quarta-feira, 4 de julho de 2012

Minha cafeteria


Descobri que sou um viciado em cafeterias. Aonde vou, tem uma me espiando, me chamando, me seduzindo. Sempre arranjo um jeitinho para, antes de outra coisa, sentar à mesa de uma delas e pedir um expresso, um carioquinha, um pingado. Sempre com uma garrafa de água, que pode virar duas ou três, dependendo do meu tempo. Ah, o tempo.
Sempre que vou ao supermercado preciso de bastante folga. Antes de passear pelos corredores e encher o carrinho, tenho que ir à cafeteria. No cinema é a mesma coisa. Preciso chegar bem mais cedo porque, depois de comprar o ingresso, ela me chama para o café e a água. O mesmo ritual é cumprido quando vou à minha analista, na faculdade ou no trabalho.

Em determinados momentos, penso que criaram as cafeterias só para mim, pois existe uma em todos os lugares que vou. Quando preciso fugir de minha casa/escritório/sala de estudos, o refúgio é na cafeteria. Ah, não bebo somente o café e a água. Eu preciso de um livro, de um jornal, de meu celular com internet. E de meus olhos porque é preciso observar a procissão de gente nos caixas do supermercado, espiar o horário da sessão do cinema, esticar o pescoço para admirar a bela moça que desfila em frente.

É, sou viciado em cafeterias e no que elas me proporcionam. Sim, trabalho, estudo, faço exercício, vou à psicóloga, converso com amigos e tenho minhas "ites".  Uma delas: cafeterite.

terça-feira, 3 de julho de 2012

FENAJ convoca movimento pela votação da PEC dos Jornalistas nesta quarta-feira

A PEC 33/09, que restitui a exigência de diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, permanece na pauta do plenário do Senado. Em contato com a comitiva de dirigentes sindicais que pleitearam a aprovação da matéria, o presidente da Casa, senador José Sarney, assegurou que a PEC dos Jornalistas é uma das prioridades antes do recesso parlamentar.A FENAJ convoca a categoria a reforçar a mobilização pela votação da proposta, que poderá ocorrer nesta quarta-feira (4/7).

Composta por representantes de 20 Sindicatos de Jornalistas e da Executiva da FENAJ, a comitiva de dirigentes da categoria iniciou o périplo pelos gabinetes dos senadores às 10h desta terça-feira, num trabalho que se estendeu até às 17h30. “Conversamos com diversas lideranças, com o autor da PEC e com a grande maioria dos senadores, que manifestaram apoio à nossa luta”, conta a diretora da FENAJ e uma das coordenadoras da campanha em defesa do diploma, Valci Zuculoto.

Simplicidade infantil no filme "O que eu mais desejo"

Eu gostaria de retomar a simplicidade e a ingenuidade das crianças. Foi com este sentimento que saí a pouco de uma sala do cinema Guion, em Porto Alegre. Nela assisti "O que Eu Mais Desejo", belo e comovente filme do japonês Hirokazu Kore-eda, um especialista em retratar o universo infantil. Nas duas horas da obra, dá vontade de entrar na tela e seguir os rumos traçados pelos personagens, que parecem ter mais bom senso do que os adultos.
O filme retrata a história de dois irmãos obrigados a se separar com o fim do casamento de seus pais. O mais velho, Koichi, fica com a mãe, que volta para a casa dos pais e procura um trabalho. O mano Ryu mora com o pai músico de vida desregrada. Os guris querem mesmo é juntar novamente o quarteto e pensam transformar uma fantasia em realidade.
Eles acreditam que, se presenciarem o exato momento em que dois trens-bala em direções contrárias se encontram, poderão fazer um pedido que irá se realizar. E vão atrás deste sonho, levando junto outras crianças com seus sonhos próprios.
Não me estenderei mais porque sugiro o filme para todos que amam o bom cinema, têm desejos e sonhos. Emoção garantida!

O primeiro Beto

Neste acanhado bar, com meia dúzia de mesas e o triplo de gente, surgiu o lendário Bar do Beto. Hoje é uma farmácia, e o bar uma referência na noite de Porto Alegre.
Foto de Ricardo Stricher

Chuva miúda

Miúdos, sem fazer muito barulho, os pingos da chuva chegaram.
Sejam bem-vindos e procurem se espraiar pelo Rio Grande das plantações que precisam de vocês.
Só lamento pela roupa que deixei no varal e que já devia estar seca. Mas não é hora de egoísmo...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Diploma: FENAJ e sindicatos fazem mobilização em Brasília pela PEC 33

Diretores da FENAJ e de Sindicatos de Jornalistas reforçam em Brasília, amanhã e quarta-feira, a mobilização pela aprovação da PEC 33/09 em 2º turno no Senado. Representantes de 20 estados já estão confirmados para os trabalhos de contato direto com os parlamentares visando a obtenção de quorum para a votação da proposta. A FENAJ convocou a categoria a reforçar o movimento com envio de mensagens aos parlamentares.
Mais informações no site da FENAJ: http://www.fenaj.org.br/

Desrespeito no futebol

A estupidez não tem limites. O Ronaldinho foi xingado, humilhado e obrigado a ver uma faixa com os dizeres 'Miguelina Prostituta' na torcida adversária. Jogou uma bola redonda e, ao final da partida, festejou com os companheiros como se tivesse ganhado o campeonato. Justo!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A cobrança da faxineira

Ontem, minha faxineira chegou em meu apartamento enquanto eu estudava para uma prova marcada para hoje. Na hora do jogo Itália x Alemanha, corri para frente do televisor. A Iraci viu e chamou minha atenção:
- Largaste os livros para ver o jogo?
- Mas bah, já saí da casa da mãe faz tempo e não pretendo casar mais. Agora, pegas no meu pé - protestei.
Era brincadeira de ambos. Mas rimos pelo inusitado.

Já plantaste a tua árvore?

Eu caminhava, dia destes, na Redenção. O passo não era rápido, mas o calor me fez suar. Procurei a sombra da primeira árvore e me deliciei.
Vi que outras pessoas fizeram o mesmo e também sentiam prazer. Pensei: "Gostam de uma sombrinha... Será que já plantaram uma árvore?" Fiquei sem resposta porque segui a caminhada.
Eu já plantei mais de uma e hoje faço a pergunta:
- Já plantaste a tua?

domingo, 24 de junho de 2012

Auto-elogio no Jornalismo é feio

O auto-elegio em matérias jornalísticas e em coberturas de TV continuam.
Jornalismo não é isso.
Um ensinamento: a estrela é a fonte, a matéria.
Nunca @ repórter que a faz.
 

