quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Vamos à luta: querem tirar nossas funções na TV e no rádio


Alerta aos jornalistas e para quem não é: querem colocar no nosso lugar radialistas, que têm piso salarial menor e jornada maior. Melhor para os patrões.

Leia matéria da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ):

No apagar das luzes das atividades da Câmara dos Deputados em 2007 foi apresentado um substitutivo ao Projeto de Lei nº. 1.337, que regulamenta a profissão de radialista. Bem ao gosto dos interesses patronais, o substitutivo retira todas as atividades e funções dos jornalistas no rádio e televisão. A FENAJ está convocando as entidades e os profissionais de Jornalismo a reagirem ao projeto.O substitutivo do deputado Beto Mansur (PP/SP) ao Projeto de Lei nº. 1.337, do deputado Wladimir Costa (PMDB/PA), foi apresentado na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados no dia 19 de dezembro. E está com prazo para apresentação de emendas, que é de 5 sessões ordinárias a partir de 24 de dezembro de 2007.

“Uma adequada formação enseja, pois, maior produtividade, melhor qualidade e maior envolvimento com o resultado final veiculado pela mídia, que assim exerce plenamente o papel que dela se espera, portanto, faz-se necessárioviabilizar a regularização de profissionais que já vinham atuando no mercado ou que nele iniciavam suas atividades”, justificou Beto Mansur em matéria veiculada pela Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão.

“Achamos que a proposta é conveniente para os donos de emissoras de rádio e TV, e aí mora o perigo, pois muitos parlamentares são donos ou testas de ferro de emissoras”, diz o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. Ele revela que a entidade já iniciou a reação ao substitutivo: “Emitimos um alerta geral aos Sindicatos dos Jornalistas e buscaremos uma audiência com o deputado Beto Mansur”.

Considerando que o substitutivo ataca a regulamentação profissional e o exercício das funções de jornalistas, a FENAJ já mobilizou sua assessoria jurídica e pretende interferir na tramitação legislativa do substitutivo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O Reino do Gado repercute no Brasil e no exterior

Fonte: http://www.amazonia.org.br

O relatório O Reino do Gado, lançado neste domingo por Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, parece destinado a pautar um amplo debate público sobre a cadeia de atividades que acabam deslocando a pecuária para o Norte do país. Ao contrário do que normalmente acontece, o diagnóstico parece ser unanimidade entre todos os atores interessados, mesmo aqueles com interesses diametralmente opostos. Conforme apurou a Folha de São Paulo, que repercutiu com diferentes protagonistas locais, o próprio presidente da comissão da Amazônia da Confederação Nacional da Agricultura, o pecuarista paraense Carlos Xavier, ressalta que a pecuária está sendo "empurrada para cá" por uma "pressão muito forte", oriunda do aquecimento de outras atividades agrícolas. Já o prefeito de São Félix do Xingu, Denimar Rodrigues, admite abertamente que "sai muito mais barato desmatar que investir na recuperação do pasto", pois "ninguém respeita o limite". Na manhã de hoje, Amigos da Terra relatou ter recebido dezenas de e-mails de reação ao relatório, inclusive de grandes pecuaristas, todos concordando com a análise do relatório.
Menos consenso deve existir sobre as soluções e recomendações, pelo menos a partir dos fatos levantados pela Folha. O jornal verificou que a chegada de novos frigoríficos não substitui o mercado local, que paga preços irrisórios e consome carne em grande quantidade. Conforme defendido por Roberto Smeraldi, diretor de Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, em entrevista àquele jornal, os dois mercados tendem a se complementar e conviver, aumentando o impacto da atividade.
Até o momento não houve comentários ou explicações por parte do governo em relação ao relatório e à reportagem da Folha, que apontou a falta de implementação das diretrizes do BASA no caso do Pará, conforme admitido pelo gerente do banco em São Félix do Xingu. Especialistas comentam, em e-mails enviados para a entidade, que as exigências do banco são implementadas de forma mais correta em estados como o Acre, enquanto no Pará, Mato Grosso e Rondônia faltaria o rigor necessário.
No exterior, o jornal The Independent, baseado em Londres, dedicou duas páginas de sua edição de domingo ao relatório. Neste caso, o destaque foi por conta do envolvimento do Banco Mundial no financiamento da expansão da pecuária na Amazônia. Em março de 2007, o IFC, braço do Banco Mundial para o setor privado, aprovou um empréstimo para diversos frigoríficos do grupos Bertin, sem estudar a maioria das áreas afetadas. O The Independent enxerga uma contradição entre a recente proposta do Banco Mundial durante a conferência do clima em Bali - visando criar um mercado da redução de emissões oriundas do desmatamento - e o financiamento da expansão da pecuária. Dois ex-funcionários do banco enviaram comentários para a entidade a respeito da reportagem do jornal inglês, alegando que as duas iniciativas podem ser compatíveis, embora de forma perversa, já que o aumento do desmatamento poderia contribuir para estimular o mercado da redução nas emissões.
Leia aqui o relatório na íntegra

E o Porto-Alegrense?

