terça-feira, 29 de maio de 2012

“A Veja deve explicações ao país”, diz presidente da Fenaj


 A CPI realizada pelo Congresso Nacional que tenta investigar a influência do bicheiro Carlinhos Cachoeira sobre o poder público acabou suscitando um debate tão inesperado quanto necessário no país: a relação da mídia com as esferas de poder, sejam elas políticas ou econômicas.

  "A Veja acaba de nos produzir um dos piores momentos do jornalismo" | Fotos: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21


Samir Oliveira, Sul 21

A Polícia Federal identificou cerca de 200 conversas telefônicas entre o diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e o contraventor. A divulgação dessas escutas mostra que Cachoeira pautava a publicação da editora Abril, que se deixava levar pelos interesses políticos de um empresário fortemente ligado ao senador Demóstenes Torres (ex-DEM).
Diante desse cenário, alguns parlamentares têm defendido a convocação de Policarpo para depor na CPI, mesmo que o relator Odair Cunha (PT-MG) já tenha rejeitado pedido de informações a respeito. Para o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, a revista precisa explicar o que guiou sua prática jornalística nesse episódio. “A Veja tem que dar explicações ao Brasil. É preciso explicar como ela exerce a atividade jornalística com essas veleidades, com descompromisso e irresponsabilidade em relação a princípios éticos e técnicos consagrados pelo jornalismo”, entende.
Nesta entrevista ao Sul21, Schröder avalia a conduta da revista nesse e em outros episódios e defende a necessidade de um marco regulatório para a comunicação no país.
“Não é só um repórter, mas é a organização, a chefia da empresa, que conduz e encaminha uma atividade tecnicamente reprovável e eticamente inaceitável”

Sul21 – O que a CPI do Cachoeira pode nos dizer sobre a mídia brasileira?
Celso Schröder – A CPI está nos mostrando que a mídia é uma instituição como qualquer outra e precisa estar submetida a princípios públicos, na medida em que a matéria-prima do seu trabalho é pública: a informação. Quanto menos pública essa instituição for e mais submetida aos interesses privados dos seus gestores ela estiver, mais comprometida ficará a natureza do jornalismo. Como qualquer instituição, a mídia não está acima do bem e do mal, dos preceitos republicanos do Estado de Direito e do interesse público. Do ponto de vista político, a Veja confundiu o público com o privado. Do ponto de vista jornalístico, comete um pecado inaceitável: estabelecer uma relação promíscua entre o jornalista e a fonte. Não é só um repórter, mas é a organização, a chefia da empresa, que conduz e encaminha uma atividade tecnicamente reprovável e eticamente inaceitável. Todo jornalista sabe, desde o primeiro semestre da faculdade, que a fonte é um elemento constituidor da notícia na medida em que ela for tratada como fonte. A fonte tem interesses e, para que eles não contaminem a natureza da informação, precisam ser filtrados pelo mediador, que é o jornalista. A fonte, ao mesmo tempo em que dá credibilidade e constitui elemento de pluralidade na matéria, por outro lado, se não for mediada e relativizada pelo jornalista, pode contaminar o conteúdo.
"Os jornalistas não estão acima da lei e não podem estar acima dos princípios republicanos" | Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Sul21 – Em que pontos a relação entre Policarpo Júnior e Cachoeira extrapolaram uma relação saudável entre repórter e fonte?
Schroder –
Ele não tratou o Cachoeira como fonte. O problema é um jornalista ou uma empresa jornalística atribuir a alguém uma dimensão de fonte única, negociando com ela o conteúdo e a dimensão da matéria e, principalmente, conduzindo a Veja para uma atuação de partido político. Esse é um pecado que a Veja vem cometendo há algum tempo. A oposição no Brasil é muito frágil. Por não existir uma oposição forte, a imprensa assume esse papel, o que é uma distorção absoluta. A imprensa não tem que assumir essa função, a sociedade não atribui a ela uma dimensão político-partidária, como a Veja se propõe. A Veja acaba de nos produzir um dos piores momentos do jornalismo. Quando houve o episódio da tentativa de invasão do apartamento do ex-ministro José Dirceu (PT) por um repórter da Veja, eu escrevi um artigo dizendo que, assim como Watergate tinha sido o grande momento do jornalismo no mundo, a atuação da Veja no quarto de Dirceu foi um anti-Watergate. Mal sabia eu que teríamos um momento ainda pior. Não foi a ação individual de um repórter sem capacidade de avaliação. Foi uma ação premeditada e sistêmica de uma empresa de comunicação, de um chefe que conduzia seu repórter para uma ação imoral, tangenciando perigosamente a ilegalidade.
“A Veja é uma revista que coloca em jogo a matéria-prima básica da sua existência: a credibilidade. Parece-me um suicídio”
Sul21 – O mesmo pode ser dito para o episódio recente entre Policarpo Júnior e Cachoeira?
Schröder - Neste momento, isso se consolida. É uma revista que coloca em jogo a matéria-prima básica da sua existência: a credibilidade. Parece-me um suicídio, inclusive do ponto de vista de um negócio jornalístico. A não ser que a Veja esteja contando com um outro tipo de financiamento, ou já esteja sendo subsidiada por outro mecanismo que não seja decorrente da credibilidade e da inserção no público. Não temos dados concretos sobre isso, mas tudo leva a crer que, nesse momento, o financiamento da Veja esteja se dando por outro caminho. O comprometimento e o alinhamento inescrupuloso da revista a uma determinada visão de mundo conduz à ideia de que a Veja possa ter aberto mão de ser um veículo de comunicação para ser um instrumento político com financiamento deste campo.
Sul21 – Mas a revista já passou por períodos em que era mais comprometida com o jornalismo. Como ocorreu essa mudança?
Schroder –
Não é de agora que a Veja vem dando indícios de que abre mão de um papel de referência jornalística. A Veja foi fundamental para a redemocratização do país, foi referência para jornalistas de várias gerações e teve em sua direção homens como Mino Carta. Depois de um certo tempo, a revista começa a alinhar-se a um determinado grupo social brasileiro. É claro que os editores da revista têm opiniões e cumprem um papel conservador no país. Tudo bem que isso aconteça nas dimensões editoriais. Agora, que se reserve ao jornalismo informativo um espaço de discussão com contrapontos. Princípios elementares do jornalismo foram sendo abandonados e essa revista, que foi importante para a democracia e para o jornalismo, passa a ser um exemplo ruim que precisa ser enfrentado.


"Não é pouca coisa trazer o chefe da sucursal da Veja em Brasília para depor"

