domingo, 27 de julho de 2008

Para valer

Luis Fernando Verissimo

Zero Hora - 24/07/08

Numa carta ao Estado de S. Paulo o sr. Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira, comentou um texto meu sobre a reforma agrária intitulado 'Injustiça e desordem', publicado aqui há semanas. O sr. Cesário não gostou do texto. Nele eu lamentava a demora de uma reforma agrária para valer no país e o sr. Cesário pergunta: 'Que reforma agrária para valer seria essa que dilapidaria o setor do agronegócio, que segura as contas do país, com efeito multiplicador de gerar riqueza, emprego e renda para a indústria e os serviços?' . Segue dizendo que toda a nação já entendeu que o setor rural é o maior responsável pelo crescimento da economia brasileira, junto com a estabilização da moeda, salvo os que insistem num pensamento 'ideológico' e atrasado sobre a questão - como, suponho, o meu. E recorre a uma analogia curiosa: 'É como voltar ao tempo do Brasil colônia, onde nós, colonizados, não podíamos acumular riqueza porque tudo pertencia à Coroa portuguesa'. Me parece que se a situação colonial evoca alguma coisa é a atual coexistência no Brasil do latifúndio sem proveito social ou econômico e as legiões de banidos da terra, com a Coroa portuguesa no papel do proprietário ausente. Não se quer a dilapidação de negócio algum e sim uma reforma agrária que inclua os milhões de hectares vazios mantidos no Brasil só pelo seu valor patrimonial - uma realidade notória que o sr. Cesário não cita - na cadeia produtiva, com colonização bem feita e bem apoiada.

O sr. Cesário diz que não há exemplo de reforma agrária que deu certo. Eu tenho alguns. Li um relatório da ONU sobre os efeitos dramáticos na cidade de Calcutá, conhecida pela miséria e a extrema degradação urbana, da reforma agrária feita na sua região. Uma reforma agrária radical livrou o Japão de uma estrutura fundiária feudal e teve muito a ver com sua recuperação depois da guerra. A louca corrida para ocupar o Oeste americano não é modelo para nenhum tipo de colonização racional, mas não deu errado. E já que exemplos americanos legitimam qualquer argumento, mesmo os do pensamento 'ideológico', recomendo que se informem sobre o Homestead Act, com o qual o governo dos Estados Unidos lançou, no século 19, o maior programa de distribuição de terra da História. Não surpreende a desinformação sobre reformas agrárias alheias que deram certo, ou só foram frustradas pela reação violenta. Os próprios sucessos da incipiente reforma agrária brasileira são ignorados.

Sobre os assentamentos que estão funcionando em paz, e produzindo, e contribuindo para o efeito multiplicador que o sr. Cesário, muito justamente, exalta, só se tem silêncio. O texto que desagradou ao sr. Cesário foi motivado por uma manifestação, depois atenuada, do Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que equiparava o movimento dos sem-terra à guerrilha e pedia sua dissolução. Diante da flagrante iniqüidade da situação fundiária brasileira, mostravam, como na frase de Goethe, que preferiam a ordem à justiça. A criminalização do movimento dos sem-terra seria a outra face da descriminalização, pela absolvição e o esquecimento, de atos como o massacre de Carajás. Acho que o sr. Cesário e seus pares concordam comigo que a escolha não precisaria ser feita, que ordem ideal seria a que advém da justiça, ou da ausência da injustiça. Mas isso, claro, pressupõe outro Brasil. Talvez outra humanidade.

Lista suja e a panacéia da ética


A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) publicou em seu site – com direito a ampla cobertura midiática — uma lista com dados sobre candidatos a prefeito e vice nas 26 capitais do País que tenham processos na Justiça. A mídia qualificou os 15 candidatos que integram a lista como ''candidatos ficha-suja'', passando para a população a falsa idéia de que todos os políticos citados são ''farinha do mesmo saco'', criminosos e corruptos que não merecem o voto dos eleitores. Não se sabe qual será o resultado prático desta iniciativa, mas desde já ela causa grande polêmica.

A simples divulgação dos dados não é um problema. Afinal, as informações são públicas. O problema reside no uso político que se faz deste tipo de iniciativa. Em São Paulo, por exemplo, os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), auxiliados pela imprensa conservadora, estão deitando e rolando em cima da situação, usando-a para atacar a candidatura da petista Marta Suplicy, que foi incluída na lista por responder a um processo movido por seus adversários políticos da direita.

Não foi sem razão que a coligação de Marta emitiu uma nota de repúdio contra a iniciativa da AMB, qualificando a divulgação da lista como uma medida ''arbitrária, tendenciosa e leviana''. A nota ressalta que a lista ''prejudica uma candidatura idônea, que não tem nenhuma condenação em nenhuma última instância'' e sugere que a AMB tomou a iniciativa movida por interesses políticos.

Além de política, a iniciativa é também injusta, pois inclui na lista, por exemplo, candidatas --como Leila Márcia (PCdoB) e Marinor Jorge Brito (PSOL), ambas de Belém (PA)-- que estão sendo processadas por suas atuações em movimentos sociais. Leila foi processada por liderar uma manifestação estudantil e Marinor por participar de uma greve.

Outro grave problema é que, apesar da AMB ser uma entidade da sociedade civil, ela é composta unicamente por juízes, ou seja, servidores do poder judiciário que estão, na prática, interferindo no jogo eleitoral à margem da legislação que rege a disputa. E que, por definição, deveriam ser isentos e nunca prejulgar nem afrontar o princípio democrático da presunção da inocência - isto é, de que ninguém pode ser considerado culpado antes do julgamento pela Justiça. O contrário disso é o linchamento, a justiça feita à margem dos tribunais regulares. Como bem registrou a nota da coligação que apóia Marta Suplicy, é surpreendente ver uma associação ''cujos integrantes têm a responsabilidade de administrar a Justiça cometer um gesto que caracteriza prejulgamento ou rito simbólico de execução sumária''.

A defesa dessa iniciativa pelo presidente da AMB, Mozart Valadares, confirma esses temores. Ele alegou que a entidade não está se ''metendo em política'' mas, logo em seguida, cai em contradição e diz que a entidade está apenas ''discutindo a qualidade de nossos políticos'' pois ''queremos um país menos corrupto'' - como se coubesse a qualquer instância - e principalmente a uma organização que reúne magistrados - chamar para si decisões que, num regime democrático, cabem somente ao povo. É uma versão canhestra do velho bordão que assegura que ''o povo não sabe votar''.

Tal como muitas outras panacéias moralistas, a lista surge como se fosse um remédio milagroso para os males da política. É a velha tentação equivocada de resolver um problema estrutural com medidas cosméticas. Quem realmente defende e entende o que é ética na política sabe que a solução do problema da corrupção e da má gestão pública passa por uma ampla reforma, popular e democratizante, no sistema político nacional e não por uma iniciativa que mais confunde do que ajuda o eleitor a escolher seus representantes.

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=40863

Onde está a verdade?

“Por que a mídia evita evocar o passado do Opportunity, que de banco do PFL passou-se ao PSDB e floresceu à sombra do pássaro que não voa? Por que a mídia não contempla, em nome da verdade que enfaticamente afirma motivá-la, o papel do banco na duvidosa operação das privatizações? Por que a mídia insiste em circunscrever o caso ao escândalo do chamado mensalão como se os alvos, muito antes de Dantas, fossem o próprio presidente Lula, seu governo e o PT?
Abundam os porquês sem resposta. Por exemplo: por que a Folha de S.Paulo publicou em abril passado reportagem de Andréa Michael que deixou Dantas e Cia. de sobreaviso quanto aos rumos da operação do delegado Protógenes? É possível imaginar que o chefe de Andréa, o chefe do chefe, e o chefe de todos os chefes não tenham percebido a importância das informações trazidas pela repórter? Ou que tenham permitido a publicação sem sua autorização?”

Mino Carta, Carta Maior

Vergonha!

Estou envergonhado. Ontem, um bando de jogadores sem alma - com raras exceções - vestiu a gloriosa camiseta do Internacional e promoveu um monumental fiasco contra o fraquíssimo time do Ipatinga, que deveria estar disputando a terceira divisão do futebol brasileiro. Pior: tem gente querendo fazer gol de letra quando o time está perdendo.
Quero mais atitude, amor à camiseta colorada. Me enoja ver jogadores que vestiram a valorosa camiseta, mas deveriam estar também em outra divisão. Isso dá margem para que os gremistas oportunistas de sempre saiam da toca e toquem flauta. Em certos momentos, nos últimos anos, eles se esconderam covardamente depois das muitas derrotas.

sábado, 26 de julho de 2008

Jornalistas: grupo de trabalho atualizará regulamentação da profissão

O Diário da União publicou na edição desta sexta-feira (25/07) a portaria 342/08 instituindo grupo de estudos com o objetivo de "propor alterações na legislação em vigor para viabilizar a regulamentação da profissão de jornalistas". A publicação é um compromisso recentemente assumido pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em reunião com dirigentes sindicais dos jornalistas.
No dia 10 de julho, representantes da FENAJ informaram ao ministro que partiu do próprio Governo a proposta de constituição de um Grupo de Trabalho para encaminhar a atualização da regulamentação profissional dos jornalistas. "A constituição de tal GT, adiada durante quase dois anos, seria uma medida compensatória após o veto do governo federal, no final de 2006, ao PLS 079/04, que havia sido aprovado no Senado", explica o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade.
Para o dirigente, a iniciativa do ministro vem em boa hora e não tumultua a campanha de defesa do diploma -- questão em análise no Supremo Tribunal Federal (STF). "São processos relacionados, mas absolutamente independentes", avalia.
Entre as atualizações previstas no PLS 079/04, estavam as caracterizações de novas funções profissionais, inclusive a de assessor de imprensa. A Portaria 342/08 estabelece a composição do GT com participação dos trabalhadores, empresários e governo, cada qual com três representantes, e com prazo de 90 dias para apresentar relatório final.

