
Blog destinado ao Jornalismo, com informações e opiniões nas seguintes áreas: política, sindical, econômica, cultural, esportiva, história, literatura, geral e entretenimento. E o que vier na cabeça... Leia e opine, se quiseres!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Estou em campanha pela extinção da exigência do diploma para Juiz de Direito
O problema não é o Sarney
Marcelo Carneiro da Cunha
De São Paulo
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3866672-EI8423,00-O+problema+nao+e+o+Sarney.html
José Sarney já estava aqui quando Cabral e frota aportaram em Porto Seguro. Na verdade, Cabral somente recebeu permissão para estacionar seus navios depois de duras negociações com o clã Sarney, porque não é de hoje que eles mandam e desmandam no que se passa do lado de baixo do Equador. E não por acaso Macapá, capital mundial do ex-presidente, fica exatamente sobre a linha que divide o mundo entre o lado de cima e o lado de baixo. Os Sarney desenvolveram uma capacidade histórica de estar sempre exatamente sobre essa linha divisória, se assegurando de estarem alinhados com quem tivesse o poder, e de que o povão ali abaixo se mantivesse na linha. Sob a linha, quero dizer. Cabral teve que prometer que, na volta a Portugal, iria explicar direitinho as normas da casa, quem mandava, quem iria mandar, sempre.
E assim o Brasil se fez.
Não sei quanto a vocês, milhares de leitores dessa coluna, mas eu tenho memória. Não lembro de tudo, nomes de tias, nomes de plantas, partes da célula humana, o valor de Pi até a vigésima casa decimal - essas coisas essenciais de alguma maneira escapam da minha cabecinha. Mas do Sarney eu não esqueço.
Lembro muito, mas muito bem que ele era presidente da Arena, sabem? Aquela Arena, a organização que servia para a direita, empresários de direita, militares de direita, todo mundo de direita, mandar e desmandar na gente, acima e abaixo do Equador, por longos e emburrecidos anos.
Nosso ex-presidente, antes de o ser, comandou a Arena e os que não deixaram passar a emenda das Diretas Já. Eu, diferentemente dos milhares de leitores dessa coluna, não sou bom. Não sou cristão, não perdôo assim, só porque o sujeito fez um monte de horrores e depois rezou vinte ave-marias. Não, e ponto. Eu lembro, guardo num cantinho e uso aquela memória, de tempos em tempos.
Esse pessoal que era do lado de lá da linha, e rapidinho passou para o lado de cá, quando a coisa começou a tremer, não é de cá, é, sempre vai ser, de lá.
E Sarney é um rei entre eles. E eu lembro disso.
Como dizia Darcy Ribeiro, o Brasil é um caso de sucesso. Aqui foi criado um paraíso tropical, desenhado para manter um grupinho assim de gente vivendo bem pra caramba, e o resto que se virasse com a sobra, se houvesse. Isso durou quinhentos anos, mas como tudo que é doce, um dia ia acabar. Sarney e sua turma são os que viveram a vida inteira dessa realidade, a criaram, mantiveram, e souberam a hora de se metamorfosear, de novo com tanta competência que já se foram os manés, aos bandos, virar fiscais do Sarney, naquele maluco plano Cruzado, alguém lembra? Eu lembro.
Hoje, o atual ex várias coisas, mas sempre atual presidente do Congresso, José Sarney, é atacado por fazer o que sempre fez. Sustentar, manter e alimentar o Brasil arcaico, na política, o que é compreensível, e na literatura, o que é imperdoável. Se vocês olham para as fotografias dele, o olhar é de espanto, como o de um menino que se vê castigado por fazer exatamente o que era motivo para tapinhas nas costas e elogios, há muito pouco.
