Quando eu era guri sonhava com dinheiro.
Não era dinheiro meu, mas do banqueiro.
Queria ser bancário, profissão bacana
lá fora onde havia um banco de tijolos
que ficava na praça de outros bancos.
Quando virei gurizote, só vi números
no curso secundário de contabilidade.
Cuidava do dinheiro das empresas,
numa entrada e saída sem fim
de balanços que não eram da praça.
Amadureci e vi letras no meu caminho.
Juntei-as, formei palavras e textos
de muitos reportagens de anos e anos.
Números e dinheiro ficaram na memória
de um guri que bancário sonhou ser.
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