domingo, 25 de julho de 2010

Inter continua 100% depois da Copa

 O Internacional chegou hoje à quarta vitória consecutiva pós-Copa do Mundo. Venceu o Flamengo com um time misto (praticamente reserva). O Taison (foto) continua em alta, tendo marcado um belo gol de fora da área e levado perigo constante à zaga flamenguista.  Agora, o colorado pega o São Paulo, pela Libertadores. Que as vitórias do time de Celso Roth continuem, especialmente porque o adversário está em baixa. Vamos, Inter!!!! 
Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm/Divulgação

Vergonha na Fórmula 1



 Foto: AFP

Mais uma vez, um piloto brasileiro precisou ceder a liderença por ordem de sua equipe. Felipe Massa era líder do GP da Alemanha de Fórmula 1 desde a largada, mas na volta 49 precisou deixar sua posição para o companheiro de Ferrari, Fernando Alonso, a mando da escuderia. A alegação era de que Alonso estava mais rápido. Trata-se do mesmo jogo de equipe protagonizado por Rubens Barrichello e Michael Schumacher na mesma Ferrari há oito anos na GP da Áustria. Este tipo de atitude é proibida, mas onde estão os fiscais para coibi-la?

sábado, 24 de julho de 2010

Fenaj: chapa 1, para virar o jogo

Dilma amplia vantagem


A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, ampliou a vantagem sobre o rival do PSDB, José Serra, na pesquisa Vox Populi, divulgada ontem pela rede Bandeirantes. Agora, tem 41%, contra 33% do segundo colocado e 8% da terceira, a candidata Marina Silva, do PV. Surge a tendência de que a eleição possa ser decidida no primeiro turno, se for mantida a atual tendência. 
Este é o primeiro cenário depois que a campanha iniciou oficialmente. Cresce também a possibilidade de ampliação dos ataques de Serra e de seus companheiros à candidata apoiada pelo presidente Lula. Ninguém duvide disso... A ligação do PT às Farcs e ao narcotráfico foi o ponta-pé inicial da baixaria que está sendo orquestrada. Mas também pode representar um tiro no pé dos tucanos e de seus aliados.

Jornalistas acreditam no fim da comunicação convencional

Pesquisa feita com mais de 750 jornalistas de 21 países revelou que cerca de 50% deles acreditam no fim do veículo em que atua em algum ponto do futuro, seja publicação impressa, canal de rádio ou TV. Em outras palavras, acreditam que os veículos offline serão extintos. O levantamento do instituto Oriella PR Network revelou também que 25% dos entrevistados acredita que a mídia - seja ela digital ou não - irá diminuir drasticamente.
Em relação às novas mídias, a opinião dos participantes do estudo se divide. No geral, creem que elas devem oferecer novas oportunidades, o que não significa necessariamente que o Jornalismo será beneficiado. Segundo informa o site Blue Bus citando o Social Times, a pesquisa mostra que os jornalistas apostam nos novos meios digitais. Apenas 15% dos entrevistados não estão presentes em redes sociais; melhora substancial se comparado ao ano passado, quando 25% deles não faziam.

Fonte: portal IMPRENSA

Criei gosto pela História

No semestre passado, resolvei estudar História na PUCRS. Era um curso sonhado pela sua proximidade com a minha profissão, o Jornalismo. Sabia das dificuldades, pois tinha saído do meio acadêmico em 1983, quando me colei grau na Unisinos. Vinte e sete anos é uma distância grande. Mas consegui aproximar o tempo... 
A experiência foi gratificante, pois exercitei duas coisas que amo: a leitura e a escrita. E mergulhei no passado, frequentando disciplinas como Pré-História e a Antiguidade Clássica. Também potencializei meu gosto pela argumentação teórica, como nas aulas de Filosofia e Ética. Ontem, me matriculei para o segundo semestre, que começa em 2 de agosto, com uma vontade de guri. Ou seja, louco para começar. 
Novamente, o passado estará ao meu alcance, por meio de matérias como História da Antiguidade Oriental, História Medieval e Prática da Pesquisa Histórica. Ao mesmo tempo, tendo que cursar matérias eletivas e fora do currículo do curso, vou exercitar meu espanhol. Será mais uma semestre de muito conhecimento e vivência com professores e alunos de diversas faixas etárias. Este é o outro ponto positivo de muita volta à academia. Que cheguem logo as aulas!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vamos votar nas eleições da FENAJ e dos sindicatos

