domingo, 12 de julho de 2009

E Tite? E os jogadores? E Carvalho?

Perguntas que não querem calar:
- Vamos esperar por uma derrota acachapante no Gre-Nal para despacharmos o pastor Tite?
- A direção, com Carvalho à frente, é também responsável pelo declínio do Inter na medida em que apoiou - ou impôs - escalações diversas nas competições, retirando o conjunto do time?
- O vestiário do Inter está sob controle ou totalmente à mercê das ocasiões do momento?
- O preparo físico dos jogadores é mantido pela continuidade ou pelo "descanso"?
- Jogadores considerados craques funcionam apenas quando estão livres e sem marcação?
- A defesa do Inter é a que jogou contra o Corinthians (Copa do Brasil), LDU (Recopa e Flamengo e Atético Paranaense ou a do Gauchão e de boa parte dos jogos do Brasileirão?
- Por que Andrezinho joga um bolão quando entra no segundo tempo e é medíocre ao ser colocado como titular desde o início da partida?
- O que Tite pensa ao trocar um lateral por outro quase no final de um jogo em que está perdendo, tendo no banco um atacante veloz (Bolãnos)?
- Quem é titular no Inter?
- Fernando Carvalho é intocával?

Um tio feliz


Tenho um filho de 22 anos - Marco - , a quem dedico meu amor eterno. É o único. Mas a cada nascimento de um sobrinho ou sobrinha fico muito imensamente feliz. Está surgindo uma nova vida, que quero acompanhar com muito intensidade.
No dia 5 de julho nasceu a Fernanda, filha do meu irmão Zé e da Ione, e do mesmo signo meu, Câncer. É uma alemoa linda - na foto está com sete dias -, cuja vida acompanharei com o mesmo cuidado que já faço com as trajetórias do Miguel, do André, do Gabriel, da Pâmela, do Guilherme, do Gustavo e da Carolina. Filhos de meus irmãos são como se filhos meus fossem. Que Deus lhes abençoe.

Inter sob observação

Não sou menos torcedor do Internacional hoje, mas confesso que bateu uma ressaca depois da perda de dois títulos em sete dias. Quero que meu time continue ganhando, mas o jogo contra o Atlético Paranaense, na Arena da Baixa, às 16h, não está me motivando. Se vencer, pode levantar meu ânimo novamente. Mas qualquer outro resultado manterá minha distância.
É do jogo. A torcida leva o time, e o time puxa a torcida.

Vamos investigar as fundações presidenciais

Está na hora de abrirmos a caixa preta. Vamos discutir a Fundação José Sarney e o Instituto Fernando Henrique Cardoso. Ambas servem unicamente para enaltecer os ex-presidentes, seus feitos e seus legados com recursos públicos federais oriundos da renúncia fiscal da Lei Rouanet. E se outros presidentes fizeram o mesmo, vamos investigar também. Chega de sermos enrolados.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Profissões, dons e técnica...

Estou em campanha pela extinção da exigência do diploma para Juiz de Direito



Eu já estudei bastante, continuo lendo muitas obras sobre Direito e acredito ter condições de me candidatar a uma vaga para Juiz. Sem diploma. Até já encomendei a minha camiseta.

O problema não é o Sarney

Marcelo Carneiro da Cunha
De São Paulo

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3866672-EI8423,00-O+problema+nao+e+o+Sarney.html


José Sarney já estava aqui quando Cabral e frota aportaram em Porto Seguro. Na verdade, Cabral somente recebeu permissão para estacionar seus navios depois de duras negociações com o clã Sarney, porque não é de hoje que eles mandam e desmandam no que se passa do lado de baixo do Equador. E não por acaso Macapá, capital mundial do ex-presidente, fica exatamente sobre a linha que divide o mundo entre o lado de cima e o lado de baixo. Os Sarney desenvolveram uma capacidade histórica de estar sempre exatamente sobre essa linha divisória, se assegurando de estarem alinhados com quem tivesse o poder, e de que o povão ali abaixo se mantivesse na linha. Sob a linha, quero dizer. Cabral teve que prometer que, na volta a Portugal, iria explicar direitinho as normas da casa, quem mandava, quem iria mandar, sempre.

E assim o Brasil se fez.

Não sei quanto a vocês, milhares de leitores dessa coluna, mas eu tenho memória. Não lembro de tudo, nomes de tias, nomes de plantas, partes da célula humana, o valor de Pi até a vigésima casa decimal - essas coisas essenciais de alguma maneira escapam da minha cabecinha. Mas do Sarney eu não esqueço.

Lembro muito, mas muito bem que ele era presidente da Arena, sabem? Aquela Arena, a organização que servia para a direita, empresários de direita, militares de direita, todo mundo de direita, mandar e desmandar na gente, acima e abaixo do Equador, por longos e emburrecidos anos.

Nosso ex-presidente, antes de o ser, comandou a Arena e os que não deixaram passar a emenda das Diretas Já. Eu, diferentemente dos milhares de leitores dessa coluna, não sou bom. Não sou cristão, não perdôo assim, só porque o sujeito fez um monte de horrores e depois rezou vinte ave-marias. Não, e ponto. Eu lembro, guardo num cantinho e uso aquela memória, de tempos em tempos.

Esse pessoal que era do lado de lá da linha, e rapidinho passou para o lado de cá, quando a coisa começou a tremer, não é de cá, é, sempre vai ser, de lá.

E Sarney é um rei entre eles. E eu lembro disso.

Como dizia Darcy Ribeiro, o Brasil é um caso de sucesso. Aqui foi criado um paraíso tropical, desenhado para manter um grupinho assim de gente vivendo bem pra caramba, e o resto que se virasse com a sobra, se houvesse. Isso durou quinhentos anos, mas como tudo que é doce, um dia ia acabar. Sarney e sua turma são os que viveram a vida inteira dessa realidade, a criaram, mantiveram, e souberam a hora de se metamorfosear, de novo com tanta competência que já se foram os manés, aos bandos, virar fiscais do Sarney, naquele maluco plano Cruzado, alguém lembra? Eu lembro.

Hoje, o atual ex várias coisas, mas sempre atual presidente do Congresso, José Sarney, é atacado por fazer o que sempre fez. Sustentar, manter e alimentar o Brasil arcaico, na política, o que é compreensível, e na literatura, o que é imperdoável. Se vocês olham para as fotografias dele, o olhar é de espanto, como o de um menino que se vê castigado por fazer exatamente o que era motivo para tapinhas nas costas e elogios, há muito pouco.

Ele perder o cargo, ou não perder, faz diferença, mas não muita. O problema não é o José Sarney, mas o arcaico presente nas estruturas do nosso país. Nossa luta é a da modernidade versus antiguidade, nas práticas e visões. A queda do Sarney é apenas a queda de um sujeito, por mais representativo que ele seja de tudo isso que está aí. Pois que se o Sarney se vai, muita coisa fica. Por escolha de eleitores abaixo do Equador, figuras como Renan Calheiros e Fernando Collor estão ali mesmo, nesse mesmo Congresso, vivinhos - e muito - e saltitantes.

Não tenho nada contra a remoção do ex presidente José Sarney da vida pública brasileira, por meios legais e institucionais, claro. Mas, estimados leitores, isso em si vai adiantar tanto quanto aulas de natação para a minha piscina de três metros de comprimento e centímetros de profundidade. Bom para a aparência, nada bom para o conteúdo. Porque o conteúdo continua lá, aguardando pacientemente pelo desaquecimento global das notícias dos escândalos, para seguir tocando os negócios como sempre.

