
Muitos dizem que ela foi eleita no rastro da administração do seu marido, Nestor Kirchner. Esquecem, porém, que Cristina Fernández Kirchner tem uma longa trajetória na política argentina, a começar por sua liderança na política estudantil e posteriormente pela atividade parlamentar. A mulher que assumirá a presidência da Argentina hoje faz história porque é a primeira represente do sexo feminino a ser eleita. Ressalte-se que, de 1974 a 76, o país havia sido governado por Isabelita Perón, que não foi eleita para presidente: assumiu após a morte do marido, Juan Domingo Perón.
Além disso, Cristina assume com apoio maciço nas ruas e no Congresso. Uma pesquisa realizada recentemente que ela tem 66% de apoio dos entrevistados assume como a presidente civil com maior poder institucional de toda a história do país, pois controlará a Câmara de Deputados com uma margem sem precedentes. No Senado, onde seu partido, o Justicialista (peronista) impera desde a volta da democracia em 1983, a nova presidente terá respaldo de mais de dois terços dos senadores. Ao mesmo tempo, os partidos da oposição estão desarticulados.
Cristina (na foto acima, de Daniel Garcia/AFP) também contará com o apoio de 19 dos 24 governadores argentinos - incluindo da principal província, Buenos Aires, que concentra quase 40% do eleitorado e produz um terço do PIB. De quebra, ela terá controle sobre mais da metade dos prefeitos em todo o país. Que poder!
Um comentário:
Na Argentina, as mulheres sempre despontaram na política e em outras área. Temos a Evita, que virou lenda, e a Isabelita, ambas mulheres de Perón. Não podemos esquecer de Mercedes Soza e das madres da Plaza de Mayo, aliás devidamente homenageadas por Cristina. Espero que ela não decepcione.
Isabel
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