Jornalistas gaúchos comemoraram nesta quarta-feira (17/03) a aprovação, pela Assembléia Legislativa do RS, do Projeto de Lei 236/2009, que torna obrigatório o diploma de Jornalismo para o exercício da profissão no serviço público estadual. A FENAJ prossegue com a orientação de que se busque, nos estados, contato com os líderes de bancadas para acelerar a composição da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisará a Proposta de Emenda Constitucional 386/09.
Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul o Projeto de Lei 236/2009 foi aprovado por unanimidade. Tal resultado surpreendeu o próprio autor do projeto, o deputado Sandro Boka (PMDB). “Confesso que fiquei surpreso com a unanimidade, mas esperava uma certa aprovação porque quando o STF derrubou o diploma, muitos deputados repudiaram a decisão”, explica.Agora, o PL deverá ir para sanção da governadora Yeda Crusius (PSBD). “O Legislativo do Rio Grande do Sul deu um exemplo que deve ser seguido por todo o País. Foi uma resposta ao STF. Agora só precisamos fiscalizar para que essa lei seja cumprida”, diz o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, que pretende solicitar uma audiência com a governadora e pedir a aprovação do projeto.
Fotos de Arfio Mazzei
Blog destinado ao Jornalismo, com informações e opiniões nas seguintes áreas: política, sindical, econômica, cultural, esportiva, história, literatura, geral e entretenimento. E o que vier na cabeça... Leia e opine, se quiseres!
quinta-feira, 18 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
As imagens de Roberto Santos
O fotógrafo Roberto Santos, um dos mais conceituados do Brasil, exporá imagens do Centro Histórico de Porto Alegre na sala J.B. Scalco, no Solar dos Câmara (Rua Duque de Caxias, 968). A mostra "Memorar Porto Alegre", no período de 8 a 31 de março, marca o aniversário da Capital, que completa 238 anos no dia 26 de março. As visitas, gratuitas, poderão ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30.
O centro de Porto Alegre concentra a maior parte do patrimônio histórico, cultural e arquitetônico da cidade. Foi justamente a necessidade de contribuir para sua preservação que motivou o fotógrafo a organizar a mostra. As imagens, obtidas por captura digital, retratam o Memorial do Rio Grande do Sul, o Chalé da Praça XV, o Paço Municipal, a Praça da Matriz e o Theatro São Pedro, entre outros pontos turísticos de Porto Alegre.
Roberto Santos atua como repórter fotográfico desde 1969. Seu currículo inclui passagens pela extinta revista O Cruzeiro, pela Agência de Notícias UPI e pelo jornal Correio do Povo, além de diversos prêmios, dois deles concedidos pela Associação Riograndense de Imprensa. Esta é a segunda exposição que ele realiza sobre Porto Alegre.
O centro de Porto Alegre concentra a maior parte do patrimônio histórico, cultural e arquitetônico da cidade. Foi justamente a necessidade de contribuir para sua preservação que motivou o fotógrafo a organizar a mostra. As imagens, obtidas por captura digital, retratam o Memorial do Rio Grande do Sul, o Chalé da Praça XV, o Paço Municipal, a Praça da Matriz e o Theatro São Pedro, entre outros pontos turísticos de Porto Alegre.
Roberto Santos atua como repórter fotográfico desde 1969. Seu currículo inclui passagens pela extinta revista O Cruzeiro, pela Agência de Notícias UPI e pelo jornal Correio do Povo, além de diversos prêmios, dois deles concedidos pela Associação Riograndense de Imprensa. Esta é a segunda exposição que ele realiza sobre Porto Alegre.
CCJ aprova parecer favorável a PL que exige contratação de jornalistas diplomados no serviço público
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou por unanimidade parecer favorável do deputado Fabiano Pereira (PT) ao PL 236/2009, que determina a todos os poderes do Estado que o provimento dos cargos de jornalista - efetivos ou em comissão - na esfera da administração pública estadual deverá observar a exigência do diploma de formação superior específica.
De autoria do deputado Sandro Boka (PMDB), o projeto recebeu na semana passada o apoio de entidades ligadas ao jornalismo, como o Sindicato dos Jornalistas, a Federação Nacional dos Jornalistas e a Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação.