De 27 a 29 de julho os jornalistas brasileiros estão convocados a fortalecer o movimento sindical nacional da categoria. Única Federação a realizar eleição direta, a FENAJ terá processo eleitoral para renovação de sua direção e da Comissão Nacional de Ética nos dias 27, 28 e 29 de julho. O processo conta com a participação de duas chapas.

O envolvimento da categoria no fortalecimento de suas entidades é fundamental neste momento em que tramitam no Congresso Nacional duas Propostas de Emenda Constitucional prevendo o retorno da exigência do diploma de curso superior em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Considerado um dos pilares da regulamentação profissional dos jornalistas, após vigir por 40 anos no Brasil este requisito foi derrubado pelo STF que, no ano passado, acatou recurso impetrado por entidades patronais.

Urnas fixas e volantes estarão presentes nas capitais e principais cidades dos 26 estados e do Distrito Federal para coletar votos da categoria. Poderão votar os jornalistas em dia com seus sindicatos até o mês de junho, como também jornalistas aposentados.

Em reunião realizada no dia 14 de julho, a Comissão Eleitoral Nacional definiu que o quorum mínimo para validação da eleição em primeira convocação é de 30% dos jornalistas sindicalizados e em dia com suas obrigações sindicais. Disputam o pleito para a FENAJ a chapa 1, “Virar o jogo: em defesa do Jornalismo e do Jornalista”, liderada por Celso Schröder, e a chapa 2, “Luta Fenaj”, liderada por Pedro Pomar. Cinco candidaturas estão inscritas para as cinco vagas da Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas.

Os Sindicatos dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe, Ceará, Londrina e Goiás realizarão eleição para renovação de suas direções simultaneamente à eleição para a FENAJ.

Jornal do Brasil: sugestões para sobreviver e críticas ao monopólio

Na manifestação desta quarta-feira (21) em protesto contra o fechamento do JB, políticos, sindicalistas e jornalistas falaram sobre alternativas para que o jornal impresso continue a circular. Além do deputado federal Fernando Gabeira e de Suzana Blass, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio, outras lideranças expressaram suas opiniões, como Chico Alencar, Alessandro Molon, Aspásia Camargo, Beth Costa, Mario Augusto Jakobskind e Darby Igayara.

Crítico e criativo
Professor de História, o deputado federal Chico Alencar (Psol) contou que o livro de sua autoria, Brasil Vivo, fala de primeiras páginas históricas do Jornal do Brasil, como ao noticiar a edição do AI-5 no Brasil em 1968 e no dia seguinte ao golpe no Chile em 1973, quando estampou um texto corrido e único sobre o assunto, sem foto.
Com o livro nas mãos, falou sobre a reação do jornal. “No período mais obscurantista da ditadura, o jornal driblava a censura com textos sobre a previsão do tempo: ‘a temperatura está sufocante ou o ar está irrespirável’. O JB era sempre muito crítico e criativo”, disse.
As queixas dos manifestantes se referem ao fato de os jornais da chamada grande imprensa serem muito semelhantes em suas linhas editoriais e excessivamente opinativos nas páginas do noticiário. “O pensamento único vigora nas bancas, os jornalões estão iguais”, segundo Alencar.

Alternativa ao monopólio
Para atestar que o JB ainda é uma alternativa à pluralidade de opiniões, o deputado do Psol lembrou que o jornal realizou um debate entre os candidatos a prefeito no período que antecedeu as últimas eleições para prefeito no Rio.

“Até o Eduardo Paes (eleito e atual prefeito), que já avançava nas pesquisas, compareceu, e a edição do dia seguinte foi muito boa. Foi outra edição histórica. É lamentável o monopólio no Rio de Janeiro. Quanto menos jornais no País, mais obscurantista ele fica”, explicou.