Torcedores e dirigentes do Porto-Alegrense já não escondem a preocupação como time (?) que está sendo preparado pelo técnico Vagner Mancini para a temporada. O caderno de esportes de ZH é taxativo: "Preocupante". Bem, o problema é para o lado da Azenha, que terá que administrar crises ao longo do semestre.
O Inter, ao contrário, vem de uma bem-sucedida pré-temporada nos Emirados Árabes e quer ganhar o Gauchão e a Copa do Brasil no primeiro semestre. Depois, que venha o segundo.

Pato é exaltado pela imprensa internacional

Ontem, quando Alexandre Pato desconcertou o zagueiro do Napoli e tocou por baixo do goleiro adversário, lembrei de uma partida que assisti no primeiro semestre de 2006 no campo suplementar do Beira-Rio. O Inter jogava a segunda divisão do campeonato gaúcho com o time B e tinha dificuldade de vazar a zaga adversária no primeiro tempo.
Na segunda etapa, entrou em campo um guri que diziam ter 16 anos, mas ostentava um corpo de jogador de 18 anos. Uns o chamavam de Alexandre, outros de Pato. Isso não importa porque o mais importante foram os dois gols marcados pelo garoto. No primeiro, driblou dois zagueiros e chutou cruzado e com categoria, sem chance para o goleiro. O segundo foi de cabeça. Suas evoluções, sempre buscando o gol, chamaram a atenção de todos.
Os torcedores que assistiam ao jogo agarrados à tela se olhavam e pelo menos um disse: "Esse guri é fenômeno". Depois disso, todo mundo sabe o que aconteceu. O Inter escondeu Pato até renovar seu contrato por um salário que permitisse assegurar uma boa indenização em caso de venda. Jogou pouco no Inter, mas mostrou que o senhor que estava ao meu lado em 2006 tinha sido um profeta.
Ontem, na goleada do Milan por 5 a 2 sobre o Napoli, no Estádio San Siro, a atuação do guri de Pato Branco (PR) repercutiu na imprensa internacional. Alexandre, agora com 18 anos, já é considerado um "fenômeno" pelos especialistas. Na manchete do diário italiano Corriere dello Sport de hoje está estampado "fenômeno Pato", com uma foto do atacante brasileiro em destaque (foto acima). O jornal La Gazzetta dello Sport definiu o time de Milão como "Patômico" - associando o nome do brasileiro com a palavra 'atômico'.
Só espero que a fama e o "eudeusamento" não perturbem a cabeça do rapaz. Aqui no Inter, quando fazia gol, saia correndo sozinho em direção à torcida como se fosse o único responsável pela conquista. Muitos torcedores criticavam a atitude. Ontem, chorou abraçado aos craques consolidados do Milan e formou um coração com as mãos, homenageando sua namorada, a atriz Sthefany Brito, presente no estádio. Além disso, beijou o distintivo do Milan, atitude comum entre os jogadores que estão chegando em uma equipe e querem agradar a torcida. Que não esqueça do Internacional, clube que o formou desde os 10 anos.

Silêncio

domingo, 13 de janeiro de 2008

As flores



Ah, as flores!
Elas ficam aí, como alguém as pôs
e não interferem no silêncio da imaginação.
De repente as descubro e me envergonho
de as não ter visto antes.
As flores, elas ficam assim
como quem chegou pelos fundos
e fazem tudo pra nos fazer felizes,
apesar de tudo.
As flores, querida,
são o recado que a gente tentou mandar
e não soube dizer.