Fabiano Pereira comemorou a aprovação na CCJ destacando que essa obrigatoriedade possa também ser estendida aos demais Estados e Municípios, corrigindo, ao menos em parte, a decisão so STF que retirou a obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão de jornalista. "É também uma valorização ao ensino acadêmico, que oferece a formação técnica essencial aos profissionais de comunicação", completou.
O projeto segue agora para votação em Plenário, em data a ser agendada.
De autoria do deputado Sandro Boka (PMDB), o projeto recebeu na semana passada o apoio de entidades ligadas ao jornalismo, como o Sindicato dos Jornalistas, a Federação Nacional dos Jornalistas e a Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação.
Fabiano Pereira comemorou a aprovação na CCJ destacando que essa obrigatoriedade possa também ser estendida aos demais Estados e Municípios, corrigindo, ao menos em parte, a decisão so STF que retirou a obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão de jornalista. "É também uma valorização ao ensino acadêmico, que oferece a formação técnica essencial aos profissionais de comunicação", completou.
O projeto segue agora para votação em Plenário, em data a ser agendada.
Estado reconhece direitos de mulheres vítimas da ditadura
O Dia Internacional da Mulher teve um significado diferente para 15 mulheres que tiveram seus processos de anistiadas julgados hoje (8) na sessão especial da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. A sessão foi marcada por emoções fortes, lembranças das torturas, dos estupros e do terror sofrido pelas mulheres que se colocaram contrárias ao regime ditatorial (1964-1985).
“Ser anistiada lavou a minha alma”, disse Celeste Fon, ao receber a sentença. Funcionária concursada do Banespa, ela foi presa junto com o pai e o irmão no final dos anos 1960. Na empresa foi perseguida, vigiada pelo regime, impedida de ter contato com outras colegas do banco, mesmo após a anistia de 1979.
Maria Alice Albuquerque Saboya também foi anistiada. Antes da proclamação, ela leu e entregou à Comissão de Anistia uma carta endereçada aos jovens, contando o que passou nos anos de ditadura e no exílio. Maria Alice foi presa aos 20 anos, junto com o marido, acusada de contribuir para formação de um partido político contrário ao regime. Foi torturada e viu colegas sendo torturados.
“É muito pior ver tortura que ser torturada. Tenho gravada em minha memória a vez de um prisioneiro que pedia: 'Pelo amor de Deus, me matem', disse Maria Alice. Ela divulgou uma carta aos jovens pedindo para que eles lutem em defesa do Plano Nacional de Direitos Humanos, proposta do governo que prevê a criação da Comissão da Verdade para apurar os crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura.
“Essa história não é minha, essa história não é nossa. É a história de um país que precisa ser contada para que aprendamos com ela”, afirmou.
Para a psicóloga fluminense Vitória Lúcia Martins Pamplona, sua anistia significou “uma vitória simbólica de todas as mulheres”. “Que não se repita jamais o que aconteceu conosco durante a repressão”, disse Vitória, que foi demitida da Infraero, presa e torturada na década de 1970.
Além de Vitória, Celeste e Maria Alice, mais 12 mulheres foram declaradas anistiadas políticas e receberam desculpas do governo brasileiro.
“Ser anistiada lavou a minha alma”, disse Celeste Fon, ao receber a sentença. Funcionária concursada do Banespa, ela foi presa junto com o pai e o irmão no final dos anos 1960. Na empresa foi perseguida, vigiada pelo regime, impedida de ter contato com outras colegas do banco, mesmo após a anistia de 1979.
Maria Alice Albuquerque Saboya também foi anistiada. Antes da proclamação, ela leu e entregou à Comissão de Anistia uma carta endereçada aos jovens, contando o que passou nos anos de ditadura e no exílio. Maria Alice foi presa aos 20 anos, junto com o marido, acusada de contribuir para formação de um partido político contrário ao regime. Foi torturada e viu colegas sendo torturados.
“É muito pior ver tortura que ser torturada. Tenho gravada em minha memória a vez de um prisioneiro que pedia: 'Pelo amor de Deus, me matem', disse Maria Alice. Ela divulgou uma carta aos jovens pedindo para que eles lutem em defesa do Plano Nacional de Direitos Humanos, proposta do governo que prevê a criação da Comissão da Verdade para apurar os crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura.