O deputado estadual Alessandro Molon (PT) concorda que o fim do JB representa um golpe contra a pluralidade de opiniões e está preocupado com o risco das demissões e os empregados não serem indenizados corretamente.

Ajuda a um patrimônio
A intervenção do governo seria uma solução para evitar o fechamento da versão impressa do Jornal do Brasil, segundo a vereadora Aspásia Camargo (PV). A nova lei de falência, na sua opinião, abre muitas alternativas para preservar o jornal. Citou o exemplo do auxílio financeiro que o governo dá a bancos, financeiras e grandes indústrias em situação de insolvência.

“Até frigorífico quebra e o governo ajuda. Mas a gente nunca sabe por que eles foram ajudados. Agora, se houver intervenção no caso do JB aí saberemos que ela está sendo feita em nome da cultura e da preservação de capítulos importantes de nossa história. O JB está vivo e pela sua importância precisa até ser tombado. Esta é uma luta política e não devemos deixar que seja jogado fora”, completou a vereadora.

Exemplo do Le Monde
Segundo pesquisas do Dieese, os empresários mais retrógrados e menos transparentes com relação aos seus negócios são os donos dos veículos de comunicação, garantiu a jornalista Beth, diretora da Fenaj.

“A exemplo dos demais empresários, o Tanure (Nelson Tanure, dono do JB) se recusa a abrir suas contas, a chegar a um acordo com os trabalhadores. Claro que existem saídas. O Le Monde na França é um exemplo de que os jornalistas podem administrar um veículo com linha editorial independente. Mas falta transparência e eles preferem acabar com tudo, como se fosse impossível negociar”, disse Beth Costa, lembrando o fechamento recente da Gazeta Mercantil, também ligado ao grupo liderado por Tanure.

Claudia Duarte, em nome da chapa 2, Luta Fenaj!, também defendeu a possibilidade de criação de uma cooperativa formada pelos empregados do JB. “Não podemos deixar morrer esta idéia”, alertou.

Jornalismo de mercado
Nos últimos 10 anos, vários jornais faliram por inoperância administrativa, entre os quais o Monitor Campista, com 175 anos de fundação e circulação no Norte Fluminense, lembrou o jornalista Mario Augusto Jakobskind, diretor do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro.

“Os empresários decidem que é hora de acabar e não tem jeito. Essa postura é produto do jornalismo de mercado em que prevalece a ótica do pensamento único”, queixou-se.

O “clima de unidade política” da manifestação, que reuniu pessoas de variadas correntes ideológicas do pensamento, foi ressaltado por Chico Alencar e pelo presidente da CUT do Rio de Janeiro, Darby Igayara, que também criticou o risco de monopólio e de demissões e referiu-se ao caso da falência da Manchete e de Bloch Editores em 2001.

“Mais de 3 mil ex-empregados só foram indenizados 10 anos depois e muitos ainda nem receberam”, criticou Igayara.

“A parte mais trágica dessa história é o risco de haver demissões, dezenas de trabalhadores ficarem sem emprego”, observou a jornalista Paula Máiran, representante do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj.

“O que não se pode é defender o negócio do Tanure”, sugeriu.

Fonte: site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro
Foto: Alberto Jacob Filho

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Jornalistas vão às urnas. Mostremos a nossa força!

Nos dias 27, 28 e 29 de julho - na próxima semana - os jornalistas brasileiros vão escolher os novos dirigentes da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Duas chapas disputam a eleição em todo o Brasil. A chapa 1, de situação, é liderada pelo companheiro gaúcho Celso Schröder, e tem o meu apoio como dirigente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Em nome da democracia, entretanto, é importante divulgar que a chapa de oposição é liderada pelo jornalista Pedro Pomar, de São Paulo.
Também o Sindicato gaúcho fará sua eleição nos mesmos dias, com chapa única, liderada por José Nunes, atual presidente. Integro a chapa como segundo secretário.
É importante a participação dos colegas no pleito, especialmente no período em que lutamos pela retomada do diploma para o exercício da profissão, via Legislativo. Vamos mostrar a nossa força.

