domingo, 31 de maio de 2009

Sol, Copa do Mundo e Inter

Publicações da mídia indicavam chuva ao longo do dia em Porto Alegre. Acompanhada do frio, que chegou aqui na sexta-feira. No entanto, no momento em que escrevo, olho pela janela, e não contenho o sorriso ao avistar o sol brilhando sobre a capital gaúcha. Tomara que a chuva se mantenha nas zonas de produção do Rio Grande do Sul, onde ela faz muita falta. Mas aqui em Porto Alegre é dia de festa e o sol é bem-vindo.
No início da tarde, no Parque da Redenção, começam os preparativos para comememorar a indicação de Porto Alegre como uma das sedes do Mundial de 2014, a ser anunciada por volta das 15h30min pela Fifa. Mais tarde, às 19h30min, o Internacional, recheado de reservas, enfrenta o Avaí em sua quarta partida pelo Brasileirão. Vai em busca da quarta vitória consecutiva e da liderança absoluta no campeonato que todos os colorados almejam no ano do Centenário.
Portanto, que fique o sol e que venham a Copa do Mundo e a vitória colorada.

Coxas ameaçam torcida do Inter em Curitiba

Leio em diversos espaços da internet que as torcidas organizadas do Coritiba estão ameaçando os torcedores colorados que irão ao Couto Pereira, em Curitiba, na quarta-feira, quando o Inter e o time da cidade decidem um vaga para a final da Copa do Brasil. Um dos argumentos utilizados é que eles foram "maltratados" no Beira-Rio, na primeira partida, vencida pelo Inter por 3 a 1.
Estas informações não são verdadeiras. Eu estava nas cadeiras e pude ver que a torcida deles estava com bom espaço, com muita folga. Não havia ninguém apertado, como alegam. Mais: havia proteção nas laterais e na parte de cima da arquibancada destinada ao Inter. E mais a Brigada Militar separando as duas torcidas, a ponto de ali serem vistos os únicos clarões em um estádio lotado.
Sobre os banheiros químicos, de que não gostaram, já sabemos as razões que levaram a direção a colocá-los lá. Se não fizesse isso, eles iriam destruir os banheiros tradicionais. Aliás, como a torcida amiga deles em Porto Alegre - do Grêmio - costuma fazer.
Mais: eles tiveram todo o acompanhamento de BM em Porto Alegre. E os caras legais deles circularam livremente pela cidade. Sentei ao lado de um grupo coritibano no Shopping Praia de Belas, na tarde do jogo, e até trocamos algumas ideias. Ao final do jogo, três caras da torcida deles entraram em um bar na frente do Beira-Rio - onde eu estava - e foram bem recebidos. Nos cumprimentaram, agradecemos e eles foram embora com as cervejas. Na maior paz. Me espanta que estejam armando este clima.

sábado, 30 de maio de 2009

As escolhas de Tite

É de domínio público que o time reserva - ou misto - do Internacional não tem o mesmo poder de fogo do grupo titular. No entanto, o colorado tem um jogo decisivo na quarta-feira contra o Coritiba, em Curitiba, e não pode correr o risco de perder jogadores por lesão. Já não contará com Nilmar e Kléber, cedidos para a Seleção Brasileira, e mais ausências poderão ser decisivas.
Criaram agora um teste de sangue capaz de medir a condição física do atleta e sua propensão para lesões. Não discordo desta estratégia, mas ela não pode ser usada para que o Inter entre em campo com jogadores que podem comprometer o desempenho contra o Avaí amanhã, às 18h30min, no Beira-Rio. O Brasileirão é tão ou mais importante que a Copa do Brasil e pontos perdidos em casa agora poderão fazer a diferença lá em dezembro, quando buscaremos o tetracampeonato. Por isso, defendo que o Inter vá a campo com um time misto. Não dá para abrir mão de Guiñazu, Magrão, Taison e Alecsandro. Nada de Maycon e Leandrão.


Tite, na foto da assessoria de imprensa do Inter, parece carregado de dúvidas. Tanto que respondeu desta forma no site do colorado:
"Estamos analisando caso a caso, individualizando ao máximo. A minha vontade era de usar a equipe titular, mas sei que alguns jogadores estão mais desgastados do que os outros e podem correr o risco de lesão".

Nossa fala

Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores do que o teu silêncio,
e lembre-se que alto deve ser o valor de suas idéias, não o volume de sua voz.
Falar sem pensar é disparar sem apontar"

(George Herbert)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Devolvam o auxílio-moradia, senadores

É um absurdo esta informação de que senadores recebiam auxílio-moradia de R$ 3,8 mil mensais, mesmo que tenham residência em Brasília ou morem em residências funcionais da casa. O presidente da casa, José Sarney (PMDM-AP), chega a dizer que não sabia que estava recebendo. Mas ele não olhava o seu comprovante de pagamento a cada mês? Esta não cola, senador!
Outros que estão na mesma situação são os senadores João Pedro(PT-AM), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Gilberto Gollner (DEM-MT). Ou seja, de cores partidárias diferentes. Não há ideologia na hora da falcatrua.

Lula não quer terceiro mandato, apesar das mentiras da mídia

Parlamentares obscuros em busca de notoriedade e mídia ávida para detonar o governo formam um componente explosivo. É o que está acontecendo na questão do propalado terceiro mandato. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já afirmou, de forma clara e definitiva, que é contra esta proposta por considerá-la casuística. Tem, inclusive, a candidata a sua sucessão: a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Roussef.
No entanto, já circula no Congresso proposta para um terceiro mandato para presidente da República, governadores e prefeitos, inclusive com apoio de parlamentares da oposição. Não prospera porque líderes do PT já orientaram seus deputados a votarem contra. Afinal, o partido sempre foi contra. Quem apresentou a proposta foi um parlamentar do PMDB. Mas o que tenho lido em muitos veículos - jornais, revistas, sites - é que Lula e o PT querem dar o golpe. Na verdade, são eles - colunistas e repórteres alinhados com o Partido da Imprensa Golpista (PIG) - que querem ver a casa caindo, jogando tudo no colo de Lula. Definitivamente: o presidente não quer um terceiro mandato. Ponto final.

terça-feira, 26 de maio de 2009

O petróleo é nosso



A gente vê com os olhos que Deus nos deu e a terra há de comer, mas enxerga com a alma que o diabo pode prender.