Ele perder o cargo, ou não perder, faz diferença, mas não muita. O problema não é o José Sarney, mas o arcaico presente nas estruturas do nosso país. Nossa luta é a da modernidade versus antiguidade, nas práticas e visões. A queda do Sarney é apenas a queda de um sujeito, por mais representativo que ele seja de tudo isso que está aí. Pois que se o Sarney se vai, muita coisa fica. Por escolha de eleitores abaixo do Equador, figuras como Renan Calheiros e Fernando Collor estão ali mesmo, nesse mesmo Congresso, vivinhos - e muito - e saltitantes.
Não tenho nada contra a remoção do ex presidente José Sarney da vida pública brasileira, por meios legais e institucionais, claro. Mas, estimados leitores, isso em si vai adiantar tanto quanto aulas de natação para a minha piscina de três metros de comprimento e centímetros de profundidade. Bom para a aparência, nada bom para o conteúdo. Porque o conteúdo continua lá, aguardando pacientemente pelo desaquecimento global das notícias dos escândalos, para seguir tocando os negócios como sempre.
O que tem que sair de cena é o arcaico, nas figuras e nas práticas e isso é tanto uma questão de esforço quanto de tempo. Uma nova geração tem que surgir, está surgindo, para reformar o nosso jeito de fazer e ser. No Nordeste mesmo, por tanto tempo imagem do nosso atraso de origem colonial, surgem alguns dos melhores quadros novos da política brasileira, em lugares como Sergipe, Bahia, Piauí, Ceará. Ao mesmo tempo em que cobramos do Congresso que remova esses maus modelos, precisamos dar apoio ao novo novo, e não ao novo que se faz de novo, como um dia Collor fez, como hoje caras como o Kassab fazem. Precisamos do novo de verdade, com cara de novo, cheiro de novo, e melhor, a novidade do novo. E um novo que seja mesmo diferente do antigo no que importa! Um novo que venha finalmente colocar a gente, os debaixo da linha, sobre ela, acima dela. Esse é o Brasil que começa, no comecinho, a acontecer e que precisa de nós e do nosso apoio, pra finalmente tomar jeito.
Marcelo Carneiro da Cunha é escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem "O Branco", premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos "Simples" e o romance "O Nosso Juiz", pela editora Record. Acaba de escrever o romance "Depois do Sexo", que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances "Insônia" e "Antes que o Mundo Acabe".
De São Paulo
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3866672-EI8423,00-O+problema+nao+e+o+Sarney.html
José Sarney já estava aqui quando Cabral e frota aportaram em Porto Seguro. Na verdade, Cabral somente recebeu permissão para estacionar seus navios depois de duras negociações com o clã Sarney, porque não é de hoje que eles mandam e desmandam no que se passa do lado de baixo do Equador. E não por acaso Macapá, capital mundial do ex-presidente, fica exatamente sobre a linha que divide o mundo entre o lado de cima e o lado de baixo. Os Sarney desenvolveram uma capacidade histórica de estar sempre exatamente sobre essa linha divisória, se assegurando de estarem alinhados com quem tivesse o poder, e de que o povão ali abaixo se mantivesse na linha. Sob a linha, quero dizer. Cabral teve que prometer que, na volta a Portugal, iria explicar direitinho as normas da casa, quem mandava, quem iria mandar, sempre.
E assim o Brasil se fez.
Não sei quanto a vocês, milhares de leitores dessa coluna, mas eu tenho memória. Não lembro de tudo, nomes de tias, nomes de plantas, partes da célula humana, o valor de Pi até a vigésima casa decimal - essas coisas essenciais de alguma maneira escapam da minha cabecinha. Mas do Sarney eu não esqueço.
Lembro muito, mas muito bem que ele era presidente da Arena, sabem? Aquela Arena, a organização que servia para a direita, empresários de direita, militares de direita, todo mundo de direita, mandar e desmandar na gente, acima e abaixo do Equador, por longos e emburrecidos anos.
