Amigos e amigas gremistas, esta nós ganhamos. Um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos recebeu uma homenagem do Sport Club Internacional na noite da última segunda-feira, em Porto Alegre, depois do seu primeiro show na capital. Chico Buarque foi presenteado com uma camisa oficial do Inter com seu nome às costas das mãos do escritor Luis Fernando Verissimo. Chico é torcedor do Fluminense, mas tem simpatia pelo Inter no Rio Grande do Sul. Quando recebeu a camisa, Chico ouviu de um gremista próximo que esta atitude estaria dividindo o Rio Grande. Chico então mostrou todo seu apreço do Inter ao responder que "pelo que sei, o Rio Grande é bem mais vermelho". Depois da homenagem, Chico, um grande fã de futebol, disse ainda que está torcendo pela classificação do Inter para a próxima Libertadores. Portanto, Chico é colorado.
Blog destinado ao Jornalismo, com informações e opiniões nas seguintes áreas: política, sindical, econômica, cultural, esportiva, história, literatura, geral e entretenimento. E o que vier na cabeça... Leia e opine, se quiseres!
domingo, 4 de dezembro de 2011
Morre Sócrates, meu ídolo no futebol e fora dele
Fiquei impactado com a morte de Sócrates, um dos nossos grandes jogadores. Ao lado de Falcão e Zico, formou o memorável meio-de-campo do Brasil na Copa do Mundo de 1982, onde encantamos o mundo e fomos eliminados pela Itália. Sócrates foi mais do que um jogador. Participou da conhecida Democracia Corintiana e atuou políticamente, com destaque na época das Diretas Já. Um cidadão, acima de tudo.
Foto: Getty Images
Do Terra
Formado em medicina na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira iniciou a carreira de jogador de futebol no Botafogo-SP, clube o qual também revelou o irmão do ex-jogador Raí, campeão do mundo em 1992 e 1993 pelo São Paulo, no ano de 1974, depois de terminar o curso de graduação.
Com a camisa tricolor no interior, Sócrates mostrou um enorme talento, especialmente na troca de passes. Sem muita velocidade e explosão, o ex-meio-campista notabilizou o toque de calcanhar e a categoria com a bola nos pés. No Botafogo-SP, a principal campanha ocorreu em 1977, quando terminou como artilheiro da competição.
A boa passagem durante os quatro anos pelo clube do interior rendeu a transferência para o clube do Parque São Jorge no ano de 1978, quando se firmou no cenário nacional, conquistando espaço, inclusive, na Seleção Brasileira. Com a camisa alvinegra, o "Doutor", como ficou conhecido no mundo do futebol por conta da formação acadêmica, disputou 298 jogos e assinalou 172 gols - ocupa a oitava colocação no ranking de artilheiros da história do clube. Além das conquistas individuais, o ex-meio-campista se consagrou ao vencer os Campeonatos Paulistas de 1979, 1982, 1983
Além das conquistas esportivas com o Corinthians, Sócrates também teve um papel fundamental na política do clube, atingindo até um nível nacional. O ex-meio-campista acabou sendo um dos líderes da Democracia Corintiana, um movimento de cunho ideológico que transformou o ambiente normal do dia a dia de um clube. Os jogadores, anteriormente submissos às decisões da comissão técnica, passaram a também participar das decisões, como em caso de concentrações, viagens, entre outros.
As atitudes da equipe modificaram a hierarquia dentro do Corinthians. Sob o período da democracia, o voto do presidente em uma decisão interna teria o mesmo peso da opção de um roupeiro. Com tamanha politização fora dos gramados, o ex-jogador se tornou um símbolo, inclusive, da luta contra o regime militar, que acabou abolida no País no ano de 1985.
O movimento criado internamente no clube acabou transferido para o público, especialmente quando o Corinthians vestiu uma camisa com o "patrocínio" das "Diretas Já", variando para frases como "Dia 15, vote", por conta da eleição direta para o governo de São Paulo, e "Eu quero votar para presidente".
Um dos atletas mais influentes dentro do grupo, Sócrates nunca escondeu a insatisfação em relação à ditadura, e externava a liderança dentro da equipe com opiniões fortes em um dos períodos mais tensos da história recente brasileira.
Tal movimento não atrapalhou o desempenho da equipe alvinegra dentro dos gramados. Durante o período da "Democracia", o Corinthians venceu o bicampeonato paulista (1982 e 1983), em uma das formações mais exaltadas pela torcida. O desempenho de Sócrates, inclusive, rendeu ao meio-campista a convocação para a Copa do Mundo de 1982, quando o Brasil perdeu para a Itália nas quartas de final.
Dono de um estilo elegante dentro de campo, Sócrates deixou o Corinthians no ano de 1984 e se transferiu para a Fiorentina, da Itália. No futebol europeu, o ex-jogador não apresentou o mesmo nível de jogo, e retornou ao País um ano depois para defender o Flamengo. No Rio de Janeiro, ele acabou convocado para a Copa do Mundo de 1986.
No Mundial do México, Sócrates ficou marcado por errar a penalidade na disputa por pênaltis contra a França, nas quartas de final. Eliminado com o time nacional, o ex-meio-campista perdeu espaço no elenco. Antes de encerrar a carreira, o "Doutor" ainda vestiu a camisa do Santos e do Botafogo de Ribeirão Preto.
Em 2004, o carismático médico-jogador ainda "voltou" aos gramados. Aos 50 anos de idade, Sócrates acabou contratado pelo Garforth Town, uma equipe semi-profissional do norte da Inglaterra. Com um contrato de um mês, o ex-atleta da Seleção Brasileira atuou por menos de 15 minutos, em partida contra Tadcaster Albion, por um campeonato regional.