Jornal do Brasil: adeus ao papel

Não se trata da morte de um jornal, mas sim, do prenúncio de um novo tempo para a imprensa brasileira e para a sociedade. É impossível esconder a tristeza ou encontrar meios de disfarçá-la. Porém, depois de algumas cacetadas da vida, já aprendi que devemos achar sempre os aspectos positivos dos acontecimentos – embora, convenhamos, pareça piada achar algo de positivo numa crise financeira com mais de 100 milhões acumulados em passivos e que leva ao fim a versão impressa daquele que é, sem dúvida, um patrimônio da sociedade, este JB, como é carinhosamente conhecido o nosso Jornal do Brasil.
Depois de 119 anos (começou a circular em 1891) registrando em tinta e papel a nossa história, através das penas dos mais importantes nomes da imprensa brasileira, teremos que, de uma hora para outra, nos acostumar a ir às bancas de jornal e não mais ver ali, entre os principais diários, as páginas sempre pioneiras do JB. Isto significa que os cafés da manhã não serão mais o mesmo, sem o papel do JB sobre nossas mesas, ali entre o leite e o açucareiro. Não mais teremos as colunas do Villas-Bôas durante a travessia da barca entre Rio e Niterói e vice-versa. Não mais as análises políticas de Mauro Santayana, lidas em mesa de escritórios; não mais, também, o refino cultural dos textos do Caderno B, sempre devorado em preguiçoso sofá, numa biblioteca ou cafeteria. JB, a partir do dia 1º de setembro, só mesmo nas telas pixadas do computador, do notebook, do iPod e dos leitores digitais.
É, será uma virada abrupta de página. Mas engana-se, contudo, quem pensa que o JB virará uma página de história para uma página em branco. Não se trata da morte de um jornal, mas sim, do prenúncio de um novo tempo para a imprensa brasileira e para a sociedade. Está aí o tal aspecto positivo de que falava lá em cima.
Um parâmetro, um modeloO fim da versão impressa do JB, por mais doloroso que nos possa parecer, já era uma mudança pré-anunciada, tanto pela crise do mercado jornalístico em todo o mundo – o francês Le Monde também foi posto à venda recentemente –, quanto pelas mudanças provocadas pela comunicação social pós-internet. Esta – ainda que os jornalões resistam por cinco ou mais décadas, como nos querem fazer crer as associações do setor – vem forçando um ajoelhar desses que outrora eram sócios majoritários da notícia (e da publicidade).
O que acontece com o JB hoje é um exemplo do que virá para muitos outros periódicos e um reflexo da transformação do produto notícia, cada vez mais abundante, cada vez mais veloz, cada vez mais democrático e gratuito – devo dizer, graças à internet. A diferença é que muitos só enxergam isso diante do extremo de uma crise financeira já em estado avançado.
O JB foi pioneiro em muitas coisas. Contadas as suas histórias, faltaria papel para tanta tinta a ser escrita. Fez grandes coberturas, nacionais e internacionais, formou opiniões e comportamentos na sociedade, escreveu e reescreveu a história deste país e, especialmente, a do Rio de Janeiro. Isso fez dele um parâmetro, uma escola, um modelo, pois, afinal, que jornalista em sã consciência um dia não desejou trabalhar no Jornal do Brasil? Eu sempre quis, e continuo querendo, mesmo que este venha a ser só eletrônico.
Uma reticência, sim, mas nunca ponto finalO JB, é bom lembrar, foi o primeiro jornal brasileiro a incluir seu conteúdo no mundo virtual. Essa é outra mostra de seu pioneirismo. Agora, mesmo que visto por grande parte da imprensa como um gigante que joga a toalha, ele mais uma vez tenta transformar adversidade em inovação. Dá adeus ao papel, mas não à sua missão. Será o primeiro grande jornal a manter-se apenas de seu conteúdo em campo virtual. Rende-se a um novo tempo, mas moderno, rende-se à nova realidade que, com algum tempo (dez anos, quem sabe), será vista por outro ângulo e melhor aceita, querendo ou não. Ser um órgão de imprensa apenas na web não é algo ruim, tendo em vista um catálogo de exemplos de sites de notícia que já surgiram desta forma e esbanjam fôlego financeiro – o meio ambiente agradece.
Ao longo se sua história, junto de leitores, colaboradores, jornalistas e demais funcionários, o JB já enfrentou todo tipo de adversidade. E as superou. Esta é apenas mais uma. E desejamos que não seja a última, uma vez que se trata de um patrimônio vivo, imaterial e, portanto, livre daquilo que chamamos de morte. O JB será sempre o JB. E as páginas de sua história podem conter até uma reticência, mas nunca um ponto final.

