quinta-feira, 5 de março de 2009

8 de março na fronteira - "Um Novo Mercosul é Possível"


A CUT Nacional, ao lado de outras entidades dos movimentos sindical e social dos países que formam o Cone Sul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), celebra a data com uma grande manifestação internacional na fronteira da cidade de Santana do Livramento (RS) com a cidade de Rivera, no Uruguai. A manifestação foi proposta pela Comissão de Mulheres da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), entidade da qual a CUT é integrante.
Para a Secretária de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, Mara Feltes, o ato internacional que será realizado em Santana do Livramento é uma grande conquista das mulheres trabalhadoras cutistas. "Queremos que, a partir de agora, as nossas bandeiras de luta sejam incorporadas às bandeiras do Cone Sul", frisa.

Ato contra a "ditabranda"

Neste sábado, 7 de março, às 10 horas, ocorrerá o ato de repúdio à Folha de S.Paulo, que num editorial infame qualificou a ditadura militar brasileira de "ditabranda". Os presentes também prestarão solidariedade à professora Maria Victória Benevides e ao jurista Fábio Konder Comparato, agredidos pelo jornal, que rotulou as criticas de ambos ao editorial como "cínicas e mentirosas". O protesto ocorrerá em frente ao prédio da Folha, na Alameda Barão de Limeira, 425, no centro da capital paulista, e reunirá familiares de presos, desaparecidos e torturados pelo regime militar, intelectuais e ativistas dos movimentos sociais e das organizações de direitos humanos.
Todos os que lutam contra a ditadura midiática têm um compromisso militante no sábado. Como afirma Eduardo Guimarães, editor do blog Cidadania, presidente do Movimento dos Sem Mídia e organizador do ato, não dá para se omitir diante da "perniciosa e ameaçadora revisão histórica perpetrada pelo editorial da Folha, num texto que relativizou a gravidade dos crimes cometidos pelo Estado entre os anos de 1964-1985, período no qual a nação sofreu a usurpação de um golpe militar ilegal e inconstitucional". Para fustigar os inertes, ele cita um pensamento do líder negro Martin Luther King: "O que preocupa não são os gritos dos maus, mas o silêncio dos bons".
Cole nos seus recados:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihn7bllpXj4-o-Tlr_nhvD0rn9EUIkOrlUGGg230jGBwmUIqm20Nw2WeEI7NgbJ1Z8HUwy8TH1rIZpBrq-2N3l6DSE_GlU6PG0A07nYn63AzR5A1yHj31IIhKqffi-v1sTlcVYALrmmO0/s320/ato1.gif
Vamos divulgar o ato contra a ditabranda, pois nenhum crime pode ser considerado brando haja vista os resquícios de crueldade ao qual ele foi proposto durante a ditadura militar.
Se a sociedade calar, podemos correr o risco dessa ditadura voltar acontecer!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Internacional prepara a Marcha do Centenário. Nada será igual...



Ainda não foi divulgado oficialmente, mas o Sport Club Internacional prepara um grande evento para marcar o seu centenário. No dia do aniversário - 4 de abril, sábado - vai realizar uma marcha que sairá do Parque da Redenção em direção ao Beira-Rio. Com certeza, será a maior caminhada de um clube em comemoração aos 100 anos. Nenhum colorado pode perder esta marcha, que terá carro de som e a participação dos jogadores do elenco atual e de ex-atletas. Já estou preparado para este dia, que também terá um jantar no complexo Beira-Rio.
Esta é a festa em Porto Alegre, mas acredito que outros eventos semelhantes estão sendo preparados em todos os rincões deste Brasil.
Vamos, Inter!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Gremistas usam o cartão de fidelidade do Inter


Esta é muito boa.
O Inter lançou e os gremistas aderiram em massa ao cartão de fidelidade do colorado. Que continuem assim!