O senador zapeava seu telecinevisor de 52”, imagem digital de última geração. Na mão direita, o controle remoto; na esquerda, fino scotch em finíssimo copo de cristal; na bunda, couro lustrado de bisão abafando os flatos. Cansado de procurar alguma coisa que valesse a pena assistir, o senador parou de clicar o controle e deixou rolar na tela um comercial da Petrobras, no qual um frentista da BR Distribuidora convida um freguês a conferir a tecnologia da empresa espiando através do duto de abastecimento do tanque de combustível de um carro. O cliente se inclina e olha pelo bocal. Surgem imagens de laboratórios, plataformas offshore, plantas petroquímicas, técnicos e trabalhadores em geral em atividade.

Delirando sob o efeito das doses de scotch e de alguns papelotes que cafungara, o senador saltou bruscamente do sofá e se pôs a ziguezaguear pela sala vociferando colérico:

– O apedeuta está enganando o povo! Isso é enganação! Propaganda enganosa! Marketing eleitoreiro!

O fleumático mordomo se aproxima e tenta acalmar o patrão:

– Tranquilize-se, Sirrr... Lembre-se do seu colesterol, tenha calma, excelência...

– Calma?! Como posso ficar tranquilo diante de tão ardiloso embuste?!

– Do que vossa excelência está falando?

– Não lhe interessa, seu pachorrento! Avise ao motorista que vou sair.

– Sim, meu amo, já estou indo... – diz o mordomo deixando a sala.

Minutos depois o senador entra na limusine blindada.

– Pra onde vamos, excelência? – pergunta o motorista.

– Toca para o posto BR mais próximo.

– Mas eu já abasteci o carro hoje, senhor...

– Não lhe perguntei nada, dei apenas uma ordem!

– Perdão, excelência...

Chegando a um posto de bandeira BR, o motorista estacionou ao lado de uma das bombas e, atendendo orientação do senador, mandou completar o tanque.

Durante o trajeto, o senador havia cheirado mais um papelote e bebericado seu scotch preferido. Sua mente atingiu um pico de devaneio somente experimentado no dia em que, discursando na tribuna do Senado, ameaçou dar uma surra no presidente da República.

Concluído o abastecimento, o frentista se preparava para colocar a tampa no bocal do tanque, o senador saiu do carro e ordenou:

– Segura aí, ô da bomba, quero dar uma espiadinha nesse fosso...

“?!”, “!?”, pensaram o motorista e o frentista.

Com o olho colado no bocal do tanque, o senador sentiu a limusine tremer... Alucinante espetáculo projetou-se em sua mente: gigantesco meteoro se choca contra a Terra provocando catastrófico terremoto de amplitude global e abrindo gigantesca cratera, pela qual manadas de dinossauros vão sendo tragadas! Ele vê terópodes, saurópodes, anquilossauros, estegossauros, ceratopsídeos, ornitópodes, paquicefalossauros, enfim, todas as jurássicas famílias que se pode encontrar na Wikipédia, despencando no rombo provocado pelo asteroide na crosta terrestre. Sob efeitos especiais e ao som de “Abertura 1812”, de Tchaikovsky, que serve de trilha sonora para o alucinogênico flashback do senador, em câmera lenta as monstruosas criaturas vão se contorcendo e derretendo, como numa surrealista pintura de Salvador Dali, até se transformarem em viscosa substância hidrocarbônica...

Súbito, o senador se ergue e urra qual jurássico animal feroz:

– Incrível! Fantástico! Extraordinário!

O frentista fala para o motorista:

– É isso aí, companheiro, o petróleo é nosso, meu!

Ao que o alucinado senador rebate:

– Nosso?! Muito mais que isso, seu protegido do apedeuta! – batendo no peito, berra a plenos pulmões: – O petróleo somos nós!

Fortaleça a imprensa independente do Brasil e a Livre Expressão ao disseminar este artigo para sua rede de relacionamento. Imprima ou envie por e-mail.

Utopia

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia, então? Serve para isso: para caminharmos".

Eduardo Galeano

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Goiás é colorado, com Chico no comando


Esta é a caricatura do Francisco Martins, gaúcho de Ijuí e morador em Goiânia(GO). A troca de ares não mudou o coração do Chico, que é o grande incentivar do Internacional no Estado localizado no Centro-Oeste do Brasil. No fim de semana, a sua felicidade foi grande, tanto que ele enumera as razões do júbilo em sua página no Orkut.

- 700 colorados presentes no CTG Saudade dos Pampas no sábado, quando os colorados festajam o Centenário do clube.
- Mais de 3 mil colorados no Serra Dourada no domingo, quando o Inter ganhou por 1 a 0 do Goiás.
- A oficialização do Consulado do Inter pela Diretoria comandada pelo presidente Victorio Piffero.
- O reconhecimento da Confraria do Inter em Goiás como representante oficial do colorado.
- Chico reproduz as palavras de Piffero: "Eu nunca havia visto uma torcida assim do nosso colorado em todo o Brasil(na festa e no estádio), tirando a região Sul (Rio Grande do Sul,Paraná e Santa Catarina). Em quantidade e em entusiasmo, vocês estão de parabéns!
- O colorado goiano saiu gratificado do fim de semana, especialmente com a vitória do seu Inter, a invencibilidade, a liderança isolada no campeonato brasileiro e a classificação para as semifinais da Copa do Brasil.

Assim como ele e eu, todos os colorados querem mais. Com futebo, força e humildade, vamos subir ainda mais. Vamos, Chico. Vamos, Inter.

MATANDO A SAUDADE


No CTG Saudade dos Pampas, a direção do Inter foi representada pelo presidente Vitorio Piffero, pelo assessor de futebol, Cuca Lima, pelo vice-presidente Mario Sergio Martins e pelo vice-presidente de Comunicação Social, Gelson Pires. Cerca de 700 olorados vibraram com a presença da comitiva do Inter em Goiânia. O evento contou com sorteio de brindes e um grande almoço para todos os presentes. O ex-zagueiro do Inter Nena, único representante vivo do lendário Rolo Compressor, também esteve no local e foi homenageado. Antes do cerimonial, todos cantaram os hinos do Rio Grande do Sul e do Internacional.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Colorado Dunga tira dois jogadores do Internacional de partidas importantes

A convocação da Seleção Brasileira ainda mexe com os colorados. O argumento utilizado pelo técnico Dunga é que, em partidas oficiais, os clubes são obrigados a ceder seus jogadores, mesmo que estejam disputando campeonatos importantes. É o caso do Inter, que teve Nilmar e Kleber convocados para a Seleção Brasileira, mesmo que o colorado esteja na semifinal da Copa do Brasil, disputará a final da Recopa e tem o Brasileirão em que todas as partidas são importantes. Três competições.
Pois o Dunga, colorado declarado, resolver desfalcar o Inter neste momento. A seu favor pode-se argumentar que ele já vinha chamando Kleber e Nilmar é, de fato, o melhor atacante brasileiro do momento. Porém, existem outros bons atacantes que jogam em clubes europeus e que poderiam ser convocados. Detalhe: faz tempo que um clube brasileiro não tem dois jogadores convocados simultaneamente. Poderia ser motivo de orgulho, mas neste momento penso no meu clube. Afinal, a tal Copa das Confederações, travestida de oficial, é um verdadeiro caça-níquel para a CBF.
Faz bem a direção do Inter em querer atrasar a apresentação dos dois jogadores para que possam atuar na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil. Afinal, estarão fazendo apenas exames médicos e treinando leve dois dias após se apresentarem.

