terça-feira, 30 de junho de 2009

Inter, amanhã é o dia do coração


Está chegando o dia da grande final contra o Corinthians. O Internacional, em desvantagem no placar - 2 a 0 para os paulistas no primeiro jogo -, vai colocar o coração no bico da chuteira e amassará o adversário. Nunca como agora o binômio time/torcida foi tão importante. Amanhã será uma guerra da qual espero que sejamos vencedores. Já conseguimos virar disputas ditas impossíveis em outras ocasiões. E, agora, podemos fazer o mesmo. Quem estiver lá verá. Eu estarei.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O material para a nossa luta

Companheiros jornalistas, a nossa luta não pode parar.
Ela é feita em diversas trincheiras, como as manifestações públicas, a participação em sites, blogs e comunidades na internet ou mesmo com um vizinho do lado ou um desconhecido na rua.
Na rede, podemos usar o material novo que chegou agora da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
Usem e abusem na distribuição.




sábado, 27 de junho de 2009

E Gilmar Mendes reconhece que não analisou o currículo do curso de Jornalismo


A cada dia, surgem indícios de que a votação contra o diploma de jornalista no dia 17de junho foi um golpe, uma farsa difícil de engolir.
Em entrevista à rádio Roquete Pinto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes admitiu que nenhum dos ministros do tribunal analisou o currículo dos cursos de Jornalismo para tomar a decisão que tornou não obrigatório o diploma do curso superior para o exercício da profissão de jornalista.
A informação é da colega Ivete Depelegrim Ribeiro, publicada na rede Jornalista, só com diploma! - http://jornalista-so-com-diploma.ning.com/

Foto de Arfio Mazzei

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A cobertura da mídia cresce

Um fato auspicioso vem acontecendo depois que o Supremo Tribunal Federal (STF), capitaneado por Gilmar Mendes, nos retirou o diploma de jornalista das mãos. A grande mídia, que tinha ignorado a nossa mobilização antes do dia 17 de junho (data fatídica da sessão no Supremo) não recebíamos nenhuma nota.
Eles estão noticiando como se apenas agora estivéssemos molizados. Em Porto Alegre, todos os jornais noticiaram a marcha de ontem. O Sul (reprodução abaixo) foi o mais generoso, reservando uma página para o ato. O Correio do Povo chamou na capa a deu uma boa matéria na página 9. O Jornal do Comércio garantiu espaço equivalente a meia página, com foto. Zero Hora divulgou o ato com dois parágrafos e uma boa foto do amigo Emílio Pedroso. E a RBS mostrou imagens da manifestação na noite de quarta-feira, embora sem repórter.
Que continuem assim porque nós também somos notícia. A extinção do nosso diploma - que acredito temporária - também interessa à sociedade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Diploma de jornalista: emoção de milhares de pessoas pelas ruas de Porto Alegre



Mais de 400 jornalistas, estudantes, professores, representantes de movimentos sociais e parlamentares protestaram nesta quarta-feira, 24 de junho, no Centro de Porto Alegre, contra a extinção do diploma para exercício do Jornalismo, promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ato, que se iniciou ao meio-dia, ficaria restrito à Esquina Democrática, mas tomou novas proporções. Transformou-se em marcha pela Rua da Praia e nova manifestação em frente à redação do jornal Correio do Povo. Depois de nova caminhada, os manifestantes foram ao Palácio da Justiça e à Assembléia Legislativa, onde receberam o apoio do presidente da casa, deputado Ivar Pavan.



Durante os atos, movidos pela emoção, foram exibidas dezenas de faixas com críticas à decisão tomada pelo STF no dia 17 de junho, 'pirulitos' com imagens demonizadas dos oito ministros que votaram contra o diploma - Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso de Mello - e apitos, narizes de palhaço, panelas e colheres. Algumas pessoas se vestiram com aventais e chapéu, em alusão ao comentário de Gilmar Mendes, presidente do STF, que comparou a profissão de jornalista à atividade de cozinheiro. As palavras de ordem, como 'STF não vale nada! Jornalista sem diploma é palhaçada!' e 'População, preste atenção! Querem roubar teu direito à informação!', chamavam a atenção para o golpe desferido pelo Supremo, que atinge toda a sociedade. Populares aplaudiram e apoiaram a manifestação em todos os momentos.