Olívio no corredor

 Olívio Dutra, ex-prefeito de Porto Alegre e ex-governador do Rio Grande do Sul no corredor de ônibus. Ele usa o transporte coletivo hoje e sempre.

sábado, 23 de junho de 2012

Golpe no Paraguai, "democracia" na mídia

Então, liberdade de imprensa na grande mídia brasileira é isso: trata-se o golpe no Paraguai como sendo um ato democrático e busca-se esconder do leitor que os países democráticos e populares não aceitam o governo imposto.
Mais: um repórter assume o papel de articulista e mostra apenas um lado do Fernando Lugo. O que convém ao veículo.
Outro, devidamente instruído, ouve apenas fontes que avisam: "Olha, isso pode acontecer em outros países". Casualmente, nos países que o veículo chama, desde que foram eleitas pelos seus povos, de "ditaturas esquerdistas e populistas".
E assim vai a nossa democracia midiática.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Vida sentida

Ah, vida
vida há.
Tida é,
é lida.
Sentida.

Licença para amar

Vontade de te amar
sem licença entrar
naquele lugar especial
que chamam de coração
e é a mais pura emoção.

Inverno, te prepara...

E aí, tchê? Te chamas inverno e ontem te apoderaste deste chão chamado Rio Grande do Sul. Não gosto de tua cara, mas vou ter que aguentar teu jeito. Já andaste aprontando por aqui e só vi gente reclamando e chamando pela prima de nome vera. Então te aconselho a maneirar para não arranjares mais gente de cara torta. E tenho dito, vivente.

terça-feira, 19 de junho de 2012

À luta

Tenham um bom dia, amigos e amigas.
Ao trabalho e aos estudos, brevemente interrompidos por causa da labirintite.
O equilíbrio não é pleno, mas o suficiente para seguir em frente!
Abreijos!

Pragmatismo político a qualquer custo


Não gostaria de ver e tampouco publicar esta foto. Mas ela ilustra a busca do pragmatismo político e de alguns minutos na TV a qualquer custo. Fiel às minhas convicções ideológicas, não concordo. Fiel ao espírito jornalístico, vejo nela um espelho da realidade. Também aqui, durante estas eleições, ficarei apenas com o Jornalismo.
Vamos às informações do Correio do Brasil: "Presidente do PP em São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf anunciou, oficialmente nesta segunda-feira, o apoio da legenda de direita à candidatura de Fernando Haddad (PT) para prefeito de São Paulo. O anúncio foi feito na mansão do ex-prefeito paulistano, na Zona Sul da capital, ao lado do ex-presidente Lula. A aliança permitirá a Haddad mais 1m35s de tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV." A imagem também é do CB.

sábado, 16 de junho de 2012

Lixo sem responsável


Abri a janela e deparei com esta cena. 
Na falta de lugar no container, o lixo de uma obra foi deixado ao lado. 
Absurdo!

Em defesa do diploma: FENAJ trabalha para votação da PEC até o final do mês

Com os trabalhos da CPMI do Cachoeira e as atividades da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio + 20, houve redução do quorum no plenário do Senado novamente nesta semana. Dirigentes da FENAJ trabalham com a perspectiva da votação da PEC dos Jornalistas em 2º turno para o final do mês de junho, pois há previsão de presença mais expressiva de parlamentares no Senado neste período.

Em contato mantido com os diretores da FENAJ Antônio Paulo da Silva e José Carlos Torves, o líder do governo no Senado, Senador Eduardo Braga (PMDB/AM), apontou a perspectiva de votação da PEC 33/09 para o período posterior à realização da Rio + 20 e antes do recesso parlamentar de julho. “Ele nos disse que a PEC dos Jornalistas é uma das 3 prioridades de votação antes do recesso”, revela Torves.

Em reunião de lideres do Senado nesta semana, ficou definido que as sessões do plenário de 18 a 22 de junho não terão caráter deliberativo, uma vez que muitos senadores participarão da Primeira Cúpula Mundial dos Legisladores, que integra a programação da Rio + 20. Na reunião ficou definido, também, que as lideranças elegeriam as prioridades de votação antes do recesso, para assegurar quorum no plenário.

“As movimentações desta semana, as definições da reunião de líderes e mesmo o contato que mantivemos anteriormente com o presidente do Senado são indicativos fortes de que as votações serão retomadas a partir do dia 26”, diz o presidente da FENAJ, Celso Schröder.

A Executiva da FENAJ define, no início da próxima semana, as ações a serem desenvolvidas para garantir a votação da PEC dos Jornalistas em 2º turno.

Circula o Versão dos Jornalistas

 A edição 119 do jornal Versão dos Jornalistas, publicação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, começou a circular nesta sexta-feira, 15 de junho. Em destaque, o 35º Congresso Estadual dos Jornalistas - que acontece em julho - a Frente Parlamentar Pelo Piso Nacional, o debate sobre o diploma em Bagé, entrevista exclusiva com Caco Barcellos e o perfil dos ex-presidentes José Carlos Torves e Jorge Correa, dando início à comemoração dos 70 anos da entidade.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Abertas as inscrições para o 34º Prêmio Vladimir Herzog


