presidente José Nunes e com a sempre militante Marcia Camarano. Na terceira, em uma mobilização em defesa do diploma em Porto Alegre. A luta é boa e continuará com a chapa liderada pelo companheiro Milton Simas Junior na eleição de julho. Participem!



quinta-feira, 9 de maio de 2013

Colher

A gente colhe o que planta. Bela montagem e ensinamento que obtive na página do Hierophant no Facebook.



As companheiras

Depois da festa, vem o descanso e o lazer. Eu, a Naná (de chapéu) e a Carol (de óculos escuros) ficamos no Terra e Magia e fomos para as que levam aos mirantes. As fotos dizem tudo que vivemos: muita alegria e companheirismo.

Momentos intensos da festa cigana no Terra e Magia

Eu tinha postado no Facebook muitas fotos da festa cigana realizada no sítio Terra e Magia, no Morro da Borússia, em Osório (RS). No entanto, todas as publicações de abril seapareceram. Recuperei-as agora e publico as imagens para mostrar o quanto foi legal a festa que homanageou a Sônia, dona do espaço, e o funcionário Riva. A festa começou na noite de 27 de abril no Templo e continuou na manhã de 28, na cozinha da grande casa. Foi um fim de semana e tanto, com a participação de mais de 50 pessoas. As fotos dizem tudo.



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Lição de Mario Quintana

"Com o tempo, você vai percebendo que,
para ser feliz com uma outra pessoa você precisa,
em primeiro lugar,
não precisar dela...
Você aprende a gostar de você,
a cuidar de você, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim
para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando...
mas quem estava procurando por você!"

Cultura do carro


Pensando em quem dorme na rua

Ontem, dormi queixoso com o frio. Não sei que sonho me acompanhou. Mas o fato é que acordo pensando naqueles que não têm as cobertas que tenho e dormem ao relento. Nos queixamos por pouco.

Frio de reguear cusco

Neste momento, 13,4ºC em Porto Alegre. Amanhã, no início da manhã, 6,0ºC. A sensacão térmica será de 20ºC. O inverno mostra a cara num dia louco, em que choveu granizo alguns minutos e logo o sol voltou a brilhar. Aguentem, gaúchos!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Despertar

Cedo dormi,
cedo acordei.
Da noite fria,
restou o sonho
de voar longe
com este pássaro
que cedo canta.
Mas ele tem asas
e eu a imaginação.
Queria bater asas
para dizer, olho no
olho de cada amigo,
bom domingo de sol.

Sem pressa

Tua pressa
te aprisiona.
Vá devagar
e livre serás.

História para valer

Em “Como se deve escrever a história”, Luciano Samósata escreveu e eu ratifico:
"O único dever de um historiador é de contar o que se fez. (...) Este é, eu repito, o único dever do historiador: não sacrificar a verdade quando fazemos história, e negligenciar todo o resto; em uma palavra, a única regra, a medida exata, é de não ter olhos apenas para os que te escutam, mas para aqueles que, mais tarde, irão ler teus escritos".
Simples!

Inter é tri, dono do RS



Tricampeão antecipado, em conquista itinerante. Vencemos o Juventude nos pênaltis, com defesa final de Muriel, e conquistados o segundo turno. Como já tínhamos ganhado o primeiro turno, fomos campeões.
Valeu, Inter!

Descontração



Em momento de concentração no sítio Terra E Magia, com a gatinha Maria Clara às costas.

EUA belicista

Isso, lamentavelmente, é o retrato dos EUA belicista: em Connecticut, um menino de 5 anos matou a irmã, de 2 anos, com um rifle que ganhou dos pais como presente de aniversário.

Nasceu a terneira no Terra e Magia



Amor de mãe. Nasceu a terneirinha da vaca Lady, no sítio Terra E Magia. Foi batizada como o nome de Maia, pois nasceu no dia lº de maio. E Tonha, funcionaria do estabelecimento do Morro da Borússia (Osório), ajudou na primeira mamada da pequena.