Nosso ex-presidente, antes de o ser, comandou a Arena e os que não deixaram passar a emenda das Diretas Já. Eu, diferentemente dos milhares de leitores dessa coluna, não sou bom. Não sou cristão, não perdôo assim, só porque o sujeito fez um monte de horrores e depois rezou vinte ave-marias. Não, e ponto. Eu lembro, guardo num cantinho e uso aquela memória, de tempos em tempos.
Esse pessoal que era do lado de lá da linha, e rapidinho passou para o lado de cá, quando a coisa começou a tremer, não é de cá, é, sempre vai ser, de lá.
E Sarney é um rei entre eles. E eu lembro disso.
Como dizia Darcy Ribeiro, o Brasil é um caso de sucesso. Aqui foi criado um paraíso tropical, desenhado para manter um grupinho assim de gente vivendo bem pra caramba, e o resto que se virasse com a sobra, se houvesse. Isso durou quinhentos anos, mas como tudo que é doce, um dia ia acabar. Sarney e sua turma são os que viveram a vida inteira dessa realidade, a criaram, mantiveram, e souberam a hora de se metamorfosear, de novo com tanta competência que já se foram os manés, aos bandos, virar fiscais do Sarney, naquele maluco plano Cruzado, alguém lembra? Eu lembro.
Hoje, o atual ex várias coisas, mas sempre atual presidente do Congresso, José Sarney, é atacado por fazer o que sempre fez. Sustentar, manter e alimentar o Brasil arcaico, na política, o que é compreensível, e na literatura, o que é imperdoável. Se vocês olham para as fotografias dele, o olhar é de espanto, como o de um menino que se vê castigado por fazer exatamente o que era motivo para tapinhas nas costas e elogios, há muito pouco.
Ele perder o cargo, ou não perder, faz diferença, mas não muita. O problema não é o José Sarney, mas o arcaico presente nas estruturas do nosso país. Nossa luta é a da modernidade versus antiguidade, nas práticas e visões. A queda do Sarney é apenas a queda de um sujeito, por mais representativo que ele seja de tudo isso que está aí. Pois que se o Sarney se vai, muita coisa fica. Por escolha de eleitores abaixo do Equador, figuras como Renan Calheiros e Fernando Collor estão ali mesmo, nesse mesmo Congresso, vivinhos - e muito - e saltitantes.
Não tenho nada contra a remoção do ex presidente José Sarney da vida pública brasileira, por meios legais e institucionais, claro. Mas, estimados leitores, isso em si vai adiantar tanto quanto aulas de natação para a minha piscina de três metros de comprimento e centímetros de profundidade. Bom para a aparência, nada bom para o conteúdo. Porque o conteúdo continua lá, aguardando pacientemente pelo desaquecimento global das notícias dos escândalos, para seguir tocando os negócios como sempre.
O que tem que sair de cena é o arcaico, nas figuras e nas práticas e isso é tanto uma questão de esforço quanto de tempo. Uma nova geração tem que surgir, está surgindo, para reformar o nosso jeito de fazer e ser. No Nordeste mesmo, por tanto tempo imagem do nosso atraso de origem colonial, surgem alguns dos melhores quadros novos da política brasileira, em lugares como Sergipe, Bahia, Piauí, Ceará. Ao mesmo tempo em que cobramos do Congresso que remova esses maus modelos, precisamos dar apoio ao novo novo, e não ao novo que se faz de novo, como um dia Collor fez, como hoje caras como o Kassab fazem. Precisamos do novo de verdade, com cara de novo, cheiro de novo, e melhor, a novidade do novo. E um novo que seja mesmo diferente do antigo no que importa! Um novo que venha finalmente colocar a gente, os debaixo da linha, sobre ela, acima dela. Esse é o Brasil que começa, no comecinho, a acontecer e que precisa de nós e do nosso apoio, pra finalmente tomar jeito.
Marcelo Carneiro da Cunha é escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem "O Branco", premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos "Simples" e o romance "O Nosso Juiz", pela editora Record. Acaba de escrever o romance "Depois do Sexo", que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances "Insônia" e "Antes que o Mundo Acabe".
