segunda-feira, 24 de março de 2008

Políticos de direita são os donos da mídia

Os políticos dos partidos conservadores de direita e de centro, DEM, PSDB e PMDB são os "donos da mídia" nacional. É o que conclui o Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom). Ao total, 271 políticos são sócios, proprietários ou diretores de emissoras de rádio e TV. Contrariando a legislação, a maioria deles é prefeito, seguidos dos deputados estaduais. Dos políticos-proprietários de meios de comunicação, 147 são prefeitos (54,24%), 48 (17,71%) são deputados federais; 20 (7,38%) são senadores; 55 (20,3%) são deputados estaduais e um é governador.
Esses números, porém, correspondem apenas aos políticos que possuem vínculo direto e oficial com os meios – não estão contabilizadas as relações informais e indiretas (por meio de parentes e laranjas), que caracterizam boa parte das ligações entre os políticos e os meios de comunicação do país. "Salta aos olhos a quantidade de prefeitos donos de veículos de comunicação. Demonstra a conveniência do Executivo em usar esses meios para manter uma relação direta com seu eleitorado", destaca James Görgen, pesquisador do Epcom.
Entre as mídias mais apreciadas pelos prefeitos, conforme a pesquisa, destacam-se o rádio OM (espaço onde acontecem os debates públicos) e as rádios comunitárias (que permitem a proximidade com a comunidade, a troca diária com o eleitorado, seja por meio da administração da rádio, seja pelo controle da programação). ''Assim, eles garantem suas bases eleitorais'', avalia Görgen. Já os senadores e deputados aparecem como proprietários de mídias com maior cobertura, como as TVs e FMs. "Em ano de eleições, é difícil imaginar que esses políticos deixem de usar seus próprios meios de comunicação para tirar vantagem logo de saída na corrida eleitoral", analisa o pesquisador, dando como exemplo os prefeitos-proprietários, que este ano podem usufruir de temporada maior que a regulamentar da campanha para fazer sua exposição positiva. "Isso dá a eles uma vantagem enorme e representa um risco à democracia", conclui.
Em relação às regiões, relativizando as proporções de cada uma e a densidade de municípios, a pesquisa confirma a prática do chamado "coronelismo eletrônico" concentrado no nordeste brasileiro, onde prevalecem políticos controlando meios de comunicação. Quanto aos partidos, esses políticos surgem assim: 58 pertencem ao DEM, 48 ao PMDB, 43 ao PSDB, 23 são do PP, 16 do PTB, 16 do PSB, 14 do PPS, 13 do PDT, 12 do PL e 10 do PT. Os números apresentados são resultado do cruzamento de dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com a lista de prefeitos, governadores, deputados e senadores de todo o país. Coronelismo eletrônico.
No ano passado, uma subcomissão especial da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados, analisou os processos de outorga no setor de radiodifusão e apresentou, em dezembro, relatório revendo as normas de concessão de rádio e televisão. Uma proposta de Emenda Constitucional foi encaminhada pelo grupo, acrescentando um parágrafo ao artigo nº 222 da Constituição, que estabelece: ''não poderá ser proprietário, controlador, gerente ou diretor de empresa de radiodifusão sonora e de sons e imagens quem esteja investido em cargo público ou no gozo de imunidade parlamentar ou de foro especial''. A presidente da subcomissão, deputada Luíza Erundina (PSB-SP), explicou, na época, que, como esse artigo ainda não foi regulamentado, os detentores de cargos públicos conseguem burlar a Constituição. Segundo ela, os políticos utilizam essas brechas para adquirir emissoras. O coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Augusto Schröder, condena a utilização privada das concessões públicas e defende que a lei seja mais clara e que sejam construídos ritos públicos eficientes. A deputada relatora da proposta, Maria do Carmo Lara (PT-MG) declarou, no relatório, que a propriedade e a direção de emissoras de rádio e televisão 'são incompatíveis' com a natureza do cargo político. O texto cita ainda um 'notório conflito de interesses' dos parlamentares, já que os pedidos de renovação e de novas outorgas de rádio e TV passam pela aprovação dos próprios deputados e senadores. A proposição ainda não foi posta em votação.