Storari

FHC não vive sem Lula

Desde que saiu do Palácio do Planalto, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso tem usado o governo do seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, para continuar com espaço na mídia. Ou ganhar alguns reais, dólares ou euros em palestras pelo mundo. É o seu prazer. Agora, o ex-presidente anunciou no jornal o Estado de S.Paulo que Lula voltará a ser candidato em 2014. E os sites que costumam reproduzir as notícias compram a idéia. O Terra, por exemplo, apresenta hoje o seguinte título: "FHC diz que Lula vai se candidatar em 2014."
Quando afirma que o atual presidente é "um político profissional", defende o povo em campanha e agrada a elite quando está no governo, Fernando Henrique se olha no espelho. Mesmo fora do poder, ele atua profissionalmente nos bastidores da política e fez exatamente o que diz que Lula faz. Com uma diferença: se fosse candidato na próxima eleição, algo que não pode e não quer, o atual presidente seria eleito. FHC, por conhecer o resultado de pesquisas que seu partido (PSDB) realiza, nunca arriscou. Sabe de sua rejeição.
Portanto, o que o move a falar tanto de Lula é a inveja. Ou seja, o sociólogo só sobrevive correndo atrás do metalúrgico. Isso é muito doloroso para FHC, que esqueceu tudo que escreveu antes de governar o Brasil (como mostra com perfeição a charge do Bira).


Centrais defendem programas sociais

A centrais sindicais fizeram o que seus associados esperam delas. A CUT, a Força, a CGTB, a UGT, a CTB e a NCST aprovaram uma ação conjunta em defesa dos recursos dos programas sociais e da manutenção dos acordos firmados com os servidores públicos, garantindo os reajustes e a realização de concursos para novas contratações.
A decisão das centrais é uma resposta a pressões da mídia e ameaças de setores do próprio governo de que estes cortes seriam necessários após a não-aprovação da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O desaparecimento desta contribuição criou um rombo de R$ 40 bilhões no Orçamento da União.
Para as centrais, é fundamental a pressão para garantir políticas que pesem sobre os impostos diretos que taxem os ricos, como a constituição de uma nova estrutura da Tabela de Imposto de Renda e o aumento do hoje inexpressivo Imposto Territorial Rural - ITR. Exigem também o aumento da taxação sobre a herança e a regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas, previsto na Constituição Federal de 1988.

O clima e o espirro

Desde ontem, já espirrei mais de cem vezes. Quem me conhece sabe que o meu não é um simples espirro, mas uma trovoada. Tenho rinite alérgica e, a cada mudança no clima, sou atingido em cheio. Começam repentinamente e vão aumentando, até que se torna impossível sequer completar uma frase no intervalo entre um espirro e outro. Os olhos lacrimejam bastante e coçam, assim como a garganta. Só resta ir ao banheiro, lavar o rosto e ver se melhora. Não adianta. Instantes depois, surgem os espirros novamente. Nessa altura, o nariz já está todo entupido, e os olhos bastante irritados e avermelhados. É a crise de rinite alérgica que se instalou.

Fui buscar na internet uma explicação para isso. Na página http://www.cavaleirokbyte.com.br/Curiosidades, encontrei algumas explicações:
O espirro é um mecanismo de defesa, uma forma de o organismo liberar bactérias e vírus alojados nas vias respiratórias, especialmente no nariz, limpando-o, explica o neumologista Clystenes Odyr Silva.
Mais: não tente impedir o espirro e jamais bloqueie o nariz para evitar fazer barulho.
A velocidade do espirro pode ser de 160 km/h. Ao tampar nariz, a pressão é transmitida para um canal do ouvido e corre-se o risco de ter-se o tímpano rompido.

Em outro endereço (http://www.brasilescola.com/doencas/espirro.htm), também encontrei boas explicações:
O espirro é um mecanismo que o corpo humano possui para provocar a expulsão de ar, convulsiva e semi-autônoma, do nariz e boca. O espirro acontece devido à irritação, às vezes por bloqueio bacteriano na garganta, pulmões ou nas passagens do nariz, também pode ser causado por algum estímulo ótico.
O ar que é expelido nos espirros pode atingir velocidades de 70 m/s (250 km/h ou 155 MPH). É impossível alguém continuar com as pálpebras abertas durante um espirro, pois os nervos dos olhos e nariz estão próximos e relacionados, e o estímulo em um deles estimula a resposta do outro. Se as palpébras não fechassem, provavelmente os olhos seriam expelidos da órbita ocular. O espirro não deve ser segurado, pois pode provocar pressão nas vias aéreas superiores e no canal do ouvido, chegando a causar uma série de problemas, como surdez repentina, vertigens e até a ruptura do tímpano.