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Confira a lista dos deputados a favor da PEC do diploma dos Jornalistas
O deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou nesta quarta-feira (8 de junho) Proposta de Emenda à Constituição que restabelece a necessidade do curso superior em jornalismo para o exercício da profissão. A PEC dos jornalistas, como ficou conhecida no Brasil, recebeu número 386/2009.
A lista dos deputados:

A lista dos deputados:


Sarney, Lula e PT... Entendimento?
Concurso da Finep e as consequências do golpe desferido pelo STF
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir o diploma para o exercício do Jornalismo já produz impacto em um concurso público. No edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finap), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, era exigido o diploma de jornalista para o cargo de Analista – Área de Informação e Informática/Subárea Comunicação Social. Trocando em miudos, Assessoria de Comunicação Social.
A instituição mudou o edital e agora exige graduação em qualquer curso superior.
No site institucional, a Finep informa a abertura de novo prazo de inscrição para adequar o processo seletivo à nova determinação. As inscrições, que seriam encerradas em junho, agora podem ser feitas no período de 5 a 14 de julho.
Vejamos o disparate. Com remuneração de R$ 4.834,08, o profissional concursado tem pela frente as seguintes tarefas, segundo o edital: recolher, redigir e registrar informações; interpretar e organizar informações e notícias, expondo, analisando e comentando os acontecimentos; selecionar, revisar e preparar matérias jornalísticas para divulgação em jornais, revistas, televisão, rádio, internet, assessorias de imprensa e quaisquer outros meios de comunicação com o público.
É simples? Não, mas isso confundiu os ministros do STF e certamente causará o mesmo impacto sobre graduados em outras profissões, que certamente não conhecem as habilidades inerentes ao trabalho jornalístico. Mas vão disputar. Advogado, médico, engenheiro, contabilista, arquiteto, assistente social, administrador e economista não saberão realizar as atividades descritas no edital da Finep. No entanto, eles podem disputar a vaga.
Se algum deles passar e for chamado, haverá um grande prejuízo para nós, brasileiros. Não digo apenas para o jornalista, como eu. Nós é que pagamos o salário deste profissional, que ficará como uma barata tonta em uma sala do Finep. Da mesma forma como eu ficaria se passasse num concurso para médico no Ministério da Saúde.
Vamos acompanhar com atenção este caso e ver que tipo de profissional ficará na linha de frente para ser chamado. Outros surgirão, e precisamos ficar atentos.
A instituição mudou o edital e agora exige graduação em qualquer curso superior.
No site institucional, a Finep informa a abertura de novo prazo de inscrição para adequar o processo seletivo à nova determinação. As inscrições, que seriam encerradas em junho, agora podem ser feitas no período de 5 a 14 de julho.
Vejamos o disparate. Com remuneração de R$ 4.834,08, o profissional concursado tem pela frente as seguintes tarefas, segundo o edital: recolher, redigir e registrar informações; interpretar e organizar informações e notícias, expondo, analisando e comentando os acontecimentos; selecionar, revisar e preparar matérias jornalísticas para divulgação em jornais, revistas, televisão, rádio, internet, assessorias de imprensa e quaisquer outros meios de comunicação com o público.
É simples? Não, mas isso confundiu os ministros do STF e certamente causará o mesmo impacto sobre graduados em outras profissões, que certamente não conhecem as habilidades inerentes ao trabalho jornalístico. Mas vão disputar. Advogado, médico, engenheiro, contabilista, arquiteto, assistente social, administrador e economista não saberão realizar as atividades descritas no edital da Finep. No entanto, eles podem disputar a vaga.
Se algum deles passar e for chamado, haverá um grande prejuízo para nós, brasileiros. Não digo apenas para o jornalista, como eu. Nós é que pagamos o salário deste profissional, que ficará como uma barata tonta em uma sala do Finep. Da mesma forma como eu ficaria se passasse num concurso para médico no Ministério da Saúde.