Fonte: Thiago Mercier, Observatório da Imprensa

terça-feira, 20 de julho de 2010

Canção da América

 Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.


Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sobis, Tinga e Renan na Libertadores

A FIFA antecipou a janela de transferência de jogadores repatriados do exterior. Com isso, Sobis, Tinga e Renan serão inscritos pelo Internacional para jogar a semifinal da Libertadores contra o São Paulo. Acredito ainda mais no colorado. Acima, bela montagem do blog Beco do Sapulha.

A chuva e o amor

Já que chove em Porto Alegre desde sexta-feira, lembrei de uma frase, cujo autor desconheço:
"Ame como a chuva fina, que cai silenciosa, mas faz transbordar rios."

domingo, 18 de julho de 2010

Encanto

Tu sabes o que é o encanto? 
É ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada.

Um pouco de Galeano

Casualidade. Ontem, ganhei de presente o livro "Dias e Noites de Amor e de Guerra", do escritor uruguaio Eduardo Galeano e um dos maiores do mundo. Hoje, a companheira Raquel Aguirre recomendou o blog Bolívariana, de Alex Dancini, que trata da obra de Galeano. É um texto tão bom quando o do escritor em suas obras. Vale a pena acessar o blog:
http://alexdancini.blogspot.com/


Ler Eduardo Galeano é viajar pelo continente americano sem sair do lugar. Seja uma obra com característica mais teórica como é o caso de “As veias abertas da América Latina”, ou uma obra que reúne contos, poemas em prosa e relatos de sua vida, percorrendo a América Latina, escondendo-se das torturas da ditadura como é o caso de “Dias e Noites de Amor e de Guerra”.
 A primeira obra acima citada mostra-nos a história de uma América assaltada, escravizada. Tomada do povo que tão bem cuidou destas terras e que não tinha outro objetivo senão cultivá-la numa relação de divinização. A história de colonização e exploração da América Latina pelos europeus num primeiro momento, e depois pelos Estados Unidos, perde-se no eco das perfurações em busca de prata na Ilha de Potosí, na Bolívia. E está presa também no silêncio dos oito milhões de cadáveres de índios da sociedade potosiana, que morreram para sustentar o desenvolvimento econômico europeu e estadunidense. Apenas para citar um minúsculo exemplo da devastação natural e humana aqui deixada pelos invasores.
A herança deixada pelos nobres colonizadores, como assim os tratam inúmeros nobres professores de história, foi o esgotamento de riquezas naturais como o ouro, a prata e o diamante; o atraso econômico; a subserviência à hegemonia capitalista; e a miséria, na qual vivem milhões de latinos americanos que pouco se diferem dos índios domesticados, quando da colonização, que segundo Galeano, “comiam as sobras da comida do cachorro, com quem dormiam lado a lado”. Pouco mudou. Ainda segundo Galeano, “até hoje, podem ver-se, por todo altiplano, carregadores aimarás e quéchuas, levando fardos até os dentes em troca de um pão duro”.
A pobreza latina americana ao menos encanta os turistas, em sua maioria latinos também, que “adoram fotografar os indígenas no altiplano vestidos com suas roupas típicas”, ou mesmo fechar os olhos à pobreza paraguaia, se o que mais importante é que nesse país podemos nos sentir sujeitos tipicamente pós-modernos com “poder de compra”. Após tirar fotos e comprar mercadorias, jamais podemos deixar de saudar a Virgem de Guadalupe. Afinal, estamos no continente que reúne o maior número de cristãos do mundo, e a pobreza do povo paraguaio alivia-nos a alma.
“Dias e Noites de Amor e de Guerra” é uma viagem pelos países latinos a bordo da imaginação e da memória de Eduardo Galeano, que resolveu reunir num livro, as histórias por ele vividas nos anos de chumbo deste continente. As ditaduras militares, nos países em que tal regime foi instalado, forraram o fundo do mar com cadáveres de homens e mulheres inconformados com a injustiça social e com a nossa dependência econômica e política dos Estados Unidos.  Elas faziam brotar das águas dos rios o perfume de uma vida rebelde ceifada da pior maneira possível. Levaram-nos operários, jornalistas e artistas. Sempre nos tomaram o que de melhor existiu por essas bandas. Ainda continuam tomando, roubando, expropriando quem não tem mais o que oferecer a não ser a liberdade, a sua humanidade.
 