“Essa história não é minha, essa história não é nossa. É a história de um país que precisa ser contada para que aprendamos com ela”, afirmou.
Para a psicóloga fluminense Vitória Lúcia Martins Pamplona, sua anistia significou “uma vitória simbólica de todas as mulheres”. “Que não se repita jamais o que aconteceu conosco durante a repressão”, disse Vitória, que foi demitida da Infraero, presa e torturada na década de 1970.
Além de Vitória, Celeste e Maria Alice, mais 12 mulheres foram declaradas anistiadas políticas e receberam desculpas do governo brasileiro.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Vencedor do Oscar mostra preocupação com a guerra
Pelo que pude ler, Guerra ao Terror - vencedor do Oscar de melhor filme neste domingo - não tem nada de patriótico. Pelo contrário, trata-se de uma crítica à intervenção dos EUA no Iraque. Revela o tenso cotidiano das tropas norte-americanas no país invadido. Ganhou de Avatar, um bom filme rechado de efeitos especiais, mas sem qualquer apelo idológico. Em tempos de guerra, serve o alerta e o merecido prêmio.
Mesmo assim, a preocupação das televisões antes da premiação e dos jornais e sites nas edições de hoje são com os vestidos das mulheres. Esta é uma guerra particular, onde o glamour é mais importante do que qualquer debate ideológico. Uma pena porque isso acontece na véspera do Dia Internacional das Mulheres, que reverencia a luta empreendida por elas ontem e hoje em busca de igualdade. Este embate não se ganha com a beleza dos vestidos.
Mesmo assim, a preocupação das televisões antes da premiação e dos jornais e sites nas edições de hoje são com os vestidos das mulheres. Esta é uma guerra particular, onde o glamour é mais importante do que qualquer debate ideológico. Uma pena porque isso acontece na véspera do Dia Internacional das Mulheres, que reverencia a luta empreendida por elas ontem e hoje em busca de igualdade. Este embate não se ganha com a beleza dos vestidos.
domingo, 7 de março de 2010
Céu, Sol, Sul, Terra e Cor
Minha homenagem ao cantor nativista gaúcho Leonardo, autor e intérprete de grandes músicas, como Céu, Sol, Sul, Terra e Cor - cuja letra reproduzo abaixo - e Tertúlia. Ele morreu neste domingo. Vá em paz gaudério porque tuas canções são eternas.
Leonardo
Eu quero andar nas coxilhas
Sentindo as flexilhas das ervas do chão,
Ter os pés roseteados de campo,
Ficar mais trigueiro com o sol de verão.
Fazer versos cantando as belezas
Desta natureza sem par.
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
(E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar!)
Refrão:
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor!
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor!
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
(Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor!)
Eu quero me banhar nas fontes
E olhar horizontes com Deus,
E sentir que as cantigas nativas
Continuam vivas para os filhos meus.
Ver os campos florindo e
Crianças sorrindo felizes a cantar!
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
(E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar!)
Refrão
(gaita)
Eu quero me banhar nas fontes
E olhar horizontes com Deus,
E sentir que as cantigas nativas
Continuam vivas para os filhos meus.
Ver os campos florindo e
Crianças sorrindo felizes a cantar!
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
(E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar!)
Refrão
Inter ganha jogo chato
O jogo do Inter contra o São Luiz, hoje em Ijuí, espelhou o que temos visto nos Gauchão. Foi um jogo feio, chato, com muito balões. Nos gramados do interior, isso se torna ainda mais latente. O colorado só poderia ganhar com uma jogada oportunista, como a "deixadinha" do Andrezinho para o chute do Eltinho. O Inter, com um time de reservas - a maioria - e desontrosado fez o necessário para manter a liderança desta fase. Fiquei preocupado com as largadas do Abbondanzieri, que quase resultaram em gol do São Luiz. Mas, no final, ele fez uma defesa espírita, mesmo que os jogadores do time de Ijuí estivessem impedidos.
Inter contra o São Luiz e o mosquisto da dengue
Em Ijuí, no interior gaúcho, o Internacional tem daqui a pouco outro adversário além dos jogadores do São Luiz. Trata-se do mosquisto da dengue, que anda atacando por aquelas bandas. Dezenas de frascos de repelentes foram levados para a cidade. O medo é que algum jogador pegue a doença e desfalque o Inter na Libertadores. Alguns titulares estão na delegação.