Noite iluminada



Iluminação noturna do jardim do sítio Terra E Magia, no Morro da Borússia (Osório) garante cliques como este.

Na terra mágica...


Cheguei no sítio Terra e Magia, no Morro da Borússia (Osório), e estou me instalando na cabana do Sol Poente. Vou descansar e me preparar para a festa cigana, marcada para a noite deste sábado.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Borges no passado

Bela imagem do Carlinhos Rodrigues. A Avenida Borges de Medeiros, centro de Porto Alegre, na década de 70.

A imagem foi captada em 23-04-1976 e mostra a atual Esquina Democrática com circulação de veículos. Hoje, pertence a manifestações populares.

Fora gripe

Gripe, eu queria que fosses menos ruidosa e dolorosa. 
Por que tens que vir acompanhada de espirros, tosse e dores gerais?
Dispenso tudo isso na próxima. 
Pelo menos, foste bacana e não mandaste junto a danada da febre. 
E estás te despedindo, lenta e gradualmente. 
Te manda!

Bate-volta

Um bate-volta até Barra do Ribeiro para buscar a véia - minha querida mãe -, que tem consulta de rotina na Geriatria da PUC em Porto Alegre
A neblina na estrada está baixa...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sindicato realiza Assembleia Geral Extraordinária no próximo dia 20

Jornalistas, sindicalizados ou não, estão convidados para a Assembleia Geral Extraordinária que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul promove no dia 20 de abril (sábado) às 10h, em primeira convocação, e às 10h30min com qualquer quórum. O local será o auditório da Associação Riograndense de Imprensa, no oitavo andar do prédio 915 da avenida Borges de Medeiros, Centro de Porto Alegre. Na pauta, estarão as movimentações da campanha de negociação coletiva. O Sindicato já consultou o Dieese, e deverá contratar uma agência de propaganda para criar a estratégia publicitária. A ideia é entregar a pauta de reivindicações para os sindicatos patronais até o final de abril, e tentar marcar a primeira reunião de negociação já para o mês de maio. A data-base da categoria é junho. Dois dias após a assembleia, o SINDJORS vai participar de nova reunião com os patrões para tratar da Comissão Paritária, uma das vitórias obtidas na negociação coletiva do ano passado.

sábado, 13 de abril de 2013

FENAJ intensifica campanha em defesa do diploma

 

Após a recente definição do deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA) como relator da Proposta de Emenda à Constituição 206/2012, a PEC do Diploma, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, a FENAJ prepara-se para intensificar a luta pela aprovação da matéria. A entidade realiza reunião de trabalho nesta sexta-feira (12/4), em São Paulo, para planejar ações para esta etapa da campanha em defesa do diploma.
A Executiva da Federação vem fazendo contatos e atuando junto à CCJ e às lideranças da Câmara para acompanhar e agilizar a tramitação da matéria. "Já solicitamos uma reunião com o relator Daniel Almeida e o deputado Paulo Pimenta, o autor da PEC na Câmara e estamos mantendo contatos com as lideranças partidárias para reativar a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma", antecipa o presidente da FENAJ, Celso Schröder.
Na reunião de planejamento que acontece nesta sexta-feira, em São Paulo, a ideia e definir ações de sensibilização dos integrantes da CCJ, como também dos demais parlamentares da Câmara, visando acelerar a tramitação e aprovação final da PEC, que já foi aprovada no Senado. Também será reorganizado o Grupo de Trabalho Nacional em Defesa do Diploma. 
Com o objetivo de ampliar e fortalecer o movimento junto a outras entidades e apoiadores, a FENAJ está atualizando as marcas e os materiais da campanha, que serão disponibilizados nas próximas semanas.

Conhecer

Ele sempre desejou conhecê-la de fato.
Seu coração pulsava mais forte
só de ouvir o seu nome.
Seus olhos ganhavam mais brilho
toda vez que lia coisas dela.
Ou sobre ela. Mas não a conhecia.
O primeiro encontro foi rápido,
sem muitas insinuações.
Ela recém brotava para a vida,
não conhecia os caminhos a trilhar.
Até nem sonhos tinha.
Ele, ao contrário, colecionava metas,
e se afastou sabendo que
aquela batalha estava perdida.
A guerra era outra coisa.