Vamos acompanhar com atenção este caso e ver que tipo de profissional ficará na linha de frente para ser chamado. Outros surgirão, e precisamos ficar atentos.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Diploma: Pimenta protocola a PEC dos Jornalistas com 191 assinaturas
O jornalista e deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou nesta quarta-feira (8 de julho) a Proposta de Emenda à Constituição que restabelece a necessidade do curso superior em Jornalismo para o exercício da profissão. A PEC dos Jornalistas, como ficou conhecida no Brasil, recebeu número 386/2009 e foi entregue com 191 assinaturas.

Pimenta (foto de Fabrício Carbonel), que tem participado de manifestações e reuniões com jornalistas, professores e estudantes de Jornalismo, destacou a mobilização que vem ocorrendo em todo o país no sentido de reverter a decisão do STF, que no mês passado, derrubou a exigência do diploma por 8 votos a 1.
“Foi extremamente importante a rápida reação da sociedade, desaprovando o absurdo cometido pela Corte Suprema brasileira, e que abriu precedente para a desregulamentação de outras profissões. No caso do Jornalismo, essa atividade é mais do que a simples prestação de informação ou a emissão de uma opinião pessoal. Ela influencia na decisão dos receptores da informação, por isso não pode ser exercida por pessoas sem aptidão técnica e ética”, afirma Pimenta, em defesa da formação superior no curso de Jornalismo.

Pimenta (foto de Fabrício Carbonel), que tem participado de manifestações e reuniões com jornalistas, professores e estudantes de Jornalismo, destacou a mobilização que vem ocorrendo em todo o país no sentido de reverter a decisão do STF, que no mês passado, derrubou a exigência do diploma por 8 votos a 1.
“Foi extremamente importante a rápida reação da sociedade, desaprovando o absurdo cometido pela Corte Suprema brasileira, e que abriu precedente para a desregulamentação de outras profissões. No caso do Jornalismo, essa atividade é mais do que a simples prestação de informação ou a emissão de uma opinião pessoal. Ela influencia na decisão dos receptores da informação, por isso não pode ser exercida por pessoas sem aptidão técnica e ética”, afirma Pimenta, em defesa da formação superior no curso de Jornalismo.
terça-feira, 7 de julho de 2009
A veneração do colunismo
Quem é mais importante: a informação ou o responsável por apurá-la?
Qualquer jornalista - ou mesmo quem não é - sabe que a notícia vale muito mais, não interessando quem a produz. Isso nós aprendemos na academia ou com veterenos colegas de redação.
No entanto, nos últimos anos, alguns jornais criaram a cultura do colunismo. Com ela, a veneração de quem escreve. No início, algumas colunas receberam um 3x4 do colunista. Hoje, o tamanho aumentou e aparece até na capa ou na contracapa dos diários. E a notícia? Muitas vezes é menor que a foto, ou é pouco importante. Interessa é que a cara do "artista" apareça.
Convém ressaltar que esta veneração é oferecida exclusivamente ao colunista, que muitas vezes se vale da informação de colegas ou mesmo de releases que chegam por e-mail. O repórter, que exerce a função mais nobre do jornalismo, aparece apenas na assinatura. Se tiver. Está certo: a reportagem que apurou é mais importante que ele.
Qualquer jornalista - ou mesmo quem não é - sabe que a notícia vale muito mais, não interessando quem a produz. Isso nós aprendemos na academia ou com veterenos colegas de redação.
No entanto, nos últimos anos, alguns jornais criaram a cultura do colunismo. Com ela, a veneração de quem escreve. No início, algumas colunas receberam um 3x4 do colunista. Hoje, o tamanho aumentou e aparece até na capa ou na contracapa dos diários. E a notícia? Muitas vezes é menor que a foto, ou é pouco importante. Interessa é que a cara do "artista" apareça.