Na Esquina Democrática, aconteceram as manifestações de dirigentes, estudantes e políticos. Para o vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Celso Schröder, a manifestação é uma prova de que a união entre jornalistas, estudantes e professores pode modificar a situação da regulamentação profissional via Congresso Nacional. Manifestaram apoio os deputados estaduais Adão Villaverde e Dionilso Marcon, ambos do PT, os vereadores Carlos Todeschini e Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchionna (PSOL). A secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sônia Santos Viana, alertou que a extinção do diploma de Jornalismo pode ser estendido para outras profissões. Também participaram dos atos o deputado estadual e jornalista Paulo Borges (DEM) e o prefeito de Estância Velha, José Waldir Dilkin. Dirigentes dos sindicatos dos Bancários e do Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul também estivaram nas manifestações.



Em frente ao Correio do Povo, na esquina da Rua da Praia com a Caldas Júnior, os manifestantes sentaram no asfalto e chamaram os colegas que estavam nas janelas do veículo. A maioria aplaudiu, e alguns desceram para participar do ato. No Tribunal de Justiça do Estado, foi feito novo protesto, e as portas foram fechadas. Na Assembléia Legislativa, a concentração foi realizada no hall de entrada até a chegada do presidente da Casa, Ivar Pavan, que garantiu apoio pessoal a novas manifestações da categoria. Também os deputados Edson Brum (PMDB) e Heitor Schuch (PSB) fizeram questão de apoiar o movimento.

Fotos de Arfio Mazzei

Leia mais no site do Sindicato dos Jornalistas/RS:

http://www.jornalistas-rs.org.br/

terça-feira, 23 de junho de 2009

Nem chuva impedirá protesto contra extinção do diploma de jornalista nesta quarta



É amanhã, companheiros! Nem a chuva nos fará recuar...
Jornalistas, estudantes e representantes da sociedade civil promovem nesta quarta-feira, 24 de junho, ao meio-dia, protesto contra a extinção do diploma de jornalistas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida no dia 17.
No ato, marcado para a Esquina Democrática, Centro de Porto Alegre, exibirão suas posições por meio de faixas, cartazes, bonecos, apitos e narizes de palhaço. Os ministros que votaram a favor da extinção do diploma serão devidamente "homenageados".
A promoção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e do Núcleo de Estudantes da entidade também conta com a participação de delegações do Interior do Estado. O evento se realiza mesmo em caso de chuva.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Vote na enquete do portal Imprensa

O portal Imprensa está realizando enquete para saber a posição de seus leitores sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, que golpeou mais de de 80 mil jornalistas no Brasil. Até o momento, o resultado da enquete é este:
O STF derrubou a necessidade do diploma para o exercício do Jornalismo. Você concorda com a decisão?
- Sim.
355 votos - 32%
- Não.
764 votos - 68%
Total de votos: 1119
Vá no endereço do Imprensa e vote:
http://portalimprensa.uol.com.br/

domingo, 21 de junho de 2009

A cozinha do Gilmar


Criativa e inteligente a criação da colega jornalista Cristine Pires em seu blog A cozinha do Gilmar, mais um espaço para protesto contra a ação do presidente do STF. Vale a pena acompanhá-lo. O endereço do blog é http://acozinhadogilmar.blogspot.com

Manifestações em todo o Brasil contra o fim da exigência do diploma de jornalismo

Estudantes de Jornalismo de diversas cidades do país organizam novas manifestações de desagravo à decisão do STF que aboliu a obrigatoriedade da formação universitária para a profissão de jornalista. Os atos estão marcados para esta segunda-feira, dia 22, em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Teresina e Caxias do Sul. Serão simultâneos, a partir das 10h. Em Porto Alegre, haverá manifestação na quarta.
A FENAJ, os Sindicatos de Jornalistas e o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo se engajaram na mobilização e estão convocando profissionais e professores a participarem ativamente.
Também conclamam demais segmentos profissionais, movimentos sociais, parlamentares, autoridades a comparecerem às atividades, levando às ruas o apoio e preocupações que já vêm externando aos jornalistas.



