segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não desista...

Não desista nunca de seus sonhos.
Não desista da verdade, por mais dura que seja!
Não desista das conquistas.

Não desista de ir, mesmo que um dia você volte!
Não desista de enfrentar as ondas.

As ondas são fortes, mas quebram...
Não desista de enfrentar seus medos.
Seus medos são fracos perto da tua coragem.

Não desista de suas escolhas, de suas vontades.
Não desista do difícil, do diferente.
Não desista do novo.
Não desista de consertar um erro!
Não desista de amar!
Não desista de viver!
Não desista sempre de ser você.

domingo, 11 de julho de 2010

Forlán, com justiça


O uruguaio Diego Forlán foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo. Trata-se de justiça porque os demais concorrentes não foram bem em determinados momentos e especialmente nas decisões de sábado e domingo. Ele foi demais. Parabéns aos hermanos pelo quarto lugar e por esta escolha.

Arriba, Espanha!


Parabéns, Espanha. Fazia tempo que a "fúria" merecia este título. Agora, integra o seleto grupo dos oito campeões mundiais. Com merecimento, porque mostrou um grande futebol, com ressalvas. 
A equipe perdeu a primeira partida da competição para a inexpressiva Suiça e hoje fez parte de um dos jogos mais violentos de uma final de Copa do Mundo. Para um time técnico, isso é ruim. 
Mas mereceu pelo conjunto da obra.

sábado, 10 de julho de 2010

Liberdade em debate

 Esta deve ser uma importante obra. O autor, Venício A. de Lima, é uma garantia de debate profundo. Pena que eu não estivesse em São Paulo para o lançamento. Mas vou adquiri-lo na primeira livraria que o encontrar...

Censura e truculência contra jornalistas. Onde estão a ANJ e a ABERT?


Editorial - Carta Maior 

As demissões de jornalistas na TV Cultura de São Paulo e o silêncio dos grandes meios de comunicação sobre as causas destas demissões evidenciam mais uma vez um preocupante comportamento cínico, submisso e hipócrita. Mais uma vez, são blogs e sites de jornalistas independentes que cumprem o dever de informar ao público o que é de interesse público. Entidades como a Associação Nacional de Jornais, supostamente comprometidas com a defesa da liberdade de expressão, exibem um silêncio ensurdecedor.
O comportamento cínico e hipócrita da maioria das grandes empresas de comunicação do Brasil ficou mais uma vez evidenciado esta semana, e de um modo extremamente preocupante. Não se trata apenas de valores ou sentimentos, mas sim de fatos objetivos e de silêncios não menos objetivos. O relato sobre demissões na TV Cultura de São Paulo, causadas pelo interesse de jornalistas no tema dos pedágios, justifica plenamente essa preocupação. Um desses relatos, feito nesta sexta-feira pelo jornalista Luis Nassif, chega a ser assustador. Em apenas uma semana, dois jornalistas perderam o emprego, escreve Nassif, em função de uma matéria sobre pedágios. Ele relata:

Há uma semana, Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV Cultura. Ontem (7), planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram ouvidos Geraldo Alckmin e Aloízio Mercadante, candidatos ao governo do estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se pronunciando.

Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.

Hoje (8) , Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana.

Semana passada foi Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra (ver vídeo abaixo). Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado.

Não é o primeiro relato sobre a truculência do ex-governador de São Paulo com jornalistas. Nos últimos meses, há pelo menos dois outros episódios, um deles envolvendo a jornalista Miriam Leitão, na Globonews, e outros envolvendo jornalistas da RBS TV, em Porto Alegre. A passagem da truculência à ameaça ao trabalho dos jornalistas é algo que deveria receber veemente manifestação da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), sempre prontas a denunciar tais ameaças. No entanto, ao invés disso, o que se houve é um silêncio ensurdecedor.

Mais uma vez, são blogs e sites de jornalistas independentes que cumprem o dever de informar ao público o que é de interesse público. E, mais uma vez também, os chamados jornalões e seus braços no rádio e na TV, calam-se, aliando submissão e cumplicidade com a truculência e o desrespeito ao trabalho de experientes profissionais. O mesmo silêncio, a mesma submissão e a mesma cumplicidade manifestadas nos recentes casos de assassinatos de jornalistas em Honduras, em função de sua posição crítica ao golpe de Estado ocorrido naquele país.