Petrobrax para iniciantes


A manchete da Folha de S.Paulo estampa: "Petrobras gastou R$ 47 bi sem licitação em seis anos". Tiro à queima roupa. Vamos, portanto, à CPI. Quem for brasileiro que siga Arthur Virgílio. Mas, aí, vem o maldito segundo parágrafo: "Amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso em 1998 e em decisões do Supremo Tribunal Federal, a petroleira contratou sem licitação....". Entre 2001 e 2002, no governo FHC, a empresa contratou cerca de R$ 25 bilhões sem licitações, em valores não atualizados. O artigo é de Leandro Fortes, no blog Brasília, eu vi.

Leandro Fortes
Do blog Brasília, eu vi

Eu estava mesmo querendo falar sobre essa incrível cruzada ao fundo do poço que a oposição, PSDB à frente, decidiu empreender contra a Petrobras, justo no momento em que a empresa se posiciona como uma das grandes do planeta. Sim, a inveja é uma merda, todo mundo sabe disso, mas mesmo a mais suntuosa das privadas tem um limite de retenção. Como não se faz CPI no Brasil sem um acordo prévio com publishers e redações, fiquei quieto, aqui no meu canto, com meus olhos de professor a esperar por um bom exemplo para estudo de caso, porque coisa chata é ficar perdido em conjecturas sem ter um mísero emblema para oferecer aos alunos ou, no caso, ao surpreendente número de pessoas que vem a este blog dar nem que seja uma olhada. Pois bem, esse dia chegou.

Assinante do UOL há cinco anos, é com ele que acordo para o mundo, o que não tem melhorado muito o meu humor matutino, diga-se de passagem. De cara, vejo estampada, em letras garrafo-digitais, a seguinte manchete:

Petrobras gastou R$ 47 bi sem licitação em seis anos

Teca, minha cocker spaniel semi-paralítica, se aninha nos meus pés, mas eu não consigo ficar parado. Piso nas patas traseiras dela, mas, felizmente, ela nada sente. A dedução, de tão lógica, me maltrata o ânimo. Se tamanha safadeza ocorreu nos últimos seis anos, trata-se da Era Lula, redondinha, do marco zero, em 2003, até os dias de hoje. Nisso, pelo menos, a matéria não me surpreende. Está lá:

"Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras gastou cerca de R$ 47 bilhões em contratos feitos sem licitação, informa reportagem de Rubens Valente, publicada na Folha desta quarta-feira" (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Pá-pá-pá. Preto no branco. Tiro à queima roupa. Um lead jornalístico seco como biscoito de polvilho. Desde que chegou ao Planalto, Lula deixou a Petrobrás gastar 47 bilhões de reais em contratos sem licitação. Vamos, portanto, à CPI. Nada de chiadeira. Demos e tucanos, afinal, têm razão. Bilhões delas. Dane-se o Pré-Sal e o mercado de ações. Quem for brasileiro que siga Arthur Virgílio!

Mas, aí, vem o maldito segundo parágrafo, o sublead, essa réstia de informação que, pudesse ser limada da pirâmide invertida do texto jornalístico, pouparia à oposição tocar a CPI sem o constrangimento de ter que bolar malabarismos retóricos em torno das informações que se seguem. São elas, segundo a Folha On Line:

Amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso em 1998 e em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), a petroleira contratou sem licitação serviços como construção, aluguel e manutenção de prédios, vigilância, repasses a prefeituras, gastos com advogados e patrocínios culturais, entre outros. O valor corresponde a 36,4% do total de gastos com serviços (R$ 129 bilhões) da petroleira de janeiro de 2003 a abril de 2009.

A prática não começou com Lula. Somente entre 2001 e 2002, sob a administração de Fernando Henrique (PSDB-SP), a petroleira contratou cerca de R$ 25 bilhões sem licitações, em valores não atualizados.

Parem as rotativas digitais! Contenham as massas! Abatam os abutres! Como é que é? Volto à minha sala de aula imaginária (só poderia ser, porque hoje eu nem dou aula). Vamos fazer uma análise pontual do texto jornalístico, menos pelo estilo, impecável em sua dureza linear, diria até cartesiana, mas pela colocação equivocada das informações. Depois caem de pau em cima de mim porque defendo a obrigatoriedade do diploma. Vamos lá:

1) Na base da pirâmide invertida, há uma informação que deveria estar no lead e, mais ainda, no título da matéria. Senão, vejamos. Se entre 2001 e 2002 a Petrobras gastou 25 bilhões, “em valores não atualizados” (???), em contratos sem licitações, logo, a matéria deveria começar, em seu parágrafo inicial, com a seguinte informação: “Nos últimos oito anos, a Petrobras gastou R$ 72 bilhões (R$ 47 bilhões + R$ 25 bilhões, “em valores não atualizados”) em contratos sem licitações. Então, CPI nessa cambada! Mas que cambada? Sigamos em frente.

2) O mesmo derradeiro parágrafo informa que a “prática” se iniciou “sob a administração” de Fernando Henrique Cardoso, aquele presidente do PSDB. Aliás, reflito, só é “prática” porque começou com FHC. Se tivesse começado com Lula, seria bandalha mesmo. Mas sou um radical, não prestem atenção em mim. Continuemos a trabalhar dentro de parâmetros técnicos e jornalísticos. Logo, a CPI tem que partir para cima do PT e do PSDB. Um pouco mais em cima do PSDB. Por quê? Explico.