Até 3 de agosto, jornalistas de todo o Brasil poderão inscrever suas matérias para concorrer ao  Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Considerado entre as mais significativas distinções jornalísticas do país, o Prêmio Vladimir Herzog reconhece, ano a ano, trabalhos que valorizam a Democracia, a Cidadania e os Direitos Humanos nas mais variadas mídias.
A participação é aberta a todos os jornalistas profissionais brasileiros devidamente registrados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTb). São nove categorias: Artes (ilustrações, charges, cartuns, caricaturas e quadrinhos), Fotografia, Documentário de TV, Reportagem de TV, Rádio, Jornal, Revista, Internet e Categoria Especial (envolve todas as mídias) que, neste ano, tem como tema “Criança em situação de rua”.
Para concorrer, os candidatos devem se inscrever através do site www.premiovladimirherzog.org.br preenchendo a ficha cadastral e anexando sua obra publicada no período compreendido entre 2 de setembro de 2011 e 3 de agosto de 2012.  
Pela primeira vez em todas as edições do Prêmio, a escolha dos vencedores será realizada em sessão pública, com transmissão ao vivo pela internet. O julgamento dos trabalhos será no dia 10 de outubro, na Sala Sérgio Vieira de Melo da Câmara Municipal de São Paulo. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 23 de outubro, às 19h30, no Tuca (Teatro da Pontifícia Universidade Católica), em São Paulo.
Prêmio Especial Vladimir Herzog 2012
Desde 2009, a Comissão Organizadora indica um jornalista para ser agraciado com o Prêmio Especial pelos relevantes serviços prestados à causa da Democracia, da Paz, da Justiça e contra a Guerra. A iniciativa das instituições promotoras retoma proposta original do Prêmio, concebido em 1978, que previa tal homenagem a personalidades ou jornalistas que jamais inscreveriam seus trabalhos em qualquer tipo de concurso.
Já foram homenageados com o Prêmio Especial Vladimir Herzog os jornalistas Lourenço Diaféria  (in memoriam), Perseu Abramo (in memoriam), David de Moraes, Audálio Dantas e Elifas Andreato.   Neste ano, em caráter excepcional, foram indicados dois grandes nomes da imprensa brasileira: Alberto Dines e Lúcio Flavio Pinto.
Professor e escritor, o nome de Alberto Dines é um ícone da profissão por conta de sua integridade e compromisso com a verdade. Com atividade contínua ao longo de 60 anos nos principais jornais do país, criou, em 1996, o site Observatório da Imprensa - primeiro noticiário de análise e crítica da mídia no Brasil, com espaço aberto a discussões com jornalistas e universitários.
Lúcio Flavio Pinto é hoje um dos jornalistas mais perseguidos por conta de sua trajetória corajosa e das denúncias que faz à frente do seu Jornal Pessoal (PA). Respondendo a inúmeros processos judiciais diante da censura que lhe é imposta pela justiça do Pará, segue lutando, de forma exemplar, para manter uma publicação independente que contraria interesses hegemônicos.
Organização, patrocínio e apoios
A 34ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos é promovida e organizada por 11 instituições: Associação Brasileira de Imprensa – Representação em São Paulo – ABI/SP; Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – ABRAJI; Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil – UNIC Rio; Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP; Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ; Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo; Instituto Vladimir Herzog; Ordem dos Advogados do Brasil - Seção São Paulo – OAB/SP, Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo e Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
Contando com o apoio institucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Câmara Municipal de São Paulo, a edição deste ano tem o patrocínio da Petrobras, Banco do Brasil e Souza Cruz.
A curadoria está a cargo de Ana Luisa Zaniboni Gomes, jornalista e diretora da OBORÉ.
A assessoria de imprensa é da CDI Comunicação Corporativa e dos departamentos de comunicação das instituições promotoras.
SERVIÇO
34º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos
Inscrições: www.premiovladimirherzog.org.br
Prazo: 15 de junho a 3 de agosto de 2012
Divulgação dos resultados: 10 de outubro
Solenidade de premiação: 23 de outubro, terça-feira, às 19h30
Local: TUCA – Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes.

Escrevendo na madrugada

Acordei com as galinhas, como se diz lá fora. O fato é que abrir os olhos e não mais dormir na madrugada causam dois sentimentos. O primeiro é produzir, que para mim significa escrever. Mesmo deitado, mesmo no celular.
O outro sentimento é o da solidão do horário. Não tem uma alma circulando na rede para, ao menos, dizer alô. Ou melhor, curtir meus escritos.
Voltarei para outro gosto: a leitura dos jornais. Sim, em papel. Eles ainda existem .
E vou saindo de fininho, porque esta tal de labirintite não gosta que eu fique encarando a tela por muito tempo.
Até mais, pessoas queridas!

Mais shopping. Alguém tem muito dinheiro

Leio que Canoas ganhará novo shopping. A cada semana surge a informação do surgimento de novo centro de compras em Porto Alegre e arredores.
Como estes sofisticados locais não recebem as classes C e D, é sinal que o pessoal dos segmentos A e B andam enchendo os bolsos.
Ou mais gente pulando de classe.

À espera da chuva

Depois de um dia quente, a noite surgiu com nuvens cobrindo o brilho das estrelas. Não demorou para que relâmpagos pintassem o céu. Ouvi trovoadas também. Se choveu, não sei. Agora, ainda madrugada, o céu está cinzento e a notícia no jornal promete chuva ao final do dia, que será quente. Esperemos ...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Abertas as incrições para o 35º Congresso Estadual dos Jornalistas

O 35º Congresso Estadual dos Jornalistas, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, acontece em Porto Alegre nos dias 13 e 14 de julho, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. O tema será 'O Jornalismo e as Novas Plataformas de Comunicação Como Agendamento da Opinião Pública', e a organização do evento está a cargo da XPERTIZ - Mkt e Experiências Promocionais.
Para se inscrever, é necessário efetuar depósito na conta do Sindicato no Banrisul, agência 0062, conta corrente número 0602691425. Estudantes sindicalizados pagam R$ 15, estudantes não sindicalizados pagam R$ 30, jornalistas sindicalizados também pagam R$ 30, e os demais participantes pagam R$ 60. Em seguida, basta enviar o comprovante digitalizado para o email secretaria@jornalistasrs.org, informando nome, email, telefone, empresa ou universidade a qual é vinculado, e se é sindicalizado ou não. A ficha pode ser acessada também em http://www.jornalistas-rs.org.br/index.php?pagina=lerbanner.
Programação
13 de julho
17h - Credenciamento
19h - Abertura Oficial
20h - Conferência de Abertura: 'O Jornalismo Hoje num Mundo Sustentável', com Edgar Lisboa
14 de julho
9h30min - Painel: 'Mídia Tradicional e o Jornalismo praticado nas Novas Plataformas de Comunicação', com Geraldo Canali, Luis Cláudio Cunha, Carolina Bahia e Paulo Gilvane
13h - Almoço
14h30min - Painel: 'O Futuro do Jornalismo e o Papel da Academia', com Flavio Fachel, Zelia Leal Adghirni, Francisco Karan e Demétrio de Azeredo Soster
16h - Plenária Final e eleição dos Delegados para o Congresso Nacional dos Jornalistas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ela, novamente

Na outra vez, ela chegou feito furacão, me pegou desprevinido, sem ação, sem equilíbrio.
Agora, ainda impõe o mergulho no abismo, o medo do vazio. 

