segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Volta às aulas


- Como estás, Paulo? - pergunta a senhora para o menino acompanhado da mãe.
- Mal - respondeu resmungando - Estou sofrendo.
- Mas como? O dia está lindo - devolveu a mulher.
- As aulas recomeçam hoje - justificou o guri, com ar de tristeza.
Ouvi o diálogo acima na manhã de hoje e não posso dizer que fiquei alegre. O garoto tinha aproximadamente 12 anos e já está enojado com as aulas que recém começam. O que chateia mais é que, neste momento, coordenadores de produção de jornais e televisões estão colocando na pauta do dia "a alegria de crianças e adolescentes com a volta às aulas". O trabalho estará nos noticiosos de hoje e nas páginas dos jornais de amanhã.
O exemplo que testemunhei não é a regra. Tampouco, a felicidade que será estampada na mídia.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Minha poesia

Minha poesia brota como o girassol nos campos.
Cresce tal eucalipto, canta como o sabiá,
desloca-se imitando a jibóia
e voa como a gaivota sob a brisa do mar.
Parece com o som da maré em choque com rochedos
e com as ondas que fazem o surfista bailar.
E, se mais comparação for possível,
com o macaco que se embala de galho em galho.
Minha poesia não sossega.

Dia de cinema

Hoje é dia de cinema, que rima com Guion.
Já vi os ótimos Os Descendentes e O Espião que Sabia Demais.
Estou com receio de olhar A Guerra Está Declarada e vou esperar mais um tempo para ir a Faça-me Feliz.
Portanto, é hora de Millennium - Os Homens que não Amavam as Mulheres.
Já encontrei opiniões diferentes a respeito deste filme de suspense.
Hoje, formarei a minha

Sonhos

Abri os olhos, mas não acordei.
Meu olhar fixou o sonho que no sono deixei. 
E agora estou aqui sonhando contigo 
sem nome e sem rosto, que lá ficou. 
Injustos sonhos.

Ouça, fale

Me ouça, por favor. 
Não quero gritar intensamente sem encontrar eco. 
Me fale, por favor. 
Não quero abrir meus ouvidos sem sentir um mínimo sopro.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Oba-oba em fevereiro

Brasil do carnaval,
do Gre-Nal de cinzas.
Semana começa na quarta
para fechar na sexta.
Oba! Oba! É fevereiro,
que até 29 dias tem.
E lá vai, lá vem,
muda o horário
e tudo começa mesmo
no primeiro dia de março.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Bendita chuva


Bom dia com muita chuva em Porto Alegre. Serve para varrer as cinzas das queimadas dos últimos dias. Sei que já existem alagamentos nos lugares que passarei e encharcarei os pés. Não importa. O barulho desta chuva lá fora é sinfonia nos meus ouvidos. Em alguns pontos, como a Rua Salvador França (na foto de Wesley Santos), o alagamento incomoda os motoristas. A mim, não.

Ano novo

Comenta-se que o ano começa hoje.
Não será na segunda-feira?
Ou no primeiro dia de março?
Existem opções para todos os gostos.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Morte prematura

Li em algum lugar um provérbio que diz: "Quando morre um velho é como se uma biblioteca inteira fosse incendiada".
Eu o aproprio ao atual momento nas redações jornalísticas, onde profissionais com pouco mais de 50 anos são considerados dinossauros.
Então, temos: "Quando despedem um experimentado é como se um arquivo inteiro fosse incendiado".
Motivo: parte da memória vai junto.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Suely, minha mãe guerreira

 Peço licença para saudar uma mulher guerreira: minha mãe Suely, que hoje completa 75 anos de uma bela vida. Lembro de tantas histórias dela, mas vou contar uma que não vi. Com 18 anos, ainda menina, ela me trouxe ao mundo. Onze meses depois, chegou meu irmão. Minha irmã veio 13 meses após ele. Ou seja, no intervalo de 24 meses, dona Suely embalava três bebês. Todos nascidos em casa, sob os cuidados da parteira. Mais adiante, vieram outros dois. Por isso e muito mais, seus filhos festejam este dia com rigozijo e alegria. Te amamos, guerreira. Beijão!
Na foto, com Fernanda, neta mais jovem.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Certinhos e chatos

Nada chateia tanto do que o discurso dos 'ex'. Não falo de casais, mas de quem largou o cigarro, de quem comia grandes quantidades de carne e virou vegano. Ou dos alcoolistas que pularam para os alcoólicos anônimos. Que ótimo, estas pessoas adquiriram hábitos verdadeiramente saudáveis. Muitos - não todos - partem partem para a doutrinação ostensiva. Decretam que os apreciadores de carne e de ceva, mesmo que em pequenas do doses, morrerão amanhã. Pior: estão condenados ao inferno.

Na Barra

Lá fora, cantam o galo e o sabiá,
latem os cães
e tagarelam os que saem para trabalhar.
Para ouvi-los melhor,
desliguei o barulhento ventilador
 que amenizou a quente noite.