3) Ora, até eu que sou jornalista e, portanto, um foragido da matemática, sou capaz de perceber que se a Petrobrax de FHC gastou R$ 25 bilhões (em valores não atualizados!) em contratos sem licitação em apenas dois anos, e a Petrobras de Lula gastou R$ 47 bilhões em seis anos, há um desnível de gastos bastante razoável entre um e outro. Significa, por exemplo, que FHC gastou R$ 12,5 bilhões por ano. E Lula gastou R$ 7,8 bilhões por ano. Ação, segundo a reportagem da Folha, “amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal)”. Poderia até acrescentar que a Petrobras vale no mercado, hoje, R$ 300 bilhões, e que valia R$ 54 bilhões quando FHC deixou o governo. Mas é preciso manter o foco jornal

4) Temos, então, uma lógica primária. Com base em uma lei de FHC, amparada pelo STF, a Petrobras tem feito contratos sem licitações, de 2001 até hoje. A “prática” é irregular? CPI neles! Todos. Mas, antes, hora de refazer o título e o lead!

Petrobrás gastou R$ 72 bi em contratos sem licitação, em oito anos

Desde 2001, durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até abril deste ano, a Petrobras gastou cerca de R$ 72 bilhões em contratos feitos sem licitação. Os gastos foram autorizados, em 1998, por um decreto presidencial assinado por FHC e, posteriormente, amparados por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre 2001 e 2002, a empresa, sob administração tucana, gastou R$ 25 bilhões em contratos do gênero, em valores não atualizados, uma média de R$ 12,5 bilhões por ano. No governo Lula, esses gastos chegaram a R$ 47 bilhões, entre 2003 e abril de 2009, uma média de R$ 7,8 bilhões anuais.

Bom, não sei vocês, mas eu adoro jornalismo. Em valores atualizados, claro.

CPI já

Ela não quer e articula nos bastidores, como mostra a charge do Kayser. Mas vai sair a CPI contra a Corrupção no governo de Yeda Crusius.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

PSDB x DEM

Quem não é gaúcho deve estar pasmo com as últimas notícias políticas do Rio Grande do Sul. O vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM) já protagonizou diversas denúncias contra assessores da governadora Yeda Crusius (PSDB). Inclusive, apóia a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para julgar o governo. Pois o PSDB faz o mesmo. Parlamentares do partido estão avaliando o pedido de impeachment contra o vice. Detalhe: Feijó é um empresário que não é político, e Yeda é uma política que admite ingerência no seu governo. Por isso, estamos assistindo à maior baixaria no Estado que se considerava o mais polítizado e ético do Brasil. Sinal dos tempos!

Colorado acredita sempre


Eu estava no estádio e assisti a mais uma partida dramática do meu Inter contra o Flamengo. O gol de falta do Andrezinho aos 44 minutos do segundo tempo foi um prêmio para um equipe que tem um pegador como o Guiñazu, que desmarca como ninguém e arma com qualidade. Foi uma justiça para um clube que tem um trio como D´Alessandro, Nilmar e Taison (os dois últimos foram artífices do primeiro gol). E um prêmio para um grupo que é realidade e não está apenas no papel. Afinal, o reserva Andrezinho entra, surge uma falta e pede ao líder D´Alessandro para bater. O argentino tinha confiança no carioca. E não deu outra: 2 a 1 para o colorado. Aí foram comemorar juntos (foto acima, de Edu Andrade/Futura Press).


O resto foi explosão da massa presente no Beira-Rio e em todo o Brasil. Na foto acima (Alexandre Lops/Inter), o guri Taison comemora com parte dos 50 mil colorados que estavam no estádio. Estamos na semifinal da Copa do Brasil, mas não devemos baixar a guarda. O Coritiba não é time morto.
Mas eu acredito no Inter, como acreditei ontem nos minutos finais do jogo. O jogo foi uma espécie de eletrocardiograma para mim e para milhares de colorados. Passamos!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Agora, a CRISE é amenizada pelo empresariado que DEMITIU em nome dela

O empresariado é o avalista da economia brasileira. É ele quem é chamado a opinar na grande mídia sobre o crescimento ou queda do PIB, da inflação, do emprego. Ao trabalhador é destinado um papel secundário. Ou nenhum. Mesmo que ele tenha sido o maior prejudicado por uma crise superdimensionada, que resultou em desemprego e congelamento de salários.
Nos últimos dias, contudo, tenho lido nos grandes jornais que o pior da crise já passou porque houve estabilização na taxa do desemprego, o consumo aumentou e o número de pobres continua diminuindo. Pergunta: será que houve um motivo real para que muitos grupos promovessem demissões em massa? Outra: será que o consumo caiu muito nos últimos meses? Pois agora os mesmos empresários que demitiram estão dizendo que a economia brasileira está recuperando o seu fôlego.
Dois dados publicados recentemente chamam a atenção por terem acontecido em meio à suposta crise. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no período de outubro de 2008 a março deste ano, 316 mil pessoas saíram da pobreza nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil em relação ao fim de setembro de 2008. Isso aconteceu em plena "crise".
Outra informação que valoriza atuação do Governo brasileiro. Estudo da escola suíça de negócios IMD, em parceria com a Fundação Dom Cabral, mostra que o Brasil ficou em este ano em 40º lugar entre as 57 nações analisadas. No ano passado, estava em 43º lugar. A pesquisa mostrou a melhora na performance econômica brasileira, que ganhou 10 posições nesses item e ocupa agora o 31º lugar.
Pois é, tudo isso em plena crise. Ou seja, o Brasil do presidente Lula estava preparado para a crise e foi afetado menos do que grandes potências. Algo que muitos analistas da grande mídia e opositores tradicionais não reconhecem.

terça-feira, 19 de maio de 2009

À vitória, Inter!


O Beira-Rio estará assim amanhã, no jogo contra o Flamengo. Nosso time e a torcida colorada (eu no meio dela) serão os grandes vitoriosos.
Vamos, vamos Inter....

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Governo Yeda será avaliado em CPI

Com o surgimento de novas denúncias, a tendência é que a CPI do Governo Yeda seja instalada e todas as denúncias feitas na mídia sejam analisadas com rigor. Os parlamentares do PDT - fiel da balança - tendem a colocar suas assinaturas no requerimento proposto pelo PT. As irregularidades são tantas que não dá mais para segurar. Nem mesmo a mídia apoiadora poderá freiar o desejo que não é da oposição, mas da população gaúcha, cansada de ver o Estado dito politizado ser transformado em símbolo de falcatruas, caixas dois e corrupções. Os atores já estão prontos para entrarem no palco e apontarem os desvios. Tomara que o palanque não seja eleitoreiro, como é o da CPI da Petrobrás criada em Brasília.