O que tem que sair de cena é o arcaico, nas figuras e nas práticas e isso é tanto uma questão de esforço quanto de tempo. Uma nova geração tem que surgir, está surgindo, para reformar o nosso jeito de fazer e ser. No Nordeste mesmo, por tanto tempo imagem do nosso atraso de origem colonial, surgem alguns dos melhores quadros novos da política brasileira, em lugares como Sergipe, Bahia, Piauí, Ceará. Ao mesmo tempo em que cobramos do Congresso que remova esses maus modelos, precisamos dar apoio ao novo novo, e não ao novo que se faz de novo, como um dia Collor fez, como hoje caras como o Kassab fazem. Precisamos do novo de verdade, com cara de novo, cheiro de novo, e melhor, a novidade do novo. E um novo que seja mesmo diferente do antigo no que importa! Um novo que venha finalmente colocar a gente, os debaixo da linha, sobre ela, acima dela. Esse é o Brasil que começa, no comecinho, a acontecer e que precisa de nós e do nosso apoio, pra finalmente tomar jeito.

Marcelo Carneiro da Cunha é escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem "O Branco", premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos "Simples" e o romance "O Nosso Juiz", pela editora Record. Acaba de escrever o romance "Depois do Sexo", que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances "Insônia" e "Antes que o Mundo Acabe".

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Confira a lista dos deputados a favor da PEC do diploma dos Jornalistas

O deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou nesta quarta-feira (8 de junho) Proposta de Emenda à Constituição que restabelece a necessidade do curso superior em jornalismo para o exercício da profissão. A PEC dos jornalistas, como ficou conhecida no Brasil, recebeu número 386/2009.

A lista dos deputados:



Sarney, Lula e PT... Entendimento?


Charge muito bem focada. Também não concordo com a preservação do presidente do Senado, José Sarney, em nome da dita governabilidade e de alianças futuras.
Exemplos passados mostraram que esta estratégia não funciona. Além de ser imoral, para não dizer mais.

Concurso da Finep e as consequências do golpe desferido pelo STF

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir o diploma para o exercício do Jornalismo já produz impacto em um concurso público. No edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finap), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, era exigido o diploma de jornalista para o cargo de Analista – Área de Informação e Informática/Subárea Comunicação Social. Trocando em miudos, Assessoria de Comunicação Social.
A instituição mudou o edital e agora exige graduação em qualquer curso superior.
No site institucional, a Finep informa a abertura de novo prazo de inscrição para adequar o processo seletivo à nova determinação. As inscrições, que seriam encerradas em junho, agora podem ser feitas no período de 5 a 14 de julho.
Vejamos o disparate. Com remuneração de R$ 4.834,08, o profissional concursado tem pela frente as seguintes tarefas, segundo o edital: recolher, redigir e registrar informações; interpretar e organizar informações e notícias, expondo, analisando e comentando os acontecimentos; selecionar, revisar e preparar matérias jornalísticas para divulgação em jornais, revistas, televisão, rádio, internet, assessorias de imprensa e quaisquer outros meios de comunicação com o público.
É simples? Não, mas isso confundiu os ministros do STF e certamente causará o mesmo impacto sobre graduados em outras profissões, que certamente não conhecem as habilidades inerentes ao trabalho jornalístico. Mas vão disputar. Advogado, médico, engenheiro, contabilista, arquiteto, assistente social, administrador e economista não saberão realizar as atividades descritas no edital da Finep. No entanto, eles podem disputar a vaga.
Se algum deles passar e for chamado, haverá um grande prejuízo para nós, brasileiros. Não digo apenas para o jornalista, como eu. Nós é que pagamos o salário deste profissional, que ficará como uma barata tonta em uma sala do Finep. Da mesma forma como eu ficaria se passasse num concurso para médico no Ministério da Saúde.
Vamos acompanhar com atenção este caso e ver que tipo de profissional ficará na linha de frente para ser chamado. Outros surgirão, e precisamos ficar atentos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Diploma: Pimenta protocola a PEC dos Jornalistas com 191 assinaturas

O jornalista e deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou nesta quarta-feira (8 de julho) a Proposta de Emenda à Constituição que restabelece a necessidade do curso superior em Jornalismo para o exercício da profissão. A PEC dos Jornalistas, como ficou conhecida no Brasil, recebeu número 386/2009 e foi entregue com 191 assinaturas.


Pimenta (foto de Fabrício Carbonel), que tem participado de manifestações e reuniões com jornalistas, professores e estudantes de Jornalismo, destacou a mobilização que vem ocorrendo em todo o país no sentido de reverter a decisão do STF, que no mês passado, derrubou a exigência do diploma por 8 votos a 1.
“Foi extremamente importante a rápida reação da sociedade, desaprovando o absurdo cometido pela Corte Suprema brasileira, e que abriu precedente para a desregulamentação de outras profissões. No caso do Jornalismo, essa atividade é mais do que a simples prestação de informação ou a emissão de uma opinião pessoal. Ela influencia na decisão dos receptores da informação, por isso não pode ser exercida por pessoas sem aptidão técnica e ética”, afirma Pimenta, em defesa da formação superior no curso de Jornalismo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A veneração do colunismo

Quem é mais importante: a informação ou o responsável por apurá-la?
Qualquer jornalista - ou mesmo quem não é - sabe que a notícia vale muito mais, não interessando quem a produz. Isso nós aprendemos na academia ou com veterenos colegas de redação.
No entanto, nos últimos anos, alguns jornais criaram a cultura do colunismo. Com ela, a veneração de quem escreve. No início, algumas colunas receberam um 3x4 do colunista. Hoje, o tamanho aumentou e aparece até na capa ou na contracapa dos diários. E a notícia? Muitas vezes é menor que a foto, ou é pouco importante. Interessa é que a cara do "artista" apareça.
Convém ressaltar que esta veneração é oferecida exclusivamente ao colunista, que muitas vezes se vale da informação de colegas ou mesmo de releases que chegam por e-mail. O repórter, que exerce a função mais nobre do jornalismo, aparece apenas na assinatura. Se tiver. Está certo: a reportagem que apurou é mais importante que ele.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Boa notícia: inflação para consumidor de baixa renda tem forte queda em junho

A inflação para famílias com renda entre um e dois salários mínimos e meio caiu em junho para 0,14% na comparação com maio (0,69%). Os dados são da Fundação Getulio Vargas, que divulgou hoje o Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPCP-C1).
No acumulado do ano, a inflação para os consumidores de baixa renda é de 2,99%. Nos 12 meses fechados em junho, é de 4,35%. Desde 2006, o IPC-C1 em 12 meses não ficava abaixo do índice geral (4,87%) no mesmo período.
Contribuíram para a queda no resultado de junho as quedas de tarifas de energia, no grupo habitação, e de cigarros, no grupo despesas diversas. Por outro lado, pesou o reajuste de preços no grupo alimentação. Os aumentos mais expressivos foram nos preços de aves e ovos, laticínios e adoçantes.

Famílias de sem terra são assentadas, apesar da criminalização de que são vítimas

Cinquenta famílias sem terra deixaram hoje o acampamento Jair Antônio da Costa, em Nova Santa Rita (RS), para serem assentadas nas cidades de São Gabriel e Alegrete, na Fronteira. No decorrer da semana, mais famílias de trabalhadores rurais deverão ter os seus lotes. O assentamento é uma conquista das famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e somente foi conseguido com muita luta.
A conquista foi obtida apesar da crimizalização feita por representantes do Ministério Público e do governo estadual, que perseguiram as escolas itinerantes, e da forte repressão policial. Com apoio da grande mídia!

A grande mídia afunda...

Mais uma genial charge do Bessinha. Não é necessário dizer mais nada.

A natureza como refúgio



Já escrevi algumas vezes aqui sobre o conjunto turístico Vô Arthur (cabana, pousada e área para camping) localizado em Barra do Ribeiro, minha terra natal.
Gosto muito de lá porque tem muito verde e serve de refúgio para espantar o estresse.
Poderia escrever e descrever. Mas, nas fotos, tu tens uma ideia do que pude captar nos dias em que lá fiquei (quinta a domingo).
Valeu a pena. Como sempre!