Apesar da aposentadoria e do estilo de vida do "momento", como declarou no último dia 19 de agosto o amigo e jornalista Juca Kfouri, Sócrates continuou perto do futebol. O ex-jogador trabalhou como articulista na revista Carta Capital, como comentarista no programa Cartão Verde, da TV Cultura, e foi blogueiro do Terra durante a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
Formado em medicina na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira iniciou a carreira de jogador de futebol no Botafogo-SP, clube o qual também revelou o irmão do ex-jogador Raí, campeão do mundo em 1992 e 1993 pelo São Paulo, no ano de 1974, depois de terminar o curso de graduação.
Com a camisa tricolor no interior, Sócrates mostrou um enorme talento, especialmente na troca de passes. Sem muita velocidade e explosão, o ex-meio-campista notabilizou o toque de calcanhar e a categoria com a bola nos pés. No Botafogo-SP, a principal campanha ocorreu em 1977, quando terminou como artilheiro da competição.
A boa passagem durante os quatro anos pelo clube do interior rendeu a transferência para o clube do Parque São Jorge no ano de 1978, quando se firmou no cenário nacional, conquistando espaço, inclusive, na Seleção Brasileira. Com a camisa alvinegra, o "Doutor", como ficou conhecido no mundo do futebol por conta da formação acadêmica, disputou 298 jogos e assinalou 172 gols - ocupa a oitava colocação no ranking de artilheiros da história do clube. Além das conquistas individuais, o ex-meio-campista se consagrou ao vencer os Campeonatos Paulistas de 1979, 1982, 1983
Além das conquistas esportivas com o Corinthians, Sócrates também teve um papel fundamental na política do clube, atingindo até um nível nacional. O ex-meio-campista acabou sendo um dos líderes da Democracia Corintiana, um movimento de cunho ideológico que transformou o ambiente normal do dia a dia de um clube. Os jogadores, anteriormente submissos às decisões da comissão técnica, passaram a também participar das decisões, como em caso de concentrações, viagens, entre outros.
As atitudes da equipe modificaram a hierarquia dentro do Corinthians. Sob o período da democracia, o voto do presidente em uma decisão interna teria o mesmo peso da opção de um roupeiro. Com tamanha politização fora dos gramados, o ex-jogador se tornou um símbolo, inclusive, da luta contra o regime militar, que acabou abolida no País no ano de 1985.
O movimento criado internamente no clube acabou transferido para o público, especialmente quando o Corinthians vestiu uma camisa com o "patrocínio" das "Diretas Já", variando para frases como "Dia 15, vote", por conta da eleição direta para o governo de São Paulo, e "Eu quero votar para presidente".
Um dos atletas mais influentes dentro do grupo, Sócrates nunca escondeu a insatisfação em relação à ditadura, e externava a liderança dentro da equipe com opiniões fortes em um dos períodos mais tensos da história recente brasileira.
Tal movimento não atrapalhou o desempenho da equipe alvinegra dentro dos gramados. Durante o período da "Democracia", o Corinthians venceu o bicampeonato paulista (1982 e 1983), em uma das formações mais exaltadas pela torcida. O desempenho de Sócrates, inclusive, rendeu ao meio-campista a convocação para a Copa do Mundo de 1982, quando o Brasil perdeu para a Itália nas quartas de final.
Dono de um estilo elegante dentro de campo, Sócrates deixou o Corinthians no ano de 1984 e se transferiu para a Fiorentina, da Itália. No futebol europeu, o ex-jogador não apresentou o mesmo nível de jogo, e retornou ao País um ano depois para defender o Flamengo. No Rio de Janeiro, ele acabou convocado para a Copa do Mundo de 1986.
No Mundial do México, Sócrates ficou marcado por errar a penalidade na disputa por pênaltis contra a França, nas quartas de final. Eliminado com o time nacional, o ex-meio-campista perdeu espaço no elenco. Antes de encerrar a carreira, o "Doutor" ainda vestiu a camisa do Santos e do Botafogo de Ribeirão Preto.
Em 2004, o carismático médico-jogador ainda "voltou" aos gramados. Aos 50 anos de idade, Sócrates acabou contratado pelo Garforth Town, uma equipe semi-profissional do norte da Inglaterra. Com um contrato de um mês, o ex-atleta da Seleção Brasileira atuou por menos de 15 minutos, em partida contra Tadcaster Albion, por um campeonato regional.
Apesar da aposentadoria e do estilo de vida do "momento", como declarou no último dia 19 de agosto o amigo e jornalista Juca Kfouri, Sócrates continuou perto do futebol. O ex-jogador trabalhou como articulista na revista Carta Capital, como comentarista no programa Cartão Verde, da TV Cultura, e foi blogueiro do Terra durante a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Apucari
Um dia apostei na minha ousadia.
Não a queria tênue e nem porcaria.
De aposta, estava cheio e rançoso,
mas não me imaginei balançoso.
Ah, como balancei, tremi e sorri
daquilo que tinhas na Apucari.
Foto inédita mostra Dilma em interrogatório em 1970
A revista Época publica na edição desta semana uma imagem da presidente Dilma Rousseff aos 22 anos, na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro. Dilma está na sede da Auditoria Militar no Rio de Janeiro, em novembro de 1970. Ao fundo, os oficiais que a interrogavam sobre sua participação na luta armada escondem o rosto com a mão (Foto: reprodução que consta no processo da Justiça Militar).
A vida quer coragem (Editora Primeiro Plano), do jornalista Ricardo Amaral, chega às livrarias na primeira quinzena de dezembro. A foto abaixo, inédita, está no livro que conta a trajetória de Dilma Rousseff da guerrilha ao Planalto. Amaral, que foi assessor da Casa Civil e da campanha presidencial, desencavou a imagem no processo contra Dilma na Justiça Militar. A foto foi tirada em novembro de 1970, quando a hoje presidente da República tinha 22 anos. Após 22 dias de tortura, ela respondia a um interrogatório na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro.