Inter volta a ser o Inter contra o Palmeiras

Gostei de ver o Internacional diante do Palmeiras. Hoje, o time iniciou a partida sem alguns titulares que estarão em campo na próxima quarta-feira, na decisão com o Flamengo por vaga às semifinais da Copa do Brasil. Magrão, lesionado, e os zagueiros Índio e Álvaro ficaram de fora da partida. D'Alessandro, Guiñazu, Nilmar e Kléber também ficaram no banco. Com isso, o Inter começou o jogo com apenas quatro titulares: Lauro Bolívar, Sandro e Taison. E deu conta do recado, fazendo um gol logo no início - com Danny Moraes, após jogada magistral de Taison, o melhor em campo. Obviamente, o Palmeiras completo foi para cima no segundo tempo, mas encontrou a fortaleza defensiva do Inter, que não leva gol a mais de 500 minutos.


Criticados nos dois últimos jogos, D´Alessandro e Taison foram importantes hoje


Contudo, com o perigo rondando a área, Tite fez Guiñazu, D´Alessandro e Nilmar entrarem em campo na metade final do segundo tempo e não deu outra. Uma jogada iniciada pelo cholo argentino no meio de campo foi parar nos pés de Taison na ponta esquerda. O guri cruzou, Nilmar chutou à queima-roupa para defesa parcial de Marcos e D´Ale estufou as redes, selando o marcador e colocando o Inter na liderença do Brasileirão. Agora, é repetir - ou melhorar - a atuação contra o Flamengo que estaremos a quatro partidas do título da Copa do Brasil e com passaporte garantido para a Libertadores 2010.
Eu confio e estarei lá apoiando meu time centenário.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Inter: chega de oba-oba

O Internacional não é o mesmo time que levantou do Gauchão 2009, com algumas léguas de distância sobre os demais participantes. O conjunto que enfrentou o Corinthians, ganhando graças ao golaço de Nilmar, e empatou no sufoco com o Flamengo está sentindo falta dos craques D´Alessandro e Taison. Sim, os jogadores que brilharam no Gauchão e em alguns jogos da Copa do Brasil não apareceram em campo nos últimos jogos. Marcação? Cansaço? Lesão? Não sei quais as razões, mas está na hora de chamar os dois a um canto e cobrar mais atitude Caso contrário, o Inter pode parar no Flamengo em pleno Beira-Rio. Afinal, o alardeado trio de ouro do Inter, que o colocara como principal time do País fazem dez dias, não pode ser desmanchado. Viver só de Nilmar não dá.
O empate em 0 a 0 no Maracanã não foi ruim pois transfere a decisão para o caldeirão do Beira-Rio na próxima quarta-feira. Pode até ter ajudado porque acaba com o oba-oba em cima do Inter, cantado em prosa e verso como o bicho-papão do ano. Não é! O negócio é voltar a jogar bem como vinha fazendo anteriormente, especialmente em sua casa.

Pediatra e jornalista...

Muito interessante este anúncio feito pela agência Síntese, a pedido do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Paraná. Vai ao encontro do que sempre defendemos: o diploma não é essencial apenas para o profissional que o obtém, mas para toda a sociedade.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Desabafo em Paraíso

Li ontem no Observatório de Imprensa um belo texto produzido pela colega Emanuelle Najjar, São José do Barreiro (SP). Ela fala de novelas e de Jornalismo. Ou seja: personagens falando da nossa bela profissão e fazendo comparações entre os jovens que chegavam ontem às redações e os que estão entrando hoje. Pura realidade!


Emanuelle Najjar


Ontem, quarta feira (6/5), me surpreendi assistindo a uma novela.
Não, não foi a atual menina dos olhos Caminho das Índias. A surpresa que eu tive ficou por conta de Paraíso, novela de Benedito Ruy Barbosa. E meu espanto não tem nada a ver com algo que chame a atenção na história, ou atitudes questionáveis de personagens. Pelo contrário, me surpreendi com a função social do texto apresentado em uma das cenas. Não uma função comum, ou merchandising social, como já é hábito de alguns autores. Mas a força do que foi dito e a quem essas palavras possam ter sido dirigidas.
Em uma cena, um antigo jornalista conversa com um novato recém-saído da faculdade. O jovem é sócio de um amigo na criação de uma rádio para a pequena cidade de Paraíso, cenário da trama. Não tenho a transcrição dos diálogos, mas posso oferecer algo bem próximo disso. Talvez o bastante para entender, já que prestei bastante atenção na cena, quando percebi o que ia acontecer.

As três premissas da profissão

Houve comparações...

"No meu tempo, os novatos começavam limpando o chão da redação enquanto viam os mestres trabalhando. (…) Os de hoje saem da faculdade cheios de sonhos e planos, achando que sabem tudo e querendo mudar o mundo... e no primeiro tombo, acabam desistindo."

E lamentos...

"O problema é que os outros não querem saber de mudar o mundo. Dá muito trabalho. Esse povo quer é pão e circo."

"Mas não precisamos dar o que eles querem. Podemos oferecer mais. Podemos oferecer discernimento."

"Discernimento? Mas será que esse povo sabe o que é discernimento?"

"Não sei, mas nós podemos ensinar. Ensinar é uma das funções do jornalista, não é?"

Quando eu estava na faculdade, tinha um professor que falava isso. E como ouvi. Durante dois anos, ouvi que a profissão tinha três premissas: educar, criar memória, e transformar a realidade. Essas seriam as obrigações dos jornalistas. E era justamente nessa tecla que os personagens estavam batendo.

Um desafio e tanto

E é a verdade. Parece romântico, mas a realidade é dura.

A princípio, os recém-formados saem mesmo das salas de aula com a cabeça cheia de teorias e sonhos. E no primeiro obstáculo acabam emperrando. Às vezes, por encarar como primeira função uma cobertura de crimes de rua, obituários ou plantonistas de delegacia.

E nessa profissão, os que se destacam são aqueles que não desistem ao descobrir que muito do que pensavam sobre salário, respeito e glamour eram ilusórios. Ser jornalista exige paciência e persistência. É, sim, uma profissão bela, mas é bem mais que ler notícias no JN ou apresentar a previsão do tempo.

Jornalista ganha pouco, engole muito sapo, trabalha muito e sem hora marcada. Carrega responsabilidades imensas. Mudar o mundo não é uma coisa fácil, mas faz parte das nossas funções. Por ela passamos por grandes dificuldades. Os sonhos dos novatos são necessários. Mas ter os pés no chão também é o requisito.