Bem, aprendi mais alguma coisa sobre este companheiro inseparável, o espirro. Ele continuará me acompanhando e, por isso, tenho que lidar com a sua manifestação. Enquanto escrevia este scrap, espirrei 12 vezes de forma quase contínua. Vou parar... com o texto.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Boa notícia: BBB 8 está derrapando

Finalmente, a velha fórmula de pegar o telespectador pela futilidade está se esgotando. Poucos divulgam, mas os índices de audiência do BBB 8 estão baixíssimos. Parece que os brasileiros se deram conta de que a baixaria, a fofoca, a invasão de privacidade e o jogo proporcionado pelos confinados é apenas uma fórmula de mantê-los alienados, ao velho estilo pão e circo.
Contudo, acredito que a Rede Globo buscará um jeito de azeitar o BBB, nem que seja inserindo novas baixarias e futilidades. Torço para que os telespectadores não entrem na onda.
Oito edições é dose demais. Uma inutilidade...

Princípio-Terra

Leonardo Boff *

Nunca se falou tanto da Terra como nos últimos tempos. Parece até que a Terra acaba de ser descoberta. Os seres humanos fizeram um sem número de descobertas, de povos indígenas embrenhados nas florestas remotas, de seres novos da natureza, de terras distantes e de continentes inteiros. Mas, a Terra nunca foi objeto de descoberta. Foi preciso que saíssemos dela e a víssemos a partir de fora, para então descobri-la como Terra e Casa Comum. Isso ocorreu a partir dos anos 60 com as viagens espaciais. Os astronautas nos revelaram imagens nunca dantes vistas. Usaram expressões patéticas, como "a Terra parece uma árvore de Natal, dependurada no fundo escuro do universo", "ela é belíssima, resplandecente, azul-branca", "ela cabe na palma de minha mão e pode ser encoberta com meu polegar". Outros tiveram sentimentos de veneração e de gratidão e rezaram. Todos voltaram com renovado amor pela boa e velha Terra, nossa Mãe. Esta imagem do globo terrestre visto do espaço exterior, divulgado diariamente pelas televisões do mundo inteiro, suscita em nós sentimento de sacralidade e está criando novo estado de consciência. Na perspectiva dos astronautas, a partir do cosmos, Terra e Humanidade formam uma única entidade. Nós não vivemos apenas sobre a Terra. Somos a própria Terra que sente, pensa, ama, sonha, venera e cuida. Mas nos últimos tempos se anunciaram graves ameaças que pesam sobre a totalidade de nossa Terra. Os dados publicados a partir de 2 de fevereiro de 2007 culminando em 17 de novembro pelo organismo da ONU Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas, com os impasses recentes em Bali nos dão conta de que já entramos na fase do aquecimento global com mudanças abruptas e irreversíveis. Ele pode variar de 1,4 até 6 graus Celsius, dependendo das regiões terrestres. As mudanças climáticas possuem origem andrópica, quer dizer, tem no ser humano que inaugurou o processo industrialista selvagem, seu principal causador. Se nada for feito, iremos ao encontro do pior e milhões de seres humanos poderão deixar de viver sobre o planeta. Como destruímos irresponsavelmente, devemos agora regenerar urgentemente. A salvação da Terra não cai do céu. Será fruto da nova corresponsabilidade e do renovado cuidado de toda a família humana. Dada esta situação nova, a Terra se tornou, de fato, o obscuro e grande objeto do cuidado e do amor humano. Ela não é o centro físico do universo como pensavam os antigos, mas ela se tornou, nos últimos tempos, o centro afetivo da humanidade. Só temos este planeta para nós. É daqui que contemplamos o inteiro universo. É aqui que trabalhamos, amamos, choramos, esperamos, sonhamos e veneramos. É a partir da Terra que fazemos a grande travessia rumo ao além. Lentamente estamos descobrindo que o valor supremo é assegurar a persistência do planeta Terra e garantir as condições ecológicas e espirituais para que a espécie humana se realize e toda a comunidade de vida se perpetue. Em razão desta nova consciência. falamos do princípio Terra. Ele funda uma nova radicalidade. Cada saber, cada instituição, cada religião e cada pessoa deve colocar-se esta pergunta: que faço eu para preservar a mátria comum e garantir que tenha futuro, já que ela há 4,3 bilhões de anos está sendo construida e merece continuar a exitir? Porque somos Terra não haverá para nós céu sem Terra.