Véspera de sofrimento
Chegou a véspera. Como sempre, ela carrega incertezas, dúvidas. Mesmo eu, confiante eterno, fico nervoso, sinto o coração bater mais acelerado, vejo minha testa franzir. Sei tenho que relaxar e pensar que, nos últimos anos, o dia depois da véspera foi melhor e cheio de glórias. Mas eu fico assim na véspera desde que gritei pela primeira vez: Interrrrrrr. Passei pelos três títulos nacionais nos anos 70, pela Copa do Brasil, pelas duas Libertadores, pelo Mundial, pelo título da Sul-Americana, pelas Recopas. Por muitos Gauchões, que antes valiam muito.
Mas agora é outro Gre-Nal, com o adversário de sempre. Perigo: ele vale muito para nós, nada para eles. Bah, já vi este filme. Não existe favorito neste clássico. Minhas mãos tremem ao escrever isso. É véspera. Dá uma vontade danada de ir logo para o Beira-Rio, pegar um banquinho e ficar lá, na espreita. Sentir o clima, que amanhã será quente.
Amanhã, eu falo nisso novamente. Deixa eu cuidar dos nervos, do coração, da testa, das mãos. Porque hoje é véspera.
Mas agora é outro Gre-Nal, com o adversário de sempre. Perigo: ele vale muito para nós, nada para eles. Bah, já vi este filme. Não existe favorito neste clássico. Minhas mãos tremem ao escrever isso. É véspera. Dá uma vontade danada de ir logo para o Beira-Rio, pegar um banquinho e ficar lá, na espreita. Sentir o clima, que amanhã será quente.
Amanhã, eu falo nisso novamente. Deixa eu cuidar dos nervos, do coração, da testa, das mãos. Porque hoje é véspera.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Raul Pont, o novo e o moderno
Raul Pont foi meu professor na Unisinos no mesmo período em que articulava a fundação do PT. Meio tímido, fui junto. Desde aquela época, ele foi um cara coerente. Mostrou, mais uma vez esta faceta com a retirada de sua candidatura à prefeitura de Porto Alegre nesta semana. Nunca me arrependi de votar nele, seja no âmbito Executivo quanto no Legislativo. O texto abaixo, do Marco Weissheimer, reforça minhas convicções. Vale a pena ler.
Como se sabe, Raul Pont desistiu de concorrer à prefeitura de Porto Alegre. O candidato do PT será mesmo o deputado Adão Villaverde, atual presidente da Assembleia Legislativa. Raul não queria ser candidato. Entrou nessa em função do crescimento dentro do PT de Porto Alegre dos discursos contra a candidatura própria. Emprestou, mais uma vez, seu nome, sua cara e energia para garantir a candidatura própria. Teve a grandeza de sempre, tratada com desprezo e utilitarismo rasteiro pelos filisteus habituais que agora derretem-se em elogios ao “velho dinossauro”.
Sinceramente, não tenho mais nenhuma paciência, disposição ou, para usar um termo jurídico, saco, para escrever sobre a vida (sic) interna do PT. Como a inadequação é minha, vou enfiar a viola no saco e procurar a minha turma. Gostaria de fazer dois registros somente: em primeiro lugar, lembrar as palavras do historiador Russel Jacoby, no livro “o Fim da Utopia – Política e Cultura na era da Apatia” (Ed. Record): .
“O problema não é a derrota, mas o desânimo e a dissimulação intelectual, fingir que cada passo para trás ou para o lado significa dez passos à frente”.
E em segundo, mandar um grande abraço ao Raul Pont que, além de ser um quadro político de primeira grandeza da esquerda brasileira, é um homem extraordinário. A política é uma estrada cheia de armadilhas e desvios. Um dos ganhos em andar ao lado do Raul é a confiança e a fortaleza que se conquista para atravessar essa estrada. Pode-se até errar o caminho aqui e ali, mas não se perderá nunca de vista qual é o horizonte, como ele próprio lembrou no dia em que lançou sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Alegre:
“Para nós, a democracia não fica velha, não se aposenta. Estamos vendo agora, na Europa e nos Estados Unidos, as pessoas pedindo democracia real, já. Elas não estão pedindo um novo aparelho tecnológico ou algo do tipo, estão pedindo democracia real. Porto Alegre tornou-se referência para o Fórum Social Mundial por causa disso e essa referência foi tão forte que hoje há redes de democracia participativa espalhadas por vários países. Isso é que é novo e moderno. O capitalismo é incapaz de sobreviver com democracia. Estamos vendo isso acontecer agora na Grécia, que foi impedida pelo mercado de realizar uma consulta junto à população. Somos internacionalistas, mas não podem os aceitar um sistema mundial dominado pelo capital financeiro. É por isso que não podemos ficar presos a mesquinharias e coisas pequenas”.
Segue a nota de Raul Pont à imprensa e ao Partido dos Trabalhadores, divulgada hoje:
1) Minha pré-candidatura foi colocada ao Diretório Municipal do PT-POA na defesa da tese de que o Partido deveria ter candidato próprio à Prefeitura da capital. Isso se justificava por não encontrarmos em outras candidaturas a integralidade do nosso projeto político programático e a existência de posições de que devíamos abrir mão da cabeça de chapa.
2) Afirmamos, igualmente, que esta candidatura deveria ser fruto de uma construção consensual ou largamente majoritária para garantir a maior unidade possível no Encontro Municipal do PT e para a difícil campanha eleitoral de 2012.
3) Chegamos ao Encontro Municipal com uma grande vitória. A tese da candidatura própria sai vitoriosa e é hoje um consenso partidário. Todas as correntes e os pré-candidatos a defenderam na plenária com mais de 800 militantes ocorrida no final de outubro. Fomos importantes para essa definição.
4) Isso não ocorreu entre os pré-candidatos. O debate e as decisões parciais das correntes não construiu o mesmo consenso. Chegamos ao Encontro com os pré-candidatos tendo apoio em torno de 50 % dos delegados para cada candidatura. O consenso que perseguimos na candidatura própria orientava para que o foco da escolha do candidato fosse nos elementos objetivos do reconhecimento público, da densidade eleitoral, da experiência administrativa acumulada e também do programa e da tática eleitoral que defendemos no último período. Vimos, no entanto, nas declarações à imprensa, que algumas correntes definiram-se mais por compromissos passados ou futuros do que acreditamos ser o centro da disputa que realizaremos: nosso compromisso com a cidade de Porto Alegre, a defesa dos governos Dilma e Tarso na eleição 2012 e num contexto de candidaturas fortes de outros Partidos.
