quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O temporal

O teto do céu mostra o incerto
pois nuvens escuras espiam
e o azul fica encoberto.
Por favor, tirem do varal
as roupas antes do temporal
que Porto Alegre atingirá.

Egiptomania no Brasil

Amigos e amigas, tenham um bom dia. Saindo já porque daqui a pouco começa um seminário sobre Egiptomania no Brasil, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) da PUCRS. Hoje, nos dias 18 e 25 estarei envolvido em palestras e oficinas sobre o tema em diversos aspectos. A história e a presença da cultura egípcia no Brasil, hieróglifos e mumificação são alguns dos assuntos. Até mais!

Mudança de paradigma

Chega o momento de agir, de mudar paradigmas.
Se pensava de uma forma ontem,
preciso raciocinar de outra a partir de hoje.
Não posso esperar para amanhã.
Se hoje a gangorra está em queda para um lado,
é preciso revertê-la.
E lá deixar...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O poder das mãos

Sabem esta história de namorar? Sempre existem os códigos e senhas de que algo vai bem ou não. Não falo no diálogo, na conversa, no olho no olho, no beijo. É nas mãos mesmo. Como é bom andar de mãos dadas no parque, no shopping, em qualquer lugar. Ah, mas existem formas de dar aos mãos. Andar com os dedos entrelaçados é mais do que um simples ato que mantém as mãos unidas. É uma forma de trocar energia, de dizer que a relação vai vem. Conheço mulheres que já vão soltando os dedos e permitindo no máximo as palmas coladas. Homens fazem isso. É tão frio, parece que um está conduzindo o outro. Ou que está esfriando mesmo. É uma das minhas formas de sentir o calor do romance, sem levar em conta as demais, mas valorizadas em geral. Falei bobagem? Largue a minha mão.

Grande lua cheia

Daqui, olho a lua cheia.
Daí, espias a lua cheia.
Não está ela querendo
a nossa companhia
para mais forte brilhar
e seu dourado mostrar?

Saia daí...

Morcegos habitam o sótão de tua casa,
formigas invadem a tua cozinha,
moscas tomam conta dos vasos
e lagartixas passeam pelas paredes.
Larga isso, saia daí e voa até aqui.

Sorondo: azar ou mal crônico?

Estamos diante de uma crônica da lesão anunciada. No Inter, o zagueiro Sorondo frequentou mais o Departamento Médico do que os campos de futebol. Embora sendo um grande jogador, tem uma questão genética que favorece lesões. O Inter chegou no limite e não renovou o contrato. O Grêmio aproveitou o momento e resolveu apostar, mais na disputa Gre-Nal do que em qualquer outra coisa. Até cláusula de redução salarial tinha em caso de lesão. Não deu outra. Em um treino leve, ontem, o jogador lesionou-se novamente. É um drama que só revela o caráter do jogador. Trata-se de um batalhador. Cai e levanta. Com a idade que tem, acho difícil nova chance. Uma pena.

domingo, 8 de janeiro de 2012

A realidade das prostitutas

 Estou gratificado com meu fim de semana nas salas de cinema. Hoje, fui ver 'L'Apollonide - Os Amores da Casa de Tolerância", obra que mostra o sorriso trágico das prostitutas do século XIX na França. Na foto, de divulgação, cenas do filme
Achei-o soberbo porque revela aos espectadores que nunca entraram num trostíbulo a realidade das moças que estão lá. É muito real. Quem já foi, conhece os sonhos e as decepções delas. A obra acontece na entrada do ano 1900 e vale ainda para os dias de hoje.
É triste como é "O Garoto da Bicicleta", também francês, que assisti ontem. Com temáticas diferentes, me satisfizeram plenamente. Dou nota 9 para ambos. Aconselho para quem gosto do bom cinema.

Bendito sol

Sábado, 20h15min.
O sol invade o bar onde estou, na Lima e Silva, em Porto Alegre.
Somente uma ceva para aliviar este calor.

Falta da praia

Quem estiver à beira do mar, faça-me um favor.
Coloque um pé, bote o outro na água morna.
Pense que eu também estou ali, divindo o gesto.
Porque tão cedo não irei à praia de mar ou não.
Caminhe muito na areia fofa ou dura da beira
e sinta meu caminhar parceiro por longos metros.
Por que este teu favor ameniza a vontade
que tenho de estar na praia daqui ou de Santa.

sábado, 7 de janeiro de 2012

A bicicleta do garoto


Eu sempre faço isso quando vou ao cinema. Hoje, estava decidido a ver as estrepolias das prostitutas do borbel L'Apollonde, em exibição no Guion, aqui ao lado de casa. Cheguei mais cedo e mudei de filme. Fui motivado pelos comentários em torno da obra francesa "O Garoto da Bicicleta", drama que envolve um menino órfão que busca o pai e, mesmo o encontrando, não é reconhecido. Acaba sendo "adotado" por um cabelereira, mas sofre as inconstâncias de uma vida sem pai. O filme é triste e provoca dor do início ao fim, mas transmite uma grande mensagem. Na próxima semana, vou ver os "Amores da Casa de Tolerância", que revela o dia a dia das gurias em um cabaré francês no início do século 20. Ainda bem que o Guion nos oferece múltiplas opções.

