quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sindicato dos Jornalistas e Fenaj repudiam agressão a repórter fotográfico

 O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lamentam e repudiam com veemência as agressões sofridas pelo repórter fotográfico Jean Schwarz, do jornal Zero Hora, durante a cobertura da assembleia dos trabalhadores rodoviários, que terminou em pancadaria na noite desta terça-feira, 22. O profissional foi agredido com chutes e socos por pelo menos quatro envolvidos no tumulto. Em face disso, registrou boletim de ocorrência no Palácio de Polícia e passou por exame de lesão corporal.
O SINDJORS e a Fenaj entendem que esse tipo de ocorrência fere a todos os profissionais em exercício no Rio Grande do Sul e no Brasil, pois tem o objetivo de cercear a liberdade de informar. Para as entidades, as discordâncias devem ser resolvidas por meio do diálogo e não por agressão física a terceiros, como a sofrida pelo jornalista Jean Schwarz. A direção do Sindicato dos Jornalistas entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e cobrou a identificação dos responsáveis pelo ato de covardia.
Com base nas imagens feitas e reproduzidas pelos veículos do Grupo RBS, o Sindicato dos Jornalistas vai encaminhar denúncia dos agressores ao Disque Denúncia da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, que organiza um grupo de trabalho para avaliação de agressões aos profissionais de Imprensa. A Direção cobra ainda dos órgãos policiais e judiciais a apuração imediata do caso, a identificação e a punição dos envolvidos nas agressões.

Balanço

No balanço, eu canso de contar moedas.
De pensar nos lucros e nas perdas.
Melhor era aquele da praça na infância.
Cansava quem muito nos embalava.
E nunca, jamais, reclamava.

Luz

Naquela rua luz falta.
Leva teu brilho até lá.
Alguns podes iluminar.
A penumbra ficará
com muitos outros.
Mas valerá a pena.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pressa no jornalismo

Oportuno artigo do estudante Jadilson Rodrigues (Salvador - BA) - publicado originalmente no Observatório da Imprensa - sobre a pressa do jornalista atual em repassar uma informação, o que elimina importantes etapas como apuração e análise.

O jornalismo nosso de cada dia

No decorrer desses dias tão acelerados e com a velocidade cada vez maior da produção de informações, nos perdemos e acabamos não as passando pelo processo de análise e apropriação e, principalmente, a compreensão da forma e com que intenções a informação é produzida e veiculada nos meios de comunicação. Lembro-me do tempo em que os jornais impressos possuíam matérias detalhadas nas quais, independentemente do conteúdo e da intenção de quem a escreveu, enxergávamos que havia por detrás uma pesquisa robusta para construção do texto, da informação que seria passada ao leitor.
Esse tempo parece que ficou para trás...
Dia desses, na edição online da Folha de S.Paulo, lia na coluna de Mônica Bergamo sobre um comediante que tinha sido processado e condenado a pagar uma indenização por um comentário que fizera. O que me surpreendeu foi o fato que a notícia era simples citação de uma postagem do próprio comediante feita numa rede social.
Esse fato repetiu-se no fim de 2012 por duas vezes em outros portais de notícias em que as matérias consistiam da veiculação de fotos postadas em outra rede social: de uma jogadora de vôlei curtindo as férias (ver aqui) e de um jogador de futebol que estava retornando ao país para jogar num clube (aqui).
A essência da informação
Esses acontecimentos intercalaram-se com o meu acompanhamento do seriado The Newsroom, produzido pela HBO, ficção que mostra os bastidores do programa News Night, exibido pela emissora a cabo de notícias Atlantis Cable News (ACN), comandado por Will McAvoy (Jeff Daniels) e pela produtora executiva Mackenzie McHale (Emily Mortimer).
O noticiário cita vários casos verídicos e recentes acontecidos nos EUA e no mundo, quando o âncora e sua equipe tentam colocá-los no ar, mesmo enfrentando vários obstáculos pessoais, comerciais e corporativos. Nos bastidores do noticiário podemos observar a busca pela informação para produzir outra, que seja robusta e que faça com que quem a está recebendo tenha substância para formar seu próprio juízo de valor sobre os fatos.
A série The Newsroom e as notícias produzidas nos jornais, principalmente nas suas edições online, geram um questionamento: é tão fácil produzir um conteúdo de cunho jornalístico ou a capacidade de nossos produtores de informação liquefez-se ao sabor das facilidades da internet? Podemos considerar uma informação que tenha valor jornalístico um print dado em um perfil nas redes sociais de alguma “celebridade” e veiculado no portal de notícias?
Uma rápida comparação entre o processo de produção da informação na redação do fictício noticiário de The Newsroom e os métodos utilizados por portais jornalísticos nos faz pensar que o tempo acelerado que roda o nosso dia fez o jornalismo perder muito, ao deixar de lado seu princípio investigativo para veicular a informação em primeiro lugar, fragmentando-a e pasteurizando-a, custando à informação a perda da sua essência: a capacidade de nos oferecer pontos de vista e substância para formação de opinião.

