quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Jornalismo polivalente: o bicho de sete cabeças e dez chifres

Por Débora Carvalho de Oliveira (reproduzido do Observatório da Imprensa)

Uma cabeça só não seria suficiente para o jornalista contemporâneo ser capaz de acompanhar as atuais exigências da profissão. Antigamente, as demandas eram distintas, segmentadas em áreas exclusivas. Alguém só para analisar e propor pautas. Outra pessoa só para apurar informações. O repórter nas ruas. O redator que escrevia com base nas informações do repórter e do apurador. O cara da diagramação. Revisor. Fotógrafo. Câmera. Editor de áudio. Editor de vídeo. Motorista. Operador de som. Locutor.

Hoje é diferente. O jornalista tem que saber o que aconteceu, o que acontece e o que vai acontecer ao seu redor e no mundo. Escrever em cinco linguagens diferentes: jornal impresso, revista, internet, rádio e televisão, com maestria. Texto impecável. Criatividade. Domínio das tecnologias para fazer o máximo de coisas sozinho.

Não existe mais pauteiro. Nem apurador. O repórter tem que entregar o texto final, impecável. Existe até vídeo-repórter, que faz a matéria sozinho – com passagem e tudo – e edita o VT no notebook, no estacionamento do shopping onde parou para fazer um lanche – para chegar à redação com a matéria pronta para ir ao ar.

Além das exigências de múltiplas performances e habilidades, a estabilidade em carteira assinada também está em extinção. Vivemos em um novo mundo, onde o jornalista – além de multiuso – também precisa ser empreendedor.

Demissão pode abrir espaço

Nesse cenário apocalíptico, o jornalista é um bicho de sete cabeças e dez chifres. Uma cabeça só não dá conta de tantas exigências. Quais você imagina que são? Minha sugestão é cultura, agilidade, proatividade, sensibilidade, tecnologia, empreendedorismo e humanidade.

1. Cultura

Além da popular, a erudita. História, atualidades, arte e costumes. Isso inclui conhecer bem o próprio idioma: estar entre os 28% da população com alfabetização plena. E mais: na condição de comunicador, precisa ser capaz de falar com os 72% que não compreendem bem o que lêem. Nada de conversar com o próprio umbigo ou só com a elite e colegas de profissão.

2. Agilidade

Tudo é para ontem nesse novo mundo. Vivemos na cultura do imediatismo. Então, é bom que os hábitos de vida do jornalista permitam que ele tenha um raciocínio muito veloz. Tem que digitar rápido, diagramar mais rápido ainda. Editar sem erros. Ir direto ao ponto. Não dá para enrolar tempo na atividade e menos ainda enrolar o público com bla-bla-blá. O texto também precisa ter essas características: ser claro, objetivo e de fácil leitura. Parágrafo que a gente precisa ler duas, três vezes, para entender, só em artigos acadêmicos. Quando essa cabeça pega no sono a matéria não sai.

3. Proatividade

Degolar essa cabeça por achar que o beneficiado é sempre o próximo é a pior bobagem. Ser proativo, cheio de iniciativas e de bondade – com foco nos resultados e no bem-estar das pessoas – é a chave para aquela promoção. Ou demissão. O incrível é que ser demitido por um chefe incompetente e invejoso abre as portas para que você encontre seu espaço legítimo. É um favor que você recebe da vida, pois talvez não tenha coragem para pedir demissão.

Dignidade não tem preço

4. Sensibilidade

Quando a sensibilidade fica com dor-de-cabeça é o fim. Pausa para férias. Sem sensibilidade, você fica com a percepção alterada. O texto fica péssimo, sem criatividade e sem nexo. Você não vai saber quando e com quem ser proativo. Vai deixar de fazer a pergunta mais importante. Talvez até publique uma barrigada sem apurar os dados – por falta de atenção. Não vai perceber as alfinetadas ou que está sendo capacho do colega, ou que você mesmo está agindo com grosseria ou arrogância. Sensibilidade é questão de sobrevivência.

