Não recordo da última vez que passei em Porto Alegre a virada do ano. Desta vez, em função da reunião familiar e de uma lesão no joelho, resolvi ficar aqui. Por enquanto, estou assustado. São 16h22min, olho pela janela e vejo a Rua Lima e Silva, uma das mais movimentadas da capital, transformada em um deserto. Nas ruas, passa um carro eventualmente. Nas calçadas, os pedestres desapareceram. Agora, ouço alguém dizer que os bares cerraram as portas. Coitados dos boêmios extemporâneos.
Existe uma confraria de porto-alegrenses que fica aqui durante as férias de verão e em datas festivas como a de hoje. Dizem que a cidade fica melhor, com menos fluxo de veículos, sem filas nos bancos, nos bares, nos cinemas. Concordo em parte, pois gosto de um certo agito. Vamos ver se o movimento retorna mais tarde.
Ah, o que tira o sossego são os fogos que espoucam a cada dois minutos.
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