Sul21 – Como o senhor vê a possibilidade de Policarpo Júnior ser convocado para depor na CPI?
Schroder –
Tenho visto declarações de alguns políticos, como da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que diz que o envolvimento do Policarpo nisso representa um ataque à imprensa. Os jornalistas não estão acima da lei e não podem estar acima dos princípios republicanos. Se ele for convocado pela CPI, tem o direito de não ir. Se ele for, tem o direito de exercer a prerrogativa do sigilo de fonte. Mas a convocação não representa uma ameaça. A Veja tem que dar explicações ao Brasil. É preciso explicar como ela exerce a atividade jornalística com essas veleidades, com descompromisso e irresponsabilidade em relação a princípios éticos e técnicos consagrados pelo jornalismo. Questionar isso é fundamental. Os jornalistas e a academia têm obrigação de fazer esse questionamento.
Sul21 – Nesse sentido, não seria válido também convocar o presidente do Grupo Abril, Roberto Civita?
Schroder –
Parece que seria deslocar o problema. Na CPI, a Veja é um dos pontos. O problema é a corrupção entre o Cachoeira e o Parlamento brasileiro. Um depoimento do Civita geraria um debate que desviaria os trabalhos da CPI. Não há dúvida de que a Veja praticou um mau jornalismo e deve prestar contas. A CPI tem gravações de integrantes da revista com o bicheiro. Que eles sejam convocados, então. Não é pouca coisa trazer o chefe da sucursal da Veja em Brasília para depor.
“A Fenaj não vai proteger jornalistas criminosos”
Sul21 – As críticas à Veja costumam ser rebatidas com argumentos que valorizam o trabalho supostamente investigativo feito pela revista, com diversas denúncias de corrupção. Entretanto, as gravações entre Policarpo e Cachoeira revelam como funcionava a engenharia que movia algumas dessas denúncias.
Schroder –
Há uma certa sensação de que estamos vivendo um momento de corrupção absoluta no país. E isso está longe de ser verdade. Basta olhar a história e ver que agora temos instituições democráticas funcionando. A imprensa cumpre um papel democrático e fiscalizador importante com a denúncia. O problema é que alguns setores, ao fazerem denúncias, atribuem um papel absoluto à ideia da corrupção. No caso da Veja, o pior de tudo é que a própria revista estava envolvida. Não é só um mau jornalismo sendo praticado. Há indícios perigosos de uma locupletação – que não precisa ser necessariamente financeira. Pode ser uma troca de favores, onde o que a Veja ganhou foi a constituição de argumentos para uma atuação política, não jornalística. Como se fosse o partido político que a oposição não consegue ser. Se a imprensa se propõe a esse tipo de coisa, volta a um patamar de atuação do século XVIII.  Se é para ser assim, que a revista mude de nome e assuma o alinhamento a determinado partido. Agora, ao se apresentar como um espaço informativo, a Veja precisa refletir a complexidade do espaço político brasileiro. Se ela não faz isso, está comprometendo o jornalismo e tangenciando uma possibilidade de ilegalidade que, se houver, precisa ser esclarecida. A Fenaj não vai proteger jornalistas criminosos.
Sul21 – A revelação desse modus-operandi da Veja está gerando uma discussão quase inédita no país: a mídia está debatendo a mídia. A revista Carta Capital tem dedicado diversas capas ao tema e a Record já fez uma reportagem sobre o assunto. É um fenômeno comum em outros países, mas até então não ocorria no Brasil.
Schroder –
Nos anos 1980, quando a Fenaj propôs uma linha para a democratização da comunicação, partimos da compreensão de que a democratização do país não havia conseguido chegar à mídia. O sistema midiático brasileiro, ao contrário de todas as outras instituições, não havia sido democratizado. Temos cinco artigos da Constituição nessa área que não estão regulamentados. Durante 30 anos tivemos diversas iniciativas de tentar construir  esse debate. A lógica da regulamentação existe em todos os países do mundo. Mas, no Brasil, isso enfrenta resistências de uma mídia poderosa, que fez os dois primeiros presidentes da República após a democratização. Sarney e Collor são dois políticos que saíram dos quadros da Rede Globo. Na presidência do Congresso tivemos outros afilhados da Rede Globo, como Antonio Carlos Magalhães, que também foi ministro das Comunicações. A mídia não só está concentrada, no sentido de ter monopólios, como está desprovida de qualquer controle público. Está absolutamente entregue à ideia de que a liberdade de expressão é a liberdade de expressão dos donos da mídia. Enquanto que o preceito constitucional diz que a liberdade de expressão é do povo, e o papel da mídia é assegurar isso.
“O espírito conservador está no DNA da Rede Globo. Ela acostumou-se à ideia de que para o seu negócio não deve existir nenhuma regra”


"As empresas alinhadas à ideia de que não podem estar submetidas à lei protegem-se" |

Sul21 – Quanto se conseguiu avançar nesse debate desde então?
Schroder – Estamos há 30 anos pautando esse debate até chegarmos a Confecom (Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro de 2009). A Fenaj consegue constituir a ideia de que esse debate precisa ser público, já que ele é omitido pela mídia, que atribui à essa discussão uma tentativa de censura. A Confecom, no início, teve a anuência das empresas. Eu fui junto com os representantes da RBS e da Globo aos ministros Helio Costa (Comunicações),  Tarso Genro (Justiça) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) propor a conferência. As empresas compreendiam que, naquele momento, a telefonia estava chegando e ameaçava um modelo de negócios. Mas, durante a Confecom, a Rede Globo e todos os seus aliados se retiraram, tentando sabotar mais uma vez o debate. O espírito conservador está no DNA da Rede Globo. Ela acostumou-se à ideia de que para o seu negócio não deve existir nenhuma regra. Acostumou-se a impor seus interesses ao país e, portanto, é ontológicamente contra qualquer regra. Naquele momento em que a Globo se retirou da Confecom ficou claro que não é possível contar com esses empresários para qualquer tipo de tentativa de atribuir à comunicação no Brasil uma dimensão pública, humana e nacional, regida por princípios culturais, democráticos e educacionais, não simplesmente pelo lucro fácil e rápido.
Sul21 – O editorial do jornal O Globo defendendo a revista Veja é um indício de que há um corporativismo muito grande entre os donos da mídia tradicional?
Schroder –
O princípio que os une é aquele verbalizado pela Sociedade Interamericana de Imprensa: Lei melhor é lei nenhuma. As empresas alinhadas à ideia de que não podem estar submetidas à lei protegem-se. Abrigadas no manto de uma liberdade de expressão apropriada por elas, protegem seus interesses e seus negócios, atuando de uma maneira corporativa e antipública.  O jornalismo é fruto de uma atividade profissional, não é fruto de um negócio. Jornalismo não é venda de anúncios. Jornalismo é, essencialmente, o resultado do trabalho dos jornalistas. Portanto, a obrigação dos jornalistas é denunciar sempre que o jornalismo for maculado, como ocorreu com a Veja. Seria, também, uma obrigação das empresas jornalísticas, na medida em que elas não estejam envolvidas com esse tipo de prática. Ao tornarem-se cúmplice e acobertarem esse tipo de prática, as empresas aliam-se a elas. Essas empresas disputam o mercado, mas protegem-se no que consideram essencial, no sentido de inviabilizar a ideia de que exercem uma atividade submetida aos interesses públicos, como qualquer outra.

Gilmar sem credibilidade

Do colega Mário Marcos de Souza:
"Da série 'Tenho visto coisas': primeiro foi o grampo da conversa entre Gilmar Mendes e Demóstenes Torres, lembram? O áudio nunca apareceu e a polícia não comprovou grampo. Depois, foi a história dos telefones do Supremo, que estariam grampeados. Mais uma vez, a perícia mostrou que era fantasia. Agora, vem a história da conversa de Lula tentando influenciar decisão do Supremo, que teria sido revelada por Gilmar Mendes à Veja. Nelson Jobim, que participou da conversa, desmentiu tudo. É o tipo de situação que determina o seguinte: cada um escolhe o lado em que acreditar."
Ou seja, o Gilmar Mendes não tem credibilidade. E os veículos da grande mídia continuam correndo atrás dele para ele dizer a mesma coisa. Vai virar santo para os veículos.

Jornais entupidos de anúncios e ruas de carros

Páginas dos jornais são fartas na publicação de anúncios de automóveis.
Ruas de Porto Alegre abarrotadas de veículos, a maioria apenas com o condutor.
Eu, que não gosto de dirigir, sou vítima da tranqueira, mesmo usando lotação ou táxi.
De bicicleta, é inseguro. Ciclovias são limitadas.

Índia da boca pequena

Lembrei do pedaço de uma canção cujo autor não recordo.
"Índia da pele morena
Sua boca pequena
eu quero beijar."

sábado, 26 de maio de 2012

Empate com gosto de vitória

O Inter, desfalcado e mal escalado pelo treinador, esteve duas vezes em desvantagem de dois gols.
Com ajustes no segundo tempo, achou técnica e raça para empatar o jogo em 3 a 3.
Os gols de Fabrício e Dátolo de fora da área mostram que o time passa por cima das adversidades.
Valeu, Inter. E a torcida colorada presente no Engenhão festejou muito.
O empate não deve esconder os erros da defesa nos três gols dos Flamengo. Tampouco a escalação com três volantes. Mas o poder de reação do time foi contagiante..

Assembleia de jornalistas gaúchos defende piso nacional de R$ 3,7 mil

Os jornalistas gaúchos que participaram na manhã desta sexta, 25, da Assembleia Geral Extraordinária, aprovaram por unanimidade a pauta de negociação a ser apresentada ao Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Rio Grande do Sul e das Empresas de Rádio e Televisão no Estado do Rio Grande do Sul. Em um total de 62 clausulas, os profissionais defenderam a implantação imediata do piso nacional da categoria no valor de R$ 3.732,00, que começa a ser discutido no Congresso Nacional, além de garantir melhor qualidade de vida aos jornalistas. Para quem recebe acima do piso, a assembléia aprovou a reposição do INPC, além do percentual do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano de 2011, equivalente a 2,7%, e um percentual de 15,4% a título de recuperação de perdas inflacionárias dos últimos cinco anos. Entre as cláusulas sociais, destaca a implementação de uma comissão paritária composta por membros dos três sindicatos, para criação de um protocolo de saúde e segurança dos jornalistas gaúchos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, a indicação do piso nacional é um marco da luta dos jornalistas brasileiros em defesa da dignidade profissional da categoria. Ele aponta que a pauta deve ser apresentada até o dia 31 aos presidentes dos dois sindicatos patronais. Como a data base dos jornalistas gaúchos é 1º de junho, Nunes ressalta que todos os profissionais poderão contribuir para garantir a aplicação das reivindicações aprovadas em assembleia, que permanece aberta até o fechamento do Acordo Coletivo.
Hoje tem jogo do colorado na Europa e no Rio. Daqui a pouco, 10h30min, contra a Dinamarca, a seleção brasileira terá Damião e Oscar, além de Sandro e Juan, crias do Beira-Rio. Mais o Giuliano no banco. É jogo decisivo para o Mano Menezes, que está com a corda no pescoço.
À tarde, 18h30min, teremos o jogo contra o Flamengo no Engenhão. O time estará desfalcado e mal escalado pelo treinador. Mas confio no meu Inter!