Nada como um dia depois do outro

O ditado do título acima serve para mostrar o que foi a quinta-feira dos gremistas. Estive fora de Porto Alegre e, por consequência do computador. Por isso, só faço agora menção à vitória do Cruzeiro contra o Grêmio. Ou melhor o empate conseguido pelos tricolores, igual ao do Inter na noite anterior. Para nós significou a perda do título da Copa do Brasil. Para eles, ficou impossibilitada a ida à final da Libertadores. No mais, o time da Azenha continua sem ganhar qualquer título fazem dois anos e agora só têm uma chance. Nós, colorados, temos algumas possiblidades. Ah, somos líderes do Brasileirão, que queremos ganhar muito no ano de nosso Centenário. Acredito, Inter.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Hoje é azul do Cruzeiro


Foguetórios, buzinaços e gritinhos histéricos de gremistas ao final da partida de ontem me deixam sem alternativa. Vou torcer de forma entusiasmada pelo Cruzeiro do Ramires, do Kléber, do Wagner, do Wellington, do Fábio...
Os mineiros estarão na final da Libertores com ajuda do meu grito solidário.

Vamos em frente, INTERNACIONAL. Algo maior nos espera no fim do ano


Já tinha sentido este gosto amargo em algumas ocasiões, como na final do Brasileirão de 89 contra o Bahia e na semifinal da Libertadores contra o Olímpia em 90. Mas também tinha vencido os três títulos brasileiros dos anos 70 e o da Copa do Brasil de 91. Mais recentemente, tivemos sucesso no Beira-Rio ou fora dele em seis finais consecutivas: Libertadores (2006), Mundial FIFA (2006), Recopa (2007), Gauchão (2008 e 2009), Dubai Cup (2008) e Copa Sul-Americana (2008). O Inter é o único clube brasileiro a vencer competições continentais desde 2006.
Isso não serve de consolo porque um colorado quer vencer sempre. Temos outras competições pela frente como a Recopa, a Copa Sul-Americana, a Copa Suruga e, especialmente, o Brasileirão. Estamos na liderança junto com o Atlético Mineiro do cavalo paraguaio Celso Roth. Esta será uma batalha longa, mas vamos em frente para ganhá-la. Aí o plantel qualificado do Inter mostrará sua força.
Desta vez, não perdemos ontem, quando a torcida compareceu em peso e deu espetáculo do início do fim do jogo (foto acima, de Jefferson Bernardes/VIPCOMM.
A decisão foi em São Paulo, quando não estávamos com o time desfigurado, especialmente de Nilmar, levado pelo "colorado" Dunga para um passeio na África.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rumo ao Beira-Rio

Em grupos ou sozinhos, os torcedores colorados já começam a se dirigir ao Beira-Rio. Não falta emoção e não são esquecidos os cânticos que embalam as arquibancas do estádio.
Os portões abrem às 19h e ninguém quer perder a festa. Estou fardado e com um pé na rua.
Quero voltar campeão!!!!
Fui....

Chegou o Versão dos Jornalistas


O Versão dos Jornalistas, jornal do Sindicato gaúcho, acaba de sair do forno. A edição de junho/julho traz cobertura completa da votação do STF no dia 17de junho, que arrancou das mãos de mais de 80 mil jornalistas brasileiros o diploma que garante o exercício da profissão. E mostra com destaque as manifestações que pipocaram em todo o Rio Grande do Sul em protesto contra a ação de Gilmar Mendes e seus comandados no Corte. A marcha histórica do dia 24 de junho em Porto Alegre, com centenas de profissionais e estudantes, é a linha de frente. Vá no sindicato e busque seu exemplar. Ou acesse o site da entidade:

http://www.jornalistas-rs.org.br/

É hoje, Inter!

Acordei nervoso, tenso. É o dia da grande virada. Precisamos fazer escore contra o Corinthians, um time que os paulistas já dizem campeão. Vamos calá-los.
Entre as muitas mensagens de colorados que recebi, selecionei esta da turma do Movimento InterAção, que traduz o sentimento de todo torcedor vermelho hoje.
Estou com camiseta, abrigo, meias e toca do Inter. Pronto para a guerra.
Mas vamos ao texto que citei:




Nosso Centenário chega ao seu momento mais importante até agora. Nesta quarta, dia 1º de julho, vamos enfrentar o maior desafio deste ano. Teremos o derradeiro embate com o Corinthians, valendo o título da Copa do Brasil.
Foi com um tropeço que iniciamos essa jornada. Mas o placar de 2 a 0 sofrido no Pacaembu não é, nem de longe, o fim da nossa luta.
Neste dia 1º, auge do inverno gaúcho, o Beira-Rio vai arder. Será o inferno orintiano.
Os guerreiros de Tite e a brava torcida colorada vão empurrar o time de Mano Menezes para dentro do gol.
Estamos prontos para a ajudar na virada, que entrará para história com mais uma façanha do nosso Colorado.
Não haverá Ronaldo, nem Felipe, nem ninguém que vista preto e branco capaz de parar nosso time na busca pelos gols necessários para reverter a vantagem paulista.
Haverá, sim, Lauro, Bolívar, Índio, Danny, Kleber, Guiñazu, Magrão, D'Alessandro, Taison, Nilmar, Andrezinho, Alecsandro, Danilo Silva, Álvaro, Sorondo, Marcelo Cordeiro, Glaydson, Maycon, Talles Cunha, Giuliano...
Por isso, te prepara, Colorado, que o teu grito engasgado será solto nesta quarta.

Saudações Coloradas!
Movimento InterAção
www.movimentointeracao.com.br

A foto acima,do site do Inter, mostra quem será o 12º jogador colorado na partida. A torcida vermelha vai incendiar o Beira-Rio.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Inter, amanhã é o dia do coração


Está chegando o dia da grande final contra o Corinthians. O Internacional, em desvantagem no placar - 2 a 0 para os paulistas no primeiro jogo -, vai colocar o coração no bico da chuteira e amassará o adversário. Nunca como agora o binômio time/torcida foi tão importante. Amanhã será uma guerra da qual espero que sejamos vencedores. Já conseguimos virar disputas ditas impossíveis em outras ocasiões. E, agora, podemos fazer o mesmo. Quem estiver lá verá. Eu estarei.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O material para a nossa luta

Companheiros jornalistas, a nossa luta não pode parar.
Ela é feita em diversas trincheiras, como as manifestações públicas, a participação em sites, blogs e comunidades na internet ou mesmo com um vizinho do lado ou um desconhecido na rua.
Na rede, podemos usar o material novo que chegou agora da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
Usem e abusem na distribuição.




sábado, 27 de junho de 2009

E Gilmar Mendes reconhece que não analisou o currículo do curso de Jornalismo


A cada dia, surgem indícios de que a votação contra o diploma de jornalista no dia 17de junho foi um golpe, uma farsa difícil de engolir.
Em entrevista à rádio Roquete Pinto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes admitiu que nenhum dos ministros do tribunal analisou o currículo dos cursos de Jornalismo para tomar a decisão que tornou não obrigatório o diploma do curso superior para o exercício da profissão de jornalista.
A informação é da colega Ivete Depelegrim Ribeiro, publicada na rede Jornalista, só com diploma! - http://jornalista-so-com-diploma.ning.com/

Foto de Arfio Mazzei

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A cobertura da mídia cresce

Um fato auspicioso vem acontecendo depois que o Supremo Tribunal Federal (STF), capitaneado por Gilmar Mendes, nos retirou o diploma de jornalista das mãos. A grande mídia, que tinha ignorado a nossa mobilização antes do dia 17 de junho (data fatídica da sessão no Supremo) não recebíamos nenhuma nota.
Eles estão noticiando como se apenas agora estivéssemos molizados. Em Porto Alegre, todos os jornais noticiaram a marcha de ontem. O Sul (reprodução abaixo) foi o mais generoso, reservando uma página para o ato. O Correio do Povo chamou na capa a deu uma boa matéria na página 9. O Jornal do Comércio garantiu espaço equivalente a meia página, com foto. Zero Hora divulgou o ato com dois parágrafos e uma boa foto do amigo Emílio Pedroso. E a RBS mostrou imagens da manifestação na noite de quarta-feira, embora sem repórter.
Que continuem assim porque nós também somos notícia. A extinção do nosso diploma - que acredito temporária - também interessa à sociedade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Diploma de jornalista: emoção de milhares de pessoas pelas ruas de Porto Alegre



Mais de 400 jornalistas, estudantes, professores, representantes de movimentos sociais e parlamentares protestaram nesta quarta-feira, 24 de junho, no Centro de Porto Alegre, contra a extinção do diploma para exercício do Jornalismo, promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ato, que se iniciou ao meio-dia, ficaria restrito à Esquina Democrática, mas tomou novas proporções. Transformou-se em marcha pela Rua da Praia e nova manifestação em frente à redação do jornal Correio do Povo. Depois de nova caminhada, os manifestantes foram ao Palácio da Justiça e à Assembléia Legislativa, onde receberam o apoio do presidente da casa, deputado Ivar Pavan.