Esse triângulo perverso que une cinismo, hipocrisia e silêncio não é um privilégio da imprensa brasileira. Um outro caso, esta semana, envolveu uma das maiores cadeias de televisão do mundo. A CNN demitiu a jornalista Octavia Nasr, editora de noticiário do Oriente Médio, por causa de uma mensagem publicada por ela em sua página no Twitter onde manifestou “respeito” pelo ex-dirigente do Hezbollah, Sayyed Mohammed, que morreu no final de semana passado. Octavia tinha 20 anos de trabalho CNN. O que ela escreveu no twitter e causou sua demissão foi: “(Fiquei) triste por saber do falecimento do Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah…Um dos gigantes do Hezzbollah que eu respeito muito”. Parisa Khosravi, vice-presidente-sênior da CNN International Newsgathering, afirmou em um memorando interno que “teve uma conversa” com a editora e “decidimos que ela irá deixar a companhia”.

Essa mesma CNN não hesita em denunciar agressões à liberdade de imprensa em outros países quando isso é do interesse de sua linha editorial e dos interesses geopolíticos da empresa. Crime de opinião? Segundo as versões oficiais, isso só existe em países do chamado eixo do mal.

Esse mesmo triângulo perverso ajuda a entender por que essas grandes corporações midiáticas não querem debater com a sociedade a sua própria atuação. Colocam-se acima do bem e do mal como se fossem portadores de legitimidade pública. Não são. Ao cultivarem esse tipo de comportamento e prática, o que estão fazendo, na verdade, é auto-atribuir-se, de modo fraudulento, uma suposta representação pública. Representam, na verdade, os interesses dos donos das empresas e, cada vez menos, o interesse público.

Neste exato momento, o planeta vive aquele que pode vir a se confirmar como o maior desastre ecológico de sua história. O acidente com a plataforma da British Petroleum no Golfo do México e o vazamento diário de milhões de litros de óleo no mar tem proporções ainda incalculáveis. No entanto, a cobertura midiática sobre o caso nem de longe é proporcional, em quantidade e qualidade, à gravidade e importância do caso. Organizações ambientalistas já denunciaram que a BP vem operando pesadamente nos bastidores para bloquear e filtrar informações.

É preciso ter clareza que são os dirigentes e porta-vozes dessas corporações midiáticas e seus braços políticos e empresariais que não hesitam em denunciar qualquer proposta de tornar transparente à sociedade o seu trabalho, supostamente de interesse público. O bloqueio e seleção de informações, a demissão de jornalistas incômodos e a truculência com aqueles que ousam fazer alguma pergunta fora do script são diferentes faces de um mesmo cenário: o cenário da privatização da informação, da deformação da verdade e da destruição do espaço público.

Editorial Carta Maior

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Votação da PEC dos Jornalistas no Senado fica para depois do recesso

Cresce a expectativa em torno das Propostas de Emenda Constitucional que tramitam no Congresso Nacional reinstituindo a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalistas. No entanto, mesmo incluída na pauta de votações do esforço concentrado do Senado realizado no dia 7 de julho, a PEC 33/09 não foi à votação em plenário. A matéria deverá ser apreciada após o recesso parlamentar. Já na Câmara dos Deputados, o relatório sobre a PEC 386/09 deverá ser apresentado à Comissão Especial na próxima semana.
De autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), a PEC 33/09 foi incluída, por acordo entre as lideranças partidárias, na longa lista de matérias prioritárias que seriam apreciadas em plenário na sessão desta quarta-feira (07/07). José Carlos Torves, diretor da FENAJ que acompanhou toda a sessão, conversou com o autor e com o relator da PEC, o senador Inácio Arruda (PCdoB/CE). “A expectativa era positiva e grande parte dos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional, inclusive os profissionais da Câmara e do Senado foram acompanhar a votação”, conta.
A mesa diretora do Senado, no entanto, retirou a matéria da pauta. Mas acabou recolocando-a como uma das últimas na longa lista após manifestações do autor e do relator da PEC, além dos senadores Arthur Virgílio (PSDB/AM), Agripino Maia (DEM/RN), Ideli Salvatti (PT/SC) e Romero Jucá (PMDB/RR). Como a sessão se prolongou pelo período noturno, o plenário foi esvaziando e, após não haver mais quorum, a sessão foi encerrada sem que a PEC 33/09 fosse apreciada. “Todos os jornalistas que acompanharam a votação saíram frustrados”, registra Torves. “Agora temos que concentrar forças e ampliar a mobilização para que seja votada na próxima sessão no início de agosto”, apontou.
Comissão Especial
Também aguardado com grande expectativa para esta quarta-feira (07) o relatório do deputado federal Hugo Leal (PSC/RJ) sobre a PEC 386/09 só deverá ser apresentado na próxima semana. O parlamentar revelou a assessores parlamentares que adiou a entrega do relatório para ter mais tempo de consultar a assessoria técnica da Comissão Especial.

