domingo, 2 de setembro de 2007

Mundo insano, justiça branda

Tive coragem de ler apenas a manchete no Terra:

Criança é violentada e morta a pedradas em Minas

É um absurdo que isso continue acontecendo.
Um sujeito que comete tal barbaridade com uma inocente não merece conviver com a sociedade. Seu destino deveria ser o mofo de uma cadeia. Mas a lei penal brasileira prevê um máximo de 30 anos, com possibilidade de redução.
É triste!

sábado, 1 de setembro de 2007

Denúncia de mensalão tucano sai até dia 10

Relatório da Polícia Federal sobre o mensalão do PSDB é devastador, atingindo 70 personalidades políticas e empresariais Até o dia 10 de setembro. Esta é a previsão da Procuradoria da República para apresentação da denúncia contra o senador mineiro Eduardo Azeredo.
Aos que tiveram acesso ao relatório da Polícia Federal (PF), ficou uma impressão de que se trata, talvez, da mais perfeita investigação realizada nos últimos 20 anos no país. As conclusões são baseadas em uma farta documentação e depoimentos que comprovam a efetiva utilização, em 1998, de uma enorme quantidade de dinheiro público a financiar a campanha eleitoral de Azeredo.
A cautela excessiva adotada, neste procedimento, pela Procuradoria da República é fruto do amadurecimento das relações com a Polícia Federal, que teria pedido ao procurador para não apresentar a denúncia no Supremo antes da conclusão do relatório do inquérito.
Quase a totalidade do primeiro escalão do governo de Azeredo está envolvida e será denunciada. A famosa lista de Cláudio Mourão foi tremendamente investigada, comprovando a veracidade da mesma. Se confirmado, o prazo previsto para apresentação da denúncia pela Procuradoria da República, que servirá de base para representação do PSOL no Senado, é bem possível que o julgamento de Azeredo saia antes ou, no máximo, junto com a do presidente da Casa, Renan Calheiros. Nos últimos dias ainda foi tentado uma manobra política para evitar a apresentação da denúncia pelo ministro Walfrido dos Mares Guia. Porém, a mesma, foi afastada, diante da determinação de membros da Polícia Federal e da Procuradoria da República.
Se a lista do Cláudio Mourão foi realmente "tremendamente investigada" o procurador terá que denunciar o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que consta como recebedor de R$ 110.000 em 1998. Será que ele terá coragem? Como será que reagirão os formadores da opinião tucana?

Mônica (ex-Renan) continua vestida

A Playboy que chega às bancas nos próximos dias não terá a ex-amante do presidente do Senado Renan Calheiros na capa. O ensaio sensual será de outra ex. A ex-namoradinha de Supla na Casa dos Artistas, a atriz Bárbara Paz. A justificativa da editora Abril é que o ensaio de Mônica Veloso não ficou pronto a tempo para a edição deste mês. O Blog do Rovai, porém, tem informações confiáveis de que a alegação é falsa e de que a revista estava diagramada com as fotos da ex-Renan. Com o crescimento das assinaturas para a criação da CPI da Abril-Telefônica no Congresso um dos advogados da empresa dos Civita alertou que a publicação das fotos nuas da principal testemunha do caso Renan numa revista do grupo poderia trazer prejuízos ao processo. Afinal, a empresa dos Civita estaria contratando e pagando caro por um trabalho dessa testemunha. Civita teria ordenado pessoalmente a suspensão da publicação das fotos da moça. Foi nessa hora que o ensaio de Bárbara Paz, que estava engavetado, foi editado às pressas para ser o destaque do mês. E se o leitor está ansioso para ver as fotos da moça de Brasília, há quem diga que este é que vai esquentar as gavetas da redação. Enquanto o caso Renan não for resolvido e a ameaça de CPI da Abril-Telefônica não desaparecer Mônica Veloso ficaria, inclusive, sem receber o cachê. Com a palavra a Editora Abril."

