quarta-feira, 29 de maio de 2013

A multinacional que roubou os gaúchos

Que belo texto do Antonio Oliveira sobre a questão da Ford. É isso aí mesmo...
Eu estava entre os soldados do capitão Guaracy naquela trincheira no Palácio Piratini, quando as balas dirigidas contra o comandante Olívio zuniam sobre as nossas cabeças. Os tiros vinham de todos os lados, mas principalmente das bandas da Azenha, disparados por gangsters das fileiras do pelotão dos tais formadores de opinião de uma certa empresa. Eles acabaram levando um pontapé no traseiro justamente pelos seus exageros, por serem mais realistas que o próprio reizinho. Se uma só juíza já reconheceu que aquele bando de safados disfarçados de jornalistas ajudou uma das maiores multinacionais do mundo a roubar o dinheiro dos gaúchos isto já me basta. Podem até comprar os magistrados nas próximas etapas.

Vão pedir desculpas ao governador Olívio Dutra?

Ford é condenada a ressarcir o Rio Grande do Sul em mais de R$ 160 milhões

maio 28, 2013
justiça150 A juíza Lilian Cristiane Siman, da 5ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central de Porto Alegre, condenou a empresa Ford a ressarcir o Rio Grande do Sul em mais de R$ 160 milhões por investimentos realizados pelo Estado para a implantação de uma filial da empresa no município de Guaíba, em 1998. Na época, a empresa recebeu recursos para o início das obras de instalação da fábrica e depois desistiu do negócio alegando falta de pagamento por parte do governo Olívio Dutra (PT), que assumiu em 1999. A empresa  assinou um financiamento com o Banrisul no valor de R$ 210 milhões e acabou indo para a Bahia, depois de ter recebido a primeira parcela do financiamento no valor de R$ 42 milhões. A Ford alegou atraso no pagamento da segunda parcela e “motivos de ordem política” com o governo que assumia o Estado.
O governo do Estado ajuizou uma ação para a devolução da primeira parcela do financiamento, gastos com aquisição de máquinas e equipamentos para as obras no valor de cerca de R$ 93 milhões, além de perdas e danos provocados pelos gastos com servidores públicos colocados à disposição da empresa para o desenvolvimento do projeto, além de uma série de outras despesas.
Em sua decisão, a juíza Lilian Cristiane Siman disse que ficou demonstrada a “inadequação do procedimento” da Ford ao desistir do negócio. “Entre a data prevista para a liberação da segunda parcela do financiamento e a notificação da empresa informando sobre sua retirada do empreendimento decorreram somente 29 dias, o que, pelo volume de documentação acostada com a prestação de contas, não é excessivo”, assinalou.
A magistrada contestou a alegação da montadora sobre o suposto atraso na liberação da segunda parcela do financiamento: “o suposto atraso, (suposto porque na verdade, não se implementou, mas sim teve retardado seu implemento porque condicionado à regularidade da prestação de contas relativa à primeira parcela do financiamento), de 29 dias não justificaria a postura adotada pela ré, retirando-se do empreendimento”.
A sentença lembra a cláusula 12ª do contrato assinado pela empresa com o Estado: “Caso a Ford, injustificadamente, venha a desistir da implantação do Complexo, ficará obrigada a devolver, a valor presente, ao Estado e/ou Município, as importâncias recebidas…, obrigando-se, ainda, por ressarcir o Estado pelos gastos por realizados em obras de infraestrutura dentro da área do Complexo Ford”.
Segundo informa nota publicada na página do Tribunal de Justiça do RS, a juíza determinou que o contrato com a Ford está formalmente rescindido. Além disso, “condenou a Ford à devolução da primeira parcela do financiamento no valor de R$ 36 milhões (R$ 42 milhões iniciais, dos quais devem ser deduzidos R$ 6 milhões, relativo à terraplenagem do terreno onde seria instalado o complexo e se somou ao patrimônio do autor da ação), cerca de R$ 93 milhões referentes à aquisição de máquinas e equipamentos e cerca de R$ 33 milhões referentes aos estudos técnicos e análises para disponibilização de infraestrutura”. Cabe recurso da decisão ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Sem jornalista, não tem informação

A campanha salarial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul está bombando na internet. O foco é a valorização do jornalista como agente da informação.Vejam algumas peças:




segunda-feira, 27 de maio de 2013

Na Frida pensando

Pensei na Frida e na beleza de sua obra, de sua vida, de sua alma.
E aí está ela, exuberante.
Amo!



domingo, 26 de maio de 2013

Saudade

Que saudade me dá
do tempo sem idade,
da época de mocidade
da minha cidade lá.

sábado, 25 de maio de 2013

Olhares

Quando visitamos um lugar, experimentamos diversos olhares. Já andei por este RS como profissional de jornalismo. Meu olhar foi factual, interessado em um assunto especifico. Já fui como turista e este foi meu olhar. Agora, tenho visitado municípios gaúchos com um olhar de graduando de história. Minha visão é direcionada para o passado, para acervos, para preservação. É uma grande experiência poder renovar olhares. Ou promover uma mescla deles...

Posando em Guaíba


Professora Gislene Monticelli (D) e colegas da PUCRS na atividade de campo em Guaíba. A foto foi tirada no trapiche que chama muita gente para o chima ou uma ceva no final de tarde.