Teatro da Ospa sai

Festejemos o andamento das obras do Teatro da Ospa, no Parque da Harmonia, em Porto Alegre. Trata-se de um espaço para a cultura que demorou para ser aprovado. Agora vai!

Menos imposto, mais carros

Não vejo com bons olhos a decisão do Governo de reduzir o IPI dos carros. Com isso, mais gente comprará o seu, andará sozinha (um absurdo!), entupirá as ruas e aumentará a poluição. Ah, a cultura do automóvel...
Quem aproveita a situação são os jornais, que estão hoje repletos de anúncios de concessionárias de veículos. A apelo é a medida adotada pelo Governo.

Veto parcial ao Código Florestal agrada pequenos

A manchete do jornal Zero Hora a respeito dos vetos do Governo ao Código Florestal é clara: "Veto irrita grandes e agrada a pequenos." Perfeito. Anistiar desmatadores e não obrigar a recuperação de margens de rios seria absurdo. Foi parcial o veto de Dilma, mas a decisão mostrou que a grande campanha dos brasileiros funcionou. Viva nossas florestas!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Desrespeito aos direitos humanos não pode abrigar-se na liberdade de imprensa

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) torna público seu veemente repúdio à produção e exibição, no programa "Brasil Urgente", da TV Band Bahia, de entrevista que expõe à humilhação um jovem negro detido pela polícia, acusado de assalto e estupro. Programas policialescos, irresponsáveis e sensacionalistas não podem ser tolerados pela sociedade por se travestirem de produções jornalísticas. Na verdade, estes programas ferem os princípios e a ética do Jornalismo e configuram abuso das liberdades de expressão e de imprensa, por violarem os direitos constitucionais da cidadania.

A entrevista “Chororô na Delegacia: acusado de estupro alega inocência”, veiculada no programa "Brasil Urgente", foi feita por Mirella Cunha, que não é jornalista profissional, na 12ª Delegacia de Itapoã. As atitudes da entrevistadora, que em nada segue a técnica e a ética jornalísticas, deixam evidente a intenção de constranger e humilhar o jovem detido. Diante da sua alegação de inocência da acusação de estupro e de sua disposição de submeter-se a exame pericial para comprová-lo, a entrevistadora debocha do jovem por ele não saber o nome do exame que poderia ser feito para compravar sua inocência e dá gargalhadas.

A entrevista ganhou repercussão nacional pelo YouTube, onde foi postada sob o título “Acusado de estupro quer fazer exame de próstata”. A Band, diante da repercussão negativa na rede mundial de computadores, divulgou nota em que anuncia que “a postura da repórter fere o código de ética do jornalismo da emissora". Informações extraoficiais dão conta de que ela foi demitida.

A FENAJ defende, quando couber, a aplicação de medidas disciplinares aos profissionais do Jornalismo. Entretanto, a Federação dos Jornalistas alerta a sociedade brasileira para a necessidade de responsabilização das empresas da mídia, que definem os formatos de seus programas e os impõem aos profissionais e ao público.

Infelizmente, o caso em voga, registrado na Bahia, não se esgota em si. Práticas semelhantes ocorrem cotidianamente na produção pseudojornalística da grande imprensa – principalmente em programas popularescos de cobertura policial transmitidos em rádios e TVs –, ferindo a dignidade humana.

Diante de tamanho desrespeito aos direitos humanos e transgressão aos princípios do Jornalismo e à ética jornalística, cometidos não só pelos profissionais que se sujeitam a tais práticas, como também pelas empresas que as promovem e pelos agentes do Estado que cometem abuso de poder, a FENAJ reivindica do governo da Bahia a apuração dos fatos e das responsabilidades, no âmbito dos órgãos de segurança pública, e do Conselho Estadual de Comunicação medidas para coibir práticas semelhantes, acionando, no que couber, o Ministério Público Estadual e os poderes constituídos.

Brasília, 23 de maio de 2012.

Diretoria da FENAJ

Sofrimento de secador

O futebol é fascinante até para o secador (eu, ontem).
Os dois jogos da Libertadores foram decididos nos minutos finais e gostei de um resultado.
No outro, passou quem eu menos queria.
Coisas do futebol ...

Verdades e mentiras

Quantas verdades já golpeaste?
Quantas mentiras já acolheste?
Verdade de uns, mentira de outros.

Sem trabalho escravo

Por que será que parlamentares da bancada ruralista resistiram tanto à emenda constitucional que estabelece punição para quem ainda pratica o trabalho escravo?
Afinal, quem não o pratica não deve temer nada...

Nuvens sem pingos

Na vida tua de cada dia,
passam nuvens escuras,
temporais que anunciam,
pingos que não caem.

A verdade

No jornalismo, na história e na literatura não existe apenas uma verdade.
Os bons profissionais perseguem múltiplas versões.
A sociedade agradece.

Planícies e alturas

Ando na planície à procura
de um lugar para sentar
e garantir silêncio.
Depois, com certeza,
poderei gritar por liberdade
nas alturas da vida.

Sem amarras

Livrei-me das amarras. Tirei a tala que imobilizava meu braço esquerdo por conta de uma tendinite. Sou canhoto e não conseguia fazer nada com a mão direita. Tortura!
Agora, seguirei outros tratamentos..

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mais uma "ite"


E mais uma "ite" me atinge. Desta vez, trata-se de uma tendinite nos tendões do braço esquerdo. Estava sendo tratado com antiinflamatórios, que não resolveram. Agora, imobilizaram meu braço e devo ficar longe do computador e de atividades físicas por pelo menos uma semana. Pior: a mão esquerda é a do mouse. Este post está sendo escrito de forma horrível com a mão direita, como se eu estivesse catando milho. Agora, vou me ausentar. Fiquem bem e até breve.

domingo, 20 de maio de 2012

Minha mãe e a neta caçula


Encontro de gerações na casa de minha mãe Suely, 75 anos, em Barra do Ribeiro (RS). Na foto, ela é toda sorriso ao lado da neta caçula Fernanda, dois anos e dez meses. A guria sapeca, minha sobrinha e afilhada , fez pose.

Inter joga bem e Damião é destaque

Estou retornando do Beira-Rio, onde torrei com o sol no primeiro tempo e vi dois belos gols do meu time. O Inter jogou bem, teve atuações individuais importantes e o coletivo também funcionou. Leandro Damião fez um golaço, deu assistência para o de Dagoberto e infernizou a zaga do Coritiba. Uma bola na trave, após um petardo do atacante, foi outro destaque. Ele merecia o gol.


Enfim, o Inter iniciou bem o Brasileirão e fez o dever de casa. Agora, vamos ver como se comporta sem Damião e Oscar (ambos na foto) no domingo. Ambos estarão de seleção e farão imensa falta. Vamos, Inter! Rumo a tetra nacional.

Foto: Jefferson Bernardes/ Preview.com/Gazeta Press

Distância

Por que esta distância?
Minha proximidade te afasta.
Deveria agregar, unir.

O dom

O dom, sabe o dom?
Não é para todos.
Insista, porém não canto.
Mas guardo no canto
olhar, toque e sentido
do lindo encanto teu.
Que não é para todos.

Feira ecológica

Feira ecológica na Redenção ferve, pois o dia é propício. Já fiz parte de meu rancho de legumes, grãos e sementes, inclusive quinoa, que me indicaram. Tomo um cafezinho num local bacana e retorno às compras. Até!

Na hora certa

Um dia, no momento certo, na hora exata, estarás aqui para desatar os nós que, naquela noite de péssimas lembranças e desatino teu, amarraste as possibilidades se seguir em frente.