5) Diante deste quadro, por não ter alcançado um consenso que julgamos necessário para uma boa representação partidária no pleito eleitoral, retiro a minha pré-candidatura ao Encontro, em comum acordo com as correntes que me apoiaram nesse processo. É nossa intenção e gesto para ajudarmos na construção da unidade partidária.
6) No dia 3, próximo sábado, todos (as) nossos (as) delegados (as) e correntes estarão fortalecendo o Encontro Municipal do PT e cumprindo sua pauta. Defendemos no Encontro uma política de alianças apoiada em um programa democrático-popular, a manutenção da tese da candidatura própria, as diretrizes de um programa de governo municipal, os avanços aprovados no 4º Congresso do PT e, principalmente, para construir a unidade em torno da candidatura do PT à Prefeitura de Porto Alegre.
Porto Alegre, 30/11/2011
Raul Pont
Correntes: Democracia Socialista, Articulação de Esquerda, PT Amplo e Democrático, Esquerda Democrática, O Trabalho
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Caminhos
Pontes que aproximam caminhos.
Caminhos que conduziam à vida.
Vida que produz afeto e amor.
Amor que estufa de felicidade.
Felicidade que produz sorrisos.
Sorrisos que te trazem para mim.
O velho Collor
O velho Fernando Collor de Mello continua o mesmo. O senador do PTB de Alagoas, mais uma vez, deu mostras de sua truculência e intolerância com a imprensa, durante a votação, nesta quarta-feira (30), da PEC 33, que estabelece a exigência de diploma para o exercício do jornalismo. Ao manifestar seu voto, o ex-presidente começou argumentando que a PEC impede a "total liberdade da expressão" da sociedade. O senador também criticou os cursos de jornalismo, que estariam formando "analfabetos funcionais" profissionais que não conhecem a Língua Portuguesa, nem cumprem as regras básicas do jornalismo, como apurar bem uma notícia. É lógico que o tom do breve voto de Collor foi marcado pelo rancor, voz alterada e os olhos esbugalhados de sempre. Ele começa com uma tese tresloucada, chamando a atenção para o "risco" da PEC 33 ser o "embrião" do projeto de controle dos veículos de comunicação, mas termina se rendendo mesmo ao seu desabafo pessoal contra a imprensa de um modo geral.
Fenaj: aprovação da PEC do Diploma no Senado é uma vitória dos jornalistas e da sociedade brasileira
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), os Sindicatos de Jornalistas e os jornalistas brasileiros saúdam o Congresso Nacional pela votação, ocorrida no dia 30 de novembro, no Senado, da PEC 33/2009, que restabelece a obrigatoriedade da formação de nível superior específica para o exercício da profissão.
A FENAJ identifica neste ato soberano do Senado brasileiro uma identidade indiscutível entre o parlamento nacional e a opinião pública do país, que reconhece a importância do jornalismo e da profissão de jornalista.
Em favor do fortalecimento da profissão, da qualidade do jornalismo e da democracia, a FENAJ agradece o esforço da Mesa do Senado em conduzir a votação, que foi fruto da disposição de partidos, do acordo de líderes e da mobilização de parlamentares.
A FENAJ destaca a iniciativa do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) em propor a emenda constitucional e distingue o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), por seu relatório que encaminhou para esta decisão histórica, e os líderes dos partidos que compreenderam a necessidade do restabelecimento da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional.
A FENAJ agradece, ainda, a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Diploma, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e criada pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que aglutinou parlamentares -- deputados e senadores -- e constituiu o ambiente para esse desenlace altamente positivo para a qualidade do jornalismo no Brasil.
A FENAJ identifica na mobilização dos jornalistas e na condução dos seus sindicatos a força que derrotou a tentativa conservadora e obscurantista de acabar com a profissão organizada e regulamentada. Esta articulação garantiu a vitória no Senado assentando, de vez, o fazer jornalístico numa profissão validada pelas instituições de ensino superior.
A FENAJ destaca, ainda, a participação dos professores, estudantes e cursos de jornalismo que aderiram a este movimento e possibilitaram a retomada da obrigatoriedade da formação universitária, algo que consideramos, sem dúvida, irreversível.
É preciso manter a mobilização para a votação do segundo turno no Senado e a continuação do processo na Câmara dos Deputados. A FENAJ, portanto, convoca seus sindicatos, os jornalistas brasileiros, as centrais sindicais e sindicatos parceiros, os cursos de jornalismo e todos aqueles que acreditam no conhecimento como forma de qualificação profissional, para um último esforço de mobilização, de forma a garantir um jornalismo de qualidade, assentado na pluralidade, na verdade e na ética profissional.
Brasília, 1º de dezembro de 2011.
Diretoria da FENAJ
A FENAJ identifica neste ato soberano do Senado brasileiro uma identidade indiscutível entre o parlamento nacional e a opinião pública do país, que reconhece a importância do jornalismo e da profissão de jornalista.
Em favor do fortalecimento da profissão, da qualidade do jornalismo e da democracia, a FENAJ agradece o esforço da Mesa do Senado em conduzir a votação, que foi fruto da disposição de partidos, do acordo de líderes e da mobilização de parlamentares.
A FENAJ destaca a iniciativa do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) em propor a emenda constitucional e distingue o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), por seu relatório que encaminhou para esta decisão histórica, e os líderes dos partidos que compreenderam a necessidade do restabelecimento da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional.
A FENAJ agradece, ainda, a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Diploma, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e criada pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que aglutinou parlamentares -- deputados e senadores -- e constituiu o ambiente para esse desenlace altamente positivo para a qualidade do jornalismo no Brasil.
