Eu era adolescente, morava em Barra do Ribeiro (distante 55 quilômetros de Porto Alegre) e escutava aos jogos do meu Internacional pelas ondas do rádio. Não havia aparelho de televisão em nossa casa e, mesmo que tivéssemos, os jogos não eram transmitidos. Por isso, minha paixão pelo Inter foi crescendo a partir de vozes de narradores como Pedro Carneiro Pereira, da Rádio Guaíba. Foi dessa forma que aprendi a admirar um zagueiro chamado Scala, que aliava técnica e força que causavam admiração em todo o Brasil. Tanto que o defensor colorado jogou na seleção e foi relacionado para o Copa do Mundo no México. Só não foi tricampeão por conta da política que privilegiava os jogadores do Centro do País e de uma lesão surgida na época da convocação. Um exemplo: Piazza, um meio-campista, foi nosso zagueiro. Um lugar que seria de Scala.
Pois o nosso atleta morreu hoje, aos 67 anos, vítima do mal de Alzheimer. Meu respeito a ele, integrante de um time que consegui decorar durante anos e foi responsável pela retomada da hegemonia do Inter no Rio Grande do Sul e, quem sabe, foi o embrião do esquadrão que mais tarde foi tricampeão do Brasil na década de 70. Eu diria, saudoso, romântico e meio exagerado, que era um timaço: Gainete, Laurício, Scala, Luiz Carlos e Sadi, Elton e Dorinho, Carlitos (Valdomiro), Bráulio (Sérgio), Claudiomiro e Canhoto. É uma feliz lembrança no dia da partida do grande Scala (na foto, do site do Milton Neves).
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