sábado, 6 de outubro de 2007

O ranking da corrupção, segundo o TSE


Não li esta notícia nos grandes jornais e nas revistas semanais. Aliás, não tenho esperança de vê-la publicada na grande mídia, por motivos óbvios. O MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)) lançou o dossiê Políticos Cassados por Corrupção Eleitoral, relacionando 623 pessoas cassadas em 339 processos julgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre 2000 e 2006. O blog Vermelho publicou com exclusividade o ranking dos partidos que mais se envolveram. O primeiro colocado é o DEM (ex-PFL), com 69 casos, mais de um quinto do total. DEM, PMDB e PSDB somam 193 casos, 57% do total. O PT tem 10 casos (2,9%) e o PCdoB nenhum.
As cassações ocorreram em todas as unidades da Federação, com destque para Minas Gerais (11,4% do total), Rio Grande do Norte (9,6%) e São Paulo (8,8%). Foram cassados quatro governadores e vices, seis senadores e suplentes, oito deputados federais, 13 estaduais e 58 vereadores, mas o grosso dos cassados foram prefeitos e vices, que somaram 508 casos.


A onda dos fãs clubes

Tenho recebido convites para ingressar em comunidades de exaltação a determinadas pessoas no Orkut. Geralmente a iniciativa parte de um amigo do bajulado. Em outras, é o próprio quem convida. Respeito quem "sonha" com uma comunidade tipo "Nós adoramos fulana", "Sicrano é o tal" ou "Somos fãs de beltrano". Possivelmente isso represente um afago no ego do homenageado, mas não solicitem que eu integre uma comunidade destas. Quem usa o Orkut para divulgação de suas idéias e debate de temas envolvendo assuntos sérios não tem tempo para integrar estes fãs clubes. O trabalho, a participação conseqüente e amizade demonstrada já evidenciam o valor de uma pessoa, sem necessidade das comunidades bajuladoras.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Sociólogo quer um grande jornal de esquerda no país

Sob o título "A necessidade de uma nova imprensa", o sociólogo Gilson Caroni Filho, professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, e colaborador do Jornal do Brasil e Observatório da Imprensa, divulgou um artigo, onde defende a construção de um grande jornal de esquerda no país.Para ele, essa é a questão central da democracia brasileira. "Precisamos inventar a imprensa democrática", defendeu. O importante é que sua idéia está sendo disseminada. Já vi o artigo em dezenas de sites e blogs de entidades sindicais e partidos políticos.


Veja a íntegra do artigo de Caroni:

A necessidade de uma nova imprensa

O deputado federal Ciro Gomes (PSB) foi certeiro ao definir a importância do holofote no comportamento político da oposição, em entrevista concedida à revista Imprensa, em dezembro de 2005. Em meio a crises que pareciam anunciar novos retrocessos político-institucionais, o então ministro da Integração Nacional diagnosticou com precisão: "eu participo da vida pública brasileira há 30 anos e é a primeira crise pautada por garotos alucinados por aparecer na televisão. E eles estão tocando a República! Eu acompanho a CPI, vejo parlamentares que olham para a câmera e dizem: "senhor presidente, senhores deputados, senhores depoentes e senhores telespectadores"! O que é isso? Os excessos são mais prováveis, pois há uma sensação de que as informações são descartáveis. Só que não é bem assim, há valores imateriais fundamentais em jogo e eu gostaria de ressaltar aqui a importância da linguagem".
Dois anos se passaram, os atores fizeram novas oficinas, ensaiaram textos no plenário, armazenaram informações, mas, a julgar pelos resultados, a teatralização da política não logrou os resultados esperados. A construção de representações sociais dominantes não obteve o êxito habitual. A velha mídia não descobriu o novo público. E foi aí que começou a história de sua coleção de derrotas.
Alguma fratura travou o espetáculo. Ao contrário das últimas décadas, produções como o " Mensalão", " Aloprados" e " Apagão Aéreo" se tornaram, passado o impacto inicial, fracassos de crítica e de público. Organizaçôes Globo, Civitas, Mesquitas e outros barões da imprensa brasileira parecem não ter acertado a mão, e o resultado são melancólicos folhetins sem qualquer vestígio de arte. Farsas baratas para produções que exigiram vultuosas somas e transformismos colossais.
Péssima direção e elenco de baixíssimo nível? Certamente, mas isso não é tudo. Nem sempre basta a imagem como critério da história. Às vezes, a trama, por mais recurso visuais que disponha, requer retórica convincente. Sem ela, inexiste a legitimação que precede o êxtase, e o plano que oculta o golpismo latente das elites se torna se torna visível demais.
A crença em um desmesurado poder manipulatório da mídia revela indigência de análise. O espetáculo só é possível porque a produção simbólica não se esgota em seu campo. Como destaca Silverstone, a circulação de significados, sua rica intertextualidade, não faz do senso comum um alvo passivo de versões deliberadamente distorcidas. Ele também produz, significa a partir de mediações da sua própria vida concreta. Não auscultar seu cambiante sistema simbólico custa caro aos pretensos "formadores de opinião".
Em suma, o êxito de qualquer projeto ideológico depende de profunda afinidade eletiva entre produtores-consumidores e consumidores-produtores de bens simbólicos. Sem troca não há fluxo eficaz.
O que a grande imprensa ignorou - e parece continuar ignorando - é a crescente organização da sociedade civil. Sua capacidade de não só recusar a narrativa oferecida, como construir uma eficiente articulação contra-hegemônica. A mídia se perdeu de si mesma quando acreditou que seus estatutos de verdade eram imunes a qualquer alteração substantiva da formação social onde pretende interferir.
Cabe ao campo democrático-popular não alimentar ilusões. Se os meios de comunicação são fatores centrais e constitutivos de uma nova esfera pública em formação, não se deve esperar conversões éticas de uma imprensa cuja estruturação está umbilicalmente ligada ao destino de conhecidas oligarquias. Trabalhar com contradições internas do campo comunicativo existente é uma aposta fadada ao fracasso.
Com a experiência acumulada em veículos como Carta Maior, Caros Amigos e Brasil de Fato, entre tantos outros, talvez tenha chegado a hora de investir em um grande jornal de esquerda. Como viabilizá-lo operacionalmente não cabe no espaço desse artigo, mas com a massa crítica acumulada já passou da hora. Essa é a questão central da democracia brasileira. Precisamos inventar a imprensa democrática.

Fonte: Agência Carta Maior

Big Brother lidera o 13º Ranking da Baixaria na TV



A coordenação da campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" divulgou ontem o 13º Ranking da Baixaria na TV, que analisa os programas televisivos que receberam maior número de reclamações. O campeão de denúncias foi o Big Brother Brasil 7, da Rede Globo, em razão de reclamações que incluem a exposição de pessoas ao ridículo, discriminação, vocabulário inadequado e apelo sexual.
Em segundo lugar, vem o programa Pra Valer, da Rede Bandeirantes, que recebeu muitas das reclamações, a maioria por incitar a discriminação religiosa e a violência contra animais. A novela Pé na Jaca (Rede Globo) ficou em terceiro lugar no ranking da baixaria, seguido pelo programa A Tarde é Sua (Rede TV). Em quinto lugar, figurou outra novela Paraíso Tropical, da Globo.

A campanha foi lançada em novembro de 2002 e já registrou um total de 31.875 denúncias, sendo que, de janeiro a agosto deste ano, foram contabilizadas aproximadamente 2 mil reclamações de telespectadores insatisfeitos com a qualidade e a falta de ética da programação televisiva, além do desrespeito aos direitos humanos. As denúncias foram analisadas pelo Comitê de Acompanhamento da Programação, formado por representantes das mais de 60 entidades que assessoram a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara na campanha.

O presidente da comissão, deputado Luiz Couto (PT-PB), destacou que a sociedade brasileira "quer dar um basta" à baixaria. "Os resultados mostram que a campanha é muito importante para o país. A população não aceita mais cenas de sexo, desonestidades e incitação à violência", afirmou.

Segundo Luiz Couto, a população está atenta à programação da televisão. "Ela quer programas de qualidade. Quer programas que tragam o reforço a valores como honestidade, liberdade, paz, justiça e dignidade do ser humano. Isso prova que a própria campanha vai levando as pessoas a perceber que é preciso combater esse tipo de programa. Afinal de contas, somos nós que estamos financiando", disse.

Couto defendeu ainda a necessidade de classificação indicativa dos programas de televisão. "É preciso ter algum critério. Não podemos aceitar que um programa como o Big Brother, que em Brasília passa às 21h, passe no Acre às 19h. É preciso ter adequação do horário de acordo com o fuso horário", disse.

Para o presidente da comissão, a TV Pública, anunciada pelo governo federal, deve provocar a elevação da qualidade da programação. "Será um elemento de confronto. E isso explica a reação da mídia privada, que não quer um sistema público de comunicação", afirmou.