Fontes: Site Vermelho e Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC)

Quando vieres me visitar...

Traga flores, muitas delas...
Porém, não me traga apenas flores.
Não se esqueça de juntar a elas
a beleza do teu sorriso,
a ternura do teu olhar,
a força do teu abraço e
o calor dos teus beijos...

O Inter tem grupo forte

Para quem duvidava, o Internacional provou ontem em Veranópolis que tem um grupo forte e não apenas a equipe titular. Jogando sem Fernandão, Iarley, Marcão, Alex e Wellington Monteiro, o colorado despachou o time da cidade por 3 a 1 e garantiu o primeiro lugar do grupo B do Gauchão. Os gols foram de Adriano (2) e Gil (na foto de Alexandre Lops, do site do Inter), eventuais reservas. Agora, o negócio é encerrar a fase com uma grande vitória sobre o Inter de Santa Maria na quarta-feira e esperar pelo quarto colocado do outro grupo, dando início ao mata-mata. Levo fé no colorado.

Falta de sangue pode ampliar mortes por dengue no RJ

O número de mortes por dengue no Rio pode aumentar, caso o HemoRio (Instituto Estadual de Hematologia) não consiga superar em quase 50% o número de doadores de sangue. Na segunda-feira passada, a diretora do instituto, Clarice Lobo, viu chegar a 50 o número de bolsas de plaquetas, quantidade suficiente para suprir apenas cinco ou seis pacientes adultos."O estoque ficou muito, muito, muito baixo. Não deixamos de atender, mas ficamos bastante preocupados. Se tivéssemos sete pessoas precisando de plaquetas, nosso estoque não seria suficiente", afirmou Clarice.
No Estado do Rio, foram confirmados 48 óbitos pela doença, dos quais 20 pelo tipo hemorrágico da doença.As plaquetas são responsáveis por conter os sangramentos, comuns na forma hemorrágica da dengue. Normalmente, uma pessoa tem entre 150 mil e 400 mil plaquetas por mm de sangue. Mas a doença provoca queda brusca desse número e a transfusão de plaquetas pode ser a única solução.Diariamente, o HemoRio recebe cerca de 400 pacientes por dia e esse número precisa subir para pelo menos 600 pessoas. Até quinta-feira, foram confirmados no Estado 35.901, dos quais 23.555 na capital. "Não caiu o número de doadores, mas a demanda de plaquetas subiu entre 30% e 50%", afirmou Clarice.
A partir de hoje, um ônibus vai rodar a cidade para chegar mais perto dos doadores.Nesta sexta-feira, 21, um bebê morreu com suspeita de dengue no Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. O boletim médico indica que a causa da morte de Ana Clara Gonçalves, de apenas 7 meses, foi dengue, segundo a diretoria do hospital, mas o caso ainda não foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde. Das 48 mortes confirmadas, 24 são de crianças menores de 12 anos.

Presidência da República responde à Veja

Veja a íntegra da nota oficial divulgada hoje pela Casa Civil a respeito da produção de um dossiê com gastos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB):

"Com relação à matéria publicada pela Revista Veja (edição nº 2053), a Casa Civil da Presidência da República desmente categoricamente a existência de qualquer 'dossiê construído dentro do Palácio do Planalto' sobre os gastos com suprimento de fundos do governo Fernando Henrique. O que a revista apresenta são fragmentos extraídos de uma base de dados do sistema informatizado de acompanhamento do suprimento de fundos - SUPRIM. A revista Veja mente e manipula informações ao transformar o banco de dados SUPRIM, um instrumento de gestão, em mecanismo de chantagem política. O vazamento de parte de dados sigilosos se constitui em prática criminosa, por parte do autor do vazamento e por parte de quem deu publicidade a dados que não poderiam vir a público pela sua natureza, o que ensejará todas as medidas judiciais cabíveis."

Continua no http://republicavermelha.blogspot.com/2008/03/reprisando-o-velho-filme-do-dossi-falso.html