O Rovai fica aqui:

http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/texto_blog.asp?id_artigo=885

Emater: demissões atingem área técnica

Informação publicada na sexta-feira (31 de agosto) no blog do deputado Elvino Bohn Gass (PT) confirma que as demissões na Emater atingem a área técnica, que abriga aqueles servidores que prestam atendimento de extensão rural aos agricultores. E que boa parte deles não ganhava altos salários, já que até faxineiras e técnicos agrícolas foram demitidos. A constatação do deputado parte da análise da lista dos primeiros dispensados no município de Pelotas.
O parlamentar faz um apelo, inclusive, para que sejam enviados ao blog outras listas de demitidos. Durante a campanha eleitoral, a campanha Yeda Crusius chegou a enviar correspondência aos funcionários, comprometendo-se a não efetuar dispensas na empresa. Quando anunciou que demitiria cerca de 300 servidores, afirmou que apénas aposentados e empregados do setor administrativo seriam atingidos e que a extensão rural não seria afetada pelos cortes.
Nos últimos dias, circula entre os servidores a versão de que serão demitidos mais de 400 servidores. A governadora foi vaiada na sexta-feira, na Expointer, pelos funcionários da Emater.

Confira o comentário do deputado


As provas da mentira

Começam a surgir as provas de que o governo Yeda mentiu quando disse que as demissões na Emater seriam apenas de aposentados e servidores do setor administrativo. Recebi agora uma lista dos funcionários que já foram demitidos na região de Pelotas e constato que, ao contrário do que o governo anunciou, a maioria dos dispensados atuava na área técnica, ou seja, diretamente com os agricultores. Ah! E que boa parte deles não ganhava altos salários já que até faxineiras e técnicos agrícolas foram demitidos.
Neste ritmo, o governo Yeda vai desmantelar totalmente um dos melhores, mais eficientes e fundamentais serviços públicos do Rio Grande do Sul: a extensão rural. O momento é gravíssimo. Solicito que todos os que souberem de alguma demissão na Emater remetam os nomes dos servidores para este blog. Precisamos unir forças e reagir. Na próxima quinta-feira, a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa vai debater o desmonte da assistência técnica rural pública em nosso Estado. Todos estão convidados.

A lista (parcial) das demissões na Região Sul – Pelotas

1. Arzelinda Alice Diogo Rodrigues - Arroio Grande - faxineira
2. Neiva Brahm Lopes - Jaguarão – auxiliar administrativa
3. Vera Maria Coelho - Morro Redondo – extensionista de Bem Estar Social
4. Neli Enilda da Silva - Pinheiro Machado - extensionista de Bem Estar Social
5. José Luiz Borges - Santana da Boa Vista – técnico agrícola
6. Jair Seidel - Pelotas - zootecnista
7. Geraldo Büttow Torchelsen - Pelotas – agrônomo
8. Luiz Carlos Migliorini - Pelotas - técnico agrícola
9. Vera Lúcia Gonçalves Botelho - Pelotas – auxiliar administrativo
10. Vera Lúcia Schreinert - Pelotas - extensionista de Bem Estar Social
11. Clair Marilei Cruz - Rio Grande - extensionista de Bem Estar Social
12. James Arlen Souza Meireles - Rio Grande - agrônomo
13. Terezinha Rodrigues de Freitas - Capão do Leão - faxineira
14. Ariovaldo da Rocha Goularte - Piratini - agrônomo
15. Mario Andrade Porto - Piratini - Agrônomo
16. Flávia Tourinho Vargas - Piratini - extensionista de Bem Estar Social
17. Jussara Lopes Furtado - Piratini – auxiliar administrativo
18. Bruno Alfredo Miritz - ESREG - agrônomo
19. Luiz Adilson dos Santos – ESREG - agrônomo
20. Fernando Antônio Alves - ESREG - agrônomo
21. Luiz Alberto Nickel – ESREG - contador

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Luz


Amigos, alguém pode estar só, acabrunhado no seu canto, com vontade de chorar...
É o momento de despertar e sentir que existe muita luz na sua frente. É esta onda eletromagnética que nos faz sentir que existe muita gente olhando para nós. E são estes olhares que nos fazem enxugar as lágrimas, que nos permitem levantar e encarar o caminho com alegria e força.
A vida é um caminho de duas vias: ou é trilhado com um sorriso no lábios ou com um tristeza na alma, dependendo das circunstância. Mas a vida nos foi dada e isso é que importa.
Vivamos, portanto!