A empáfia tricolor desapareceu. E o Inter foi naturalmente campeão do primeiro turno



Eles contavam com a vitória certa, diziam que o time deles estava mais organizado, que tínhamos apenas destaques individuais. Não foi o que se viu ontem no Beira-Rio. O Internacional venceu o Porto-Alegrense por 2 a 1 e conquistou invicto (oito vitórias e dois empates) a Taça Fernando Carvalho, correspondente ao primeiro turno do Gauchão. Índio - em um potente chuta à queima-roupa - e Magrão - por meio de um grande cabeceio - marcaram para o Inter. Estamos despachando eles a cada jogo: foi a segunda vitória colorada no clássico em 2009 e o primeiro título conquistado no ano do centenário. Agora, o Inter tem vaga assegurada na final da competição. Se vencer a Taça Fábio Koff, equivalente ao segundo turno, o time colorado será declarado campeão gaúcho. Foi a vitória da organização, do desempenho tático de jogadores como Sandro, Guiñazu, Andrezinho e Magrão e da técnica superior de Nilmar, Taison e Kléber. Foi mais triunfo do contestado Tite contra o idolatrado Roth. Venceu o melhor, que teve também na torcida um ponto forte. Agora, vamos avançar na Copa do Brasil e ganhar o segundo turno do Gauchão. E teremos mais taças no armário.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Arrogância gremista continua

Nas ruas, nos bares e na mídia, a arrogância gremista se mantém firme. Apesar dos últimos resultados em Gre-Nais - todos desfavoráveis para o Porto-Alegrense - o grito geral é de que "eles" vão ganhar fácil o clássico de amanhã. Não aprendem a lição, e insinuam que o time deles é melhor. Não acho que o Inter está jogando bem, mas o Gre-Nal é a nossa casa e a torcida pesa muito. Acredito na vitória, mas não estufo o peito dizendo que sou melhor, mais encorcopado, com melhor atributo tático, etc. Esperarei o fim do jogo.

Montevideo, a pequena grande metrópole








No Carnaval, estive em Montevideu com meu filho Marco. Foi uma viagem escolhida por ele - apreciador de outras culturas -, mas eu também aproveitei muito. Fomos em uma excursão terrestre que incluiu ainda Punta del Este e Chuy. Este foi o nosso trunfo. Em outras ocasiões, estive no Uruguay a trabalho e sempre via aérea. Agora, pude conhecer melhor a capital uruguaia e constatei que ela é uma Buenos Aires menor, com cara de capital e estilo de interior. Começamos por um tour pelo centro da cidade e pela sua parte antiga e histórica.
É uma bela cidade, com construções antigas que se espalham por toda a sua extensão. A guia avisou que Montevideo é a cidade com a melhor qualidade de vida na América Latina e a mais arborizada. A primeira parte necessita de comprovação posterior, a segunda eu conferi in loco. É muito verde por todos os cantos. Pequena, Montevidéu concentra a maior parte de seus pontos turísticos próximos ao centro. Assim, os visitantes que se hospedam na região, que dista 24 quilômetros do aeroporto, podem curtir a maioria das atrações a pé ou em pequenos trajetos de táxi, que custam bem menos que no Brasil. No centro se localiza a Plaza Independencia, onde se encontra um dos maiores símbolos uruguaios, o Palacio Salvo, que durante décadas foi o prédio mais alto da América do Sul. Nela, está também o famoso Teatro Solis, em que há grandes apresentações de música erudita.
A praça é o limite para outro tradicional bairro de Montevideo, a Ciudad Vieja, onde se concentram galerias de arte e uma ampla zona comercial. A Puerta de la Ciudadela está em frente à praça mais importante da capital e, conseqüentemente, lugar escolhido para abrigar o monumento, em bronze, granito e cimento, que homenageia o prócer do país, o general José Gervasio Artigas (1764-1850), que liderou os primeiros movimentos de libertação desse território em relação ao domínio ibérico. O mausoléu onde repousam os restos do herói nacional se encontra no subsolo da praça e está aberto à visitação. Há, também, um ônibus antigo que faz o chamado Paseo Historico pelas ruas da cidade. Vale a pena visitar esta pequena metrópole. Nos próximos tópicos apresento mais razões para afirmar isso.