Mais informações no site da Fenaj:

www.fenaj.org.br

Gaúcho é mala? Para Dunga, é.

A pergunta acima está sendo repetida com assiduidade nos últimos dias, especialmente na mídia do Centro do País. Tudo porque o gaúcho de Ijuí Carlos Caetano Bledorn Verri - o Dunga - agiu com sarcasmo ao ser questionado por repórteres do seu estado. Ele falou baixinho, mas sua afirmação - "Eu não disse que gaúcho é mala" - foi captada pelo repórter do André Silva, da Rádio Gaúcha. Ontem mesmo, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, reagiu ao destempero do técnico da seleção brasileira, defendendo a postura dos profissionais da imprensa gaúcha.
Na avaliação da entidade, a manifestação não pode ser levada a sério e sim interpretado como um elogio. Na verdade, os repórteres gaúchos não levam ninguém para compadre e revelam-se grandes profissionais, tanto que muitos são constantemente requisitados por emissoras do Centro do País. "No momento em que se contesta a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, o sindicato saúda a atitude desses profissionais, que se destacam pela seriedade e ética profissional", diz o presidente do Sindicato, José Maria Rodrigues Nunes.
A direção do Sindicato lembra oportunamente que, na década de 90, a imprensa do resto do país execrava o jogador Dunga, defendido pelos gaúchos em função de sua garra no campo. Graças a esse estilo de jogo, o Brasil levantou a sua quarta taça depois de 24 anos de jejum. "Nessa época, ele não chamou os repórteres gaúchos de mala", destaca Nunes.
Dirigente da entidade, assinei embaixo.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Viva o diploma

Muniz Sodré *

Em fevereiro de 2007, a Newspaper Association of America anunciou, durante sua convenção anual em Las Vegas, o lançamento de uma campanha nacional para incutir no público leitor a idéia de que o jornal do futuro será uma “multiplataforma de informação”, o que implica na prática a junção empresarial e cultural do papel com a Web. Daí, slogans do tipo “a Internet é a melhor coisa que poderia acontecer aos jornais”.

Mas será essa também a melhor coisa que poderia acontecer aos jornalistas?

Esta questão tem alguma pertinência para o atual debate sobre a exigência de diploma universitário.

Em princípio, é preciso debater a hipótese de que essa nova face da informação pública possa pôr em crise a própria identidade do jornalismo clássico como mediação discursiva e como funcionalidade específica de um grupo profissional. Disto um claro sintoma é a questão levantada por um arauto da chamada cibercultura: “Seria ainda necessário, para se manter atualizado, recorrer a esses especialistas da redução ao menor denominador comum que são os jornalistas clássicos?”

A resposta, de certo modo, começa a ser dada pelos grandes conglomerados do jornalismo impresso, por meio da progressiva conversão empresarial do papel à eletrônica. Nada impede que o jornalismo troque de suporte preferencial, uma vez que os conteúdos informativos, na medida da independência de sua forma técnica, podem passar de um suporte para outro, sem alterar substancialmente a sua natureza. A despeito do potencial midiático da Internet, a digitalização em si mesma não é um medium, e sim um processo técnico (informático).

Veja-se o livro: mesmo digitalizado continua a ser “livro”, isto é, a organizar seqüencialmente os conteúdos de acordo com a milenar forma códice (codex), embora ainda sejam grandes as dificuldades de leitura de textos extensos na tela do computador. Daí, as hibridizações formais, já praticadas por alguns jornais, entre a escrita tradicional e a escrita para a tela do computador, oferecendo ao público a opção de leitura jornal entre resumos e textos maiores.

Ainda o livro: também não se pode passar por cima da evidência de que, em nossa modernidade, a forma códice (escrita unidirecional, páginas organizadas em cadernos e costuradas), depois chamada livro, impôs-se aos usos e aos espíritos como locus do conhecimento centrado, da leitura que constitui pastoralmente a cidadania, da produção do sentido e do real medidos pela escala do humanismo.

O mesmo se dá com o jornal. Pode trocar de suporte técnico, pode mesmo existir na complementação dos suportes (papel e eletrônica), mas continua impelido, como forma moderna e democrática da comunicação, pela ideologia humanista que garante a cidadania. Eventuais descaminhos não podem elidir a evidência de que a imprensa brasileira, por exemplo, jamais deixou, em seus 200 anos de existência de estar presente, como parte essencial, nas causas que ajudaram a dar à Nação a sua face atual – a abolição da escravatura (de cuja campanha participou a maioria dos jornais provinciais) e a criação da república. O jornalismo, no Brasil e no resto do mundo, reflete as questões públicas decisivas para os rumos da Nação.

Como conceber hoje o funcionamento dessa instituição “quase-pública”, geradora da informação necessária ao cidadão para o pleno funcionamento da democracia, sem uma formação universitária, especializada, de jornalistas? Informação não é mero produto, nem serviço: é o próprio solo da sociedade em que vivemos, é o campo onde joga o cidadão. Se a garantia dessa formação adequada se espelha hoje no diploma, viva o diploma.


* Presidente da Fundação Biblioteca Nacional e professor, doutor em Comunicação pela Sorbonne, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em defesa dos movimentos sociais

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) promoverão no dia 28 de julho - segunda-feira - o Seminário “Criminalização dos Movimentos Sociais”, no Salão de Atos da Reitoria da UFRGS, das 9h às 12h30min. O evento contará com a participação de quatro painelistas: Dom Tomáz Balduíno, integrante da Comissão Pastoral da Terra, Nita Freire, doutora em educação da PUC-SP, Fermino Sechio, ouvidor Nacional de Direitos Humanos, e Heloisa Fernandes, professora da USP.
Após o seminário, haverá uma caminhada até o Palácio da Justiça (Praça da Matriz), onde será entregue um documento ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa. O documento denuncia ações de violência por parte da Brigada Militar contra os movimentos sociais. Participarão do seminário e da caminhadaas seguintes entidades: CUT, CMS, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Movimento Sem Terra (MST), Movimento Estudantil (UNE), Pastorais Sociais (PS) e Via Campesina.

Serviço:

Seminário sobre a Criminalização dos Movimentos Sociais

Data: 28 de julho

Horário: 9h

Local: Salão de Atos da Reitoria da UFRGS

O perigo da grande goleada

O Inter foi campeão gaúcho com uma espetacular goleada de 8 a 1 contra o Juventude, nossa eterna toca. O período que passamos até a saída de Abel e o ingresso de Tite e Fernando Carvalho mostrou que resultados estapafúrdios são sempre enganosas. Escondem muita coisa.
Ontem, o Porto-Alegrense meteu 7 a 1 no Figueirense, eterna toca deles. O período que se seguirá nas próximas rodadas do Brasileirão poderão mostrar a fantasia deste tipo de resultado. E no Olímpico está Roth e seu currículo de "cavalo paraguaio".
Detalhe: o Náutico já liderou o campeonato e está agora em 11º lugar. Também o Flamengo, líder isolado e disparado por longas rodadas, está em queda. O importante em campeonato de pontos corridos não é começar bem. Vale é terminar bem. Estamos apenas na 14ª rodada - faltam 24 jogos para o encerramento do campeonato. E as contratações do Inter ainda não entreram em campo ...
Esperem, amigos gremistas. Os foguetes espoucados e o buzinaço de ontem são artifícios de momento.

Greenpeace protesta contra licença ambiental para Angra 3


Ativistas do Greenpeace protestaram na quarta-feira (23) em frente ao Ministério do Meio Ambiente contra a concessão de licença ambiental prévia para a Usina Nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e pelo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias.

Os manifestantes exibiam um quadro com a fotografia do presidente do Ibama identificado com o símbolo da radioatividade e com os dizeres “O Messias chegou e traz más notícias: Angra 3 aprovada”.

De acordo com o diretor da Campanha Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo, a opção pela retomada do programa nuclear não é a opção mais recomendada e ambientalmente viável para o país. “A (energia) nuclear é pior, tanto em custos quanto em relação a benefícios sociais, de criação de empregos, e principalmente em relação a poluição ambiental”, compara.

Baitelo acredita que a exigência de projeto para disposição final dos rejeitos radioativos entre as condicionantes não será cumprida. “Eles pedem que no início dos projetos, que se encaminhe essa questão, mas a gente sabe que isso não vai ser resolvido, porque simplesmente não há uma solução definitiva para os resíduos tóxicos no Brasil”.

De acordo com o Greenpeace, a “solução” que o governo exige da Eletronuclear para os resíduos de Angra 3 “vem apresentando problemas graves na Europa”, em países como França e Alemanha.

“O país não precisa de energia nuclear, existe um potencial enorme, só no Nordeste temos 10 Itaipus em eólica. O Brasil desperdiça milhões por ano com desperdício de energia. Se o país cumprisse as metas do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) poderia evitar a necessidade de se construir usinas nucleares”, defendeu. (Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Inter no caminho certo

Dois gols de Nilmar e atuações estupendas de Índio, Guiñazu, Andrezinho, Ângelo, Alex e Taison garantiram a sexta-vitória do Inter no Campeonato Brasileiro. Está agora na sexta colocação, enxergando os ponteiros da competição logo ali. O colorado está mostrando postura de um time competitivo e deverá ficar melhor ainda com a chegada de reforços. D´Alessandro, Daniel Carvalho, Bolívar, Gustavo Nery, Rosenei e a gurizada da base darão mais qualidade ao Inter, que precisa achar um jeito de manter o cholo Guiñazu. Ele é o pulmão do Inter e foi ovacionado ontem no Beira-Rio.
Agora, vamos ganhar a primeira fora de Porto Alegre, contra o Ipatinga, o lanterna do campeonato.
Esta é a hora, Inter!
A foto do Nilmar é de Átila Sbruzzi, do site do Inter.

