segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Domingo na Redenção

Aproveitei o tempo ameno para caminhar no meu quintal. Fui visitar minhas amigas tartarugas, mas nenhum,a botou a cabeça para fora d´água. Não perdi a oportunidade de trazer algumas imagens do Parque da Redenção para vocês. 
Ficaram um pouco escuras, pois o tempo estava nublado e caíram alguns pingos de chuva em alguns momentos. 
Aproveitem!










Domingo sem sol

Domingo chegando
de mansinho vem
o pássaro cantando
e sol escondido.

Bom dia, amig@s!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Justiça!

Os 9 x 0 no STJD ficaram melhor do que os 2 x 1 no Beira-Rio.
Eles não levam todas...

Quero votar

Eu queria votar, mas fui impedido. Ontem, o Conselho Deliberativo do Inter reelegeu, em primeiro turno, o atual presidente.
Cerca de 75 mil associados não terão o direito de escolha no dia 15 de dezembro por causa da famigerada cláusula de barreira que impediu a ida do segundo colocado para o voto direto.
Agora, resta votar na renovação do Conselho, para democratizar mais o meu clube.
Eu queria votar

domingo, 4 de novembro de 2012

Domingo nascendo


Ouço múltiplas vozes,
cantos muitos ouço.
Gente na calçada,
pássaros nos galhos.
É madrugada que vai,
sol que desperta no
meio dos espigões
do domingo nascendo.

Grande Gramsci

Ele morreu há mais de 70 anos. Mas suas sábias palavras são bem atuais...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Nossos índios, nossa vida


Vamos apoiar este movimento. Não queremos mais genocídio de índios neste país.

Mídia parcial


O furacão Sandy, antes de atingir os EUA, passou pelo Caribe atingindo principalmente Cuba e o Haiti, deixando pelo menos 55 mortos, milhares de desabrigados e um rastro de destruição.
O fato não foi noticiado pela mídia, ao contrário das intermináveis reportagens apresentadas sobre a situação em Nova Iorque.
Até quando a mídia será tão parcial
?

Desperto

Maldito despertador
toca na hora errada.
Quando eu precisar,
grite na hora certa.
Agora, te cale!

Sempre

Pense sempre,
sempre fale.
Olhe sempre,
sempre ouça.
Sinta sempre,
sempre toque.
Então, feliz serás...

Te dizer

Quero um dia te dizer
o que meus olhos expressam
e teimas em não entender.

Encontros, reencontros

Pense no dia que te reencontrei.
Era praia, não era temporada,
A areia por onde andamos era lisa,
a água que os pés molhamos fervia.
Serão reencontros assim: quentes
até não evitarmos o doce beijo,
não resistirmos o forte abraço?
Se assim for, não quero encontros.
Buscarei sempre os reencontros.
Parque é melhor que desencontros.

Assado de domingo


No domingo passado, estive em Barra do Ribeiro, minha terra.
Era aniversário da sobrinha Carol, mas aproveitei para botar uma costela na brasa.
Saiu buenaço o assado.

Canto

Ah, meu canto, cantoria.
Quero vê-lo no teu canto
para te provocar encanto.

domingo, 21 de outubro de 2012

Koff bate Odone no Grêmio

Bah, não deu Odone na eleição do Grêmio. Koff é o campeão...

Flu e Galo brigarão pelo título

O Fluminense e o Atlético Mineiro exibiram hoje as razões de ocuparem as melhores posições no Brasileirão. Depois de um primeiro tempo de estudos, com o Galo tendo melhores chances, os times voltaram para a segunda etapa dispostos a lutar pelos espaços e chegar no gol adversário. O resultado - 3 x 2 para os mineiros - foi uma demonstração disso. Agora, o Fluminense não é tão campeão como era, embora ainda tenha uma vantagem de seis pontos. O Atlético vai brigar pelo título nas seis rodadas restantes

Inter: sem revés no fim de semana

Tenho convicção, absoluta certeza, de que meu time não perderá neste fim de semana.
Estou certo de que o Inter tampouco empatará...
Só jogará na quarta-feira.

Abaixo o assassinato de índios



Mais de 500 anos depois da chegada das frotas portuguesas, os índios continuam sendo assassinados por brancos. O objetivo é o mesmo de outrora: terra. Eles colocaram cinco mil cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios para chamar atenção para a situação do seu povo no Brasil: 503 índígenas foram assassinados no país entre 2003 e 2011.

sábado, 20 de outubro de 2012

Mandala da natureza

Esta imagem rendeu bons comentários no Facebook.
Caminhando na vasta mata do sítio Terra e Magia, observei uma nesga de sol entre as árvores.
Preparei a máquina e disparei.
O resultado, surpreendente, é este aí...

A força das águas

Fui na cachoeira Sol da Terra, no sítio Terra e Magia. Só captei esta foto e molhei as canelas. A água gelada não me encorajou a nadar até as quedas.


 Água da cachoeira corre sobre pedras aqui no sítio Terra e Magia. Sólido e líquido mantém a identidade, mesmo que um entre no terreno do outro. Caminho vagarosamente neste espelho e penso: de fato, diferentes se atraem...
 