Estádio Centenário, um monumento histórico





Nunca tinha passado pelo Estádio Centenário, um monumento do futebol mundial. Desta vez, fiquei de frente para o majestoso. Mas tive azar porque fazia um tour quando passamos por lá e o Peñarol estava jogando uma partida do campeonato nacional. Deu uma vontade de ficar... No outro dia, voltamos lá, mas era domingo e o museu do futebol estava fechado. Então, só pude tirar fotos externas deste monumento histórico, oficializado pela Fifa. O estádio para 70 mil pessoas foi o primeiro do mundo desenhado especialmente para um campeonato de futebol. Concluído em 1930, recebeu o nome de Centenário por conta da data de sua inauguração, 18 de julho, feriado uruguaio em que se recorda o juramento da Constituição do país, que então completava cem anos. Ali se realizou a primeira Copa do Mundo, em que o Uruguai fois campeão. Está localizado no Parque Battle, onde existem belas praças para outros esportes.

As praias do rio que parece mar




Chama-se La Rambla a avenida costeira em Montevideo, que tem praias de ponta a ponta. Com 18 quilômetros de extensão, tem de um lado o Rio de La Plata e, no outro, a cidade. Suas praias não poluídas dão um toque especial para os turistas, que observam o rio como se fosse o mar. É possível caminhar, pedalar ou simplesmente respirar o ar puro pelas calçadas, todas elas sem interrupção. Assistir ao pôr-do-sol na rambla é imperdível.
Existem várias prainhas, mas a que mais me agradou foi a de Pocitos, no bairro do mesmo nome. Tem bom espaço para prática de esportes, a areia é branca e recebe tanto os moradores locais quanto os turistas. A Praia Buceo permite a prática do windsurfe e é vizinha Museu Oceanográfico de Montevideo (antigo cabaré). A Praia de Punta Carretas é próxima do Centro e abriga um charmoso centro de compras. De uma antiga prisão com muros grossos e fama de inexpugnável, foi erguido hoje um shopping center muito visitado pelos turistas. As praias de Malvin e de Carrasco ficam mais distantes, mas são igualmente lindas e com bela visão da orla. Percorrendo a La Rambla pode-se ver o Hotel Casino Carrasco, sede do Mercosul, e mais adiante a Ponte das Américas.

Mercado del Puerto, o pólo gastronômico da capital






O endereço da boa culinária uruguaia é conhecido de todos os brasileiros que já foram à Montevideo. O Mercado del Puerto, situado na Cidade Vieja (parte velha) da capital é uma sedução para carnívoros como eu. Ali é possível encontrar todos os cortes de carne, dependendo da fome. Meu prato favorito e de 99% dos clientes que vão ao local é a parrillada completa (morcella, molleja, riñones, chincholines, salsicha parrillera, costela e miúdos bovinos) assada na lenha. Tem gente que prefere o delicioso entrecot (contra-filé para nós) ou pescados (paella é uma opção).
O acompanhamento fica a critério do cliente, que pode escolher batatas fritas, saladas e pães (servidos como entrada e cobrados mesmo que ninguém mexa neles). Mas é impossível não pegá-los e comê-los com manteiga. Ah, não dá para esquecer das cervejas - Patrícia, Pilsen e outras. Ou o "medio y medio", drinque à base de vinho, regalo oferecido antes das refeições. Conforme a tradição, um cantor circula entre as mesas e abre o gogó com repertório local. E ali fica até receber a gorjeta.
Para quem não sabe, o Mercado del Puerto foi construído entre 1865 e 1869 para servir de estação de trem, como indica um relógio no seu interior e balada a cada meia hora. Agora, é um pólo gastronômico da capital uruguaia.
Detalhe importante: ali, colorados e gremistas confraternizam e discutem futebol com civilidade.