ABI adere à campanha pelo diploma e pela regulamentação

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) deu a sua adesão ao manifesto à nação, sob o título “Em defesa do Jornalismo, da Sociedade e da Democracia no Brasil”, em que a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) defende a obrigatoriedade do diploma de curso superior para o exercício da profissão. A reivindicação é objeto do Recurso Extraordinário (RE) 511961, no Supremo Tribunal Federal (STF), que tem como relator o Ministro Gilmar Mendes, Presidente da Suprema Corte.
A adesão da ABI aconteceu durante encontro realizado na última segunda-feira, dia 21 de julho, do qual participaram como representantes da Casa, o Presidente Maurício Azêdo e Oswaldo Maneschy; o Presidente da Fenaj, Sérgio Murilo de Andrade; e a Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, Suzana Blaff.

Fonte: ABI

domingo, 20 de julho de 2008

Onda modernista na Cidade Baixa

Eu já tinha tocado no assunto há dois meses, quando os rumores começaram a correr pelas ruas da Cidade Baixa, bairro de Porto Alegre onde tenho o prazer de morar. Me resignei porque não ouvi nenhum grito parecido com o meu. Na semana passada, no caderno ZH Centro, do jornal Zero Hora, o morador Philip de Lacy White, professor e tradutor, teve a ousadia de denunciar que um prédio de 19 andares será construído na Rua Lima e Silva, em frente do centro comercial Nova Olaria. Para que isso aconteça, algumas construções serão derrubadas, entre elas a casa da foto ao lado, onde funcionou o bar Sierra Maestra. Eu não sabia, mas Philip diz que ela abriga três árvores tombadas que não fazem parte do projeto do espigão, mas ainda abrigam pássaros como papagaios e espécies de gaturamo-verdadeiro e alma-de-gato. O professor lembra que, na Europa, qualquer pedido para construir ou alterar a paisagem urbana é divulgada publicamente. Isso eu, Philip e as centenas de pessoas que moram nas redondezas desconhecemos. Só tivemos conhecimento nas conversas de rua e no boca-a-boca, quando o projeto já tinha sido aprovado. Ele fala que está sendo passado um abaixo-assinado entre os moradores, mas sinceramente não acredito em sucesso nesta empreitada. A mobilização tinha que ter sido feita antes. Mas ninguém sabia... Afinal, a Secretaria Municipal de Obras e Viações (SMOV) anunciou que o projeto do prédio está aprovado de acordo com o Plano Diretor. De qualquer forma, ainda vale a pena gritar!

As coisas impressionantes da Justiça no Brasil

No Paraná, um homem ficou preso mais de dois anos por furtar doze pés de alface e cinco cabeças de repolho.
Outro, dezesseis vassouras.
Mais um, uma dúzia de telhas Eternit
E outro, acredite, um pacote de cigarros.

Uma DOMÉSTICA NEGRA ficou SEIS MESES presa por UM POTE DE MARGARINA!

Daniel Dantas desviou BILHÕES DE REAIS da economia brasileira, ofereceu UM MILHÃO DE REAIS de suborno a um DELEGADO DA PF e...

FOI SOLTO PELO MINISTRO GILMAR MENDES!

Esse mesmo ministro denunciou um RÉU PRIMÁRIO que tentou lhe roubar uma corrente em Fortaleza. O homem está preso há dois meses e um habeas corpus lhe foi negado pela JUSTIÇA.

Nada como um MINISTRO DO STF para nos fazer crer NA EXISTÊNCIA DAS TRANSGRESSÕES LÍCITAS!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Minha Porto Alegre linda



Ao final da tarde de ontem, do alto do 14º andar de um edifício no Centro de Porto Alegre, observei uma imagem que me encheu os olhos. O pôr-do-sol aparecia no horizonte, ao mesmo tempo em que a lua surgia de mansinho, anunciando uma bela noite. Como de fato foi...
Cliquei e divido com vocês! Espero que gostem.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vamos enviar e-mails para os ministros do STF

Solicitamos que enviem e-mails aos Ministros do STF em apoio à regulamentação da profissão.

Abaixo, uma sugestão de texto e os e-mails de todos os Ministros.

À Sua Excelência Sr(a)
.............
Ministro(a) do STF

A exigência do diploma de Curso Superior em Jornalismo para o exercício independente e ético da profissão de jornalista é uma conquista histórica não só desta corporação, mas de toda a população brasileira. A luta pela criação de Escolas de Jornalismo começou no início do século passado. O primeiro Curso foi implantado 40 anos atrás e a profissão, regulamentada há 70 anos, desde 1969 exige a formação superior na sua legislação. Este requisito representou um avanço para a imprensa do país ao democratizar o acesso à profissão, antes condicionado por relações pessoais e interesses outros que não o de atender o direito da sociedade de ser bem informada.
Setores sem compromisso com a construção de um jornalismo responsável e realmente cumpridor de sua função social vêm questionando este fundamental instrumento para a seriedade, democracia e liberdade na imprensa. Confio que o(a) Excelentíssimo Ministro(a) votará com este entendimento no (RE) 511961 , em favor de uma categoria profissional com papel tão relevante e em defesa da sociedade brasileira.
O diploma em Jornalismo, bem ao contrário de ameaçar a liberdade de expressão, é uma das garantias que conferem à mídia brasileira qualidade e compromisso com a informação livre e plural .
Nome:
Profissão e/ou cargo em entidade:

E-mails:mgilmar@stf.gov.br,macpeluso@stf
.gov.br,mcelso@stf.gov.br,mmarco@stf.gov.br,ellengracie@stf.gov.br,gabcarlosbritto@stf.gov.br,mjbarbosa@stf.gov.br, egrau@stf.gov.br,gabinete-lewandowski@stf.gov.br,clarocha@stf.gov.br,gabmdireito@stf.gov.br

Mais informações aqui:
http://www.fenaj.org.br/diploma.php

terça-feira, 15 de julho de 2008

Apoios no Orkut

Companheiros, temos que ocupar todos os espaços para manifestar nosso apoio à luta pela manutenção do diploma de Jornalismo e da regulamentação profissional. Além deste blog, eu gerencio quatro comunidades destinadas à profissão no Orkut. Visite estes espaço e também mostre tua posição lá. Como diz uma frase gaudéria, "não podemos se entregar pros homens". À luta, sempre!

Sou jornalista diplomado
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=683365
Abaixo jornalista sem diploma
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=3611118
Sindicato dos jornalistas
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=559172
Jornalistas/RS diplomados
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=20021096

Jornalista, não abandone esta luta

Manifesto à Nação

Em defesa do Jornalismo, da sociedade e da democracia no Brasil

A sociedade brasileira está ameaçada numa de suas mais expressivas conquistas: o direito à informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar o Recurso Extraordinário (RE) 511961 que, se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista, porque elimina um dos seus pilares: a obrigatoriedade do diploma em Curso Superior de Jornalismo para o seu exercício. Vai tornar possível que qualquer pessoa, mesmo a que não tenha concluído nem o ensino fundamental, exerça as atividades jornalísticas.
A exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que modificou profundamente a qualidade do Jornalismo brasileiro.
Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.
É direito da sociedade receber informação apurada por profissionais com formação teórica, técnica e ética, capacitados a exercer um jornalismo que efetivamente dê visibilidade pública aos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas. Os brasileiros merecem um jornalista que seja, de fato e de direito, profissional, que esteja em constante aperfeiçoamento e que assuma responsabilidades no cumprimento de seu papel social.
É falacioso o argumento de que a obrigatoriedade do diploma ameaça as liberdades de expressão e de imprensa, como apregoam os que tentam derrubá-la. A profissão regulamentada não é impedimento para que pessoas – especialistas, notáveis ou anônimos – se expressem por meio dos veículos de comunicação. O exercício profissional do Jornalismo é, na verdade, a garantia de que a diversidade de pensamento e opinião presentes na sociedade esteja também presente na mídia.
A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.
Não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos destes interesses particulares. Os brasileiros e, neste momento específico, os Ministros do STF, não podem permitir que se volte a um período obscuro em que existiam donos absolutos e algozes das consciências dos jornalistas e, por conseqüência, de todos os cidadãos!

Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil

Frei Betto sabe o que fala

“Não houve surpresa. O corruptor pau-mandado disse com todas as letras, gravadas pela Polícia Federal, que o chefe se preocupava "apenas com o processo em primeira instância, uma vez que no STJ e no STF ele resolve tudo". Sabia o que dizia. Dito e feito, em dose dupla. O chefe entrou na lista daqueles que, para certos ministros do STF, pairam acima da lei e reforçam a nociva cultura de que, como cantava Noel Rosa, "para quem é pobre a lei é dura", mas para quem é rico a impunidade fa(r)tura.Vale a piada do político corrupto que surpreendeu o filho surrupiando-lhe a carteira e deu-lhe umas palmadas. "Mas você também rouba!", reagiu o menino. "Não te castigo por roubar, mas por se deixar apanhar em flagrante", retrucou o pai. Agora, nem o flagrante merece punição. Vide as imagens gravadas pela PF em que aparece a dinheirama destinada a corromper um delegado daquele órgão. O ciclo vicioso se confirma: a Polícia prende, a Justiça solta. E alguns disso se aproveitam e fogem.Ou a pena prescreve, sacramentando a impunidade e permitindo até que se candidatem a cargos públicos.”Frei Betto, Vermelho.org / Folha de São Paulo

121 juízes federais protestam contra Gilmar Mendes

Depois dos procuradores se manifestarem contra o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, agora 121 juízes federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul divulgaram carta de apoio ao juiz federal da 6ª Vara, Fausto Martin de Sanctis, responsável por expedir o pedido de prisão do banqueiro Daniel Dantas.
Sanctis foi acusado nesta sexta-feira por Gilmar Mendes de mandar a Polícia Federal monitorar o gabinete do ministro. Mendes concedeu hoje, pela segunda vez, liminar para suspender a decisão da prisão de Dantas, pedida por Sanctis.
No texto, os juízes demonstram "indignação com a atitude" de Gilmar Mendes, por ele ter determinado o encaminhamento de cópias da decisão do juiz Fausto De Sanctis no habeas corpus que soltou Dantas para o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho da Justiça Federal e a Corregedoria Geral da Justiça Federal da Terceira Região.
"Não se vislumbra motivação plausível para que um juiz seja investigado por ter um determinado entendimento jurídico. Ao contrário, a independência de que dispõe o magistrado para decidir é um pilar da democracia e princípio constitucional consagrado. Ninguém nem nada pode interferir na livre formação da convicção do juiz, no direito de decidir segundo sua consciência, pena de solaparem-se as próprias bases do Estado de Direito", diz a carta.

MANIFESTO DA MAGISTRATURA FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Nós, juízes federais da Terceira Região abaixo assinados, vimos mostrar, por meio deste manifesto, indignação com a atitude de Sua Excelência o Ministro Gilmar Mendes, Presidente do Supremo Tribunal Federal, que determinou o encaminhamento de cópias da decisão do juiz federal Fausto De Sanctis, atacada no Habeas Corpus n. 95.009/SP, para o Conselho Nacional de Justiça, ao Conselho da Justiça Federal e à Corregedoria Geral da Justiça Federal da Terceira Região.

Não se vislumbra motivação plausível para que um juiz seja investigado por ter um determinado entendimento jurídico. Ao contrário, a independência de que dispõe o magistrado para decidir é um pilar da democracia e princípio constitucional consagrado. Ninguém nem nada pode interferir na livre formação da convicção do juiz, no direito de decidir segundo sua consciência, pena de solaparem-se as próprias bases do Estado de Direito.

Prestamos, pois, nossa solidariedade ao colega Fausto De Sanctis e deixamos clara nossa discordância para com este ato do Ministro Gilmar Mendes, que coloca em risco o bem tão caro da independência do Poder Judiciário.

Até às 17 horas de hoje, 11 de julho, os Juízes Federais abaixo identificados manifestaram-se conforme o presente manifesto, sem prejuízo de novas adesões.

1 - Carlos Eduardo Delgado
2 - José Eduardo de Almeida Leonel Ferreira
3 - Katia Herminia Martins Lazarano Roncada
4 - Raecler Baldresca
5 - Rubens Alexandre Elias Calixto
6 - Claudia Hilst Menezes
7 - Edevaldo de Medeiros
8 - Denise Aparecida Avelar
9 - Taís Bargas Ferracini de Campos Gurgel
10 - Giselle de Amaro e França
11 - Erik Frederico Gramstrup
12 - Angela Cristina Monteiro
13 - Elídia Ap Andrade Correa
14 - Decio Gabriel Gimenez
15 - Renato Luis Benucci
16 - Marcelle Ragazoni Carvalho
17 - Silvia Melo da Matta
18 - Isadora Segalla Afanasieff
19 - Daniela Paulovich de Lima
20 - Otavio Henrique Martins Port
21 - Cristiane Farias Rodrigues dos Santos
22 - Claudia Mantovani Arruga
23 - Paulo Cezar Neves Júnior
24 - Venilto Paulo Nunes Júnior
25 - Rosana Ferri Vidor
26 - João Miguel Coelho dos Anjos
27 - Fabiano Lopes Carraro
28 - Rosa Maria Pedrassi de Souza
29 - Sergio Henrique Bonachela
30 - Rogério Volpatti Polezze
31 - Wilson Pereira Júnior
32 - Nilce Cristina Petris de Paiva
33 - Cláudio Kitner
34 - Fernando Moreira Gonçalves
35 - Noemi Martins de Oliveira
36 - Marilia Rechi Gomes de Aguiar
37 - Gisele Bueno da Cruz
38 - Gilberto Mendes Sobrinho
39 - Veridiana Gracia Campos
40 - Letícia Dea Banks Ferreira Lopes
41 - Lin Pei Jeng
42 - Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira
43 - Fernando Henrique Corrêa Custodio
44 - Leonardo José Correa Guarda
45 - Alexandre Berzosa Saliba
46 - Luciana Jacó Braga
47 - Marisa Claudia Gonçalves Cucio
48 - Carla Cristina de Oliveira Meira
49 - José Luiz Paludetto
50 - Carlos Alberto Antonio Júnior
51 - Márcia Souza e Silva de Oliveira
52 - Maria Catarina de Souza Martins Fazzio
53 - Nilson Martins Lopes Júnior
54 - Fabio Ivens de Pauli
55 - Mônica Wilma Schroder
56 - Louise Vilela Leite Filgueiras Borer
57 - José Tarcísio Januário
58 - Valéria Cabas Franco
59 - Marcelo Freiberger Zandavali
60 - Rodrigo Oliva Monteiro
61 - Ricardo de Castro Nascimento
62 - Luciane Aparecida Fernandes Ramos
63 - José Denílson Branco
64 - Paulo César Conrado
65 - Alexandre Alberto Berno
66 - Luciana Melchiori Bezerra
67 - Mara Lina Silva do Carmo
68 - Raphael José de Oliveira Silva
69 - Anita Villani
70 - Higino Cinacchi Júnior
71 - Maria Vitória Maziteli de Oliveira
72 - Márcio Ferro Catapani
73 - Silvia Maria Rocha
74 - Luís Gustavo Bregalda Neves
75 - Denio Silva The Cardoso
76 - Fletcher Eduardo Penteado
77 - Leonardo Pessorrusso de Queiroz
78 - Carlos Alberto Navarro Perez
79 - Renato Câmara Nigro
80 - Ronald de Carvalho Filho
81 - Luiz Antonio Moreira Porto
82- Hong Kou Hen
83- Pedro Luís Piedade Novaes
84- Flademir Jerônimo Belinati Martins
85- Luís Antônio Zanluca
86- Omar Chamon
87- Sidmar Dias Martins
88- João Carlos Cabrelon de Oliveira
89- Antonio André Muniz Mascarenhas de Souza
90- Marilaine Almeida Santos
91-Alessandro Diaféria
92- Paulo Ricardo Arena filho
93- Hélio Egydio de Matos Nogueira
94- Ricardo Geraldo Rezende Silveira
95 - Cláudio de Paula dos Santos
96 - Leandro Gonsalves Ferreira
97 - Caio Moysés de Lima
98 - Ronald Guido Junior
98 - Clécio Braschi
99 - Roberto da Silva Oliveira
100 - Vanessa Vieira de Mello
101 - Ivana Barba Pacheco
102 - Simone Bezerra Karagulian
103 - Gabriela Azevedo Campos Sales
104 - Kátia Cilene Balugar Firmino
105 - Fernanda Soraia Pacheco Costa
106 - Leonora Rigo Gaspar
107 - Marcos Alves Tavares
108 - Jorge Alexandre de Souza
109 - Anderson Fernandes Vieira
110 - Raquel Fernandez Perrini
111- Adriana Delboni Taricco Ikeda
112 - Tânia Lika Takeuchi
113- Janaína Rodrigues Valle Gomes
114- Fernando Marcelo Mendes
115- Simone Schroder Ribeiro
116- Nino Oliveira Toldo
117 - João Eduardo Consolim
118 - Raul Mariano Júnior
119 - Mônica Aparecida Bonavina
120 - Dasser Lettiere Júnior
121 - Renato de Carvalho Viana

Ações de Polícia Federal são polêmicas?

Definitivamente, não. De imediato, já respondi à pergunta feita no título. Entendo que as algemas foram feitas para todos, pobre ou rico, branco ou negro. Não há distinção. Ou ninguém viu alguma vez a polícia algemando supostos criminosos na rua, aos olhos de dezenas de pessoas? Ali, mesmo sem provas, pode. Mas, para parcela da elite, não pode algemar os Dantas, os Nahas e os Pita da vida, mesmo que os crimes deles sejam notórios. Eles fazem parte de um grupo que só quer privilégios. Inclusive, de não serem vistos no ato da prisão. A charge do colega Kaiser acima reflete o o que eu penso. Não existe lei para rico e para pobre!

Relatório da PF acusa Veja e Mainard

Do blog do colega jornalista Luis Nassif:

O relatório do delegado Protógenes Queiroz, encaminhado ao Juiz Fausto Martin de Sanctis - que serviu de base para o pedido de prisão de Daniel Dantas e outros réus – acusa diretamente as revistas IstoÉ Dinheiro e Veja e os jornalistas Leonardo Attuch, Lauro Jardim e Diogo Mainardi de colaborarem com uma organização criminosa. Mainardi é explicitamente apontado como “jornalista colaborador da organização criminosa”.