A Vale é nossa: participe do plebiscito

Entre 1º e 7 de Setembro de 2007, decida se a Vale do Rio Doce deve permanecer nas mãos do capital privado ou voltar aos mãos do povo brasileiro! A Vale, até 1997 era uma empresa pública, propriedade do povo brasileiro. Era a maior mineradora do mundo! Sem contar o valor imensurável das riquezas naturais que ela explora, apenas suas estruturas físicas eram avaliadas em 1997 em R$ 92 bilhões de reais! Mas FHC a vendeu ao capital estrangeiro por R$ 3 bilhões!!
De 98 pra cá, ela já gerou de lucro pra seus proprietários R$ 33 bilhões ,ou seja, 10 vezes o valor gasto na sua compra! Se esta riqueza seguisse nas mãos o povo, poderiam ser construídas mais de 500 universidades ou hospitais, assentar mais de 1 milhão de famílias sem-terra ou gerar 13 milhões de Postos de Trabalho pelos projetos do MTD!

As urnas podem ser organizadas em todos os cantos do país.Para saber onde votar, procure o comitê estadual (a lista de contatos está no site da campanha). Se precisar de mais orientações sobre os locais de votação, procure uma das organizações mais próximas de você que estão engajadas na campanha, como: Assembléia Popular, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Grito dos Excluídos Continental, Movimento Pequenos Produtores (MPA), Consulta Popular, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Evangélico Progressista, Via Campesina, Pastoral Operária (PO), Pastoral Carcerária, Central de Movimentos Populares (CMP), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Cáritas, Comissão Pastoral da Terra (CPT), sindicatos ligados a CUT, Conlutas, Intersindical, Corrente Sindical Classista (CSC), entre outros.

Como eu ajudar no plebiscito popular?

Você pode montar um Comitê Local para o Plebiscito Popular (no seu bairro, sindicato, condomínio, lugares de grande circulação de pessoas, etc). É simples e ajuda a gerar debates e organizar a população. Para formar um comitê local, promova um debate na sua comunidade, trabalhando as quatro perguntas do plebiscito, com a ajuda dos materiais da campanha.
O Comitê Local deve ser responsável pelas urnas e pelo contato com o comitê estadual.As urnas podem ser montadas em qualquer local. Você pode formar até mesmo uma urna móvel, circulando de carro e coletando votos em lugares de grande circulação de pessoas.

Mais informações no site www.avaleenossa.org.br

Walden ou a Vida nos Bosques

A colega Lu Vilella, da Bamboletras, continua sugerindo boas leituras para os amigos e clientes da sua livraria, localizada no Shopping Nova Olaria, aqui ao lado de casa. Ela avisa que acaba de sair uma bela reedição de Walden ou a Vida nos Bosques, de Henry Thoreau. Livro fundamental que andava esgotado, desde a sua publicação, em 1854, Walden se converteu numa bíblia secreta, lida e amada no mundo inteiro. Reza a lenda que, sem esse texto visionário, que une poesia, ciência e profecia, não teria havido Gandhi, o movimento ecológico e muitos outros movimentos pela liberdade em várias partes do planeta. Na verdade, Walden, acompanhado de A Desobediência Civil, tem inspirado sucessivas gerações a se insurgirem contra o convencional "american way of life", não só na bélica terra de Tio Sam.
"A vida nas grandes cidades depende da vida nos bosques - assim, Walden levou a geração dos hippies a redescobrir a terra e a natureza, as árvores e os rios, os bichos e as estrelas. Estimulou e justificou a desobediência civil contra o Estado guerreiro e tributário. Ensinou o homem a ser solidário mesmo na solidão, identificando o seu semelhante - o outro ao mesmo tempo igual e diferente - e a comungar com o universo".
Walden ou a Vida nos Bosques é uma publicação da editora Ground e custa R$ 36,00. O e-mail da Bamboletras é livraria@bamboletras.com.br.
Tá aí a sugestão da Lu. Boa leitura a todos...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Continua o desrespeito ao Jornalismo


