Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada
O PiG (Partido da Imprensa Golpista) não deu uma única linha sobre a condenação de Diogo Mainardi na Justiça Criminal de São Paulo. Diogo Mainardi foi condenado a três meses de cadeia. Se tiver dinheiro, pode converter a pena em dinheiro.
O mais importante, porém, foi Mainardi perder a “primariedade”. O que significa que, se for condenado de novo, por não ser mais primário, vai ter que ir, obrigatoriamente, em cana. Do ponto de vista das instituições, a decisão por 3 x 0 manda um sinal a todos os colonistas e “jornalistas” do PiG.
A “liberdade de imprensa” não é escudo para se “censurar pela calúnia”, como disse um dos juízes da ação. A “liberdade de imprensa” não é escudo para cometer crimes. A “liberdade de imprensa” não é “liberdade DA imprensa” — ou seja, não é só o PiG que tem direito à liberdade.
O PiG e a Associação Nacional dos Jornais — seu lobby em Brasília — tentam impor a doutrina de que a liberdade de imprensa é ilimitada. A dupla condenação de Mainardi no Crime — já tinha sido condenado no Cível, também em segunda instância e também por unanimidade — fixa limites legais à liberdade do PiG.
Tanto assim que o PiG preferiu ignorar a condenação. Mainardi escreve na revista de maior circulação do país, a Veja, a última flor do Fascio, uma revista inescrupulosa, em que o leitor não distingue comércio de informação.
Mainardi escreveu um livro best-seller, que, no título, chama o Presidente da República de anta. Mainardi participa de um programa na tevê a cabo, de alcance nacional. Não é um desconhecido. Ele é um símbolo dessa imprensa que flagela o Brasil. E, por isso, por ela foi absolvido.
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