O nome do documento é “Relatório Encaminhado ao Juiz Federal Fausto Martin de Sanctis". É o Inquérito Policial 12-0233/2008. Nele consta Procedimento Criminal Diverso no. 2007.61.81.010.20817.

Foi preparado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros do Departamento da Polícia Federal

O capítulo 13 tem por título “Do papel da mídia no processo investigatório”.

Diz o seguinte:

Evidentemente com maior assiduidade na programação quase que diária dos meios de comunicação disponíveis, o grupo comandado por Dantas se serve com maior freqüência do que o grupo comandado por Naji Nahas. Ambos são convergentes quanto ao interesse comum e divergentes quanto às matérias publicadas, como forma de ludibriar para atingir seus objetivos. Com vantagens no final da falsa discussão pública.

Curiosamente, (...) o volume de dados analisados a respeito do material publicado ao longo da existência dessa organização criminosa usando a mídia, ora em proveito próprio ora em outros propósitos chantagistas

Neste momento trazemos à luz algumas matérias de fomento ao acordo recentemente efetivada pela BrT, Oi, Citigroup, Opportunity, aqui Daniel Valente Dantas, referente a alguns “conceituados” órgãos da imprensa escrita, tais como revista IstoÉ Dinheiro e Veja, ambos veículos a serviço do relevante grupo.

Apontamos a revista Veja, data de 16/01/2008, matéria “Rumo à supertele”, três folhas dedicadas exclusivamente aos interesses escusos da organização pelo jornalista Lauro Jardim.

Nesse mesmo dia 16.01.2008, matéria de capa da revista IstoÉ, “Os Vencedores da Telefonia”, como Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, sócios da Oi, foram escolhidos pelo governo para comprar a BrT e, com o auxílio generoso do BNDES, formar um gigante das telecomunicações”, do jornalista Leonardo Attuch.

E aqui nesse momento, eu vou me servir do recente artigo publicado no dia 12.04.2008, edição 2054, da própria revista Veja, elaborado por um dos jornalistas colaboradores dessa organização criminosa, Diogo Mainardi, sob o título

“Entendeu, Tabatha”.

“Eles retomaram algumas das práticas mais antigas e mais imundas do jornalismo, como a chantagem, a mentira, a propaganda do poder e a matéria paga".

Ao lembrar essa assertiva ele talvez tenha revelado e audaciosamente expressado a vertente resumida de como funcionava a mídia para o grupo Opportunity, comandado por Daniel Valente Dantas, o que reforça e confirma todo o material coletado através de interceptações de dados telefônicos e telemáticos.

Em uma avaliação bem literal das condutas e comportamentos de alguns jornalistas que hoje estão no bojo do trabalhos coletados, é de se considerar como participantes da organização criminosa liderada por Daniel Valente Dantas especialmente aqueles que têm indícios de remuneração direta ou indireta de recursos originados do referido investigado ou de seus colaboradores.

No relatório de análises constou no dia 13/01/2007 que o investigado Daniel Dantas mantém diálogos com Verônica Dantas e Danielle Silbergleid afirmando textualmente da necessidade de utilizar a conexão direta entre ele e a imprensa como instrumento para plantar informações a fim de confundir a opinião de autoridades públicas nacionais e internacionais na disputa do grupo Opportunity, Citigroup, Telecom Italia pelo controle da BrT

Embora esse tema não seja foco inicial da presente investigação,é necessário conhecermos os meios ardilosos na divulgação das informações plantadas.

A voracidade em lançar informações falsas e até com cunho difamatório, e menciona o nome Moreira Alves (...) na empreitada suja de baixo nível.

E aqui vai a indagação: a mídia é um veículo independente comprometido com a verdade imparcial. Certo? Errado. O que estamos assistindo, o desmascaramento por meio do Judiciário Federal com a atenção auspiciosa do Ministério Público Federal é repugante !!! sob o ponto de vista ético e moral do papel da imprensa.

E aqui reproduzimos ipsis literis a mensagem interceptada de conteúdo sem o mínimo escrúpulo que possa nortear regras de boa conduta e convivência social.

Assunto: Pendências
De; Cristina Caetano 18/02/2008
Para Alberto Pavi

Pavi,

Obrigado. Outro dia retomaremos a conversa com Moreira Alves. Nosso prazo para entrar com a campanha difamatória é no começo de março. E se não formos fazer com ele temos que achar outra pessoa. Nós preferimos que você redigisse. Achamos que nesse caso tem muitos fatos, seria melhor ser redigido por um civilista do que por um criminalista. Vamos focar nisso?

Beijos

Conclusões

Depois, fala de contatos de Nahas com jornalistas, mas sem envolvimento com o a organização criminosa. Menciona jornalistas que tiveram reuniões com Nahas, no plano jornalístico apenas. Quando menciona Attuch, o relatório diz que seria também responsável pela publicação de artigos jornalísticos “encomendados” pela organização criminosa com o objetivo de facilitar o tráfiuco de influência perante autoridade são públicas.

Para esse seleto grupo jornalístico Naji Najas ora se posiciona falsamente como opositor e inimigo de Daniel Dantas.

É comum jornalistas acima citados (acrescentamos o colunista Diogo Mainardi, na revista Veja) assinarem matérias favoráveis ao interesse do grupo Opportunity, principalmente à pessoa de Daniel Valente Dantas.

A contextualização e os tópicos de análise do papel da mídia na presente investigação, por questão didática, preferimos fazer referência aqui na forma de anexo digitalizado.

O relatório tem menção a vários links com gravações de conversas telefônicas.

Por Luis Nassif.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Inter arrasador

O guri infernizou a defesa do Coritiba no domingo ensolarado que levou mais de 28 mil pessoas ao Beira-Rio. Dá gosto ver Taison, 20 anos, marcando, correndo, driblando e lançando seus companheiros. Ontem, fez tudo isso exibindo uma alegria contagiante. É mais uma estrela que começa a brilhar na constelação colorada. Na foto de Alexandre Lops, da assessoria do Inter, ele está abraçado com Alex, outro que esnobou classe no estádio rubro. Fez três golaços, incluindo o de pênalti. Foi impossível não exibir a felicidade à saída do Beira-Rio, onde estarei novamente na quarta-feira, dia em que enfrentaremos o Goiás do nosso campeão Iarley. Acredito que faremos mais uma festa no ataque, que ainda conta Nilmar, veloz e insinuante. Que trio!!!

À luta, jornalistas!

A luta é agora.
Não podemos deixar para brigar depois.
Poderá ser tarde!

sábado, 5 de julho de 2008

A natureza nos persegue

Eu e a Sílvia estávamos saindo de Porto Alegre em um domingo de junho para almoçarmos em qualquer lugar que encontrássemos. Não existe fórmula melhor do que esta para afastarmos o estresse da semana. Pegamos a estrada e passamos por lugares de cenários belíssimos na estrada entre Gravataí e Taquara - este município está distante cerca de 50 quilômetros de Porto Alegre. Mas o que chamou mais a minha atenção foi a folha de uma árvore que atravessou à frente de nosso carro na saída da capital, quase na ponte do Guaíba. De imediato, cliquei e a captei a imagem. Transformou-se no presente de nosso curto passeio.

Minha pensão...



















O tempo passa, mas a memória não falha. No segundo andar deste prédio, na esquina entre a Avenida Independência e a Rua Barros Cassal, eu residi entre 1972 e 1975. Foi a primeira pensão em que morei na capital dos gaúchos - Porto Alegre - e da qual guardo boas e más recordações. Foi um tempo de aprendizagem...

Jornalista, entre nesta luta. Ela é tua!

Manifesto à Nação

Em defesa do Jornalismo, da sociedade e da democracia no Brasil

A sociedade brasileira está ameaçada numa de suas mais expressivas conquistas: o direito à informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia.

O Supremo Tribunal Federal - STF - está prestes a julgar o Recurso Extraordinário 511961 que, se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista, porque elimina um dos seus pilares: a obrigatoriedade do diploma em curso superior de Jornalismo para o seu exercício. Vai tornar possível que qualquer pessoa, mesmo a que não tenha concluído nem o ensino fundamental, exerça as atividades jornalísticas.

A exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que modificou profundamente a qualidade do Jornalismo brasileiro.

Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.

É direito da sociedade receber informação apurada por profissionais com formação teórica, técnica e ética, capacitados a exercer um Jornalismo que efetivamente dê visibilidade pública aos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas. Os brasileiros merecem um jornalista que seja, de fato e de direito, profissional, que esteja em constante aperfeiçoamento e que assuma responsabilidades no cumprimento de seu papel social.

É falacioso o argumento de que a obrigatoriedade do diploma ameaça as liberdades de expressão e de Imprensa, como apregoam os que tentam derrubá-la. A profissão regulamentada não é impedimento para que pessoas - especialistas, notáveis ou anônimos - se expressem por meio dos veículos de comunicação. O exercício profissional do Jornalismo é, na verdade, a garantia de que a diversidade de pensamento e opinião presentes na sociedade esteja também presente na mídia.

A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.

Não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos destes interesses particulares. Os brasileiros e, neste momento específico, os Ministros do STF, não podem permitir que se volte a um período obscuro em que existiam donos absolutos e algozes das consciências dos jornalistas e, por conseqüência, de todos os cidadãos!



Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil

Jornalista, defenda tua regulamentação

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ingrid libertada. E os outros 3 mil?