Não é de hoje que o Jornalismo virou saco de pancada, especialmente por parte dos barões da mídia. Agora, uma importante instituição de ensino superior, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de São Paulo, assume esta postura ao decidir que só publicitário pode fazer jornal. Uma licitação para produção de informativo só está aceitando a participação de agências de publicidade. É um absurdo e deve ser combatido por todos os jornalistas.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Donos da mídia atendidos - do Blog do Mino

O STF está a se redimir. Pelo menos por enquanto, sem previsão do desfecho final. A mídia foi atendida: o Supremo acolheu a denúncia de formação de quadrilha contra os acusados do governo e do PT. Primeiro entre todos, o cardeal José Dirceu. Digo, o cardeal Richelieu de Luis XIII, digo, do presidente Lula. Quer dizer, a tese do mensalão está de pé. Escrevi ontem que cairia caso não fosse acolhida a denúncia. Até quando irá o processo não se sabe, mas o que já aconteceu levará os patrões da mídia a abrir garrafas de Don Perignon e Cristal. Eles podem, e, quem sabe, sirvam alguns flutes aos seus sabujos mais chegados. Será para eles uma noite muito alegre. De minha parte, tomaria, houvesse razões, champagne Salon. Tenho razões apenas para insistir em um ponto: continua muito difícil provar o mensalão, enquanto não seria, e provavelmente não será, acrescentar um capítulo à longa história conhecida como Caixa Dois, protagonizada há décadas por políticos e empresários.

http://blogdomino.blig.ig.com.br

Festança dos jornalistas gaúchos

Colegas jornalistas e amigos em geral, no dia 22 de setembro vai ter festança aqui em Porto Alegre. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul estará completando 65 anos de luta e promoverá o seu tradicional baile no Clube Caixeiros Viajantes, no Bairro Moinhos de Vento, na capital gaúcha. O evento será mais do que uma oportunidade para dançarmos. A partir das 20h, teremos uma conferência com o ex-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Armando Rollemberg, sob o tema "O papel da imprensa em momentos de crise política".
Depois, vamos homenagear os ex-presidentes da entidade e 20 profissionais gaúchos que fizeram a história do Jornalismo, seguido de show com músicos gaúchos que também são jornalistas. Após, vem o baile que servirá para confraternização da categoria.
Os ingressos estarão à venda a partir desta sexta-feira, dia 31 de agosto, ao preço de R$ 15 para sócios em dia e R$ 20 para não-sócios, na sede da entidade e com os integrantes da diretoria. O convite dá direito a um CD produzido pelo Sindicato, reunindo faixas de jornalistas músicos, como Nelson Coelho de Castro, Nando Gross, Arthur de Faria, Gustavo Telles, Jimi Joe, Renato Martins e Renato Mendonça, que também estarão no local dando uma mostra de seus trabalhos.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Questionada a constitucionalidade do decreto que institui o Sistema de TV Digital

Os procedimentos do governo federal para implantação da TV digital no Brasil sem aprovação do Congresso Nacional estão sendo questionados no Supremo Tribunal Federal (STF). O Partido Socialismo e Liberdade ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade do Decreto 5.820/06. O PSOL pede, liminarmente, a suspensão dos efeitos do decreto. O relator do processo é o ministro Carlos Ayres Britto.

Leia mais no site da Federação Nacional dos Jornalistas:
http://www.fenaj.org.br

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Demissões na Emater afetam a agricultura familiar