Os sinais do afeto

O brilho dos teus olhos e o sorriso nos teus lábios são mais significantes do que qualquer palavra. 
Mantenha-os!

Agricultura familiar pode produzir biodiesel necessário para o Brasil


Cerca de duzentas pessoas, entre representantes de cooperativas da agricultura familiar, comunidades de bairros e estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), participaram de debate sobre agroenergia realizado em Fortaleza (CE), no dia 30 de junho. Com o tema “Matriz energética brasileira: suas potencialidades e desafios”, este foi o primeiro de uma série de cinco eventos promovidos pelo Brasil de Fato, em parceria com a Petrobras, para discutir a diversificação da matriz energética brasileira a partir de fontes limpas e sustentáveis, e organizar a agricultura familiar para a produção de agrocombustíveis no Brasil.

“É muito importante para um país não depender só de petróleo”, destacou o gerente de gestão tecnológica da Petrobras Biocombustíveis, João Noberto Noschang Neto, um dos palestrantes do seminário. “Nós estamos desenvolvendo tecnologia agrícola, melhorando as condições de cultivo e de sementes para macaúba, pinhão-manso... A fixação do agricultor no campo, com a geração de emprego e renda, não é um problema só nosso, mas do mundo todo, e os biocombustíveis têm essa função social”, afirmou.

O biodiesel é alternativa para substituir os derivados do petróleo na produção de energia e pode ser refinado a partir da soja, mamona, girassol, macaúba, dendê, entre outras espécies. No Ceará, o programa de biodiesel tem incentivo do governo estadual, que dá ao agricultor R$ 200 por hectare plantado com oleaginosa consorciada com alimentos. Três mil e duzentos agricultores destinam parte do trabalho para esse tipo de produção depois de uma parceira entre a Petrobras Biocombustíveis e cooperativas da agricultura familiar.

“Estamos neste projeto por duas questões: primeiro porque estamos evitando a monocultura. A outra questão é que a produção de oleaginosa é uma forma de agregar renda ao produtor.”, explicou a representante dos movimentos sociais do campo e também palestrante do seminário, Antônia Ivoneide da Silva, da Via Campesina. “Mas não iremos substituir a produção de comida pela de oleaginosa para atender a demanda. Todos os pés de mamona, girassol ou algodão que nós plantamos foram consorciados com alimentos. Se não for assim, não serve para a agricultura familiar”.


Cadeia produtiva
Priorizar a plantação de alimentos não significa descartar a agricultura familiar da cadeia produtiva de agrocombustíveis. Dados da Petrobras Biocombustíveis confirmar que 75% do agrocombustível produzido no país tem origem no esmagamento da soja. Como são poucos os pequenos agricultores que conseguem trabalhar com esse grão no país, a principal fonte de óleo para o biodiesel não cria nenhum emprego a mais no campo.

Também não há garantias de que a renda oriunda da plantação de qualquer oleaginosa seja suficiente para a manutenção da família do pequeno produtor no campo. Isso porque 80% do custo do biodiesel está no processamento do óleo. Como cabe à agricultura familiar somente vender a semente para esmagamento, resta ao produtor rural uma mísera parte da renda gerada.

Segundo Norberto, a Petrobras Biocombustíveis estuda formas de esmagar a semente e retirar o óleo a partir das próprias cooperativas, o que agregaria mais valor ao produto e garantiria maior renda para quem trabalhou duro na plantação. “Estamos percebendo que existe muito que melhorar. Nunca se investiu na cadeia das oleaginosas como investimos atualmente, porque nunca houve tanta necessidade. Eu estive com o presidente Lula e ele pediu para que fizéssemos um balanço do Programa Nacional do Biodiesel pois confia que o biodiesel é a grande esperança para a geração de emprego e renda para o pequeno produtor no semi-árido”.

O desafio que se coloca é como diversificar as culturas de oleaginosas no país e, ao mesmo tempo, garantir que a produção de agrocombustível não fique sob controle das grandes empresas. Representantes da agricultura familiar, presentes no evento, reivindicaram o controle da cadeia produtiva, e disseram que estão dispostos a plantar, esmagar e produzir o óleo. “Quero saber como é possível aplicar essas técnicas na minha região que ainda não tem nada.”, indagou Neuber Josélio Amador, assentado no estado de Goiás.