Em luto pela decisão do STF, mas vivos para protestar

Conforme os Diretórios Acadêmicos dos Cursos de Jornalismo que lideram a organização, serão promovidas passeatas que culminarão com atos e a orientação é para que todos participantes vistam preto, usem nariz de palhaço, levem apitos e empunhem colheres de pau, além de faixas e banners da campanha pela valorização da formação e profissão de jornalista. As manifestações serão simultâneas em todas estas cidades, a partir das 10h desta segunda-feira. Já em Porto Alegre, o Sindicato está convocando mais um ato para quarta-feira.

Veja, a seguir, as informações, cidade por cidade, sobre locais de concentração e trajetos das passeatas.

SÃO PAULO (SP)

DIA: 22/06 – segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: em frente ao metrô Consolação - av. Paulista, altura do nº 2163
PASSEATA: até Hotel Reinascence
* Para quem é de Campinas, às 8h sairá um ônibus da PUC levando os manifestantes até a capital.

BRASÍLIA (DF)

DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Praça dos Três Poderes
PASSEATA : até a Esplanada dos Ministérios

RIO DE JANEIRO (RJ)

DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: ABI
PASSEATA: até o Palácio Tiradentes

TERESINA (PI)

DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Av Frei Serafim (ponto de encontro: Hiperbompreço)

CAXIAS DO SUL (RS)
DIA 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: UCS

PORTO ALEGRE (RS)
DIA 24/06, quarta-feira
HORÁRIO: 13h
CONCENTRAÇÃO: Esquina Democrática

Fonte: Fenaj

sábado, 20 de junho de 2009

Em defesa do diploma, estudantes trancam avenida em Porto Alegre

Dezenas de estudantes da Faculdade de Comunicação (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), de Porto Alegre, promoveram um protesto nesta sexta-feira à noite contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista. Eles interromperam o fluxo de veículos na Avenida Ipiranga, no sentido centro-bairro, por volta das 19h20min, exibindo faixas, cartazes, narizes de palhaço e palavras de ordem contra a decisão.


Foto de Elson Sempé Pedroso

Também entregaram a estudantes e à população um panfleto preparado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, que denunciava o golpe orquestrado pelo presidente do STF, Gilmar Mendes. No material, denunciaram que oito ministros definiram o destino de 80 mil jornalistas profissionais diplomados no País, além de prejudicarem uma população de 180 milhões de brasileiros, que podem ficar sem informação qualificada.
Um pelotão de choque do 11º Batalhão da Polícia Militar foi até o local para negociar a liberação da via. O protesto na avenida durou 20 minutos entre intervalos com pista total interditada e meia liberada. Para o segundo vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas, Jorge Correa, essa é a primeira ação de estudantes e da entidade em defesa da formação para o exercício do Jornalismo. O dirigente convoca outros estudantes e profissionais para a manifestação que será realizada ao meio-dia de quarta-feira, 24 de junho, na Esquina Democrática, Centro da Capital.
Leia mais, inclusive com mais fotos, no site do Sindicato:
http://www.jornalistas-rs.org.br/

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jornalistas: grande mobilização em Porto Alegre

Seguindo orientação da Fenaj, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e o Núcleo de Estudantes de Jornalismo da entidade marcaram um grande evento em defesa do diploma de jornalista. O ato, que contará a presença de profissionais e estudantes de todo o Estado, será na Esquina Democrática, Centro de Porto Alegre, na quarta-feira - 24 de junho - ao meio-dia.
Com faixas, cartazes, bonecos, apitos e narizes de palhaço, os manifestantes mostrarão a inconformidade com a decisão do Supremo Tribunal federal, que considerou inconstitucional a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. A sociedade, que também saiu prejudicada com a decisão, está sendo convidada para participar.
Mais informações no site do Sindicato:
http://www.jornalistas-rs.org.br/

Publicação importante

Companheiros, recebi este anúncio de uma "importante" publicação destinada para não-jornalistas. Olhem todos os detalhes.

Oito contra 80 mil. Oito contra 180 milhões

Golpe 1

Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não.

Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas.

A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente.

Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista.

Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo.

Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

Brasília, 18 de junho de 2009.

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

--------------------------------------------------------------------------------

Golpe 2

FIJ: decisão da Justiça brasileira é retrocesso de repercussão internacional

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) apoia a FENAJ diante da sentença que anula a obrigatoriedade do diploma em jornalismo.