Durante os atos, movidos pela emoção, foram exibidas dezenas de faixas com críticas à decisão tomada pelo STF no dia 17 de junho, 'pirulitos' com imagens demonizadas dos oito ministros que votaram contra o diploma - Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso de Mello - e apitos, narizes de palhaço, panelas e colheres. Algumas pessoas se vestiram com aventais e chapéu, em alusão ao comentário de Gilmar Mendes, presidente do STF, que comparou a profissão de jornalista à atividade de cozinheiro. As palavras de ordem, como 'STF não vale nada! Jornalista sem diploma é palhaçada!' e 'População, preste atenção! Querem roubar teu direito à informação!', chamavam a atenção para o golpe desferido pelo Supremo, que atinge toda a sociedade. Populares aplaudiram e apoiaram a manifestação em todos os momentos.



Na Esquina Democrática, aconteceram as manifestações de dirigentes, estudantes e políticos. Para o vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Celso Schröder, a manifestação é uma prova de que a união entre jornalistas, estudantes e professores pode modificar a situação da regulamentação profissional via Congresso Nacional. Manifestaram apoio os deputados estaduais Adão Villaverde e Dionilso Marcon, ambos do PT, os vereadores Carlos Todeschini e Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchionna (PSOL). A secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sônia Santos Viana, alertou que a extinção do diploma de Jornalismo pode ser estendido para outras profissões. Também participaram dos atos o deputado estadual e jornalista Paulo Borges (DEM) e o prefeito de Estância Velha, José Waldir Dilkin. Dirigentes dos sindicatos dos Bancários e do Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul também estivaram nas manifestações.



Em frente ao Correio do Povo, na esquina da Rua da Praia com a Caldas Júnior, os manifestantes sentaram no asfalto e chamaram os colegas que estavam nas janelas do veículo. A maioria aplaudiu, e alguns desceram para participar do ato. No Tribunal de Justiça do Estado, foi feito novo protesto, e as portas foram fechadas. Na Assembléia Legislativa, a concentração foi realizada no hall de entrada até a chegada do presidente da Casa, Ivar Pavan, que garantiu apoio pessoal a novas manifestações da categoria. Também os deputados Edson Brum (PMDB) e Heitor Schuch (PSB) fizeram questão de apoiar o movimento.

Fotos de Arfio Mazzei

Leia mais no site do Sindicato dos Jornalistas/RS:

http://www.jornalistas-rs.org.br/

terça-feira, 23 de junho de 2009

Nem chuva impedirá protesto contra extinção do diploma de jornalista nesta quarta



É amanhã, companheiros! Nem a chuva nos fará recuar...
Jornalistas, estudantes e representantes da sociedade civil promovem nesta quarta-feira, 24 de junho, ao meio-dia, protesto contra a extinção do diploma de jornalistas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida no dia 17.
No ato, marcado para a Esquina Democrática, Centro de Porto Alegre, exibirão suas posições por meio de faixas, cartazes, bonecos, apitos e narizes de palhaço. Os ministros que votaram a favor da extinção do diploma serão devidamente "homenageados".
A promoção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e do Núcleo de Estudantes da entidade também conta com a participação de delegações do Interior do Estado. O evento se realiza mesmo em caso de chuva.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Vote na enquete do portal Imprensa

O portal Imprensa está realizando enquete para saber a posição de seus leitores sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, que golpeou mais de de 80 mil jornalistas no Brasil. Até o momento, o resultado da enquete é este:
O STF derrubou a necessidade do diploma para o exercício do Jornalismo. Você concorda com a decisão?
- Sim.
355 votos - 32%
- Não.
764 votos - 68%
Total de votos: 1119
Vá no endereço do Imprensa e vote:
http://portalimprensa.uol.com.br/

domingo, 21 de junho de 2009

A cozinha do Gilmar


Criativa e inteligente a criação da colega jornalista Cristine Pires em seu blog A cozinha do Gilmar, mais um espaço para protesto contra a ação do presidente do STF. Vale a pena acompanhá-lo. O endereço do blog é http://acozinhadogilmar.blogspot.com

Manifestações em todo o Brasil contra o fim da exigência do diploma de jornalismo

Estudantes de Jornalismo de diversas cidades do país organizam novas manifestações de desagravo à decisão do STF que aboliu a obrigatoriedade da formação universitária para a profissão de jornalista. Os atos estão marcados para esta segunda-feira, dia 22, em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Teresina e Caxias do Sul. Serão simultâneos, a partir das 10h. Em Porto Alegre, haverá manifestação na quarta.
A FENAJ, os Sindicatos de Jornalistas e o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo se engajaram na mobilização e estão convocando profissionais e professores a participarem ativamente.
Também conclamam demais segmentos profissionais, movimentos sociais, parlamentares, autoridades a comparecerem às atividades, levando às ruas o apoio e preocupações que já vêm externando aos jornalistas.



Em luto pela decisão do STF, mas vivos para protestar

Conforme os Diretórios Acadêmicos dos Cursos de Jornalismo que lideram a organização, serão promovidas passeatas que culminarão com atos e a orientação é para que todos participantes vistam preto, usem nariz de palhaço, levem apitos e empunhem colheres de pau, além de faixas e banners da campanha pela valorização da formação e profissão de jornalista. As manifestações serão simultâneas em todas estas cidades, a partir das 10h desta segunda-feira. Já em Porto Alegre, o Sindicato está convocando mais um ato para quarta-feira.

Veja, a seguir, as informações, cidade por cidade, sobre locais de concentração e trajetos das passeatas.

SÃO PAULO (SP)

DIA: 22/06 – segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: em frente ao metrô Consolação - av. Paulista, altura do nº 2163
PASSEATA: até Hotel Reinascence
* Para quem é de Campinas, às 8h sairá um ônibus da PUC levando os manifestantes até a capital.

BRASÍLIA (DF)

DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Praça dos Três Poderes
PASSEATA : até a Esplanada dos Ministérios

RIO DE JANEIRO (RJ)

DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: ABI
PASSEATA: até o Palácio Tiradentes

TERESINA (PI)

DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Av Frei Serafim (ponto de encontro: Hiperbompreço)

CAXIAS DO SUL (RS)
DIA 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: UCS

PORTO ALEGRE (RS)
DIA 24/06, quarta-feira
HORÁRIO: 13h
CONCENTRAÇÃO: Esquina Democrática

Fonte: Fenaj

sábado, 20 de junho de 2009

Em defesa do diploma, estudantes trancam avenida em Porto Alegre

Dezenas de estudantes da Faculdade de Comunicação (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), de Porto Alegre, promoveram um protesto nesta sexta-feira à noite contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista. Eles interromperam o fluxo de veículos na Avenida Ipiranga, no sentido centro-bairro, por volta das 19h20min, exibindo faixas, cartazes, narizes de palhaço e palavras de ordem contra a decisão.