Mulher

Sonho de mulher, te quero inteiro. 
Melhor do que mulher partida.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Amiga sempre


Conheci a Ilone quando o Daniel Carvalho ainda estava na Rússia. Admirava o filho dela e estreitamos a amizade quando o craque veio jogar no Inter. Não deu certo, voltou para o frio e agora está no Palmeiras, depois de passar pelo Atlético Mineiro. A Ilone é a maior torcedora do Daniel. Tanto que já trocou de time diversas vezes. Mas continua colorada e amiga como antes. Grande, Ilone!

Ando e vivo

Ando de olhos abertos
de cabeça erguida
de passo firme.
Vivo.

Se olhos fecho

se cabeça baixo
se falseio o passo
Arrasto.

Beijo roubado

Beijo beijado de uma noite roubada. 
Abraço apertado de jeito ajeitado. 
Paixão apaixonada de noite aninhada.

Obscuro escuro

No escuro, fujo do obscuro.
Nada do que aturo, juro.
Encaro e aturo o que rejeitava.
Antes andava onde estavas.
Hoje, estou onde não andas.
No escuro, obscuro, estou.
Ando.

Pés na grama

Pés descalços,
pisei a grama úmida
pela madrugada chuvosa.
Sensação agradável
nestes dias de sol danado.
Chuvinha miúda ainda cai,
cheiro de terra molhada,
gosto de beijo roubado.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Em defesa do diploma: FENAJ e parlamentares buscam aprovação da PEC dos Jornalistas no dia 29 de fevereiro


Reunida em Brasília nos dias 7 e 8 de fevereiro, a Executiva da FENAJ cumpriu extensa agenda de contatos no Congresso Nacional pela aprovação de matérias de interesse dos jornalistas, entre elas a PEC dos Jornalistas, que reinstitui a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo, o PL 1078/11, sobre a federalização de crimes contra jornalistas, e o PL 2960/11, que propõe a instituição do Piso Nacional dos Jornalistas. A FENAJ e a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma trabalham pela votação da PEC dos Jornalistas em 2º turno no Senado no dia 29 de fevereiro.
Leia mais no site da FENAJ: www. fenaj.org.br

Luta pelo piso nacional dos jornalistas será ampliada




 
A Executiva da FENAJ reuniu-se com o deputado federal André Moura (PSC/SE) nesta quarta-feira (08/02) para traçar uma estratégia de luta pela aprovação do Projeto de Lei 2960/11, que propõe a instituição do Piso Nacional dos Jornalistas no valor de R$ 3.270. O autor da proposta já colhe assinaturas pela criação da Frente Parlamentar em defesa do Piso Nacional dos Jornalistas.

Participaram do encontro com o parlamentar os diretores da FENAJ Celso Schröder, Suzana Blass, Guto Camargo, Deborah Lima, Valci Zuculoto e José Carlos Torves. A avaliação consensual foi de que o apensamento do 2960/11 ao PL 3981/08, de autoria do ex-deputado federal Celso Russomanno (PP/SP), que dispõe sobre a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Jornalismo, poderá prejudicar a tramitação da proposta do piso. “Consideramos que não há correlação entre as duas matérias e que o apensamento pode colocar o debate do piso na dependência da evolução do PL dos conselhos”, conta o presidente da FENAJ, Celso Schröder”.

André Moura comprometeu-se a pedir o desapensamento do PL 2960/11. “Nosso objetivo é concentrar todos os esforços para que esses profissionais de comunicação não fiquem à espera da análise de outros temas”, informa o parlamentar. Com a criação da Frente Parlamentar, a FENAJ e o deputado sergipano pretendem desenvolver debates nos estados e no Legislativo Federal, com representação da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), oportunizando a possibilidade do melhoramento da proposta.

Com informações da Assessoria de Imprensa do deputado André Moura

Só de radinho

O rádio é meu companheiro inseparável, inclusive no campo de futebol. Mas ontem foi torturante. Não pude ir ao Beira-Rio, onde o Inter venceu por 2 a 0 pela Libertadores. Tampouco vi na TV porque a Fox não transmitiu. Mas cumpri uma liturgia, comparecendo a um bar, sonhando que na última hora um canal abrisse o sinal. A possibilidade foi levantada em debates na internet ao longo do dia. Ilusão. Terminei ficando no local, tomando ceva gelada e engolindo nacos de queijo em meio aos gritos do narrador. Mas não tinha imagem. E o sarcástico locutor não parava de anunciar: "Hoje não tem TV. Hoje é só rádio na ...". Mas os canais transmitiam jogos insignificantes e chatos. Quase defendi a volta do monopólio global.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Jornalismo também é memória

Quem acha que um jornal diário prescinde da memória comete erro histórico. 
Juvenilizar uma redação, eliminando os experientes, é um tiro no pé. 
Pior: o leitor também é atingido.

Canto dos pássaros

Bom dia, gente amiga. Ao acordar aqui em Barra do Ribeiro, ouço mais o canto dos pássaros e o latido da cachorrada e menos o ronco dos motores dos carros. Abro a janela e vejo o verde da árvore no lugar do paredão do edifício que erguem em Porto Alegre. Diferentes sons e imagens do lugar onde nasci daquele que escolhi para morar. Porque trabalhar e estudar é preciso. E descansar necessário.