5. Tecnologia

Conteúdo não é nada se ninguém tiver acesso. A tecnologia permite que os conteúdos cheguem às pessoas. O jornalista contemporâneo domina todas as novas tecnologias à medida que vão surgindo, e as aplica para facilitar a produção do seu trabalho.

6. Empreendedorismo

Pois é. Hoje, o jornalista sem espírito empreendedor, ou coragem para empreender, perde muito. O patronato não tem espaço para empregar todo mundo. E ainda existe a relação entre os empreendedores de grande porte com os empreendedores micro – uma empresa composta de eu e minhas sete cabeças. O jornalista empreendedor não tem rabo preso. E precisa aprender marketing e publicidade – para aplicar em si mesmo. É uma aventura que pode valer a pena para os que têm coragem.

7. Humanidade

Se ela tiver um AVC, você pode esquecer que seu compromisso profissional é com o público, e não com o seu chefe. A sétima cabeça é a primeira que nasceu. Do tempo em que não existia tecnologia nem multifunções. É aquela que mostra que você não é super-homem, nem advogado, policial ou juiz. Ela é a ética, o caráter. É a verdade e o respeito acima de tudo. É o que dá coragem de abandonar o emprego que paga mal e demitir o chefe sem escrúpulos. É a sua dignidade – que não tem preço. Ou tem?

É por esse trabalho todo que o jornalista é um bicho de sete cabeças.

E os dez chifres? Tomara que você tenha nenhum.

Absurdo: Gaúcho da Copa viaja com nosso dinheiro


A divulgação de gastos dos poderes na internet deu resultado mais uma vez. Através de apuração feita por nós, da imprensa, a transparência indesejada por muitos políticos revelou outra farra com o dinheiro público.
De acordo com o site do governo gaúcho, que finalmente colocou o serviço em funcionamento nesta quarta-feira, aqui na Rádio Gaúcha descobrimos que o "Gaúcho da Copa", personagem pilchado nos estádios mundo afora, gastou mais de R$ 15 mil neste ano. Para quê? "Divulgar o Rio Grande do Sul na Copa das Confederações, na África do Sul". Pode?
Clóvis Acosta Fernandes foi até o país da Copa de futebol em 2010 recebendo R$ 350 por dia. Os gastos foram autorizados pelo Tesouro do Estado a pedido da Casa Civil do governo Yeda. E aí? Você acha justo isso? Responda.

Fonte: Rafael Cechin - blog Gaúcha Hoje
Foto: divulgação

domingo, 16 de agosto de 2009

Orla do Guaíba é de todos e não de alguns privilegiados




Quero a orla do Guaíba disponível para todos os portoalegrenses e não para um punhado de privilegiados. Por isso, votarei NÃO ao projeto do Pontal do Estaleiro, que prevê o erguimento de espigões residenciais à beira de nosso estuário.

Jornalistas gaúchos continuam na luta, apesar de Gilmar Mendes


Foi importante a manifestação de jornalistas gaúchos durante visita do presidente do STF, Gilmar Mendes, a Porto Alegre no sábado, 15 de agosto. Ele viu faixas e banner - um dele, demonizado -, e deu tchauzinho irônico e desrespeitoso. Se acha poderoso, acima de qualquer coisa. Mas nós também somos fortes e vamos em frente.


Ministro que decretou o fim do diploma recebe o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS, José Nunes. Gilmar Mendes ouviu os argumentos, mas manteve posição pela desregulamentação das profissões, que começou com a nossa.
Esta ditadura tem que acabar.

Assim se forja um campeão...