El Milongón, a mescla de três estilos culturais







Uma visita obrigatória para quem vai a Montevideo é uma visita à casa de espetáculos El Milongón, que reúne tango, milonga, danças folclóricas e camdomble (música e dança típica dos negros uruguaios). O turista pode jantar e assistir ao show de duas horas, ou optar apenas pelo último. O tango, exibido por meio da interpretação musical de artistas locais ou pela dança de casais, é imperdível. Também a música típica, semelhante a dos gaúchos, é bastante apreciada. Violão, tambores, boleadeiras e a pilcha fazem parte do espetáculo. O camdomble é quase um carnaval, com muito batuque, cores, adereços, mulatas e a interpretação de um típico negro uruguaio. Parece um embrião do samba. Vale a pena.

Punta del Este, que já foi dos indígenas e dos pescadores, agora é dos famosos. Mas continua linda...







É impossível ficar indiferente à observação do guia na chegada a Punta del Este, que chama a atenção pela beleza natural e pela sofisticada arquitetura. Diz ele que o local já foi reduto de indígenas, colônia de pescadores e agora é estação de verão de famosos do mundo inteiror. Distante 134 quilômetros de Montevidéu, localizada numa península que avança entre as águas do Rio da Prata e do Oceano Atlântico, no extremo sul do Uruguai, Punta tem uma diversidade de cenários e de atrações que deslumbra todo visitante. São quilômetros de praias, bosques de eucaliptos e pinheiros e,especialmente, belas mansões e hotéis luxuosos. Por quatro meses (de dezembro a março), vira cosmopolita. De uma população local de 10 mil habitantes, salta para mais de 300 mil. É o momento em que o balneário ferve. Cassinos de luxo, desfiles de moda, campeonatos esportivos e intensa programação cultural transformam Punta numa interminável festa que vai além da dobradinha sol e praia.
No porto, já é possível ver a exuberância: milhares de barcos de tiversos tamanhos e preços formam um belo cenário. Nada que espante os lobos marinhos que chegam perto dos pescadores - ávidos por um peixe - e do turistas. Na praia, dá para posar para fotos ao lado de esculturas como a de sereais ou da tradicional mão de pedra emergindo da areia.
Uma das edificações que chamam a atenção é o Hotel Conrad, com 302 quartos, todos com vista para a praia Mansa. Tem quatro restaurantes, cassino -liberado no país - e spa com cinco tipos de massagens, jacuzzi, sauna e piscina aquecida.
O Conrad tem apartamentos de várias categorias, desde o quarto superior até a Suite Conrad, que mede 608 m2, onde já se hospedaram Shakira, Maradona e Fittipaldi. No dia em que estivemos lá, estavam esperando Julias Iglesias. E já anunciavam Liza Minelli.

O fascínio da Casapueblo





A fascinante Casapueblo, em Punta Ballena, foi criada e modelada pelas próprias mãos do artista plástico uruguaio Carlos Paez Villaró, premiado no mundo inteiro. Ele mora lá e seu ateliê fica na parte mais alta da casa, que tem ainda um restaurante e um hotel. A obra arquitetônica é nada convencional e está há 15 quilômetros do centro de Punta del Começou a ser construída em 1958, a partir de um cômodo feito de latas. Mais tarde foi revestido com ripas de madeiras que vinham de navios naufragados. O guia que nos acompanhou disse que Villaron chegou pedir desculpas aos arquitetos pelo inusitado de sua obra.
Vilaró faz de tudo: tapeçaria, pintura em mural, cerâmica, arquitetura, pintura e escultura. A visita é liberada ao público, mediante o pagamento de um valor irrisório considerando-se a qualidade que o visitante usufruirá. Estive lá, quase me perdi e sai revigorado. Vale a pena!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

ILHA



Djavan

Um facho de luz
Que a tudo seduz por aqui
Estrela brilhante reluz
Nesse instante sem fim
Um cheiro de amor
Espalhado no ar a me entorpecer
Quisera viesse do mar
E não de você

Um raio que inunda de brilho
Uma noite perdida
Um estado de coisas tão puras
Que move uma vida

Um verde profundo no olhar
A me endoidecer
Quisera estivesse no mar
E não em você