Convém ressaltar que esta veneração é oferecida exclusivamente ao colunista, que muitas vezes se vale da informação de colegas ou mesmo de releases que chegam por e-mail. O repórter, que exerce a função mais nobre do jornalismo, aparece apenas na assinatura. Se tiver. Está certo: a reportagem que apurou é mais importante que ele.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Boa notícia: inflação para consumidor de baixa renda tem forte queda em junho
A inflação para famílias com renda entre um e dois salários mínimos e meio caiu em junho para 0,14% na comparação com maio (0,69%). Os dados são da Fundação Getulio Vargas, que divulgou hoje o Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPCP-C1).
No acumulado do ano, a inflação para os consumidores de baixa renda é de 2,99%. Nos 12 meses fechados em junho, é de 4,35%. Desde 2006, o IPC-C1 em 12 meses não ficava abaixo do índice geral (4,87%) no mesmo período.
Contribuíram para a queda no resultado de junho as quedas de tarifas de energia, no grupo habitação, e de cigarros, no grupo despesas diversas. Por outro lado, pesou o reajuste de preços no grupo alimentação. Os aumentos mais expressivos foram nos preços de aves e ovos, laticínios e adoçantes.
No acumulado do ano, a inflação para os consumidores de baixa renda é de 2,99%. Nos 12 meses fechados em junho, é de 4,35%. Desde 2006, o IPC-C1 em 12 meses não ficava abaixo do índice geral (4,87%) no mesmo período.
Contribuíram para a queda no resultado de junho as quedas de tarifas de energia, no grupo habitação, e de cigarros, no grupo despesas diversas. Por outro lado, pesou o reajuste de preços no grupo alimentação. Os aumentos mais expressivos foram nos preços de aves e ovos, laticínios e adoçantes.
Famílias de sem terra são assentadas, apesar da criminalização de que são vítimas
Cinquenta famílias sem terra deixaram hoje o acampamento Jair Antônio da Costa, em Nova Santa Rita (RS), para serem assentadas nas cidades de São Gabriel e Alegrete, na Fronteira. No decorrer da semana, mais famílias de trabalhadores rurais deverão ter os seus lotes. O assentamento é uma conquista das famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e somente foi conseguido com muita luta.
A conquista foi obtida apesar da crimizalização feita por representantes do Ministério Público e do governo estadual, que perseguiram as escolas itinerantes, e da forte repressão policial. Com apoio da grande mídia!
A conquista foi obtida apesar da crimizalização feita por representantes do Ministério Público e do governo estadual, que perseguiram as escolas itinerantes, e da forte repressão policial. Com apoio da grande mídia!
A natureza como refúgio

Já escrevi algumas vezes aqui sobre o conjunto turístico Vô Arthur (cabana, pousada e área para camping) localizado em Barra do Ribeiro, minha terra natal.
Gosto muito de lá porque tem muito verde e serve de refúgio para espantar o estresse.
Poderia escrever e descrever. Mas, nas fotos, tu tens uma ideia do que pude captar nos dias em que lá fiquei (quinta a domingo).
Valeu a pena. Como sempre!





Nada como um dia depois do outro
O ditado do título acima serve para mostrar o que foi a quinta-feira dos gremistas. Estive fora de Porto Alegre e, por consequência do computador. Por isso, só faço agora menção à vitória do Cruzeiro contra o Grêmio. Ou melhor o empate conseguido pelos tricolores, igual ao do Inter na noite anterior. Para nós significou a perda do título da Copa do Brasil. Para eles, ficou impossibilitada a ida à final da Libertadores. No mais, o time da Azenha continua sem ganhar qualquer título fazem dois anos e agora só têm uma chance. Nós, colorados, temos algumas possiblidades. Ah, somos líderes do Brasileirão, que queremos ganhar muito no ano de nosso Centenário. Acredito, Inter.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Hoje é azul do Cruzeiro
Vamos em frente, INTERNACIONAL. Algo maior nos espera no fim do ano

Já tinha sentido este gosto amargo em algumas ocasiões, como na final do Brasileirão de 89 contra o Bahia e na semifinal da Libertadores contra o Olímpia em 90. Mas também tinha vencido os três títulos brasileiros dos anos 70 e o da Copa do Brasil de 91. Mais recentemente, tivemos sucesso no Beira-Rio ou fora dele em seis finais consecutivas: Libertadores (2006), Mundial FIFA (2006), Recopa (2007), Gauchão (2008 e 2009), Dubai Cup (2008) e Copa Sul-Americana (2008). O Inter é o único clube brasileiro a vencer competições continentais desde 2006.