Em todas as conquistas do Internacional, houve momentos de superação e de garra, além do bom futebol. Isso eu vi no colorado ontem, contra o Santo André, no ABC paulista. A vitória por 2 x 1 - a terceira consecutiva - colocou o Inter próximo da liderança. A diferença para o líder Palmeiras caiu para apenas quatro pontos, com um detalhe: o time gaúcho tem dois jogos a menos. Está na vice-liderança isolada do Brasileirão, com 33 pontos, sem contar os jogos deste domingo. O certo é que, na rodada, o Inter não perde seu lugar no G4.
Foi na base do esforço e da impetuosidade que o Inter encarou a partida, disputada em um gramado digno de time de várzea. O Estádio Bruno José Daniel tem grandes espaços sem grama alguma e é pior dos que os gramados onde é disputado o Gauchão. Nas transmissões, locutores, comentaristas e repórteres perguntavam a todo momento como é que a CBF permite a disputa de um jogo de primeira divisão em um campo em tais condições. Aliás, o Estatuto do Torcedor, que tanto exige nas questões de conforto e segurança, não prevê algo para o gramado? Afinal, estes quesitos devem ser oferecidos também aos donos do espetáculo: os jogadores.
Quanto ao jogo, foi difícil usar a técnica. Então, foram necessários esforço e garra, como a do impetuoso garoto Taison, que marcou um golaço e serviu algumas vezes os companheiros de ataque - Alecsandro e Giuliano. Foi expulso por imaturidade, mas merece ser reconhecido. Afinal, o gol de ontem foi o seu 26º da temporada, que o transforma em um principais goleadores da temporada.


Fotos de Alxandre Lops, da Comunicação do Inter

Além dos jogadores, o Inter teve uma entusiasmada torcida em Santo André. Mais de 1,5mil colorados apoiaram a equipe do técnico Tite. Com faixas, bandeiras e até a charanga das torcidas organizadas, os torcedores deram um clima de Beira-Rio ao estádio. Ao som ritmado da charanga, os torcedores cantaram o tempo todo. Só se ouvia a voz dos colorados no Bruno José Daniel. E quando o Inter marcou o gol as arquibancadas tremeram no setor da torcida colorada no estádio.
É assim que se forja um campeão. Tem que passar por todas as dificuldades, por maiores que sejam elas. Agora, temos três desafios pela frente. Ou seja, três paulistas de primeira linha: Corinthians no Beira-Rio (que estará lotado), Palmeiras e Santos fora. Passando por estas "pedreiras", daremos um passo importante em direção ao tão desejado tetracampeonato nacional. Ou penta, não fosse a roubalheira de 2005.
Avante, Inter. Eu acredito!

Gilmar Mendes enfrenta protesto e fala com jornalistas gaúchos sobre o fim do diploma

Pela primeira vez, desde que a exigência de diploma foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 17 de junho, o presidente daquela Corte, ministro Gilmar Mendes, aceitou conversar sobre o tema com uma comissão de jornalistas. Ele esteve ontem (15/8) pela manhã, na Escola Superior da Magistratura, em Porto Alegre, para falar sobre a judicialização da saúde pública. No local, foi recepcionado por um grupo de jornalistas portando faixas e cartazes em favor da profissão e contra a decisão do STF.
Depois de sua palestra, Mendes recebeu a comissão de jornalistas, liderada pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Nunes. No encontro, que durou cerca de cinco minutos, Nunes cobrou do ministro a publicação do acórdão com a decisão do STF e que este documento estabeleça critérios mínimos para o exercício da profissão pois, a partir da decisão do STF “qualquer pessoa, sem qualquer formação, pode exercer o jornalismo”.
O presidente do Sindicato ainda citou o desembargador Manoel Álvares que, em recente publicação, afirmou ser constitucional a obrigatoriedade de diploma para o exercício de jornalismo. “Mas a decisão do Supremo contraria isso e também vai contra todos os preceitos que pregam a necessidade da educação para o desenvolvimento do Brasil em todos os segmentos, fazendo com que milhares de estudantes se desestimulem”. Nunes também citou o presidente da OAB, César Britto, que recentemente argumentou que a decisão do STF abre as portas para que o crime organizado utilize uma prerrogativa exclusiva dos jornalistas – preservar o sigilo da fonte – para não prestar depoimento.
Gilmar Mendes ouviu os argumentos e recebeu de Nunes um documento contendo o pleito de todos os jornalistas profissionais brasileiros. Mendes argumentou não ter nada contra a categoria especificamente e voltou a dizer que outras profissões estão na mira da desregulamentação. “O jornalismo foi o primeiro por ter sido provocado pelo Ministério Público Federal”, comentou. O ministro disse que o corporativismo é uma marca do tempo do presidente Getúlio Vargas e que agora a tendência é a da “liberdade das profissões”.
Os jornalistas gaúchos seguem com sua mobilização em defesa da profissão. Amanhã (17/8), às 9h30min, na sede da FAMURS, haverá um café da manhã com parlamentares da bancada gaúcha no Congresso, quando estará na pauta a Frente Parlamentar em Defesa da Profissão.