A FENAJ identifica na mobilização dos jornalistas e na condução dos seus sindicatos a força que derrotou a tentativa conservadora e obscurantista de acabar com a profissão organizada e regulamentada. Esta articulação garantiu a vitória no Senado assentando, de vez, o fazer jornalístico numa profissão validada pelas instituições de ensino superior.
A FENAJ destaca, ainda, a participação dos professores, estudantes e cursos de jornalismo que aderiram a este movimento e possibilitaram a retomada da obrigatoriedade da formação universitária, algo que consideramos, sem dúvida, irreversível.
É preciso manter a mobilização para a votação do segundo turno no Senado e a continuação do processo na Câmara dos Deputados. A FENAJ, portanto, convoca seus sindicatos, os jornalistas brasileiros, as centrais sindicais e sindicatos parceiros, os cursos de jornalismo e todos aqueles que acreditam no conhecimento como forma de qualificação profissional, para um último esforço de mobilização, de forma a garantir um jornalismo de qualidade, assentado na pluralidade, na verdade e na ética profissional.
Brasília, 1º de dezembro de 2011.
Diretoria da FENAJ
Último dia de aula
Hoje, com a entrega do último trabalho, cumpro meu último dia do ano na PUC. Festejo porque o desempenho foi bom, o nível do saber cresceu e o convívio com os colegas em aula, em trabalhos e fora da universidade foi excelente. Por isso, sinto um misto de contentamento pelas férias acadêmicas e tristeza porque ficarei longe de algo que virou minha paixão. São três meses longe. Que março me espere!
Senado aprova PEC do Diploma com 65 votos. Agora é a Câmara
Em votação realizada na sessão desta quarta-feira (30), o Senado aprovou, com 65 votos favoráveis e 7 contrários, a PEC 33/2009, do Senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), que restitui a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. De norte a sul do país a categoria comemora.
A sessão do Senado foi acompanhada com apreensão pelo diretor da FENAJ José Carlos Torves e por José Nunes, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Francisco Nascimento, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco, e Lincoln Macário, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, que comemoraram após a divulgação do resultado no placar do plenário.
Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, a expressiva votação foi emblemática. “Representou o desejo do Senado de corrigir um erro histórico do STF contra a categoria profissional dos jornalistas”, disse. Ele agradeceu o esforço de todos os parlamentares que se empenharam pela aprovação da matéria, especialmente o autor da PEC, senador Valadares, e o relator, senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), e parabenizou a categoria e os Sindicatos de Jornalistas pela persistência nas mobilizações em defesa do diploma.
O diretor de Relações Institucionais da Federação, Sérgio Murillo de Andrade, também avalia que o Senado corrigiu um erro grave do STF, cometido em 2009, e que “surpreendeu toda a sociedade, que visivelmente passou a apoiar nossa luta pelo resgate da dignidade da profissão”.
Temporariamente “de alma lavada”, Sérgio Murillo lembra que o “primeiro round” desta luta foi vencido. “Devemos e merecemos comemorar, mas nossa mobilização tem que prosseguir cada vez mais forte para assegurar a vitória da restituição da exigência do diploma para o exercício da profissão tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados”, concluiu.
A sessão do Senado foi acompanhada com apreensão pelo diretor da FENAJ José Carlos Torves e por José Nunes, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Francisco Nascimento, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco, e Lincoln Macário, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, que comemoraram após a divulgação do resultado no placar do plenário.
Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, a expressiva votação foi emblemática. “Representou o desejo do Senado de corrigir um erro histórico do STF contra a categoria profissional dos jornalistas”, disse. Ele agradeceu o esforço de todos os parlamentares que se empenharam pela aprovação da matéria, especialmente o autor da PEC, senador Valadares, e o relator, senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), e parabenizou a categoria e os Sindicatos de Jornalistas pela persistência nas mobilizações em defesa do diploma.
O diretor de Relações Institucionais da Federação, Sérgio Murillo de Andrade, também avalia que o Senado corrigiu um erro grave do STF, cometido em 2009, e que “surpreendeu toda a sociedade, que visivelmente passou a apoiar nossa luta pelo resgate da dignidade da profissão”.
Temporariamente “de alma lavada”, Sérgio Murillo lembra que o “primeiro round” desta luta foi vencido. “Devemos e merecemos comemorar, mas nossa mobilização tem que prosseguir cada vez mais forte para assegurar a vitória da restituição da exigência do diploma para o exercício da profissão tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados”, concluiu.
domingo, 27 de novembro de 2011
Ainda dá, Inter!
Eu acredito que o Inter ainda conseguirá a vaga na Libertadores, mesmo que hoje tenha perdido uma grande oportunidade de chegar lá. Não podemos perder muitos gols. E tínhamos metade do time pendurado nos cartões. Quem levasse o amarelo, não jogaria o Gre-Nal. Muitos tiraram o pé e raros reclamaram. Mas, colorado, estarei no Beira-Rio no domingo, torcendo como sempre pelo meu time e contra Flamengo e Coritiba. Não tem jeito.
Frouxidão
Agora, a coisa afrouxou mesmo. Tudo pode, mesmo o que não era compatível e ético. Um presidente de um clube vira diretor da Confederação. Não irá ela beneficiar o time dele? Um treinador de futebol hospeda seu blog na rede de uma empresa de comunicação. Não irá esta se abster de criticar o clube do "colega"? Alguns dirão "não", que tudo é profissional. Pois é deste mesmo profissionalismo que têm brotado as falcatruas, as corrupções. Quando tudo era mais ou menos amador, cada um ficava na sua. Tratava de cuidar de seu pedaço. Hoje, o profissionalismo une até água com vinho.
O meu amor por ti
O meu amor por ti
não cabe no poema.
Assim como não cabem
a minha paixão por letras,
por frases, por textos.
O meu amor por ti
não cabe no poema.
Assim como não cabem
meu amor pelo filho,
pela minha família,
pelos amigos todos.