Não estou insensível com a libertação da ex-candidata à Presidência colombiana Ingrid Bettancourt pelas Farcs. Reconheço o pesadelo que esta mulher de brio passou na selva durante seis anos. No entanto, é necessário dizer que que ela foi solta - libertada pelo Exército, segundo a mídia - por causa do clamor internacional, especialmente porque ele também tinha cidadania francesa. Também é importante lembrar que existem ainda mais de 3 mil pessoas nas mãos dos terroristas colombianos.
Mais: depois de festejar com familiares a soltura, a franco-colombiana rumou para Paris, onde se encontrará com o presidente francês Nicolas Sarkozy. Ou seja, das selvas colombianas para o Palácio do Eliseu. Mais: a mídia diz que ela está apoiando um terceiro mandato para o presidente Alvaro Uribe, que ainda depende de um polêmico projeto de reforma constitucional.
A pergunta que se faz oportuna: é bom para Uribe ter Ingrid solta? Claro que não, pois ela ganharia dele (ou de um fantoche seu) nas eleições!
Parece lógico que ela foi libertada contra a vontade dele, ao contrário do que propaga a grande imprensa brasileira. Tanto é verdade que a operação da invasão do Equador e assassinato do número 2 das Farc (o negociador) foi o executada para não permitir que ela fosse libertada.
Mas o que se lê na mídia é que Ingrid está com Uribe e pretende se candidatar à presidência colombiana em 2010.
Será jogo? O tempo dirá. Até lá Ingrid será a estrela não apenas da política colombiana, mas em nível internacional. Na foto acima, da Reuters, ela concede entrevista coletiva na embaixada da França em Bogotá.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Injustiça e desordem

Luiz Fernando Verissimo - publicado em Zero Hora no dia 3 de julho de 2008

Quando Goethe disse que preferia a injustiça à desordem, a Europa recém fora sacudida pela revolução francesa e enfrentava outro terremoto, o bonapartismo em marcha. Sua opção não era teórica, era pela específica velha ordem que os novos tempos ameaçavam. Por mais injusta que fosse, a velha ordem era melhor do que as paixões incontroláveis libertadas pela revolução. Mas a frase de Goethe atravessou 200 anos, foi usada ou repudiada por muitos, na teoria ou na prática e em vários contextos, e chega aos nossos dias mais atual do que nunca. Você não pode pensar na questão agrária brasileira, por exemplo, sem cedo ou tarde ter que se perguntar se prefere a justiça ou a ordem.

A injustiça no caso é flagrante e escandalosa. Mesmo que se aceitem todas as teses sobre o desvirtuamento do movimento dos sem-terra e se acate a demonização dos seus líderes, militantes e simpatizantes, a dimensão do movimento é uma evidência literalmente gritante do tamanho da iniqüidade fundiária no Brasil, que ou é uma ficção que milhares de pessoas resolveram adotar só para fazer barulho, ou é uma vergonha nacional. A iniqüidade que criou essa multidão de deserdados no país com a maior extensão de terras aráveis do mundo é a mesma que expulsou outra multidão para as ruas e favelas das grandes cidades, deixando o campo despovoado para o latifúndio e o agronegócio predatório. A demora de uma reforma agrária para valer, tão prometida e tão adiada, só agrava a exclusão e aumenta a revolta.

Quem acha que desordem é pior do que injustiça tem do que se queixar, e a que recorrer. As invasões e manifestações dos sem-terra se sucedem e assustam. Proprietários rurais se mobilizam e se armam, a violência e o medo aumentam, a reação se organiza. Agora mesmo no Rio Grande do Sul, enquanto endurece a repressão policial às ações do MST, um documento do Ministério Público estadual prega a criminalização de vez do movimento, caracterizando-o como uma guerrilha que ameaça a segurança nacional, com ajuda de fora. É improvável que uma maioria de promotores de Justiça do Estado, transformados em promotores de ordem acima de tudo, tivesse abonado o documento como estava redigido, com seu vocabulário evocativo de outra era. Mas ele dá uma idéia da força crescente do outro lado da opção definidora, dos que escolheram como Goethe.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Governo Lula tem 72% de aprovação

Os números são claros e mostram aquilo que a grande mídia e direita tentam esconder. O povo não é burro. Olhem só:

Avaliação positiva do governo Lula se manteve entre março e junho.

Aprovação do governo soma 72%, aponta pesquisa da CNI/Ibope.

Nota pessoal do presidente é 7.


A pesquisa CNI/Ibope revelou nesta segunda-feira (30) que a avaliação positiva do governo oscilou um ponto percentual para baixo. Há três meses, o levantamento mostrou que 73% dos entrevistados aprovavam a performance do governo Lula. Agora, esse percentual é de 72%.
A avaliação conceitual do governo se manteve inalterada. Assim como em março, 58% dos entrevistados o avaliam como ótimo ou bom. Outros 29% dizem que o governo é apenas regular. E 12% dizem que o governo é ruim ou péssimo.
Segundo a pesquisa, a avaliação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuou alta. As pessoas entrevistadas mantiveram a nota – que varia de 0 a 10 – 7 para o presidente. No último levantamento, a nota foi 7,1.
A confiança no presidente Lula também se manteve elevada. Dos entrevistados, 68% disseram confiar em Lula. Outros 29% disseram que não confiam.
A pesquisa ouviu 2.002 em 141 municípios, de todas as regiões do país. As entrevistas foram realizadas entre 20 e 23 de junho.

O nosso cérebro é doido

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso. A úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Sohw de bloa.

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia
corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4
CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4
M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO
QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R
B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

Estudantes gaúchos marcham em defesa do diploma de Jornalismo


Estudantes dos cursos de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Centro Universitário Franciscano (Unifra) promoveram hoje - 30 de junho - um ato pioneiro na cidade-pólo da Região Central do Rio Grande do Sul. A intenção é mobilizar as demais instituições de ensino superior do país. Vestidos de preto, portando faixas, entoando palavras de ordem e distribuindo panfletos informativos à população, eles tomaram frente à mobilização dos sindicatos de jornalistas de todo o país e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), na vigília contra a tentativa de desregulamentação da profissão.
O Supremo Tribunal Federal deve julgar, no começo do segundo semestre deste ano, o mérito da questão que se arrasta desde 2001, quando a juíza substituta da 16º Vara Cível da Justiça Federal - 3ª Região, de São Paulo, Carla Rister, concedeu liminar assegurando a qualquer pessoa o direito de obtenção de registro para exercer a profissão de jornalista. A mobilização dos estudantes de Santa Maria, cidade-natal do ministro Eros Grau, do STF, iniciou junto ao complexo que abriga os órgãos do Judiciário no Município e de lá percorreu as principais ruas da cidade.
No Calçadão central, foram recolhidas assinaturas para o abaixo-assinado em apoio aos jornalistas brasileiros. A manifestação contou com a participação do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, e do diretor Arfio Mazzei, que se deslocaram de Porto Alegre para acompanhar o ato. "Esperamos que estudantes de outras universidades gaúchas sigam o exemplo dessa primeira manifestação, em adesão à luta de toda a categoria", afirma Nunes.

Para os diretores do Sindicato dos Jornalistas em Santa Maria, a mobilização foi extremamente produtiva. "A iniciativa partiu dos próprios acadêmicos, a maioria alunos dos primeiros semestres do curso de Jornalismo, que demonstraram conscientização, entusiasmo e disposição para essa luta que deve ser de todos nós", destaca Elisa Pereira. "O importante é que essa mobilização dos estudantes pode trazer visibilidade à questão e agendar o tema na mídia convencional, onde, em função do evidente interesse da classe patronal, o assunto não entra em pauta", avalia Ludwig Larré.
Os primeiros resultados da mobilização puderam ser sentidos no acolhimento da causa pela população santa-mariense. "Achei o ato muito interessante. Sou professora e sempre ensinei meus alunos a buscarem os seus direitos. É justamente isso que os estudantes de Jornalismo estão fazendo. Enquanto cidadã, quero profissionais que tenham capacidade e qualificação para fazer bem o seu trabalho, com competência”, ressaltou Valderes Maria Almeida de Castro, que ao passar pelo Calçadão manifestou apoio ao ato.

O pioneirismo dos acadêmicos de Jornalismo da cidade universitária gaúcha na defesa do diploma deve ter seqüência mais atividades. Eles já estão em contato para mobilizar estudantes de outras universidades do estado. O objetivo é obter adesão cada vez maior ao movimento pela não desregulamentação da profissão. "É importante a nossa união pela causa. Precisamos de mais colegas participando e defendendo o diploma de jornalista", salienta o acadêmico da Unifra Leandro Passos Rodrigues.
Foto acima de Bibiane Moreira.

Transgressores reclamam. Viva a lei!

A lei que instituiu a tolerância zero para bebidas alcoólicas aos motoristas é oportuna e só recebe crítica dos infratores contumazes. Ou seja, daqueles que bebem muito e pegam no volante em seguida. A população que teve um parente morto ou inválido por causa de um acidente que teve como ponto de partida a mesa do bar têm motivos para aplaudir. Leio que a ação das polícias nas ruas e rodovias têm sido intensa e já alcança resultados. Somente no Rio Grande do Sul, 79 condutores foram autuados no sábado e no domingo nas estradas federais, estaduais e nas cidades. Desse total, 60 foram presos por apresentarem teor alcoólico acima de 0,3 miligramas por litro de ar expelido nos pulmões. Não sou crítico ferrenho de quem gosta de uma cervejinha - também tomo eventualmente -, mas abomino aqueles que dirigem após ingerirem algumas doses. Estão colocando a sua vida ou de outras pessoas em risco. E tem gente dizendo que a lei está interferindo no direito das pessoas em beber. Não é isso. Está procurando preservar vidas.

Deixamos de vencer. E eles ganharam um gol...

