Na próxima quarta-feira, dia 15 de junho, uma comitiva do Rio Grande do Sul vai a Brasília para participar da mobilização pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 33/09, de autoria do senador Antonio Carlos Valadares, do PSB de Sergipe, que restabelece a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo. Na Câmara de Deputados, corre também a PEC 386/09, de autorida do deputado gaúcho Paulo Pimenta. A 'PEC do diploma' poderá ser votada naqueles dias, e a Federação Nacional dos Jornalista promove uma mobilização nacional da categoria em prolo do retorno da exigência de formação superior para a profissão. Do Estado estarão presentes o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, o vice-presidente Milton Simas, a diretora Vera Dayse Barcellos e o acadêmico Guilherme de Oliveira, representante do Núcleo de Estudantes de Jornalismo do Sindicato.
Movimentação semelhante ocorrera em 1º de junho, Dia da Imprensa, quando um grupo de jornalistas de todo o país pediu a votação da PEC do Diploma no Congresso Nacional. Na ocasião, representantes da Fenaj e Sindicatos de Jornalistas marcaram presença na Capital Federal em prol das PECs do Diploma que tramitam na Câmara e no Senado. Os profissionais circularam por gabinetes parlamentares conversando com os legisladores, e o Sindicato gaúcho se fez presente na pessoa de seu presidente José Nunes.
Na próxima sexta-feira, dia 17 de junho, completam-se dois anos da decisão do Supremo Tribunal Federal de abolir a exigência de diploma em curso superior de Jornalismo para exercício da profissão. O Sindicato dos Jornalistas do RS prepara uma grande manifestação para esse dia, com ato público a ser realizdo na Esquina Democrática, Centro de Porto Alegre, com concentração a partir das 10h. Ao meio-dia inicia a caminhada pela rua dos Andradas, reunindo jornalistas, universitários e simpatizantes, com manifestação das lideranças.
Foto: Arfio Mazzei
Em 2009, Porto Alegre teve a mais forte reação de estudantes e profissionais à decisão do STF
Desde o fatídico 17 de junho de 2009, Fenaj e Sindicatos lutam pela volta da exigência de diploma, buscando apoios na sociedade, entre os legisladores e mantendo vivo o espírito de seriedade entre a categoria. Muitas foram as atividades promovidas pelas entidades a fim de esclarecer sobre a necessidade de diploma para o bom Jornalismo, que de forma alguma se contrapõe à liberdade de expressão, argumento usado pelos ministros do STF para a derrubada da necessidade de formação superios em Jornalismo. Brasília foi o ponto de encontro para trabalho de repesentantes dos jornalistas de todos os pontos do Brasil, em reuniões com a presidência do Senado, José Sarney, da Câmara, Marco Maia, e de inúmeros parlamentares que concordam com as exigências propostas pelos próprios profissionais da Imprensa.
Em muitos Estados e Capitais, existe lei obrigando o diploma em Jornalismo para os aprovados em concursos públicos governamentais. Mensalmente, novas localidades aderem ao pensamento da categoria, por perceberem que a formação teórica, técnica e ética de um profissional não pode ser desconsiderada, para prejuízo de uma sociedade cada vez mais voltada à informação. A mais recente foi Campina Grande, na Paraíba, cujos vereadores aprovaram o projeto de lei 097/2010, de autoria do vereador Fernando Carvalho, do PMDB, que dispõe sobre a exigência do diploma de Jornalismo em concursos públicos. Nesta sexta-feira, 10 de junho, o presidente da Fenaj, Celso Augusto Schröder, esteve participando de audiência pública com proposta semelhante na Câmara de Curitiba, no Paraná, que poderá ser a próxima capital a exigir jornalistas diplomados nas funções públicas. Até o momento, o debate e a opinião dos setores da sociedade têm sido o diferencial para a volta da obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalista.
Mais informações no site do Sindicato: http://www.jornalistas-rs.org.br/
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