Marcia Camarano
Jornalista com Diploma
Reg. Prof. 5910

Poema do Amigo Aprendiz

Fernando Pessoa

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
É por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Mídia cooperativa no episódio da Operação Rodin

O sempre bem informado blog Cloaca News traz informação que o leitor não vai encontrar em qualquer veículo da grande mídia. Simplesmente porque o segmento é cooperativo. Veja a reprodução e a interpretação do Cloaca abaixo.



No dia 15 de maio de 2008, o Ministério Público Federal entregou à juíza Simone Barbisan Fortes, da 3ª Vara da Justiça Federal, em Santa Maria, RS, esta fornida denúncia contra dezenas de salteadores do Detran gaúcho. Com 242 páginas, o libelo expôs, tintim por tintim, as falcatruas e os métodos dos larápios. Curioso é que a chamada "imprensa local", sempre ciosa do "interesse público", não deu qualquer atenção ao conteúdo da página 56, particularmente ao parágrafo que reproduzimos na imagem acima.

Mais informações no endereço: http://cloacanews.blogspot.com/2009/08/operacao-rodin-nao-detem-quadrilha.html

Um time para consumo doméstico não ganha campeonatos em lugar algum

Lembro que, em passado recente, eu e todos os colorados reclamávamos que o Inter era um clube mandante. Ou seja, usava o poder de sua torcida para ganhar os jogos no Beira-Rio. Isso é importante, demonstra a fortaleza de um clube. Entretanto, lamentávamos que o mesmo time se apequenava quando jogava fora, conseguindo ocasionais e minguados triunfos. Na maior parte das partidas fora de Porto Alegre, perdia. E feio. Empates eram festejados.
Por isso, fazem 30 anos que não ganhamos um título do Brasileirão. Resolvemos esta pendenga isso triunfando em competição internacionais. A maioria delas fora do Beira-Rio. Lembro o título da Libertadores, conquistado com a vitória sobre o São Paulo no Morumbi, seguida de um empate suado no Beira-Rio em 2006. No mesmo ano, vencemos o poderoso Barcelona no Japão e conquistamos o Mundial de clubes FIFA. Em 2008, fomos vitoriosos na final da Copa Sul-Americana jogando a primeira na casa do Estudiantes. Depois, tivemos a prorrogração dolorida no Beira-Rio. Sem falar na Dubai Cup, em 2007, ante a também festejada Internazionale de Milão. Lembro igualmente das vitórias fora de casa que garantiram o tricampeonato nos anos 1970 no Beira-Rio.
Escrevo 15 linhas sobre o meu time para discorrer sobre o adversário colorado, o Porto-Alegrense, no atual Brasileirão. O time da Azenha (por enquanto???) saiu do primeiro turno do Brasileirão com uma contabilidade nada agradável fora de casa: das nove partidas disputadas, perdeu sete e empatou duas. Nem uma minguada vitória. Mesmo que tenha um desempenho excepcional em casa - puxado pela sua torcida, o que também lhe confere a condição de grande clube -, não conseguiu alcançar os ponteiros do campeonato. Só uma guinada no segundo turno modificará esta fotografia, que é real e não está sujeita a maquiagens.
Convém ressaltar que o alerta serve para o adversário e para o próprio Inter, que precisa ganhar mais fora de casa no segundo turno para chegar ao sonhado tetracampeonato (o sentimento é de penta, diante do roubo de 2005).