O que é
A campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" tem como um de seus principais instrumentos de atuação a divulgação do ranking dos programas que receberam maior número de reclamações, fazendo assim ecoar a voz da opinião pública que é decisiva para provocar mudanças na programação televisiva.
A décima terceira sistematização dos programas mais denunciados estão disponíveis no site www.eticanatv.org.br.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Quinze anos do massacre de Carandiru

Nesta terça-feira, 2 de outubro, quando o relógio marcou 11 horas, o início de um dos episódios de maior violência e desrespeito aos direitos humanos da história do Brasil completou 15 anos: o massacre do Carandiru, quando 111 presos foram assassinados em 1992 por policiais na casa de detenção da Zona Norte paulistana. A UNE, ao lado de entidades estudantis de todo país, fez uma matéria especial para lembrar o massacre e cobrar justiça nesta terça em sua página, o EstudanteNet.
A data servirá também para lembrar que serão completados 15 anos de impunidade dos policiais envolvidos nos crimes. Mais de 80 deles, acusados de homicídio, ainda esperam pela decisão do júri e a defesa quer estender a absolvição. Ninguém até hoje foi punido. Pelo contrário. A cidade de São Paulo entregou, na sede da Câmara Municipal de São Paulo, no último dia 21 de setembro, o título de cidadão paulistano ao coronel aposentado da Polícia Militar Luiz Nakaharada.
Nakaharada, um dos denunciados pelo Ministério Público pelos crimes no Carandiru, teria entrado atirando com uma metralhadora Beretta 9 milímetros. Ele comandou 74 homens, dos 325 policiais militares que ingressaram no pavilhão 9 da casa de detenção, todos sem as respectivas insígnias e crachás de identificação.

O massacre

Em 2 de outubro de 1992, uma briga entre dois presos -Coelho e Barba- deu início a um tumulto no pavilhão 9, que culminou com o Massacre do Carandiru. Segundo a pesquisa das professoras Sandra Carvalho e Evanize Sydow, tendo como fonte o estudo "Massacre do Carandiru, Chega de Impunidade", elaborado pela Comissão Organizadora de Acompanhamento para os Julgamentos do Caso do Carandiru, apesar do tumulto e de sinais de fogo, não havia perigo de fuga de presos.
Os presos, inclusive, quando perceberam a chegada da polícia começaram a jogar estiletes e facas para fora, demonstrando que não resistiriam à invasão. Alguns colocaram faixas nas janelas, pedindo trégua. A tomada do térreo do prédio pelos policiais foi feita sem resistência ou reação com armas de fogo por parte dos presos, segundo o depoimento dos próprios oficiais envolvidos na ação.
Mas soldados do Grupo de Ações Táticas Especiais –desrespeitando a ordem das autoridades reunidas de tentar uma última negociação– quebram o cadeado e correntes do portão do pavilhão e invadiram o local. Não foi permitida a presença de autoridades civis durante a invasão.

111 mortos, todos detentos

"Os PMs dispararam contra os presos com metralhadoras, fuzis e pistolas automáticas, visando principalmente a cabeça e o tórax. Na operação também foram usados cachorros para atacar os detentos feridos. Ao final do confronto foram encontrados 111 detentos mortos: 103 vítimas de disparos (515 tiros ao todo) e 8 mortos devido a ferimentos promovidos por objetos cortantes", constatou a pesquisa. Houve ainda 153 feridos, sendo 130 detentos e 23 policiais militares. Nenhum policial foi morto.
Cerca de 80% das vítimas do massacre esperavam por uma sentença definitiva da Justiça, ou seja, não tinham sido condenados. Só nove deles haviam recebido penas acima de 20 anos. Do total de presos mortos, 51 deles tinham menos de 25 anos e 35 tinham entre 29 e 30 anos. Dos detentos recolhidos na Casa de Detenção, 66% eram condenados por assalto e 8% por homicídio.
Quando a perícia chegou ao local da violência policial, os responsáveis pelo massacre haviam modificado a cena do crime, destruindo provas valiosas que teriam possibilitado a atribuição de responsabilidade pelas mortes a indivíduos específicos. Civis foram proibidos de irem até os andares superiores do Pavilhão 9, enquanto a PM dava ordens aos detentos para que removessem os corpos dos corredores e celas a fim de empilhá-los no 1° andar.

Intenção de matar


De acordo com a análise da perícia, só 26 detentos foram mortos fora de suas celas. A maioria deles foi atingida na parte superior do corpo, em regiões letais como cabeça e coração. Dos 103 mortos por arma de fogo, 126 receberam balas na cabeça. O pescoço foi alvo de 31 balas, e as nádegas 17. Os troncos tiveram 223 tiros. "Os exames de balística informam que os alvos sugerem a intenção premeditada de matar", disse a pesquisa.
O estudo acrescenta ainda: "A tese de que houve confronto armado entre policias militares e detentos não é sustentada pelas provas dos autos do processo. A legítima defesa alegada pela cúpula da Polícia Militar não tem fundamento nos fatos". O laudo do Instituto de Criminalística concluiu que: "Em todas as celas examinadas, as trajetórias dos projéteis disparados indicavam atirador (es) posicionado(s) na soleira das celas, apontando sua arma para os fundos ou laterais. Não se observou quaisquer vestígios que pudessem denotar disparos de armas de fogo realizados de dentro para fora das celas".

Na justiça


No comando da operação policial estava o coronel Ubiratan Guimarães, morto em setembro do ano passado. Em 2001, ele chegou a ser condenado a 632 anos de prisão por co-autoria em 102 mortes e em cinco tentativas de homicídio. Ele recorreu da condenação em liberdade e, cinco anos mais tarde, a sentença foi anulada e Ubiratan absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça. Os desembargadores entenderam que o coronel agiu em estrito cumprimento da ordem e em legítima defesa. "A Justiça já reconheceu que não ocorreu esse massacre. Houve um confronto entre 2.069 presos que atacaram 80 e poucos policiais que estavam cumprindo ordens superiores para salvar presos de um incêndio", diz o advogado Vicente Cascione, que defendeu o coronel nos tribunais.
"Para nós, continua existindo o massacre porque há 84 réus no processo. Mortes de presos não têm um grande clamor social, por isso até hoje ninguém foi punido. Existe omissão por parte da Justiça", acusa Ariel de Castro Alves, coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos. Nem mesmo por meio da PM os policiais receberam qualquer tipo de punição, segundo Norberto Jóia, promotor do caso. "O pior é saber que ninguém foi punido. Ou que a tentativa de punição do comandante foi frustrada", lamenta ele. O promotor aponta que o resultado da ação é citado em "estatuto" da organização criminosa que age a partir dos presídios paulistas como uma motivação para a união dos presos.

Dano moral

Na outra ponta, familiares dos mortos reclamam até hoje ressarcimento na Justiça. A extinta Procuradoria de Assistência Judiciária de São Paulo ajuizou 59 ações, acompanhadas atualmente pela Defensoria Pública. De acordo com o órgão, quase 20% delas ainda estão em discussão nos tribunais. Os demais casos obtiveram de cem a 200 salários mínimos por dano moral, de R$ 38 mil a R$ 76 mil em valores atuais. Mas quem teve sentença favorável entrou na chamada "fila do precatório" (dívida judicial do estado) e teve a indenização dividida em dez parcelas. As primeiras famílias começaram a receber o ressarcimento há quatro anos – 11 anos após as mortes. Alguns parentes conseguiram ainda na Justiça direito à pensão mensal vitalícia.
"Nada substitui uma vida. Independente de ser pouco ou muito (o valor do dano moral) não vai trazer ele de volta. Se for por danos morais é pouco, eu tenho três filhos com ele. Bem ou mal, de lá de dentro ele me ajudava", diz uma viúva de um preso que preferiu não ter a identidade revelada.

Livro, filme, musica e uma triste memória

Passados 15 anos, a história tratou de registrar para sempre o massacre do Carandiru. O triste episódio virou música pelas letras de Mano Brown; livro pelas mãos do médico Drauzio Varella e filme pelas lentes dos diretores Hector Babenco e Paulo Sacramento.

Fonte: Portal Vermelho

www.vermelho.org.br




segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Doando Vida em fotografia


Uma iniciativa meritória de profissionais de fotografia merece o apoio de todos. Na quarta-feira, dia 3 de outubro, será lançado em Porto Alegre o livro Doando Vida - Livro e Mostra Fotográfica.
Uma das escritoras que o apresentam é a colega Claudia Cardoso, enquanto as fotografias são assinadas pelos profissionais Elda franco, Júlio Appel, Maria Clara Adams, Marta Morales e Walter Karwatzki. O convite ao lado é uma mostra da qualidade do trabalho, que será mostrado em primeira mão para quem for ao coquetel na quarta-feira, a partir das 18h30min, na Letras e Cia Livraria-Café, na Avenida Osvaldo Aranha, 444.
Detalhe: o preço da obra custará R$ 30 e sua venda auxiliará na manutenção da Pousada Via Vida.
Não percam, portanto!

Inter: caminho difícil pela frente

Ontem, saí orgulhoso do Beira-Rio, onde meu time lutou e suou muito no embate contra o São Paulo, virtual campeão brasileiro de 2007. Ao lado das quase 40 mil pessoas que estavam no estádio, gritei, vibrei e incentivei meu time. Pulei de alegria com o nosso gol, e lamentei a expulsão do Índio em seguida. Depois, xinguei o juiz no momento em que deixou de expulsar o Dagoberto e quando não marcou pênalti em Alex. Nós merecíamos mais porque o time lutou muito, mesmo com um jogador a menos em campo.
No entanto, ao acordar hoje e ler os jornais, fui direto na tabela de classificação e confirmei que estamos em situação difícil. A primeira imagem que vi à frente foi a de uma cerca com arame farpado, como a foto acima, tentando impedir nosso avanço. Sei que faltam dez rodadas e temos jogadores para reverter a situação. Mas os obstáculos serão difíceis e teremos que vibrar com cada vitória a partir de agora como se fosse igual a que obtivemos no campeonato mundial do ano passado. Vamos ultrapassar esta cerca, Inter!

domingo, 30 de setembro de 2007

"Veja" mira Guevara e dá tiro no pé

Importante a leitura do companheiro Celso Lungaretti, jornalista, escritor e ex-preso político, no site do jornal o Rebate sobre a última capa da tendenciosa Veja. É uma recuperação da história...