Agora, porém, ela está madura,
ganhou experiência, sofreu,
caiu e ergueu-se.
Ele sabe de seus sorrisos e de suas lágrimas.
Seus caminhos não foram diferentes.
Então, pensa que podem experimentar
a mágica aproximação,
fazendo dos sonhos uma bela realidade.
Não é fácil, porém.
Deixaram um abismo entre eles.
Ela tinha seguido um rumo
e se perdera numa curva da vida.
Ele rumara para outro destino,
cuja esquina era distante da dela.

Escrevo

Escrevo para dividir minha vida.
Quem quiser, acolha a escrita.
Quem não quiser, apenas espie.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Livros e livros

"Há livros que se fazem em cima da perna, e outros que demoram muito mais, como a 'História da Imprensa no Brasil', que eu levei cerca de 30 anos para pesquisar e escrever". Nelson Werneck Sodré.
Concordo com o autor, pois hoje proliferam livros escritos da noite para o dia, mas sem profundidade, sem problematizar os fatos históricos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Respeito, independente da ideologia

Da mesma forma que critiquei o desrespeito de opositores de Chávez no dia de sua morte, faço o mesmo agora com relação a Margaret Tatcher. Podemos discordar da forma neoliberal com que ela comandou a Grã-Bretanha, mas este não é o momento para tripudiar. Respeito sempre!

Combate ao câncer


Parentes e amigos meus morreram recentemente de câncer. Outras pessoas queridas lutam contra a doença. Em nome delas e de todas as que foram atacadas pelo mal em todo o mundo, estamos em campanha neste dia de combate ao câncer. Por amor, compartilhe!

domingo, 7 de abril de 2013

Desenhos do sol




Provocado, o Rei Sol exibe cores e desenhos impressionantes. 
Aqui, no calçadão central de minha terra, Barra do Ribeiro, espiei e cliquei.

Dia dos jornalistas, dia de luta

Parabéns colegas pelo Dia Nacional dos Jornalistas. Além de festejar esta profissão maravilhosa, temos que refletir muito e continuarmos lutando por melhores salários e condições de trabalho (sem multifunções, sem assédio moral, sem mortes, sem doenças). E sempre em defesa de toda a sociedade e não apenas de uma minoria. Abraços!

Publico também a homangem feita pela amiga Cleo Rosa no Facebook

 

sábado, 6 de abril de 2013

Valorizar o trabalho dos jornalistas e o direito da sociedade à informação

Na véspera do Dia Nacional do Jornalista, 7 de abril, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) saúda a categoria e convoca a sociedade brasileira a cerrar fileira na luta em defesa do jornalismo ético e de qualidade. Não é possível assegurar o direito de todos à informação, a defesa das liberdades de expressão e de imprensa, dos direitos humanos e da democracia sem a devida valorização da profissão de jornalista.

Inegavelmente, os jornalistas deram importante contribuição para a derrocada do período de exceção e terror instalado em 1964 e que, por mais de 20 anos, tentou calar milhões de vozes que clamavam por liberdade e democracia. Muitos jornalistas tombaram na luta para manter erguidas tais bandeiras. Não foi em vão. Hoje, as Comissões Nacional e Regionais da Verdade dos Jornalistas trabalham para que o país se reencontre com sua história e para que o respeito aos direitos humanos e a Justiça prevaleçam sobre o obscurantismo que fez da tortura - crime de lesa humanidade - prática corriqueira que fez milhares de pessoas chorarem em solo nacional.

