terça-feira, 7 de julho de 2009

A veneração do colunismo

Quem é mais importante: a informação ou o responsável por apurá-la?
Qualquer jornalista - ou mesmo quem não é - sabe que a notícia vale muito mais, não interessando quem a produz. Isso nós aprendemos na academia ou com veterenos colegas de redação.
No entanto, nos últimos anos, alguns jornais criaram a cultura do colunismo. Com ela, a veneração de quem escreve. No início, algumas colunas receberam um 3x4 do colunista. Hoje, o tamanho aumentou e aparece até na capa ou na contracapa dos diários. E a notícia? Muitas vezes é menor que a foto, ou é pouco importante. Interessa é que a cara do "artista" apareça.
Convém ressaltar que esta veneração é oferecida exclusivamente ao colunista, que muitas vezes se vale da informação de colegas ou mesmo de releases que chegam por e-mail. O repórter, que exerce a função mais nobre do jornalismo, aparece apenas na assinatura. Se tiver. Está certo: a reportagem que apurou é mais importante que ele.

4 comentários:

Jornalisa disse...

Desculpe o comentário rude - mas isso a que vc. se refere eu chamo de jornalismmo de bunda na cadeira. E também desprezo essa prática.
Hoje em dia, muitos veículos se limitam a viver seu dia a dia graças às notícias repassadas pelas agências de notícias.
Simplesmente reescrevem o que já foi escrito, sem sequer um olhar mais atento.
E com o colunistas a situação é pior. Prevalece suas opiniões sobre determinados acontecimentos, que eles só conhecem por informações de terceiros.
O jornalsmo presencial, investigativo, esse está cada vez mais esquecido e menos praticado.
E ainda falam que o diploma não é necessário. Um bom repórter sabe como buscar os vários ângulos de um fato para conseguir uma matéria impactante ou, pelo menos, honesta.
Abços.

Anônimo disse...

O que se percebe é que a notícia tem sido vista como produto mercadológico, uma opção de "up" nas vendas de imagem, nomes e, sobretudo, de marcas do mercado. Subservientes ao poder do patrocínio, editores oferecem cada vez mais espaço a uma cultura de menos utilidade social. E o leitor? Esse segue desorientado sua busca consumista de ingormação inútil.

Paskut disse...

Acredito na profissão de Jornalista, tanto que estou deixando a Faculdade de Ciência da Computação na UNIP, por não querer desenvolver Software, mas WEB, e entrando na de Jornalismo nas Faculdades COC.
Fiz o ENEM, tirei nota 80, passei no Pro Uni, para as duas faculdades, e tive que optar por uma.
Também, ganhei bolsa de 80% no SENAC, para Indesign Editoração Eletrônica CS4, onde vou aos sábados.
O Diploma para mim, será mais um no currículo, porque o que eu quero mesmo, é corrigir as minhas falhas, aprender novas técnicas e desenvolver melhor o pouco que faço.
Abração.

André disse...

Tens meu apoio em tudo que escreveste, Jorge.
Abração.