Adeus a um colega especial

Acordei cedo, como sempre, e resolvi espiar a web, como faço desde que fevereiro chegou. Nada de postar porque manuseio um celular e não o teclado do PC. Hoje, mudo a rotina por uma razão emotiva. No domingo, assassinaram brutalmente o colega Ruy Arteche, que aposentado estava em sua Livramento. Quem trabalhou com ele, como eu, está de luto. Ele era dono de jeito especial de tratar os que o rodeiavam e era um brilhante profissinal. Suas edições do caderno Campo & Lavoura, de Zero Hora, tinham selo especial e seus títulos e legendas exibiam estilo e criatividade. Quando cheguei em ZH em 1986, ele já estava lá. Ficou até o início da década seguinte, rumando para SC, onde pensei que ainda estava. Lamentável o jeito que partiu.

De férias na minha terra

Amigos e amigas, inicio um período de duas semanas ao lado de quem me trouxe ao mundo. Estarei em Barra do Ribeiro com a minha mãe Suely - que aniversaria no dia 16 - e não circularei na internet neste período. Vou caminhar, pedalar e ler alguns livros. Tenham um bom feriado e um excelente Carnaval. Até mais. Beijos e abraços.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O mal do pré-julgamento

Meu vizinho faleceu. E não é um qualquer. Trata-se da pessoa que, na sexta-feira, foi motivo de uma nota aqui e no Facebook. Eu reclamava que ele ouvia rádio e televisão em alto volume na madrugada e ao amanhecer. Seu Pedro, com cerca de 90 anos, sofria de surdez, morava sozinho e era visitado ocasionalmente pelas filhas, a quem peço desculpas, mesmo não as conhecendo. O fato revela o mundo louco em que vivemos. Eu morava ao lado de alguém que não conhecia. É que eu entrava por uma porta do prédio e ele por outra. Uma vez reclamei para o síndico e ele disse que a pessoa era idosa e que outros vizinhos já tinham feito reclamação semelhante. Só isso. Até que fiz a nota. Ontem, no meio da manhã, uma vizinha que tradicionalmente batia em seu apartamento, notou silêncio. Como tinha chave, entrou. Ele estava vestido, sentado no sofá. Parecia dormir. A situação serve de lição para mim e para todos nós. Primeiro, conhecer mais as pessoas. Segundo, não fazer pré-julgamentos. Descanse em paz, seu Pedro.

Dois filmes, duas temáticas, dois conceitos


 Apreciador do cinema, no fim de semana fui ver dois filmes no Guion, meu vizinho. Duas temáticas diferentes, sensações diversas. Não gostei de "O Espião que sabia demais", bastante cotado. Mas achei-o lento demais, parece que não vai evoluir. De qualquer forma, não gosto muito do tipo de filme que envolve mistério, tensão e desconfian...ça. Não tem emoção e os personagens são extremamente frios, embora o tema (Guerra Fria) tenha sido bem explorado. Talvez precise ver uma segunda vez.

No domingo, assisti um drama, com boas doses de comédia. Pode? Pode. "Os Descendentes", George Clooney, é um bom filme e trata de um assunto batido nos cinemas. Mas o diretor conseguiu trabalhar bem a temática e o ator principal desempenha bem seu papel. Muitos dizem que o melhor dele. Aliado a isso, tem o cenário maravilhoso do Havaí. Ganhou dois Globos de Ouro e tem cinco indicações ao Oscar, mas para mim isso pouco importa.
Espero que vejam e possamos debater mais aqui.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Comunicado oficial: D'Alessandro segue no Inter




 Agora é oficial. Vejam o comunicado do clube. O Sport Club Internacional anuncia que alcançou um acordo com D’Alessandro e garante, dentro dos padrões do Clube, a permanência do meia no Beira-Rio. O atleta falou sobre a sua satisfação em dar continuidade ao trabalho no Internacional: “Estou feliz em permanecer no Inter. Estou ficando no Clube que me acolheu muito bem, que me deu muito carinho. Sinto um orgulho muito grande por continuar vestindo essa camiseta. Às vezes o futebol te coloca numa situação difícil, pois tem muitos fatores envolvidos, como a família e sentimentos, mas tenho certeza de que fiz a escolha certa. Quero agradecer o apoio do torcedor colorado, as manifestações de carinho que recebi durante este tempo. Nunca tinha vivido ou sentido uma coisa assim. Obrigado, torcedor”, disse D'Ale.
A manutenção de D'Alessandro é mais uma demonstração da ambição do Internacional para a temporada 2012. O Clube, além de permanecer com o grupo forte, se reforça e conta com o apoio do associado e do torcedor para continuar sua senda de vitórias. 

sábado, 28 de janeiro de 2012

Fora preguiça

Passam 22 minutos das 10h de um sábado de puro sol em Porto Alegre.
E eu, preguiçoso, ainda enrolava na cama. Pulei de lá e aqui caí.
Prometo que será por pouco tempo, pois logo vou lá fora e ficarei.
No máximo, me enfiarei numa sala, mas de cinema.
Tenho dois filmes engatados.
De hoje, um deles (ou ambos) não escapa.