Na Universidade, para fazer História
O título pode ser dúbio, mas quem me acompanha aqui e no Orkut sabe que, depois de 28 anos de minha coloação de grau em Jornalismo, voltei para a academia. Estou fazendo História na PUCRS. Foi muito emocionante a primeira semana. Me senti um guri no meio daquela juventude toda. Me senti rejuvenescido por querer aprender o passado para fazer o presente e o futuro. No fim de semana, passei um bom tempo lendo o material das disciplinas que estou cursando. Não quero passar pelo curso. Quero ser um participante ativo. Ou seja,. fazer História.
De volta do paraíso
Já se tornou lugar comum dizermos que, se estamos nas praias de Santa Catarina, estamos no paraíso. Não me importo com isso e reafirmo: passei minhas férias em fevereiro no paraíso. No caso, Garopaba, Rosa, Ferrugem, Gamboa, Siriu e outras daquela litoral maravilhoso. Postarei algumas fotos aqui para que vocês, amigos leitores, também desfrutem deste universo. Muitos de vocês também estão lá todos os verões e sabem do que falo.
" O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO"
Interessante texto sobre a mudança de nossas relações ao longo do tempos. Assino embaixo.
José Antônio Oliveira de Resende *
Sou do tempo em que ainda se faziam visitas.
Sou do tempo em que ainda se faziam visitas.
Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família
grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite. Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo.
E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
OLHA O COMPADRE AQUI, GAROTO! CUMPRIMENTA A COMADRE.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
MAS VAMOS NOS ASSENTAR, GENTE. QUE SURPRESA
AGRADÁVEL!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e
grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite. Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo.
E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
OLHA O COMPADRE AQUI, GAROTO! CUMPRIMENTA A COMADRE.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
MAS VAMOS NOS ASSENTAR, GENTE. QUE SURPRESA
AGRADÁVEL!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e
minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras.
Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos
visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha, geralmente uma das filhas, e dizia:
GENTE, VEM AQUI PRA DENTRO QUE O CAFÉ ESTÁ NA MESA!
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras.
Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos
visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha, geralmente uma das filhas, e dizia:
GENTE, VEM AQUI PRA DENTRO QUE O CAFÉ ESTÁ NA MESA!
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa.
Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa.
Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite.
O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDãO.
Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e
ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente
combina encontros com os amigos fora de casa:
VAMOS MARCAR UMA SAíDA!... ? ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas.
Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados
que assustadores.
Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!
*Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.
ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente
combina encontros com os amigos fora de casa:
VAMOS MARCAR UMA SAíDA!... ? ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas.
Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados
que assustadores.
Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!
*Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.
sábado, 23 de janeiro de 2010
O semeador de estrelas
O Semeador de Estrelas é uma estátua que está em Kaunas, Lituânia.
Durante o dia, pode até passar despercebida, como mostra a foto.
Um bronze a mais, herança da época soviética.
Durante o dia, pode até passar despercebida, como mostra a foto.
Um bronze a mais, herança da época soviética.
Mas, quando a noite chega, a estátua justifica seu título.
Com a escuridão, seu nome passa a fazer sentido.
Vejam então a foto tirada à noite.
Com a escuridão, seu nome passa a fazer sentido.
Vejam então a foto tirada à noite.
O efeito de luz e sombra semeia as estrelas.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Registros de jornalista: ministro Lupi rompe compromisso e edita norma que desrespeita a profissão
Apesar do compromisso assumido com a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e presidentes de Sindicatos da categoria, o Ministério do Trabalho resolveu editar, no final do ano passado, norma interna orientando as Secretarias Regionais do Trabalho no processo de registros de jornalistas. O processo é criticado pela Federação que reivindica nova audiência com o ministro Carlos Lupi para tratar do assunto.
Segundo informação de ontem (11/01), esta é a posição oficial do Ministério, embora possa não ser a definitiva. "A norma do MTE segue os fundamentos do acórdão do STF e cria a situação absurda e inaceitável de registros de menores, analfabetos e, até mesmo, criminosos", critica o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, acentuando que a emissão de registros para não diplomados segue o critério zero. "O ministro do Trabalho seguiu literalmente as posições estapafúrdias do ministro Gilmar Mendes que acha que para ser jornalista, basta estar vivo", protesta.