 

As companhias na mata

Além da natureza, as companhias fazem bem numa trilha. Aqui, com as amigas Emília e Sandra junto a uma figueira exuberante da Mata Atlântica.


Posando no mirante Campo dos Ventos, encravado na Mata Atlântica.



Amigas Sandra, Bebel e Emília se refrescam num córrego no meio da mata...


Eu, Emília e Bebel com cajados na mata. Para equilibrar nas subidas e descidas...
E olha a bromélia ao lado



Imagens rurais

A cabrita exibe carinho no trato com o filhote nascido na quarta-feira...


Nas caminhadas no sítio, encontramos ambientes bucólicos como este...


Imagem da janela... Aqui no Morro da Borússia venta bastante, mas o sol brilha forte e o céu é de brigadeiro. Domingo de trilhar na mata...


Este recanto do sítio Terra e Magia propicia descanso e boas lembranças lá de fora...


A quinta-feira já exibe um céu claro aqui no sítio Terra e Magia. Venta forte no morro, mas nada tira a solidez da guardiã deste espaço. Visitei-a bem cedo...




A bela natureza

Acordei cedo, caminhei alguns metros e desfrutei desta paisagem.

Magias da terra

No dia 11, rumei para o sítio Terra e Magia, no morro da Borússia, em Osório. Mais uma vez, em busca de uma vivência antiestresse e de emagerecimento. Tive belos dias no local. Registro-os por meio de fotos.
No amenhecer do dia 12, o sol apareceu e o vento forte embalou a vegetação exuberante no morro.


O clima era este nos aparece na parede nos dias em que lá fiquei.



Na outra vez, apareceu uma. Era a Jasmin. Depois, veio outra. Chamava-se Maria Clara. Hoje, pela primeira vez, chegaram juntas para o meu lado no Sítio Terra e Magia. E ficaram...

Ao acordar hoje, abri a janela de meu quarto no sítio Terra e Magia, no Morro da Borússia, e fui brindado com este paredão verde. Os galos cantavam, gansos e patos agitavam e dezenas de pássaros entoavam cânticos que pareciam sinfonia. Ah, o cheiro desta natureza contagia...

Beleza vermelha na trilha da mata...




O mugido da vaca


Era noite de domingo no sítio Terra e Magia, no Morro da Borússia. Os hóspedes que tinham ficado no local conversavam animadamente ao redor do fogão de lenha da cozinha, mas já sinalizavam que o dia fora corrido. Uns começavam a bocejar, outros caminhavam, tentavam esconder o sono. Chegou a hora em que não deu mais e todos rumaram para seus quartos. A noite prometia: seria agradável e propícia para belos sonhos.
Nem bem deitaram, perceberam que sonho viria sob forma de pesadelo. Uma vaca leiteira, de raça mista, se aboletou entre o Espaço Fênix (casa principal) e o templo redondo destinado a atividades físicas e mentais. Chegou devagar e deu o primeiro mugido, mais parecido com um choro. Veio o segundo, o terceiro e não parava mais. Cada mugido rompia as grossas paredes rústicas e se instalava nos ouvidos de cada um. Ninguém dormiu até que os gritos da vaca ficaram distantes. Passavam duas horas da meia-noite.
Pela manhã, na hora do café, Sônia, a dona do espaço, comentou que já estava acostumada com os mugidos noturnos, que surgiam quando a fêmea estava no cio. O casal hospedado no aposento junto ao templo chegou, explicando o sumiço dos sons bovinos. Sabedores de que precisavam fazer alguma coisa, sob pena de não dormir, Emílio e Andréa abriram uma cancela e viram a vaca sair em disparada descomunal em direção à mata. Riva, funcionário faz-tudo no sítio, chegou, trazendo nova surpresa: a vaca estava de volta e acompanhada. Em plena madrugada, avançara uma propriedade vizinha e trouxera de arrasto um touro da raça nelore. Um animal que lhe dobrava o tamanho. Pela manhã, estavam calmos no potreiro. Só não permitiam qualquer aproximação. “Minha vaquinha ficou delgada perto deste macho”, brincou a proprietária.
À tarde, tudo parecia normal no sítio. Isso até até a vaca se cansar do parceiro, que passou a andar a esmo. “Jorgeeeeeeee, olha o touro!, gritou Sônia, dando de cara com o enorme animal no janelão de vidro da cozinha. Foi uma gritaria danada de funcionários e hóspedes para espantar o macho, que seguiu procurando a fêmea. Até desistir e sumir na mata. No outro dia, pastava com outros bovinos em seu território. Representava o fim de uma aventura que só acontece com quem ruma para os prazeres do interior e desfruta da companhia de animais tão ou mais sensíveis que os humanos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A força das ideias de um revolucionário

Faz 46 anos que Ernesto Che Guevara foi executado nas selvas da Bolívia. As imagens e, especialmente, ideais e ideias do médico revolucionário continuam vivas. 

 Algumas de suas frases:
- "O verdadeiro revolucionário é movido por grandes sentimentos de amor."
- "Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura."
- "A reforma agrária radical é a única forma de dar a terra ao camponês."
- "A revolução acontence através do homem, mas o homem tem de forjar, dia a dia, o seu espírito revolucionário."
- "A argila principal de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber idéias para moldar o futuro."