Não obstante, a cultura da violência enraizou-se no Brasil, que figura nos relatórios internacionais de violências contra jornalistas. Casos como a recente agressão de autoridades do governo municipal de Araraquara (SP), que impediram à força que um jornalista participasse de uma entrevista coletiva, ou o assassinato do jornalista e radialista Rodrigo Neto em Ipatinga (MG), são exemplos cruéis desta realidade. Não nos conformamos e não recuaremos. Continuaremos denunciando e cobrando dos patrões, do governo e do Congresso Nacional medidas efetivas de proteção aos jornalistas, de combate à impunidade e de garantias do direito da sociedade à informação.

A FENAJ, os 31 Sindicatos da categoria e os jornalistas, além de combater toda forma de violência, enfrentam lutas difíceis e importantes como combater um dos mais concentrados monopólios de comunicação do mundo, defender a democratização e um novo marco regulatório das comunicações no Brasil, as liberdades de imprensa e de expressão, o retorno da exigência do diploma de jornalismo como requisito para o exercício da profissão, a qualificação da formação acadêmica e novas diretrizes curriculares de Jornalismo, entre outras.

Todas estas lutas, aliadas à constante busca valorização dos jornalistas com melhores salários e condições de trabalho, têm a ética como amálgama estruturador e a qualidade do Jornalismo como objetivo maior, considerando o direito à informação como propriedade de toda a sociedade, não somente de uns poucos.

Nesta semana em que se comemora o Dia do Jornalista, o lançamento do relatório da pesquisa "Perfil do Jornalista Brasileiro" saúda e premia a categoria e a sociedade com os resultados de um exaustivo trabalho de doutorandos e mestrandos na busca de dados primários fornecidos pelos Sindicatos de Jornalistas de todo Brasil, informações viabilizadas pelos cursos de Jornalismo e dados obtidos junto ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Certamente esta pesquisa se constitui em importante ferramenta para nos orientar na perspectiva de construção de novos horizontes para os jornalistas e o Jornalismo brasileiros.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A Porto Alegre de luta

A Porto Alegre de algumas edições do Fórum Social Mundial mostrou sua cara novamente esta semana.
E quando esta militância social quer batalhar por uma ou mais causas nada a segura. A luta continua!

Vitória do povo

Valeu a pena a luta.
Viva o povo que não desistiu de reivindicar.
 Passagem em Porto Alegre volta para R$ 2, 85, gracas a ação cautelar.

                               Crédito: Jackson Zanini / Especial CP

Mesmo com a chuva torrencial que cai em Porto Alegre, estudantes e representantes de movimentos sociais estão nas ruas da cidade. Comemoram a decisão da Justiça, que entendeu o grito das ruas.

Vejam matéria do site do Correio do Povo:

Novo protesto contra aumento da tarifa de ônibus reúne milhares na Capital

Manifestantes comemoraram liminar que determina valor da passagem de R$ 2,85

Estudantes voltam a protestar apesar da chuva. Crédito: Jackson Zanini / Especial CP

Mais uma vez manifestantes realizaram protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Porto Alegre. No final da tarde desta quinta-feira, centenas deles se concentraram em frente à sede da Prefeitura Municipal, apesar da chuva. Diferentemente das duas últimas manifetações, não houve clima de confronto. A porta da prefeitura permaneceu fechada, sem a escolta de guardas municipais ou de policiais. A área estava isolada com cordas.

Portando instrumentos de percussão e sopro, e logo depois um megafone, as pessoas comemoraram ao saber da liminar da Justiça determinando que a tarifa volte para R$ 2,85. Antes de seguir a caminhada pelo Centro, parte do grupo subiu as escadas da sede do Executivo e acendeu um sinalizador, sempre gritando palavras de ordem contra o aumento e o prefeito José Fortunati.

Apesar da chuva, manifestação aumenta

Depois que seguiram a caminhada, começando pelas avenidas Siqueira Campos e Júlio de Castilhos, a chuva apertou. Porém, o número de participantes do protesto aumentou consideravelmente. A ideia era a de seguir o mesmo trajeto feito no protesto de segunda-feira, que reuniu cerca de 4 mil pessoas. “Pode chover, pode molhar, mas o aumento eu não vou pagar”, “Com chuva, com vento, não pare o movimento” foram palavras de ordem gritadas seguidamente.