Como vivem as flores


Era uma tarde quente de verão, e o vendaval agitava a folhagem com violência, anunciando a tempestade que se aproximava rapidamente...
Pelas janelas abertas, um suave perfume enchia a casa...
Lá fora, um espetáculo digno de nota acontecia...
Açoitados pelo vento, os pés de manjericão, alfavaca e lavanda dobravam-se e liberavam um delicioso perfume.
Era impressionante notar a maneira como as flores e folhagens respondiam aos golpes violentos do vento...
Os primeiros pingos de chuva enfeitavam as rosas abertas como se fossem diamantes líquidos...
Mas o temporal anunciado logo chegou e as gotas da chuva, agora misturadas com o vento forte, pareciam um bombardeio cruel macerando as suaves pétalas, que respondiam à agressão liberando um perfume inconfundível...
Era incrível aquela lição viva de generosidade e resignação!
Ante a violência do temporal, instintivamente as plantas se dobravam para não quebrar...
As plantas não pensam, não são seres racionais, mas cumprem, silenciosas e submissas, a tarefa que o Criador lhes confia, apesar das tempestades da vida...
Assim também agem algumas pessoas. São como as flores que, mesmo maceradas pela enfermidade cruel, pela agrestia da vida, respondem com o perfume do otimismo e da alegria.
Seres racionais que são, sabem que todas as lições que lhes chegam são oportunidades de crescimento e auto-superação.
Isso acontece com uma jovem senhora, agredida por um câncer cruel que tenta lhe roubar o corpo, minando-o aos poucos e insistentemente.
Quando soube que teria que fazer quimioterapia novamente, não se desesperou.
Eu venci essa doença uma vez e vou vencê-la de novo. Falava com fé e disposição.
A família, preocupada com seu estado de saúde, insistia para que ela ficasse em casa, repousando, mas ela prefere trabalhar.
Trabalha como vendedora e sempre supera as metas estabelecidas.
Quando faz o tratamento quimioterápico, ela passa muito mal. Mas a dor não a impede de estar o dia todo com um sorriso nos lábios, distribuindo otimismo junto aos seus colegas.
Sempre gentil, ela dribla a doença, trabalha, confia, sofre, espera...
Uma pessoa assim é como uma flor que, mesmo açoitada pelos ventos fortes e pela violência da chuva, exala perfume, e não deixa de florescer a cada primavera.
Parece que Deus permite que pessoas assim nasçam na Terra para exemplificar a resignação, a confiança, o otimismo...
Pessoas que não se deixam desanimar, mesmo diante dos quadros mais graves e desesperadores.
O corpo sofre as agressões da doença, não há dúvida. Mas o Espírito está intacto, lúcido, ofertando o perfume da gratidão a Deus pela bênção da vida. E vive intensamente.
Enquanto muitas pessoas saudáveis reclamam por coisas mínimas, faltam ao trabalho sem motivos justos, aquela mulher-flor abre suas pétalas de esperança dignificando a oportunidade de crescer que o Criador lhe concede.
Sem dúvida, um exemplo incomum...
Em vez de se deixar derrotar pela enfermidade, ela luta com vigor e coragem, e, acima de tudo, com confiança plena em Deus...
Quando, em algum momento, sua coragem ameaça vacilar, pensa nas pessoas que sofrem mais que ela e firma o passo outra vez, seguindo em frente.
Imitando as flores que, mesmo tendo suas pétalas rasgadas pelo granizo, não deixam de exalar perfume, também essa moça valente não permite que a doença lhe roube a paz de Espírito e a imensa vontade de viver...
Pense nisso, e busque viver com otimismo, por mais que a situação esteja difícil...