Porque seu coração é uma ilha
A centenas de milhas daqui
Porque seu coração é uma ilha
A centenas de milhas daqui

Um cheiro de amor
Espalhado no ar a me entorpecer
Quisera viesse do mar
E não de você

Um raio que inunda de brilho
Uma noite perdida
Um estado de coisas tão puras
Que move uma vida

Um verde profundo no olhar
A me endoidecer
Quisera estivesse no mar
E não em você

Porque seu coração é uma ilha
A centenas de milhas daqui
Porque seu coração é uma ilha
A centenas de milhas daqui

Porque seu coração é uma ilha
A centenas de milhas daqui
Porque seu coração é uma ilha
A centenas de milhas daqui

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Observatório sensato

A sensatez que faltou à mídia brasileira no caso da Brasileira Paula Oliveira - supostamente agredida por nazistas na Suiça - está sobrando aos colunistas do Observatório da Imprensa. Em seus artigos, os colegas lembram que questões básicas do jornalismo, como usar o adjetivo suposta ao episódio da agressão, foram esquecidas. E também lembram que ninguém se preocupou em checar as informações, mesmo estando a milhares de quilômetros de distância. Oportunamente, o Observatório dá oportunidade para que seus leitores avaliem o comportamento da mídia no caso. A pergunta e as opções são?


Como avalia o comportamento da mídia
brasileira na cobertura do caso Paula Oliveira?

* Correto

* Apressado

Vá no site http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/
e responda. O resultado até o momento me deixa satisfeito. Ainda há luz nas redações.

Vergonha... Ou um susto?


Ano do Centenário, ano de grandes conquistas. Este é o principal apelo da direção e de torcedores do Internacional para o ano em que o glorioso clube do Beira-Rio completa 100 anos. De muita glória... E o clube parecia preparado para, efetivamente, fazer bonito ao longo de 2009. Lidera o Gauchão, de forma invicta, e já ganhou um Gre-Nal. Temos a maior folha de pagamento do Brasil, e muitos jogadores de seleção. Mais: já fomos de avião fretado ao interior gaúcho e agora, a direção, "investiu" R$ 150 mil em um voo exclusivo para viajar a Rondonópolis para enfrentar um time de quarta divisão, o União. Resultado: o time cuja folha total não se iguala ao salário de Nilmar (ou de Alex, de D´Alessandro, etc) ganhou o jogo.
Foi uma partida em que os milionários jogadores colorados pareciam estar de salto alto ou com o pés colados na grama. O cansaço não pode estar entre as justificativas (afinal, o voo fretado durou apenas duas horas até o Interior do Mato Grosso). Soberba? Amontamento de craques no meio de campo e da área? Preciosismo nos arremates? Pode ser tudo isso e muito mais...
É preciso avaliar as causas do fracasso e tirar lições. Não se faz um time vencedor apenas com grandes craques. A história mostra inúmeros casos. Que o fraco time do União, que não resistirá no Beira-Rio, tenha nos ajudado a refletir. Não dá para ficar achando justificativas senão aquelas que estão dentro de campo. Direção, treinador e jogadores devem assumir suas responsabilidades para que o ano seja efetivamente de festa e não de tristeza. Fora a maldição do centenário.
Foi vergonhoso, mas que tenha sido também um susto!
Que a imagem de Alexandre Lops (acima), da assessoria do Inter, sirva de lição. A torcida colorada é muito grande em todo o Brasil e não merece ficar triste como ficou ontem.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Diploma de Jornalismo: operações Carnaval e Volta às Aulas

Na expectativa do julgamento do recurso que questiona a exigência do diploma como requisito para o exercício do Jornalismo no Supremo Tribunal Federal, a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma prepara a 'Operação Volta às Aulas'. Entre as orientações aos integrantes do movimento, prossegue a de sensibilização da sociedade também no período de Carnaval.