Cutucão nas redações

A ombudsman da Folha, Susana Singer, faz os elogios de praxe ao veículo, mas toca em muitas feridas de uma redação jornalística hoje. O seu texto vale para o diário paulista ou para qualquer jornal do Brasil. Vejamos algumas constatações preciosas delas:

"O que esse monte de teses de vida curta mostra é que falta reportagem. As pesquisas ganharam tanta importância na cobertura eleitoral que "dispensaram" os jornalistas de correr a cidade, ouvir eleitores e tentar captar mudanças de humor."


"Quanto mais se afasta do centro da cidade, mais evidente fica a fragilidade da reportagem. A Folha não entende e não conhece a periferia de São Paulo, que responde por 40% dos votos. Talvez seja um reflexo da própria Redação, formada majoritariamente por brancos (e brancas), de alta escolaridade, que vivem no cinturão privilegiado de São Paulo - composição que se repete nas grandes redações."


Perfeito! Só precisa colocar em prática..
.
Sorry, periferia

Susana Singer*

O que prometia ser uma cobertura sem emoção, com o veterano José Serra confortavelmente à frente dos concorrentes, acabou se mostrando um grande desafio. A primeira fase da corrida eleitoral em São Paulo termina hoje sem que tenha ficado claro o que motivou o sobe-desce dos candidatos.
A cada reviravolta nas pesquisas, surgia uma nova teoria. Celso Russomanno se desidrataria quando começasse o horário eleitoral gratuito na televisão, já que tinha bem menos tempo que o PT e o PSDB. Não aconteceu.
A rejeição a Serra era condenatória porque traduzia o descontentamento com a gestão de Kassab na prefeitura. Nas últimas semanas, o tucano recuperou vários pontos.
O crescimento de Fernando Haddad estava lento, muito inferior ao desempenho dos candidatos petistas do passado. Agora, ele tem chance de passar para o segundo turno.
Uma vez na liderança, Russomanno era explicado como representante do novo consumidor da classe C. Sem que nenhum escândalo surgisse, despencou dez pontos.
O que esse monte de teses de vida curta mostra é que falta reportagem. As pesquisas ganharam tanta importância na cobertura eleitoral que "dispensaram" os jornalistas de correr a cidade, ouvir eleitores e tentar captar mudanças de humor.
A forte rejeição a Kassab, que pode ter contaminado Serra, surpreendeu a todos. Por que a população está tão insatisfeita? Para entender isso, a Folha oferece mais pesquisa, numa série de seis cadernos, chamados de "DNA paulistano". É um levantamento rico, cheio de dados de cada região da cidade, mas não ajuda a entender o macro.
Para medir a influência da religião, do mensalão, do Lula, da Dilma, dá-lhe pesquisa. É verdade que nem um exército de repórteres conseguiria ouvir tanta gente a ponto de concluir algo estatisticamente relevante. Só que a frieza dos índices não é suficiente.
A queda de Russomanno, por exemplo, pode estar ligada à sua proposta para a tarifa de ônibus (cobrar proporcionalmente ao trecho percorrido). Quando isso foi divulgado, a Folha deu pouco destaque, sem se dar conta de que esse é um tema sensível aos mais pobres.
Quanto mais se afasta do centro da cidade, mais evidente fica a fragilidade da reportagem. A Folha não entende e não conhece a periferia de São Paulo, que responde por 40% dos votos. Talvez seja um reflexo da própria Redação, formada majoritariamente por brancos (e brancas), de alta escolaridade, que vivem no cinturão privilegiado de São Paulo -composição que se repete nas grandes redações.
O sucesso de um artigo publicado em julho no "Tendências/Debates" mostra o tamanho do buraco a ser preenchido (http://migre.me/b1mRc). Leandro Machado, que contribui para o site "Mural", descreveu, em primeira pessoa, o que é ser da nova classe C. "Sou ex-pobre. Todos querem me vender geladeira agora. O trem ainda quebra todo dia, o bairro alaga. Mas na TV até trocaram um jornalista para me agradar", contou.
Para entender o que está acontecendo na cidade e decifrar o que dizem os números das pesquisas, é preciso dar voz à periferia.
BEM NA FOTO
O trabalho dos fotógrafos na campanha eleitoral está difícil. Os candidatos não se expõem, nem nos passeios de rua. Os assessores chegam primeiro, mantêm à distância os inconvenientes e apressam o passo se acham que o cenário renderá uma foto duvidosa.
Até os incidentes têm razão de existir. Serra caiu de um skate e perdeu o sapato ao chutar uma bola, porque precisava mostrar jovialidade. Russomanno aderiu às carreatas, que rendem sempre a foto de um aceno de longe.
Com tanta limitação, nenhum veículo se destacou. Do primeiro turno, as imagens que ficaram na memória são o encontro petista-malufista, o beijo inesperado em Serra e Russomanno provando uva, na mesma semana em que circulou um vídeo antigo no qual ele apalpava uma modelo fantasiada com a fruta.

sábado, 6 de outubro de 2012

Sem comentário

Não farei qualquer comentário sobre o jogo do Inter, o rei dos empates. Seria repetitivo...