Janela aberta

Abri a janela e ninguém entrou. 
Só ouço o bater de asas de alguém que está na espreita. 
Quem?

Meu vizinho

Tenho um vizinho apaixonado por notícias. Morador de um apartamento que faz parede com o meu, deve ter deficência auditiva. O volume que coloca nos aparelhos (televisor e rádio) é tanto que não preciso ligar os meus. O problema são os horários: depois da meia-noite e antes das 6h da manhã. Hoje, o som do Bom Dia Brasil dividia espaço com o canto dos pássaros. Não tenho escolha. Se tivesse, trocaria de vizinho.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Vitória magra do Inter. Mas acredito...

O Inter amassou o Once Caldas no primeiro tempo e poderia ter feito mais do que um gol. Na segunda etapa, o time parou em função do cansaço. Dale teve uma atuação de luxo, secundado por Damião, Bolatti, Guina e Índio. E que torcida (eu junto)! Apesar de não tomar gol, o placar magro não oferece garantias para a partida na Colômbia. O fator local e a altitude pesam. Mas um gol lá muda tudo. Acredito no Inter.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fórum Social abre com marcha em Porto Alegre


Foi aberto hoje em Porto Alegre o Fórum Social Mundial, com a marcha de representantes de diversos países nas ruas centrais de Porto Alegre. Amanhã, começam os debates na capital, em Canoas, em Novo Hamburgo e em São Leopoldo. É a alternativa ao Fórum Econômico de Davos. Torna-se importante porque as discussões anteriores do fórum, mostrando os problemas da capitalismo, foram confirmadas nos últimos anos.

Fotos de Marcio de Almeida Bueno, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul.

Chuvarada depois do sol forte


Depois do sol escaldante que durou dias, um temporal tomou conta de Porto Alegre às 18h de hoje. Caiu uma chuvarada que demorou aproximadamente 30 mintuos e alagou ruas e calçadas, provocando engarrafamentos e pés molhados.
Nas fotos, a situação na José do Patrocínio, esquina com Luiz Afonso, na Cidade Baixa. Depois o sol voltou, mas a temporatura caiu um pouco. É o verão porto-alegrense.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ideia, amor

Mais do que cutucadas, quero ideias
Mais do que contatos, quero pensamentos
Mais do que toques, quero argumentos
Mais do que olhares, quero sentimentos
Mais do que o que tiveres a oferecer,
eu quero amor, sentimento, verdade.

Seriedade no jornalismo

Na sexta-feira, escrevi a seguinte nota: "Continua o esforço para venderem um jogador de um lado e comprarem um atleta do outro lado. Não preciso dizer que o vendedor é o Inter e o comprador é o Grêmio. É assim o cotidiano de dirigentes e da mídia, mas nem sempre as especulações são confirmadas. E ninguém pede desculpas depois".
Eu sabia que o Giuliano não viria para o Grêmio, mas até hoje colegas insistiam que estava tudo certo. Outra: o Dale estava vendido com toda a certeza, mas hoje ninguém mais garante.
Jornalismo é coisa séria, amigos.
Muitos repórteres se fixam em uma ou duas fontes e não investigam o que de fato está ocorrendo. Não adiantava falar com dirigentes do Grêmio e com procurador do jogador quando a palavra final era dos dirigentes do clube da Ucrânia. Alguém os ouviu? Não, as fontes eram sempre as mesmas.

Viagem curta, tempo longo

Não é só para o Litoral Norte que migram os moradores da Grande Porto Alegre no fim de semana. Ontem, os balneários de Barra do Ribeiro estão lotados. E, pelo jeito, aconteceu o mesmo com Tapes e Arambaré, também integrantes da Costa Doce. Ontem, saímos da Barra às 20h e chegamos em Porto Alegre às 9h45min. Ou seja, cumprimos em 1h45min um trajeto que, em circunstância normal, é feito em 50min. O engarrafamento foi a tônica da pequena viagem, com os apressadinhos ocupando o acostamento.

Árvores de minha mãe

O calor intenso que nos assola já era esperado. Por isso, uma boa sombra como a da casa de minha mãe em Barra do Ribeiro é atenuante. A dona Suely não sai debaixo destas árvores e não tenciona arrancá-las, como a prefeitura de Porto Alegre tem feito.

Humor de mãe

Coisas de mãe não esquecemos. Hoje, ao levantar da cama, dei alguns passos até a cozinha e encontrei a dona Suely, bem desperta. 
- Bom dia, véia - cumprimentei-a. 
De pronto, ela respondeu bem-humorada: 
- Bom dia, novo. 
Me dobrei, devolvendo: 
- Tá bom, guria.
Ela soltou boas gargalhadas. Por isso, é bom estar em Barra do Ribeiro, minha terra.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Na Barra...

Daqui a pouco, cumpro um trajeto de 55 quilômetros e estarei em Barra do Ribeiro, minha terrinha.
Comemoro o aniversário de uma irmã, fico com minha mãe e curto o Guaíba (só de fora porque dentro é poluído).
Ah, tem churrasco na brasa...
Excelente fim de semana a todos
!