Foto de Elson Sempé Pedroso

Também entregaram a estudantes e à população um panfleto preparado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, que denunciava o golpe orquestrado pelo presidente do STF, Gilmar Mendes. No material, denunciaram que oito ministros definiram o destino de 80 mil jornalistas profissionais diplomados no País, além de prejudicarem uma população de 180 milhões de brasileiros, que podem ficar sem informação qualificada.
Um pelotão de choque do 11º Batalhão da Polícia Militar foi até o local para negociar a liberação da via. O protesto na avenida durou 20 minutos entre intervalos com pista total interditada e meia liberada. Para o segundo vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas, Jorge Correa, essa é a primeira ação de estudantes e da entidade em defesa da formação para o exercício do Jornalismo. O dirigente convoca outros estudantes e profissionais para a manifestação que será realizada ao meio-dia de quarta-feira, 24 de junho, na Esquina Democrática, Centro da Capital.
Leia mais, inclusive com mais fotos, no site do Sindicato:
http://www.jornalistas-rs.org.br/

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jornalistas: grande mobilização em Porto Alegre

Seguindo orientação da Fenaj, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e o Núcleo de Estudantes de Jornalismo da entidade marcaram um grande evento em defesa do diploma de jornalista. O ato, que contará a presença de profissionais e estudantes de todo o Estado, será na Esquina Democrática, Centro de Porto Alegre, na quarta-feira - 24 de junho - ao meio-dia.
Com faixas, cartazes, bonecos, apitos e narizes de palhaço, os manifestantes mostrarão a inconformidade com a decisão do Supremo Tribunal federal, que considerou inconstitucional a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. A sociedade, que também saiu prejudicada com a decisão, está sendo convidada para participar.
Mais informações no site do Sindicato:
http://www.jornalistas-rs.org.br/

Publicação importante

Companheiros, recebi este anúncio de uma "importante" publicação destinada para não-jornalistas. Olhem todos os detalhes.

Oito contra 80 mil. Oito contra 180 milhões

Golpe 1

Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não.

Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas.

A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente.

Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista.

Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo.

Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

Brasília, 18 de junho de 2009.

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

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Golpe 2

FIJ: decisão da Justiça brasileira é retrocesso de repercussão internacional

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) apoia a FENAJ diante da sentença que anula a obrigatoriedade do diploma em jornalismo.

A FIJ respalda seu filiado no Brasil, em sua vontade de continuar lutando pela qualidade das notícias e do jornalismo, depois que o Supremo Tribunal Federal declarou a anulação da exigencia do diploma para obter o correspondente reconhecimento profissional.

No Brasil, nos últimos 40 anos, a obrigatoriedade do diploma tem estado ligada tanto às reivindicações trabalhistas dos trabalhadores da comunicação como a exigência de uma informação de qualidade.

O patronato brasileiro batalhava há mais de uma década junto aos tribunais para tornar desnecessária a exigencia do diploma em jornalismo.

Neste período de desregulamentação, os meios de comunicação abrem caminho para uma crescente precarização dos jornalistas e criam um prejuizo para a informação democrática.

A FIJ estará atenta as ações promovidas pela FENAJ em defesa da informação de qualidade, do direito do cidadão da ser bem informado de forma profissional e de condições dignas no exercício da profissão.

Paco Audije - Secretario General Adjunto da Federación Internacional de Periodistas

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Golpe 3

Diploma: ABI repudia a decisão do STF

Nesta quarta-feira, 17, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a exigência de diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista.

O Ministro Gilmar Mendes foi o relator do Recurso Extraordinário nº 511961, e votou contrariamente à exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão. Na opinião dele, a Constituição Federal de 1988, ao garantir a ampla liberdade de expressão, não recepcionou o Decreto-Lei nº 972/69, que exigia o diploma.

O voto do relator foi acompanhado pelos Ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Ellen Gracie, Cezar Peluso e Celso de Mello. O Ministro Marco Aurélio de Melo votou pela permanência da exigência do diploma. Os Ministros Joquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não estavam presentes na sessão.

Em Brasília, onde foi participar da entrega de uma premiação, o Presidente da ABI, Maurício Azêdo, foi informado da decisão do STF e emitiu a seguinte declaração:

“A ABI lamenta e considera que esta decisão expõe os jornalistas a riscos e fragilidades e entra em choque com o texto constitucional e a aspiração de implantação efetiva de um Estado Democrático de Direito entre nós, como prescrito na Carta de 1988.

A ABI tem razões especiais para lamentar esse fato porque, já em 1918, há mais de 90 anos portanto, organizou o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas e aprovou como uma das teses principais a necessidade de que os jornalistas tivessem formação de nível universitário. Com esse fim, chegou a aprovar a possível grade curricular do curso de Jornalismo a ser implantado.

A ABI espera que as entidades de jornalistas, à frente a Federação Nacional dos Jornalistas-Fenaj, promovam gestões junto às lideranças do Congresso Nacional, para restabelecer aquilo que o Supremo Tribunal está sonegando à sociedade: um jornalismo feito com competência técnica e alto sentido cultural e ético”.

Maurício Azêdo, Presidente da ABI

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Desinformação do senhor ministro


Ontem, ao proferir o seu voto contra o diploma de Jornalismo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, citou alguns jornalistas destacados que não têm diploma. Entre, eles relacionou o gaúcho Caco Barcellos, da Rede Globo.
Hoje, no twiiter, o próprio jornalista tratou de desmentir o todo poderoso Mendes:
"Vi algumas mensagens no twitter falando que não tenho diploma. Aos desinformados, eu sou formado em Jornalismo pela PUCRS."
Ou seja, o maior desinformado é o homem que acabou com a formação acadêmica para exercício do Jornalismo. A informação correta é um dos fundamentos mais importantes da profissão.

Só a luta faz a lei

Por Elaine Tavares - jornalista

Paulo Freire, o grande educador brasileiro que é praticamente desconhecido no Brasil, sempre foi enfático com relação à alfabetização. “Não basta saber ler, é preciso saber ler o mundo”. Queria dizer com isso que aprender era coisa que ia muito além da compreensão sobre como se juntavam as letras. Era necessário estar capacitado também para uma leitura crítica do mundo. E como é que se consegue isso? Não basta unicamente estudar, ler, ter acesso a múltiplas fontes de informação, múltiplos pontos de vista. É preciso fundamentalmente saber de onde se é. E o que isso quer dizer? Que a pessoa precisa ter bem claro o lugar que ocupa no mundo, o que, no mundo capitalista, nos leva a uma compreensão da nossa posição de classe.
A votação sobre a não exigência do diploma para a profissão de jornalista, que aconteceu no STF brasileiro, diz bem desta questão. Ali estavam os senhores togados, representantes da classe dominante. São homens nomeados pelos presidentes de plantão para defender os interesses dos que mandam. Nada mais que isso. Vez ou outra acontece uma decisão com base na lei, mas sempre é coisa pequena, que não mexe nas estruturas, porque como bem diz o professor Nildo Ouriques, da UFSC, a democracia liberal é um regime sem lei. Neste modo de governo, as leis são mudadas ao bel prazer da minoria que tem o comando.
Vejamos os argumentos do ministro Gilmar Mendes para que a profissão prescinda de uma formação universitária: “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até a saúde e à vida dos consumidores. Logo, um jornalista não precisa de formação para fazer bom jornalismo.” Alguém entendeu?
Pois claro. Vamos supor que o que tivesse em questão fosse a necessidade de uma faculdade de Direito para que o juiz pudesse julgar a vida de outras pessoas. Poderíamos, qualquer um, argumentar o seguinte: “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores. Logo um juiz não precisa de formação para ser um bom juiz. Basta que ele tenha um bom senso de justiça e estude muito. ” Simples não?
Num país onde a maioria da população, desprovida do acesso à cultura e a educação, que se informa pela Globo, este simplório argumento representa uma vergonha. E nos causa profundo pesar ouvir isso de alguém que está acima de praticamente todos os habitantes da nação, o presidente do STF. É um argumento anti-intelectual, anti-cultural, anti-vida.
Minha mãe era uma grande cozinheira, mas sua comida divina nos era servida em casa, para a família. Não estava ela inserida no sistema de super-exploração capitalista, atuando numa empresa transnacional, na qual imperam os conceitos de competição, baixos salários e disputas intestinas. Não estava ela submetida a patrões, organogramas e metas de produtividade. Não estava também integrada num regime de divisão do trabalho aos moldes de garantir maiores lucros aos patrões. Logo, a decisão tomada nesta quarta-feira pelo STF foi uma decisão de classe. A defesa intransigente dos donos de jornais e empresários da comunicação que querem apenas gente minimamente capacitada para ler, não para ler o mundo. Porque o ser crítico, desejado por Paulo Freire, é um indivíduo perigoso demais. Ele reclama, ele reivindica, ele luta e ele ensina. A elite brasileira não quer isso para o seu povo. Há que mantê-lo sempre atado ao cabresto da ignorância, ao entretenimento, a mais-valia ideológica promovida pelos meios de comunicação de massa. Dá-lhe Big Brother, a Fazenda e outros quetais.