A FIJ respalda seu filiado no Brasil, em sua vontade de continuar lutando pela qualidade das notícias e do jornalismo, depois que o Supremo Tribunal Federal declarou a anulação da exigencia do diploma para obter o correspondente reconhecimento profissional.

No Brasil, nos últimos 40 anos, a obrigatoriedade do diploma tem estado ligada tanto às reivindicações trabalhistas dos trabalhadores da comunicação como a exigência de uma informação de qualidade.

O patronato brasileiro batalhava há mais de uma década junto aos tribunais para tornar desnecessária a exigencia do diploma em jornalismo.

Neste período de desregulamentação, os meios de comunicação abrem caminho para uma crescente precarização dos jornalistas e criam um prejuizo para a informação democrática.

A FIJ estará atenta as ações promovidas pela FENAJ em defesa da informação de qualidade, do direito do cidadão da ser bem informado de forma profissional e de condições dignas no exercício da profissão.

Paco Audije - Secretario General Adjunto da Federación Internacional de Periodistas

--------------------------------------------------------------------------------


Golpe 3

Diploma: ABI repudia a decisão do STF

Nesta quarta-feira, 17, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a exigência de diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista.

O Ministro Gilmar Mendes foi o relator do Recurso Extraordinário nº 511961, e votou contrariamente à exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão. Na opinião dele, a Constituição Federal de 1988, ao garantir a ampla liberdade de expressão, não recepcionou o Decreto-Lei nº 972/69, que exigia o diploma.

O voto do relator foi acompanhado pelos Ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Ellen Gracie, Cezar Peluso e Celso de Mello. O Ministro Marco Aurélio de Melo votou pela permanência da exigência do diploma. Os Ministros Joquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não estavam presentes na sessão.

Em Brasília, onde foi participar da entrega de uma premiação, o Presidente da ABI, Maurício Azêdo, foi informado da decisão do STF e emitiu a seguinte declaração:

“A ABI lamenta e considera que esta decisão expõe os jornalistas a riscos e fragilidades e entra em choque com o texto constitucional e a aspiração de implantação efetiva de um Estado Democrático de Direito entre nós, como prescrito na Carta de 1988.

A ABI tem razões especiais para lamentar esse fato porque, já em 1918, há mais de 90 anos portanto, organizou o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas e aprovou como uma das teses principais a necessidade de que os jornalistas tivessem formação de nível universitário. Com esse fim, chegou a aprovar a possível grade curricular do curso de Jornalismo a ser implantado.

A ABI espera que as entidades de jornalistas, à frente a Federação Nacional dos Jornalistas-Fenaj, promovam gestões junto às lideranças do Congresso Nacional, para restabelecer aquilo que o Supremo Tribunal está sonegando à sociedade: um jornalismo feito com competência técnica e alto sentido cultural e ético”.

Maurício Azêdo, Presidente da ABI

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Desinformação do senhor ministro


Ontem, ao proferir o seu voto contra o diploma de Jornalismo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, citou alguns jornalistas destacados que não têm diploma. Entre, eles relacionou o gaúcho Caco Barcellos, da Rede Globo.
Hoje, no twiiter, o próprio jornalista tratou de desmentir o todo poderoso Mendes:
"Vi algumas mensagens no twitter falando que não tenho diploma. Aos desinformados, eu sou formado em Jornalismo pela PUCRS."
Ou seja, o maior desinformado é o homem que acabou com a formação acadêmica para exercício do Jornalismo. A informação correta é um dos fundamentos mais importantes da profissão.