A norma já foi divulgada por vários Sindicatos e pelo boletim da Federação. Jornalistas diplomados serão registrados como jornalistas profissionais e os demais, como jornalista. Não está claro como será o registro de diagramador, ilustrador, repórter fotográfico e cinematográfico, mas as entidades sindicais pressionarão para que tais registros especiais sejam realizados de acordo com a regulamentação da categoria.
Sérgio Murillo conta que a FENAJ seguirá cobrando do Ministério a realização de uma audiência, conforme o acertado em dezembro passado. A entidade está convocando para o dia 27 de março reunião ordinária do Conselho de Representantes. Na reunião além do ponto estatutário - aprovação das contas - será discutida a luta pela aprovação das PECs que resgatam a exigência do diploma e a nova realidade dos registros em função da decisão do MTE.
Segundo informação de ontem (11/01), esta é a posição oficial do Ministério, embora possa não ser a definitiva. "A norma do MTE segue os fundamentos do acórdão do STF e cria a situação absurda e inaceitável de registros de menores, analfabetos e, até mesmo, criminosos", critica o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, acentuando que a emissão de registros para não diplomados segue o critério zero. "O ministro do Trabalho seguiu literalmente as posições estapafúrdias do ministro Gilmar Mendes que acha que para ser jornalista, basta estar vivo", protesta.
A norma já foi divulgada por vários Sindicatos e pelo boletim da Federação. Jornalistas diplomados serão registrados como jornalistas profissionais e os demais, como jornalista. Não está claro como será o registro de diagramador, ilustrador, repórter fotográfico e cinematográfico, mas as entidades sindicais pressionarão para que tais registros especiais sejam realizados de acordo com a regulamentação da categoria.
Sérgio Murillo conta que a FENAJ seguirá cobrando do Ministério a realização de uma audiência, conforme o acertado em dezembro passado. A entidade está convocando para o dia 27 de março reunião ordinária do Conselho de Representantes. Na reunião além do ponto estatutário - aprovação das contas - será discutida a luta pela aprovação das PECs que resgatam a exigência do diploma e a nova realidade dos registros em função da decisão do MTE.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Lindo anoitecer em Porto Alegre
20h39min do dia 5 de janeiro de 2010, Porto Alegre (RS).
Captei esta imagem da sacada de meu apartamento, depois do grito do meu filho Marco: "Olha o céu". Minha amiga Raquel Aguirre destacou no Orkut, onde também postei a imagem, que se tratava de "uma aquarela no céu".
Lindo mesmo!
Atropelo e alegria na chegada de 2010
Redijo a primeira postagem de 2010 somente hoje por conta do feriadão e dos compromissos do novo ano. Fechei 2009 sem sentir saudades, em razão dos problemas de saúde e de ordem sentimental que tive ao longo do período. Para completar, no último dia, vivenciei um atropelo que não desejo para ninguém. No caminho da praia para Cidreira (RS), eu, meu irmão, minha cunhada e minha sobrinha/afilhada passamos cinco horas e meia dentro de um ônibus. Saímos da rodoviária de Porto Alegre às 13h30min e chegamos no destino às 19h. Ou seja, ficamos a tarde do último dia do ano viajando. Se não houvesse engarrafamento no trecho, levaríamos duas horas. Depois, teve mais fila no supermercado.
Não adianta reclamar. O importante é mostrar alguns momentos bonitos da virada de ano, como a lua cheia que iluminou a noite e foi festejada por todos. A imagem abaixo foi clicada por mim, com pensamento lé e mais adiante.
Cunhada Ione (à direita), amigas e amiguinho Enzo comemoram comigo a chegada do novo ano
Mano Zé e minha sobrinha/afilhada Fernanda também festejam a chegada de 2010
1º de janeiro de 2010, dia da pequena Fernanda, de cinco meses, colocar os pés na água da praia pela primeira vez
Padrinho orgulhoso com afilhada no primeiro dia do ano. Para gosto de ambos, na beira da praia...
Galera a mil na piscina...
Não adianta reclamar. O importante é mostrar alguns momentos bonitos da virada de ano, como a lua cheia que iluminou a noite e foi festejada por todos. A imagem abaixo foi clicada por mim, com pensamento lé e mais adiante.