* Teólogo e professor emérito de ética da UERJ

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Placa proíbe, mas banhistas não se importam com poluição

A placa vista em primeiro plano na foto diz que é proibido tomar banho naquele local por causa da poluição. Tirei a fotografia na praia de Ipanema, em Porto Alegre, onde o alto nível de coliformes fecais impedem o banho. No entanto, em função do calor de quase 40ºC que assola Porto Alegre nos últimos dias, faz adultos e crianças se atirarem nas águas poluídas, esquecendo-se de que podem adquirir intoxicações e infecções. As placas estão espalhadas em todas as praias de água doce do Guaíba, mas o calor é mais forte. E não dá para tirar as pessoas à força destes locais.

Ser forte

Ser forte é amar alguém em silêncio.
Ser forte é deixar-se amar por alguém que não se ama.
Ser forte é fingir alegria quando não se sente.
Ser forte é sorrir quando se deseja chorar.
Ser forte é consolar quando se precisa de consolo.
Ser forte é calar quando o ideal seria gritar a todos sua angústia.
Ser forte é irradiar felicidade quando se é infeliz.
Ser forte é esperar quando não se acredita no retorno.
Ser forte é manter-se calmo no desespero.
Ser forte é elogiar quando se tem vontade de maldizer.
Ser forte é fazer alguém feliz quando se tem o coração em pedaços.
Ser forte é ter fé naquilo que não se acredita.
Ser forte é perdoar alguém que não merece o perdão.
Ser forte é, enfim, viver quando já se está morto.
Ser forte é por mais difícil que seja amar a vida!
Ame-a! Seja forte!

(Autor desconhecido)

Quem ama inventa

Mário Quintana

Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revôo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Surpresos com o Inter? Eu não

Parece que alguns colegas jornalistas do centro do país ainda não aprenderam a lição que o Internacional lhes ministrou no dia 17 de dezembro de 2006 no Japão. Na ocasião, o colorado sagrou-se Campeão do Mundo FIFA, batendo o poderoso Barcelona de Ronaldinho, Deco e Cia. Durante dias, comentaristas, colunistas e repórteres de São Paulo e Rio precisaram explicar aos leitores de jornais, aos visitantes de sites e aos telespectadores como o Inter tinha alcançado tal façanha.
Pouco mais de um ano daquela glória, o Inter foi a Dubai e chegou à final da Copa local contra a Inter de Milão, tida como uma das melhores equipes mundiais (verdade!). Alguns afoitos - não apenas gremistas - profetizavam que a goleada a favor dos italianos era certa no dia 7 de janeiro de 2008. O colorado dos pampas foi lá, mostrou-se superior, fez dois gols à brasileira e está trazendo outro caneco para o Beira-Rio nos próximos dias (foto acima de Alexandre Lops, do site do Inter).
Só então as emissoras de televisão, os sites e o jornais notaram o tamanho da conquista. O torneio amistoso, envolvendo ainda grandes times europeus, reafirmou o futebol competitivo praticado aqui no Sul desde os anos 70, outro período em que o Inter surpreendeu o Brasil com os três títulos nacionais. Detalhe: futebol de garra, como o apresentada pelo argentino Guiñazu, não prescinde de grandes jogadores como Nilmar e Fernandão, autores de dois gols espetaculares, repetidos à exaustão pelas emissoras de televisão após a conquista.
Enquanto isso, o colorado vai acumulando títulos. Preparem-se para o restante da temporada.

Pergunta: que clube brasileiro conquistou mais títulos internacionais nos últimos 17 meses? Confira:

16 de agosto de 2006 - Campeão da Libertadores da América
17 de dezembro de 2006 - Campeão Mundial de Clubes FIFA
7 de junho de 2007 - Recopa Sul-Americana
7 de janeiro de 2008 - Dubai Cup

Dicas da Bamboletras

Com assiduidade, recebo boas dicas de livros da colega jornalista Lu Vilella, da Livraria Bamboletras. Para os poucos amigos que ainda não sabem, este espaço cultural fica no Centro Comercial Nova Olaria, na Lima e Silva, em Porto Alegre. A escassos passos de minha residência.
Pois a Bamboletras está oferecendo, neste mês de janeiro, 20% de desconto em oito títulos da Cia das Letras. Segundo a Lu, são livros de diferentes gêneros, selecionados para os mais diversos gostos literários. Tem romance - dos bons! -, biografia, sociologia e até física.