A ampliação do debate na sociedade acerca da importância da exigência do diploma para qualificar o exercício do Jornalismo é preocupação constante da Coordenação Nacional da Campanha. “Com a iminência da votação no STF é fundamental que continuemos promovendo atividades para divulgar nosso movimento e buscar mais apoios, agora especialmente nas escolas, pois estamos em período de volta às aulas”, destaca Valci Zuculoto, diretora da Federação Nacional dos Jornalistas e integrante da Coordenação.

Valci relembra que uma das orientações é de que os apoiadores da campanha busquem contato com os diretores e coordenadores dos Cursos de Comunicação/Jornalismo, como também com as entidades representativas dos estudantes, para realizarem promoções conjuntas como palestras, debates e aulas inaugurais neste início de ano letivo. Para fortalecer o movimento estão sendo produzidas novas peças da campanha que começarão a ser distribuídas nas próximas semanas.

As ações de sensibilização social para a importância da manutenção do diploma como requisito para o exercício da profissão devem incluir, também, o calendário carnavalesco. “Em estados como os do Amazonas, Ceará e Alagoas, os blocos de jornalistas que participaram de eventos de pré-carnaval aliaram a campanha em defesa do diploma ao clima de descontração do Carnaval. Isto também deve ser feito em outros estados nos próximos dias”, diz a diretora.

Continuar promovendo lançamentos e debates sobre a obra 'Formação Superior em Jornalismo - Uma exigência que interessa à sociedade', colocá-la para venda na internet e em livrarias, estimular a postagem de apoios no site da Fenaj e o envio de mensagens aos ministros do STF são, também, ações recomendadas pela Coordenação da campanha. Para acessar peças do movimento, clique aqui.

A Executiva da Fenaj e a Coordenação Nacional da Campanha preparam a organização de manifestações e Dias Nacionais de Luta. O calendário será divulgado em breve.

Fonte: Fenaj

Venezuela: é sempre bom lembrar

Antes que o cartel da mídia aponte os seus canhões para a vitória de Chávez, acho bom adiantarmos alguns argumentos sobre o que foi decidido neste referendo.
Se puder, leia em espanhol o texto "Lo que debe saber sobre el referéndum venezolano y no le explicarán los medios de comunicación", no site da TeleSur.
Faço aqui um pequeno resumo do que me pareceu mais relevante:

1) Com que base legal está baseado o referendo?
A convocação está prevista e baseada na constituição venezuelana em seu capítulo I do Título IX, referente a emendas e reformas constitucionais. Para tal exige o pedido em assinatura de 15% dos cidadãos e de 30% da Assembléia Nacional, com a aprovação da maioria da Assembléia. 6 milhões de venezuelanos e 88% da Assembléia deram sua assinatura, depois aprovada por 92,% dos parlamentares.

2) Mas não se votou a mesma coisa em dezembro de 2007 e a mudança foi rejeitada?
A proposta anterior estava baseada em outro ponto da constituição. Afetava 69 artigos, incluindo a reeleição presidencial, era muito mais ampla.

3) Mas não é ilógico fazer uma nova consulta sobre um ponto que já foi derrotado?
São duas iniciativas de consulta popular diferentes, das tantas que permitem a constituição venezuelana, e não são incompatíveis. E a direita venezuelana não considerou ilógico em 2004 fazer um referendo revogatório para decidir sobre o mandato do presidente, mesmo ele tendo sido eleito dois anos antes.

4) Mas muitos analistas na mídia dizem que o referendo transforma a Venezuela em uma ditadura...
A aprovação da emenda apenas garante que todo cidadão pode ser eleito para qualquer cargo, independente de já tê-lo exercido anteriormente. Vale lembrar que a reeleição sem limitações é norma em 17 dos 27 países que integram a União Européia. Como exemplos temos Tage Fritiof, primeiro-ministro da Suécia por 23 anos seguidos, Helmut Kohl, chanceler da Alemanha durante 16 anos seguidos e Felipe González,presidente do governo espanhol por 14 anos sem interrupção.