Mas aprendi a driblá-la, a lidar com ela.
Ela tem nome, dá medo. 

Tanto que usei de metáfora no outro dia, mas poucos entenderam.
Ela voltou e eu estou aqui a domá-la. 

Em repouso na hora que eu não queria, no mês que não desejava.
Labirintite, eis a danada!

Labirintos...

Labirintos povoam minha mente. 
Em momentos, não sei para onde ir. 
Paro, fecho os olhos e deixo passar. 
Não é novidade, mas tê-los novamente me assusta. 
Para onde vou?

domingo, 10 de junho de 2012

Dia de assado


Hoje é domingo, dia de churrasco.
Costela, vazio, picanha...
Tem que ser assado na brasa.

Futilidade atropela o Jornalismo

O Jornalismo é atropelado pela futilidade. Ao abrir a página do Terra, deparo com uma galeria de fotos do casamento de Dentinho com Mulher Samabaia.
E, ao lado, como informação mais importante do dia, informam: "Direto de SP: vestido de Samambaia realça os seios e "some" com barriga".
Barbaridade, não tem nada importante acontecendo no momento?
 
Abaixo, em segundo plano, infomam que "Premiê espanhol nega ter sido pressionado a solicitar ajuda da UE" e que, após resgate, jornal francês diz que Espanha tem outras "bombas-relógio". Poxa, isso sim é informação importante porque afeta o mundo e, no curto prazo, a vidade de cada um de nós. Mas o Dentinho e a Melancia ganham a manchete, com galeria de fotos. É brabo.

sábado, 9 de junho de 2012

Proposta decente

Proponho uma revolução: pular o inverno, passando direto do outono para a primavera. 
A estação fria deprime, nos enjaula e nos engorda .

Quem mais sofre com o frio

Gostando ou não do frio, devemos lembrar de quem sofre de fato com ele:
- os sem-teto, que dormem na laje e sem roupas adequadas.
- os produtores de leite que levantam às 5h para ordenhar as vacas. Nós recebemos o leite em caixas no conforto do supermercado.
- as crianças da periferia que saem às 6h para estudar. Estas não têm carro ou van escolar.
- os portadores de doenças agravadas pelo frio, especialmente crianças e idosos.

Entidades cobram votação da PEC dos Jornalistas em segundo turno

A Executiva da FENAJ e representantes de Sindicatos de Jornalistas voltam a cobrar, nesta terça-feira (12), a votação da PEC 33/09, que restabelece a exigência de diploma para o exercício profissional do Jornalismo, em segundo turno no Senado. A proposta não foi apreciada nas sessões dos dias 5 e 6 de junho devido à falta de quórum no plenário.

José Carlos Torves, membro da Executiva da FENAJ que acompanhou as atividades no Senado, registrou que havia aproximadamente 60 parlamentares na Casa, e número ainda menor de presenças no plenário. “O feriado de Corpus Crhisti, aliado aos festejos juninos principalmente no nordeste, fez com que muitos senadores estivessem ausentes”, avalia.

A expectativa dos dirigentes da Federação é de que nas sessões dos dias 12 e 13 de junho o quadro seja diferente no Senado. A entidade trabalha com a perspectiva de que a matéria seja votada desde que se verifique um quorum superior a 65 senadores, visto que é necessária a presença em plenário e o voto favorável de pelo menos 49 deles para aprovação da PEC em 2º turno.

“Nesta semana, em especial, precisaremos da mobilização de todos os apoiadores de nosso movimento no sentido de solicitar a presença dos parlamentares em Brasília e seu voto favorável à PEC dos Jornalistas”, comenta o presidente da FENAJ, Celso Schröder, pedindo que o esforço de contato pessoal, telefônico ou por email com os parlamentares seja reforçado.

Ele acredita que haverá uma significativa presença dos Sindicatos da categoria em Brasília, uma vez que no dia 12, às 14h, haverá audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a federalização de crimes contra jornalistas.

Audiência na Câmara dos Deputados discutirá federalização de crimes contra jornalistas

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados promove, nesta terça-feira (12/6), audiência pública sobre a federalização dos crimes contra jornalistas, uma das principais pautas do movimento sindical da categoria no momento. A atividade contará com representantes de entidades nacionais e internacionais.

A audiência, que será realizada às 14 horas, no Plenário 6 do Anexo II da Câmara dos Deputados, discutirá o Projeto de Lei nº 1.078, de autoria do deputado Delegado Protógenes (PCdoB/SP), que altera a Lei nº 10.446, para "dispor sobre a participação da Polícia Federal na investigação de crimes em que houver omissão ou ineficiência das esferas competentes e em crimes contra a atividade jornalística”.

Estão confirmados, como convidados para a mesa de debates, representantes da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), da Federação dos Jornalistas da América Latina e Caribe (FEPALC), da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT). A audiência será transmitida em tempo real pela Internet e gravada para consulta posterior dos que desejarem ter acesso às discussões.

“Lembramos que este projeto é resultado de pressão e articulação da FENAJ como mais uma iniciativa para o enfrentamento da violência cada vez maior contra o exercício da profissão. Por isso, precisamos fortalecer mais esta atividade”, destacou o presidente da FENAJ, Celso Schröder, em convocação aos Sindicatos de Jornalistas para participarem da atividade em Brasília.

A verdade

Quero conhecer tua verdade.
O inverso dela já senti e
espalmei para o lado reverso
do universo vazio, muito vazio.
Na verdade que quero conhecer,
não amparo mentira sem tira.
Tampouco, desejo covardia.

Dizendo...

E se eu te disser que aqui dentro de mim existe um coração pulsando?
E se eu te disser que ele pode parar se não o encheres de emoção ?

Com Cat Stevens

No embalo de "Father and Son", com Cat Stevens.
Lembram desta balada de nossa juventude?
Um barato, diziamos!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A força das mulheres


Muitos marmanjos arranjaram muitas desculpas para não enfrentarem o frio de ontem no Beira-Rio. Mas estas amigas da Força Feminina Colorada estavam lá. Não é , querida Wali Petry?
 

Sopa para aquecer

Dia frio, dia de sopa.
A minha ferve na panela.

Vitória consistente do Inter no frio intenso

Ainda não tive coragem de sair debaixo de meu cobertor com lã de ovelha. É muito quente. Mereço, pois ontem enfrentei um frio de renguear cusco no Beira-Rio. Eu e pouco mais de 14 mil colorados fomos compensados com uma boa vitória sobre o São Paulo. 