O meu amor por ti
não cabe no poema.
Assim como não cabem
a minha paixão pelo Inter,
pelo Jornalismo diário,
pelo curso de História.
O meu amor por ti
não cabe no poema.
Assim como não cabem
o desprezo, a solidão,
a tristeza, minhas e outras.
não cabe no poema.
Assim como não cabem
a minha paixão por letras,
por frases, por textos.
O meu amor por ti
não cabe no poema.
Assim como não cabem
meu amor pelo filho,
pela minha família,
pelos amigos todos.
O meu amor por ti
não cabe no poema.
Assim como não cabem
a minha paixão pelo Inter,
pelo Jornalismo diário,
pelo curso de História.
O meu amor por ti
não cabe no poema.
Assim como não cabem
o desprezo, a solidão,
a tristeza, minhas e outras.
sábado, 26 de novembro de 2011
Manhã boêmia
7h34min de sábado, sol brilhando.
De minha janela, ouço a garota, voz trôpega, perguntar para o cara: "tu bebeste?"
Ele, agarrado nela, emite um simmmmmm ouvido pelo quarteirão.
Viver em bairro boêmio, por opção, assegura este tipo de cena.
Comum, banal.
De minha janela, ouço a garota, voz trôpega, perguntar para o cara: "tu bebeste?"
Ele, agarrado nela, emite um simmmmmm ouvido pelo quarteirão.
Viver em bairro boêmio, por opção, assegura este tipo de cena.
Comum, banal.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Tempo
O passado lembra o tempo que eu era uma criança.
O presente mostra o tempo que eu sou adulto.
O futuro revela um e outro. E sou maduro.
Coitado
Bah, tu não imaginas o coitado
que vi, boca aberta, degolado.
Não quisera ser eu o afoito
que tinha anos e anos de vida.
O destino, sempre ele, o levou
de um jeito que ficou dúvida.
Agora, quero rezar em verso
pensando em nada adverso.
Coitado, que referi, é disperso.
que vi, boca aberta, degolado.
Não quisera ser eu o afoito
que tinha anos e anos de vida.
O destino, sempre ele, o levou
de um jeito que ficou dúvida.
Agora, quero rezar em verso
pensando em nada adverso.
Coitado, que referi, é disperso.
Sexta-feira
Bom dia, sexta-feira.
Dia de trabalho lerdo,
tedioso e arrastado.
No final, a garrafeira
que não é a do vinho.
Aquelas espalhadas
nas mesas de bares
de todas esquinas.
Dia de trabalho lerdo,
tedioso e arrastado.
No final, a garrafeira
que não é a do vinho.
Aquelas espalhadas
nas mesas de bares
de todas esquinas.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Moça
Lépida, leve e faceira
moça de passo leve
não quero levar rasteira.
No pensamento me leve
Mansa, macia e esperta
moça de sorriso aberto
não quero nenhuma incerta.
No coração me guarde
moça de passo leve
não quero levar rasteira.
No pensamento me leve
Mansa, macia e esperta
moça de sorriso aberto
não quero nenhuma incerta.
No coração me guarde
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Raízes do Brasil
Terminei a leitura e o fichamento do livro Raízes do Brasil, do grande Sérgio Buarque de Holanda. A obra é essencial para entendermos a identidade nacional e resultará em um bom e profícuo na aula de Brasil Colonial amanhã na PUCRS.
Vermelho de Inter!
Hoje e nós próximos dias, este símbolo baterá no ritmo forte de nosso coração. Colorado, paixão, motivação, empolgação, vibração, tesão... Nada é igual em momentos como este, em que o vermelho de nosso sangue é nosso predomina.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Sozinho
Sozinho no escuro
feito animal acuado,
vejo teu corpo nu.
Imagens do sonho
que pensei real
feito animal acuado,
vejo teu corpo nu.
Imagens do sonho
que pensei real
por gula e jejum.
O sorriso não veio,
era uma utopia
a boca secou,
no canto estiquei,
sem teu encanto,
tampouco o canto.
No escuro, fiquei.
O sorriso não veio,
era uma utopia
a boca secou,
no canto estiquei,
sem teu encanto,
tampouco o canto.
No escuro, fiquei.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Amor verdadeiro
Se pensas que o amor é esta coisa obsessiva,
sem limite, que te leva à loucura, te desnorteia,
te faz encher a goela de Lexotan, de bebidas todas.
Se achas que o amor é bem tranquilo, te faz dormir,
não tem hora do 'te amo', não telefonas mais,
te faz ver um filme sem companhia, te isola.
Nem um, nem outro, é amor verdadeiro
que tem cumplicidade, aceite e liberdade.
O amor é sem sabermos o que é. Amor!
sem limite, que te leva à loucura, te desnorteia,
te faz encher a goela de Lexotan, de bebidas todas.
Se achas que o amor é bem tranquilo, te faz dormir,
não tem hora do 'te amo', não telefonas mais,
te faz ver um filme sem companhia, te isola.
Nem um, nem outro, é amor verdadeiro
que tem cumplicidade, aceite e liberdade.
O amor é sem sabermos o que é. Amor!
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Ventania lá fora
Ventania lá fora, cisco no olho.
Vestido erguido, cabelo em pé.
Batem janelas, voam roupas
do varal e também o jornal.
Paira no ar chapéu do homem
da praça com flores no chão.
A moça pequena no poste
segura. É ventania lá fora.
Olhares e espios
Eu sei que espias
meu lado secreto.
Eu sei que olhas
meu dedo reto.
Ele te aponta
e conta os dias
de ausência tua.
Que são muitos
não fosse a mania
de olhares e espiares
em vez de tocares.
meu lado secreto.
Eu sei que olhas
meu dedo reto.
Ele te aponta
e conta os dias
de ausência tua.
Que são muitos
não fosse a mania
de olhares e espiares
em vez de tocares.
domingo, 13 de novembro de 2011
Folha fatura mais, mas demite 40 jornalistas.