Compras e vendas no futebol

O esforço continua para venderem um jogador de um lado e comprarem um atleta do outro lado. Não preciso dizer que o vendedor é o Inter e o comprador é o Grêmio. É assim o cotidiano de dirigentes e da mídia, mas nem sempre as especulações são confirmadas. E ninguém pede desculpas depois....

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cortaram meu coração

A Prefeitura de Porto Alegre arrancou parte do coração de Porto Alegre. Derrubou metade da área verde de uma praça central em nome de um projeto arquitetônico.
 

Voar

Como vou te tirar do chão se não queres voar?

Dia

Um dia
outro dia
dia após dia.
Diariamente,
vives o teu dia.
Quem não souber,
é simples:
D
I
A
para viver!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O sonho, a máscara e a mata

                                  Numa noite destas, sonhei que descia um desfiladeiro acompanhado de uma pessoa que nunca descobri quem era. Comumente, sonho é assim: a máscara se sobrepõe ao rosto. Mas o fato é que descíamos agarrados em tênues galhos de arbustos. Não sabíamos para onde íamos, mas temíamos cair, despencar lá embaixo. Acordei antes de colocarmos os pés no chão. Ainda bem. Ou não?
                                  Agora, estou frente à mata que tanto me cativa e tem feito minha rotina desde que perdi o medo de cobra. Mas ainda levo o meu cajado – pedaço de pau – como precaução. Não mato, pois aquele é seu habitat. Mas afugento quando vejo uma peçonhenta (muitas vezes não é). O ingresso entre arbustos e árvores frondosos é a entrada no paraíso. As folhas ainda estão úmidas e sinto as finas gotas do orvalho pingando no meu rosto. Varam meu corpo e se acomodam em minha alma.
                                  Seguir trilhas produz um imenso prazer, difícil de descrever. Olho à frente e admiro cada espécie. Cada uma mais bonita que a outra. Quisera descobrir os nomes para guardar num pote e um dia plantar minha floresta. Não será grande, mas suficiente para caminhar, dar voltas e, quem sabe, descer o desfiladeiro do sonho. Mais: descobrir quem me acompanhava naquela jornada. Agora, sem máscara.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Domingo seco

O céu está nublado, mas não chove.
Vejo aparecerem nesgas de azul
e, no horizonte, um grande clarão.
O sol está chegando na capital,
alegrando os tensos caminhantes
depois de dias de chuva abundante.

Noite escura

Da sacada, procuro e não encontro a lua.
Tampouco observo as estrelas na noite.
Mas vejo a chuva contínua e miúda
caindo de nuvens densas e tensas.
As plantas nos campos é que brilham
com a água bendita que do céu cai.
Sei que ela, a lua, voltará em breve
trazendo junto estrelas cintilantes
para o brilho de olhares nossos
.

Estrada sem fim

Quero pegar a estrada e seguir sem fim. 
No trajeto, ouvir histórias de quem cruzou por mim. 
E de quem ousou passar adiante. 
Serão contos diferentes, mas atraentes. 
Na minha vida, encontros enfim.

Verissimo e BBB

Amigos continuam postando em diversas redes um artigo do Verissimo sobre o BBB. Embora bem escrito e crítico em relação ao programa do Globo, o texto não é do escritor gaúcho. Ele já explicou várias vezes isso. Em um programa de TV, inclusive, negou a autoria, mas disse bem humorado que concordava com as posições do autor anônimo e gostaria de tê-lo escrito. É mais um texto atribuído a famosos que são escritos por outras pessoas e jogados na internet. Tem gente que entra na história e publica. Por isso, é importante verificar com cuidado a autoria.

Chuva de domingo

Turma da praia, não fique triste
com a chuva que lá fora cai.
Triste está quem o milho perdeu,
que a soja secou e, do pasto
para os animais, pouco sobrou.

Chuva de sábado

Chuva miúda lá fora, som leve nos ouvidos.
A temperatura é de 23,2ºC em Porto Alegre,
mas a umidade supera os 90%.
Está abafado.
Que permaneça a chuva para amenizar
os efeitos da seca no Interior.

Mais uma do Santiago

O Santiago apresenta mais um trabalho bacanéssimo. Dentro do seu projeto de um álbum com causos de infância quadrinizados ("Memocausos vai se chamar) está este relato que saiu do forno nesta semana. Aqui a parte um da historinha.

Nike exploradora é condenada

Um das multinacionais que mais explora a mão de obra em países subdesenvolvidos levou um tombo. Um grupo de trabalhadores da fábrica da Nike na Indonésia ganhou uma batalha jurídica contra a empresa americana e receberá US$ 1 milhão por horas extras não pagas, segundo divulgou nessa quarta-feira a ONG Educating for Justice. Em tempo: a Nike é a nova parceira do Internacional de Porto Alegre.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mario Quintana

De Mario Quintana para Cecília Meireles:

Senhora, eu vos amo tanto
Que até por vosso marido
Me dá um certo quebranto

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O temporal

O teto do céu mostra o incerto
pois nuvens escuras espiam
e o azul fica encoberto.
Por favor, tirem do varal
as roupas antes do temporal
que Porto Alegre atingirá.