Não foi uma grande partida, mas vi o "vendido" D'Alessandro (foto) fazer um belo gol de falta. Bom retorno do gringo. E o time, com desfalques importantes, mostrou consistência e poder de grupo, fatores essenciais para quem almeja o título. Com as voltas de Damião, Oscar e Guina - mais as contratações - estaremos mais fortes. Avante, colorado.

Mapa artístico do RS será exposto em Londres no jubileu da rainha

Gostei do mapa, muito bonito, mas que ressalta demais o lado rural do Estado. Já foi mais. Hoje, nem tanto.



O mapa ilustrado do Rio Grande do Sul, produzido pelo estúdio Romeu & Julieta, por meio da Agência Escala para a secretaria do Turismo (Setur), fará parte da exposição denominada Art Below, em Londres, de 06 até 11 de junho, na estação de metrô London Bridge. De 19 de junho até 1º de julho, estará em Convent Garden.

O Art Below é uma exposição de arte contemporânea que vai exibir as obras de aproximadamente 60 artistas, de mais de 12 países, em 20 estações do metrô de Londres durante o mês de junho, no jubileu de diamante da rainha Elizabeth II, celebração dos 60 anos de ascensão ao trono.


Texto: Valeria Pereira (Secon/Governo do Estado)

O livro-abelha

Recebi a seguinte imagem em forma de linda mensagem da amiga Lu Vilela, de Bamboletras. De fato, não vivo sem os livros-abelhas...

Mês de estudos e sem tempo para a web

Estou começando o último mês do quinto semestre de História na PUC. Será um período puxado, com trabalhos e provas na pauta.
Amanhã, já tenho prova de História da Arte, com abordagens de temas como Realismo, Simbolismo, Impressionismo, Fauvismo e Cubismo.
Portanto, menos presença nas redes sociais neste mês.
Fiquem bem e tenham uma boa semana.
Abreijos!

Barra do Ribeiro, capital do Mundo

Frio maravilhoso em Barra do Ribeiro, capital do Mundo, segundo visão apaixonada de minha mãe Suely. Não ouso discordar, especialmente quando estou aqui.
O frio é mais intenso do que em Porto Alegre, distante 55 km e, de fato e direito, capital do Rio Grande do Sul.
Tenham um belo domingo. Abreijos!

terça-feira, 29 de maio de 2012

“A Veja deve explicações ao país”, diz presidente da Fenaj


 A CPI realizada pelo Congresso Nacional que tenta investigar a influência do bicheiro Carlinhos Cachoeira sobre o poder público acabou suscitando um debate tão inesperado quanto necessário no país: a relação da mídia com as esferas de poder, sejam elas políticas ou econômicas.

  "A Veja acaba de nos produzir um dos piores momentos do jornalismo" | Fotos: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21


Samir Oliveira, Sul 21

A Polícia Federal identificou cerca de 200 conversas telefônicas entre o diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e o contraventor. A divulgação dessas escutas mostra que Cachoeira pautava a publicação da editora Abril, que se deixava levar pelos interesses políticos de um empresário fortemente ligado ao senador Demóstenes Torres (ex-DEM).
Diante desse cenário, alguns parlamentares têm defendido a convocação de Policarpo para depor na CPI, mesmo que o relator Odair Cunha (PT-MG) já tenha rejeitado pedido de informações a respeito. Para o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, a revista precisa explicar o que guiou sua prática jornalística nesse episódio. “A Veja tem que dar explicações ao Brasil. É preciso explicar como ela exerce a atividade jornalística com essas veleidades, com descompromisso e irresponsabilidade em relação a princípios éticos e técnicos consagrados pelo jornalismo”, entende.
Nesta entrevista ao Sul21, Schröder avalia a conduta da revista nesse e em outros episódios e defende a necessidade de um marco regulatório para a comunicação no país.
“Não é só um repórter, mas é a organização, a chefia da empresa, que conduz e encaminha uma atividade tecnicamente reprovável e eticamente inaceitável”