Ao ler e ouvir notícias sobre as demissões na Emater, que começaram hoje, lembro das longas jornadas que empreendi por centenas de municípios gaúchos em busca de fontes e casos de sucesso para minhas matérias. Sempre tive em um escritório da empresa o apoio irrestrito. A Emater é, sem dúvida, o sustentáculo da economia agrícola por meio de seu trabalho de extensão rural. A agricultura familiar do Rio Grande do Sul é hoje modelo no Brasil por causa do trabalho desenvolvido por técnicos que enfrentam o sol e a chuva para levar ensinamentos a pequenos e médios produtores.
É esse público o maior prejudicado pelo canetaço dado pela governadora Yeda Crusis ao demitir 287 funcionários, ou quase 10% de seu efetivo. Os discursos governistas tentam amenizar o impacto da medida que exigirá um desembolso de R$ 10 milhões dos cofres públicos. No entanto, quem conhece sabe que a economia familiar sentirá a falta de apoio técnico na hora de começar o plantio da lavoura, de utilizar uma tecnologia adequada ao solo disponível e na preservação ambiental.
E não é apenas a agricultura familiar que sentirá o peso do remédio neoliberal. Parte dos quilombolas, pescadores artesanais, indígenas e assentados - que formam um contingente superior a 250 mil famílias de assistidos com áreas em 483 municípios - sentirão o impacto. Que crescerá como bola de neve ao longo dos próximos anos.
Por isso, o Governo federal age corretamente ao buscar alternativas, como a formação de parcerias com cooperativas, universidades e organizações não-governamentais. O ordem é suprir excelente trabalho que a Emater sempre realizou por todos os cantos do Rio Grande do Sul. Mas vamos ter que reerguer a empresa.

Gerente preconceituoso da Ford Bahia é demitido por justa causa

Depois de ofender os metalúrgicos da Ford Camaçari, com xingamentos e frases preconceituosas contra negros e nordestinos, o gerente do prédio de montagem Gilberto Albuquerque, contratado da Ford há 23 anos, foi demitido por justa causa pela direção da empresa, após a paralisação de 1,5 mil funcionários da planta, que protestaram contra os atos na quinta-feira (23 de agosto).
Segundo relato dos trabalhadores, o gerente do prédio de montagem Gilberto Albuquerque tentou 'premiar', na quinta-feira, um dos setores da montagem, considerado por ele como o mais sujo da planta, com um pequeno porco de cerâmica envolto em uma caixa de acrílico, deixando o objeto exposto sobre um armário. Indignado com a tentativa de humilhação, Souza questionou o gerente sobre sua atitude e ouviu deste expressões como 'filho da p...' e 'vá tomar...'. Além disso, proferiu frases preconceituosas contra nordestinos e negros, o que gerou a revolta dos metalúrgicos.
Em reação imediata, os diretores sindicais, juntamente com os trabalhadores que testemunharam a agressão, interromperam suas atividades. Só voltariam após a retratação do gerente. Em instantes, a paralisação se estendeu por toda a montagem final. A fábrica só voltou a funcionar quando Albuquerque, natural de São Paulo, pediu desculpas publicamente ao diretor ofendido e aos trabalhadores da empresa em geral. Mas isso não impediu sua demissão.
Agora, a FETIM-BA entrará com uma ação na Justiça por assédio moral e danos morais contra Albuquerque e a Ford Bahia.

O mistérios das privatizações

Atenção para uma leitura imperdível. No Livro A Farsa do Neoliberalismo , de Nelson Werneck Sodré, da Editora Graphia Editoria, é dissecado o processo de privatização , principalmente do setor siderúrgico, envolvendo a Vale, a Usiminas e a CSN.
Na obra, é destacado que as empresas estatais desempenhavam papel de singular destaque. Como sabem todos, e particularmente os que se empenhavam na privatização das empresas, a siderugia é a base dos processos industriais. Daí a importância da siderurgia estatal para o desenvolvimento do Brasil. Por isso mesmo, contra ela foi montada uma demolidora seriação de operações.
A siderurgia comanda a mineração, o transporte, o parque automobilístico - das autopeças às montadoras -, a indústria de eletrodoméstico, a da construção naval, a militar. Destruir a siderurgia estatal, pois, era meta perseguida desde o primeiro momento da insânia privatista ditada do exterior e aqui acompanhada pelos que dela se beneficiariam e pelo coro de espertos e ingênuos. Destruí-la era debilitar sem remédio a intervenção do Estado na propulsão da indústria em nosso País. Ou seja, privá-lo de uma das mais poderosas alavancas para o desenvolvimento.