Inteligência política

Tenho convicção em todas as minhas ações e não sou sou de fugir da raia em momentos difíceis. No Facebook, fui obrigado a deletar os comentários agressivos de uma pessoa em relação à minha preferência na eleição de amanhã. Ela disse que pensava que eu fosse inteligente e que jornalista tem que ter espírito crítico, coisa que eu não teria. Quem me conhece sabe que sempre fui profissional no meu trabalho, mas nunca me dobrei aos ditames de qualquer empresa. Não preciso rezar a cartilha do grupo para realizar um bom trabalho profissional. Tenho vida própria fora, sou político na essência. Poderia deixar os comentários, que seriam rebatidos pelas pessoas que me conhecem. Mas ia gerar uma animosidade desnecessária. Ah, eu considero ela inteligente, apesar da posição política diferente da minha.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

História escrita por historiador

Pronto! Jornalista por formação e bacharelando em História, já identifico as diferenças entre um livro histórico produzido por um historiador e outro escrito por um jornalista. Um abismo!

As prioridades da segurança


As prioridades estão invertidas em Porto Alegre. 
Mais de 20 soldados da BM, viaturas e motos protegem um boneco inflável no centro de Porto Alegre. 
Você, cidadão, já teve um proteção igual?

O trabalho do jornalista vale mais. Proposta patronal rejeitada

Os jornalistas que participaram da reunião da categoria na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira, 4 de outubro, rejeitaram a proposta de piso de R$ 1.685 e R$ 1.420 para Capital e Interior, respectivamente, apresentada pelos sindicatos patronais. Segundo os participantes, os
valores estão aquém das responsabilidades e da atuação dos profissionais gaúchos. Com a palavra de ordem 'O trabalho do jornalista vale mais', a maioria dos jornalistas que compareceu no encontro entendeu que os veículos de Comunicação têm capacidade financeira para garantir um piso único de R$ 1.750.
Além de rejeitar o que foi apresentado pelos prepostos dos donos da mídia, os trabalhadores querem iniciar uma mobilização junto à sociedade, para mostrar o descaso com a profissão. "Na reunião, lembrávamos que a sociedade não tem acesso às informações da categoria porque estas são sonegadas pelos veículos", comenta o presidente do SINDJORS, José Maria Rodrigues Nunes. De acordo com os jornalistas, o primeiro passo é mostrar a insatisfação através de depoimentos e o uso das redes sociais. Não está descartada a judicialização do acordo coletivo. "Vamos repassar o conteúdo da reunião ao nosso Departamento Jurídico, para análise", explica Nunes.

TVE indenizará jornalista por restrição à liberdade profissional


Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), uma jornalista da Fundação Cultural Piratini, que atuava na TVE, será indenizada em R$ 10 mil por danos morais. No entendimento dos ministros, ficou comprovada a ocorrência de cerceamento da liberdade profissional por parte da fundação. O fato que deu origem à ação aconteceu em 2008, quando a jornalista Elisabete Lacerda, segundo o processo, foi afastada do jornalismo político e teve a presença proibida no Palácio Piratini, após produzir matéria sobre a saída da secretária Mercedes Rodrigues da Secretaria de Transparência do Estado, após três meses no cargo. A decisão unânime foi registrada no site do TST.
Conforme a jornalista, com a reportagem sobre a troca de secretários pronta, ela foi informada que a matéria não seria veiculada. Ao ser questionado sobre os fatos à época, Ricardo Azeredo, então presidente da fundação, afirmou que o afastamento ocorreu após análise de “padrão técnico para trabalhar na reportagem política”. A jornalista possuía mais de 15 anos de experiência na área, era concursada e especializada em televisão pela Universidad de Alicante, na Espanha, e formada em Documentários para televisão pela Universty of London e Westminster University, ambas no Reino Unido.
 O tribunal regional considerou que a prova testemunhal provou o dano causado à dignidade profissional da jornalista, caracterizado através da entrevista do então presidente, entendimento que foi confirmado pelo TST. Em 2009, o caso resultou em advertência do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado aos dirigentes da emissora pública.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ainda os 70 anos do Sindicato


Mais informações da janta-baile dos 70 anos de fundação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul no último sábado. Mais de 300 pessoas estiveram no Clube do Comércio, no Centro de Porto Alegre, para jantar, reencontrar colegas e dançar ao som da banda Ego Mecanóide. O ponto alto da noite foi a entrega de medalha a jornalistas, como reconhecimento por sua contribuição à socie
dade brasileira e gaúcha.
A lista inclui o chargista Bier, o editor de Opinião de Zero Hora, Moisés Mendes, o repórter de ZH Nilson Mariano, Ayrton Kanitz, ex-integrante do Conselho de Ética do SINDJORS, o fotógrafo Valdir Friolin, Wanderley Soares, colunista de O Sul, Rafael Guimaraens, editor do Coojornal, José Bicca Larré, cronista do Diário de Santa Maria, Pedro Valério, colunista do Agora, de Rio Grande, Christa Berger, profesora da Unisinos, Elmar Bones, diretor do Já, Enir Grigol, diretora de Comunicação da Fiergs, Renato Dorneles, ex-presidente do Sindicato, Waldir Antonnio Heck, fundador do Jornal da Produção e O Interior, Lucídio Castelo Branco, ex-presidente da Fenaj, José Antonio Dios Vieira da Cunha, diretor de Coletiva.net, Luiz Cláudio Cunha, repórter do caso 'o sequestro dos uruguaios', Ciro Fabres Neto, editor de Opinião do Pioneiro, o cartunista Santiago, Jurema Josefa, chefe de reportagem do Correio do Povo, e Marques Leonan, professor da Famecos.
Na foto, além dos homenageados, estão membros da atual Diretoria e ex-presidentes da entidade. Eu, orgulhosamente, me incluo.
Foto: Wesley Santos/PressDigital
Informações adicionais no site do Sindicato: http://jornalistas-rs.org.br/?pagina=noticia-ler&id=1110