Os 40 anos da morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, a se completarem no próximo dia 9, dão ensejo a uma nova temporada de caça ao mito Che Guevara por parte da imprensa reacionária, começando por Veja, que acaba de produzir uma das matérias-de-capa mais tendenciosas de sua trajetória.
"Veja conversou com historiadores, biógrafos, antigos companheiros de Che na guerrilha e no governo cubano na tentativa de entender como o rosto de um apologista da violência, voluntarioso e autoritário, foi parar no biquíni de Gisele Bündchen, no braço de Maradona, na barriga de Mike Tyson, em pôsteres e camisetas”, afirma a revista, numa admissão involuntária de que não praticou jornalismo, mas, tão-somente, produziu uma peça de propaganda anticomunista, mais apropriada para os tempos da guerra fria do que para a época atual, quando já se pode olhar de forma desapaixonada e analítica para os acontecimentos dos anos de chumbo. Não houve, em momento algum, a intenção de se fazer justiça ao homem e dimensionar o mito. A avaliação negativa precedeu e orientou a garimpagem dos elementos comprobatórios. Tratou-se apenas de coletar, em todo o planeta, quaisquer informações, boatos, deturpações, afirmações invejosas, difamações, calúnias e frases soltas que pudessem ser utilizadas na montagem de uma furibunda catalinária contra o personagem histórico Ernesto Guevara, com o propósito assumido de se demonstrar que o mito Che Guevara seria uma farsa.
Assim, por exemplo, a Veja faz um verdadeiro contorcionismo retórico para tentar tornar crível que, ao ser preso, o comandante guerrilheiro teria dito: "Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto". Ora, uma frase tão discrepante de tudo que se conhece sobre a personalidade de Guevara jamais poderá ser levada a sério tendo como única fonte a palavra de quem posou como seu captor, um capitão do Exército boliviano (na verdade, eram oficiais estadunidenses que comandavam a caçada).
É tão inverossímil e pouco confiável quanto a “sei quando perco” atribuída a Carlos Lamarca, também capturado com vida e abatido como um animal pelas forças repressivas. E são simplesmente risíveis as lágrimas de crocodilo que a Veja derrama sobre o túmulo dos “49 jovens inexperientes recrutas que faziam o serviço militar obrigatório na Bolívia” e morreram perseguindo os guerrilheiros. Além de combater um inimigo que tinha esmagadora superioridade de forças e incluía combatentes de elite da maior potência militar do planeta, Guevara ainda deveria ordenar a seus comandados que fizessem uma cuidadosa triagem dos alvos, só disparando contra oficiais...
É o mesmo raciocínio tortuoso que a extrema-direita utiliza para tentar fazer crer que a morte de seus dois únicos e involuntários mártires (Mário Kozel Filho e Alberto Mendes Jr.) tenha tanto peso quanto a de quatro centenas de idealistas que arriscaram conscientemente a vida e a liberdade na resistência à tirania, confrontando a ditadura mais brutal que o Brasil conheceu.
Típica também – e não por acaso -- da retórica das viúvas da ditadura é esta afirmação da Veja sobre o legado de Guevara: “No rastro de suas concepções de revolução pela revolução, a América Latina foi lançada em um banho de sangue e uma onda de destruição ainda não inteiramente avaliada e, pior, não totalmente assentada. O mito em torno de Che constitui-se numa muralha que impediu até agora a correta observação de alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas”.
Assim, a onda revolucionária que se avolumou na América Latina durante as décadas de 1960 e 1970 teria como causa “as concepções de revolução pela revolução” de Guevara e não a miséria, a degradação e o despotismo a que eram submetidos seus povos. E a responsabilidade pelos banhos de sangue com que as várias ditaduras sufocaram anseios de liberdade e justiça social caberia às vítimas, não aos carrascos.
É o que a propaganda enganosa dos sites fascistas martela dia e noite, tentando desmentir o veredicto definitivo da História sobre os Médicis e Pinochets que protagonizaram “alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas”.
Não existe muralha nenhuma impedindo a correta observação desses episódios, tanto que ela já foi feita pelos historiadores mais conceituados e por braços do Estado brasileiro como as comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos Políticos. Há, isto sim, a relutância dos verdugos, de seus cúmplices e de seus seguidores, em aceitarem a verdade histórica indiscutível. E a matéria-de-capa da Veja não passa de mais um exercício do jus esperneandi a que se entregam os que têm esqueletos no armário e os que anseiam por uma recaída totalitária, com os eventos desastrosos e os banhos de sangue correspondentes.

* Celso Lungaretti é jornalista, escritor e ex-preso político.
Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com

Obrigado pelo vice, gurias

As jogadoras brasileiras estão de parabéns. Não importa se pararam diante da marcação alemã e, especialmente, da excelente goleira Angerer. Tampouco se Marta, nossa camisa 10 e melhor jogadora da Copa do Mundo, perdeu um pênalti. O importante é que as atletas brasileiras mostraram ao mundo que sabem jogar um refinado futebol e deixam a China com a sua melhor campanha na história da competição. Antes, o melhor desempenho havia sido o terceiro lugar na edição de 1999, nos Estados Unidos. Espero que as vice-campeãs mundiais sejam recepcionadas no retorno ao Brasil, e a CBF cumpra a promessa de organizar um campeonato nacional. Sim, nós temos futebol feminimo e da melhor qualidade. Avante, Brasil. Na foto da Reuters, Marta enfrenta a muralha Angerer.


Mundo pede paz em Mianmar


Não podemos ficar calados enquanto a ditadura militar manda espancar e matar cidadãos que protestam de forma pacifica em Mianmar (antiga Birmânia). Liderados por monges budistas, dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas do país, pedindo democracia e o fim da repressão militar .Os protestos, realizados há vários dias consecutivos, já são considerados o maior levante popular dos últimos anos contra a junta militar que governa o país do Sudeste Asiático.
O governo já impôs um toque de recolher nas duas principais cidades do país, Yangun (a antiga capital) e Mandalay, proibiu a reunião de grupos de mais de cinco pessoas e colocou tropas para patrulhar ruas e templos. Há temores de que se repitam os episódios de 1988, quando as últimas manifestações pró-democracia realizadas em Mianmar foram reprimidas violentamente pela junta militar, em confrontos que deixaram cerca de 3 mil mortos. Os protestos são contra o aumento de alimento de 500% nos combustíveis e, por conseqüência, nos alimentos.
As passeatas dos monges começaram para pedir que o Governo se desculpasse pela agressão a vários bonzos pelas forças de segurança, no princípio deste mês, em Pakokku. No entanto, tornaram-se um clamor pela liberdade política no país, onde os militares estão no poder há mais de 40 anos.
Organizações étnicas como a União Nacional Karen, que representa 7 milhões de membros da minoria Karen e é o braço político da maior guerrilha do leste de Mianmar, aderiram aos protestos. As últimas manifestações também contaram com a presença de membros da Liga Nacional pela Democracia (LND), partido de oposição liderado por Aung San Suu Kyi, sob prisão domiciliar desde 2003 e Prêmio Nobel da Paz. As fotos da Reuters e da AFP (acima) mostram momentos da repressão.

sábado, 29 de setembro de 2007

Caros Amigos nas bancas


Uma grande idéia que merece ser apoiada: a revista Caros Amigos está republicando edições antigas. Trazem grandes entrevistas como as de Caco Barcellos, Leonardo Boff, Chico Buarque, Sócrates, Franklin Martins, Ciro Gomes e outros. A que está à venda agora é a de Ariano Suassuna, edição 75, de junho de 2003 (capa ao lado). Entrem no site da revista e se abasteçam:

http://carosamigos.terra.com.br/






Jornalista é trabalhador

Recentemente, coloquei uma enquete nas quatro comunidades que administro na Internet querendo saber em que patamar social o jornalista se colocava. Pelo resultado, há dúvida na cabeça dos colegas. Vejam os números:

Jornalista é intelectual ou trabalhador?

Intelectual: 23 - 6% das respostas
Trabalhador: 66 - 17,3%
As duas opções: 293 - 76,7%
Total: 383

Entendo que a maioria preferiu optar pela opção mais cômoda porque, na verdade, boa parcela dos jornalistas não se vê como um trabalhador. Se acha um intelectual porque freqüentou a faculdade e se graduou. Ou um profissional liberal, muitas vezes sendo contratado como pessoa jurídica. No entanto, tenho convicção de que somos tão trabalhadores quanto os profissionais de outras categorias e, portanto, sujeitos aos mesmos atropelos praticados por alguns grupos empresariais ou pelos poderes públicos.
Diante deste cenário, vemos indiferença às lutas sindicais que, na prática, significa a defesa do salário e das condições de trabalho de cada um. Na hora da pauta, é recomendável que companheiros jornalistas refletirem sobre o importante papel social que representam perante a sociedade. E olhem também para o meio em que atuam. Ou seja, estão vendendo sua força de trabalho, mesmo que dedilhem no teclado de um computador. São trabalhadores, portanto.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Eles não querem ser demônios.....

