sábado, 4 de agosto de 2007

Professor de ética vê politização em acidente


A "tragédia anunciada" revelou-se não apenas um clichê, mas um grande erro. Ao que tudo indica, o acidente com o avião da TAM não teve nada a ver com pista molhada, "grooving" ou ineficiência governamental.
Suspeito usual por conta da crise aérea - que é concreta e inegável -, o governo foi quase de imediato relacionado às 199 mortes por comentaristas, políticos e meios de comunicação, ainda que várias vozes ponderadas apontassem a necessidade de, ao menos, esperar pelos dados das caixas-pretas.
Para Clóvis de Barros Filho, professor de Ética da Comunicação, esse movimento não é surpreendente. "Já não é de hoje que a mídia em geral tem apreço por endossar versões que deslegitimam a ação do Estado", afirmou, em entrevista a Terra Magazine.
O professor vê sinais de politização em uma cobertura jornalística que deveria ser técnica. "É óbvio que algumas manifestações de autoridades do governo são profundamente infelizes, inclusive do presidente da República. Entretanto continuo a acreditar que existe uma confusão propositadamente estabelecida com o intuito de fazer com que um caso gravíssimo e episódico seja inscrito numa crise - que existe, mas que não tem nada a ver com esse acidente." Que a confusão está estabelecida, não há dúvidas. Uma busca no Google pelos termos "tragédia anunciada", "TAM" e "Congonhas" traz links para mais de 60 mil sites.
Leia a seguir a entrevista de Barros

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