terça-feira, 2 de outubro de 2012

De que lado ficará o STF?

Ao longo da história, o Supremo Tribunal Federal, além de bons serviços, prestou-se também a várias ignominias, chancelando a violação de paradigmas constitucionais.

Breno Altman *

 
O presidente do STF em 1964, Álvaro Moutinho
da Costa, foi à posse de Ranieri Mazzilli na noite do golpe militar, quando o presidente João Goulart ainda se encontrava em território nacional. A corte responsável pela guarda da Carta Magna fazia-se avalista de sua ruptura.

Outra afronta ocorrera quando o Tribunal Superior Eleitoral, em maio de 1947, cancelou o registro do Partido Comunista. Aceitou alegação de que se tratava de organização comandada por potência estrangeira, a União Soviética. O STF indeferiu recurso e afiançou a degola. Deixou-se levar pela mesma intolerância ideológica com a qual refutou habeas corpus contra a extradição de Olga Benário Prestes, em 1936, para ser assassinada na Alemanha de Hitler.

Novamente assistimos, no curso da ação penal 470, publicamente tratada como "mensalão", poderosa tendência a um julgamento de exceção, em pleno regime democrático.

Os monopólios da comunicação exercem pressão para que a corte endosse sua versão e condene a qualquer custo. Mais que preocupação eleitoral imediata, a batalha se trava para legitimar a velha mídia, verdadeiro partido das elites, como senhora da opinião pública, além de impor gravame ético ao PT e ao governo Lula.

Apesar da resistência de alguns juízes, vem à baila comportamento que remonta a práticas inquisitoriais. Jurisprudências estão sendo alteradas por novas interpretações. Magistrados que absolveram o ex-presidente Fernando Collor da denúncia de corrupção passiva, inexistindo ato de ofício, agora apregoam que essa já não é exigência seminal.

Fala-se abertamente em "flexibilização de provas", eufemismo para que condenações possam ser emitidas a despeito da materialidade dos fatos, ampliando de forma quase ilimitada a subjetividade de opinião dos que têm o dever de julgar.

Também apela-se à tese de "domínio funcional do fato". Por esse conceito, pode-se condenar sem provas cabais de autoria, bastando que o cargo do réu, mais evidências latu sensu, corrobore ilação de responsabilidade, na prática eliminando a presunção de inocência.

Essa novidade suscita curiosa comparação. Nos idos de 1933, em Berlim, foi incendiada a sede do parlamento alemão, o Reichstag. Os nazistas, no poder, prontamente acusaram os comunistas. A polícia prendeu o holandês Marinus Van Der Lubbe e três búlgaros pertencentes aos quadros da Internacional Comunista. Entre eles, Georgi Dimitrov, um dos dirigentes máximos da organização.

Os réus foram julgados por uma das câmaras criminais da Suprema Corte, localizada em Leipzig e presidida pelo juiz Wilhelm Bürger. Apenas Van Der Lubbe acabou condenado, à pena de morte.

Apesar de estar convencido de que se tratava de conspiração comunista e da função de Dimitrov, o magistrado considerou que não havia prova contundente que o ligasse, ou a qualquer de seus companheiros, salvo o holandês, à execução do delito concreto.

O processo de Leipzig, embora outras as circunstâncias, impôs fronteira doutrinária para os direitos constitucionais. O STF, ao decidir sobre a ação penal 470, escolherá o lado no qual deseja escrever esse capítulo de sua conturbada história.

* BRENO ALTMAN, 50, é jornalista e diretor editorial do site "Opera Mundi" e da revista "Samuel"

Sindicato convoca categoria para reunião nesta quinta-feira

Em face da intransigência dos patrões e da não aceitação da proposta apresentada pela categoria, a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul convoca todos os profissionais para nova reunião de negociação. O encontro está marcado para as 13h desta quinta-feira, 4 de outubro, na sede da entidade. O objetivo será avaliar os índices propostos de R$ 1.685 e R$ 1.420 para piso na Capital e Interior, respectivamente. Com validade de um ano, representa 1% e 1,6% de ganho real.
Destacando que a proposta afronta a categoria e rebaixa o Jornalismo gaúcho, o presidente da entidade, José Nunes, aponta a falta de vontade do patronato em negociar. "É importante informar à categoria que os prepostos das empresas rejeitam inclusive qualquer tipo de aumento fora do piso. Para eles, quem ganha um pouco mais deve ter seus salários rebaixados", comenta. A partir da reunião desta quinta-feira, a direção do SINDJORS quer iniciar o planejamento e organizar um calendário de lutas futuras.

