Viver é tão difícil que amedronta!
Até sonhar, às vezes, é uma afronta,
Ao medo, com seu dolo a castigar...
Como a avalanche desce da montanha,
Sem reservar recurso de artimanha,
Sinto que posso até me enregelar...
Nesses momentos tão cruéis e insanos,
Os sonhos e esperanças são tiranos,
Em nada nos é dado acreditar...
É triste ter o abraço tão vazio, Sentir no coração, cáustico frio,
Do desamor pungente a nos rondar...
Porém, viver é dádiva sublime! Busquemos a razão que nos anime,
Sem deixar nunca o medo nos vencer!
A natureza ajuda nesse instante...
É ela que retarda o meu levante,
Amando a vida assim, até morrer! (Tere Penhabe)
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