Egiptomania no Brasil

Amigos e amigas, tenham um bom dia. Saindo já porque daqui a pouco começa um seminário sobre Egiptomania no Brasil, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) da PUCRS. Hoje, nos dias 18 e 25 estarei envolvido em palestras e oficinas sobre o tema em diversos aspectos. A história e a presença da cultura egípcia no Brasil, hieróglifos e mumificação são alguns dos assuntos. Até mais!

Mudança de paradigma

Chega o momento de agir, de mudar paradigmas.
Se pensava de uma forma ontem,
preciso raciocinar de outra a partir de hoje.
Não posso esperar para amanhã.
Se hoje a gangorra está em queda para um lado,
é preciso revertê-la.
E lá deixar...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O poder das mãos

Sabem esta história de namorar? Sempre existem os códigos e senhas de que algo vai bem ou não. Não falo no diálogo, na conversa, no olho no olho, no beijo. É nas mãos mesmo. Como é bom andar de mãos dadas no parque, no shopping, em qualquer lugar. Ah, mas existem formas de dar aos mãos. Andar com os dedos entrelaçados é mais do que um simples ato que mantém as mãos unidas. É uma forma de trocar energia, de dizer que a relação vai vem. Conheço mulheres que já vão soltando os dedos e permitindo no máximo as palmas coladas. Homens fazem isso. É tão frio, parece que um está conduzindo o outro. Ou que está esfriando mesmo. É uma das minhas formas de sentir o calor do romance, sem levar em conta as demais, mas valorizadas em geral. Falei bobagem? Largue a minha mão.

Grande lua cheia

Daqui, olho a lua cheia.
Daí, espias a lua cheia.
Não está ela querendo
a nossa companhia
para mais forte brilhar
e seu dourado mostrar?

Saia daí...

Morcegos habitam o sótão de tua casa,
formigas invadem a tua cozinha,
moscas tomam conta dos vasos
e lagartixas passeam pelas paredes.
Larga isso, saia daí e voa até aqui.

Sorondo: azar ou mal crônico?

Estamos diante de uma crônica da lesão anunciada. No Inter, o zagueiro Sorondo frequentou mais o Departamento Médico do que os campos de futebol. Embora sendo um grande jogador, tem uma questão genética que favorece lesões. O Inter chegou no limite e não renovou o contrato. O Grêmio aproveitou o momento e resolveu apostar, mais na disputa Gre-Nal do que em qualquer outra coisa. Até cláusula de redução salarial tinha em caso de lesão. Não deu outra. Em um treino leve, ontem, o jogador lesionou-se novamente. É um drama que só revela o caráter do jogador. Trata-se de um batalhador. Cai e levanta. Com a idade que tem, acho difícil nova chance. Uma pena.

domingo, 8 de janeiro de 2012

A realidade das prostitutas

 Estou gratificado com meu fim de semana nas salas de cinema. Hoje, fui ver 'L'Apollonide - Os Amores da Casa de Tolerância", obra que mostra o sorriso trágico das prostitutas do século XIX na França. Na foto, de divulgação, cenas do filme
Achei-o soberbo porque revela aos espectadores que nunca entraram num trostíbulo a realidade das moças que estão lá. É muito real. Quem já foi, conhece os sonhos e as decepções delas. A obra acontece na entrada do ano 1900 e vale ainda para os dias de hoje.
É triste como é "O Garoto da Bicicleta", também francês, que assisti ontem. Com temáticas diferentes, me satisfizeram plenamente. Dou nota 9 para ambos. Aconselho para quem gosto do bom cinema.

Bendito sol

Sábado, 20h15min.
O sol invade o bar onde estou, na Lima e Silva, em Porto Alegre.
Somente uma ceva para aliviar este calor.

Falta da praia

Quem estiver à beira do mar, faça-me um favor.
Coloque um pé, bote o outro na água morna.
Pense que eu também estou ali, divindo o gesto.
Porque tão cedo não irei à praia de mar ou não.
Caminhe muito na areia fofa ou dura da beira
e sinta meu caminhar parceiro por longos metros.
Por que este teu favor ameniza a vontade
que tenho de estar na praia daqui ou de Santa.

sábado, 7 de janeiro de 2012

A bicicleta do garoto


Eu sempre faço isso quando vou ao cinema. Hoje, estava decidido a ver as estrepolias das prostitutas do borbel L'Apollonde, em exibição no Guion, aqui ao lado de casa. Cheguei mais cedo e mudei de filme. Fui motivado pelos comentários em torno da obra francesa "O Garoto da Bicicleta", drama que envolve um menino órfão que busca o pai e, mesmo o encontrando, não é reconhecido. Acaba sendo "adotado" por um cabelereira, mas sofre as inconstâncias de uma vida sem pai. O filme é triste e provoca dor do início ao fim, mas transmite uma grande mensagem. Na próxima semana, vou ver os "Amores da Casa de Tolerância", que revela o dia a dia das gurias em um cabaré francês no início do século 20. Ainda bem que o Guion nos oferece múltiplas opções.