Confira a lista e passe na livraria:

- Istambul, do Nobel Orhan Pamuk - de R$ 48,00 por R$ 43,20.
- O Sonho Mais Doce, da também Nobel Doris Lessing - de R$ 62,50 por R$ 50,00.
- Aventuras no Marxismo, de Marshall Berman - de R$ 50,50 por R$ 40,40.
- A Dança do Universo, de Marcelo Gleiser - de R$ 53,00 por R$ 47,70.
- A Harmonia do Mundo, do mesmo, de R$ 44,00 por R$ 35,20.
- O Fim da Terra e do Céu - idem, de R$ 53,00 por R$ 47,70.
- Che Guevara, de Jorge G. Castaneda, de R$ 58,50 por R$ 46,80, e
- História da Vida Privada - Da Renascença ao Século das Luzes (v. 3) - de R$ 86,00 por R$ 68,80.

Boa leitura!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Metade

(Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza

Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
E a outra metade um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
E a outra metade não sei

Que não seja preciso mais que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é a canção

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Taxa de mortalidade infantil de Cuba é menor que a dos EUA

Cuba concluiu 2007 com uma taxa de mortalidade infantil de 5,3 menores de um ano falecidos por cada mil nascidos vivos, cifra que coloca o país como o mais avançado da América Latina nesse quesito. Esse número representa o menor índice atingido pela ilha e só é comparável no continente americano à obtida pelo Canadá. De acordo com estatísticas expostas no Estado Mundial da Infância 2007, publicado pelas Nações Unidas, a taxa de mortalidade infantil a nível mundial é de 52 e a de América Latina 26, enquanto a dos Estados Unidos coloca-se em 6.
Os números anteriores contrastam com as 108 mortes por cada mil nascimentos vivos que se produziram na África ocidental. A partir de dados oferecidos pelo Programa de Atenção Materno Infantil e do Ministério da Saúde Pública, o jornal Granma assinala que seis das 14 províncias cubanas atingiram uma taxa abaixo da média nacional. Lugar preferencial tiveram Sancti Spíritus com 4,1 e Camagüey com 4,2.
A publicação acrescenta que 21 municípios da ilha fecharam no ano anterior com zero mortalidade infantil. Do total de nascidos – 1.102 a mais que em 2006 –, houve 592 falecidos devido fundamentalmente a afecções pré-natais, anomalias congênitas e infecções, indicaram as fontes.
Além da baixa taxa de mortalidade infantil, em Cuba durante o 2007 só morreram 21 mães por cada 100 mil nascimentos – no mundo foram anunciadas 400 em igual quantidade de partos.
Os baixos índices de mortalidade infantil e materna sustentam-se no estabelecimento de um sistema de saúde acessível e gratuito para toda a população, sem exceções, desde o início da Revolução de 1º de janeiro de 1959.
Em Cuba, de forma programada os meninos sãos são vistos na consulta de Puericultura 12 vezes no ano, contam com os exames de um geneticista e recebem imunização contra 12 doenças previsíveis.

Vermelho (www.vermelho.org.br)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Nós somos campeãos!

Diziam que seríamos goleados pela Inter de Milão. Mas o Internacional mostrou que é superior, inclusive pela beleza plástica dos gols marcados. Fernandão fez de voleio no início do primeiro tempo, e Nilmar assinalou de bicicleta na metade da etapa final. O colorado, com isso, conquistou o título da Copa Dubai, nesta segunda-feira, ao bater a poderosa Inter por 2 a 1. Sem dúvida, mostramos supremacia diante de três dos principais clubes europeus (além da Inter, o Ajax e o Stuttgart).
Grande Inter, eu sei tu podes chegar mais longe do lugar onde já foste. Neste ano, quero a glória do Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro, da Sul-Americana, do Gauchão e de qualquer título que disputarmos. Somos fortes, temos jogadores de grande qualidade e muita garra.
Viva o Inter!

A foto de Alexandre Lops, do site do Inter, mostra a vibração dos jogadores colorados no Emirados Árabes

Inter na segunda. Para gremista ver

Finalmente, os gremistas terão um gostinho especial: poderão ver o Internacional jogar na segunda. Só assim mesmo.
Sobre o jogo de hoje, às 15h, estou de sangue doce: o Inter está recomeçando a temporada e sem ritmo de jogo, enquanto a Inter de Milão se encontra em ponto de bala. Estar na final já é lucro.
No entanto, lembremos das previsões feitas antes das finais da Libertadores contra o São Paulo e, especialmente, do jogo final do Mundial de Clubes FIFA no Japão contra o poderoso Barcelona, ambos em 2006. Não éramos favoritos - como hoje também não somos -, mas levamos o caneco.
Vamos, Inter!!!