Voltando aos tempos do início do capitalismo

Quando a Idade Média terminou, foi-se chegando um jeito de organizar a vida que mais tarde viria a ser chamado de capitalismo. É o supra-sumo da liberdade, dizem os seus defensores. Nele, o trabalhador tem escolhas. Como era naqueles dias em que as fábricas passaram a dominar a vida. O povo empobrecido dos burgos tinha como escolher: ou se submetia a trabalhar vinte horas em condições insalubres e de quase escravidão, ou estava morto. Grande escolha.
Agora, no mundo capitalista da mídia selvagem e cortesã estamos no mesmo patamar. Os profissionais não precisam de formação específica, só vocação. Depois, uma vez dentro da empresa terão escolhas. Ou se submetem a salários mais baixos, condições precárias, opressão, assédio moral e tudo o que vem de lambuja no processo de super-exploração, ou não entram nesta profissão tão simples quanto fritar um bife.
Bueno, e não é por acaso que o futuro esteja praticamente na mão da empresas de mídia, visto que hoje em dia a produção de informação é o xodó do planeta. Logo, aquilo que é a coisa mais importante para um povo, o conhecimento das coisas da vida, ficará entregue a sanha do capital. Aos trabalhadores restará a opção democrática: aceitar ou cair fora. Não precisa ser vidente para prever o futuro: profissionais capacitados serão substituídos por quem aceitar submeter-se a salários menores. Será o “lindo” mundo habermasiano do consenso. A livre negociação entre empresários e trabalhadores. O tubarão dialogando com a sardinha.

Alternativas

Quem acompanha a vida cotidiana dos jornalistas nos locais de trabalho sabe que as coisas vão piorar muito. Até agora ainda havia um mínimo de regulação, uma pequena fatia de direitos com a qual o sindicato podia mover-se. Era possível fazer a luta através da Justiça ou da delegacia do trabalho. Havia um amparo mínimo. Agora não há mais. Os trabalhadores estão entregues a sua sorte, porque até que se crie uma nova lei com algum tipo de regulamentação a vida seguirá seu curso inexorável.
Mas, como dizem os cubanos – acostumados a bloqueios e vicissitudes – às vezes o horror pode servir para o passo adiante. Nos últimos tempos estávamos entregues a um trabalho sindical burocratizado, limitado às ações na Justiça. Havia uma apatia dos trabalhadores frente às lutas, uma espécie de “deixa que o sindicato resolva”. E os sindicatos, esvaziados de vida, iam arrastando-se, ganhando uma coisinha aqui e outra ali, amansando o monstro.
Agora estamos no chão. Os empresários ganharam esta batalha. Desregulamentados totalmente, estamos entregues aos desejos dos patrões. Sem medidas compensatórias via Justiça só cabe uma ação: a luta mesma, renhida e dura. Voltarmos aos tempos em que os trabalhadores se reuniam nos sindicatos para conspirar e organizar batalhas contra o capital. Então, é chegada a hora. De volta às ruas, de volta à organização, de volta a vida! Foi só uma batalha...Outras virão.
Por isso, agora, estamos num momento de viragem. Ou inventamos ou morremos, como dizia Simón Rodrigues. Para novas liras, novas canções. Nada de soluções atrasadas como a do Conselho Federal de Jornalismo que só engessa e institucionaliza a luta. Nada temos a perder, apenas nossos corpos nus, como dizia Marcos Faermann. Só os trabalhadores unidos e organizados podem mudar o seu destino. Por isso, vamos à luta. Refazer os mapas, reorientar rumos, mas organizados no sindicato.
Os patrões talvez não tenham se dado conta, mas ao nos tirarem tudo podem estar criando “cuervos”. Nada mais perigoso que um homem sem esperança!


Existe vida no Jornalismo
Blog da Elaine: www.eteia.blogspot.com
América Latina Livre - www.iela.ufsc.br
Desacato - www.desacato.info
Pobres & Nojentas - www.pobresenojentas.blogspot.com

Vamos resistir!

Vamos resistir, colegas jornalistas e estudantes.
Estamos esperando as decisões que sairão da reunião que está acontecendo agora na Fenaj em Brasília para partirmos para a ação.
Tem que ser rápida porque já tem gente sem preparo pedindo registro no Sindicato dos Jornalistas.
Temos que continuar mostrando que jornalismo de qualidade só é obtido com profissionais graduados.
Com certeza, o senho Gilmar Mendes e seus pares não irão nos calar.

STF derruba exigência do diploma para o exercício do Jornalismo

Em julgamento realizado nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal deu provimento ao Recurso Extraordinário 511961, interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo. Neste julgamento histórico, STF pôs fim a uma conquista de 40 anos dos jornalistas e da sociedade brasileira, tornando não obrigatória a exigência de diploma para exercício da profissão. A Executiva da FENAJ se reúne nesta quinta-feira para avaliar o resultado do julgamento e traçar novas estratégias da luta pela qualificação do Jornalismo.
Às 15h29min desta quarta-feira, o presidente do STF e relator do Recurso Extraordinário RE 511961, ministro Gilmar Mendes, apresentou o conteúdo do processo encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo e Ministério Público Federal contra a União, tendo a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo como partes interessadas. Após a manifestação dos representantes do Sindicato patronal e da Procuradoria Geral da República contra o diploma, e dos representantes das entidades dos trabalhadores - FENAJ e SJSP - e da Advocacia Geral da União, houve um intervalo. No reinício dos trabalhos em plenário, às 17h5min, o ministro Gilmar Mendes apresentou seu relatório e voto pela inconstitucionalidade da exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Dos 9 ministros presentes, sete acompanharam o voto do relator. O ministro Marco Aurélio votou favoravelmente à manutenção do diploma.

Golpe contra a sociedade

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, lamenta a decisão, dizendo que "oito ministros foram responsáveis por desrespeitar uma categoria com 80 mil profissionais no Brasil". A seu ver, a atitude representa um golpe contra a sociedade e a educação no Brasil.
"O relatório do ministro Gilmar Mendes é uma expressão das posições patronais e entrega às empresas de Comunicação a definição do acesso à profissão de jornalista", reagiu o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. "Este é um duro golpe à qualidade da informação jornalística e à organização de nossa categoria, mas nem o Jornalismo nem o nosso movimento sindical vão acabar, pois temos muito a fazer em defesa do direito da sociedade à informação", completou, informando que a Executiva da FENAJ reúne-se nesta quinta, às 13h, para definir novas estratégias.
Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e integrante da coordenação da Campanha em Defesa do Diploma, também considerou a decisão do STF um retrocesso. "Mas mesmo na ditadura demos mostras de resistência. Perdemos uma batalha, mas a luta pela qualidade da informação continua", disse. Ela lembra que, nas diversas atividades da campanha nas ruas, as pessoas manifestavam surpresa e indignação com o questionamento da exigência do diploma para o exercício da profissão. "A sociedade já disse, inclusive em pesquisas, que o diploma é necessário, só o STF não reconheceu isso", proclamou.
Além de prosseguir com o movimento pela qualificação da formação em Jornalismo, a luta pela democratização da Comunicação, por atualizações da regulamentação profissional dos jornalistas e mesmo em defesa do diploma serão intensificadas.