Aline Scarso/Brasil de Fato
enviada a Fortaleza (CE)

Covarde...


Este cara é um assassino covarde, sem cabeça e fiel representante de milhares de homens que se acham donos das mulheres. 
Inclusive, com poder de matá-las quando contrariados.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

E aí está o logotipo da Copa de 2014, no Brasil



Gostei do logotipo apresentado hoje para a Copa do Mundo 2014, no Brasil. 
Faltam os estádios, a infraestrutura e um time...
Mas o importante é que uma das sedes será no Beira-Rio, do meu Sport Club Internacional.

Dez mulheres são mortas por dia no Brasil, aponta estudo

Homens e mulheres devem unir-se para acabar com esta estatística: em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Trata-se de uma covardia praticada em nome de um pretenso machismo.
 

Observemos os demais números. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio - índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional. O índice se mantém em patamares quase constantes nos últimos anos, apesar de registrar ligeira queda - era 4.022 em 2006 e baixou para 3.772 em 2007.
 

Os resultados são um apêndice, ainda inédito, do estudo Mapa da Violência no Brasil 2010, do Instituto Zangari, com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus). Os números mostram que as taxas de assassinatos femininos no Brasil são mais altas do que as da maioria dos países europeus, cujos índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil habitantes, mas ficam abaixo de nações que lideram a lista, como África do Sul (25 por 100 mil habitantes) e Colômbia (7,8 por 100 mil).

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Amar

Se todo alguém que ama, ama pra ser correspondido...
Se todo alguém que amo..
É como amar a lua inacessível...
É que eu não amo ninguém, não amo ninguém!
Eu não amo ninguém, parece incrível
E é só amor que eu respiro...

Cazuza

A força de minha raiz

Podem podar meu caule, minhas folhas, frutos e flores, mas não conseguem arrancar minha raiz.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O sonho acabou

Correto e oportuno o artigo do colega Mário Augusto Jakobskind, no site Direto de Redação. Reproduzo abaixo por concordar totalmente e saber que grande parcela dos leitores deste blog também. Temos que mexer na ferida para debelá-la completamente. Caso contrário, as negociatas do ditator Ricardo Teixeira continuarão na CBF.