Tu sabias que:
1) A Vale do Rio Doce foi vendida (doada) em 1997 por menos de US$ 4 bilhões, mas estava avaliada em US$ 92 bilhões na época. Hoje, vale quase US$ 200 Bilhões. Mais: conforme afirmou seu diretor de Finanças, em 2005 possuía um patrimônio de US$ 40 bilhões, ou 12 vezes o valor pago pelos compradores no leilão-doação.
2) Em 1995, a Vale declarou a SEC da Bolsa de Nova York ter reservas de minério de ferro de 7,9 bilhões de toneladas no Sistema Sul (MG) e de 4,9 bilhão de toneladas no Sistema Norte (Carajás). No dia do leilão, foi informado que cada uma tinha apenas de US$ 1,4 bilhão de toneladas.
Detalhe: A SEC equivale a nossa CVM ( Comissão de Valores Mobiliários), órgão que regula o mercado acionário e deve ser informado da realidade de cada empresa.

sábado, 25 de agosto de 2007

Índia é agredida por jovens. Como isso ainda acontece?

Quando pensamos que o espírito humanitário passa a valer mais, surgem novas informações que mostram o caminho contrário. Um exemplo: a série de crimes contra os índios da reserva de Dourados (MS) teve ontem um dos mais terríveis episódios. A índia caiová Adélia Garcia Garcette, 37 anos, foi espancada por quatro menores entre 12 e 14 anos. Dois deles foram detidos com as roupas ainda sujas de sangue da vítima. O jovem de 12 anos estava alcoolizado. A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo testemunhas, os garotos invadiram a casa de Adélia, dentro da reserva, e começaram a agredi-la com facões. Ela teve ferimentos graves no olho esquerdo e a mão esquerda foi decepada. A índia está internada no Hospital Evangélico de Dourados. Quatorze 14 índios foram assassinados no Estado neste ano.
Um absurdo que merece a atenção de nossas autoridades.

Confissões de um piloto

Recebi e sinto obrigação em dividir com meus amigos e leitores o belo texto escrito por um comandante da Varig.
Apreciem porque vale a pena....

Aos pilotos do TAM 3054

Quaisquer que sejam as conclusões da investigação em curso do
recente e trágico acidente da TAM, estou convicto de que Kleyber e
Stephanini não o desejavam; que envidaram seus melhores esforços
no sentido de evitá-lo; que esperavam entregar seus passageiros sãos e salvos a
seus familiares e amigos.

Descansem em paz, companheiros, e um bom vôo para o novo destino.

Não conheci pessoalmente nem Kleyber nem Stephanini, mas isso não importa. Eram
aviadores como eu. Com eles compartilhei o mesmo céu, os mesmos aeroportos,os
mesmos prazeres e tensões da profissão. Talvez um deles, numa tarde perdida no
tempo, estivesse na cadeira da esquerda daquele avião alinhado na cabeceira da
pista 35L do Aeroporto de Congonhas, aguardando autorização da torre para
decolar, enquanto eu, de meu Boeing 737-500, esperava, numa longa fila, a minha
vez de entrar na arena.

A cada decolagem, a cabeceira era ocupada pelo avião seguinte, e o mesmo ritual
se repetia. Era uma sucessão de momentos solenes e mágicos, como aquele em que o
touros encaram os toureiros antes dos embates finais.
Naqueles momentos, éramos todos irmãos. De tribos diferentes, mas irmãos.
Sabíamos dos perigos que diariamente nos rondavam.

Eram ossos de um ofício perigoso, no qual as conseqüências de falhas humanas são
muitas vezes catastróficas.

Éramos todos dependentes emocionais da aviação. Ela nos atraíra desde meninos
com força irresistível. Não houve como escapar a seu fascínio.

Chegara minha vez. Da cabeceira da pista, observando a fila de aviões que
aguardavam minha partida, sabia que os olhares de meus companheiros estavam
postos no Boeing azul e branco prestes a se lançar aos céus.

Éramos novamente os meninos de calças curtas que passavam os sábados e domingos
nas varandas abertas dos antigos aeroportos admirando os DC-3, Curtiss Commando,
Convair e Constellations pousando e decolando. Éramos os mesmos, apenas nossos
postos de observação agora eram melhores.