Ensinar, não é fácil. Oferecer discernimento idem. Transformar a realidade em plena era de "pão e circo"? Um desafio e tanto.

Quem se habilita?

terça-feira, 12 de maio de 2009

Grande mídia assume papel de situação no Escândalo Yeda

Ao ler os jornais, ver e escutar programas de televisão e rádio nos últimos dias, não é difícil concluir que parte da mídia gaúcha assumiu o papel de situação no escândalo envolvendo a governadora Yeda Crusius e seus assessores. O objetivo é diminuir o papel dos denunciantes e oferecer espaço generoso para a turma que está no poder. O caso do "marido" da governadora é um exemplo. Quem pautou e continua informando com mais isenção o caso é a grande imprensa do Centro do País. O escândalo virou assunto nacional, mas parte da mídia local o trata como "denuncismo da oposição". Não foi assim que agiu no Governo Olívio Dutra, quando comentaristas vociferavam nas rádios e televisões contra o petista. Alguns canais chegaram a transmitir ao vivo, por longas horas, da Assembléia Legislativa. Agora, os interesses são outros...

Finalmente a chuva "deu o ar da graça"



Da janela de meu apartamento, em Porto Alegre, vislumbrei um grande espetáculo hoje pela manhã. Depois de uma estiagem que fez secar pastos e provocou estragos significativos na agricultura, ocorreram precipitações em todo o Estado. Nada que possa ajudar o campo, mas já é um sinal de que a seca pode estar indo embora. Fala-se que amanhã choverá novamente. Tomara que aconteça isso, para o bem dos agricultores e para nós, consumidores. Falta de água prejudica lavouras e pastagens, provocando escassez em série de alimentos (arroz, feijão, milho, carne, frango, leite, queijo, etc) e, consequentemente, aumento nos preços.




Entidades pedem retratação de deputado

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) manifestaram, em nota oficial conjunta, a exigência de uma retratação imediata do deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS). Na semana passada, o parlamentar classificou o trabalho dos jornalistas como de "pouca vergonha" e insinuou que muitos profissionais fazem “falsas afirmações” em suas reportagens. As duas entidades exigem também que, se for o caso, o parlamentar gaúcho que aponte quais são os profissionais que falseiam a verdade no exercício da profissão.
O artigo 11º do Código de Ética do Jornalista aponta que o profissional não pode divulgar informações obtidas de maneira inadequada que visam interesse pessoal ou vantagem econômica. Isto é, reproduzir reportagens com o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração. O sindicato e a ARI afirmam ser contra o uso desta prática e esclarecem que, no caso do deputado, ele fez questão de fazer todas as ofensas sem qualquer resguardo público e decoro parlamentar.
A nota oficial ainda aponta que “por ser uma profissão de caráter social, os jornalistas brasileiros têm obrigação de mostrar a toda população o trabalho de seus representantes, mesmo que estes tenham atitudes como a do parlamentar, que faz questão de dizer que ‘se lixa para a opinião pública’”. As entidades defendem que o deputado terá que ser responsabilizado pelos seus atos, sendo prioritária a sua saída da relatoria do processo de cassação do deputado Edmar Moreira e consequentemente do Conselho de Ética da Câmara.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

E se o seu time fosse uma banda?

Muito boa esta. Meu time está bem colocado....



Grêmio = Sepultura
Um de nossos sucessos internacionais.
Mas na terra do molejo e do samba faceiro, muitos acham que
eles pegam pesado demais.



Internacional = Led Zeppelin
Reinou nos anos 70 e morreu nos 80.
Seus líderes conseguiram juntar os cacos e voltar nos anos 2000, com uma inesquecível turnê mundial.



Corinthians = Michael Jackson
Um dos mais populares da história, envolveu-se em escândalos e até mudou de cor.
Têm apostado em criancinhas como Lulinha e Dentinho.


Palmeiras = Aerosmith
A banda tem enorme tempo de estrada.
Mas suas músicas só atingem o estrelato quando faz alguma parceria.


São Paulo = Queen
Já foi eleita a melhor do mundo uma quantidade de vezes.
E um dos seus integrantes é assumidamente homossexual.


Santos = Beatles
Nos anos 60, não tinha pra ninguém.
Só que até hoje é lembrado no mundo inteiro pelos sucessos de 40 anos atrás.


Vasco = Oasis
Banda de qualidade e importância inquestionáveis.
Todo mundo quer gostar dela quando ouve, mas a imagem do ex-líder faz muita gente ainda sentir aversão.


Fluminense = Titãs
Banda charmosa e simpática e, no Brasil, é querida por muitos.
O problema é que ninguém nunca ouviu falar fora de nossas fronteiras.


Botafogo = Rolling Stones
Seria o maior da década de 60, se não houvesse um rival mais popular.
Teve seu Satisfaction em Garrincha. Há alguns anos retomou o rumo e está feliz da vida.


Cruzeiro = Paralamas do Sucesso
Na América do Sul é respeitado e campeão de vendas.
Mas quando participa de um festival com bandas européias é café com leite.


Flamengo = Jorge Ben Jor
Há muito tempo não produz um grande sucesso.
Mas é incrível como segue popular e nunca sai da moda.


Coritiba = Banda Blitz & Ewandro Mesquita
Um raro sucesso nos anos 80, que os seus fãs ainda cantam nos dias atuais, por falta de outras músicas boas...


Ponte Preta & Guarani = Chitãozinho e Xororó
Quando apareceram, ganharam muitos fãs pelo Brasil, viraram febre, mas nunca foram unanimidade.
Depois de um tempo, e de tantas imitações, se relegaram aos seus poucos fãs do interior.


Goiás = Leonardo
Tomou espaço de outros similares, e vez ou outra emplaca um sucesso, mas nunca chegando ao topo como seus inspiradores.


América-RJ = Erasmo Carlos
Parceiro na panela Jovem (RJ) da década de 60, hoje em dia vive só de nome e de lembranças dos saudosistas e dos poucos fãs malucos que são diretores de TV.


Remo = Calypso
Orgulho do Pará, e só do Pará.


Atlético Paranaense = Amy Winehouse
Já foi muito badalada e considerada a estrela mais promissora dos últimos tempos.
Mas atualmente é boçal, desperta ódio em todos e está para morrer a qualquer momento.


Paraná Clube = Los Hermanos
Seus poucos fãs juram que a banda é muito boa.
Mas, fora eles, ninguém mais no mundo sabe que ela existe.