Lembre-se sempre de como vivem as flores...

Fonte: www.reflexao.com.br

domingo, 9 de agosto de 2009

A emoção de acolher e alimentar a pequena sobrinha Fernanda


Senti emoção duplicada neste domingo dedicado aos pais. Sem a presença física do meu pai, que foi para o céu em 2006, comemorei a data na casa do meu irmão Zé. Para minha surpresa, fui convidado para batizar a minha sobrinha Fernanda, nascida no dia 5 de julho. Tem pouco mais de um mês o pequeno anjo. Dediquei carinho para ela e relembrei os momentos de pai, quando oferecia a mamadeira para o meu filho Marco, hoje com 22 anos e que estava junto comigo ontem. A Fernanda não estranhou o colo, e eu não perdi o traquejo em lidar com um bebê. Especialmente sendo minha sobrinha e afilhada.

sábado, 8 de agosto de 2009

Charge do Bessinha

Não concordo, Lula

Por conveniência política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defende o presidente do Senado, José Sarney (PMDB). Não concordo, de forma alguma. As acusações são fortes, e o ex-presidente já deveria ter saído. Repensa tua posição, Lula. A opção pelos acordos políticos costuma ofuscar uma boa gestão nas áreas econômica e social. A mídia, por mais parcial que seja, vai privilegiar sempre as matérias de cunho denuncista do que que os bons resultados da balança comercial, do combate à inflação, do crescimento PIB em meio a um crise mundial e dos resultados da bolsa família.

Yeda explica, grita e foge, mas não convence

Podes gritar e chamar e dono do STF, Yeda. Teu governo terminou, com ou sem liminares.
Tudo está nos ouvidos e na boca do povo: as falcatruas, o roubo no Detran, o teu "mensalão" durante e após a campanha, a tua casa milionária e superfaturada, a mala do teu marido (ex?) Carlos.
A propósito: onde está o paladino da ética, Pedro Simon, que grita tanto em Brasília e fica calado aqui? Tem rabo preso!

Receita de pai

Recebi este poema do meu clube, o Internacional, e repasso para os meus amigos pais, colorados ou não. Abraço a todos, de coração. Sempre lembrando o meu velho Otacílio, que já está no céu e certamente olha com carinho para seus filhos na terra.

Receita de pai

Deus pegou a força de uma montanha,
a majestade de uma árvore,
o calor de um sol de verão,
a calma de um mar tranquilo,

A generosidade da natureza,
os confortáveis braços da noite,
a sabedoria das eras,
o poder do vôo da águia,
a alegria de uma manhã de primavera,
a fé de uma semente de mostarda,
a paciência da eternidade e o centro da necessidade de uma família.

Depois Deus juntou todos esses ingredientes e quando percebeu que nada mais havia para acrescentar,
Ele viu que Sua obra prima estava completada.

Olhou para essa obra e disse:
"A tua missão é sagrada.
Vai para a vida , vai !

Só falta eu te dar um nome:
eu te batizo de Pai"

Vai... Tens todo o meu apoio !

(autor desconhecido)

Homenagem da presidência do Sport Club Internacional aos pais colorados!

Agosto / 2009

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Nada vai nos separar


Quem viu, garante: o filme do centenário do Internacional emociona.
"Nada vai nos separar" estará em breve nos cinemas.
E os colorados de todos os rincões do Brasil também.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Internacional, campeão da Copa Suruga. Mais uma taça no armário...


O Internacional é o campeão da Copa Suruga. Venceu nesta quarta-feira (5 de julho de 2009) o Oita Trinita, do Japão, lá na Ásia, por 2 a 1. É mais uma taça no armário, algo que outro time gaúcho não põe fazem dois anos. Nem mesmo em campeonato do Bairro Azenha.

A delegação colorada no Japão. Quem não quiser comemorar, não comemore. Eu valorizo, mas cobro um time e um desempenho melhor no Brasileirão. Este será o título do ano.