O companheiro Paulo Ávila ouviu pela manhã, na rádio CBN São Paulo, que o antigo PFL - que mudou para Democratas (DEM) - vai trocar de nome novamente.
Isso porque porque DEM no Nordeste está sendo associado como partido do demônio. Alguma mentira nisso?

Economia brasileira naveja tranqüila, apesar da turbulância norte-americana

A torcida dos pessimistas não deu certo.
Enquanto a economia norte-americana está em desaceleração, a brasileira se mostra sólida.
Ontem, a Bolsa de São Paulo (Bovespa) subiu 61 mil pontos pela primeira vez - quarto recorde consecutivo - e o dólar comercial fechou negociado a R$ 1,8430 na venda, menor valor em sete anos.
Ou seja, turbulência lá fora, navegação tranqüila aqui.
Isso não é obra do acaso e sim de uma bem planejada condução da economia.
Cadê a crise propalada por alguns?

Elas ganharam manchete e foto nas capas dos jornais


Como eu já previra ontem, os jornais, televisões, rádios e Internet dedicaram generosos espaços para a brilhante vitória da seleção feminina do Brasil contra os EUA. Deixaram os rodapés e cantos de página para exibirem fotos das gurias nas capas dos periódicos. É sempre assim. Nas últimas Olimpíadas - onde foram medalha de prata - e no recente Pan do Rio - medalha de ouro - o futebol feminino ganhou minutos de fama. Depois foi esquecido. Agora, a sempre oportunista CBF anuncia a criação de uma campeonato brasileiro. Não é novidade porque já tinha feito o mesmo antes. Tudo ficou no blá-blá-blá dos dirigentes. Para nós, brasileiros amantes da arte e da garra no futebol, resta esperar o confronto contra a organizada seleção da Alemanha no domingo. Como já escrevi antes, o que vier é lucro. Mas uma vitória de Marta & Cia nos encherá de orgulho. Ou isso só acontece quando os homens alcançam triunfos? Na foto da Reuters, a vibração da melhor jogadora do Mundo - nossa camisa 10- ao lado das companheiras.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Participe do congresso ambiental

Não esqueça que o 2º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental está chegando.
Vai de 10 a 12 de outubro em Porto Alegre.
Confirme tua presença.

Valeu, Marta & Cia. O que vier agora é lucro

Tive o privilégio de ver a seleção brasileira feminina de futebol hoje pela manhã. Escrevo só agora porque o dia foi corrido, mas pude constatar que muito mais gente está maravilhada com a mistura de talento e força demonstrada pelas nossas atletas. O Brasil goleou os EUA por 4 a 0, exibindo um futebol de encher os olhos, com direito a dois golaços de Marta - especialmente o último. Com justiça, é a maior jogadora do Mundo. Na foto da Reuters ao lado, ela vibra depois de um dos gols.
Para mim, basta. O que vier na final da Copa do Mundo com a Alemanha às 8h da "madrugada" de domingo, na China, será lucro. Afinal, as jogadas do Brasil já estão sendo mostradas em todo o mundo e nossas representantes chegaram onde nunca tinham ido. O bom desta partida foi ver a habilidade de nossas atletas diante do burocrático futebol norte-americano. Foi uma resposta ao técnico deles, que acusara a violência do Brasil. O troco foi um show de bola. E legal que tenha sido contra um time com um currículo de causar inveja: desde 2004, não teve nenhum revés em 49 jogos.
Avante Marta, Cristiane, Formiga, Andréia e Pretinha, entre outras. Tomara que, agora, os jornais dêem mais destaque do que vinham oferecendo à campanha brasileira: rodapés e cantos de páginas. Afinal, as gurias merecem mais espaço que muitos times de machos que disputam o atual Brasileirão.

O caminho para Samarra

Maravilhoso, como sempre, este texto do Leonardo Boff, teólogo e professor emérito de ética da UERJ, publicado originalmente no site Correio da Cidadania. Vale a pena ler até o final.

Um soldado da antiga Bassora, na Mesopotânia, cheio de medo, foi ao rei e lhe disse: "Meu Senhor, salva-me, ajuda-me a fugir daqui; estava na praça do mercado e encontrei a Morte vestida toda de preto que me mirou com um olhar mortal; empresta-me seu cavalo real para que possa correr depressa para Samarra que fica longe daqui; temo por minha vida se ficar na cidade". O rei fez-lhe a vontade. Mais tarde o rei encontrou a Morte na rua e lhe disse: " O meu soldado estava apavorado; contou-me que te encontrou e que tu o olhavas de forma estranhíssima". "Oh não", respondeu a Morte, "o meu olhar era apenas de estupefação, pois me perguntava como esse homem iria chegar a Samarra que fica tão longe daqui, porque o esperava esta noite lá".

Essa estória é uma parábola da aceleração do crescimento feito à custa da devastação da natureza e da exclusão das grandes maiorias. Ele nos está levando para Samarra. Em outras palavras: temos pouquíssimo tempo à disposição para entender o caos no sistema-Terra e tomar as medidas necessárias antes que ela desencadeie conseqüências irreversíveis. Já sabemos que não podemos mais evitar o aquecimento global, apenas impedir que seja catastrófico. No âmbito dos governos, não se está fazendo nada de realmente significativo que responda à gravidade do desafio. Muitos crêem na capacidade mágica da tecno-ciência: no momento decisivo ela seria capaz de sustar os efeitos destrutivos. Mas a coisa não é bem assim. Há danos que uma vez ocorridos produzem um efeito-avalanche.

A natureza no campo físico-químico e mesmo as doenças humanas nos servem de exemplo. Uma vez desencadeada, não se pode mais bloquear uma explosão nuclear. Rompidos os diques de Nova Orleans nos USA, não é mais possível frear a invasão do mar. Na maioria das doenças humanas ocorre a mesma lógica. O abuso de álcool e de fumo, o excesso na alimentação e a vida sedentária começam a princípio produzindo efeitos sem maior significação. Mas o organismo lentamente vai acumulando modificações, primeiramente funcionais, depois orgânicas e, por fim, atingindo certo patamar, surge uma doença não mais reversível.

É o que está ocorrendo com a Terra. A "colônia" humana em relação ao organismo-Terra está se comportando como um grupo de células que, num dado momento, começa a se replicar caoticamente, a invadir os tecidos circundantes, a produzir substâncias tóxicas que acaba por envenenar todo o organismo. Nós fizemos isso, ocupando 83% do planeta.


O sistema econômico e produtivo se desenvolveu já há três séculos sem tomar em conta sua compatibilidade com o sistema ecológico. Hoje nos damos conta de que ecologia e modo industrialista de produção que implica o saque desertificante da natureza são contraditórios. Ou mudamos ou chegaremos à Samarra, onde nos espera algo sinistro.

A Terra como um todo é a fronteira. Ela coloca em crise os atuais modos de produção que sacrificam o capital natural e as formações sociais construídas sobre o consumismo, o desperdício, o mau trato dos rejeitos e a exclusão social. Três problemas básicos nos afligem: a alimentação que inclui a água potável, as fontes de energia e a superpopulação. Para cada um destes problemas não temos soluções globais à vista. E o tempo do relógio corrre contra nós. Agora é o momento de crise coletiva que nos obriga a pensar, a madurar e a tomar decisões de vida ou de morte.


quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Vamos reagir contra os desmandos de Yeda

Chegou o momento da reação contra os desmandos patrocionados pelo (des) governo de Yeda Crusis no Rio Grande do Sul. O desmonte do Estado está em curso e é necessário puxar um freio para que não sejamos entregues definitivamente na mão de aventureiros. Esse processo foi gestado no Governo Britto e suspenso nas gestões anteriores - Olívio Dutra e Germano Rigotto -, mas agora é retomado com todo o vigor pela governadora. A oposição começou a reagir na terça-feira, durante 1º Seminário em Defesa dos serviços Públicos, realizado na Assembléia Legislativa, em Porto Alegre, quando as pautas preferenciais foram a articulação de uma rede estadual em defesa dos serviços públicos e o lançamento da 12ª Marcha dos Sem, que acontece no dia 23 de novembro.
O evento foi organizado por 24 sindicatos e pela Frente Parlamentar em Defesa dos Serviços Públicos e foi condenada condena a política do governo estadual responsável pela venda de ações do Banrisul, pelo desmonte da Emater e pelo corte de 30% no custeio da máquina pública envolvendo áreas relevantes como saúde, educação e segurança. Além disso, é visível a intenção da governadora de alterar as estruturas da TVE, do Theatro São Pedro, da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA) e da Procergs, além de outras fundações.
Em marcha, companheiros!
Não podemos deixar este trem do desmonte nos trilhos.
Fraco, o Estado entrará em coma irreversível.

Que a marcha dos 100 mil em 1968 (em plena ditadura militar) no Rio de Janeiro, exibida na foto acima, sirva de exemplo para todos.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O mel e a felicidade

"Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colméia por medo das picadas das abelhas".