Só a luta faz a lei

Por Elaine Tavares - jornalista

Paulo Freire, o grande educador brasileiro que é praticamente desconhecido no Brasil, sempre foi enfático com relação à alfabetização. “Não basta saber ler, é preciso saber ler o mundo”. Queria dizer com isso que aprender era coisa que ia muito além da compreensão sobre como se juntavam as letras. Era necessário estar capacitado também para uma leitura crítica do mundo. E como é que se consegue isso? Não basta unicamente estudar, ler, ter acesso a múltiplas fontes de informação, múltiplos pontos de vista. É preciso fundamentalmente saber de onde se é. E o que isso quer dizer? Que a pessoa precisa ter bem claro o lugar que ocupa no mundo, o que, no mundo capitalista, nos leva a uma compreensão da nossa posição de classe.
A votação sobre a não exigência do diploma para a profissão de jornalista, que aconteceu no STF brasileiro, diz bem desta questão. Ali estavam os senhores togados, representantes da classe dominante. São homens nomeados pelos presidentes de plantão para defender os interesses dos que mandam. Nada mais que isso. Vez ou outra acontece uma decisão com base na lei, mas sempre é coisa pequena, que não mexe nas estruturas, porque como bem diz o professor Nildo Ouriques, da UFSC, a democracia liberal é um regime sem lei. Neste modo de governo, as leis são mudadas ao bel prazer da minoria que tem o comando.
Vejamos os argumentos do ministro Gilmar Mendes para que a profissão prescinda de uma formação universitária: “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até a saúde e à vida dos consumidores. Logo, um jornalista não precisa de formação para fazer bom jornalismo.” Alguém entendeu?
Pois claro. Vamos supor que o que tivesse em questão fosse a necessidade de uma faculdade de Direito para que o juiz pudesse julgar a vida de outras pessoas. Poderíamos, qualquer um, argumentar o seguinte: “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores. Logo um juiz não precisa de formação para ser um bom juiz. Basta que ele tenha um bom senso de justiça e estude muito. ” Simples não?
Num país onde a maioria da população, desprovida do acesso à cultura e a educação, que se informa pela Globo, este simplório argumento representa uma vergonha. E nos causa profundo pesar ouvir isso de alguém que está acima de praticamente todos os habitantes da nação, o presidente do STF. É um argumento anti-intelectual, anti-cultural, anti-vida.
Minha mãe era uma grande cozinheira, mas sua comida divina nos era servida em casa, para a família. Não estava ela inserida no sistema de super-exploração capitalista, atuando numa empresa transnacional, na qual imperam os conceitos de competição, baixos salários e disputas intestinas. Não estava ela submetida a patrões, organogramas e metas de produtividade. Não estava também integrada num regime de divisão do trabalho aos moldes de garantir maiores lucros aos patrões. Logo, a decisão tomada nesta quarta-feira pelo STF foi uma decisão de classe. A defesa intransigente dos donos de jornais e empresários da comunicação que querem apenas gente minimamente capacitada para ler, não para ler o mundo. Porque o ser crítico, desejado por Paulo Freire, é um indivíduo perigoso demais. Ele reclama, ele reivindica, ele luta e ele ensina. A elite brasileira não quer isso para o seu povo. Há que mantê-lo sempre atado ao cabresto da ignorância, ao entretenimento, a mais-valia ideológica promovida pelos meios de comunicação de massa. Dá-lhe Big Brother, a Fazenda e outros quetais.

Voltando aos tempos do início do capitalismo

Quando a Idade Média terminou, foi-se chegando um jeito de organizar a vida que mais tarde viria a ser chamado de capitalismo. É o supra-sumo da liberdade, dizem os seus defensores. Nele, o trabalhador tem escolhas. Como era naqueles dias em que as fábricas passaram a dominar a vida. O povo empobrecido dos burgos tinha como escolher: ou se submetia a trabalhar vinte horas em condições insalubres e de quase escravidão, ou estava morto. Grande escolha.
Agora, no mundo capitalista da mídia selvagem e cortesã estamos no mesmo patamar. Os profissionais não precisam de formação específica, só vocação. Depois, uma vez dentro da empresa terão escolhas. Ou se submetem a salários mais baixos, condições precárias, opressão, assédio moral e tudo o que vem de lambuja no processo de super-exploração, ou não entram nesta profissão tão simples quanto fritar um bife.
Bueno, e não é por acaso que o futuro esteja praticamente na mão da empresas de mídia, visto que hoje em dia a produção de informação é o xodó do planeta. Logo, aquilo que é a coisa mais importante para um povo, o conhecimento das coisas da vida, ficará entregue a sanha do capital. Aos trabalhadores restará a opção democrática: aceitar ou cair fora. Não precisa ser vidente para prever o futuro: profissionais capacitados serão substituídos por quem aceitar submeter-se a salários menores. Será o “lindo” mundo habermasiano do consenso. A livre negociação entre empresários e trabalhadores. O tubarão dialogando com a sardinha.