Isso não serve de consolo porque um colorado quer vencer sempre. Temos outras competições pela frente como a Recopa, a Copa Sul-Americana, a Copa Suruga e, especialmente, o Brasileirão. Estamos na liderança junto com o Atlético Mineiro do cavalo paraguaio Celso Roth. Esta será uma batalha longa, mas vamos em frente para ganhá-la. Aí o plantel qualificado do Inter mostrará sua força.
Desta vez, não perdemos ontem, quando a torcida compareceu em peso e deu espetáculo do início do fim do jogo (foto acima, de Jefferson Bernardes/VIPCOMM.
A decisão foi em São Paulo, quando não estávamos com o time desfigurado, especialmente de Nilmar, levado pelo "colorado" Dunga para um passeio na África.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Rumo ao Beira-Rio
Em grupos ou sozinhos, os torcedores colorados já começam a se dirigir ao Beira-Rio. Não falta emoção e não são esquecidos os cânticos que embalam as arquibancas do estádio.
Os portões abrem às 19h e ninguém quer perder a festa. Estou fardado e com um pé na rua.
Quero voltar campeão!!!!
Fui....
Os portões abrem às 19h e ninguém quer perder a festa. Estou fardado e com um pé na rua.
Quero voltar campeão!!!!
Fui....
Chegou o Versão dos Jornalistas

O Versão dos Jornalistas, jornal do Sindicato gaúcho, acaba de sair do forno. A edição de junho/julho traz cobertura completa da votação do STF no dia 17de junho, que arrancou das mãos de mais de 80 mil jornalistas brasileiros o diploma que garante o exercício da profissão. E mostra com destaque as manifestações que pipocaram em todo o Rio Grande do Sul em protesto contra a ação de Gilmar Mendes e seus comandados no Corte. A marcha histórica do dia 24 de junho em Porto Alegre, com centenas de profissionais e estudantes, é a linha de frente. Vá no sindicato e busque seu exemplar. Ou acesse o site da entidade:
http://www.jornalistas-rs.org.br/
É hoje, Inter!
Acordei nervoso, tenso. É o dia da grande virada. Precisamos fazer escore contra o Corinthians, um time que os paulistas já dizem campeão. Vamos calá-los.
Entre as muitas mensagens de colorados que recebi, selecionei esta da turma do Movimento InterAção, que traduz o sentimento de todo torcedor vermelho hoje.
Estou com camiseta, abrigo, meias e toca do Inter. Pronto para a guerra.
Mas vamos ao texto que citei:

Nosso Centenário chega ao seu momento mais importante até agora. Nesta quarta, dia 1º de julho, vamos enfrentar o maior desafio deste ano. Teremos o derradeiro embate com o Corinthians, valendo o título da Copa do Brasil.
Foi com um tropeço que iniciamos essa jornada. Mas o placar de 2 a 0 sofrido no Pacaembu não é, nem de longe, o fim da nossa luta.
Neste dia 1º, auge do inverno gaúcho, o Beira-Rio vai arder. Será o inferno orintiano.
Os guerreiros de Tite e a brava torcida colorada vão empurrar o time de Mano Menezes para dentro do gol.
Estamos prontos para a ajudar na virada, que entrará para história com mais uma façanha do nosso Colorado.