Sul21 – O que a CPI do Cachoeira pode nos dizer sobre a mídia brasileira?
Celso Schröder – A CPI está nos mostrando que a mídia é uma instituição como qualquer outra e precisa estar submetida a princípios públicos, na medida em que a matéria-prima do seu trabalho é pública: a informação. Quanto menos pública essa instituição for e mais submetida aos interesses privados dos seus gestores ela estiver, mais comprometida ficará a natureza do jornalismo. Como qualquer instituição, a mídia não está acima do bem e do mal, dos preceitos republicanos do Estado de Direito e do interesse público. Do ponto de vista político, a Veja confundiu o público com o privado. Do ponto de vista jornalístico, comete um pecado inaceitável: estabelecer uma relação promíscua entre o jornalista e a fonte. Não é só um repórter, mas é a organização, a chefia da empresa, que conduz e encaminha uma atividade tecnicamente reprovável e eticamente inaceitável. Todo jornalista sabe, desde o primeiro semestre da faculdade, que a fonte é um elemento constituidor da notícia na medida em que ela for tratada como fonte. A fonte tem interesses e, para que eles não contaminem a natureza da informação, precisam ser filtrados pelo mediador, que é o jornalista. A fonte, ao mesmo tempo em que dá credibilidade e constitui elemento de pluralidade na matéria, por outro lado, se não for mediada e relativizada pelo jornalista, pode contaminar o conteúdo.
"Os jornalistas não estão acima da lei e não podem estar acima dos princípios republicanos" | Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Sul21 – Em que pontos a relação entre Policarpo Júnior e Cachoeira extrapolaram uma relação saudável entre repórter e fonte?
Schroder –
Ele não tratou o Cachoeira como fonte. O problema é um jornalista ou uma empresa jornalística atribuir a alguém uma dimensão de fonte única, negociando com ela o conteúdo e a dimensão da matéria e, principalmente, conduzindo a Veja para uma atuação de partido político. Esse é um pecado que a Veja vem cometendo há algum tempo. A oposição no Brasil é muito frágil. Por não existir uma oposição forte, a imprensa assume esse papel, o que é uma distorção absoluta. A imprensa não tem que assumir essa função, a sociedade não atribui a ela uma dimensão político-partidária, como a Veja se propõe. A Veja acaba de nos produzir um dos piores momentos do jornalismo. Quando houve o episódio da tentativa de invasão do apartamento do ex-ministro José Dirceu (PT) por um repórter da Veja, eu escrevi um artigo dizendo que, assim como Watergate tinha sido o grande momento do jornalismo no mundo, a atuação da Veja no quarto de Dirceu foi um anti-Watergate. Mal sabia eu que teríamos um momento ainda pior. Não foi a ação individual de um repórter sem capacidade de avaliação. Foi uma ação premeditada e sistêmica de uma empresa de comunicação, de um chefe que conduzia seu repórter para uma ação imoral, tangenciando perigosamente a ilegalidade.
“A Veja é uma revista que coloca em jogo a matéria-prima básica da sua existência: a credibilidade. Parece-me um suicídio”
Sul21 – O mesmo pode ser dito para o episódio recente entre Policarpo Júnior e Cachoeira?
Schröder - Neste momento, isso se consolida. É uma revista que coloca em jogo a matéria-prima básica da sua existência: a credibilidade. Parece-me um suicídio, inclusive do ponto de vista de um negócio jornalístico. A não ser que a Veja esteja contando com um outro tipo de financiamento, ou já esteja sendo subsidiada por outro mecanismo que não seja decorrente da credibilidade e da inserção no público. Não temos dados concretos sobre isso, mas tudo leva a crer que, nesse momento, o financiamento da Veja esteja se dando por outro caminho. O comprometimento e o alinhamento inescrupuloso da revista a uma determinada visão de mundo conduz à ideia de que a Veja possa ter aberto mão de ser um veículo de comunicação para ser um instrumento político com financiamento deste campo.
Sul21 – Mas a revista já passou por períodos em que era mais comprometida com o jornalismo. Como ocorreu essa mudança?
Schroder –
Não é de agora que a Veja vem dando indícios de que abre mão de um papel de referência jornalística. A Veja foi fundamental para a redemocratização do país, foi referência para jornalistas de várias gerações e teve em sua direção homens como Mino Carta. Depois de um certo tempo, a revista começa a alinhar-se a um determinado grupo social brasileiro. É claro que os editores da revista têm opiniões e cumprem um papel conservador no país. Tudo bem que isso aconteça nas dimensões editoriais. Agora, que se reserve ao jornalismo informativo um espaço de discussão com contrapontos. Princípios elementares do jornalismo foram sendo abandonados e essa revista, que foi importante para a democracia e para o jornalismo, passa a ser um exemplo ruim que precisa ser enfrentado.


"Não é pouca coisa trazer o chefe da sucursal da Veja em Brasília para depor"

Sul21 – Como o senhor vê a possibilidade de Policarpo Júnior ser convocado para depor na CPI?
Schroder –
Tenho visto declarações de alguns políticos, como da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que diz que o envolvimento do Policarpo nisso representa um ataque à imprensa. Os jornalistas não estão acima da lei e não podem estar acima dos princípios republicanos. Se ele for convocado pela CPI, tem o direito de não ir. Se ele for, tem o direito de exercer a prerrogativa do sigilo de fonte. Mas a convocação não representa uma ameaça. A Veja tem que dar explicações ao Brasil. É preciso explicar como ela exerce a atividade jornalística com essas veleidades, com descompromisso e irresponsabilidade em relação a princípios éticos e técnicos consagrados pelo jornalismo. Questionar isso é fundamental. Os jornalistas e a academia têm obrigação de fazer esse questionamento.
Sul21 – Nesse sentido, não seria válido também convocar o presidente do Grupo Abril, Roberto Civita?
Schroder –
Parece que seria deslocar o problema. Na CPI, a Veja é um dos pontos. O problema é a corrupção entre o Cachoeira e o Parlamento brasileiro. Um depoimento do Civita geraria um debate que desviaria os trabalhos da CPI. Não há dúvida de que a Veja praticou um mau jornalismo e deve prestar contas. A CPI tem gravações de integrantes da revista com o bicheiro. Que eles sejam convocados, então. Não é pouca coisa trazer o chefe da sucursal da Veja em Brasília para depor.
“A Fenaj não vai proteger jornalistas criminosos”
Sul21 – As críticas à Veja costumam ser rebatidas com argumentos que valorizam o trabalho supostamente investigativo feito pela revista, com diversas denúncias de corrupção. Entretanto, as gravações entre Policarpo e Cachoeira revelam como funcionava a engenharia que movia algumas dessas denúncias.
Schroder –
Há uma certa sensação de que estamos vivendo um momento de corrupção absoluta no país. E isso está longe de ser verdade. Basta olhar a história e ver que agora temos instituições democráticas funcionando. A imprensa cumpre um papel democrático e fiscalizador importante com a denúncia. O problema é que alguns setores, ao fazerem denúncias, atribuem um papel absoluto à ideia da corrupção. No caso da Veja, o pior de tudo é que a própria revista estava envolvida. Não é só um mau jornalismo sendo praticado. Há indícios perigosos de uma locupletação – que não precisa ser necessariamente financeira. Pode ser uma troca de favores, onde o que a Veja ganhou foi a constituição de argumentos para uma atuação política, não jornalística. Como se fosse o partido político que a oposição não consegue ser. Se a imprensa se propõe a esse tipo de coisa, volta a um patamar de atuação do século XVIII.  Se é para ser assim, que a revista mude de nome e assuma o alinhamento a determinado partido. Agora, ao se apresentar como um espaço informativo, a Veja precisa refletir a complexidade do espaço político brasileiro. Se ela não faz isso, está comprometendo o jornalismo e tangenciando uma possibilidade de ilegalidade que, se houver, precisa ser esclarecida. A Fenaj não vai proteger jornalistas criminosos.
Sul21 – A revelação desse modus-operandi da Veja está gerando uma discussão quase inédita no país: a mídia está debatendo a mídia. A revista Carta Capital tem dedicado diversas capas ao tema e a Record já fez uma reportagem sobre o assunto. É um fenômeno comum em outros países, mas até então não ocorria no Brasil.
Schroder –
Nos anos 1980, quando a Fenaj propôs uma linha para a democratização da comunicação, partimos da compreensão de que a democratização do país não havia conseguido chegar à mídia. O sistema midiático brasileiro, ao contrário de todas as outras instituições, não havia sido democratizado. Temos cinco artigos da Constituição nessa área que não estão regulamentados. Durante 30 anos tivemos diversas iniciativas de tentar construir  esse debate. A lógica da regulamentação existe em todos os países do mundo. Mas, no Brasil, isso enfrenta resistências de uma mídia poderosa, que fez os dois primeiros presidentes da República após a democratização. Sarney e Collor são dois políticos que saíram dos quadros da Rede Globo. Na presidência do Congresso tivemos outros afilhados da Rede Globo, como Antonio Carlos Magalhães, que também foi ministro das Comunicações. A mídia não só está concentrada, no sentido de ter monopólios, como está desprovida de qualquer controle público. Está absolutamente entregue à ideia de que a liberdade de expressão é a liberdade de expressão dos donos da mídia. Enquanto que o preceito constitucional diz que a liberdade de expressão é do povo, e o papel da mídia é assegurar isso.
“O espírito conservador está no DNA da Rede Globo. Ela acostumou-se à ideia de que para o seu negócio não deve existir nenhuma regra”