Cunhada Ione (à direita), amigas e amiguinho Enzo comemoram comigo a chegada do novo ano
Mano Zé e minha sobrinha/afilhada Fernanda também festejam a chegada de 2010
1º de janeiro de 2010, dia da pequena Fernanda, de cinco meses, colocar os pés na água da praia pela primeira vez
Padrinho orgulhoso com afilhada no primeiro dia do ano. Para gosto de ambos, na beira da praia...
Galera a mil na piscina...
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Chute para todos os lados
Na falta de notícias mais consistentes, os coleguinhas do esporte estão atuando aos moldes de muito times durante os campeonatos: chutam para todos os lados. Na ânsia de obterem um furo, anunciam compras, vendas e transferências de jogadores. Já tem até o chamado mercado da bola. E os empresários dos jogadores, com os seus interesesses explícitos, são as principais fontes. Período sem futebol é como a entressafra na agropecuária. Muitas vezes não se colhe nada. Apenas joga-se a semente ao solo mesmo sabendo-se que não é época ideal de plantio. A decepção em ambos os casos é grande.
Boas notícias em 2010
Amigos e amigas, recebam 2010 com notícias alvissareiras.
Que o novo ano venha repleto de manchetes positivas em suas vidas.
Abraço!
Que o novo ano venha repleto de manchetes positivas em suas vidas.
Abraço!
Questão do registro para jornalistas deve ser resolvida em 2010
Os procedimentos para o registro profissional de jornalistas no Ministério do Trabalho e Emprego devem ser definidos no próximo ano. Apesar da consultoria jurídica do Ministério ter distribuido uma orientação interna sobre os registros de diplomados e precários, a Advocacia Geral da União ainda não manifestou sua posição. Com a queda da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, muitas dúvidas sobre o registro profissional foram levantadas, mas só devem ser esclarecidas com a volta do ministro Carlos Lupi, que está de férias.
A Coordenação de Identificação e Registro Profissional (CIRP) do MTE informou ao assessor jurídico da Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), Claudismar Zupiroli, que o documento interno orienta a concessão de registro profissional para diplomados e um procedimento comum em relação dos registros precários realizados até o julgamento do Supremo. Mas os critérios que serão adotados para o registros de jornalistas sem curso superior ainda não foram esclarecidos.
Já para os diplomados, as carteiras de trabalho deve ser feito sob a identificação "Jornalista Profissional". No caso dos precários, haveria alteração, com o registro sendo lançado na categoria Jornalista, na função Jornalista/Decisão STF
A Coordenação de Identificação e Registro Profissional (CIRP) do MTE informou ao assessor jurídico da Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), Claudismar Zupiroli, que o documento interno orienta a concessão de registro profissional para diplomados e um procedimento comum em relação dos registros precários realizados até o julgamento do Supremo. Mas os critérios que serão adotados para o registros de jornalistas sem curso superior ainda não foram esclarecidos.
Já para os diplomados, as carteiras de trabalho deve ser feito sob a identificação "Jornalista Profissional". No caso dos precários, haveria alteração, com o registro sendo lançado na categoria Jornalista, na função Jornalista/Decisão STF
2009 termina com 1 milhão de novos empregos formais
Tem gente que não gostará da notícia, mas ela relete a realidade. O Brasil vai fechar 2009 com mais de 1 milhão de novos empregos formais, o que pode ser visto como uma vitória brasileira diante da crise mundial. Desde 2004, as empresas têm contratado acima do patamar de 1 milhão de vagasNo começo do ano, houve aumento da massa salarial, ainda mais com o reajuste do salário mínimo sendo pago antecipadamente. Os preços não subiram e o crédito para a pessoa física foi retomado, ingredientes que favoreceram o consumo.
O comércio e os serviços não precisam manter grandes estoques de produtos e dependem fortemente do comportamento do consumidor. Se este estiver confiante, vai às compras, viaja, se diverte, frequenta cursos. Como os bancos resolveram financiar a pessoa física, aliado às políticas do governo federal de isenção de impostos de eletrodomésticos, carros e materiais de construção, setores como comércio e serviços sentiram bem menos a crise, se comparados com a indústria.