Nunca foi fácil ser aviador. Enfrentar tempestades, pistas curtas e
escorregadias, quase-colisões com outros aviões, acordar de madrugada, dormir
tarde, passar noites voando, sacrificar vida pessoal, familiar e sentimental,
não ver os filhos crescerem, não ter feriados, natal, ano novo, carnaval, fins
de semana com a família
nem com os amigos, comer apressado antes das descidas, sofrer de gastrite ou
úlcera, embranquecer prematuramente os cabelos.
De muita coisas nos privamos, mas jamais traímos aqueles
meninos que um dia olharam para o céu e se deslumbraram; que não concebiam outra
profissão que não a de aviador.
Não era um veterano de cinqüenta e muitos anos quem pilotava o avião azul e
branco naquela tarde distante; era o menino que eu
um dia fora.

Aceitávamos os riscos. Sabíamos que um dia talvez a sorte nos fizesse despencar
do céu. Mas valia a pena. Em que outra profissão nos sentiríamos como águias
ágeis e velozes?
Que outro trabalho nos brindaria com mágicas noites de luar em catedrais de
alvas nuvens?
Onde mais achar crepúsculos assim?


Comandante Carlos Ari César Germano da Silva

30/07/2007

Inter, com chuva e tudo

Chuva e futebol são incompatíveis. É a primeira frase que surge quando olho para a rua e noto que não pára de chover aqui em Porto Alegre. Faltam duas horas para o jogo em que o Internacional enfrentará o Atlético-PR em busca de uma vitória que o fará subir na tabela do Brasileirão. A vontade é de ficar em casa, de não me expor à umidade deste prolongado inverno que me deixa em estado gripal desde maio. Mas estou decidido a ir ao Beira-Rio para incentivar meu clube. O jogo será encardido, com chutões e desfavorável para quem está com melhor plantel no momento (o Inter). As arquibancadas certamente estarão vazias, como na foto ao lado. Contudo, a paixão pelo time rubro é mais forte. Um sócio não pode ir só nas boas. Pronto: me convenci e vou ao jogo. Depois eu relato se o sacrifício valeu a pena. Isso implica numa vitória colorada, na qual acredito. Vamos, Inter....

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Editorial JB: invasão de privacidade d´O Globo

Pessoal, o editorial do Jornal do Brasil publicado parcialmente abaixo trata-se de ataque direto à concorrência (O Globo). É de fato, mas não seria se não houvesse esta tal de disputa por leitores. Ninguém se engane sobre os propósitos do JB. Mas o que está escrito ali é a pura verdade: falta ética no jornalismo. Só não as reconhece que não as tem em suas consciências. Muitos repórteres e colunistas entram nesta onda, infelizmente. Leiam com cuidado:

“Assim como a sociedade não tolera qualquer tipo de censura, tampouco aceita excessos da parte de veículos de comunicação. A violação do conteúdo de mensagens particulares trocadas entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), estampada ontem na primeira página de um jornal carioca, é um desses exageros que ultrapassam os limites éticos do jornalismo.
Enquanto ouviam os argumentos dos advogados de defesa na primeira sessão de julgamento dos 40 denunciados pela formação do esquema do mensalão, na quarta-feira, dois integrantes da Suprema Corte - o ministro Ricardo Lewandowski e a ministra Carmen Lúcia - tiveram a tela de seus computadores devassada pelas lentes de um repórter-fotográfico. Por meio de correio eletrônico instantâneo, trocavam mensagens de cunho profissional, acerca da audiência em questão e sobre outros temas pertinentes ao STF. Atitude trivial e rotineira em qualquer ambiente de trabalho - seja um escritório, uma redação de jornal ou mesmo um tribunal.
Supunham os ministros que a intimidade de suas conversas estaria preservada - senão pela distância obsequiosa dos presentes à sessão, ao menos pelos mais elementares direitos do homem, o livre pensar. Estavam enganados. O conteúdo dos textos privados tornou-se público e ganhou as manchetes, carregadas em tintas sensacionalistas. O ato, imediatamente, despertou o repúdio da sociedade. Faz pensar numa reedição, generalizada, do odioso macarthismo - que assombrou a sociedade americana no auge da Guerra Fria.”