Recebi esta mensagem em meu celular hoje pela manhã. Desconheço a autoria, mas a remetente é uma amiga querida que me conhece muito bem. Pensei, refleti e viajei pelas fronteiras da vida. Muitas vezes ficamos esperando que a felicidade venha até nós, sem nos movimentarmos para alcançá-la, especialmente se os caminhos são tortuosos e espinhosos. Não estamos nesta vida para receber tudo de graça. Tudo tem um preço, que nem sempre estamos dispostos a pagar.
No caso do mel, vale a picada das abelhas.
No caso da felicidade, vale uma escorregada.
O que não serve é nos afastarmos da colméia ou permanecermos estirados ao chão.
Para termos direito ao mel e à felicidade.

domingo, 23 de setembro de 2007

Uma grande comemoração dos jornalistas gaúchos

Noite chuvosa em Porto Alegre, noite para comemorarmos os 65 anos do nosso Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS. Os colegas e convidados foram chegando aos poucos no clube Caixeiros Viajantes neste sábado, 22 de setembro. Nos olhos, exibiam a curiosidade do que iriam encontrar. E quem iriam rever. Foi emocionante. A homenagem a 42 profissionais gaúchos - ex-presidentes e profissionais que fizeram história no jornalismo gaúcho - proporcionou grandes momentos a ponto de confundir o cerimonial. Pessoas que não se viam nos últimos 20 ou 30 anos percorriam as mesas para abraçar companheiros com quem dividiram espaço nas redações gaúchas. Os troféus entregues e a história de cada um publicada nas páginas do jornal Versão dos Jornalistas foram uma justa homenagem de um sindicato que sempre pautou sua atuação pela luta em defesa de uma categoria que hoje já supera mais de 12 mil profissionais no RS. Tenho orgulho de participar desta história. Na foto de Luiz Abreu, ex-presidentes e familiares comemoram.

sábado, 22 de setembro de 2007

É hoje a nossa festa. Parabéns, meu sindicato!

Amigos gaúchos, participem desta festa. Hoje, quarenta e dois jornalistas serão homenageados durante as comemorações dos 65 anos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS. Destes, 19 são ex-presidentes e 22 são profissionais com idade igual ou superior ao do Sindicato. Com orgulho, estou no grupo de ex-presidentes..
A cerimônia ocorre à noite no Clube dos Caixeiros Viajantes, na rua Dona Laura, 646, Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Entre as atrações, o debate 'O papel da Imprensa em momentos de crise política', a cargo do ex-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas e atual membro da Comissão de Ética da entidade, Armando Rollemberg, e convidados. A homenagem ocorre durante jantar, seguida de show com jornalistas músicos, que inclusive participam do CD produzido pelo Sindicato, entregue a todos os presentes. Estão confirmadas as presenças de Nelson Coelho de Castro, Nando Gross, Renato Mendonça e Terence Veras.
Durante a noite, circulará edição histórica do jornal Versão dos Jornalistas, contando a trajetória da entidade, na visão da maioria dos homenageados. Os ingressos estão à venda ao preço de R$ 15, para sócios em dia, e R$ 20 para não-sócios, na sede da entidade, com os integrantes da diretoria ou no local.

Quero vê-los lá. Até.....

Volta de Cacciola mete medo em muita gente

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Atentado a jornalista: Fenaj cobra ação de empresas

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifesta seu veemente repúdio ao atentado contra o repórter Amauri Ribeiro Júnior, do jornal Correio Braziliense, baleado na Cidade Ocidental na tarde de ontem (19/09), em Brasília. Na oportunidade que expressa solidariedade à vítima, seus familiares e colegas de redação, exige das autoridades imediata e rigorosa apuração do ocorrido, com punição exemplar dos responsáveis por mais esse ato bárbaro contra o jornalismo, a imprensa como instituição e o direito constitucional de livre informação.
Amauri estava trabalhando numa série de reportagens sobre a violência no entorno de Brasília. Há fortes indícios de crime de mando. Por isso é fundamental a prisão do autor do disparo e, principalmente, a identificação e punição, com os rigores da lei, do possível mandante.
Preocupa a Fenaj e seus sindicatos filiados a freqüência com que casos semelhantes têm ocorrido no Brasil, especialmente em regiões de alta densidade urbana, como São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, DF ou em áreas de conflito pela posse da terra, como no Pará e Maranhão. Os relatórios produzidos anualmente pela FENAJ demonstram que a mesma violência que atinge diariamente milhares de cidadãos brasileiros também faz vítimas, às vezes fatais, entre os profissionais da imprensa. Por essa razão, a Federação e Sindicatos têm reivindicado a adoção, por parte das empresas de comunicação, de medidas que garantam a proteção, saúde e a vida dos jornalistas e demais integrantes das equipes de reportagens em coberturas que envolvam riscos.
A Diretoria da FENAJ soma-se à iniciativa do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal de propor a realização de seminário sobre a segurança da profissão de jornalista em Brasília e nas cidades satélites, envolvendo o sindicato patronal e a Secretaria de Segurança do DF.

Exposição mostra as riquezas do Lami


A Zona Sul de Porto Alegre é um mundo à parte em relação ao centrão da Capital gaúcha. Quem já teve a oportunidade de visitar regiões como Belém Novo, Belém Velho, Lami e Itapuã, voltou de lá fascinado. A flora e a fauna destes locais são de uma beleza exuberante. Por isso, é oportuna a Exposição Fotográfica Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger, do fotógrafo Ricardo Stricher, que começa hoje no Shopping Iguatemi e vai até o dia 30. Veja ao lado o cartaz da divulgação, que recebi e repasso com muito gosto. Chega lá, tchê. Na exposição e depois no Lami e arredores...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Jornalismo ambiental: congresso tem inscrições com desconto

Termina amanhã (21 de setembro) o desconto para inscrições antecipadas ao 2º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, que ocorre de 10 a 12 de outubro, na capital gaúcha.
Para profissionais, o valor é de R$ 100 e para estudantes, R$ 50. Após 21 de setembro, os valores passam para R$ 120 e R$ 70, respectivamente. As inscrições devem ser feitas pelo site www.cjba2007.com.br até 5 de outubro. Após essa data, apenas no local do evento. Informações podem ser obtidas pelo e-mail 2cbj2@cemcerimonia.com.br e pelo tel. (51) 3362 2323.
Com o tema "Aquecimento Global: Um Desafio para a Mídia", o Congresso terá sede no complexo do Salão de Atos da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Av. Paulo Gama, 110, Centro). Serão cinco conferências, cinco painéis, oficinas, mostra de vídeos e reportagens ambientais seguida de debates, apresentação de trabalhos acadêmicos, plenária da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental e encontros paralelos.
Haverá também um debate sobre Atualidade e Perspectivas da RedCalc – Rede de Comunicação Ambiental da América Latina e do Caribe -, com a participação de jornalistas do México, Panamá, Cuba e Uruguai, entre outros países. A realização é do Núcleo de Ecojornalistas do Rio
Grande do Sul – NEJRS e da EcoAgência de Notícias (www.ecoagencia.com.br), com patrocínio BR - Petrobras, Correios, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, CentroEstadual de Vigilância em Saúde, Coza, CPRM - Serviço Geológico do Brasil e Ministério do Meio Ambiente e apoio da UFRGS, Fenaj, Sindicato dos Jornalistas do RS, ARI e Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Comemore os 65 anos do Sindicato dos Jornalistas/RS

Amigos gaúchos, participem desta festa. Quarenta e dois jornalistas serão homenageados durante as comemorações dos 65 anos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS no próximo sábado, dia 22 de setembro. Destes, 19 são ex-presidentes e 22 são profissionais com idade igual ou superior ao do Sindicato. Mais de 400 jornalistas e convidados são esperados para esta confraternização.
A cerimônia ocorre no Clube dos Caixeiros Viajantes, na rua Dona Laura, 646, Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Entre as atrações, o debate 'O papel da Imprensa em momentos de crise política', a cargo do ex-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas e atual membro da Comissão de Ética da entidade, Armando Rollemberg, e convidados. A homenagem ocorre durante jantar, seguida de show com jornalistas músicos, que inclusive participam do CD produzido pelo Sindicato, entregue a todos os presentes. Estão confirmadas as presenças de Nelson Coelho de Castro, Nando Gross, Renato Mendonça e Terence Veras.
Durante a noite, circulará edição histórica do jornal Versão dos Jornalistas, contando a trajetória da entidade, na visão da maioria dos homenageados. Os ingressos estão à venda ao preço de R$ 15, para sócios em dia, e R$ 20 para não-sócios, na sede da entidade e com os integrantes da diretoria. Confira abaixo a relação dos homenageados.