E acrescento, para finalizar, que poucos países têm um processo democrático como o da Venezuela, onde a população é consultada com tanta freqüência. Se a mídia quiser bombardear este exemplo, mandem ela cuidar antes de seu quintal. Lembrem sempre que Rosni Mubarack e o rei Abdallah são dois ditadores sanguinários no Egito e na Arábia Saudita, mantendo calados seus cidadãos com a cumplicidade dos EUA e o silêncio da mídia internacional.

Irmã Dorothy: quatro anos de impunidade


Quatro anos depois da morte da Irmã Dorothy Stang, que trabalhava com pequenos agricultores na região de Anapu, no Pará, nenhum dos acusados de serem mandantes do crime foram punidos. O fazendeiro Vitalmiro Moura foi inocentado em um segundo julgamento, realizado em 2008, e Regivaldo Galvão, apontado pelo Ministério Público como responsável direto pelo assassinato da missionária americana, sequer foi julgado. Quis o destino, porém, que Galvão fosse preso no final do ano passado acusado de grilagem e tentativa de comercialização ilegal de terras públicas.

"Irmã Dorothy morreu defendendo os assentamentos de Anapu, em terra pública, do governo. O que me revolta mais, é que o próprio governo, até hoje, faz muito pouco para defender essas terras e as pessoas que vivem ali", afirma o padre Amaro Lopes, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O trabalho que Dorothy Stang vinha realizando na região também está ameaçado de desaparecer. Seu plano de transformar uma área de cerca de 200 mil hectares em Anapu em modelo de exploração sustentável por pequenos agricultores está paralisado e as terras foram invadidas por fazendeiros e madeireiros.

O Greenpeace tem feito sua parte para manter viva a memória de Irmã Dorothy e sua luta pela atividade sustentável na floresta. Em Belém, durante passagem do navio Arctic Sunrise pela cidade como parte da expedição Salvar o Planeta. É Agora ou Agora, foi exibido o documentário "Eles Mataram Irmã Dorothy", do diretor Daniel Junge, em auditório do cinema da Universidade Federal Rural do Pará (UFRA), durante o Fórum Social Mundial, e também em praça pública, na Estação das Docas da capital paraense.

"Os advogados de defesa dos acusados do crime, que tanto chocam as pessoas que vêem o filme, são apenas atores fazendo o seu trabalho. Mas se este filme não alavancar o debate sobre o sistema judicial e a certeza de impunidade que permeia a nossa sociedade atual, eu terei prestado um desserviço à sociedade", disse Daniel Junge, o diretor do filme.

Fonte: Greenpeace

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Lição - mal - aprendida em casa

Uma cena grotesca surgiu na minha frente ontem, causando tristeza e revolta. Um menino, com cerca de nove anos, caminhava acelerado, levando o chinelo em uma das mãos. Estranhei a cena. Alguns segundos depois descobri as razões de sua atitude. O guri mirou e acertou em cheio um pássaro que comia um alimento na calçada. Saltaram penas para todos os lados, e a ave nem piou. Ficou inerte no chão até que o seu algoz a pegou e gritou para um amigo postado no outro lado da rua: "Acertei, acertei..." E olhava sua presa com prazer. Eu e outras pessoas protestamos. Perguntamos se aquela era a educação que ele recebera em casa, se sabia que era crime maltratar animais. Ele não se importou, riu de "felicidade", seguiu adiante e jogou o pássaro morto junto a uma árvore. Como se atira um saco de lixo.
Descobri alguns passos adiante que ele estava trabalhando. Sim, um menino com sua idade distribuia panfletos de propaganda nas caixas de correspondência. Não aguentei e novamente o questionei: "Tu sabes que criança não deve trabalhar? Para quem tu estás fazendo isso?" Auxiliado pelo colega, dirigiu uma série de palavrões para mim, antes de dizer: "Vou chamar o meu patrão"! Quis me intimidar. Fiquei triste porque estava diante de uma criança que parecia desconhecer os limites entre o certo e o errado e certamente cometerá infrações maiores quando tiver mais idade. Mas onde estão os pais? Não estão!