Chuva é alimento...

Os corredores e as pessoas que caminham ou passeiam nos parques estão felizes da vida. Não chove faz tempo e isso é bom para o cultivo de seus prazeres. Contudo, lembro que temos que comer para nos manter vivos. E a falta de chuva aqui no Sul do Brasil significa quebras nas produções de arroz, feijão, soja, milho, carne, leite, hortigranjeiros e outros alimentos.
Ontem, passei rapidamente pelos campos onde o gado pasta e onde o milho deveria estar bonito para ser colhido. É uma desolação. As pastagens estão secas, e o gado tenta arrancar o ralo alimento amarelado.
Por tudo isso, torço para que os meteorologistas estejam certos e que, a partir de amanhã, chova muito forte nas regiões produtoras gaúchas. E que continue chovendo nos próximos dias. Azar da nossa caminhada ou do passeio no parque. Temos outros dias ao longo do ano para isso. A consciência é mais importante neste momento.

Nilmaravilha, Nilmaradona...



O atacante colorado Nilmar já entrou para a história do Estádio Pacaembu (São Paulo), dos conflitos contra o Corinthians, do campeonato brasileiro de 2009 e, quem sabe, de todas a competições já realizadas no Brasil. O gol que fez ontem foi uma pintura, uma obra de gênio. Se fosse Ronaldo o autor, já estaria canonizado. Mas a turma do eixo Rio/São Paulo não costumava tratar da mesma forma jogadores que atuam em clubes periféricos, como eles consideram os grandes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais.

Bem, o gol foi demais. A ponto de me deixar vibrando como se tivesse ganho mais um campeonato. Nilmar recebeu um lançamento de D´Alessandro para Nilmar e partiu da ponta direita em alta velocidade, sua caracterísitca. Passou por um, dois, três, quatro, cinco marcadores. Entrou na área, deu um corte no sexto defensor e chutou rasteiro e colocado no canto do goleiro Felipe. Um gol antológico deste guri criado no Beira-Rio, de onde nunca deveria ter saído. Nilmar é Inter. O Inter é candidato ao título. Basta jogar um pouco mais do que ontem. Eu acredito que na quarta-feira contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, D´Alessandro e Taison acordem e voltem a desenvolver o grande futebol das partidas anteriores. Vamos, Inter.

Mexicanos excluídos garante dois WO na Libertadores

Sempre achei um absurdo que clubes mexicanos que participem da Copa Libertadores da América e, se ganharem a competição, não disputem o Campeonato Mundial Interclubes no final do ano. Não concordo que eles sejam convidados porque estão filiados à Concacaf, – a Confederação que reúne os clubes das Américas Central e do Norte e do Caribe. Esta disputa já dá o passaporte para a competição da FIFA. Então, se não podem ir ao Mundial, não deveriam disputar a Libertadores. Erro da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Agora, a entidade comete nova bobabem. Na definição dos 16 clubes que passaram para a fase de mata mata do torneio, os mexicanos Chivas e San Luis estão incluídos. Com justiça, na bola e na competência. Aí surge a gripe que começou em território mexicano e assusta o mundo. Como agiu a Conmebol? Primeiro, adiou em uma semana a realização das primeiras partidas em território mexicano. Depois, tentou marcar os jogos, mas São Paulo e Nacional (URU) avisaram que não viajariam para o México, exitando expor suas delegações ao vírus.
Com intenção de agradar seus afiliados sul-americanos - os mexicanos não são - a Conmebol sugeriu que fossem realizadas uma partida única nos territórios brasileiro e uruguaio, valendo a classificação para as quartas de final do torneio. A Federação Mexicana de Futebol não aceitou e anunciou a retirada dos clubes mexicanos da Copa Libertadores da América. São Paulo e Nacional se classificam automaticamente para a próxima fase.
Pergunta que faço, para não me alongar mais: por que a Conmebol agiu rapidamente, desclassificando os mexicanos - que são convidados - e convocando os terceiros colocados para substituí-los? Isso impediria as vitórias por WO de São Paulo e Nacional e não levantaria dúvidas sobre o torneio. Agora, se um destes clubes for campeão, sempre vai pairar uma dúvida sobre a legalidade das ações da Confederação. Ou, no mínimo, legitimidade.

sábado, 9 de maio de 2009

Mãe

Todos que estão lendo esta mensagem sabem o imenso valor de uma pequena palavra na vida de cada um.

Com a MÃE, há sempre a garantia de colo, de um dengo, de uma ternura em sua voz, de um toque de amor e da doação que acalma e nos deixa em paz.

Estou consciente que este dia, sempre marcado no segundo domingo de maio, é prioritariamente comercial. É hora de dar presente. Que seja assim, mas que tenha a companhia do carinho.

Que este dia sirva de reflexão para os demais dias do ano. Afinal, MÃE é para sempre e não pode apenas de um dia. Lembrando minha mãe Suely, com quem vou estar neste domingo, quero abraçar a todas as minhas amigas que são avós, mães e filhas. Todas são especiais.

Beijão e bom domingo!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Algumas verdades sobre Lula

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores...
Lula, que não entende de economia, e pagou a conta do entreguista FHC, zerou a dívida externa e ainda dá algum aos ricos…
Lula, que não entende de educação, pois é analfabeto, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos e ainda criou o PROUNI, que permite que filho de pobre vá à universidade…
Lula, que não entende de finanças, nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares e não quebrou a Previdência, como dizia FHC…
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo… Mas o Partido da Imprensa Golpista – PIG (Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, O Globo, Veja, Época, Rede Globo), que entende de tudo, acha que não… (Monopolizada por meia dúzia de famílias aristocráticas, essa imprensa, que tanto distorce a imagem do governo Lula perante a nação, está a cada dia mais desacreditada e, para felicidade geral, já entrando em falência.)
Lula, que não entende de pesquisa, nem de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Pró-Álcool, acreditou no biodisel e levou o país à liderança mundial em combustíveis renováveis…
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, e ainda enterrou o G8…
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou a Alca às favas, olhou para os parceiros do Sul e especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança sem ser imperialista, e tem trânsito livre com Chaves, Fidel, Obama, Evo etc…
Lula, que não entende de mulher nem de preto, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), pôs uma mulher no cargo de primeira-ministra e deu a eles todo o poder que seus cargos lhe conferem, sem preconceito...
Lula, que não entende de etiqueta, foi colocado sentado ao lado da rainha do Reino Unido e afrontou nossa fidalguia branca de olhos azuis...
Lula, que não entende de desenvolvimento e nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise…
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre…
Lula que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado como uma das pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual…
Lula não entende nada de nada mais ainda é melhor que os outros…
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha uma empatia e uma relação direta com Bush, notada até pela imprensa norte-americana, e agora já tem a simpatia do Obama...
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador, lá nos States...
Lula, que não entende de geografia, pois nunca viu um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas...
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal...
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado dentro e fora do Brasil...
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Quinze anos sem Ayrton Senna do Brasil