Pensar

Acordei pensando do mesmo jeito que ontem dormi. São temas diferentes, mas o fato é que pensamos muito. Tudo porque lemos, conversamos, dialogamos e debatemos o dia todo. Fui dormir abraçado no livro "A Privataria Tucana", que li até os olhos começarem a fechar. Antes de cair em sono profundo pensei em muitas coisas que as 125 páginas lidas em duas horas me jogaram na cara. Falcatruas.
Ao acordar, feito robô, peguei os jornais colocados na madrugada embaixo de minha porta. Folhei, de cabo a rabo, antes do café. E pensei nos aposentados com reajuste menor do que a inflação, na festa dos torcedores da dupla Gre-Nal na Serra gaúcha, no guri que foi para a Rússia estudar medicina e morreu em um lago congelado. Sacanagem.
Mais: pensei na economia, na política, na vida dos outros. Ou seja, pensei antes de ler todo conteúdo. E faço isso com algumas décadas de vida nas costas. É algo que não fazia quando brotava a juventude e tampouco fazem os nossos jovens. Ah, como é boa a maturidade, a idade do pensar. Pois agora estou pensando em acabar este texto para não encher a cabeça de amigos que acordam e têm a coragem de lê-lo.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Beleza russa


Rússia - 15h - Parque Kolomenskoye amanhece coberto pela neve em Moscou e moradores aproveitam para passear. Este inverno tem registrado temperaturas relativamente altas, acima de 0°C (Terra). Foto: EFE

Novo ano chuvoso

Novo ano, chuva insistente. Bom para ficar na cama, ouvindo os pingos lá fora. Bom 2012, amig@s.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Aquela moça


Onde anda aquela moça sapeca
que revirou minha vida e sumiu?
Onde anda aquela moça rebeca
que me fez sonhar e partir?
Onde anda aquela moça asteca
que me fez viajar e saiu?
Onde estava eu que não
sumi, parti, saí? Fiquei!

FENAJ: balanço de 2011 e desafios dos jornalistas para o ano novo



O ano de 2011 termina com uma importante vitória dos jornalistas brasileiros, a aprovação da PEC 33/09 em 1º turno no Senado. Ao lançar um olhar retrospectivo sobre os últimos 12 meses, o presidente da FENAJ, Celso Schröder, registra os avanços do movimento sindical dos jornalistas e seus principais desafios para 2012.

“Não por acaso a luta em defesa do diploma foi um dos pontos centrais de nossa agenda neste ano”, destaca Schröder. “A exigência do diploma é um dos pilares de nossa regulamentação profissional e sem ela o que prevalece é a barbárie nas relações trabalhistas”, avalia. Segundo ele, a decisão tomada pelo STF em 2009, de tornar desnecessária a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo, além de aviltar a profissão, deteriora o direito da sociedade à informação de qualidade.

Para Schröder, o amplo respaldo que a PEC 33/09 obteve na votação em 1º turno no Senado, em novembro passado, e o acordo de lideranças para a votação da matéria em 2º turno em fevereiro de 2012 devem ser comemorados como vitórias significativas da categoria, que desenvolveu ações de sensibilização do Congresso Nacional durante todo o ano. “Mas esta vitória política dos jornalistas e da sociedade só se consolidará com a aprovação da matéria também na Câmara dos Deputados”, sentencia, convocando a categoria a preparar-se para intensificar as mobilizações em defesa desta bandeira já a partir do início do ano que vem.

A ampliação da visibilidade da organização sindical dos jornalistas brasileiros no plano internacional também é destacada pelo presidente da FENAJ. “A minha recondução para a presidência da FEPALC – Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe – se deu principalmente pelo reconhecimento da atuação da FENAJ e dos Sindicatos dos Jornalistas do Brasil”, aponta Celso Schröder. “E nossa movimentação foi brindada, também, com a seleção da Beth Costa para a Secretaria Executiva da Federação Internacional dos Jornalistas”, complementa, destacando os méritos da ex-presidente e atual diretora de Relações Institucionais da FENAJ, que concorreu ao cargo na FIJ com dezenas de profissionais de diversos países.

Entre outras atividades positivas do movimento sindical dos jornalistas em 2011, Celso Schröder aponta a campanha “Jornalista de verdade assume a sua identidade!”, onde em parceria com a ONU Mulheres, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas buscaram dar maior visibilidade às questões étnicas nos meios de comunicação e no mercado de trabalho, e a campanha “Ponto Final na violência contra as mulheres”, conduzida sob a coordenação da Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe.

Destacou, também, a realização do XVIII Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAC), realizado em Natal (RN) e a defesa permanente da liberdade de expressão e de democracia nas comunicações, bem como os movimentos pelo respeito à jornada especial de trabalho dos jornalistas no Serviço Público. - Fizemos contatos com as direções de diversos órgãos e obtivemos boa receptividade em alguns deles. Mas em outros, se o bom senso não prevalecer, a alternativa será recorrer às instâncias judiciais”.