Vou ao jogo, quero título

O Internacional, meu clube, lança campanha para mobilizar a torcida nos jogos do Brasileirão.
Eu, torcedor, lanço campanha para que o clube não venda jogadores e contrate peças para posições carentes.
Alguma coisa está errada quando um clube com mais de 100 mil associados precisa contratar uma agência de publicidade para chamar o torcedor. Nos anos 70, sem este montante de sócios, o Beira-Rio botava 80 mil, 90 mil, 100 mil pessoas nos jogos. Agora, é 23 mil no Gre-Nal e na final do Gauchão. Minha crítica é construtiva, até porque eu estarei no estádio hoje, apoiando o time.

Mundo insano

É triste abrir o jornal no início do dia e levar um soco no estômago.
Uma menina do interior gaúcho é morta com várias facadas no caminho para a escola.
Um sonho interrompido e a sensação de impotência diante de um mundo insano.
Mentes doentes.

Tua imagem

Pintei tua imagem bela e cheia de luz.
Um dia, ela sumiu sem pista deixar.
Quando a reencontrei tempos depois,
estava desfocada e sem o brilho teu.
Terei chance de te pintar novamente?
Ou será fantasia de uma noite insone?

Perdi o sol

Eu já sabia, mas fui conferir. Há dois anos, no outono, uma Nogueira centenária e frondosa - além de outras árvores menores - garantiam o sol na minha janela até 18h.
Hoje, com a eliminação das vegetações e a construção de um espigão de 19 andares no lugar, o sol é escondido às 16h. No meio da tarde, fica escuro e mais triste na minha janela.
Irrito ou não?

Andando

Serás capaz de esperar quando ando devagar?
Serás capaz de correr quando apresso o passo?
Serás capaz de andar ao meu lado quando ao teu lado estou?
Sim, submeta a mim as mesmas questões.
Então, saberemos se podemos andar juntos.

Minha vitamina


Pela manhã, uma delícia: vitamina com leite desnatado, linhaça, aveia e mamão.
Substitui o pão, o queijo, a margarina e outros ingredientes do tradicional desjejum.

Garcia Márques não morreu

O escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez, 85 anos, não morreu, como noticiaram algumas redes sociais hoje. A notícia foi desmentida pela presidente Fundação de Novo Jornalismo Ibero-Americano (FNPI), instituição fundada por Márquez). As informações são da Rádio Nacional da Colômbia. A notícia teria sido postada por um correspondente da Al Jazeera e se espalhou pela conta do Twitter @UmbertoEcoOffic.
O jornalista tem obrigação de não acreditar na primeira fonte e correr atrás de outras. O imediatismo da internet faz com que sejam divulgadas notícias erradas todos os dias. Depois, o espaço para correção não é o mesmo da primeira.

Bicampeões na raça

Somos bicampeões gaúchos, Inter. Ganhamos do Caxias por 2 a 1, mas poderia ter sido mais.
Valeu o título, a virada, a luta e o apoio da torcida.
Agora, temos que buscar o título nacional, não esquecendo de que precisamos de reforços para a árdua disputa.
Vamos em frente, colorado. Acredito em ti!

sábado, 12 de maio de 2012

Mãe

Mãe deve ser festejada o ano todo. Um dia especial foi criado e disseminado pelos magos do marketing. Então, a gente segue o andar da carruagem. Estou indo para Barra do Ribeiro, onde está a dona Suely, em cujo ventre encontrei meu primeiro caminho. Antes, porém, deixo abraços e beijos para todas as amigas mães e para as mães de vocês. Também para aquelas que partiram, pois sempre estarão na lembrança e no coração de cada filho(a).

Noite de chuva

Que noite!
Fui acordado por volta das 3h da madrugada por uma chuva forte que batia na janela. Custei a dormir - acho que isso aconteceu depois que os pingos ficaram miúdos.
E, no raiar do dia, fui obrigado a puxar a coberta. Esfriou e dei 346 espirros, que acordaram a vizinhança. Não sei quando sairei daqui. Afinal, é sábado frio.
Bom dia, amig@s.

Love of my life

Escutando Love of my life, do Queen.
É o tipo de hino eterno, que permanece na nossa memória e no coração.  
A voz estupenda do Freddie Mercury é tudo de bom.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

É impedimento


Impedido!
Não adianta chorar, não mudará nada. 

Mas o Leandro Euzébio, autor do gol de empate do Flu, está na banheira. 
Um corpo à frente. 
E o auxiliar?

Eliminação, apesar do bom futebol

O Inter jogou bem, como time grande. Desbravou o campo do Fluminense, como um verdadeiro Libertador da América -, perdeu gols e merecia a classificação. Mas, como já aconteceu em outras ocasiões, foi abatido pelo ataque aéreo. No domingo, porém, seremos campeões.
Lamento que alguns vizinhos sofridos, carentes de títulos, mantenham a arrogância e a empáfia. E, às vezes, o preconceito. Repito: alguns. Pelo menos se livraram dos estoques de foguetes nesta madrugada.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Repita a façanha, Inter

O jogo contra o Fluminense se aproxima. Com ele, a tensão. A dúvida. A incerteza. Peraí, já tivemos um jogo parecido com este. Corria o mês de dezembro de 1975 e o Inter foi ao Maracanã enfrentar a chamada "máquina", que tinha Félix, Carlos Alberto Torres, Edinho, Marco Antônio, Rivelino, Paulo César Caju, Gil. Jogo ganho este do dia 7 , segundo os cariocas. O Inter passeou no maior do mundo, aplicando 2 a 0 ao natural, com gols de Lula e Paulo César Carpegiani. O nosso time: Manga, Valdir, Figueroa, Hermínio e Chico Fraga, Caçapava, Falcão e Paulo César, Valdomiro, Flávio e Lula. Os laterais titulares Cláudio Duarte e Vacaria, machucados, não jogaram.
Então, colorados, é hora de repetir a "façanha" contra um time que já está vendendo pacotes para o jogo contra o Boca. É hoje, Internacional!!!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Oscar joga

Oscar vai para o jogo do Inter amanhã contra o Flu pela Libertadores.
Pressionada, a CBF mandou para a Conmebol o ofício que deveria ter encaminhado desde o início.
Chega de falcatrua!
Vejam o documento definitivo:


Grito e olhar

Será que é preciso gritar?
Para os verdadeiros, não.
Para estes, basta um olhar.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Volta, gol e choro de Oscar


O Inter estava sem jogadores titulares em todos os setores do time - seis atletas - , mas contava com o retorno de Oscar depois de 47 dias impedido pela Justiça. O garoto jogou bem, fez o gol de empate que dá certa vantagem ao Inter, e se emocionou muito. Nem poderia ser diferente, depois de toda a carga de tensão no período em que ficou fora. 
Parabéns, Oscar! És colorado, com certeza! E vamos Inter!!!

Minha lua





Ontem te vi, te admirei, me encantei...
Já tinha dito tudo antes!
Lua!!!!!!!!

Inter lota o estádio do Caxias


Esta foi a torcida do Inter em Caxias. 
Se não lotou, não foi culpa nossa...
E vamos entupir o Beira-Rio no domingo. 
Nada está ganho, mas vamos gritar pela nossa vitória. 
Vamos, Inter!

domingo, 6 de maio de 2012

Viva a França, viva o socialismo, viva a vitória de Hollande

François Hollande, do Partido Socialista, foi eleito neste domingo presidente da República da França. Hollande derrotou Sarkozy no segundo turno das eleições presidenciais com 51,9 % dos votos, contra 48,1 %, segundo as estimativas feitas pelo instituto Ipsos para o jornal Le Monde", a France Télévision e a Radio France a partir dos primeiros boletins de apuração.
Depois de François Mitterrand, em 1981 e em 1988, François Hollande é o segundo presidente socialista da Quinta República francesa, fundada em 1958.
Os demais institutos deram resultados semelhantes : TNS Sofres (52% para Hollande) ; Ifop (52,7%) ; Harris (52,1%) e CSA (51,8%).
Multidões se reúnem diante da sede do PS, no tradicional Bairro Latino e na histórica Praça da Batilha, onde manifestam entusiasmo pela vitória dos socialistas. A derrota de Sarkozy é vista pelas principais forças de esquerda, entre elas o Partido Comunista, agrupadas na Frente de Esquerda, como um passo importante para inicar o enfrentamento às políticas neoliberais e conservadoras que levaram a França à beira do abismo.
O presidente derrotado Nicolas Sarkozy admitiu a derrota dizendo que agora voltará a ser "um francês entre os franceses... sabendo que a vida é feita de sucessos e derrotas".
Manuel Valls, um dos dirigentes do Partido Socialista, disse estar emocionado com a vitória de Hollande. Para ele, a partir de agora a tarefa será "ardente e magnífica".