Sentir

Eu vi o que não enxergaste.
Mas ouviste o que não ouvi.
Ainda bem que ambos sentimos.

Amigos

Estava indo para academia, dei uma guinada e fui tomar café e água na cafeteria do Zaffari. Valeu a pena: em 10 minutos, passaram pela minha mesa o Wálmaro Paz e sua mulher Vera, a Denise Campão e a Rô Arostegui. Todos amigos de bons papos. Se lá ficasse não treinaria.
Voltando da academia, encontrei o Paulo Mendes e o Mancha em pontos diferentes. Mais papo nas calçadas da Cidade Baixa. Aqui no bairro é assim: parece tudo uma família...
E depois vejo duas amigas do bairro curtindo: a Olga Pacheco, moradora da minha rua (ou eu da dela), e a Lu Vilella da Livraria Bamboletras. Bom isso ... 

Domingo de praia

E hoje foi um dia de
botar o pé na areia,
mergulhar na onda,
engolir uma viola frita,
curtir a chuva miúda,
ter areia na cara e
a melhor companhia.



Amor


Pintam o amor de diversas formas e com variadas cores. Depois de ver o filme AMOR, observei formas e cores que não tinha imaginado. Fica a pergunta: será possível viver assim fora da ficção? Foi gerado um debate sobre a importância de pessoas que vivem situação semelhante verem o filme. Há controvérsias. Pessoalmente, acho que deverias ir e enfrentar o que verás. Quem sabe sairás mais fortalecida, com mais amor ainda.
O filme é impactante mesmo e mexe com nossos corações e sentimentos. Nunca tinha visto uma obra assim. É amor puro e verdadeiro, como nunca foi mostrado. Independente de idade. É comomente e testa os protagonistas e o próprio público. Trata-se de desafiar o amor de duas pessoas que estão na faixa dos oitenta anos. O casal é professor de música aposentado, mas um AVC na mulher testa ao extremo o vínculo amoroso de ambos. Poucos mortais fariam o que aquele homem fez. Ali, muitos contestavam. A começar pela filha que mora no exterior. Magnífica interpretação de ambos, especialmente da atriz Emmanuelle Riva.
Aconselho que vejam! 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vozes

Eu ouço vozes.
Cantadas, ditas.
Quem acredita?
Aqui, na cidade
sempre baixa.

Lua encoberta

A lua brinca comigo.
Vem, vai e espia.
Aparece e se esconde.
Culpa delas, as nuvens.

Olhe

Olhe nos meu olhos.
Consegues ver algo?
Não? Deves estar cega.
Meus olhos enxergam
o fundo do teu coração.

Vento

Brisa boa
vento à toa
não importa
se pouco voa.

Ignorado


Te vi, interessado, ali.
Me ignoraste, aqui.

Individualismo nas ruas

Tu andas sozinho em um carro? 
Já reparaste o tamanho dele e o espaço que ocupa na rua? 
Não achas isso um abuso?
Comece por ti. 

Mude de postura antes de reclamar da poluição ambiental e do engarrafamento

Gritar

Então, a solução é gritar.
Mas um grito silencioso
que não fere, não judia.
Apenas ecoa com força
em todos os recantos.

Conquistando

Chegaste devagar,
o ritmo aumentaste,
o passo cresceu,
o coração acelerou,
o medroso conquistaste.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Leia


Drama e justiça em filme francês

Antes do fim, vence o ideal de justiça. Assim, eu vi ontem, no Guion Cinemas, o excelente filme francês Tudo o que Desejamos. No início, eu pensei que fosse apenas um filme de Justiça, onde os pobres afinal ganham de poderosas corporações. Só isso já me puxou. De fato, a obra é uma história de tribunal, mas também conta com um drama familiar numa fita em tom emocional sem pieguice.


 O enredo é bom, embora em alguns momentos previsíveis, mas chama a atenção a entrega absoluta dos atores aos papéis. Estão mais do que interpretando, mas vivendo de fato um filme que aborda temas muito duros e que mexe com os espectadores. Vale a pena.

Não durma. Saia de casa

Adormeci nesta tarde de sol
me puxando para caminhar.
A preguiça foi mais forte e
para a cama me levou.

Agora, olho para este teclado
com cara amassada, olhos
fechados e só abertos com
dois pauzinhos de fósforos.

Juro, não minto, pensei que
manhã fosse e o grosso das
pessoas chorasssem grossas
lágrimas por raiva da danada
e mal falada segunda-feira.

Não é, ainda tem tempo de
andar, passear, no cinema ir.
Tire este esqueleto da cama,
a nádega da cadeira e os
olhos desta opressora tela.

Confidências do café

Neste momento, no café, senhoras disputam mesas. 
Saio de fininho para não ouvir - e depois contar - coisas da vida delas. 
E dos outros...