Ele sempre desejou conhecê-la de fato. Seu coração pulsava mais forte só de ouvir o seu nome. Seus olhos ganhavam mais brilho toda vez que lia alguma coisa dela. Ou sobre ela. Mas, na verdade, não a conhecia. O primeiro encontro foi rápido, sem muitas insinuações. Ela recém brotava para a vida, não conhecia os caminhos que poderia trilhar. Até nem sonhos tinha. Ele, ao contrário, colecionava metas, e se afastou sabendo que aquela batalha estava perdida. A guerra era outra coisa.
Agora, porém, ela está madura, ganhou experiência, sofreu, caiu e ergueu-se. Ele sabe de seus sorrisos e de suas lágrimas. Seus caminhos não foram diferentes. Então, num impulso, pensa que podem experimentar a mágica aproximação, fazendo dos sonhos uma bela realidade. Não é fácil, porém. Deixaram que um abismo fosse aberto entre eles. Ela tinha seguido um rumo e se perdera numa curva da vida. Ele rumara para outro destino, cuja esquina era distante da dela.
Pensa: “Vou tentar assim mesmo, pois o meu coração indica este caminho. Sou paciente, sei esperar e, talvez, no final da jornada, nossas esquinas não estejam tão distantes quanto imaginávamos”. E se ele perguntar a ela se a batida do seu coração segue o mesmo ritmo do palpitar que sente no lado esquerdo do seu peito? Poderiam, enfim, trilhar caminhos que sonharam lá atrás.
Silêncio! Enquanto espera, não baixa a cabeça. Mantendo-a erguida, com o olhar firme no horizonte. É seu sonho, é sua vida.
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