 

sábado, 17 de julho de 2010

Memória de 1989

A foto mostra uma cena da campanha presidencial de 1989. Uma passeata pelas ruas de Porto Alegre é liderada pelo prefeito de Porto Alegre, Olívio Dutra, pelo candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva e pelo vice-prefeito da capital, Tarso Genro. Depois desta cena, Olívio ainda foi governador dos gaúchos, Lula foi eleito duas vezes presidente da República e Tarso foi prefeito de Porto Alegre em duas ocasiões e agora é candidato ao governo gaúcho.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Assassinarem o meu ipê amarelo


 Este ipê amarelo era meu vizinho. Ficava em frente da janela de meu apartamento e suas flores amarelas brotavam ainda no inverno. Veja a foto abaixo e acompanhe a minha tristeza... 
  Assassinaram o meu ipê. Nesta semana, um caminhão de mudança chegou imponente e avançou sobre o árvore que estava aí, neste buraco. Ela ficou torta, com as raízes de fora. Ontem à noite, cheguei e o pé de ipê não estava mais ali. Uma equipe da Secretaria Muncipal do Meio Ambiente acabou com o que restava dele. Não verei mais as suas flores amarelas na primavera. Este é um exemplo típíco de total desprezo pela natureza.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Jornal do Brasil: vamos dizer não ao fechamento

Na quarta-feira, dia 21, ao meio-dia, o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio vai fazer uma manifestação em frente à atual sede do Jornal do Brasil - Avenida Paulo de Frontin 568 -, no Rio Comprido, para tentar evitar o fechamento daquele que já foi um dos mais importantes jornais da imprensa brasileira. A FENAJ vai participar da manifestação.
Sabemos que o Jornal do Brasil de hoje nada tem a ver com aquele jornal que durante mais de um século escreveu boa parte da história do nosso país. Um jornal que ousou, que foi cantado pelos tropicalistas e acima de tudo não seguiu à risca a cartilha da ditadura militar, como outros jornais fizeram.
Mesmo assim, a notícia de que o Jornal do Brasil vai deixar de circular é um golpe para toda uma geração de jornalistas que lá trabalharam ou simplesmente foram seus leitores. O dono da marca, Nelson Tanure, que arrendou o jornal em 2001, anunciou esta semana que o JB passará a ter apenas uma versão na internet. Ele alega que tentou vender o jornal, mas não encontrou compradores. Mas e o direito dos funcionários, como fica?
A manifestação do Sindicato pretende também alertar as autoridades da área do Trabalho para que não deixem acontecer com os empregados da empresa o mesmo que aconteceu com os ex-funcionários da TV Manchete e Bloch Editores. Muitos morreram sem receber seus direitos trabalhistas. O JB tem hoje 180 empregados, entre os quais 60 jornalistas. Qual será o futuro deles? Quantos serão reaproveitados na versão online? E o passivo trabalhista? É bom lembrar que muitos ex-funcionários estão na Justiça lutando por direitos que não foram respeitados.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas, Suzana Blass, está tentando marcar um encontro com Tanure. O objetivo, diz Suzana, é garantir uma empregabilidade mínima e os pagamentos da rescisão. Portanto, não se esqueça: quarta-feira dia 21 ao meio-dia, em frente ao Jornal do Brasil, na Avenida Paulo de Frontin 568, no Rio Comprido.
Ao ser informado da confirmação do fechamento da versão impressa do JB, o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, reagiu. "Fred Ghedini e Aziz Filho, ex-presidentes dos Sindicatos de São Paulo e do Município do Rio, foram processados pelo Tanure há alguns anos porque disseram que o empresário era um predador de empregos e salários. O tempo provou que ambos estavam absolutamente certos. Além de empregos e salários, Tanure é um predador de veículos jornalísticos. Já matou a Gazeta Mercantil e agora assassina o JB", disse.
Fonte: site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, com informações da FENAJ