No plano das lutas gerais dos jornalistas e da sociedade, o presidente da FENAJ destaca a presença da FENAJ e dos Sindicatos de Jornalistas nas discussões sobre a democratização da comunicação. “Juntamente com outras entidades da sociedade civil, lideradas pelo FNDC, ajudamos a definir os 20 pontos prioritários para o marco regulatório das comunicações no Brasil”, diz. No entanto, considera lamentável ter se passado mais um ano sem que o governo federal anunciasse seu projeto. “Continuamos insistindo que, ao invés de nos dispersarmos no debate de projetos de lei específicos de um ou outro segmento da comunicação, que muitas vezes acaba favorecendo interesses privados, o fundamental é que o governo federal dialogue com a sociedade e deixe claro que modelo de política de comunicação pretende para o Brasil”, sustenta.

Outra situação lamentada pelo presidente da FENAJ é o desrespeito das empresas jornalísticas à segurança e condições de trabalho dos profissionais. “Infelizmente, a morte de um colega, o repórter cinematográfico Gelson Domingues, acabou evidenciando para toda a sociedade um dos aspectos das péssimas condições de trabalho dos jornalistas brasileiros”, afirma Schröder. Ele lembra que a negligência patronal em adotar normas de segurança em cobertura em áreas de risco não é recente. “Além da necessidade de definir normas acordadas com as entidades sindicais da categoria, assegurando aos profissionais condições de trabalho dignas, é fundamental que os patrões abram mão da mesquinharia de registrarem repórteres fotográficos como operadores de câmera só para pagar salários mais baixos”, protesta.

Segundo Celso Schröder, a crescente violência contra jornalistas no Brasil é um desafio a ser enfrentado coletivamente. O relatório da FENAJ “Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil”, relativo a 2010, registrou 40 casos. “E sabemos que os dados referem-se apenas aos casos que foram mais evidenciados. Isto revela que o jornalismo e os jornalistas continuam sendo vítimas da violência e que ainda há muito para avançar na construção de uma imprensa livre, democrática e regulamentada em bases democráticas”, diz. Uma das alternativas para combater esta situação é o projeto de federalização de crimes contra jornalistas, que tramita na Câmara dos Deputados. “Outra, e mais fundamental, é a aprovação de uma nova e democrática Lei de Imprensa, que regule as relações entre os profissionais, os donos dos veículos de comunicação e a sociedade”, defende.

Entre os principais desafios da categoria para 2012, Celso Schröder aponta a ampliação do movimento pela aprovação da PEC do Diploma, o prosseguimento do movimento por um novo Marco Regulatório das Comunicações no Brasil, e o combate à precarização das relações de trabalho e à violência contra jornalistas. Essas e muitas outras lutas culminarão com um aprofundamento do debate sobre a profissão no 35º Congresso Nacional dos Jornalistas, a realizar-se em Rio Branco (AC).

“Nossos desafios não são poucos e desejamos a todos muitas felicidades em 2012”, conclui o presidente da FENAJ, considerando que para a categoria alcançar novas vitórias “o caminho da luta é irrenunciável e é preciso que a categoria fortaleça ainda mais sua Federação e os Sindicatos de Jornalistas”.

Felicidade

2011
Feliz foste
2012
Serás feliz

Rosas e espinhos

Naquele dia, rosas nos aproximavam.
Perfume, cor e significado inebriavam.
Olhos nos olhos, troca mútua de beijos.
Depois, tocamos espinhos que separavam.
Caminhos trocados, esquinas viradas
deixaram sonhos no cheiro e na cor
Que ainda sinto e vejo como consolo.

Último dia de 2011

Último dia do ano desperta com o céu nublado.
Não vejo o rei Sol, mas ele surgirá ao longo do dia.
Porto Alegre está vazia, sem carros e pouca gente.
Maioria tomou o rumo da praia e ou do interior.
Muitos gostam desta realidade, pois não há fila.
É clima de final de festa, que será festa na virada.
Então, quem ainda está na rede, BOM DIA!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Falo

Falo porque necessito dividir minha vida. Quem quiser, a acolha. Quem não quiser, a espie.

Ano que vai, ano que vem

Se quiseres, dê 362 passos atrás
e recorde as conquistas, os momentos
e as boas coisas de um ano que vai.
Se quiseres, dê 2 passos à frente
e projete tua vida, pense nos sonhos
e naquilo que farás no ano que vem.

Lição de ética no jornalismo


Leio "O Jornalista e o Assassino", obra da jornalista norte-americana Janet Malcolm que debate dois temas muito caros a um jornalista: ética de do jornalismo e liberdade de imprensa. O livro foi lançado pela primeira vez no Brasil em 1990 e agora a Companhia das Letras o apresenta em versão de bolso. O achei em um estante de um bar que frequento a um preço bem camarada.
A obra essencial analisa com profundidade a relação profissional do jornalista Joe McGinniss com o presidiário Jeffrey MacDonald - condenado pelo assassinato da mulher e duas filhas -, que se tornou uma espécie de código de ética da dinâmica entre entrevistador e entrevistado. Em certos momentos, é um soco no estômago.
Gosto que meus amigos leiam minhas indicações e, por isso, não entrarei em mais detalhes. Vale a pena, especialmente para nós, jornalistas.