Massagista Juarez Quintanilha ergue a taça e festeja com os jogadores a conquista, exaltada pela FIFA, pela Conmebol e até por veículos argentinos.

Fotos: Alexandre Lops, da Imprensa do Inter

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Gado 0 x 1 Amazônia

O Greenpeace lançou recentemente o Relatório "A Farra do Boi na Amazônia", expondo como a pecuária vem destruindo a Amazônia. Foi um trabalho que levou anos para ser preparado e enfrentou resistências. Mas valeu a pena! De acordo com o Greenpeace, desde então boas notícias não param de chegar. Empresas como o Pão de Açúcar, a Walmart e o Carrefour - em nota também assinada pela Associação Brasileira dos Supermercados (ABRAS) -, anunciaram a suspensão de compras de produtos bovinos vindos da Amazônia.
O Banco Mundial cancelou um empréstimo concedido ao frigorífico Bertin, um dos maiores do Brasil. Marcas como a Nike e Geox também anunciaram que não querem comprar couro que venha do desmatamento. O frigorífico Marfrig, considerado o quarto maior do mundo, assumiu o compromisso de não comprar mais animais de áreas desmatadas a partir de agora.
Pelo que acompanho - sou colaborarador do Greenpeace -, vale a pena pesquisar, rastrear e denunciar com responsabilidade. É óbvio que a pressão é grande e a entidade continuará monitorando para que os compromissos não fiquem apenas no papel. O que o Greenpecae fez até agora só foi possível graças ao apoio e a contribuição de milhares pessoas que também se importam com o futuro da floresta. A entidade não aceita dinheiro de empresas,de partidos politicos ou de governos. Assim, mantém a sua independência.
Quem ler esta postagem e tem o mesmo pensamento, junte-se ao Greenpeace. Eu não me arrependo de ser associado da organização. A Amazônia e o planeta agradecem.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Grite NÃO em favor de Porto Alegre

Recebi do companheiro Carlos Gerbase e repasso o apelo.
"No próximo sábado, 1º de agosto, a partir das 15h, a Casa de Cinema de Porto Alegre estará gravando depoimentos para a campanha pelo NÃO na Consulta Popular que acontece no dia 23 de agosto. Para quem chegou agora de Marte: os porto-alegrenses vão decidir, pelo voto espontâneo, se será permitido construir residências no Pontal do Estaleiro Só. Mas o resultado dessa votação transcende aquela área. Simbolicamente está em jogo um modelo de cidade. Queremos viver entre um monte de arranha-céus, alguns deles tapando o pôr do sol no Guaíba, ou numa cidade razoavelmente horizontal, como determina o atual Plano Diretor?
Muitas ONGs e associações de moradores da nossa cidade já estão engajadas. A Casa de Cinema de Porto Alegre resolveu entrar nessa também. Sábado eu vou estar na Usina, acompanhado de algumas câmaras e microfones, pra gravar depoimentos pelo NÃO. Quem quiser argumentar que argumente (desde que consiga sintetizar tudo em quinze segundos). Quem quiser simplesmente gritar "NÃO!" também vai ganhar seus dois segundos de fama no Youtube e onde mais a gente conseguir colocar o vídeo editado. Algumas celebridades da cidade já confirmaram sua presença".

Deu para o gasto

Poucas vezes o termo assim foi tão apropriado para o jogo de ontem, em que o Internacional venceu o Barueri no Beira-Rio por 3 a 2. Com atuações decepcionantes de Michel Alves (o goleiro largou a bola nos pés dos atacantes paulistas), de Bolívar(não marca e não ataca) e de Taison (desligado e sem aptidão para a marcação), o colorado fez um bom primeiro tempo e mostrou que a saída está na pegada e não na firula. Só a próxima partida dirá se a lição foi aprendida.
Em relação a negociações, acredito que D´Alessandro fica e Magrão vai. E Fernandão e um lateral direito desembarcarão no Salgado Filho na próxima semana.