Esses presidentes

Muitas vezes, dá uma vontade de brincar com os gremistas, pedindo: "fica Odone". 
Mas posso dar um tiro no pé, pois levarei como réplica um "fica Luigi".
Não tem solução

Vizinhança


Vivo rodeado de animais, embora em meu apartamento só vivam pessoas e plantas. O som me aproxima dos pássaros que cantam no raiar do dia. Estão aninhados nas árvores que me cercam. Dos apartamentos vizinhos, ouço o latido dos cães insatisfeitos com a saída dos donos. Ficaram presos e não devem gostar. Não raras vezes, ouço o barulho de animais nas calçadas agredindo um semelhante. São animais-homens movidos pelo álcool e, por isso, batendo numa mulher acuada. Destes, prefiro o canto dos pássaros, sonoros ao acordar. Não soam mal aos meus ouvidos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Os pingos da chuva

Que bom acordar no primeiro dia de outubro ouvindo os constantes pingos da chuva caírem nos telhados.
Pode ser ruim para quem cedo vai trabalhar, mas é uma sonora melodia aos ouvidos de quem pode ficar mais tempo na cama.
É também uma benesse para nossos campos onde alimentos brotam.
Bom dia, amigos e amigas!

História está de luto. Morre Eric Hobsbawm


Morreu um dos escritores que conduziram minhas leituras antes e mais agora, que faço História. Eric Hobsbawm era e continuará imprescindível.


 

Fonte: Terra
Foto: Eric Hobsbawm, em foto de 1976; o historiador escreveu obras consideradas definitivas sobre a história moderna
Crédito: Getty Images


Um dos maiores historiadores do século XX e famoso marxista, Eric Hobsbawm morreu nesta segunda-feira em Londres, aos 95 anos, segundo um comunicado da família divulgado pelo jornal britânico The Guardian. Hobsbawm morreu no começo da manhã nesta segunda-feira no hospital Royal Free de Londres, onde estava internado.
"Ele morreu de pneumonia nas primeiras horas da manhã em Londres", afirmou a filha do historiador, Julia Hobsbawm. "Ele fará falta não apenas para sua esposa há 50 anos, Marlene, e seus três filhos, sete netos e um bisneto, mas também por seus milhares de leitores e estudantes ao redor do mundo".
Hobsbawm é autor de quatro volumes considerados definitivos sobre a história dos séculos XIX e XX, abordando a trajetória europeia da Revolução Francesa à queda da União Soviética, entre outras obras.

Sua análise começa com a publicação de Era das Revoluções, que abrange o período de 1789 a 1848. Na sequência vêm A Era do Capital (1848-1875) e A Era dos Impérios (1875-1914). As três obras abrangem o que ele denominou "o longo século XIX".

Em 1994 ele publicou A Era dos Extremos, obra que abrange o período subsequente à Revolução Russa de 1917 e que vai até queda do regime soviético, em 1991. O livro sobre o "breve século XX" foi traduzido para quase 40 línguas e recebeu muitos prêmios internacionais. O historiador Niall Ferguson, colega de Hobsbawm, classificou a obra como "o melhor ponto para qualquer um que queira começar a estudar história moderna.
Em suas obras, Hobsbawm defendeu o poder das ideias de Karl Marx para analisar o mundo comtemporâneo. Seu compromisso com os princípios comunistas o converteram em uma figura controversa, especialmente por sua filiação ao Partido Comunista britânico - que continuou mesmo depois da invasão soviética na Hungria, em 1956.
Anos depois, ele disse que "nunca tentou diminuir o que aconteceu na Rússia", mas que acreditou, durante os primeiros anos de comunismo, que "um novo mundo estava nascendo em meio a sangue, lágrimas e horror: revolução, guerra civil fome. Obrigado ao Ocidente, nós tínhamos a ilusão de que mesmo este brutal sistema iria funcionar melhor do que o Ocidente. Era isso ou nada".
O historiador nasceu em uma família judia em Alexandria, no Egito, em 1917, e cresceu em Viena e Berlim antes de se mudar para Londres em 1933, ano em que Hitler subiu ao poder na Alemanha. Sua trajetória acadêmica começou em Marylebone, passando por Kings College, Cambridge até se tornar professor na Universidade de Birkbeck em 1947, o começo de uma parceria que culminou na reitoria da instituição. Também foi professor convidado na Universidade de Stanford, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e na Universidade Do Poema de Cornel.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Do Poema de Cornel.

Foto: Eric Hobsbawm, em foto de 1976; o historiador escreveu obras consideradas definitivas sobre a história moderna
Crédito: Getty Images

domingo, 30 de setembro de 2012

Reencontro nos 70 anos do Sindicato

O bom de tudo é o reencontro. É impagável podermos abraçar forte quem não víamos há muito tempo. Melhor ainda é conversar e até bailar. Aconteceu de tudo ontem e nesta madrugada na festa dos 70 anos do Sindicato dos Jornalistas do RS. Um sucesso! Falamos tanto que até os ausentes foram lembrados. Para o bem, frise-se. Publico fotos clicadas pela colegas Carla Seabra.