Não a vi

Sou um desalmado. Sonhei com ela, pensei nela ao longo do dia, mas não a vi. A lua, que tanto amo e por quem faço prosas e versos, foi deixada de lado. Tudo para que eu ficasse trancado dentro de casa, diante do computador, para concluir um trabalho acadêmico. E, irônicamente, meu artigo para a disciplina de História da Arte enfoca a Modernidade, onde um dos momentos principais é o Mundo Romântico na pintura, na literatura, na filosofia, na música e na arquitetura. Ou seja, nas artes e nas ideias.
Não, não fui ver a lua porque não me bastava um minuto para admirá-la. Eu precisaria de muito mais. Passei rápido aqui e vejo que está todo mundo pasmo com a visão. Gente, desligo novamente o Face porque o trabalho continua. Tenho ainda o intervalo para o jogo do meu Inter desfalcado à tarde. À noite, me dedicarei à lua. Somente a ela!

Lua muito cheia

Sonhei com ela, acordei pensando nela. Certamente, passarei o dia esperando por ela.
À noite, não tirem os olhos do céu: veremos a maior lua cheia de todos os tempos.
É de namorar!

Amar

Não consigo viver sem amar, sem tocar onde menos imaginas, sem voar sem ti nas minhas asas, sem andar pelas ruas sem a tua mão, sem olhar em olhos que não sejam os teus. Ah, o teu beijo não existe outro, não existe toque como o teu, carinho igual... Assim vivo ou não!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Temor

Não me tema. Eu, que deveria sentir medo de mim, já o perdi faz tempo.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Na adolescência


No túnel do tempo. A amiga Dudu Baum enviou um documento histórico: o convite de formatura no curso ginasial, da Escola São José, de Barra do Ribeiro, em 1970. Eu tinha 15 anos. Lembro de todos, embora não tenha mais visto alguns. Outros, lamentavelmente, partiram para outro plano. Quem estiver na relação, no Face ou em outra rede social, se apresente!
Estes momentos são importantes, pois era a adolescência de cada um de nós. Cada um seguiu o seu rumo, mas o tempo não apaga as boas lembranças, especialmente de amigos que não estão mais aqui, como o Antônio da Rosa Pereira e o Jean Luiz da Silva. Ainda bem que estivemos juntos várias vezes que fui na Barra. Ah, muitos continuam lá.

domingo, 29 de abril de 2012

E não precisa de legenda


Foto captada após o meia argentino Dátalo fazer o gol colorado. Ele encara a incrédula torcida gremista.

Vitória da raça e da classe


Com desfalques importantes - D'Alessandro, Oscar, Dagoberto, Nei e Cleber - o Internacional se impôs ao Grêmio hoje no Beira-Rio. Foi uma vitória consistente, da qual participei como um dos mais de 22 mil torcedores presentes. Pouco para um clássico, mas temos que considerar que o jogo teve transmissão direta para Porto Alegre.
O fato é que o colorado mostrou algumas peças importantes no jogo, como Guiñazu, Fabrício, Sandro Silva, Tinga, Dátalo, Índio, Jajá, Damião e... todo o time. O adversário entrou com um time ofensivo - três atacantes - mais isso não resolveu. Ganhamos na técnica e na garra.
No entanto, é preciso ressaltar que o campeonato não está ganho. Temos duas partidas e precisamos respeitar o time do Caxias. Acredito no meu time, especialmente com a volta dos que estiveram de fora.

Foto: Edu Andrade/ Gazeta Press

Beira-Rio fervendo


Rumando para o Beira-Rio, cujos portões já foram abertos.
Confio que retornarei de lá campeão do segundo turno e com vaga na final do Gauchão.
Vamos, Internacional.
A torcida colorada será o décimo segundo jogador.

Torcidas unidas


Aqui no Rio Grande do Sul, a flauta corre solta em dia de Gre-Nal.
Mas fica nisso.
As gurias, especialmente, vão ao jogo juntas.
Os marmanjos olham, com respeito.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Chega de mortes de jornalistas!


Durante um período superior a 20 anos, circulei por estradas de nosso Rio Grande. Muitas reportagens foram produzidas no período. Fico feliz com o que conseguimos: eu, o fotojornalista e o motorista. Era nossa missão. Tenho algo a confessar. Neste período, fui salvo mais de dezenas de vezes. Gracas aos motoristas profissionais que desviavam de caminhões e carros. Devemos a vida a eles. Por isso, ressalto a importância de contarmos com motoristas profissionais nas coberturas jornalísticas. Repórter ou cinegravistas não são motoristas profissionais. As empresas precisam entender isso! Chega de mortes!

Entidades se solidarizam e cobram medidas

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e a Federação Nacional dos Jornalistas manifesta sua solidariedade aos parentes e amigos de Ezequiel Barbosa, 27 anos, e Enildo Paulo Pereira, 59, repórter cinematográfico e apresentador da TV Bandeirantes, respectivamente, falecidos na manhã desta sexta-feira (27/04), quando se dirigiam para o município de Farroupilha onde iriam cobrir uma operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC). No acidente que envolveu três carros com jornalistas e três viaturas policiais e um caminhão carregado com laranjas, deixou feridos ainda o repórter fotográfico Marcelo Oliveira, o repórter Eduardo Torres e o motorista Anderson Samuel Belmonte Alves, todos do jornal Diário Gaúcho, além do repórter Cid Martins e do motorista Lúcio Pereira de Moraes, ambos da Rádio Gaúcha.

Em face do ocorrido as entidades exigem a imediata apuração sobre o acidente e maior segurança de trabalho dadas aos profissionais, com a instituição imediata do adicional de risco de vida. No mesmo sentido cobramos do Governo do Rio Grande do Sul medidas mais eficazes para garantir a segurança de todos os cidadãos que transitam por esse local da rodovia que seguidamente vem ceifando a vida de dezenas de pessoas.

Conforme o comprovado, além da função de repórter cinematográfico, Ezequiel era obrigado também a dirigir o veículo da empresa, o que contraria normas de segurança na cobertura jornalística. Vale lembrar que esta é uma prática ilegal desta emissora que há pouco mais de 5 meses teve o repórter cinematográfico Gelson Domingos, morto em uma favela do Rio de Janeiro, sendo que na época também exercia a função de motorista. As entidades buscam esclarecer como Ezequiel era contratado, uma vez que as empresas usam o desvio de função de “operador de câmera”, recurso utilizado para burlar a regulamentação profissional dos jornalistas, registrar os profissionais indevidamente e, assim, pagar salários mais baixos.

Fatos como esse já foram denunciados junto a Superintendência Regional do Trabalho (SRT-RS), que infelizmente tem preferido fazer a fiscalização protocolar, sem ao menos verificar a atual atribuição do profissional. O Sindicato e a FENAJ conclamam os jornalistas brasileiros e a sociedade a denunciarem essa prática ilegal dos empresários da comunicação. Juntamente com os demais Sindicatos de Jornalistas, trabalharemos para fazer com que este episódio seja um marco nacional na luta para que as empresas de comunicação definitivamente abram mão de sua negligência, adotem normas de segurança em comum acordo com as entidades sindicais representativas da categoria e assegurem aos profissionais condições de trabalho dignas, além da imediata inclusão do adicional de risco de vida a todos os jornalistas brasileiros.

Aliada à crescente violência contra jornalistas no Brasil, a ausência de proteção aos profissionais na cobertura de atividades de risco atinge um momento inaceitável e preocupante, exigindo das entidades representativas dos profissionais e daquelas representativas das empresas da comunicação uma atitude inadiável. Para que se assegure o direito da sociedade à informação de qualidade, faz-se necessária maior proteção e segurança aos profissionais de comunicação. Por isso os Sindicatos de Jornalistas do Brasil e a FENAJ cobram das entidades empresariais de comunicação a imediata discussão e negociação de um Protocolo Nacional de Segurança aos jornalistas.

Igualmente, as entidades cobram das autoridades federais iniciativas neste sentido, convicta de que para que chegue a mensagem é preciso proteger o mensageiro.