Alternativas

Quem acompanha a vida cotidiana dos jornalistas nos locais de trabalho sabe que as coisas vão piorar muito. Até agora ainda havia um mínimo de regulação, uma pequena fatia de direitos com a qual o sindicato podia mover-se. Era possível fazer a luta através da Justiça ou da delegacia do trabalho. Havia um amparo mínimo. Agora não há mais. Os trabalhadores estão entregues a sua sorte, porque até que se crie uma nova lei com algum tipo de regulamentação a vida seguirá seu curso inexorável.
Mas, como dizem os cubanos – acostumados a bloqueios e vicissitudes – às vezes o horror pode servir para o passo adiante. Nos últimos tempos estávamos entregues a um trabalho sindical burocratizado, limitado às ações na Justiça. Havia uma apatia dos trabalhadores frente às lutas, uma espécie de “deixa que o sindicato resolva”. E os sindicatos, esvaziados de vida, iam arrastando-se, ganhando uma coisinha aqui e outra ali, amansando o monstro.
Agora estamos no chão. Os empresários ganharam esta batalha. Desregulamentados totalmente, estamos entregues aos desejos dos patrões. Sem medidas compensatórias via Justiça só cabe uma ação: a luta mesma, renhida e dura. Voltarmos aos tempos em que os trabalhadores se reuniam nos sindicatos para conspirar e organizar batalhas contra o capital. Então, é chegada a hora. De volta às ruas, de volta à organização, de volta a vida! Foi só uma batalha...Outras virão.
Por isso, agora, estamos num momento de viragem. Ou inventamos ou morremos, como dizia Simón Rodrigues. Para novas liras, novas canções. Nada de soluções atrasadas como a do Conselho Federal de Jornalismo que só engessa e institucionaliza a luta. Nada temos a perder, apenas nossos corpos nus, como dizia Marcos Faermann. Só os trabalhadores unidos e organizados podem mudar o seu destino. Por isso, vamos à luta. Refazer os mapas, reorientar rumos, mas organizados no sindicato.
Os patrões talvez não tenham se dado conta, mas ao nos tirarem tudo podem estar criando “cuervos”. Nada mais perigoso que um homem sem esperança!


Existe vida no Jornalismo
Blog da Elaine: www.eteia.blogspot.com
América Latina Livre - www.iela.ufsc.br
Desacato - www.desacato.info
Pobres & Nojentas - www.pobresenojentas.blogspot.com

Vamos resistir!

Vamos resistir, colegas jornalistas e estudantes.
Estamos esperando as decisões que sairão da reunião que está acontecendo agora na Fenaj em Brasília para partirmos para a ação.
Tem que ser rápida porque já tem gente sem preparo pedindo registro no Sindicato dos Jornalistas.
Temos que continuar mostrando que jornalismo de qualidade só é obtido com profissionais graduados.
Com certeza, o senho Gilmar Mendes e seus pares não irão nos calar.

STF derruba exigência do diploma para o exercício do Jornalismo

Em julgamento realizado nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal deu provimento ao Recurso Extraordinário 511961, interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo. Neste julgamento histórico, STF pôs fim a uma conquista de 40 anos dos jornalistas e da sociedade brasileira, tornando não obrigatória a exigência de diploma para exercício da profissão. A Executiva da FENAJ se reúne nesta quinta-feira para avaliar o resultado do julgamento e traçar novas estratégias da luta pela qualificação do Jornalismo.
Às 15h29min desta quarta-feira, o presidente do STF e relator do Recurso Extraordinário RE 511961, ministro Gilmar Mendes, apresentou o conteúdo do processo encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo e Ministério Público Federal contra a União, tendo a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo como partes interessadas. Após a manifestação dos representantes do Sindicato patronal e da Procuradoria Geral da República contra o diploma, e dos representantes das entidades dos trabalhadores - FENAJ e SJSP - e da Advocacia Geral da União, houve um intervalo. No reinício dos trabalhos em plenário, às 17h5min, o ministro Gilmar Mendes apresentou seu relatório e voto pela inconstitucionalidade da exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Dos 9 ministros presentes, sete acompanharam o voto do relator. O ministro Marco Aurélio votou favoravelmente à manutenção do diploma.