Adeus, Dedé!

Os jornalistas gaúchos estão de luto pela perda de um brilhante colega e grande amigo de luta e alegria. Infelizmente, Dedé Ferlauto, 56 anos, morreu na manhã desta sexta-feira, 24 de agosto, em Florianópolis, Santa Catarina. Nascido como José Otávio da Rosa Ferlauto, sofria de câncer no fígado e teve uma vida dedicada ao Jornalismo e à arte: era também poeta, escritor, artista gráfico e artesão. Tudo.....
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, do qual sou diretor, lamenta sua morte porque Dedé passou parte de sua vida na sede da entidade. Em algumas gestões foi diretor e, no período de 1993 a 1996. foi assessor de Imprensa, tendo editado o jornal Versão do Jornalistas.
Dedé também trabalhou em Zero Hora, Correio do Povo, Multiarte, revista Transbrasil, entre outros. É autor de livros de poesia e de histórias de vida, como 'Thiago Gonzaga - História de uma Vida Urgente'.. Prestou assessoria ao Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul - Sintrajufe, um de seus últimos trabalhos em Porto Alegre antes de se aposentar.
Foi letrista de várias músicas em parceria com Léo Ferlauto, um de seus cinco irmãos, além de outros músicos. Sua rotina recente era caminhar todos os dias na praia ao raiar do sol. Dedicava-se à casa e a plantas, fazendo bonsais e mosaicos. Sua casa sempre foi um núcleo de amigos e da arte, com saraus freqüentes, onde, além de música e poesia, se compartilhavam alimentos integrais, vivências, projetos, sonhos e planos. A rua São Luiz, onde passou seus últimos anos na Capital gaúcha, era um templo de criação, acolhimento e amizade. Era também a extensão do lar dos tantos amigos da família.
Natural de Porto Alegre, onde passou a maior parte da sua vida, Dedé morava na praia do Campeche, em Florianópolis, há dois anos com a companheira Usha - Maria Lúcia, com quem compartilhou os últimos 34 anos. Deixou quatro filhos e dois netos - Ananda, 35, Tiana, 31, Emanuel, 30, Liza, 28, e os netos Lea, 4, e Téo, de 1 ano. Também deixou órfãos inúmeros amigos. Além de Porto Alegre e Florianópolis, morou também em Novo Hamburgo e Sapiranga.
O velório ocorre na Capela São Sebastião, no Campeche, em Florianópolis, com cremação do corpo no final da tarde desta sexta, em Camboriú. Ouvia música do despertar ao adormecer. A seu pedido, todo o velório foi acompanhado por música. Nós, aqui distantes, estamos ouvindo aquilo que gostavas, parceiro ...

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Acordo coletivo é bom para outras categorias. E os jornalistas?

O própria mídia divulgou, mas seus veículos não seguem a tendência, mesmo que o faturamento do setor esteja acima de outros segmentos da economia brasileira. Pois bem: levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-Econômicos (Dieese) mostra que 97% dos acordos coletivos firmados no primeiro semestre de 2007 apresentaram reajustes equivalentes ou superiores ao INPC-IBGE. Desses, 88% trouxeram ganhos reais, dos quais 40% foram superiores a 1,5%. No mesmo período do ano passado, esse resultado foi obtido por 81,9% das entidades.
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, a evolução conquistada pelos sindicatos nas reposições salariais a partir de 2004 foi facilitada pela melhora no quadro econômico do país e pela queda da inflação.Também é preciso destacar que as categorias que mais se mobilizaram e mais organizadas conseguiram melhores reajustes, além da manutenção e/ou ampliação de conquistas sociais.
No entanto, não é isso que está acontecendo com os jornalistas no Rio Grande do Sul. Estamos negociando desde junho, mas os patrões só aceitam conceder reajuste pela inflação do período. Se avançam, querem um recuo nosso. Não podemos ceder mais, como abrir mão das horas extras. Ou seja, eles divulgam uma notícia boa para as demais categorias. Mas, na hora da negociação, seguram. É sempre assim.