"As empresas alinhadas à ideia de que não podem estar submetidas à lei protegem-se" |

Sul21 – Quanto se conseguiu avançar nesse debate desde então?
Schroder – Estamos há 30 anos pautando esse debate até chegarmos a Confecom (Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro de 2009). A Fenaj consegue constituir a ideia de que esse debate precisa ser público, já que ele é omitido pela mídia, que atribui à essa discussão uma tentativa de censura. A Confecom, no início, teve a anuência das empresas. Eu fui junto com os representantes da RBS e da Globo aos ministros Helio Costa (Comunicações),  Tarso Genro (Justiça) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) propor a conferência. As empresas compreendiam que, naquele momento, a telefonia estava chegando e ameaçava um modelo de negócios. Mas, durante a Confecom, a Rede Globo e todos os seus aliados se retiraram, tentando sabotar mais uma vez o debate. O espírito conservador está no DNA da Rede Globo. Ela acostumou-se à ideia de que para o seu negócio não deve existir nenhuma regra. Acostumou-se a impor seus interesses ao país e, portanto, é ontológicamente contra qualquer regra. Naquele momento em que a Globo se retirou da Confecom ficou claro que não é possível contar com esses empresários para qualquer tipo de tentativa de atribuir à comunicação no Brasil uma dimensão pública, humana e nacional, regida por princípios culturais, democráticos e educacionais, não simplesmente pelo lucro fácil e rápido.
Sul21 – O editorial do jornal O Globo defendendo a revista Veja é um indício de que há um corporativismo muito grande entre os donos da mídia tradicional?
Schroder –
O princípio que os une é aquele verbalizado pela Sociedade Interamericana de Imprensa: Lei melhor é lei nenhuma. As empresas alinhadas à ideia de que não podem estar submetidas à lei protegem-se. Abrigadas no manto de uma liberdade de expressão apropriada por elas, protegem seus interesses e seus negócios, atuando de uma maneira corporativa e antipública.  O jornalismo é fruto de uma atividade profissional, não é fruto de um negócio. Jornalismo não é venda de anúncios. Jornalismo é, essencialmente, o resultado do trabalho dos jornalistas. Portanto, a obrigação dos jornalistas é denunciar sempre que o jornalismo for maculado, como ocorreu com a Veja. Seria, também, uma obrigação das empresas jornalísticas, na medida em que elas não estejam envolvidas com esse tipo de prática. Ao tornarem-se cúmplice e acobertarem esse tipo de prática, as empresas aliam-se a elas. Essas empresas disputam o mercado, mas protegem-se no que consideram essencial, no sentido de inviabilizar a ideia de que exercem uma atividade submetida aos interesses públicos, como qualquer outra.

Gilmar sem credibilidade

Do colega Mário Marcos de Souza:
"Da série 'Tenho visto coisas': primeiro foi o grampo da conversa entre Gilmar Mendes e Demóstenes Torres, lembram? O áudio nunca apareceu e a polícia não comprovou grampo. Depois, foi a história dos telefones do Supremo, que estariam grampeados. Mais uma vez, a perícia mostrou que era fantasia. Agora, vem a história da conversa de Lula tentando influenciar decisão do Supremo, que teria sido revelada por Gilmar Mendes à Veja. Nelson Jobim, que participou da conversa, desmentiu tudo. É o tipo de situação que determina o seguinte: cada um escolhe o lado em que acreditar."
Ou seja, o Gilmar Mendes não tem credibilidade. E os veículos da grande mídia continuam correndo atrás dele para ele dizer a mesma coisa. Vai virar santo para os veículos.

Jornais entupidos de anúncios e ruas de carros

Páginas dos jornais são fartas na publicação de anúncios de automóveis.
Ruas de Porto Alegre abarrotadas de veículos, a maioria apenas com o condutor.
Eu, que não gosto de dirigir, sou vítima da tranqueira, mesmo usando lotação ou táxi.
De bicicleta, é inseguro. Ciclovias são limitadas.

Índia da boca pequena

Lembrei do pedaço de uma canção cujo autor não recordo.
"Índia da pele morena
Sua boca pequena
eu quero beijar."

sábado, 26 de maio de 2012

Empate com gosto de vitória

O Inter, desfalcado e mal escalado pelo treinador, esteve duas vezes em desvantagem de dois gols.
Com ajustes no segundo tempo, achou técnica e raça para empatar o jogo em 3 a 3.
Os gols de Fabrício e Dátolo de fora da área mostram que o time passa por cima das adversidades.
Valeu, Inter. E a torcida colorada presente no Engenhão festejou muito.
O empate não deve esconder os erros da defesa nos três gols dos Flamengo. Tampouco a escalação com três volantes. Mas o poder de reação do time foi contagiante..

