Mais uma vez, as pesquisas eleitorais em Porto Alegre foram usadas para manipular os eleitores. Useiro e viseiro nesta "arte", o Ibope manteve a performance no pleito de domingo, que conduziu Maria do Rosário (PT) e José Fogaça (PMDB) ao segundo turno. Os petistas mais próximos do núcleo da campanha já sabiam que a candidata do PC do B/PPS, Manuela D´Ávila, nunca esteve à frente da concorrente. Maria sempre apareceu em segundo lugar nas pesquisas encomendadas pelo partido, com o objetivo de acompanhar o ritmo da campanha. No entanto, o IBOPE chegou a colocar a candidata comunista/privatista com sete pontos de vantagem em meados de setembro. Com a proximidade da eleição, foram ajustando ao gosto do freguês (os veículos que publicam as pesquisas). Outros levantamentos já apontavam Maria à frente uma semana antes. Mas o IBOPE se manteve firme até a véspera da eleição, quando cravou 20% a 20%. Somente na boca de urna, divulgada após o encerramento da votação, não poderia errar, como já fizera em outras ocasiões.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu muita coisa nesta eleição, mas encontrou a resistência da grande mídia para terminar com pesquisas manipuladoras, que visam a indução do voto. O quarto poder venceu, perderam os leitores. Será que alguém acredita no falatório dos colunistas e repórteres de que a a virada aconteceu em função da militância - que ressurgiu -, do bom desempenho no último debate ou da mudança no estilo do programa? Vamos ficar mais atentos no segundo turno.
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