Leia abaixo a íntegra do artigo escrito por Luis Nassif:
A matéria de Veja desta semana (15/6) sobre a Varig mantém o estilo inacreditável da revista.
O lead é o seguinte:
Duas semanas depois de publicadas as primeiras denúncias sobre a venda da Varig, feitas ao jornal O Estado de S. Paulo pela ex-diretora da Anac Denise Abreu, uma pergunta persiste: por que a VarigLog decidiu vender a Varig para a Gol por 320 milhões de dólares se tinha uma proposta da TAM para fazer o mesmo negócio por 738 milhões de dólares? A solução a essa dúvida é crucial.
Veja bem:
1. Essa informação foi publicada na edição passada da Veja.
2. A TAM desmentiu oficialmente ter feito a proposta. A carta da TAM limitava-se a mencionar o preço pedido pela VoLo e deixar claro que ela, TAM, não o estava endossando. Tanto que sua carta tinha caráter não-vinculativo (isto é, não endossava a proposta). A revista tinha errado na leitura da carta da TAM.
3. Para se defender das críticas de que tinha criado um factóide, a revista publicou o trecho da carta da TAM – que comprovava seu erro (!). Publicou a prova do seu erro como se fosse sua defesa. Má fé? Nesse episódio, de publicação da prova do erro, uma incapacidade de entendimento sobre temas básicos.
4. Uma publicação séria admitiria o erro. Um publicação meramente esperta o esconderia. Veja volta a insistir no erro, como se ninguém o tivesse visto ou testemunhado. Qualquer empresa moderna tem sistemas de controle de qualidade. Crucial é entender como esse tipo de prática continua passando pelos controles de qualidade da Abril.
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