Porto Alegre, 27 de abril de 2012

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

Feirão de livros

 Um feirão de livros com descontos superiores a 90%. Quase de graça. Foi o que encontramos esta semana em um estande da EdiPUCRS, no prédio 5 da universidade, onde curso História. Os valores vão até R$ 3,00. Um livro de R$ 70,00 vendido por este preço provocou filas no local. São obras importantes de professores meus, de colegas jornalistas e de outras áreas do conhecimento.
Eu queria uma feira nestes moldes todos os dias. Saí de lá com duas sacolas e investi pouco mais de R$ 20,00. Na livraria da EdiPUCRS, no prédio 41, também são encontradas estas barbadas. Só até hoje...
Foto: Bruno Todeschini - Ascom/PUC

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Escrever

Sinta o que escrevo,
respire cada palavra,
ouça cada letra.
Agora, una-as.
Não é belo tê-las?

Ser, ver, sentir

Eu tenho cara, pessoa.
Se não tivesse uma,
não te encararia
e nada seria.

Eu tenho olhar, pessoa.
Se não tivesse um,
não te espiaria
e nada veria.

Eu tenho ouvido, pessoa
Se não tivesse um,
não te ouviria
e nada sentiria.

Pessoa, eu sou
eu vejo,
eu sinto.
Sinta!

domingo, 22 de abril de 2012

União colorada

 Hoje, o argentino Dátolo fez o primeiro dos 4 x 0 contra o Veranópolis e chamou os companheiros para o abraço. É união de que precisaremos na quarta (Fluminense, pela Libertadores) e no domingo (Gre-Nal, pelo Gauchão). É força total. Ao lado da torcida, com certeza.
Foto: Índio Balboa
 

Inocentes são enganados

Está acontecendo algo triste no Brasil. Sob um pretexto justificável, aceita-se voltar ao tempo das trevas. Como se lá, além do terror, não acontecessem os mesmos problemas de hoje.
Eram mascarados, escondidos, usurpados. Pessoas inocentes estão entrando nesta jogada sem saber. Lamentável!

A colonização do Brasil

Hoje, no ano de 1500, um português chamado Cabral chegou à terra que hoje se chama Brasil. Aprendemos desde pequenos que ele DESCOBRIU o lugar. Não é bem assim. A História é dinâmica e revê conceitos. Eu diria que ele COLONONIZOU a região onde viviam mais de 5 milhões de índios. Ou CONQUISTOU. Outros dirão que ele e sua esquadra INVADIRAM o Brasil. Portanto, descobrir ficou no passado.

sábado, 21 de abril de 2012

Veja o preconceito


Eu já não lia a revista Veja e mando para a lixeira todas as propostas de assinatura, inclusive pela metade do preço, que recebo por e-mail. Agora, tenho mais um motivo para passar distante da revista não-jornalística dos Civita. Na matéria principal, de capa, a publicação pratica o preconceito descarado contra os baixinhos. Sou um deles e acredito que a maioria da população brasileira seja. De onde tiraram que as pessoas mais altas tendem a ser mais bem-sucedidas? Só publico a capa para comprovar o que estou falando. Não vejo!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

FENAJ convoca mobilização pelo piso dos jornalistas e votação da PEC 33

A Executiva da FENAJ prossegue seus esforços para viabilizar a votação no Senado, em segundo turno, da PEC 33/09, que restabelece o diploma para exercício da profissão. Nesta semana houve reuniões com lideranças partidárias e membros da Mesa Diretora da Casa. A direção da Federação convocou os Sindicatos de jornalistas para novo esforço concentrado no dia 25 de abril, quando também haverá reunião com parlamentares visando o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Nacional dos Jornalistas.

Solicitações para que a PEC dos Jornalistas seja votada em segundo turno no Senado foram feitas por diversos parlamentares na semana comemorativa ao Dia do Jornalista. E a expectativa de que a matéria fosse colocada na pauta cresceu com a reunião das lideranças, na tarde da última terça-feira (17). Mas o adoecimento do presidente do Senado, José Sarney, e os debates em torno da CPI envolvendo agentes públicos e o bicheiro Carlinhos Cachoeira prejudicaram tal perspectiva.

Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, as possibilidades são mais positivas para os próximos dias. “No dia 25 já teremos a participação de deputados e senadores em uma atividade pelo lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Nacional dos Jornalistas”, lembra, considerando que isto favorecerá, também, a mobilização pela aprovação da PEC 33/09.

Por isso, Schröder convoca os Sindicatos de Jornalistas e a categoria a ampliarem os esforços pela aprovação da PEC. “É importantíssimo que os Sindicatos, além de intensificarem o contato com os senadores em seus estados nos próximos dias, também enviem representantes a Brasília para o ato da Frente Parlamentar do Piso”, diz. A ideia é que, com mais representantes da categoria presentes, se reforce o corpo a corpo pela votação da PEC dos Jornalistas.

Raulzito em Porto Alegre


Eu caminhava pela Lima e Silva, efervecente nesta sexta-feira. Gente conversando, centenas de pessoas nos bares. Meu passo ficou lento quando enxerguei o Raul. Não eram os amigos Pont ou Carrion...
Mas o Raulzito, que chegou hoje a Porto Alegre. No Guion Cinemas, está sendo exibido Raul - O Início, o Fim e o Meio, uma homenagem ao nosso metamorfose ambulante que foi embora em 1989 e deixou um grande legado. Ouvi muitas exclamações de passantes: "Olha o Raul". Eram pessoas de todas as idades querendo saber sobre o documentário cinematográfico do nosso cara.
Eu registrei os horários e amanhã estarei no cinema vizinho para dialogar com o Raul. Eu e um monte de porto-alegrenses..

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Índios, os donos desta terra

 Eles eram 5 milhões na época da colonização do Brasil pelos portugueses. Foram massacrados e hoje estão reduzidos a um contingente inferior a 100 mil. Os índios tem um dia - hoje -, mas ainda não encontraram sossego. A terra do qual já foram donos é constantemente invadida por todos os motivos e por grupos diversos.
Nós ainda não aprendemos a respeitar o direito dessas populações. No Dia do Índio, vamos lembrar do destino deste povo nos últimos 500 e poucos anos. Talvez, assim, possamos achar um destino para eles. É o que pedem os olhos desta menina.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Diário de uma corrida cara

                    Apaguei. Uma tênue luz é mantida graças aos abomináveis diários a que minha mulher me submete quando chego em casa. Prazer dela, desconforto meu. Dia após dia, depois de deixar o carro na garagem, sou obrigado a relatar minhas andanças pelas ruas de Porto Alegre. Não basta enfrentar o tenso trânsito da cidade, que mexe com meus nervos, que me deixa tenso. Vontade de parar. Ela não compreende nada disso. É confissão à mesa da cozinha, no sofá e até na cama. Ela insiste, é teimosa e tem uma justificativa: “Isso dá um livro”. Muitas vezes, sonolento, sou obrigado a concordar. Vinte anos rodando de táxi - aguentando passageiros chatos, conversadores, sorridentes, que querem saber da temperatura ou que levam o roteiro num papel - dá história. Têm os mudos, os de cara amarrada e os que querem entrar no veículo de qualquer jeito. De supetão. Tudo vai para o caderninho dela.

                      Situação desagradável vira folclore no diário. Imposição da dona. Dias destes, 1h da tarde, minha barriga roncava de fome. Pela manhã, sorvera apenas uma xícara de café preto. Estava na Cidade Baixa e queria chegar rápido no Tudo pelo Social, restaurante barato e farto no cardápio. É almoço e janta. Passava pela Lima e Silva quando um sujeito estabanado fez um sinal, dois sinais, três sinais.  Quase se jogou na frente do carro. Ele viu, com olhos furiosos, que eu não levava passageiro. Segui, aumentei a velocidade, reduzi. Pensei que uma síncope poderia estar atingindo o homem. Parecia ter pressa. Dei ré, abri a porta e perguntei:

                 - Para onde o senhor vai?
                 - Vou até a PUC - disse, com respiração entrecortada e já metendo o pé dentro do carro.
                - Espera um pouco, não poderei conduzi-lo. Pensei que fosse uma corrida curta - expliquei, para surpresa dele.
                - Mas... - gritou histericamente.
                - É que eu vou almoçar - justifiquei, com calma.
                - Mas como? Tu estás trabalhando ou não? Vais morrer de fome. Tens que carregar tijolo. Levantar saco à cabeça. Catar merda de vaca – vociferou, emendando outros impropérios que nem lembro mais.
                 Ele desceu rápido, raivoso e impediu que eu lhe devolvesse a gentileza. Ou pior: engatasse uma direita em qualquer olho daquela cara emburrada. Pisei fundo, sem olhar para trás. Mas não esqueci mais do homem, mesmo quando dava boas garfadas na comida que fizera de meu prato um bolo de aniversário. Pensei que recusara uma corrida com valor médio de R$ 20,00 por causa de um almoço. Este dinheiro pagaria até três refeições. Enojei, e metade da comida ficou no prato.
                Segui adiante, circulando a esmo. Levei uma senhora na Cavalhada, Zona Sul de Porto Alegre. Calada entrou, muda saiu. De lá, fiz outra corrida até Ipanema. Era um guri, que também não falou. Não recebi com duas corridas o que ganharia com o cara da PUC. Fiquei me perguntando se ele era professor, aluno ou funcionário. Afinal, devia ter uns 40 e poucos anos. Ou mais quando surtou. Tirei-o do pensamento quando ouvi uma chamada pelo rádio:
                - Preciso de um carro grande, com ar condicionado, no Estádio Beira-Rio.
                - É comigo - avisei, já pensando numa bela corrida que ultrapassasse os limites de Porto Alegre.
                Chegando ao estádio do Internacional, exultei. Dois homens bem vestidos, paletó e gravata, levando pastas James Bond e sacolas de compras, me esperavam. Ao entraram, fiz a pergunta básica:
                - Onde os levo?
                - No Shopping Praia de Belas - disse um deles, para minha decepção.
                Afinal, percorrera cerca de três quilômetros para fazer uma corrida de pouco mais de 500 metros.
                Passados três minutos, estava no shopping anunciando o valor registrado no taxímetro: R$ 6,50. Recebi R$ 10,00 de um deles e pensei que ficaria assim. Não, os homens esperaram o troco. E se enfiaram no centro de compras. Tive prejuízo e não pude discutir ou xingá-los na hora. Desgraçados, filhos da puta, aproveitadores: soltaria o verbo no diário da noite. O homem da PUC ficou pequeno diante dos dois.
                Pensei na vida de taxista. Na minha vida, que se arrasta por duas décadas. Lembrei o que já fiz ou deixei de fazer. Tem motorista que recusa corrida por questão de consciência ou por medo. Em anos passados, me instalei num dos pontos mais concorridos de Porto Alegre, mas troquei de lugar porque recusei fazer trabalhos “sujos”.  Consumidores de drogas rondavam o ponto. Ali, solicitavam que motoristas se deslocassem até locais tradicionais para buscar o produto. A maioria aceitava, mas eu evitei. Não é meu trabalho. E se eu sou pego com o bagulho?
                   Naquele dia, vindo do shopping dos bacanas, passei pelo ponto. Não tinha ninguém e, não sei a razão, decidi estacionar. Não demorou 15 minutos para que um homem bem vestido se aproximasse e fizesse a proposta:
                   - Te dou R$ 20,00 e na volta recebes o dobro. Toma o endereço. No envelope, está apontada a quantidade que preciso e o dinheiro deles – propôs.
                   Pensei, repensei, e nem respondi. Engatei e segui adiante. Pela segunda vez num mesmo dia neguei uma boa corrida.

Ciúmes

Rejeito o ciúme, a marcação cerrada e as conclusões infundadas.
Apoio a confiança, a liberdade e o diálogo.

Busca

Busque intensamente e vais encontrar o vazio que a busca te deixou.
Melhor aguardar o que nunca buscaste.

Eleições e suas nuances

Misturas ideológicas prometem marcar eleições municipais. 
O difícil será explicar aos leitores como aglutinar programas tão díspares. 
Mortos históricos se remexem nos túmulos diante de tais casamentos eleitoreiros e oportunistas. 
É a realidade, contra a qual o povo não tem ingerência. É mero espectador.

sábado, 7 de abril de 2012

7 de abril - Dia Nacional do Jornalista


Jornalista - fora as exceções - ganha mal. Infelizmente, sim. Jornalista, portanto, é pobre? Felizmente, não. Pelo menos, não pobre de espírito, nem de esperança, nem de resistência, nem de determinação. Esperança em dias (inclusive noite, que ninguém é de ferro) melhores para nossa profissão e para nossa sociedade. Resistência ao que julgamos desumano e antiético. Durante minha vida profissional, atuei majoritariamente como repórter, função nobre da profissão, que tem a tarefa de buscar a informação onde ela estiver. Que permite entrevistar a fonte olho no olho, trazendo a informação clara, límpida e original para o leitor, telespectador e ouvinte. Isso apaixona.
Mas, neste Dia Nacional do Jornalista, quero homenagear todos os companheiros presentes nas redações de jornais, revistas, estúdios de rádio e TV, nas mídias eletrônicas, escolas e assessorias de imprensa. A todos que reporteiam, escrevem, editam, pautam, desenham, fotografam, diagramam, revisam, filmam, narram, apresentam notícias, pesquisam e realizam outras funções desta bela profissão. Permitam: a melhor do mundo!
Na foto, um momento sublime do jornalista. Ao lado das/dos colegas Thais D'Avila, Lisiana "Tuca" dos Santos, Adriana Melo Langon, Eduardo Fehn Teixeira e Horst Eduardo Knak (fotografando o grupo), participo da cobertura de um remate em uma cabanha de Uruguaiana, fronteira do Brasil com a Argentina, nos anos 90. Todos com bloco e caneta na mão, ferramentas essenciais do Jornalismo. Estas andanças me emocionam e me fazem sentir orgulho de ser jornalista. Sempre!
Lembrando estes colegas da foto, homenageio todos os jornalistas brasileiros, muitos dos quais conviveram e convivem amiúde comigo. Vou parar por aqui para não me emocionar mais do que estou. Obrigado, companheiros!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Dupla de peso


Esta fotografia foi feita por Frederico Mendes em 19 de março de 1980, durante a única visita ao Brasil do rei do reggae Bob Marley. A gravadora Ariola organizou às pressas uma partida de futebol para Marley com alguns artistas e jogadores, e assim os times foram formados: Bob Marley, Junior Marvin, Paulo César Caju, Toquinho, Chico Buarque e Jacob Miller, de um lado, e de outro lado Alceu Valença, Chicão, e mais quatro funcionários da gravadora. O time de Bob deu uma goleada de 3 x 0.

© Foto de Frederico Mendes. Chico Buarque e Bob Marley sorriem antes de uma partida de futebol. Rio de Janeiro, 1980.

Foto não publicada em 1968 vira imagem de luta


Em 2007, Evandro Teixeira resgatou dos arquivos do Jornal do Brasil uma fotografia da “Passeata dos Cem Mil”, feita em junho de 1968, e não publicada na época. A foto inspirou Evandro a iniciar naquele momento o projeto “68 Destinos: Passeata dos Cem Mil”, com o intuito de localizar 68 indivíduos presentes na foto da manifestação. Evandro localizou diversas pessoas que contaram suas histórias, lembraram o que os levou até a passeata, como suas vidas transcorreram dali para frente e o que elas fazem hoje. O material foi publicado em um belíssimo livro homônimo em maio de 2008.

© Foto de Evandro Teixeira. "Passeata dos Cem Mil", contra a ditadura. Rio de Janeiro, 1968.
 

Dia do Jornalista é o dia do Jornalismo

A Federação Nacional dos Jornalistas saúda neste 7 de abril, Dia Nacional dos Jornalistas, a todos trabalhadores e trabalhadoras que, nas redações de jornais e revistas, estúdios de rádio e TV, nas mídias eletrônicas, escolas e assessorias de imprensa; escrevendo, editando, desenhando, fotografando, filmando, ensinando, narrando ou apresentando notícias em todos suportes, exercem esta profissão que é um dos pilares mais visíveis da democracia.

A FENAJ homenageia a todos aqueles que, com condições de trabalho quase sempre aquém do necessário, ajudam a consolidar o estado de direito. Lembra, neste dia, a saga heróica de militantes da notícia que arriscaram sua integridade, sua liberdade e sua vida. Exige do estado brasileiro a imediata investigação da morte Wladimir Herzog e de todos os jornalistas que foram presos e torturados pela ditadura militar.

A FENAJ reivindica liberdade, condições de trabalho e remuneração justas e dignas por parte daqueles que enriquecem utilizando a força de trabalho dos jornalistas brasileiros. Para isto propõe um piso salarial nacional para a categoria, de maneira a garantir a qualidade de vida e a independência no exercício de sua profissão.