Votaram contra a formação profissional:

- Gilmar Mendes
- Carmen Lúcia Antunes Rocha
- Ricardo Lewandowski
- Eros Grau
- Carlos Ayres Britto
- Cezar Pelluso
- Ellen Grace
- Celso de Mello

O único voto favorável ao diploma:

- Marco Aurélio Mello

Exemplo de dignidade

A RW Mídias/Agência Radioweb, que transmitiu o julgamento, encerrou desta forma o seu trabalho:

"Agradecemos a sua companhia. A RW Mídias/Agência Radioweb permanecerá admitindo apenas jornalistas formados".

Jornalistas, não vamos calar!

Indignados com o STF na sua decisão com relação ao diploma de jornalista, alunos do segundo semestre do curso de jornalismo da UNIFRA decidem fazer uma manifestação. A intenção é mostrar que a formação acadêmica é fundamental para uma imprensa com credibilidade.
O protesto será nesta quinta-feira, dia 18 de junho, na Praça Saldanha Marinho. Os manifestantes se reunirão às 11h30min próximos ao chafariz da praça. Para expor sua insatisfação, os acadêmicos de jornalismo usarão roupas pretas.
Os manifestantes seguirão pelas principais ruas da cidade com faixas e palavras de ordem que façam com que a sociedade entenda e apóie a luta dos jornalistas por formação.
Os estudantes convidam a todos para que participem deste ato a favor de um jornalismo de qualidade.

O QUE: MANIFESTAÇÃO PARA DEMONSTRAR A INDIGNAÇÃO DE JORNALISTAS E ACADÊMICOS COM A DECISÃO DO STF QUE VOTOU CONTRA A OBRIGATORIEDADE DO DIPLOMA PARA EXERCER A PROFISSÃO DE JORNALISTA

QUANDO: 18 DE JUNHO DE 2009

ONDE: PRAÇA SALDANHA MARINHO - EM FRENTE AO CHAFARIZ - SANTA MARIA, RS

HORÁRIO: 11h30min

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Inter precisa de técnica e garra. Além de gol...

Sem Nilmar e Kleber (ambos na seleção), Bolívar (suspenso) e D`Alessandro (machucado), além da dúvida de Magrão, o Internacional entrará na primeira decisão da Copa do Brasil, hoje, com intuito de mostrar a força do grupo. Além de futebol, precisa mostrar garra e coragem. Necessita voltar do Pacaembu, em São Paulo, com um bom resultado frente ao Corithians. Não tomar gol é preciso, fazer gol é necessário. Se seguir esta cartilha, jogará mais tranquilo a final no Beira-Rio, no dia 1º de julho. Vai, Inter, tua torcida confia em ti!

Diploma de Jornalismo: decisão no STF é hoje

Depois de dois adiamentos, a votação da liminar que questiona o diploma de Jornalismo poderá ser votada hoje no STF, em Brasília. Por isso, é imperioso destacar a colegas e amigos a importância de mantermos a nossa legislação.



A exigência do diploma de Curso Superior em Jornalismo para o exercício independente e ético da profissão de jornalista é uma conquista histórica não só desta corporação, mas de toda a população brasileira. A luta pela criação de Escolas de Jornalismo começou no início do século passado. O primeiro Curso foi implantado 40 anos atrás e a profissão, regulamentada há 70 anos, desde 1969 exige a formação superior na sua legislação.
Este requisito representou um avanço para a imprensa do país ao democratizar o acesso à profissão, antes condicionado por relações pessoais e interesses outros que não o de atender o direito da sociedade de ser bem informada. Setores sem compromisso com a construção de um jornalismo responsável e realmente cumpridor de sua função social vêm questionando este fundamental instrumento para a seriedade, democracia e liberdade na imprensa. O diploma em Jornalismo, bem ao contrário de ameaçar a liberdade de expressão, é uma das garantias que conferem à mídia brasileira qualidade e compromisso com a informação livre e plural .

terça-feira, 16 de junho de 2009

Um mau exemplo

O homem que chegou à Presidência por conta da morte de Tancredo Neves e tornou-se "imortal" na Academia Brasileira de Letras por conta dos marimbondos continua dando um mau exemplo para o Brasil. José Sarney, morador do Maranhão e eleito senador pelo Acre, contrata parentes, amigos e amigos dos amigos na calada do noite. Tem que ser apeiado do cargo de presidente do Senado. Caso contrário, a instituição continuará envolta em lama.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Caso Escola Base – o (não) cuidado jornalístico com a publicação de denúncias

Texto de Issaaf Karhawi
Do site Curiofísica
http://curiofisica.com.br

Março de 1994. A Escola de Educação Infantil Base, em São Paulo, sofre uma denúncia de abuso sexual contra menores. Mães desesperadas de alunos contatam a Rede Globo. Dá-se início ao escândalo que mais marcou a imprensa brasileira nos últimos 15 anos.
Durante dois meses, jornais, revistas, emissoras de rádio e tevê publicaram rotineiramente notícias sobre o Caso Escola Base apontando seis pessoas (dentre elas, pais de alunos e os donos da escola) como, indubitavelmente, culpadas.
Toda a acusação baseou-se em fontes oficiais, além de pais de alunos e vizinhos da escola. Sem nenhuma investigação ou prova concreta os envolvidos no caso foram estampados como monstros. A história toda foi noticiada de forma bastante parcial e distorcida, mas muito enfaticamente. O resultado? Linchamento social dos acusados, depredação de suas moradias e da escolinha além de muito falatório.
Transcorridos os dois meses o inquérito foi arquivado com a conclusão de que os acusados eram todos inocentes. Friso: todos inocentes. Ficou nas mãos da mídia, a contadora da história, limpar o entulho esparramado pelos corredores da escolinha. Nunca a imprensa brasileira foi tão criticada (incluo aqui auto-criticada) como no Caso Escola Base.


Uma das manchetes do caso Escola Base


O mínimo que se espera de um jornalismo relevante e confiável é a apuração dos dados. Em um trabalho investigativo, ou tratando assuntos delicados, é mais que necessária a apuração precisa das informações. Escutar os dois lados do fato, por exemplo, é imprescindível. No entanto, a ânsia pelo furo jornalístico, pela notícia de capa - pelo escândalo - acaba falando mais alto que a ética.
Presenciamos a era do entretenimento na qual a transgressão é prato cheio de qualquer meio de comunicação que mede sua aceitação através de vendas, ibope, enfim, através do alcance de seu produto.
A informação, na pós-modernidade, se confunde com o espetáculo. A credibilidade da informação pode até ser violada, mas a notícia não deixa de ser transformada em um grande show que envolve acusados, inocentes, repórteres, delegados, promotores…
É através da imprensa que a população, na maioria das vezes, molda a sua percepção do real. É praticamente impossível se isentar dessa responsabilidade. Não identificar contradições na investigação policial, nos laudos do IML ou nos depoimentos de crianças de quatro anos e suas mães, é, no mínimo, questionável.
O jornalista deve em seu cotidiano colocar em prática o bom-senso. O furo, a disputa pela audiência, a investigação são necessárias e saudáveis, mas não devem ser legitimadas quando de costas para a ética.
No Caso Escola Base as mea culpas da imprensa não foram suficientes para reestruturar a vida dos acusados já prejudicados financeira e psicologicamente. Há um enorme abismo entre as desculpas e o impacto das notícias. Durante todo o caso foi possível teorizar um anti-jornalismo debruçado em fontes contraditórias e nada profissionais, matérias sem crédito, acusações sem embasamento.
Em 2005, onze anos após o ocorrido, a Rede Globo foi condenada a pagar cerca de 450 mil reais para cada acusado no Caso Escola Base. Isso, sem dúvidas, mostra que o país protege o cidadão dos abusos da imprensa. Mas será isso suficiente? Os danos que ficam e a credibilidade que esvai são marcas muito mais profundas no caráter da imprensa nacional.
É papel do jornalista informar e isso inclui, sem dúvidas, noticiar denúncias. No entanto, prevalece a lei máxima do Direito Penal: “In dúbio pro reo” (Em dúvida a favor do réu, ou o nosso adaptado, “todo mundo é inocente até que se prove o contrário”). Não sendo assim a grande vilã da história será sempre a imprensa.