O homem que aparece acima, erguendo um troféu, é meu ídolo. Morreu trabalhando no Dia do Trabalhador. Faz hoje 15 anos da morte de Ayrton Senna, para mim o piloto mais talentoso, brilhante e destemido que conduziu um Fórmula 1. Lembro como se fosse hoje. Diferentemente do que sempre ocorria em algumas manhãs de domingo ao longo de uma década, naquele lº de maio de 1994 eu não estava em frente ao televisor. Fora visitar meus pais em Barra do Ribeiro (RS), minha terra natal, e me encontrava no interior de um ônibus. Se não tinha televisão, havia o radinho de pilha. Foi através das ondas radiofônicas que ouvi as palavras assustadas do locutor ao informar do grave acidente com Senna.
Cheguei na casa dos meus "velhos" e sintonizei o canal de televisão. Bastaram alguns minutos para que eu ouvisse o Reginaldo Leme dizer, com voz embargada: "Ayrton Senna está morto". Foi um choque para todos, que se olhavam sem entender nada.
Aquele 1º de maio foi dedicado totalmente a Senna. Ou melhor: aquele dia e os demais, até que fosse enterrado, depois de uma despedida emocionante e justa pelas ruas de São Paulo.
Importante lembrar: Senna disputava o GP de San Marino, na pista italiana de Ímola, e o quadro era estranhamente desfavorável para ele. Schumacher, com a Benetton, ganhara as duas primeiras corridas da temporada, e o brasileiro, favorito ao título, não tinha qualquer ponto. Precisa vencer aquela prova de qualquer maneira. Entretanto, alguma coisa dizia que o fim-de-semana seria diferente, e trágico. Começou com um acidente violento de Rubens Barrichello nos treinos de sexta-feira e foi marcado tragicamente pela morte do austríaco Roland Ratzenberger no sábado. No domingo, dia da corrida, o ambiente era pesado. Senna parecia tenso. A partida teve logo um acidente com Pedro Lamy como protagonista. No recomeço, Senna era líder e, inesperadamente, na curva Tamburello, o seu Williams guinou e foi bater no muro de betão a 300 quilômetros/hora. O resto da história é conhecido: o caso seguiu para os tribunais, nasceu um mito. Não haverá outro.
E as manhãs de domingo nunca mais foram as mesmas...

Em tempo

É importante e necessário informar que consegui entregar minha declaração do Imposto de Renda. Nos minutos finais, quase na prorrogação...
Desta vez, porém, não me aventurei a fazer sozinho o trabalho. Um anjo da guarda - a contadora Adelina - se encarregou da tarefa e me colocou em dia com o Leão.
Até o ano que vem!

FIJ denuncia Governos europeus que "vigiam" jornalistas

O secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Aidan White, denunciou hoje que Governos de países europeus vigiam o trabalho dos jornalistas do Velho Continente, o que, segundo sua opinião, "põe em perigo" o importante papel que esses informadores desempenham na democracia.
White defendeu que se generalizou na Europa a vigilância por parte das autoridades policiais de contas de e-mail e de ligações telefônicas de profissionais de comunicação sob o pretexto da segurança nacional e da luta contra o terrorismo.
Em entrevista coletiva realizada por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que será celebrado domingo (3 de maio), o secretário-geral citou, concretamente, Dinamarca, Itália, Reino Unido e Alemanha, embora tenha dito que essa é uma tendência com registros em toda a Europa.
Além disso, acrescentou que os meios de comunicação europeus enfrentam vários desafios, como a crise econômica, as mudanças na forma de transmitir e receber a informação e a queda na venda de jornais.
Para White, estão ocorrendo "mudanças históricas" no mundo da imprensa que devem servir para "restaurar o papel dos meios de comunicação europeus" e, desse modo, "evitar que as democracias sofram um dano real".
No entanto, disse que, em todo o mundo, os Governos caem na "hipocrisia, na censura e na negligência", já que assumem compromissos e declarações para garantir a liberdade de imprensa que, finalmente, não cumprem.
A FIJ também apresentou durante a coletiva de imprensa de hoje seu relatório anual sobre a situação do jornalismo no mundo árabe.
O relatório lamenta a situação da região como consequência dos diferentes conflitos locais, assim como as legislações de determinados países que, em geral, limitam e inclusive, "castigam", os jornalistas.
A FIJ também anunciou que não participará das celebrações pelo Dia Mundial da Liberdade de Imprensa que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) organizará na próxima semana no Catar.

Fonte: EFE

Aos que vierem depois de nós


Bertolt Brecht
(Tradução de Manuel Bandeira)



Realmente, vivemos muito sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.

Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranqüilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?

É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
[(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"

Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.

Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios.


Para as cidades vim em tempos de desordem,
quando reinava a fome.
Misturei-me aos homens em tempos turbulentos
e indignei-me com eles.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

Comi o meu pão em meio às batalhas.
Deitei-me para dormir entre os assassinos.
Do amor me ocupei descuidadamente
e não tive paciência com a Natureza.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

No meu tempo as ruas conduziam aos atoleiros.
A palavra traiu-me ante o verdugo.
Era muito pouco o que eu podia. Mas os governantes
Se sentiam, sem mim, mais seguros, — espero.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

As forças eram escassas. E a meta
achava-se muito distante.
Pude divisá-la claramente,
ainda quando parecia, para mim, inatingível.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

Vós, que surgireis da maré
em que perecemos,
lembrai-vos também,
quando falardes das nossas fraquezas,
lembrai-vos dos tempos sombrios
de que pudestes escapar.

Íamos, com efeito,
mudando mais freqüentemente de país
do que de sapatos,
através das lutas de classes,
desesperados,
quando havia só injustiça e nenhuma indignação.

E, contudo, sabemos
que também o ódio contra a baixeza
endurece a voz. Ah, os que quisemos
preparar terreno para a bondade
não pudemos ser bons.
Vós, porém, quando chegar o momento
em que o homem seja bom para o homem,
lembrai-vos de nós
com indulgência.