Golpe contra a sociedade

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, lamenta a decisão, dizendo que "oito ministros foram responsáveis por desrespeitar uma categoria com 80 mil profissionais no Brasil". A seu ver, a atitude representa um golpe contra a sociedade e a educação no Brasil.
"O relatório do ministro Gilmar Mendes é uma expressão das posições patronais e entrega às empresas de Comunicação a definição do acesso à profissão de jornalista", reagiu o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. "Este é um duro golpe à qualidade da informação jornalística e à organização de nossa categoria, mas nem o Jornalismo nem o nosso movimento sindical vão acabar, pois temos muito a fazer em defesa do direito da sociedade à informação", completou, informando que a Executiva da FENAJ reúne-se nesta quinta, às 13h, para definir novas estratégias.
Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e integrante da coordenação da Campanha em Defesa do Diploma, também considerou a decisão do STF um retrocesso. "Mas mesmo na ditadura demos mostras de resistência. Perdemos uma batalha, mas a luta pela qualidade da informação continua", disse. Ela lembra que, nas diversas atividades da campanha nas ruas, as pessoas manifestavam surpresa e indignação com o questionamento da exigência do diploma para o exercício da profissão. "A sociedade já disse, inclusive em pesquisas, que o diploma é necessário, só o STF não reconheceu isso", proclamou.
Além de prosseguir com o movimento pela qualificação da formação em Jornalismo, a luta pela democratização da Comunicação, por atualizações da regulamentação profissional dos jornalistas e mesmo em defesa do diploma serão intensificadas.

Votaram contra a formação profissional:

- Gilmar Mendes
- Carmen Lúcia Antunes Rocha
- Ricardo Lewandowski
- Eros Grau
- Carlos Ayres Britto
- Cezar Pelluso
- Ellen Grace
- Celso de Mello

O único voto favorável ao diploma:

- Marco Aurélio Mello

Exemplo de dignidade

A RW Mídias/Agência Radioweb, que transmitiu o julgamento, encerrou desta forma o seu trabalho:

"Agradecemos a sua companhia. A RW Mídias/Agência Radioweb permanecerá admitindo apenas jornalistas formados".

Jornalistas, não vamos calar!

Indignados com o STF na sua decisão com relação ao diploma de jornalista, alunos do segundo semestre do curso de jornalismo da UNIFRA decidem fazer uma manifestação. A intenção é mostrar que a formação acadêmica é fundamental para uma imprensa com credibilidade.
O protesto será nesta quinta-feira, dia 18 de junho, na Praça Saldanha Marinho. Os manifestantes se reunirão às 11h30min próximos ao chafariz da praça. Para expor sua insatisfação, os acadêmicos de jornalismo usarão roupas pretas.
Os manifestantes seguirão pelas principais ruas da cidade com faixas e palavras de ordem que façam com que a sociedade entenda e apóie a luta dos jornalistas por formação.
Os estudantes convidam a todos para que participem deste ato a favor de um jornalismo de qualidade.

O QUE: MANIFESTAÇÃO PARA DEMONSTRAR A INDIGNAÇÃO DE JORNALISTAS E ACADÊMICOS COM A DECISÃO DO STF QUE VOTOU CONTRA A OBRIGATORIEDADE DO DIPLOMA PARA EXERCER A PROFISSÃO DE JORNALISTA

QUANDO: 18 DE JUNHO DE 2009

ONDE: PRAÇA SALDANHA MARINHO - EM FRENTE AO CHAFARIZ - SANTA MARIA, RS

HORÁRIO: 11h30min

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Inter precisa de técnica e garra. Além de gol...

Sem Nilmar e Kleber (ambos na seleção), Bolívar (suspenso) e D`Alessandro (machucado), além da dúvida de Magrão, o Internacional entrará na primeira decisão da Copa do Brasil, hoje, com intuito de mostrar a força do grupo. Além de futebol, precisa mostrar garra e coragem. Necessita voltar do Pacaembu, em São Paulo, com um bom resultado frente ao Corithians. Não tomar gol é preciso, fazer gol é necessário. Se seguir esta cartilha, jogará mais tranquilo a final no Beira-Rio, no dia 1º de julho. Vai, Inter, tua torcida confia em ti!

Diploma de Jornalismo: decisão no STF é hoje

Depois de dois adiamentos, a votação da liminar que questiona o diploma de Jornalismo poderá ser votada hoje no STF, em Brasília. Por isso, é imperioso destacar a colegas e amigos a importância de mantermos a nossa legislação.