Pensar

Acordei pensando do mesmo jeito que ontem dormi. São temas diferentes, mas o fato é que pensamos muito. Tudo porque lemos, conversamos, dialogamos e debatemos o dia todo. Fui dormir abraçado no livro "A Privataria Tucana", que li até os olhos começarem a fechar. Antes de cair em sono profundo pensei em muitas coisas que as 125 páginas lidas em duas horas me jogaram na cara. Falcatruas.
Ao acordar, feito robô, peguei os jornais colocados na madrugada embaixo de minha porta. Folhei, de cabo a rabo, antes do café. E pensei nos aposentados com reajuste menor do que a inflação, na festa dos torcedores da dupla Gre-Nal na Serra gaúcha, no guri que foi para a Rússia estudar medicina e morreu em um lago congelado. Sacanagem.
Mais: pensei na economia, na política, na vida dos outros. Ou seja, pensei antes de ler todo conteúdo. E faço isso com algumas décadas de vida nas costas. É algo que não fazia quando brotava a juventude e tampouco fazem os nossos jovens. Ah, como é boa a maturidade, a idade do pensar. Pois agora estou pensando em acabar este texto para não encher a cabeça de amigos que acordam e têm a coragem de lê-lo.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Beleza russa


Rússia - 15h - Parque Kolomenskoye amanhece coberto pela neve em Moscou e moradores aproveitam para passear. Este inverno tem registrado temperaturas relativamente altas, acima de 0°C (Terra). Foto: EFE

Novo ano chuvoso

Novo ano, chuva insistente. Bom para ficar na cama, ouvindo os pingos lá fora. Bom 2012, amig@s.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Aquela moça


Onde anda aquela moça sapeca
que revirou minha vida e sumiu?
Onde anda aquela moça rebeca
que me fez sonhar e partir?
Onde anda aquela moça asteca
que me fez viajar e saiu?
Onde estava eu que não
sumi, parti, saí? Fiquei!

FENAJ: balanço de 2011 e desafios dos jornalistas para o ano novo



O ano de 2011 termina com uma importante vitória dos jornalistas brasileiros, a aprovação da PEC 33/09 em 1º turno no Senado. Ao lançar um olhar retrospectivo sobre os últimos 12 meses, o presidente da FENAJ, Celso Schröder, registra os avanços do movimento sindical dos jornalistas e seus principais desafios para 2012.

“Não por acaso a luta em defesa do diploma foi um dos pontos centrais de nossa agenda neste ano”, destaca Schröder. “A exigência do diploma é um dos pilares de nossa regulamentação profissional e sem ela o que prevalece é a barbárie nas relações trabalhistas”, avalia. Segundo ele, a decisão tomada pelo STF em 2009, de tornar desnecessária a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo, além de aviltar a profissão, deteriora o direito da sociedade à informação de qualidade.

Para Schröder, o amplo respaldo que a PEC 33/09 obteve na votação em 1º turno no Senado, em novembro passado, e o acordo de lideranças para a votação da matéria em 2º turno em fevereiro de 2012 devem ser comemorados como vitórias significativas da categoria, que desenvolveu ações de sensibilização do Congresso Nacional durante todo o ano. “Mas esta vitória política dos jornalistas e da sociedade só se consolidará com a aprovação da matéria também na Câmara dos Deputados”, sentencia, convocando a categoria a preparar-se para intensificar as mobilizações em defesa desta bandeira já a partir do início do ano que vem.

A ampliação da visibilidade da organização sindical dos jornalistas brasileiros no plano internacional também é destacada pelo presidente da FENAJ. “A minha recondução para a presidência da FEPALC – Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe – se deu principalmente pelo reconhecimento da atuação da FENAJ e dos Sindicatos dos Jornalistas do Brasil”, aponta Celso Schröder. “E nossa movimentação foi brindada, também, com a seleção da Beth Costa para a Secretaria Executiva da Federação Internacional dos Jornalistas”, complementa, destacando os méritos da ex-presidente e atual diretora de Relações Institucionais da FENAJ, que concorreu ao cargo na FIJ com dezenas de profissionais de diversos países.

