O empresariado é o avalista da economia brasileira. É ele quem é chamado a opinar na grande mídia sobre o crescimento ou queda do PIB, da inflação, do emprego. Ao trabalhador é destinado um papel secundário. Ou nenhum. Mesmo que ele tenha sido o maior prejudicado por uma crise superdimensionada, que resultou em desemprego e congelamento de salários.
Nos últimos dias, contudo, tenho lido nos grandes jornais que o pior da crise já passou porque houve estabilização na taxa do desemprego, o consumo aumentou e o número de pobres continua diminuindo. Pergunta: será que houve um motivo real para que muitos grupos promovessem demissões em massa? Outra: será que o consumo caiu muito nos últimos meses? Pois agora os mesmos empresários que demitiram estão dizendo que a economia brasileira está recuperando o seu fôlego.
Dois dados publicados recentemente chamam a atenção por terem acontecido em meio à suposta crise. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no período de outubro de 2008 a março deste ano, 316 mil pessoas saíram da pobreza nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil em relação ao fim de setembro de 2008. Isso aconteceu em plena "crise".
Outra informação que valoriza atuação do Governo brasileiro. Estudo da escola suíça de negócios IMD, em parceria com a Fundação Dom Cabral, mostra que o Brasil ficou em este ano em 40º lugar entre as 57 nações analisadas. No ano passado, estava em 43º lugar. A pesquisa mostrou a melhora na performance econômica brasileira, que ganhou 10 posições nesses item e ocupa agora o 31º lugar.
Pois é, tudo isso em plena crise. Ou seja, o Brasil do presidente Lula estava preparado para a crise e foi afetado menos do que grandes potências. Algo que muitos analistas da grande mídia e opositores tradicionais não reconhecem.
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