Ex-presidentes

Arlindo Pasqualini
Darcy Varnieri Ribeiro
Adail Borges Fortes
João Bergmann
Adil Borges Fortes
Firmino Bimbi
Cícero Soares
Lucídio Castelo Branco
Antônio Carlos Porto
Antônio Gonzales
João Borges de Souza
Antônio Oliveira
Lauro Hagemann
Remi Baldasso
Vera Spolidoro
Celso Schröder
Renato Dorneles
Jorge Correa
José Carlos Torves

In memoriam

João Baptista Aveline

Jornalistas homenageados

Ademar Vargas de Freitas
Affonso Ritter
Alceu Feijó
Anibal Bendati
Carlos Alberto Kolecza
Carlos Bastos
Celito De Grandi
Darci Demétrio
Dirceu Chirivino Gomes
Ema Reginatto Belmonte
Ercy Torma
Isnar Ruas
Ivete Brandalise
João Batista Marçal
Jorge Mendes
Lauro Quadros
Luiz Arnim Schuch
Luiz Pilla Vares
Raul Quevedo
Renato Gianuca
Ronny Blas
Tânia Carvalho

domingo, 16 de setembro de 2007

Venda de Fernandão é coisa de empresário

Todos sabemos que os empresários que rondam os estádios incomodam a vida dos jogadores e dos clubes. É isso que está acontecendo com o Fernandão. Bastou o Nilmar ser contratado com salário de aproximadamente R$ 170 mil para que o agente do nosso capitão crescesse o olho. Não importa que o Inter pagará apenas metade do salário do jogador que está retornando. Resultado: o empresário do Fernandão resolveu "plantar" a informação da venda para o Sevilha, da Espanha, para pressionar o Inter a equilibrar os dois salários. O objetivo é forçar o clube a achar um investidor para também bancar a diferença, como está acontecendo com o Nilmar. Esse é o jogo sujo que, infelizmente, domina o nosso futebol.

Olha a Primavera chegando...

Acordei cedo neste domingo, abri a janela da sala, ouvi o canto dos pássaros e vi a cor da Primavera na minha frente. Resolvi captar a imagem para dividir com vocês o momento. A estação Primavera ainda não chegou - iniciará às 6h51min do dia 23 de setembro, no próximo domingo -, mas nas ruas, nos parques e nas residências de minha Porto Alegre as suas cores já estão exuberantes. Vermelha, verde, rosa, roxa... Em frente à minha janela é amarela. Que beleza!

sábado, 15 de setembro de 2007

Recomeçar

Não importa onde você parou…
Em que momento da vida você cansou…
O que importa é que sempre é possível recomeçar...
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
É renovar as esperanças na vida e, o mais importante acreditar em você de novo...
Sofreu muito neste período? Foi aprendizado…
Chorou muito? Foi limpeza da alma…
Ficou c om raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia…
Sentiu-se só diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos…
Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora…
Onde você quer chegar? Ir alto?
Sonhe alto... Queira o melhor do melhor...
Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos…
Mas se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida...
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.

Carlos D. de Andrade

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Calheiros sim, mas como ficam FHC e os outros?

Companheiros, a opinião nacional, alimentada pela mídia, já escolheu o seu canalha, ladrão e corrupto da vez, mesmo antes que a Justiça o incrimine. Nunca fui partidário ou simpatizei com o senador Renan Calheiros, antigo servil de Collor. Defendo sim a sua cassação.
No entanto, a mesma mídia que está jogando pesado com o pai da filha da Mônica esquece do filho do FHC com a jornalista Miriam Dutra.
Tomás Dutra Schmidt, o tal guri, nasceu no dia 26 de setembro de 1991, quando FHC era senador pelo PSDB-SP, e Miriam atuava como correspondente do Jornal Nacional em Brasília. Anos depois, para abafar o escândalo, a repórter foi "exilada" na Europa à custa da TV Globo. Viveu confortavelmente com o filho e uma irmã, sobretudo em Barcelona, onde moraram num dos mais luxuosos bairros espanhóis.
No último dia 6, Miriam voltou ao Brasil.
A mídia é que, até agora, não se fez a pergunta-chave: por que sempre tratou o filho caçula de FHC como um assunto pessoal, sem relevância jornalística? Ou seja, a imprensa brasileira está moralmente obrigada a fazer um 'mea culpa' no caso do filho adulterino do ex-presidente FHC.
Mais: pelo menos cinco senadores do PSDB e um do DEM respondem por processos na Justiça. Vamos acompanhar abaixo como funcionar o esquema:

PSDB

Eduardo Azeredo
(PSDB-MG)
INVESTIGADO: em inquérito no STF por suposto benefício ao empresário Marcos Valério, quando governador de Minas Gerais
DEFESA: Afirma que não houve benefício às agências de Valério

Marconi Perillo
(PSDB-GO)
INVESTIGADO: por fraude em licitação e corrupção ativa e passiva no Supremo Tribunal Federal (STF). Responde a processo eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás por irregularidades em gastos de campanha
DEFESA: Diz que pediu a apuração do caso de fraude e abriu seu sigilo bancário. No caso eleitoral, atribui a denúncia a adversários

Lúcia Vânia
(PSDB-GO)
RESPONDE: a processo por peculato no Supremo Tribunal Federal
DEFESA: Atribui as acusações à disputa eleitoral em Goiás

Flexa Ribeiro
(PSDB-PA)
RESPONDE: a processo no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de receber irregularmente R$ 20 milhões do governo do Pará por intermédio de sua empreiteira, a Engeplan. Responde a outro processo por fraude em licitação no Amapá
DEFESA: A assessoria jurídica do senador nega seu envolvimento nos dois crimes

Cícero Lucena
(PSDB-PB)
RESPONDE: a processo por crime contra a administração pública (organização criminosa responsável por desvio de verbas) e por irregularidade em licitação. Enfrenta também recurso no Tribunal Superior Eleitoral contra sua diplomação. Em 2005, Lucena foi preso pela Polícia Federal, acusado de comandar um esquema de fraude em licitações que desviou cerca de R$ 100 milhões
DEFESA: O senador não respondeu

DEM

Jayme Campos
(DEM-MT)
CONDENADO: pelo Tribunal de Justiça de MT por gastos irregulares com publicidade
DEFESA: De acordo com sua assessoria, não houve gasto irregular. Ele recorre no Supremo Tribunal Federal

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Pausa, por favor

Muito trabalho, muita luta pela frente.
Mas vale a pena a pausa que dou no blog porque participo da organização das comemorações dos 65 anos do meu sindicato. Estou com toda a corta toda e não a largarei tão cedo. Quem me conhece, sabe que voltarei a postar com a assiduidade de sempre em poucos dias. Falta pouco ...

Imprensa vira partido político

Vale a pena lermos no blog do Paulo Henrique Amorim para sabermos o que está por trás do que estamos lendo na imprensa conservadora:


Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil.
- A imprensa no Brasil é um partido político. É o que diz o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos
- A imprensa no Brasil se considera indestrutível porque ela resiste à democratização, à republicanização do Brasil.
- Os militares brasileiros hoje se submetem mais à lei do que a imprensa.
Para Wanderley Guilherme dos Santos, restou à imprensa brasileira ter a capacidade de gerar crises, instabilidade política.
No Governo Lula, a imprensa pratica o “quanto pior melhor”, que, antes, atribuía à esquerda: ela combate políticas que, sabe, são benéficas ao país, mas não tolera que sejam praticadas por um líder comprometido com as classes populares.

Leia mais em no blog do Paulo Henrique Amorim:
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/454501-455000/454586/454586_1.html

terça-feira, 11 de setembro de 2007

A emoção de contar histórias

Amigos, nos últimos dias estou me dedicando a entrevistar e escrever histórias dos colegas que serão homenageados nos 65 anos do Sindicato dos Jornalistas no dia 22 de setembro. Todos começaram entre o final dos anos 50 e início de 60 e têm história bonitas e tristes de um momento difícil da vida nacional, a ditadura militar. Todos sobreviveram e tornaram-se profissionais reconhecidos.
Está difícil condensar porque o material colhido é vasto e valioso. Enquanto escrevo, me emociono. Primeiro, por aumentar o meu orgulhoso de ser jornalista. Segundo, por ter a oportunidade de contar estas histórias de vida. Isso emociona, meus amigos. Hoje, começaremos a edição do jornal Versão dos Jornalistas, que circulará no dia 22 e contará com trabalhos de outros colegas da Direção do Sindicato.
Esperamos todos - jornalistas ou não - na homenagem do dia 22, no Caixeiros Viajantes, em Porto Alegre, que contará ainda com distribuição de CD com músicos jornalistas, debate, show, jantar e baile.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O que a Veja não diz: venda da TVA faz de Civita 'laranja' da Telefônica

O caso Veja/Telefônica é analisado com precisão no Blog do Mello que vale a pena repassá-lo a vocês:

O que a Veja diz: a venda da TVA foi aprovada pela Anatel.

O que a Veja esconde: a venda foi aprovada por três votos a dois, mas "com ressalva relacionada aos serviços da TVA em São Paulo".

E qual é essa ressalva? O relatório do conselheiro da Anatel Plínio de Aguiar Júnior explica. Plínio votou contra a negociação por considerá-la ilegal e pediu que seu voto fosse tornado público pelo site da Anatel ( Clique aqui para ler o relatório do conselheiro ).

Em seu relatório, Plínio afirma que a transação viola a Lei do Cabo (Lei nº 8.977, de 6 e janeiro de 1995).

Resumidamente, o relatório afirma o seguinte: na fachada, o controle ficaria nas mãos de Civita (Grupo Abril), mas as decisões tomadas (segundo o contrato) deveriam apenas confirmar o que ficasse estabelecido em uma "Reunião Prévia", em que todos teriam direito a voto – o que tornaria, na prática, Civita um laranja da Telefônica, que tem 86,7% do capital total da Comercial Cabo e 91,5% da TVA Sul.

Por isso, o conselheiro da Anatel Plínio de Aguiar Júnior votou contra a aprovação da transação:

"O artigo 7º da Lei nº 8.977, de 6 e janeiro de 1995 (Lei do Serviço de TV a cabo) não estaria sendo observado, uma vez que o seu objeto é assegurar que as decisões em concessionárias de TV a Cabo sejam tomadas exclusivamente por brasileiros, o que não ocorrerá no presente caso".