Entre outras atividades positivas do movimento sindical dos jornalistas em 2011, Celso Schröder aponta a campanha “Jornalista de verdade assume a sua identidade!”, onde em parceria com a ONU Mulheres, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas buscaram dar maior visibilidade às questões étnicas nos meios de comunicação e no mercado de trabalho, e a campanha “Ponto Final na violência contra as mulheres”, conduzida sob a coordenação da Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe.

Destacou, também, a realização do XVIII Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAC), realizado em Natal (RN) e a defesa permanente da liberdade de expressão e de democracia nas comunicações, bem como os movimentos pelo respeito à jornada especial de trabalho dos jornalistas no Serviço Público. - Fizemos contatos com as direções de diversos órgãos e obtivemos boa receptividade em alguns deles. Mas em outros, se o bom senso não prevalecer, a alternativa será recorrer às instâncias judiciais”.

No plano das lutas gerais dos jornalistas e da sociedade, o presidente da FENAJ destaca a presença da FENAJ e dos Sindicatos de Jornalistas nas discussões sobre a democratização da comunicação. “Juntamente com outras entidades da sociedade civil, lideradas pelo FNDC, ajudamos a definir os 20 pontos prioritários para o marco regulatório das comunicações no Brasil”, diz. No entanto, considera lamentável ter se passado mais um ano sem que o governo federal anunciasse seu projeto. “Continuamos insistindo que, ao invés de nos dispersarmos no debate de projetos de lei específicos de um ou outro segmento da comunicação, que muitas vezes acaba favorecendo interesses privados, o fundamental é que o governo federal dialogue com a sociedade e deixe claro que modelo de política de comunicação pretende para o Brasil”, sustenta.

Outra situação lamentada pelo presidente da FENAJ é o desrespeito das empresas jornalísticas à segurança e condições de trabalho dos profissionais. “Infelizmente, a morte de um colega, o repórter cinematográfico Gelson Domingues, acabou evidenciando para toda a sociedade um dos aspectos das péssimas condições de trabalho dos jornalistas brasileiros”, afirma Schröder. Ele lembra que a negligência patronal em adotar normas de segurança em cobertura em áreas de risco não é recente. “Além da necessidade de definir normas acordadas com as entidades sindicais da categoria, assegurando aos profissionais condições de trabalho dignas, é fundamental que os patrões abram mão da mesquinharia de registrarem repórteres fotográficos como operadores de câmera só para pagar salários mais baixos”, protesta.

Segundo Celso Schröder, a crescente violência contra jornalistas no Brasil é um desafio a ser enfrentado coletivamente. O relatório da FENAJ “Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil”, relativo a 2010, registrou 40 casos. “E sabemos que os dados referem-se apenas aos casos que foram mais evidenciados. Isto revela que o jornalismo e os jornalistas continuam sendo vítimas da violência e que ainda há muito para avançar na construção de uma imprensa livre, democrática e regulamentada em bases democráticas”, diz. Uma das alternativas para combater esta situação é o projeto de federalização de crimes contra jornalistas, que tramita na Câmara dos Deputados. “Outra, e mais fundamental, é a aprovação de uma nova e democrática Lei de Imprensa, que regule as relações entre os profissionais, os donos dos veículos de comunicação e a sociedade”, defende.

Entre os principais desafios da categoria para 2012, Celso Schröder aponta a ampliação do movimento pela aprovação da PEC do Diploma, o prosseguimento do movimento por um novo Marco Regulatório das Comunicações no Brasil, e o combate à precarização das relações de trabalho e à violência contra jornalistas. Essas e muitas outras lutas culminarão com um aprofundamento do debate sobre a profissão no 35º Congresso Nacional dos Jornalistas, a realizar-se em Rio Branco (AC).

“Nossos desafios não são poucos e desejamos a todos muitas felicidades em 2012”, conclui o presidente da FENAJ, considerando que para a categoria alcançar novas vitórias “o caminho da luta é irrenunciável e é preciso que a categoria fortaleça ainda mais sua Federação e os Sindicatos de Jornalistas”.

Felicidade

2011
Feliz foste
2012
Serás feliz

Rosas e espinhos

Naquele dia, rosas nos aproximavam.
Perfume, cor e significado inebriavam.
Olhos nos olhos, troca mútua de beijos.
Depois, tocamos espinhos que separavam.
Caminhos trocados, esquinas viradas
deixaram sonhos no cheiro e na cor
Que ainda sinto e vejo como consolo.

Último dia de 2011

Último dia do ano desperta com o céu nublado.
Não vejo o rei Sol, mas ele surgirá ao longo do dia.
Porto Alegre está vazia, sem carros e pouca gente.
Maioria tomou o rumo da praia e ou do interior.
Muitos gostam desta realidade, pois não há fila.
É clima de final de festa, que será festa na virada.
Então, quem ainda está na rede, BOM DIA!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Falo

Falo porque necessito dividir minha vida. Quem quiser, a acolha. Quem não quiser, a espie.