No futebol, o sonho do hexa acabou. Mas quase alguns minutos depois, o mercado, leia-se a Brahma, patrocinadora da seleção brasileira, determinou que não deu desta vez, o negócio agora é 2014. Podem imaginar o que vem por aí em matéria de negócios futebolísticos?
Como não poderia deixar de ser, a “agredida” TV Globo, via Galvão, não perdoou Dunga pela derrota mortal para a Holanda. O treinador volta para casa e antes de qualquer coisa já avisou que o seu contrato era de quatro anos. Mesmo se o Brasil ganhasse o seu destino na CBF estava selado, porque quem “atrapalha” os negócios, ainda mais envolvendo a Globo, não tem vez na seleção do Teixeira (Ricardo), ou melhor, brasileira.
A imprensa saudou o fim da Era Dunga, mas não se atreveu a pedir o fim da Era Ricardo Teixeira, na prática o proprietário da CBF, que sai ano entra ano está sempre no comando de tudo que diz respeito ao futebol brasileiro e aos negócios dele advindos.O cidadão acima de qualquer suspeita nunca é cobrado pelos eventuais desempenhos medíocres da seleção. Dunga só existiu porque Teixeira quis, mas ninguém cobrou do big-shot da CBF a mediocridade.
Mas é isso aí, o mundo não acabou por causa de uma desclassificação da seleção brasileira. Futebol é assim mesmo. O Uruguai, depois de 40 anos, voltou ao primeiro escalão do futebol mundial. Joga com a Holanda nesta terça-feira, numa parada dura de roer, sendo a camisa laranja franca favorita, mas futebol é futebol.
Depois de esfriada a cabeça pela derrota com a Holanda, neste país continente a campanha presidencial vai mesmo começar a esquentar. Nos 45 minutos do segundo tempo para a escolha de quem preencheria a chapa tucana-demo-pepesista(PPS) e petebista (PTB do Jeferson), o candidato da direita brasileira, José Serra, encontrou um vice, o emergente da Barra, Índio da Costa. Esse cria político de Cesar Maia, o tal ex-prefeito do Rio que na sua última administração abandonou a cidade para se dedicar integralmente ao seu blog, foi possivelmente indicado pelo filho do padrinho político, de nome Rodrigo Maia.
E assim o Partido Democratas (Demo), o ex-Partido da Frente Liberal, conseguiu emplacar o vice de linha tão ou mais conservadora que o patrono Maia. Índio da Costa é acusado pela vereadora do PSDB carioca Andréia Gouvêia de falcatrua com merenda escolar quando secretário de Administração na gestão do padrinho Cesar Maia. Ela até pediu licença do seu partido.
O jogo vai ser bruto, ou seja, a direita vai fazer o possível e o impossível para evitar que a candidata de Lula, Dilma Roussef, chegue lá. Serra tenta se apresentar como o “mais experiente para governar o país”, mas tentará evitar associações com outros políticos da América Latina, entre os quais o recém eleito Juan Manuel Santos, sucessor da Álvaro Uribe. O novo presidente colombiano, por sinal, está convocando Tony Blair, o “cachorrinho” de George Bush, para ajudar a incrementar o que ele e alguns analistas denominam de Terceira Via, que na verdade não passa de uma marca de fantasia do esquema neoliberal inaugurado na Grã-Bretanha pela então primeira-ministra britânica Margareth Thatcher.
No mesmo time de Santos, e de Serra, encontra-se o menos conhecido presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, que no último dia 1 de julho completou um ano de governo. O dirigente panamenho, também aliado de Washington, em 365 dias incrementou uma reforma do Código de Trabalho, totalmente inconstitucional, segundo analistas, que na prática acabou com o direito de greve dos trabalhadores. Como se não bastasse, Martinelli aprovou uma reforma fiscal que entrando em vigência acarretará um aumento de 40% nos impostos dos setores mais pobres da população. O imposto do consumo sobe de 5 para 7% para todos os produtos e serviços, sem incluir os alimentos.
Martinelli, como alguns candidatos a governos de Estado no Brasil, que prometeram acabar com a violência em seis meses, entre os quais o hoje diretor da Caixa Econômica, Moreira Franco, não cumpriu com a palavra, muito pelo contrário, pois em um ano o Panamá viu aumentar inclusive o tráfico de drogas e outras manifestações de violência.
No Chile, o atual presidente Sebastián Piñera segue pelo mesmo caminho que o colombiano Santos e o panamenho Martinelli, enquanto em Honduras, o presidente Porfírio Lobo, que venceu uma eleição fajuta depois da derrubada de Manuel Zelaya, não deteve a repressão que se abate sobre o movimento popular do país, que já resultou em centenas de mortes.
Neste período pós-Copa e no momento em que a campanha eleitoral se intensifica, os eleitores brasileiros precisam ser informados sobre o que acontece neste continente e com isso ter mais elementos para poder fazer a opção por seus candidatos. Como, segundo indicam as pesquisas, a maioria absoluta não quer correr o risco de retrocessos como o que acontece nos países mencionados, a informação nesse contexto é artigo de primeira necessidade.

sábado, 3 de julho de 2010

Nervosos argentinos...

 Antes dos jogo contra a Alemanha, os argentinos circulavam com esta faixa numa alusão à desclassificação brasileira no dia anterior. Devem ter sumido com ela depois que a Alemanha enfiou 4 a 0 nos hermanos. Nada como um dia após o outro. Detalhe: a frase virou bordão na Argentina por causa de ex-presidente Nestor Kirchner. (Foto: Thiago Dias)

Coragem

Você se considera uma pessoa de coragem?

E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?

Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.

E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.

Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.

Eis aqui alguns exemplos:

É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.

É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.

É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.

É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.

É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.

É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.

É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.

É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.

É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.

É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.

É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.

É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.

É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.

É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.

Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer-se a si mesmo.

Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.

A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar apesar das decepções e desencantos, revela o verdadeiro cristão, o legítimo homem de valor.

Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total.
 

Don't cry for me Argentina

Nada como um dia depois do outro. Ontem, o Brasil se despediu da Copa do Mundo na África do Sul e os jornais argentinos usaram da tradicional ironia para comemorar a derrota dos vizinhos. O Olé, em tom de brincadeira, mancheteou: "Brasil 2014".  O Clarín foi ainda mais gozador: "Brasil, sin reacción, se fue del Mundial por la puerta de atrás". Pois hoje a Argentina levou quatro da Alemanha e voltará para Buenos Aires de forma malancólica. 
Torci pelos hermanos - em função dos amigos que fiz nas diversas vezes que fui à Argentina, a trabalho e a turismo, e por Maradona -, mas é necessário rebater os dois periódicos deles. "Argentina caiu de quatro" seria a manchete que eu usaria se editasse um jornal esportivo no Brasil.  Ou: "Eles provaram o chocolate alemão, mais amargo que a laranja holandesa."
De qualquer forma,  don't cry for me Argentina.