Não haverá Ronaldo, nem Felipe, nem ninguém que vista preto e branco capaz de parar nosso time na busca pelos gols necessários para reverter a vantagem paulista.
Haverá, sim, Lauro, Bolívar, Índio, Danny, Kleber, Guiñazu, Magrão, D'Alessandro, Taison, Nilmar, Andrezinho, Alecsandro, Danilo Silva, Álvaro, Sorondo, Marcelo Cordeiro, Glaydson, Maycon, Talles Cunha, Giuliano...
Por isso, te prepara, Colorado, que o teu grito engasgado será solto nesta quarta.
Saudações Coloradas!
Movimento InterAção
www.movimentointeracao.com.br
A foto acima,do site do Inter, mostra quem será o 12º jogador colorado na partida. A torcida vermelha vai incendiar o Beira-Rio.
Entre as muitas mensagens de colorados que recebi, selecionei esta da turma do Movimento InterAção, que traduz o sentimento de todo torcedor vermelho hoje.
Estou com camiseta, abrigo, meias e toca do Inter. Pronto para a guerra.
Mas vamos ao texto que citei:

Nosso Centenário chega ao seu momento mais importante até agora. Nesta quarta, dia 1º de julho, vamos enfrentar o maior desafio deste ano. Teremos o derradeiro embate com o Corinthians, valendo o título da Copa do Brasil.
Foi com um tropeço que iniciamos essa jornada. Mas o placar de 2 a 0 sofrido no Pacaembu não é, nem de longe, o fim da nossa luta.
Neste dia 1º, auge do inverno gaúcho, o Beira-Rio vai arder. Será o inferno orintiano.
Os guerreiros de Tite e a brava torcida colorada vão empurrar o time de Mano Menezes para dentro do gol.
Estamos prontos para a ajudar na virada, que entrará para história com mais uma façanha do nosso Colorado.
Não haverá Ronaldo, nem Felipe, nem ninguém que vista preto e branco capaz de parar nosso time na busca pelos gols necessários para reverter a vantagem paulista.
Haverá, sim, Lauro, Bolívar, Índio, Danny, Kleber, Guiñazu, Magrão, D'Alessandro, Taison, Nilmar, Andrezinho, Alecsandro, Danilo Silva, Álvaro, Sorondo, Marcelo Cordeiro, Glaydson, Maycon, Talles Cunha, Giuliano...
Por isso, te prepara, Colorado, que o teu grito engasgado será solto nesta quarta.
Saudações Coloradas!
Movimento InterAção
www.movimentointeracao.com.br
A foto acima,do site do Inter, mostra quem será o 12º jogador colorado na partida. A torcida vermelha vai incendiar o Beira-Rio.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Inter, amanhã é o dia do coração

Está chegando o dia da grande final contra o Corinthians. O Internacional, em desvantagem no placar - 2 a 0 para os paulistas no primeiro jogo -, vai colocar o coração no bico da chuteira e amassará o adversário. Nunca como agora o binômio time/torcida foi tão importante. Amanhã será uma guerra da qual espero que sejamos vencedores. Já conseguimos virar disputas ditas impossíveis em outras ocasiões. E, agora, podemos fazer o mesmo. Quem estiver lá verá. Eu estarei.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
O material para a nossa luta
Companheiros jornalistas, a nossa luta não pode parar.
Ela é feita em diversas trincheiras, como as manifestações públicas, a participação em sites, blogs e comunidades na internet ou mesmo com um vizinho do lado ou um desconhecido na rua.
Na rede, podemos usar o material novo que chegou agora da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
Usem e abusem na distribuição.


Ela é feita em diversas trincheiras, como as manifestações públicas, a participação em sites, blogs e comunidades na internet ou mesmo com um vizinho do lado ou um desconhecido na rua.
Na rede, podemos usar o material novo que chegou agora da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
Usem e abusem na distribuição.



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