Anunciada a morte do tradicional Jornal do Brasil


A morte do tradicional Jornal do Brasil - anunciada para 31 de agosto, quando circulará apenas a versão online - é um golpe no Jornalismo brasileiro. O diário carioca já agonizava fazem duas décadas, mas a esperança na sua recuperação continuava. A reprodução acima, do anúncio do JB em página dupla nesta quarte-feira (14 de julho), deixa tristes os jornalistas brasileiros.

PEC dos Jornalistas é aprovada na Comissão Especial da Câmara





Os jornalistas brasileiros com formação alcançaram mais uma vitória. A proposta que restabelece a necessidade do diploma de jornalismo no Brasil, de autoria do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), foi aprovada por unanimidade nesta quarta-feira (14), pela Comissão Especial da Camara dos Deputados. A PEC dos Jornalistas, como é conhecida, segue agora para votação no plenário da Câmara.

De acordo com Pimenta, a intenção é votá-la após o recesso parlamentar, que termina no final do mês de julho. "Todos aqui nesta Casa estão tendo a mesma compreensão que tive quando apresentei a PEC dos Jornalistas, ou seja, que houve uma confusão de conceitos por parte do Supremo Tribunal Federal, entre liberdade de expressão e informação jornalística. O jornalismo não é uma atividade intelectual como afirmou de forma equivocada o Ministro Gilmar Mendes, pois um jornalista não deve, e por dever ético não pode, exercer a sua liberdade de expressão ao reconstruir a realidade", disse Pimenta.

Para evitar novas interpretações semelhantes à do Supremo, o relator da PEC dos Jornalistas na Comissão Especial, deputado Hugo Leal (PSC-RS), incluiu no texto uma referência expressa ao inciso XIII do artigo 5° da Constituição Federal. Esse dispositivo determina que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. "Queremos deixar claro que o jornalismo é uma profissão que exige qualificação e isso não impede a liberdade de informação e de imprensa", ressaltou.

Fenaj aprova medida 


Presente à votação desta quarta-feira, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo, afirmou que a entidade também vai procurar os líderes para garantir a continuidade da proposta. Ele destacou a importância da volta da exigência do diploma: "Nossa profissão não pode ficar do jeito que está. Vivemos uma situação absurda. Hoje não há critério nenhum para ser jornalista. No Distrito Federal, para ser flanelinha é necessário um registro no Ministério do Trabalho. No caso dos jornalistas, nem isso é preciso".

Histórico da PEC dos Jornalistas
 

A PEC dos Jornalistas foi apresentada pelo deputado federal Paulo Pimenta no dia 8 de julho de 2009, 20 dias após a decisão do STF. Em novembro de 2009, ela já havia sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisou se o teor da matéria proposta feria algum princípio constitucional. Agora, recebeu também voto favorável na Comissão Especial. A PEC dos Jornalistas será submetida a votação em dois turnos na Câmara e após seguirá para o Senado Federal.

Fonte: Assessoria do Deputado Pimenta com a colaboração da Agência Câmara