Da sóbria Fátima Bernardes à exibicionista Fátima Bernardes

A apresentadora, segue silenciosa e meio assustada, o “padrão Globo de qualidade”, criado por Walter Clark, e seguido depois pelo Boni, quando assumiu a direção da rede. Agora, na Copa, durante os tempos vitoriosos, surgia nas telas, como a “gênia” da televisão e do futebol. Provocava enormes gargalhadas, falando e ao mesmo tempo lendo, (dando a impressão de que improvisava) o que estava escrito, tendo que baixar a cabeça. 

A que limites leva a vaidade. 

PS – Joe Wallach, o americano que a Globo roubou da Time-Life (depois de ter roubado os americanos com a ajuda dos generais golpistas), aos 86 anos deu entrevista à revista “Trip”. 

PS2 – Disse textualmente: “O único gênio da televisão brasileira foi Walter Clark. Depois, se entregou inteiramente à bebida, não conseguia nem falar. Foi demitido”.

Fonte: Helio Fernandes (Tribuna da Imprensa) - http://www.tribunadaimprensa.com.br/

Mau jornalismo da Globo já é destaque internacional

Cospe pra cima, cai na testa, dizia minha mãe. Foi o que aconteceu com a Globo hoje.
O jornal paraguaio La Nación diz que a Laranja Mecânica foi responsável por “acallar a la soberbia brasileña”. E por “brasileira” ele se refere à Rede Globo, não ao país como um todo, como fica claro logo nas frases seguintes. A crítica se dirige especialmente à SporTV, canal fechado que pertence à emissora e que divulgou um vídeo desrespeitoso à Seleção Paraguaia e ao Paraguai, a seu povo.
O desrespeito vai além do futebol, segundo o jornal: “ironizan sobre nuestras comidas y nuestras costumbres”, em linguagem debochada. O único valor paraguaio apresentado pelo vídeo é Larissa Riquelme, a “novia del Mundial”. Além de agressivo com os paraguaios, o curta é machista. Desvaloriza todo um povo e todo um gênero. As mulheres são vistas como objetos.
A matéria se coloca ao lado de Dunga pela resistência aos abusos da Globo. E completa: “La Naranja Mecánica se encargó así de hacer justicia y dar una gran lección a quienes tienen en el corazón una rabia innecesaria hacia una nación pobre pero digna”.



Mesmo que o grau de deboche fosse exagerado pelos paraguaios, chamaria a atenção que a Globo já vem recebendo críticas internacionais por conta da sua irresponsabilidade na forma de fazer jornalismo. Mas não é o caso, a ironia é de fato extremamente ofensiva. O vídeo trata o nosso vizinho como um país desprovido de quaisquer qualidades, feio, triste, pobre. É asqueroso.
Debochar de outros países extrapola os limites do esporte, do futebol, e avança no terreno político. São as relações internacionais brasileiras, são povos, são culturas. Pode haver diferenças, mas não há como definir melhores e piores. É aí que entra o respeito. Ou deveria entrar.
A Globo transferiu a ironia que dedica à política externa do governo Lula ao futebol. Fez mal, muito mal. E ficou bem feio.


A dica da matéria do jornal paraguaio foi dada por Dodi (@dodi_vota13), pelo Twitter
A foto é de Reinaldo Marques/Terra.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Brasil fora, Uruguai dentro

Um país que tem o território muito inferior ao do Rio Grande do Sul está na semifinal da Copa do Mundo. A vitória nos pênaltis dos hermanos uruguaios contra Gana mostrou que a vontade, a garra e perseverança são tão importantes quanto a técnica no atual futebol. Foi um milagre. Nos minutos finais da prorrogação, o Uruguai foi abatido por um pênalti. Era a despedida da Copa do Mundo. 
Mas o adversário calculou errado a batida e ela saiu para fora. O jogo foi para as penalidades definitivas, com vitória dos platinos. Ganhou com a tradicional garra uruguaia que tanto respeitamos. Vou torcer pelos vizinhos, mesmo sabendo que a Holanda está com um time certinho para chegar à final.
Arriba, Uruguai!