Com Marques Leonam, José Nunes, Enir Grigol. Carla Seabra e Márcia Martins


Com Santa Irene Lopes e Márcia Martins

Jornalistas homenageados e ex-presidentes ensaiam pose para fotógrafos

sábado, 29 de setembro de 2012

Vamos, Inter


Daqui a pouco, o colorado vai mostrar se tem bala na agulha contra o Cruzeiro.
Eu acredito. Vamos, Inter!!

Choro pelas crianças

Não esqueçamos: hoje, morreram de fome milhares de crianças em todos os cantos do mundo.
Também merecem o nosso choro.

O efeito das pesquisas

O enredo não muda. A cada eleição, as pesquisas encomendadas pelos veículos inflam uma candidatura, induzindo a possibilidade de decisão no primeiro turno. Tem gente que vai na onda. Depois, na véspera do pleito, fazem um ajuste. O argumento é que a militância de outra - ou outras candidaturas - acordou. E dá segundo turno.

Ana

Ana, te amo.
Ou será meu amo,
que movido por
sentimento menor,
te ama, Ana?

Vai e volta

Cansa o vai e volta.
Melhor é quem fica
sem retorno prever.

Ah, os ventos

Ventos uivantes
passam dilacerantes.
Levas tristezas,
trazes esperança
de dias andantes.

Na madrugada

É madrugada de uma noite agradável. Acordei e os olhos não querem fechar mais. Aí me deu uma saudade desde doce vício que abandonei por alguns dias por conta de estudos intensivos. Ainda tenho uma prova hoje à tarde e preciso revisar conteúdos.
Assim, esta visita aqui tem o objetivo de mandar um abraço forte em tod@s, desejando-lhes uma ótima sexta-feira. Até mais!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Oportunismo político

Os partidos políticos teimam em apresentar aos eleitores candidatos a vereador identificados com apenas uma causa e não como um todo. Ontem, no Beira-Rio, me vi rodeado de cabos eleitorais de ex-jogadores como Fabiano, Jair (apresentado como príncipe Jajá) e Canhotinho (não é do meu tempo). Até o popular personagem Fanático (vai aos jogos com pintura extravagante) é candidato.Tinha um com um banner em que o ex-presidente colorado Fernando Carvalho o indicava. Não cola comigo. Sou partidário e voto em candidatos identificados com toda a cidade, que tenham conteúdo e projeto. Os citados até podem fazer um bom papel se eleitos, mas não é esta a regra.

domingo, 23 de setembro de 2012

Vencendo o Bahia e o vento gelado


O vento gelado que vinha do Guaíba foi compensado com a vitória quente do Inter no Beira-Rio. Não foi uma atuação de luxo, mas mostrou um colorado comprometido desde o início, sob a batuta do garoto Fred, que fez o primeiro gol. Forlán (de cabeça) e Damião (golaço de fora da área) completaram. Lamento o gol sofrido no final, mostrando uma deficiência crônica do Inter. Agora, vamos em busca de seis pontos fora de casa. Vamos, Inter.

Necessário debate sobre o Jornalismo

O jornalismo e a reportagem estão mortos? Esta foi a pergunta que marcou o debate “Tempo de reportagem e o papel do jornalismo”, ocorrido na última quinta-feira (20), no Barão de Itararé, em São Paulo. Audálio Dantas, jornalista e escritor; Ricardo Kotscho, jornalista da TV Record e autor do blog Balaio do Kotscho; e Natalia Vianna, da Agência Pública.