É isso que a CPI da TVA quer investigar. E a Abril, através da Veja, não quer que seja investigado.

E não esqueça de visitar o Blog do Mello:

http://blogdomello.blogspot.com/



Sonegação de impostos chega a 30%

A sonegação de impostos no País tem quase a mesma proporção da carga tributária. Para uma carga que beira os 35% do Produto Interno Bruto (PIB), a sonegação é da ordem de 30%. A projeção é do professor de finanças públicas licenciado da Universidade de São Paulo e presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial - Etco, André Franco Montoro Filho.
Para chegar a essa conclusão, ele considerou informações de cinco setores que integram o instituto - combustíveis, fumo, medicamentos, bebidas e tecnologia - e projetou os dados para a economia. Nesses setores, a sonegação chega a 30%.
Se o País acabasse com a sonegação, diz Montoro Filho, a carga tributária poderia subir de 35% para 50% do PIB. Com isso, argumenta, seria possível reduzir as alíquotas dos impostos em 20%, em média. Mesmo assim, a carga seria de 40% do PIB, maior que atual. “Todos pagariam menos imposto individualmente e o governo arrecadaria mais.”

Leia mais no site Uai, matéria da Agência Estado

Ao contrário do que dizem vários economistas dos principais veículos de comunicação, a carga tributária ainda está baixa, apesar das pessoas individualmente estarem pagando mais impostos do que deveriam. E quem diz isso é o insuspeito André Franco Montoro Filho!
Tudo isso por causa da sonegação em larga escala. Muita gente é contra a CPMF porque não dá para sonegar, é taxada na fonte, na movimentação do dinheiro.
Se acabarmos com a sonegação, o governo arrecadará mais e terá mais recursos para alocar em investimentos de infra-estrutura de transportes, que é o que o governo e a sociedade brasileira querem.

Leia outras matérias interessantes no blog Logística e Transportes:
http://logisticaetransportes.blogspot.com/

O encanto das mensagens, acompanhado de belas imagens


Descobri num site na internet uma série de cartões virtuais belíssimos. São citações variadas acompanhadas de imagens maravilhosas. Bom para a alma, excelente para os olhos! Divido com vocês um deles e os convido a visitarem o portal.

http://www.ogrupo.org.br/cartao.asp

domingo, 9 de setembro de 2007

Literatura em evidência

Recebo recado do amigo Landro Oviedo, professor de português, e acho importante repassá-lo. Para quem não sabe, no site www.dominiopublico.gov.br é possível encontrar todos os autores fundamentais da literatura brasileira e muitos outros. O portal é uma biblioteca virtual desenvolvida em software livre lançado em novembro de 2004 , com um acervo inicial de 500 obras. Vale a pena visitá-lo.

Goleada colorada ...



O Internacional fez aquilo que eu esperava ontem no Beira-Rio. Com boa atuação da maioria dos jogadores, goleou o Flamengo por 3 x0 e subiu para a oitava posição, sem contar com os jogos de hoje. Foi um belo treino antes do Gre-Nal do próximo domingo na casa do adversário da Azenha. Não foi apenas o resultado que me agradou. O atacante Gil, que estreava, teve uma boa atuação. E Fernandão, de volta após mais de 100 dias parado, se movimentou, deu passes, cabeceou e mostrou que está recuperado da lesão. Além disso, confirmaram minhas expectativas o argentino Guiñazu (guerreiro atrás e de boa assistência na frente), o guri Roger (marcou o seu primeiro gol e manteve o bom futebol que lhe garantiu a titularidade), o Sidnei, o Granja (na foto de Alexandre Lops, vibra com os companheiros), o Alex, o Monteiro e o Edinho. Aliás, poderia relacionar todos. Que venha o Grêmio!

sábado, 8 de setembro de 2007

Fernandão: a liderança volta ao Inter


A voz que "incendiou" o vestiário, elevando o brio dos jogadores colorados em dezembro de 2006 no Japão, está de volta. Os centenas de torcedores que foram ao Beira-Rio ontem à tarde, assistir ao treino do Inter, presenciaram o capitão Fernandão conversar, apontar o melhor caminho e "gritar" com companheiros (a foto de Alexandre Lops no site do Inter, reproduzida aqui, diz tudo). Como no inesquecível 17 de dezembro, quando nos tornamos campeões do Mundo, pode ser este o prenúncio de uma nova vitória rubra. Desta vez, será o momento de passar pelo Flamengo, neste sábado, para avançar na tabela. Não esperem o capitão na sua melhor forma física, mas contem com a sua liderança, essencial para o Inter neste momento. A ausência do jogador por mais de 100 dias foi, certamente, uma das razões pelo mal desempenho do time no atual Brasileirão. Vamos, Inter! Eu estarei lá te apoiando.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Boa notícia: exercício do jornalismo exige diploma

Para o reconhecimento da condição de jornalista, é necessário que o trabalhador comprove o preenchimento das formalidades legais que a profissão exige para seu desempenho: o prévio registro no órgão regional do Ministério do Trabalho e o diploma do curso superior de Jornalismo ou de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Seguindo este entendimento, a Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou (não conheceu) recurso de revista de uma ex-empregada da produtora X-Virtual S/A que pedia reconhecimento de vínculo de emprego na condição de jornalista. O relator da matéria foi o ministro Carlos Alberto Reis de Paula.

A empregada foi admitida em abril de 2002 como jornalista, mas, segundo informou na inicial, não houve anotação na carteira de trabalho. Recebia os salários por meio de nota fiscal, embora, conforme alegou, não possuísse empresa constituída ou inscrição como autônoma: o pagamento era efetuado por meio de uma segunda empresa, procedimento adotado também em relação a outros empregados, que recebiam por empresas diversas. Em fevereiro de 2004, a produtora deixou de efetuar os pagamentos, alegando falta de condições financeiras.
Ainda conforme narrado na inicial, a empregada atuava como repórter e editora de alguns programas e, nessa condição, afirmou ser responsável pelo roteiro de programas de viagem veiculados na Net, operadora de TV a cabo, desde a redação até a edição final, passando pelas demais etapas da produção. Na reclamação, pediu o reconhecimento de vínculo, a aplicação de reajustes salariais referentes aos jornalistas, horas extras além da quinta diária (uma vez que a legislação prevê, para os jornalistas, jornada de cinco horas), indenização por danos morais pelo uso indevido de sua imagem em material promocional e rescisão indireta do contrato de trabalho.

Leia mais no site do Sindicato dos Jornalistas/RS:
http://www.jornalistas-rs.org.br

Pavarotti vive!














Ainda triste com a morte do gigante Luciano Pavarotti na madrugada de ontem, consigo ressuscitá-lo na minha memória ouvindo parte de sua obra. Enquanto escrevo, ouço O Sole Mio, Passione, Mamma, Ave Maria, Volare, Panis Angelicus - algumas das grandes interpretações deste italiano de voz robusta, ressonante e reconhecível. E leio no Terra que o tenor de 71 anos teria deixado, na página principal de seu site, a última frase antes de morrer, em italiano e inglês:

"Penso que uma vida pela música é uma vida bem vivida, e foi a isto que me dediquei".

De fato, um dos maiores tenores de todos os tempos viveu em torno da música como poucos. E emocionou multidões ao redor do mundo, algo inimaginável para um artista clássico. Ou seja, ao lado dos espanhóis Plácido Domingos e José Carreras (na foto da AFP, os três em concerto memorável), tornou popular a ópera, espetáculo antes limitado a poucos. Foi criticado pelos puristas, mas nunca se incomodou com isso e seguiu exibindo seu vozeirão privilegiado em teatros e estádios de futebol, como o Beira-Rio, em Porto Alegre, em 1998. Ao lado de Roberto Carlos, cantou para mais de 50 mil pessoas. Quem foi, retornou emocionado de lá. Até hoje sinto culpa por não ter ido ao espetáculo por causa de um capricho bobo.
Restam agora os CDs, como Os Três Tenores In Concert, The Christimas Concert e Turandot, que guardo com especial carinho para ouvi-los hoje e sempre. Pavarotti vive!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Brasil reduz extrema pobreza pela metade, diz ONU

Relatório da ONU indica que Brasil já cumpriu importantes Objetivos do Milênio
Relatório produzido pelo governo federal, em parceria com a ONU (Organização das Nações Unidas), revela que o Brasil já cumpriu algumas das mais importantes metas acordadas entre 189 países durante a Cúpula do Milênio, realizada em 2000.
Uma das mais significativas foi a redução pela metade da extrema pobreza no País. Isso significa que, entre 1990 e 2005, 4,7 milhões de brasileiros deixaram essa condição. Houve ainda avanços expressivos em todos os oito Objetivos do Milênio fixados para serem alcançados até 2015, como a erradicação da fome, a promoção da igualdade entre os sexos, a redução da mortalidade na infância, o alcance do ensino primário universal etc.
As metas estabelecidas pelos oito Objetivos do Milênio, nas quais o País apresentou significativa melhora, dizem também respeito a temas como a erradicação da fome, a promoção da igualdade entre os sexos, a redução da mortalidade na infância, o enfrentamento de doenças como a AIDS e a malária, a universalização do ensino fundamental e a sustentabilidade ambiental.

