Quando o Brasil era a Terra de Santa Cruz, as mulheres tinham de se enfear e os homens precisavam dormir de lado, nunca de costas, porque "a concentração de calor na região lombar" excitava os órgãos sexuais. E nos momentos a dois - geralmente no meio do mato, e não em casa, porque chave era artigo de luxo e não era possível fechar as portas aos olhares e ouvidos curiosos -, as mulheres levantavam as saias e os homens abaixavam as calças e ceroulas. Tirar a roupa era proibido. E beijar na boca? Bem... sem pasta e escova de dentes, difícil...
Gostarão? Pois é, esta sugestão é da amiga Lu Villela, da Livraria Bamboletras, localizada aqui no Nova Olaria, em Porto Alegre. Vejam o que ela diz mais sobre a obra da historiadora Mary Del Priore, Histórias Íntimas, que narra as formas de sexualidade e erotismo na história do Brasil. Quem puder, vá comprar:
Mas como o proibido aguça a vontade, a instituição que mais repreendia os afoitos, ironicamente, acabou se tornando o templo da perdição. Onde mais as pessoas poderiam se encontrar, trocar risos e galanteios e até ter relações sexuais, sem despertar suspeitas, senão no escurinho... das igrejas?!
Casos saborosos como esses são narrados por uma das maiores historiadoras do País, Mary del Priore. Em Histórias Íntimas, ela mostra como a sexualidade e a noção de intimidade foram mudando ao longo do tempo, influenciadas por questões políticas, econômicas e culturais, passando de um assunto a ser evitado a todo custo para um dos mais comentados nos dias de hoje.
Da Editora Planeta, custa R$ 29,90.
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