O carro de som que levava o megafone falava às pessoas que estavam nas paradas de ônibus para que não pagassem R$ 3,05. O valor da tarifa voltará aos R$ 2,85 apenas quando a liminar entrar em vigor, no momento em que a prefeitura for intimada, conforme explicou o vereador Pedro Ruas. O discurso, porém, enfatizava que “a luta continua até que a passagem seja de R$ 2,60”.

A ideia do grupo era a de seguir o mesmo trajeto de segunda-feira, cruzando o Túnel da Conceição e depois tomando a rota do Largo Zumbi dos Palmares. A Brigada Militar acompanha a caminhada atrás da multidão. O trânsito na região ficou caótico.

Reajuste polêmico

Em vigor há pouco mais de dez dias, o reajuste das passagens foi motivo de uma série de protestos em Porto Alegre. Na segunda-feira passada, cerca de 4 mil participantes percorreram as ruas do Centro. Na semana passada, a manifestação dos estudantes acabou em confusão, e diversas vidraças da prefeitura foram quebradas e a porta danificada, inclusive com uma pichação contra a passagem perto da entrada. De acordo com o Executivo, os prejuízos aos cofres públicos passam de R$ 32 mil.

Com informações do repórter Tiago Medina / Correio do Povo


 

História de uma conquista




Tenho tantas história de amor com o Internacional. Neste dia em que o clube completa 104 anos, vou contar uma. O 12 de dezembro de 1976 marcou a final do campeonato brasileiro, com o Internacional enfrentando o Corinthians em um Beira-Rio completamente lotado. Se ganhasse, o colorado seria bicampeão. Este era o problema. Durante a semana, na empresa em que trabalhava (Amrigs), o colega Zé Carlos chegou ao pé do meu ouvido e confessou:
- Acho que vamos perder. Não cumpri a minha promessa.
- Opa, que promessa é esta, cara? – questionei, assustado.
- No ano passado, quando ganhamos o primeiro título, prometi que iria a pé de Porto Alegre ao santuário do Padre Reus, em São Leopoldo – esclareceu.
Aparício, que escutava na espreita, não teve dúvida:
- Então vamos, tchê!
O problema é que trabalhávamos durante toda a semana e o jogo era domingo. Restava o sábado. Nos entreolhamos e concordamos que iríamos percorrer os 38 quilômetros até o santuário. No dia marcado, pegamos um ônibus na Praça Parobé e fomos até o Monumento ao Laçador, ponto de partida da marcha pela vitória. No início, os passos foram céleres, pois a temperatura era amena. Nos próximos minutos e horas seguintes, esquentou e fomos diminuindo o ritmo. Por volta das 11h, o Aparício cravou o olho num bar e sugeriu:
- Vamos iniciar os trabalhos?
Todo mundo estava pensando na cerveja gelada, para amenizar o calor. Não lembro quantas foram, mas sei que, durante o trajeto, descansamos novamente em bares da rodovia para molhar a garganta com Antarctica e Brahma – as duas preferidas da época. Entre caminhadas e paradas, chegamos ao santuário por volta das 18 horas. Estávamos completamente extenuados e encharcados (de ceva). Rezamos bastante e, com certeza, o Padre Reus nos perdoou.
Obviamente, não voltaríamos a pé para Porto Alegre. Malandro, Zé Carlos não tinha colocado esta possibilidade na promessa. De volta a casa, fui direto para o banho e para a cama porque, no outro dia, era hora de decisão. Foi difícil, em função do cansaço e da bebedeira, mas nos encontramos no estádio às 10 horas. O Beira-Rio estava apinhado de colorados e, incrivelmente, de uma massa de corintianos.
Sabíamos que a promessa garantia a vitória. E assim foi. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Dario saltou alto para cabecear e abrir o placar. Na etapa final, aos 12 minutos, Valdomiro cobrou uma falta, a bola bateu no travessão e cruzou a linha do gol. O árbitro José Roberto Wright, apoiado na informação do assistente Luiz Carlos Félix, validou o gol para a explosão vermelha no Beira-Rio: 2 a 0. Os corintianos fizeram de tudo para estragar nossa festa. Torcedores ameaçaram invadir o estádio e o time queria abandonar o campo. Puro desespero. A segunda estrela estava garantida em função da campanha maravilhosa: 19 vitórias, três derrotas e um empate. E também por causa da promessa cumprida no dia anterior. Não contei quantas cevas tomamos neste dia. Mas equivaleu ao volume do dia anterior. O Inter mereceu.