Assembleia de jornalistas gaúchos defende piso nacional de R$ 3,7 mil

Os jornalistas gaúchos que participaram na manhã desta sexta, 25, da Assembleia Geral Extraordinária, aprovaram por unanimidade a pauta de negociação a ser apresentada ao Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Rio Grande do Sul e das Empresas de Rádio e Televisão no Estado do Rio Grande do Sul. Em um total de 62 clausulas, os profissionais defenderam a implantação imediata do piso nacional da categoria no valor de R$ 3.732,00, que começa a ser discutido no Congresso Nacional, além de garantir melhor qualidade de vida aos jornalistas. Para quem recebe acima do piso, a assembléia aprovou a reposição do INPC, além do percentual do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano de 2011, equivalente a 2,7%, e um percentual de 15,4% a título de recuperação de perdas inflacionárias dos últimos cinco anos. Entre as cláusulas sociais, destaca a implementação de uma comissão paritária composta por membros dos três sindicatos, para criação de um protocolo de saúde e segurança dos jornalistas gaúchos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, a indicação do piso nacional é um marco da luta dos jornalistas brasileiros em defesa da dignidade profissional da categoria. Ele aponta que a pauta deve ser apresentada até o dia 31 aos presidentes dos dois sindicatos patronais. Como a data base dos jornalistas gaúchos é 1º de junho, Nunes ressalta que todos os profissionais poderão contribuir para garantir a aplicação das reivindicações aprovadas em assembleia, que permanece aberta até o fechamento do Acordo Coletivo.
Hoje tem jogo do colorado na Europa e no Rio. Daqui a pouco, 10h30min, contra a Dinamarca, a seleção brasileira terá Damião e Oscar, além de Sandro e Juan, crias do Beira-Rio. Mais o Giuliano no banco. É jogo decisivo para o Mano Menezes, que está com a corda no pescoço.
À tarde, 18h30min, teremos o jogo contra o Flamengo no Engenhão. O time estará desfalcado e mal escalado pelo treinador. Mas confio no meu Inter!

Teatro da Ospa sai

Festejemos o andamento das obras do Teatro da Ospa, no Parque da Harmonia, em Porto Alegre. Trata-se de um espaço para a cultura que demorou para ser aprovado. Agora vai!

Menos imposto, mais carros

Não vejo com bons olhos a decisão do Governo de reduzir o IPI dos carros. Com isso, mais gente comprará o seu, andará sozinha (um absurdo!), entupirá as ruas e aumentará a poluição. Ah, a cultura do automóvel...
Quem aproveita a situação são os jornais, que estão hoje repletos de anúncios de concessionárias de veículos. A apelo é a medida adotada pelo Governo.

Veto parcial ao Código Florestal agrada pequenos

A manchete do jornal Zero Hora a respeito dos vetos do Governo ao Código Florestal é clara: "Veto irrita grandes e agrada a pequenos." Perfeito. Anistiar desmatadores e não obrigar a recuperação de margens de rios seria absurdo. Foi parcial o veto de Dilma, mas a decisão mostrou que a grande campanha dos brasileiros funcionou. Viva nossas florestas!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Desrespeito aos direitos humanos não pode abrigar-se na liberdade de imprensa

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) torna público seu veemente repúdio à produção e exibição, no programa "Brasil Urgente", da TV Band Bahia, de entrevista que expõe à humilhação um jovem negro detido pela polícia, acusado de assalto e estupro. Programas policialescos, irresponsáveis e sensacionalistas não podem ser tolerados pela sociedade por se travestirem de produções jornalísticas. Na verdade, estes programas ferem os princípios e a ética do Jornalismo e configuram abuso das liberdades de expressão e de imprensa, por violarem os direitos constitucionais da cidadania.

A entrevista “Chororô na Delegacia: acusado de estupro alega inocência”, veiculada no programa "Brasil Urgente", foi feita por Mirella Cunha, que não é jornalista profissional, na 12ª Delegacia de Itapoã. As atitudes da entrevistadora, que em nada segue a técnica e a ética jornalísticas, deixam evidente a intenção de constranger e humilhar o jovem detido. Diante da sua alegação de inocência da acusação de estupro e de sua disposição de submeter-se a exame pericial para comprová-lo, a entrevistadora debocha do jovem por ele não saber o nome do exame que poderia ser feito para compravar sua inocência e dá gargalhadas.

A entrevista ganhou repercussão nacional pelo YouTube, onde foi postada sob o título “Acusado de estupro quer fazer exame de próstata”. A Band, diante da repercussão negativa na rede mundial de computadores, divulgou nota em que anuncia que “a postura da repórter fere o código de ética do jornalismo da emissora". Informações extraoficiais dão conta de que ela foi demitida.

A FENAJ defende, quando couber, a aplicação de medidas disciplinares aos profissionais do Jornalismo. Entretanto, a Federação dos Jornalistas alerta a sociedade brasileira para a necessidade de responsabilização das empresas da mídia, que definem os formatos de seus programas e os impõem aos profissionais e ao público.

Infelizmente, o caso em voga, registrado na Bahia, não se esgota em si. Práticas semelhantes ocorrem cotidianamente na produção pseudojornalística da grande imprensa – principalmente em programas popularescos de cobertura policial transmitidos em rádios e TVs –, ferindo a dignidade humana.

Diante de tamanho desrespeito aos direitos humanos e transgressão aos princípios do Jornalismo e à ética jornalística, cometidos não só pelos profissionais que se sujeitam a tais práticas, como também pelas empresas que as promovem e pelos agentes do Estado que cometem abuso de poder, a FENAJ reivindica do governo da Bahia a apuração dos fatos e das responsabilidades, no âmbito dos órgãos de segurança pública, e do Conselho Estadual de Comunicação medidas para coibir práticas semelhantes, acionando, no que couber, o Ministério Público Estadual e os poderes constituídos.

Brasília, 23 de maio de 2012.

Diretoria da FENAJ

Sofrimento de secador

O futebol é fascinante até para o secador (eu, ontem).
Os dois jogos da Libertadores foram decididos nos minutos finais e gostei de um resultado.
No outro, passou quem eu menos queria.
Coisas do futebol ...

Verdades e mentiras

Quantas verdades já golpeaste?
Quantas mentiras já acolheste?
Verdade de uns, mentira de outros.

Sem trabalho escravo

Por que será que parlamentares da bancada ruralista resistiram tanto à emenda constitucional que estabelece punição para quem ainda pratica o trabalho escravo?
Afinal, quem não o pratica não deve temer nada...

Nuvens sem pingos

Na vida tua de cada dia,
passam nuvens escuras,
temporais que anunciam,
pingos que não caem.

A verdade

No jornalismo, na história e na literatura não existe apenas uma verdade.
Os bons profissionais perseguem múltiplas versões.
A sociedade agradece.

Planícies e alturas

Ando na planície à procura
de um lugar para sentar
e garantir silêncio.
Depois, com certeza,
poderei gritar por liberdade
nas alturas da vida.

Sem amarras

Livrei-me das amarras. Tirei a tala que imobilizava meu braço esquerdo por conta de uma tendinite. Sou canhoto e não conseguia fazer nada com a mão direita. Tortura!
Agora, seguirei outros tratamentos..