Um quarto da população brasileira tem renda indexada ao salário mínimo, mas no Nordeste esse porcentual aumenta para 46%. O trabalhador que ganha pouco, em vez de poupar, consome. Não por acaso, o Nordeste cresceu durante a crise.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Caminhar faz bem à saúde
Todos sabemos que uma boa caminhada diária faz bem para a saúde. Por falta de tempo - desculpa esfarrapada - ou preguiça, esquecemos desta prática. Amigos, aproveitem estes dias quentes, vistam uma roupa adequada, calcem um par de tênis e procurem um parque na sua cidade. É simples. Sua saúde vai melhorar, com certeza.
A importância da boa alimentação
Todos ouvimos e lemos que a alimentação é importante na condução de uma vida saudável. Muitas vezes, porém, parece que esquecemos. Eu vinha de um processo importante de reeducação alimentar, com prioridade para frutas e legumes na dieta diária.
Bastou chegar a festa natalina para que muitos ensinamentos fossem esquecidos. A carne voltou a ser ingerida com gosto. Com isso, meu corpo sentiu e tive um pequena infecção intestinal. É um aviso para que não haja orgia alimentar na virada do ano.
Já ouviram falar na frase "somos o que comemos", de conotação naturalista? Corretíssima!
Bastou chegar a festa natalina para que muitos ensinamentos fossem esquecidos. A carne voltou a ser ingerida com gosto. Com isso, meu corpo sentiu e tive um pequena infecção intestinal. É um aviso para que não haja orgia alimentar na virada do ano.
Já ouviram falar na frase "somos o que comemos", de conotação naturalista? Corretíssima!
Terra e Magia mesmo
Passei dez dias de vivência no sítio Terra e Magia, localizado no Morro da Borussia, em Osório (RS). Alimentação equilibrada, exercícios, trilhas na mata, banhos de cachoeira, yoga, massagens e outras atividades marcaram o meu momento longe do stress no mês de dezembro. A Casa Fênix, onde estão localizados os aposentos, cozinha e espaço para as refeições. As próximas fotos mostrarão um pouco do que vivi lá.
De dentro da casa-mãe ou de algum mirante, é possível capturar belas imagens da região, como morros e lagoas.
Das janelas, vislumbramos cenários comos estes...
Meu quarto, onde eu dormia e acordava tendo como vista as árvores da mata.
Parte externa do templo, onde são realizadas as atividades físicas e de meditação.
E o lado interno, tendo como vista a linda paisagem lá fora.
Momento de reflexão no temploE praticando yoga e testando meu equilíbrio na aula da professora Lisandra, que registrou o momento.
Neste dia, armou-se um grande temporal, que chegou a vergas as árvores.
Momento de comtemplação junto à lareira, acessa diariamente, mesmo em dias de calor. No alto de 400m, a brisa predomina.
Posando ao lado de uma das belas paisagens do local.

Que água...


Beleza. E pensar que neste dia a temperatura chagava a 35ºC em Porto Alegre.

De dentro da casa-mãe ou de algum mirante, é possível capturar belas imagens da região, como morros e lagoas.
Das janelas, vislumbramos cenários comos estes...
Meu quarto, onde eu dormia e acordava tendo como vista as árvores da mata.
Parte externa do templo, onde são realizadas as atividades físicas e de meditação.
E o lado interno, tendo como vista a linda paisagem lá fora.
Momento de reflexão no temploE praticando yoga e testando meu equilíbrio na aula da professora Lisandra, que registrou o momento.
Neste dia, armou-se um grande temporal, que chegou a vergas as árvores.
Momento de comtemplação junto à lareira, acessa diariamente, mesmo em dias de calor. No alto de 400m, a brisa predomina.
Posando ao lado de uma das belas paisagens do local.
Andando por uma estrada, com subidas e descidas, até chegar à cachoeira.

Antes de entrar na água gelada e purificadora da cachoeira.

Hora do banho. A alegria diz tudo.

Ufa, é a melhor das massagens.

Beleza. E pensar que neste dia a temperatura chagava a 35ºC em Porto Alegre.
Além de massagens, a Vanessa é uma excelente guia nas trilhas na mata.
Momento reflexivo com a massoterapeuta e amiga Vanessa no Mirador Campo dos Sonhos.

E, para finalizar, uma imagem que une a montanha e as lagoas que antecedem a chegada ao litoral.
Assinar:
Postagens (Atom)