Isso interessa aos jornalistas brasileiros

 A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lança nesta quinta-feira, 4 de abril, em entrevista coletiva à Imprensa, o relatório final da pesquisa "Perfil profissional do jornalista brasileiro". A atividade será às 14h30, no Hotel Aracoara, em Brasília. O lançamento do relatório da pesquisa marca as atividades do Dia do Jornalista - 7 de abril.
A pesquisa é um projeto do Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (TMT/UFSC) em parceria com a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e com apoio do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e da Associação Brasileira de Pesquisadores do Jornalismo (SBPJor). Foi a primeira vez que se realizou uma pesquisa com jornalistas baseada num estudo prévio das dimensões da categoria - aproximadamente 145 mil profissionais - e com amostragem de todas as regiões do país.

Os resultados se baseiam em respostas de 2.731 jornalistas, de todas as unidades da federação e também dos exterior, a um questionário online. Com margem de erro inferior a 2%, foi desenvolvida com a participação voluntária dos profissionais.

Entre as características demográficas da categoria, o relatório aponta significativa expansão na presença feminina no fazer jornalístico. Segundo os dados da pesquisa, hoje há mais mulheres (64%) do que homens atuando no mercado de trabalho. Apesar disso, os homens ocupam predominante os cargos de chefia.

Quase a íntegra dos jornalistas que atuam no Brasil têm formação superior (98%), segundo os dados. Desses 91,7% têm graduação em Jornalismo. Dos graduados, 61,2% são formados no ensino privado e 40,4% deles têm curso de pós-graduação. Foram identificados 317 cursos de Jornalismo no país.

De acordo com o levantamento, 59,9% dos jornalistas recebem até cinco salários mínimos. O índice de desemprego observado na categoria coincide com a taxa no país, que fechou o ano de 2012 com 5,5%. A cada 4 jornalistas, 1 está filiado a sindicato, ou seja 24,2% são associados a entidades sindicais. Dos jornalistas, 55% atuam em mídia (veículos de comunicação, produtoras de conteúdo etc.), 40% atuam fora da mídia, em atividades de assessoria de imprensa ou comunicação ou outras ações que utilizam conhecimento jornalístico, e 5% trabalham predominantemente como professores.

Estes e muitos outros dados serão apresentados aos participantes da Entrevista Coletiva, que contará com a presença de diretores da FENAJ, do FNPJ, da SBPJOR e de um dos coordenadores da pesquisa, o professor Samuel Pantoja Lima (da Universidade de Brasília, cedido ao Departamento de Jornalismo da UFSC). O relatório será publicado no livro "Perfil do jornalista brasileiro - Características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012", em impressão pela Insular (Florianópolis).

Internacional, 104 anos de glórias


Parabéns, Sport Club Internacional. Teus 104 anos de intensa glória é motivo de orgulho para nós, torcedores. Tuas conquistas são nossas conquistas.
Que muitas taças de sejam erguidas hoje e sempre. Que sejam as de champanha e as dos títulos conquistados em profusão neste teu período de existência. Vida longa, colorado!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Luta sem baderna

Teu depoimento, Marcela Donini, retrata a posição de todas as pessoas que conhecem a força de uma luta. O movimento foi liderado por jovens, mas lá estavam pessoas mais velhas, que já participaram de outras batalhas. Não fui, mas li depoimentos de colegas com cabeça branca que marcharam ao lado de jovens. A manifestação de segunda foi uma embrião que vai gerar a caminhada de quinta e de outras tantas. Em frente!