O faturamento das empresas jornalísticas no Brasil aumentou ao longo do ano, mas o isso não impediu que a Folha de S.Paulo demitisse 40 jornalistas. Isso sem negociar com a entidade de classe. Reproduzo abaixo a nota do Sindicato paulista:
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo protesta contra a atitude da direção da empresa Folha da Manhã, detentora dos títulos da Folha de S.Paulo e Agora São Paulo de demitir funcionários sem abrir um processo de negociação entre as partes.
O Sindicato dos Jornalistas entrou em contato na tarde de quinta-feira (dia 10) com a direção da empresa Folha da Manhã, com o objetivo de apurar a veracidade das informações que dão conta que a empresa pretende demitir 40 profissionais, ou cerca de 10% da redação.
Na ocasião, o departamento Jurídico da empresa afirmou desconhecer qualquer processo de demissão e que entraria em contato com o Sindicato no dia seguinte. Na manhã de sexta-feira, como não houve retorno do setor jurídico, a diretoria do Sindicato entrou em contato com o departamento de RH que afirmou “não ter informação” sobre o caso. Ao final da tarde, finalmente, um telefonema da empresa confirmou que a empresa irá demitir, pois está adequando seu corpo de funcionários ao orçamento de 2012. No entanto, não disse quantos nem quando as mudanças ocorrerão, apenas que estão sendo estudadas caso a caso.
A diretoria do Sindicato dos Jornalistas reafirma que não existem motivos que justifiquem demissões desta natureza. Na verdade, o jornal trabalha com um número limitado de profissionais, que acumulam horas-extras excessivas, "pescoções" intermináveis e multiplicidade de funções, como trabalhar para o impresso e também para o Portal.
Todas as estatísticas apontam que há crescimento no faturamento das empresas o que não justifica tal “intenção”. “Todo o final e início de ano presenciamos a mesma postura das empresas, que na intenção de alcançar suas metas de faturamento não pensam duas vezes para demitir trabalhadores. A recusa de negociar as demissões com o Sindicato demonstra o total desrespeito com a entidade e com os jornalistas. No caso da Folha, tal atitude é uma contradição a tão divulgada “democracia” defendida pelo jornal, que na prática é apenas uma estratégia de marketing”, afirma o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto).
Leia o Versão dos Jornalistas
Já está circulando a edição 114 do jornal Versão dos Jornalistas, publicação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Em destaque, os debates da Imprensa com o Judiciário na Ajuris e no Mnimistério Público, o lançamento do Fórum Mundial de Comunicação e Inclusão Digital, violência contra jornalistas, Conselho Estadual de Comunicação, cobertura do Enjac e a coluna do ombudsman Jayme Copstein.
Flu, que ganhou do Inter, perde para lanterna
No domingo passado, o Inter fez festa para o Abel e para o Sobis. Até o Edinho ganhou afago. Depois, o colorado apoiado por quase 40 mil pessoas levou 2 a 1 de um Fluminense que não joga nada. Ontem, esta minha tese foi confirmada. O clube das Laranjeiras perdeu para o América Mineiro, laterna do Brasileirão, em pleno Engenhão (Rio). O Flu continua ruim. E o Inter?
Feriadão
Disseram que era feriadão.
Na minha janela não é não
porque o rapaz amassa lata
os boêmios passam gritando
e tem na rua muito vira-lata.
Pois eu queria no feriadão
uma madrugada tranquila,
sem barulho, repousada.
Sem roda do carro no asfalto
e, se possível, sem assalto.
sábado, 12 de novembro de 2011
O Analfabeto Político
Tivemos ontem na faculdade um bom debate sobre cidadania e política. Lembrei de O Analfabeto Político, de Bertolt Brecht.
O pior analfabetoÉ o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Parabéns, Marco
Hoje é um dia especial porque especial é a pessoa que faz aniversário.
Em 10 de novembro de 1986 - 25 anos atrás - nascia meu querido filho Marco Antônio Fernandes Correa. É um homem que me enche de orgulho pelo que foi, é e continuará sendo. Moramos juntos, temos algumas pelejas e muitas alegrias juntos. Marco, filho amado, parabéns e muita luz no teu dia. O almoço será especial hoje...
domingo, 6 de novembro de 2011
Inter perde com justiça. Gremistas gozam sem razão
O Internacional jogou muito mal e mereceu a derrota de hoje contra o Fluminense no Beira-Rio, diante de um grande público. Saí triste do estádio.
Mas fiquei mais acabrunhado quando acessei a Internet e vi arrogantes gremistas arrotando ódio, como se o time deles tivesse sido campeão de alguma coisa. Obviamente que não são maioria.
Valorizo os que são desportistas e aceitam vitórias e derrotas de lado a lado como coisas do jogo. Os outros não têm o meu respeito.
Guia de boas maneiras na política. E no jornalismo
Colegas jornalistas devem ler este bem escrito artigo publicado originalmente na Carta Maior. A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso.
Maria Inês Nassif
A cultura de tentar ganhar no grito tem prevalecido sobre a boa educação e o senso de humanidade na política brasileira. E o alvo preferencial do “vale-tudo” é, em disparada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por algo mais do que uma mera coincidência, nunca antes na história desse país um senador havia ameaçado bater no presidente da República, na tribuna do Legislativo. Nunca se tratou tão desrespeitosamente um chefe de governo. Nunca questionou-se tanto o merecimento de um presidente – e Lula, além de eleito duas vezes pelo voto direto e secreto, foi o único a terminar o mandato com popularidade maior do que quando o iniciou.
A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso. A campanha que se espalhou nas redes sociais pelos adversários políticos de Lula, para que ele se trate no Sistema Único de Saúde (SUS), é de um mau gosto atroz. A jornalista que o culpou, no ar, pelo câncer que o vitimou, atribuindo a doença a uma “vida desregrada”, perdeu uma grande chance de ficar calada.