Depois do que vi no Gre-Nal de ontem vou acompanhar o movimento de todos os goleiros nos jogos que assistir. Continuo convicto que o movimento da perna de Renan é o mesmo que fazem outros arqueiros na hora dividir uma bola pelo alto com um atacante. O bandeirinha quis aparecer e marcar falta. Contudo, a bola já estava em andamento e o juiz não poderia marcar pênalti. Contudo, parou o jogo, consultou o bandeirinha, expulsou Renan e assinalou a penalidade máxima. Muitos "entendidos" em arbitragem, disseram que ele agiu corretamente. Continuo com a minha convicção.
Com relação à partida, o Tite deu um nó tático em Roth e só não marcamos mais gols por causa do goleiro gremista e por falta de sorte quando a bola bateu na trave. Fomos melhores e poderemos crescer mais ainda. Desconheço as opiniões de comentaristas alinhados com a cor azul ao afirmarem que o Porto-Alegrense foi melhor na segunda etapa e mereceu o empate em 1 a 1. Fazem uma leitura errada do jogo que, na minha avaliação, é esta: o Inter mandou no jogo no primeiro tempo, o time da Azenha teve mais domínio no segundo. No entanto, na fase final, este "domínio" não serviu para nada porque o Inter estava bem postado na defesa. E o colorado desfrutou de chances de gols que eles não tiveram. Não há imparcialidade em parte da mídia gaúcha. Na foto de Alexandre Lops, do site do Inter, a intensa comemoração após o gol de Índio.

domingo, 29 de junho de 2008

Até quando o futebol será motivo de violência?

Impunidade. Acredito que esta palavra define com precisão a repetição de violência antes e durante os jogos de futebol, especialmente os de relevância, como o Gre-Nal. Não tenho notícia de indiciamento dos gremistas que incendiaram os banheiros químicos no Beira-Rio, mesmo que a notícia tenha ganhado contornos internacionais na época. Agora, antes de mais um clássico gaúcho, situações trágicas se repetem. A manhã de hoje foi de despedidas e homenagens a Jeferson Alves Ferreira, 21 anos, e Gabriel Eloi de Oliveira, 23 anos, colorados mortos a tiros na madrugada de sábado, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, por uma dupla de torcedores gremistas.
Ontem, um veículo Celta branco passou em frente ao Beira-Rio por volta das 14h10min deste sábado, e um dos ocupantes disparou cerca de seis tiros contra o estádio. As balas atingiram um vestiário desativado ao lado do estádio. A polícia anotou a placa do carro e faz buscas no local. O motorista fugiu em direção à Zona Sul. E hoje pela manhã artefados explosivos - seis bananas de dinamite ligadas a um relógio - foram desativados em uma rua do bairro Menino Deus, em Porto Alegre. A via fica próxima aos estádios do Inter e do Grêmio.
Abaixo a violência, abaixo a impunidade.

É daqui a pouco, meu Inter

Faltam 9 horas para o Gre-Nal. Acordei confiante de que vais ganhar, meu Inter. Até arrisco o placar: 2 a 1. Depois é necessário ajustar a máquina, com contratações e ajustes no esquema de jogo. Mas tudo passa pelo jogo de hoje. Avante, colorado!

A importância da vírgula

Gostei bastante da campanha dos 100 anos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Trata de uma situação cotidiana para quem vive da (e para) a escrita.

A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo!
ABI - 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

sábado, 28 de junho de 2008

Eu acredito em ti, Inter


O Gre-Nal será na casa do adversário e nós ocuparemos apenas 10% da lotação do estádio. O Porto-Alegre está entre os três primeiros do Brasileirão, e nós fazemos uma campanha ruim. Desânimo? Que nada! É nestas horas que mostramos a nossa força e espírito de recuperação. Afinal, em 2006, perdemos um Gauchão no qual éramos favoritos, mas conquistamos a América e o Mundo. Sempre na condição de zebras (para os secadores, é claro). Neste ano, mostramos esta faceta vencedora contra o Paraná (5x1) e contra o Juventude (8 x1). Por isso, acredito em ti, Inter. Vamos fazer festa em território inimigo, como já fizemos em outros Gre-Nais. Imagino que, no cantinho que nos reservaram, a imagem será igual a da foto acima. Vamos, Inter!

A força da internet

O Brasil ultrapassou pela primeira vez na história a marca de 40 milhões de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente, como casa, trabalho, escola, cybercafés e bibliotecas. O dado, divulgado na sexta-feira (27) pelo Ibope/NetRatings, refere-se ao primeiro trimestre deste ano.

De acordo com a pesquisa, nos primeiros três meses deste ano, 41,565 milhões de pessoas com 16 anos ou mais declararam ter acesso à internet, o maior nível atingido no Brasil desde setembro de 2000, quando a empresa começou a fazer a medição no Brasil.
Dado que o Brasil tem aproximadamente 184 milhões de habitantes, o número de internautas já equivale a 22,5% da população.
"Os dados refletem as políticas públicas de abertura de pontos de acesso à internet em escolas, bibliotecas, telecentros e muitos outros locais, além da avalanche de facilidades para adquirir computadores novos, como financiamentos e equipamentos mais baratos", afirmou o gerente de análise do Ibope, Alexandre Sanches Magalhães
Em maio deste ano, o número de usuários residenciais ativos --que acessam a rede ao menos uma vez por mês-- também foi recorde: chegou a 23,1 milhões de pessoas, uma alta de 29% em relação aos 17,9 milhões de maio de 2007. O número de pessoas com acesso residencial, mas que não necessariamente usaram a rede, chegou a 35,5 milhões de pessoas, afirma o Ibope.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Beira-Rio: as obras que eu quero


Falam que as obras da popular e da cobertura do Beira-Rio começarão em breve. Prefiro deixá-las para depois.

A obra que eu quero tem que ser construída no miolo da defesa do meu Inter. Ela precisa de um muro intransponível onde os atacantes rivais sejam barrados a cada investida.

A obra que eu quero não pode ter uma cerquinha de madeira, derrubada a cada bola alçada para nossa área.

A obra que eu quero deve ter um corredor de concreto no meio de campo, capaz de impedir o avanço de jogadores de qualidade discutível.

A obra que eu quero precisa de cobertura para suprir os avanços tresloucados de nossos laterais em direção ao ataque.

A obra que eu quero precisa de uma ligação firme entre o meio de campo e o ataque, sem a qual não teremos gols para comemorar.

A obra que eu quero necessita de uma ponte aérea entre e Europa e Porto Alegre, capaz de trazer para jogadores como Fabiano Eller, Tinga, Daniel Carvalho e Sobis, entre outros.

Depois de erguidas estas obras, podem começar a derrubar o fosso que separa a coréia do campo e erguer as estruturas de cobertura de nosso estádio.

Pauta Rural: Imprensa, o coronel e o Jeca Tatu

Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa


O olhar continuado e observador sobre a imprensa brasileira permite destacar alguns temas recorrentes em praticamente todas as mídias que tratam da economia: a inflação, quase sempre associada à escalada de preços dos alimentos e de outros produtos básicos; a questão dos combustíveis, que envolve a permanência do preço do petróleo em patamares superiores a 130 dólares o barril e coloca sobre a mesa a questão da bioenergia; e, como pano de fundo, o desafio da preservação do patrimônio ambiental. Paralelamente, o noticiário sobre o mundo rural apresenta eventualmente a sobrevivência de práticas inaceitáveis na relação entre capital e trabalho.

Teoricamente, esse noticiário deveria oferecer ao público essencialmente urbano dos jornais e revistas uma visão ampla da economia brasileira e de sua extrema dependência das atividades rurais. Afinal, quando se fala de alimentos ou de combustíveis, está-se tratando de questões que afetam diretamente a qualidade de vida nas cidades, onde a grande densidade populacional também representa a concentração maior de opiniões, os maiores mercados e a grande fonte de poder político.

No entanto, por sua dificuldade de apresentar uma visão abrangente, sistêmica e interconectada desses temas, a imprensa não consegue mostrar a seus leitores a relevância do mundo dos agronegócios, ao quais eles se relacionam. Assim, o leitor fica privado de entender a natureza de questões que afetam diretamente sua vida, continua distanciado da realidade no campo e se mantém desinformado para formar opinião a respeito de políticas públicas que podem definir o futuro do Brasil.

Questões sonegadas

A dificuldade para interligar essas questões e colocar as notícias num contexto que interesse mais o leitor – ou que o faça avaliar corretamente esses fatos – deriva em parte da falta de especialistas nas redações, mas há muitas indicações de que a verdadeira causa dessa falha é pura falta de interesse ou preconceito. Jornais como a Folha de S.Paulo ou o Estado de S.Paulo – este com grande tradição na cobertura rural – não deveriam descuidar desse elemento essencial ao entendimento de como funciona o Brasil. Afinal, a economia paulista depende em grande parte da força do campo.

A alegação de que o leitor urbano tem pouco interesse nos fatos da zona rural, presente nos debates sobre gestão das empresas de comunicação, não sobrevive à constatação de que todos os temas da pauta rural apresentados pela imprensa afetam diretamente a vida nas cidades. Desde a questão da produção e da produtividade agrícola até a oferta de alternativas para o petróleo, tudo o que se noticia sobre o campo deveria interessar o leitor das grandes cidades. Tudo isso é agronegócio.

Também está relacionada ao agronegócio a questão ambiental, que afeta o clima global e, portanto, interessa a todos. O problema do trabalho infantil nas carvoarias, o trabalho escravo na pecuária extensiva da Região Norte, as jornadas em condições desumanas no corte da cana, tudo isso representa estados de tensão que acabam empurrando levas de retirantes da zona rural para as cidades. Isso tem tudo a ver com o leitor de jornais.