Jornalista, a mobilização continua!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Julgamento do diploma de Jornalismo adiado para o dia 17 de junho

Na postagem de ontem eu coloquei no título que a apreciação do STF "pode".... Tinha razão em ser precavido. Adiado na tarde desta quarta-feira, o julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, foi remarcado para o dia 17 de junho (próxima quarta-feira). Detalhe: é a quarta pauta do dia!
Diante da situação, a Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) está reunida neste feriado de Corpus Christi para traçar novas estratégias da campanha em defesa do diploma neste momento decisivo para o futuro do Jornalismo brasileiro.

Mais informações no site da FENAJ:

http://www.fenaj.org.br

Contra a grilagem na Amazônia


Na quarta-feira, dia 02 de junho, o senado brasileiro aprovou a MP 458. Esta medida presenteia todos aqueles que fizeram grilagem na Amazônia com a regularização de terras ocupadas ilegalmente.
Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar a MP 458, 67 milhões de hectares de terras públicas da Amazônia serão privatizados. Um patrimônio estimado em 70 bilhões de reais irá parar nas mãos dos grileiros.
O Gabinete de Lula está recebendo milhares de ligações pedindo para que a MP 458 não seja aprovada. Faça sua parte, ligue e espalhe os números e o e-mail do presidente Lula para seus amigos. Peça para que eles digam NÃO A MP 458.

Telefone do Gabinete de Lula:

(61) 3411.1200 ou (61) 3411.1201

Ou envie um e-mail através do link:

https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php

Para saber mais sobre o assunto acesse:

www.greenblog.org.br

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Diploma de Jornalismo: decisão no STF pode sair hoje

Hoje, a partir das 14h, as atenções dos jornalistas brasileiros e dos defensores do direito da sociedade à informação de qualidade estarão voltadas para o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Estará em pauta o julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista. A FENAJ convocou ato público para acompanhamento da sessão em Brasília. Paralelamente, manifestações e vigílias acontecem em todo o país.
Não deixe de participar.
O futuro de nossa profissão está em jogo!

O jornalista precisa de formação

Artigo meu publicado hoje no Jornal do Comércio, de Porto Alegre. É mais uma chamada para acompanharmos hoje a votação do STF sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo.

Deputados se engajam na luta em defesa do diploma de Jornalismo

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) conclamou ontem toda a sociedade a se mobilizar em torno do julgamento da obrigatoriedade do diploma de jornalista. A matéria está na pauta de hoje do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento de recurso extraordinário questiona a formação superior para exercício da profissão e registro profissional.
Paulo Pimenta, que é jornalista formado, mostrou-se indignado com o julgamento do fim de diploma para profissão. Ele disse que, além da desregulamentação da atividade profissional, o tema interessa somente ao poder econômico. “Significa impor barreiras para a educação e limitar a qualidade do ensino superior”.
Para o petista, a não obrigatoriedade do diploma significa o fim das faculdades de jornalismo, da pesquisa e da reflexão acadêmica. “Acontece no momento em que as tecnologias inovam, são complexas, e precisamos ter profissionais qualificados que, do ponto de vista dos aspectos humanos e do direito ao contraditório, tenham em sua formação conhecimentos básicos que permitam o exercício desta profissão a partir de princípios éticos fundamentais”, disse. O deputado citou pesquisas segundo as quais 74,3% da população é a favor do diploma de jornalista.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) também defendeu a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. “Derrubar a exigência de formação superior específica em jornalismo é algo que não interessa à sociedade brasileira. A população tem direito de receber informações apuradas por profissionais com formação apropriada. Dizer que o diploma ameaça a liberdade de expressão é uma falácia”, disse.

terça-feira, 9 de junho de 2009

STF define a regulamentação do Jornalismo. Que os ministros sejam iluminados!


Companheiros jornalistas, façamos vigília nesta quarta-feira à tarde.
O STF estará votando em Brasília o Recurso Extraordinário 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista.
Vamos torcer para que os ministros estejam iluminados e votem em defesa de nossa regulamentação e do direito da sociedade de receber uma informação bem apurada e de qualidade.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Diploma de Jornalismo: é a hora da mobilização total em todo o Brasil

A executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o GT Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma convocam os jornalistas, entidades e instituições apoiadoras do movimento a intensificarem as iniciativas de fortalecimento desta luta e de sensibilização dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista, foi incluído na pauta da sessão do STF do dia 10 de junho. A FENAJ prepara nova manifestação em Brasília para o dia do julgamento.
Organizar caravanas para o ato em Brasília e manifestações públicas nos estados são as duas principais orientações da FENAJ e Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma. A Federação solicita que os Sindicatos, faculdades e demais apoiadores desta campanha encaminhem informações sobre as atividades a serem realizadas para o e-mail boletim@fenaj.org.br.
Enviar mensagens aos ministros do STF (a sugestão de texto e os endereços eletrônicos podem ser acessados por www.fenaj.org.br) e postar apoios também no site da FENAJ são, também, ações recomendadas. Até o momento já foram postadas 3.356 mensagens.
Derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista só interessa àqueles que desprezam o livre exercício do jornalismo com qualidade e ética e o direito da sociedade à informação. Por isso, neste momento decisivo é fundamental ampliar os apoios sociais a esta campanha. Neste sentido deve-se buscar, nos estados, manifestações de parlamentares e personalidades que fortaleçam esta luta, bem como estimular a adesão à rede social "Jornalista, só com diploma", a favor da obrigatoriedade da formação específica e de nível superior para o exercício da profissão.

Inter com garra e coragem



Desta vez, o Inter jogou como um time candidato a todos os campeonatos que disputar este ano. Sem quatro jogadores importantes - Nilmar, D´Alessandro, Álvaro e Kleber -, jogou de igual para igual contra o Cruzeiro no Mineirão. Por não jogado apenas no seu campo, esperando o adiversário - como ocorreu contra o Flamengo no Maracanã e o Coritiba no Couto Pereira - saiu na frente, com gol de Magrão (na foto acima, do site do Inter, festeja com Alecsandro) e poderia ter marcado mais gols. É verdade que o time mineiro teve mais posse de bola e também perdeu oportunidades, além do gol de empate. Mas o Inter foi compacto, guerreiro e exibiu um bom futebol. É um lenitivo a mais para a primeira decisão da Copa do Brasil contra o Corinthians no dia 17 de junho.


A grande torcida que esteve no Mineirão (outra foto do site do Inter) festejou o empate contra um dos melhores times brasileiros.

O golpe dos tucanos na Petrobras




A coluna abaixo desnuda, publicada no dia sábado, no jornal Folha de São Paulo, desnuda como age na surdina o tucanado golpista. Estão sempre prontos para produzir falsidades que certamente são acolhidas por parte da mídia golpista. É o jogo deles até a eleição. Elegeram a Pretobras porque a estatal só estava gereando notícias boas para a economia brasileira. São contra, portanto, o povo brasileiro.