Olho o calendário e vejo quatro dias metidos no meio dos sonhos de muitas pessoas. Esperam 2012 os que venceram e querem avançar a conquista.
Esperam o novo ano os que tiveram derrotas e querem transformar o novo ano em retomada.
Mas faltam quatro dias. O que fazer deles?
Já ouvi foguetes espocarem pela cidade. Apressada esta gente.
Já vi despedidas de pessoas que saíram de mala e cuia para outros rincões do Brasil ou fora dele. Organizada esta gente.
Mas a maioria ainda olha na folhinha a imagem que vislumbrei.
Faltam quatro dias, balbuciam angustiados. E como demora a passagem destes dias. Muitos gostariam de dormir e acordar em 2012, com seus sonhos em plena realização.
Sabe que não seria uma má ideia. Afinal, muitos não pegariam seus carros e correriam para a praia, sujeitos a engrossarem aquela estatística que costuma pegar os desprevenidos, os imprudentes, os alcoolizados.
Não seria melhor ficar olhando o calendário, deixando o tempo passar?
Afinal, amanhã faltarão três dias. Depois, dois. E um.
Os fogos espocam por todo lado, a bebida jorra, o carro acelera.
Não pensa nisso: congela o tempo e não olha os dias que faltam.
E os sonhos?
Que vida!
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