Por: Felipe Bianchi, no sítio do Barão de Itararé

Eles discutiram a influência da Internet, a crise da mídia tradicional e o esvaziamento político da profissão no Brasil.Na opinião de Audálio Dantas, os veículos independentes exercem um papel fundamental no jornalismo atual. “ A mídia alternativa tem uma função parecida com a que veículos como Opinião, Movimento, entre outros, tinham durante a ditadura, ainda que estejamos em um período de democracia”, diz. No entanto, Dantas ressalta que a realidade democrática ainda não é a ideal: “Às vezes esquecemos que rádios comunitárias são discriminadas descaradamente, por exemplo. A sociedade tem que dispor de instrumentos para que trate de defender seus interesses, que é o direito à comunicação”.
Audálio Dantas, hoje aos 80 anos e membro do Conselho Consultivo do Barão de Itararé, presidiu o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo durante a ditadura militar e também foi deputado federal. “Havia uma luta cerrada, pela qual dediquei meio mandato parlamentar meu, contra a concessão de canais de televisão e rádio a parlamentares ou seus laranjas. São concessões públicas, de propriedade do Estado, usadas indevidamente não só por políticos e seus interesses paroquiais, mas também usadas indevidamente por grandes grupos de comunicação”.
Ricardo Kotscho, que também exerceu a profissão de jornalista sob a vigilância dos censores da ditadura militar, afirma: “Se a reportagem está morrendo eu não sei, mas nós continuamos vivos, porque nos fazemos esta pergunta a mais de 30 anos”. O jornalista destaca a importância da questão do controle da informação pelos donos de grandes veículos no Brasil, afirmando que “o tema é fundamental para a democracia no país. No entanto, Kotscho dispara contra a apatia que aflige as redações nos dias de hoje.
“Apesar de vivermos em um período democrático, eu acho que o controle da informação é maior hoje do que no tempo da censura. Quando eu trabalhava em uma grande redação, durante a ditadura, nós, jovens repórteres, tínhamos plena autonomia para elaborarmos pautas, escrever e editar. Hoje, não há liberdade de pauta, nem liberdade para escrever ou editar. Essa é a grande contradição que eu vejo no jornalismo atualmente”, diz.
Além de elogiar a carreira de Audálio Dantas e seu livro Tempo de reportagem – lançado oficialmente durante o debate –, Kotscho destacou que já não vemos muito mais reportagens como as feitas por Dantas. Ele lembra que a classe jornalística tem sua parcela de culpa: “Quando os censores saíram das redações, parece que os jornalistas deixaram de lutar e de enfrentar a situação. Tem que haver luta nas redações, que não pode se esvaziar”.
O jornalismo após a Internet
Parte de uma nova geração de jornalistas, Natalia Viana garante que a crise é da indústria da comunicação e não do jornalismo. “Nunca estive em uma grande redação, mas ao longo de 12 anos consegui fazer reportagens que tiveram repercussão e foram consideradas boas por muita gente. Por que isso? Porque o mercado está em uma crise profunda, em grande parte alavancada pela Internet”, diz.
De acordo com ela, vivemos um momento de renovação do jornalismo: “A indústria está em crise eu não tenho a menor dó dela. Isto possibilidade outras formas de se fazer jornalismo crítico. A morte da mídia tradicional e dos jornais impressos não significam a morte do jornalismo, pelo contrário”. Em sua avaliação, devemos buscar novas formas de fazer, organizar, experimentar, financiar e difundir a reportagem. “É isso que fazemos na Agência Pública e que vem pipocando no Brasil e no mundo”, diz.
O problema, para ela, é que os grandes veículos não querem abrir mão de seu poder, mas o caso Pinheirinho, diz, é um exemplo de como o cenário mudou. “A mídia alternativa vem sendo referência do que é informação, como no caso do Pinheirinho. O caso marcou um momento importante para o jornalismo. Já houveram muitas desocupações violentas como a do Pinheirinho, mas isso nunca havia chegado no Jornal Nacional e nas capas do Estadão e da Folha. A cobertura consistente dos veículos independentes e de cidadãos que estavam no local forçou que o assunto não fosse ignorado”.
Democratização da comunicação
Audálio Dantas aproveitou a ocasião para falar sobre a importância da criação de um novo marco regulatório para as comunicações. Ele apontou a grande concentração dos meios de comunicação como um dos maiores problemas para a democracia brasileira. “Sempre houve uma oposição muito grande dos donos dos meios de comunicação em relação a este tema, que é um dos principais problemas que cerceia a liberdade de expressão no país. Essa concentração provoca a defesa de interesses de grupos e não do interesse público”, diz.
O jornalista também critica a apropriação da bandeira da liberdade expressão pelos grandes conglomerados do setor: “A liberdade de imprensa é um escudo que os empresários usam toda vez que se ameaça o enorme poder dos grandes veículos. Na verdade, deviam chamar liberdade de empresa”.
Kotscho endossou a necessidade de democratizar a comunicação, ressaltando a partidarização da grande mídia brasileira. “A liberdade de imprensa é um negócio para meia dúzia de famílias que controlam veículos de comunicação e, pior que isso, estes meios transformaram-se em verdadeiros partidos”.
Audálio lança livro
Audálio Dantas, cujas reportagens já receberam diversos prêmios ao longo de sua carreira, aproveitou a ocasião para lançar oficialmente seu livro Tempo de reportagem (Editora LeYa). A obra compila diversas reportagens escritas pelo jornalista, incluindo matérias que ainda não haviam sido publicadas em livros anteriores. Além da íntegra das reportagens, Dantas conta a história de cada uma das matérias – como foi feita, quais eram as expectativas sobre os acontecimentos e os resultados da publicação.

Dias

Um dia
Dia outro
Nenhum dia
Encanto
Paixão
Desencanto

Nenhum dia

Dia outro
Um dia
Desencanto
Paíxão

Encanto

Ame

Ame
m
e

muito
u
i
t
o

sem
e
m

limite
i
m
i
t
e

Longe

Estavas longe quando mais perto cheguei.

Não houve amor

Minha letra, quem diria, um dia te encantou.
Minhas ideias, pense bem, te abriram a boca.
Meus olhos, veja só, sempre te perturbaram.
Meu coração, por ti pulsando, não foi escutado.
Houve encanto, admiração. Só não houve amor.

Meu olhar

Pensas que te esqueci,
que te atirei num canto.
Entenda que meu recuo,
sem sentido no infinito
do teu pensamento só,
ganhará recanto em nó.
Terá que acontecer lá,
somente lá, no lugar
onde um dia te encantei
com um canto sem verso,

sem rima e embalo.
Mas terno pelo olhar
meu nos olhos teus.