Museu a céu aberto em Guaíba


No trabalho de campo que a turma de História e Acervos, do curso de história da PUCRS, fez hoje a Guaíba foi possível perceber que a consciência é realidade. Com coordenação da professora Gislene Monticelli, visitamos locais preservados pelas ações públicas e privadas. A casa de Gomes Jardim, construída em fins do século XVIII, é um exemplo. Era sede da estância de Gomes Jardim, primo de Bento Gonçalves, que morreu ali. Em frente, permanece imponente o cipreste de 300 anos e considerado a árvore símbolo da cidade. A luta pela preservação se mantém e é representada pela Casa das Balas (terceira foto), localizada no centro. Foi ameaçada de demolição e hoje foi tombada para preservação do passado da cidade que hoje é separada de Porto Alegre pelo catamarã. Do ponto de vista de preservação, a cidade oferece outros exemplos, como o Museu Carlos Nobre, a Ilha Pedras Brancas e outras importantes edificações de séculos passados. Mas é preciso olhar com mais carinho para os antigos matadouros Pedras Brancas e São Geraldo. A preservação de sua identidade histórica é importante.





Do ponto de vista de preservação, a cidade oferece outros exemplos, como o Museu Carlos Nobre, a Ilha Pedras Brancas e outras importantes edificações de séculos passados. Mas é preciso olhar com mais carinho para os antigos matadouros Pedras Brancas e São Geraldo. A preservação de sua identidade histórica é importante.

Rumo a Guaíba

Mais uma saída à campo na PUCRS. Desta vez, em Guaíba. 
Conheço bastante, mas visitar com o olhar de graduando de História é outra coisa. 
A professora Gislene Monticelli define que é um museu a céu aberto. 
Vamos lá... de catamarã!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Escravos na senzala e na rua


Em Rio Pardo, destaca-se o Museu Barão de Santo ângelo. Nesta casa em estilo português do século XIX é mantida uma senzala para escravos domésticos.


Um detalhe na rua da Ladeira, também do século XIX. Comparem o pé da moça em relação ao tamanho da pedra deste calçamento que foi o primeiro do Rio Grande do Sul e construído com mão de obra escrava.

O general de duas homenagens


Na Igreja matriz de Rio Pardo, está o túmulo de José Joaquim de Andrade Neves. O militar, destacado na Guerra do Paraguai, nasceu em Rio Pardo, mas é em Porto Alegre que ele é duplamente homenageado. Uma importante rua do Centro Histórico leva seu nome. Mas seu título de Barão do Triunfo dá o nome de uma rua no bairro Menino Deus. Curiosidade apontada pelo especialista Sérgio da Costa Franco.

Respirando história em Rio Pardo


Respiro história nos últimos anos. Ontem, ao lado da professora Núncia Santoro de Constantino e de colegas da PUC, visitei a cidade histórica de Rio Pardo e respirei ainda mais história. Foi uma excelente atividade acadêmica... Na primeira imagem, observamos a primeira rua calçada do Rio Grande do Sul. Foi construída em 1813 por mão de obra escrava e serviu de passagem de Dom Pedro I. Na segunda, vemos o Forte Jesus Maria José, construído em 1750, e que delimitava os territórios portuguses e espanhóis. Rio Pardo era fronteira do Brasil - separada do lado espanhol pelos rios Pardo e Jacuí - e defendeu o Império. Vemos ainda duas igrejas construídas no século XVII, que precisam de restauro, mas sofrem da indiferença em relação ao patrimônio histórico.





quarta-feira, 22 de maio de 2013

Rumo a um dos berços gaúchos


Saindo para trabalho de campo com a professora Núncia Santoro de Constantino e muitos colegas da PUCRS. Vamos a Rio Pardo, que foi uma das primeiras vilas a serem criadas no Rio Grande do Sul e tem sua história intimamente ligada à formação deste estado. Povoada principalmente por açorianos, tornou-se no século XIX centro de produção agrícola e seu porto fluvial um movimentado entreposto de comércio. Sua antiguidade deixou marcas ainda visíveis na cidade, em tradições e na sua rica arquitetura colonial. É onde mergulharemos durante o dia. Boa quarta-feira a todos.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Impulso

No início, te vi correndo.
Logo, a passos lentos.
Agora, decidiste parar.
Que seja para tomar impulso
na direção dos braços meus.

Proibida

Ela é proibida,
mas apaixonei.
E logo deixei.
É prometida
para a vida
que logo vem.

domingo, 19 de maio de 2013

Estudar

Ponto final aqui porque
pesquisar é necessário
e escrever, essencial.
Boa semana, amig@s

Redenção sombria, mas sempre linda

O tempo chuvoso no início da manhã deste domingo não me impediu de dar uma volta no meu quintal, o Parque da Redenção, em Porto Alegre. A nebulosidade garantiu esta imagem um tanto inusitada do laguinho...


 O busto de Santos Dumont está praticamente sozinho na Redenção neste início de domingo sombrio.


 Os sinais de outono estavam demarcados nas árvores deSnudas. E alguém esqueceu de desligar a luminária...



No Brique da Redenção, um convite ao tédio. Tem gente que acrescenta a ceva... Detalhe: na mesa ao lado, eu tomava água.





 

sábado, 18 de maio de 2013

Livros, segundo Quintana

Leio e escrevo bastante neste final de semana. Trata-te de prepação de projetos e artigos para a faculdade. Em meio a muitas obras consultadas e lidas, encontro uma citação do poeta Mário Quintana, que não é objeto de meus estudos atuais, mas que considero relevante. Divido com vocês que aqui passam: 
"Os livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas".

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Gangorra no futebol

De um lado, choro, quietude.
Do outro, euforia, gozação.
Na gangorra do futebol gaúcho
não tem espaço para meio termo.
É maldição, é bendição.

Desejo

Aumenta teu desejo e vem.
Aqui, o desejo é grande também