Se praticamente todas as notícias da zona rural vão afetar de alguma forma a qualidade de vida dos moradores das cidades, leitores de jornais e revistas, por que razão a imprensa persiste no equívoco de mostrar os problemas do campo como questões alienadas da problemática econômica, política e social?

Olhar desorientado

Segundo alguns observadores, a imprensa brasileira ainda se orienta pela visão oferecida nos anos 1950 e 60 pelos pesquisadores da Cepal – Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe –, segundo a qual a ação das oligarquias rurais em todas as expressões de poder no campo seria o principal obstáculo ao desenvolvimento dos países do continente. Se isso ainda pode ser constatado em algumas regiões, em especial nas fronteiras agrícolas onde o Estado é refém de aventureiros, há muito tempo deixou de ser um bom retrato da realidade no campo.

Essa interpretação alimentou a figura do Jeca Tatu como estereótipo do lavrador, que persiste até hoje, e pinta um cenário no qual o homem do campo oscila entre o papel de vítima do capitalismo rural e o de elemento subversivo que invade e depreda propriedades produtivas. Da mesma forma, essa visão fragmentada deixa espaço para a idéia de que a defesa do patrimônio ambiental corresponde a uma atitude contrária ao desenvolvimento econômico.

O pensamento da Cepal evoluiu a partir dos anos 1980, como se pode constatar com a leitura da coletânea Cinquenta anos de pensamento na Cepal, organizada por Ricardo Bielschowski e publicada pela Editora Record. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vocalizou essa nova perspectiva, há mais de dez anos, quando sugeriu que seus críticos esquecessem o que havia escrito. Se o texto Dependência e Desenvolvimento na América Latina, que ele publicou em 1969 em parceria com o sociólogo chileno Enzo Faletto, parece antiquado na economia globalizada, o olhar da imprensa sobre o mundo rural parece mais do que desorientado. Parece que a imprensa não sabe e não quer saber.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Trilogia do amor à vida

Viver é tão difícil que amedronta!
Até sonhar, às vezes, é uma afronta,

Ao medo, com seu dolo a castigar...
Como a avalanche desce da montanha,
Sem reservar recurso de artimanha,

Sinto que posso até me enregelar...

Nesses momentos tão cruéis e insanos,

Os sonhos e esperanças são tiranos,

Em nada nos é dado acreditar...
É triste ter o abraço tão vazio,
Sentir no coração, cáustico frio,
Do desamor pungente a nos rondar...
Porém, viver é dádiva sublime! Busquemos a razão que nos anime,
Sem deixar nunca o medo nos vencer!

A natureza ajuda nesse instante...

É ela que retarda o meu levante,

Amando a vida assim, até morrer!
(Tere Penhabe)

domingo, 22 de junho de 2008

Da janela de minha sala...


À tardinha deste domingo cheguei à janela de minha sala e vislumbrei um quadro emoldurando o bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Peguei o celular, cliquei e resolvi dividir a imagem com vocês.
O céu límpido e azul é lindo, mas as nuvens são capazes de proporcionar retratos como este.

Porto Alegre: mais um retrocesso nas políticas públicas de inclusão social

Annelise Krause, nutricionista, especialista em saúde pública


Nos tempos que o governo federal possui projeto social específico para catadores de materiais recicláveis, a câmara de vereadores de Porto Alegre aprova projeto de lei que tira dos menos privilegiados economicamente sua fonte de renda, sua forma de aquisição de alimento, em suma, seu meio de ter dignidade. Os vereadores de Porto Alegre aprovaram a lei que tem como objetivo exterminar com veículos de tração animal e humana (carroças e carrinhos) neste município em 8 anos, à exceção de carruagens. Houve alguns que desejaram atenuar o problema, garantindo que isto só ocorresse quando a vaga de trabalho estivesse garantida, mas esta emenda foi negada pelos demais.
É nesta contradição que vive uma cidade que anda propagandeando suas políticas de inclusão social e geração de renda. Que benefício pode existir ao se instituir uma lei de Segurança Alimentar e Nutricional municipal, se dos mais pobres, se retira o "ganha-pão". Isto é para se ter mais usuários das Cozinhas Comunitárias e Restaurantes Populares da cidade? Já não temos pessoas desprovidas de seus direitos o suficiente?
A perversidade tomou conta de um plenário, que evidenciava a existência de uma luta de classes ali. De um lado, os pobres, com suas bandeiras de um movimento social de pessoas que lutam dignamente para ter com que alimentar seus filhos e serem vistos como trabalhadores necessários à população urbana – já que coletam mais de 500 toneladas de material por dia sem custo ao bolso do contribuinte. Do outro lado, pessoas de classe média, bem vestidas com roupas de grifes, estas que possivelmente tiram o couro de seus trabalhadores para as confeccionarem.
Além disso, o trabalho dos catadores poupa o meio ambiente, pois não utiliza combustível fóssil, e gera renda para mais de 50 mil pessoas, só nesta cidade. Isto fica claro na fala do representante do movimento nacional dos catadores, que comenta que, além do prejuízo destes, esta lei prejudicará a quem paga impostos:

Nós catadores, saindo das ruas, o povo trabalhador fica refém das empreiteiras e dos políticos fascistas, pois nós coletamos mais de 500 toneladas de materiais recicláveis por dia (carroceiros e carrinheiros). Sem nossa coleta a empreiteira da "máfia do Lixo" que fará, e para isso ela cobrará mais de R$ 250 por tonelada. Até então os trabalhadores não pagavam por isso, pois nós coletávamos totalmente de graça. Agora os investimentos que antes iam para a saúde, educação, lazer, geração de renda e trabalho se concentrarão nas mãos dos ricos, o que aumenta mais a exclusão e a marginalidade por um lado (o nosso) e do outro a concentração de riqueza.

O argumento dos que se dizem protetores de animais caiu quando, ao ser aprovada a proibição dos carrinhos movidos à tração humana na lei, além das carroças, estes comemoravam como se fosse mais uma vitória. Para quê, então, estavam ali? Para quê fazer essa lei? Provavelmente, a esses homens vindos da elite da sociedade incomoda ver que pessoas ainda necessitam carregar carrinhos ou andar de carroças pelas ruas para viver. E o pior: no centro da cidade, onde já se impõe várias políticas de expulsão (violência contra ambulantes e moradores de rua). O que os políticos querem é que a cidade pareça limpa e rica, para turistas verem, já que nunca chegarão aos bairros da periferia.
Enquanto isso, os bairros pobres estão cada vez mais pobres, com assistência à saúde precária e insuficiente, com educação inadequada e segregadora, com polícia à moda "Tropa de Elite" para impor medo a todos. Mas não se preocupem: existem políticas de geração de renda para todos! Agora temos os Programas da Assistência Social, principalmente o PAIF (Programa de Assistência Integral à Família), que, à moda do PSF (Programa de Saúde da Família), promete a solução dos problemas básicos da população com uma equipe básica de profissionais que colaboram para "estruturar as famílias", conseguir "benefícios sociais" e "gerar rendas". Então vamos perguntar às assistentes sociais, psicólogas e educadoras sociais se elas estão precisando de gente para atender, porque, com a nova lei porto-alegrense, está garantido o trabalho delas para sempre! Será que estão precisando de mais famílias que perderam sua fonte de renda para terem "inclusão produtiva"? Preparem seus cursos de manicure, costura e artesanato, vem mais gente aí! O pessoal da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) também vai ter mais trabalho, por outro motivo: mais crianças pedintes nas ruas... Oba! Trabalho aos eficientes conselheiros tutelares! Os presídios já estão sendo construídos. O Rio Grande do Sul é o estado que mais está investindo nisso. Será que já estavam preparados?
Infelizmente, os vereadores pensaram em tudo isso quando votaram a lei. Votaram, não por pensarem em inclusão social dos catadores, mas por inclusão de mais dinheiro da máfia da coleta de lixo nos seus bolsos, por conchavos políticos. Isto ficou evidente quando no dia da votação, na Câmara de Vereadores havia Guarda Municipal e Brigada Militar preparada: eles se preveniram, pois já sabiam que sua proposta seria como "tirar o tapete" dos catadores, e tudo já estava forjado.
Agora falta somente a aprovação do prefeito José Fogaça. Que os catadores sigam lutando pelo direito de ir e vir com seus meios de transporte e de sustento. E que a população apóie os catadores.


sexta-feira, 20 de junho de 2008

Racismo na campanha dos EUA. Novidade?

Se engana quem acha que a disputa à presidência dos Estados Unidos teve seus mometos mais acirrados no confronto entre Barack Obama e Hillary Clinton pela indicação ao Partido Democrata. Vem mais peleia por aí. E baixaria...
Ontem, uma empresa de Utah colocou um pedido de desculpas em seu site após ter recebido denúncias de racismo por vender um boneco de um macaco vestido como o candidato à Presidência dos Estados Unidos Barack Obama (imagem acima).
De acordo com uma reportagem da rede FOX News, a empresa Sock Obama LLC emitiu uma nota em que dizia que “somente havia feito uma comparação casual entre um candidato e um brinquedo que tínhamos quando éramos pequenos.” Me engana que eu gosto!
Obviamente, os movimentos sociais reagiram. A presidente da National Association for the Advancement of Colored People (organização pela luta do direito civis dos negros americanos), Jeanetta Williams, disse em entrevista à FOX que o boneco era “de puro e extremo racismo”. É verdade, mas esse é apenas o começo.
Durante a disputa com o candidato Republicano, Obama será alvo de ataques semelhantes. E não será apenas um boneco. Esperem...