A FENAJ alerta ao estado brasileiro para o perigoso crescimento dos crimes contra a integridade e a vida dos jornalistas. Exige a apuração dos crimes contra jornalistas no exercício de seu trabalho e o julgamento de todos os envolvidos. Também reivindica a federalização dos crimes contra estes profissionais como medida eficiente contra a impunidade.

A FENAJ compartilha com os cursos de Jornalismo, seus professores e alunos, a certeza que superaremos de uma vez por todas esta situação constrangedora criada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando da decisão desastrada e obscurantista da retirada da exigência da formação superior para o exercício do Jornalismo. Agradece, mais uma vez, ao parlamento brasileiro que, sintonizado com a opinião pública, está restituindo a dignidade para o jornalista e a qualidade do Jornalismo para a sociedade.

A FENAJ, finalmente, convida os cidadãos para - ao homenagear seus jornalistas - defenderem um Jornalismo de qualidade: independente, informativo e ético, que assegure a liberdade de expressão contida na constituição brasileira, reconhecendo que esta liberdade não é propriedade privada de jornalistas ou empresas de comunicação e sim propriedade do cidadão brasileiro.

Viva aos jornalistas, lutadores da democracia.

Direção da Federação Nacional dos Jornalistas

Dia do Jornalista, dia de digninidade


Neste 7 de abril, milhares de jornalistas brasileiros festejam o seu dia. Muitos deles, trabalhando. Assim é a vida neste meio fabuloso em que entrei por pura paixão. Parabéns a todos que, como eu, unem trabalho e prazer, gostam de buscar e transmitir a informação de forma clara, imparcial e ética. E, claro, com um diploma na mão!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dilma, 77% de aprovação


Parabéns, cara presidenta. A aprovação popular de Dilma cresce, aponta pesquisa CNI/Ibope. O índice de confiança na presidenta também subiu de 68 para 72% em comparação com pesquisa anterior. Pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira (4), mostra que a presidenta Dilma Rousseff, em seu segundo ano de governo, obteve aprovação de 77% dos brasileiros no mês de março.

Abraço

Só vim aqui para espiar quem me espia,
para controlar quem me controla,
para acarinhar quem me acaricia,
para aplaudir quem me aplaude.
Mas, especialmente, para abraçar
quem me nega um abraço!

Empate de um time aguerrido

 Impossível ficar contente com um empate em pleno Beira-Rio. Mas o jogo de ontem entre Inter x Santos foi diferente. Eles, com time completo e campeões da última Libertadores, enfrentaram um colorado desfalcado de três jogadores fundamentais a qualquer clube: D'Alessandro, Oscar e Guiñazu. Praticamente todo o meio de campo, espinha dorsal do Inter.
Mas o meu time foi competidor, aguerrido e forte.
Digno de orgulho para mais de de 35 mil coloradores que gritaram e apoiaram o time o jogo todo. Saí do jogo convicto de que avançaremos para a segunda fase da competição. Possivelmente, dentro de quinze dias, teremos de volta os três ausentes de ontem no jogo do Peru.
Valeu Inter, valeu torcida. Fizemos bonito no dia do aniversário de 103 anos.


Foto da torcida: Alexandre Lops, do site do Internacional.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Torcida decide


Hoje, teremos ruas de fogo no Beira-Rio.
A torcida conduzirá um time guerreiro à vitória
.

A verdade da ditadura


Anistia não significa esquecer das mortes, dos sumiços e das torturas praticadas pelos militares ditadores. Quero a verdade!

Mulheres e povo na luta


Esta imagem é uma relíquia. Muitas atrizes puxaram a passeata contra a ditadura, que naquele momento atingia seu nível máximo de censura. Lembrando para que não aconteça mais. No dia 12 de fevereiro de 1968, na Cinelândia, no Rio, artistas e intelectuais promoveram um protesto contra a censura que proibia tudo. Uma bela comissão de frente feminina encabeçava a passeata. Da esquerda para a direita, Eva Todor, Tonia Carreiro, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengel. Infelizmente, não consegui apurar o nome do autor desta histórica fotografia feita para o Jornal do Brasil.

Orgulho do Brasil


Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil
É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul

Internacional, 103 anos

Hoje, estou mais vermelho do que nunca. O Internacional, time que amo desde que estava na barriga de minha mãe (ela é colorada, assim como era meu pai), está fazendo 103 anos de glórias. Campeão Mundial Fifa, bicampeão da Libertadores da América, campeão da Copa Sul-Americana, bicampeão da Recopa, tricampeão brasileiro (o único invicto da histórica), campeão da Copa do Brasil e multicampeão gaúcho. E muito mais... Campeão de tudo.
Este clube só me deu alegrias. Comeceu a torcer longe dele, com radinho colocado no ouvido e fui vê-lo pela primeira vez, no Beira-Rio, em 1973. Desde lá, pulo, grito e choro com a nação vermelha. Assisti a todos os títulos no estádio. Hoje, no aniversário do time que vivo a exaltar, estarei lá mais uma vez. O time é o Santos, o mesmo que vi na meu debut no estádio, ainda com Pelé. A tarefa é difícil, mas o meu Inter mostrará a garra e o futebol que o tornou conhecido em todo o mundo. Desfalcado, mas Internacional, orgulho do Brasil. Parabéns colorado, parabéns vermelhos de todos os cantos do Brasil.

domingo, 25 de março de 2012

Manhã outonal


Bom dia, amigos e amigas.
Neste momento, o clima é muito agradável na Porto Alegre aniversariante.
Os termômetros registram 18,1ºC e sopra uma brisa gostosa.
Inclusive, tive que trocar uma regata que vestia por uma camiseta menos cavada. 
Viva o outono!

Uma coisa

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, costuma repetir um professor de sociologia. Sua filosofia aplica-se - e muito - em certos momentos de nossas vidas. Não dá para confundir, por exemplo, recuo para reflexão com fuga de afetos. É impossível comparar momentos de silêncio com crises de solidão. Se fugimos do mundo, fugimos da vida. Uma coisa é viver, outra é sobreviver.

Morreu Chico, ficaram os personagens


Na tarde desta sexta-feira, morreu o humorista Chico Anysio, aos 80 anos, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.O Brasil está menos alegre, está triste. No entanto, morreu o homem genial, ficam os mais de 200 personagens que criou ao longo da sua profícua vida. E ninguém no Brasil, em todos os tempos, teve tantos.
A charge do Chico Caruso, publicada no jornal O Globo, espelha a perda do humorista.

Não vejo


Bateu o desespero na VEJA.
Recebi e-mail, onde eles pedem de cara: "Corra para não perder". Fui ver e eles estão oferecendo assinatura com 50% de desconto. Isso mesmo: pela metade do preço.
Retornei o e-mail, dizendo que não aceitaria a oferta nem que fosse de graça, pois VEJA pratica aquilo que não considero Jornalismo. É um planfleto sobre aquilo que defende. Não há imparcialidade e ética na revista dos Civitas.
Por isso, não VEJO.

Sinais


A colega e amiga Lu Vilella, da Livraria Bamboletras, está anunciando a chegada do livro SINAIS & SÍMBOLOS - GUIA ILUSTRADO DAS ORIGENS E DOS SIGNIFICADOS, de Dorling Kindersley, da Editora Martins Fontes. Pelo comentário dela, a obra promete: "Em Sinais e Símbolos", você decifra os segredos e descobre as origens e significados de mais de 2.000 sinais e símbolos, desde hieróglifos antigos até logotipos modernos. Por que o coração flechado é o símbolo clássico do amor? Quais são as antigas raízes dos símbolos da fertilidade? Por que a balança é um símbolo da justiça? Este livro belo e fascinante explora o sentido por trás das imagens".
Portanto, os gaúchos que quiserem mergulhar neste universo é só comparecer na livraria, que fica no Nova Olaria, na Lima e Silva. É minha vizinha.

terça-feira, 20 de março de 2012

Bem-vindo, outono

 Exatamente às 2h14min desta terça-feira começou o OUTONO, estação caracterizada por temperaturas amenas e diminuição da chuva. Neste momento, a temperatura é de 21,6ºC e está bem agradável, com o sol brilhando. Sobe um pouco ao longo do dia, mas nada exagerado.
Gosto muito deste período. Transição entre o verão e o inverno, é mais estável que que a primavera, onde a incidência de ventos não é agradável.
Então, bom dia para o outono e para as pessoas queridas deste Face.
Aproveitem a estação!