Leia mais em:

http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=3215

Os homenageados nos 65 anos do Sindicato do Jornalistas/RS

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul já escolheu os colegas que serão homenageados durante o jantar-baile comemorativo aos 65 anos da entidade, marcado para o próximo dia 22. Depois de minuciosa pesquisa em seu arquivo de associados, o sindicato selecionou 22 profissionais que representam todos os segmentos da categoria, como reportagem, colunismo, fotografia e arquivo, rádio, televisão e assessoria.
A cerimônia será no clube Caixeiros Viajantes (Rua Dona Laura, 646 - Moinhos de Vento). Entre as atrações da festa, estão um show com músicos jornalistas e uma conferência sobre o tema ‘O papel da Imprensa em momentos de crise política’, com o ex-presidente da Fenaj, Armando Rollemberg, e convidados. Também haverá homenagem a ex-presidentes do sindicato e ao jornalista e ex-vice-presidente da entidade, João Aveline, falecido no ano passado.
Os ingressos estão à venda por R$ 15 para sócios em dia e R$ 20 para não-sócios, na sede da entidade e com integrantes da diretoria. O convite dá direito a um CD que reúne faixas de jornalistas, como Nelson Coelho de Castro, Nando Gross, Arthur de Faria, Gustavo Telles, Jimi Joe, Renato Martins e Renato Mendonça, que ferão apresentação ao vivo.

Homenageados, em ordem alfabética


- Ademar Vargas de Freitas
- Affonso Ritter
- Alceu Feijó
- Anibal Bendati
- Carlos Alberto Kolecza
- Carlos Bastos
- Celito de Grandi
- Darci Demétrio
- Dirceu Chirivino Gomes
- Ema Belmonte
- Ercy Torma
- Isnar Ruas
- Ivette Brandalise
- João Batista Marçal
- Jorge Mendes
- Lauro Quadros
- Luiz Armin Schuch
- Luiz Pilla Vares
- Raul Quevedo
- Renato Gianuca
- Ronny Blass
- Tânia Carvalho

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Como funcionam os blogueiros ligados à grande mídia

Um leitor do Blog de Mirian Leitão, Edinho Kunzler, mandou um post no dia 30 de agosto, abordando dois assuntos pertinentes: a comparação da cobertura midiática em relação aos filhos de Renan Calheiros e de Fernando Henrique Cardoso fora do casamento, e a questão da venda da Companhia Vale do Rio Doce por uma míseros tostões. Pediu resposta. Outros leitores seguiram seu raciocínio. No dia 5 de setembro, o Edinho estava novamente lá pedindo uma resposta. Que certamente não veio. Vale a pena acompanhar o esforço - em vão - do leitor.

Edinho Carlos Kunzler - 30 Agosto, 2007

A internet traz para as pessoas inúmeras vantagens que a televisão sequer sonha em disponibilizar. Cito duas, que na minha opinião, são arrebatadoras: a possibilidade de questionar os fatos, as versões, os jornalistas e os próprios meios de comunicação; a possibilidade de se buscar outras versões para os fatos que não sejam apenas a “grande verdade” que a televisão, os jornais e as revistas tentam nos empurrar goela a baixo diariamente e/ou semanalmente.
Dito isso, gostaria que a senhora Miriam Leitão aproveitasse o espaço democrático da internet e expressasse sua opinião sobre três assuntos. Listo-os:
1º - Creio que todos sejamos a favor da cassação do mandato do senador Renan Calheiros, não só pelos crimes cometidos, mas pela representatividade de sua imagem como um dos modelos ainda existentes da velha politicalha que se pratica no país. Contudo, o que se tem como maior prova, é o “financiamento” indevido de seu filho com uma jornalista (que se aceitou o dinheiro de fonte indevida e sabia de tal fato também é criminosa, então, por que não julgá-la?). Porém, lá pelos idos de 1994 um candidato à presidência também deu sua pulada de cerca e, justamente, com uma jornalista. Consta que mãe e filho foram enviados à Europa e sustentados por uma empresa privada de modo que não se criassem motivos para desestabilizar o governo deste senhor. A pergunta: não são casos idênticos? Então, por que não julgar (e expor) também o caso deste ex-candidato/ex-presidente?
2º - Em setembro ocorrerá um plebiscito questionando a validade do leilão da Companhia Vale do Rio Doce. Ocorre que, no edital do leilão (em 1999), literalmente sumiram mais de 9 bilhões de toneladas de minério de ferro de suas reservas (estimadas em mais de 12 bilhões de toneladas pela própria empresa em documento encaminhado à Securities and Exchange Commission em 1995). O presidente daquele período, é réu no processo de nº 1999.39.00.007303-9, acusado de dilacerar o patrimônio público. Pergunta: como a senhora vê tal acusação e este sumiço de grande parte do patrimônio da empresa? Faltou competência do governo, ou houve má fé?
3º - No final do seu mandato (em 2001), o antecessor de Lula, assinou um decreto ampliando o foro privilegiado para ex-ocupantes da cadeira do executivo. Todos sabemos que o maior instrumento da impunidade, no Brasil, é o foro privilegiado. Pergunta: como a senhora interpreta a ampliação de tal prerrogativa em benefício próprio do presidente daquele período e será que existe alguma relação com os casos anteriores?
Aguardo respostas ansiosamente.
Abraços, Edinho.

Juscelino Corrêa - 30 Agosto, 2007

Também, pegando uma carona com o Edinho. Por quê Fernando Henrique também não foi julgado por crime de ética quando dentro Palácio do Planalto, ou seja, dentro dem orgão público e uma pessoa pública, chamou eu você e toda nação de tupiniquins sem cultura?

Respostas que não calam: Será que ainda há esses paradigmas de quando tem um presidente que tabalha para o social tem que persegui-lo de todas formas?

Abraços

Laura - 31 Agosto, 2007

Mandou bem Edinho Carlos,
ela vai fingir que não leu, tenho certeza, mas a gente tá sabendo que no fundo, no fundo ela vai ficar incomodada rss
Essa mulher não presta como profissional.

Edinho - 5 Setembro, 2007

Santa Maria, RS, 04 de setembro de 2007 (já se passaram 5 dias)… respostas???

Edinho - 5 Setembro, 2007

À propósito!
O QUE é, PARA QUE, e PARA QUEM serve a liberdade de imprensa?
Para os donos dos meios de comunicação falarem aos quatro ventos O QUE querem, COMO querem e contra (ou a favor) DE QUEM querem?
Ou é a liberdade dos leitores/ouvinte/telespectadores em ter acesso às várias versões sobre os fatos (só lembrando que ninguém é dono da verdade factual; cada um tem a sua versão e a mídia brasileira, com raríssimas exceções, é especialista em misturar fato com opinião e vender como verdade factual, sempre apoiada na tal imparcialidade - seria herança da imparcialidade do planejamento político do regime militar?)?
E, por que a função de jornalista não tem regulamentação? E também não existe um conselho (assim como CREA, por exemplo) de jornalistas, que lute por seus interesses profissionais? Seria por pressão dos patrões?

Resposta deste blogueiro independente ao Edinho:
Sim, não temos ainda um Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ) por pressão das grandes empresas, de seus colunistas e de jornalistas mais graduados. Confundem liberdade de imprensa com liberdade de empresa. Mas nós, jornalistas da planície, continuamos a luta.

Mídia sempre quis governar

O movimento de boa parcela da mídia nos recentes episódios envolvendo o governo brasileiro não é novidade para quem tem memória. Não esqueçamos que, na história da República, isso é rotineiro e parece não ter fim. A imprensa brasileira, conservadora e elitista, tem um lado, é parcial e age de acordo com os seus interesses. Sempre aconselho a leitura de dois livros essenciais e reveladores do papel decisivo da mídia nos destinos do País. Chatô, o Rei do Brasil, de Fernando de Morais, e Notícias do Planalto, de Mario Sergio Conti, são obras que exibem tanto o conchavo de governos com a imprensa como o papel desta na derrubada de presidentes. Foi assim com Getúlio Vargas, com Juscelino Kubitschek e com Jango Goulart (na foto, em comício na Central do Brasil, um de seus últimos atos antes do golpe militar). E até com Fernando Collor de Mello, endeusado quando necessário e demonizado no momento em que não servia mais. O povo já estava nas ruas.
A grande imprensa é controlada por meia dúzia de famílias "tradicionais". Foi assim no passado, é no presente e será no futuro, se não houver a necessária democratização dos meios de comunicação. Fazem décadas que a imprensa de São Paulo é controlada pelas famílias Frias, Mesquita e Civita, e a do Rio, pela família Marinho. Mandam e desmandam, elegem e derrubam governantes. Apoiaram ostensivamente o golpe militar de 64, responsável por atrocidades, centenas de mortos e desaparecidos, muita dor...
Mas o inusitado aconteceu em 2002, quando o eleito não fora ungido nos gabinetes dos barões da mídia. Lula, um operário e não um doutor, desafiou o domínio do poderosos e não encontrou mais paz. Voltou em 2006 numa campanha em que o bordão "deixem o homem trabalhar" tinha o endereço certo. Não adiantou: novamente, a mídia avança e ataca com o objetivo de controlar o pensamento da nação. Nada interessa a não ser a opinião dos donos de grupos empresariais. Liberdade de imprensa? Não, de empresa!

Yeda e a Emater