Até na política as regras de boas maneiras devem prevalecer. Numa democracia, o opositor é chamado de adversário, não de inimigo (para quem não tem idade para se lembrar, na nossa ditadura militar os opositores eram “inimigos da pátria”). Essa forma de qualificar quem não pensa como você traz, implicitamente, a ideia de que a divergência e o embate político devem se limitar ao campo das ideias. Esta é a regra número um de etiqueta na política.
A segunda regra é o respeito. Uma autoridade, principalmente se se tornou autoridade pelo voto, não é simplesmente uma pessoa física. Ela é representante da maioria dos eleitores de um país, e se deve respeito à maioria. Simples assim. Lula, mesmo sem mandato, também o merece. Desrespeitar um líder tão popular é zombar do discernimento dos cidadãos que o apoiam e o seguem. Discordar pode, sempre.
A terceira regra de boas maneiras é tratar um homem público como homem público. Ele não é seu amigo nem o cara com quem se bate boca na mesa de um bar. Essa regra vale em dobro para os jornalistas: as fontes não são amigas, nem inimigas. São pessoas que estão cumprindo a sua parte num processo histórico e devem ser julgadas como tal. Não se pode fazer a cobertura política, ou uma análise política, como se fosse por uma questão pessoal. Jornalismo não deve ser uma questão pessoal. Jornalistas têm inclusive o compromisso com o relato da história para as gerações futuras. Quando se faz jornalismo com o fígado, o relato da história fica prejudicado.
A quarta regra é a civilidade. As pessoas educadas não costumam atacar sequer um inimigo numa situação tão delicada de saúde. Isso depõe contra quem ataca. E é uma péssima lição para a sociedade. Sentimentos de humanidade e solidariedade devem ser a argamassa da construção de uma sólida democracia. Os formadores de opinião tem a obrigação de disseminar esses valores.
A quinta regra é não se deixar contaminar por sentimentos menores que estão entranhados na sociedade, como o preconceito. O julgamento sobre Lula, tanto de seus opositores políticos como da imprensa tradicional, sempre foi eivado de preconceito. É inconcebível para esses setores que um operário, sem curso universitário e criado na miséria, tenha ascendido a uma posição até então apenas ocupada pelas elites. A reação de alguns jornalistas brasileiros que cobriram, no dia 27 de setembro, a solenidade em que Lula recebeu o título “honoris causa” pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, é uma prova tão evidente disso que se torna desnecessário outro exemplo.
No caso do jornalismo, existe uma sexta regra, que é a elegância. Faltou elegância para alguns dos meus colegas.
A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso. A campanha que se espalhou nas redes sociais pelos adversários políticos de Lula, para que ele se trate no Sistema Único de Saúde (SUS), é de um mau gosto atroz. A jornalista que o culpou, no ar, pelo câncer que o vitimou, atribuindo a doença a uma “vida desregrada”, perdeu uma grande chance de ficar calada.
Até na política as regras de boas maneiras devem prevalecer. Numa democracia, o opositor é chamado de adversário, não de inimigo (para quem não tem idade para se lembrar, na nossa ditadura militar os opositores eram “inimigos da pátria”). Essa forma de qualificar quem não pensa como você traz, implicitamente, a ideia de que a divergência e o embate político devem se limitar ao campo das ideias. Esta é a regra número um de etiqueta na política.
A segunda regra é o respeito. Uma autoridade, principalmente se se tornou autoridade pelo voto, não é simplesmente uma pessoa física. Ela é representante da maioria dos eleitores de um país, e se deve respeito à maioria. Simples assim. Lula, mesmo sem mandato, também o merece. Desrespeitar um líder tão popular é zombar do discernimento dos cidadãos que o apoiam e o seguem. Discordar pode, sempre.
A terceira regra de boas maneiras é tratar um homem público como homem público. Ele não é seu amigo nem o cara com quem se bate boca na mesa de um bar. Essa regra vale em dobro para os jornalistas: as fontes não são amigas, nem inimigas. São pessoas que estão cumprindo a sua parte num processo histórico e devem ser julgadas como tal. Não se pode fazer a cobertura política, ou uma análise política, como se fosse por uma questão pessoal. Jornalismo não deve ser uma questão pessoal. Jornalistas têm inclusive o compromisso com o relato da história para as gerações futuras. Quando se faz jornalismo com o fígado, o relato da história fica prejudicado.
A quarta regra é a civilidade. As pessoas educadas não costumam atacar sequer um inimigo numa situação tão delicada de saúde. Isso depõe contra quem ataca. E é uma péssima lição para a sociedade. Sentimentos de humanidade e solidariedade devem ser a argamassa da construção de uma sólida democracia. Os formadores de opinião tem a obrigação de disseminar esses valores.
A quinta regra é não se deixar contaminar por sentimentos menores que estão entranhados na sociedade, como o preconceito. O julgamento sobre Lula, tanto de seus opositores políticos como da imprensa tradicional, sempre foi eivado de preconceito. É inconcebível para esses setores que um operário, sem curso universitário e criado na miséria, tenha ascendido a uma posição até então apenas ocupada pelas elites. A reação de alguns jornalistas brasileiros que cobriram, no dia 27 de setembro, a solenidade em que Lula recebeu o título “honoris causa” pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, é uma prova tão evidente disso que se torna desnecessário outro exemplo.
No caso do jornalismo, existe uma sexta regra, que é a elegância. Faltou elegância para alguns dos meus colegas.
(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo.
Camisa vermelha
Colorados surgem nas esquinas,
exibindo suas camisas vermelhas.
Sinto que o Beira-Rio balançará
como nos dias de nossas glórias.
Exibido, já circulei em todos cantos
com a minha dez, surrada e bela.
Com ela, estarei no Beira-Rio de
tantos embates e muitas vitórias.
Domingo
Domingo, caminhantes dispersos.
Uns correm para a missa ou culto.
Outros andam nos parques nossos.
Muitos ainda dormem, dormem,
porque na noite curtiram alegria.
E alguns, como eu, unem letras
para outros lerem e curtirem.
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