A exigência do diploma de Curso Superior em Jornalismo para o exercício independente e ético da profissão de jornalista é uma conquista histórica não só desta corporação, mas de toda a população brasileira. A luta pela criação de Escolas de Jornalismo começou no início do século passado. O primeiro Curso foi implantado 40 anos atrás e a profissão, regulamentada há 70 anos, desde 1969 exige a formação superior na sua legislação.
Este requisito representou um avanço para a imprensa do país ao democratizar o acesso à profissão, antes condicionado por relações pessoais e interesses outros que não o de atender o direito da sociedade de ser bem informada. Setores sem compromisso com a construção de um jornalismo responsável e realmente cumpridor de sua função social vêm questionando este fundamental instrumento para a seriedade, democracia e liberdade na imprensa. O diploma em Jornalismo, bem ao contrário de ameaçar a liberdade de expressão, é uma das garantias que conferem à mídia brasileira qualidade e compromisso com a informação livre e plural .

terça-feira, 16 de junho de 2009

Um mau exemplo

O homem que chegou à Presidência por conta da morte de Tancredo Neves e tornou-se "imortal" na Academia Brasileira de Letras por conta dos marimbondos continua dando um mau exemplo para o Brasil. José Sarney, morador do Maranhão e eleito senador pelo Acre, contrata parentes, amigos e amigos dos amigos na calada do noite. Tem que ser apeiado do cargo de presidente do Senado. Caso contrário, a instituição continuará envolta em lama.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Caso Escola Base – o (não) cuidado jornalístico com a publicação de denúncias

Texto de Issaaf Karhawi
Do site Curiofísica
http://curiofisica.com.br

Março de 1994. A Escola de Educação Infantil Base, em São Paulo, sofre uma denúncia de abuso sexual contra menores. Mães desesperadas de alunos contatam a Rede Globo. Dá-se início ao escândalo que mais marcou a imprensa brasileira nos últimos 15 anos.
Durante dois meses, jornais, revistas, emissoras de rádio e tevê publicaram rotineiramente notícias sobre o Caso Escola Base apontando seis pessoas (dentre elas, pais de alunos e os donos da escola) como, indubitavelmente, culpadas.
Toda a acusação baseou-se em fontes oficiais, além de pais de alunos e vizinhos da escola. Sem nenhuma investigação ou prova concreta os envolvidos no caso foram estampados como monstros. A história toda foi noticiada de forma bastante parcial e distorcida, mas muito enfaticamente. O resultado? Linchamento social dos acusados, depredação de suas moradias e da escolinha além de muito falatório.
Transcorridos os dois meses o inquérito foi arquivado com a conclusão de que os acusados eram todos inocentes. Friso: todos inocentes. Ficou nas mãos da mídia, a contadora da história, limpar o entulho esparramado pelos corredores da escolinha. Nunca a imprensa brasileira foi tão criticada (incluo aqui auto-criticada) como no Caso Escola Base.


Uma das manchetes do caso Escola Base


O mínimo que se espera de um jornalismo relevante e confiável é a apuração dos dados. Em um trabalho investigativo, ou tratando assuntos delicados, é mais que necessária a apuração precisa das informações. Escutar os dois lados do fato, por exemplo, é imprescindível. No entanto, a ânsia pelo furo jornalístico, pela notícia de capa - pelo escândalo - acaba falando mais alto que a ética.
Presenciamos a era do entretenimento na qual a transgressão é prato cheio de qualquer meio de comunicação que mede sua aceitação através de vendas, ibope, enfim, através do alcance de seu produto.
A informação, na pós-modernidade, se confunde com o espetáculo. A credibilidade da informação pode até ser violada, mas a notícia não deixa de ser transformada em um grande show que envolve acusados, inocentes, repórteres, delegados, promotores…
É através da imprensa que a população, na maioria das vezes, molda a sua percepção do real. É praticamente impossível se isentar dessa responsabilidade. Não identificar contradições na investigação policial, nos laudos do IML ou nos depoimentos de crianças de quatro anos e suas mães, é, no mínimo, questionável.
O jornalista deve em seu cotidiano colocar em prática o bom-senso. O furo, a disputa pela audiência, a investigação são necessárias e saudáveis, mas não devem ser legitimadas quando de costas para a ética.
No Caso Escola Base as mea culpas da imprensa não foram suficientes para reestruturar a vida dos acusados já prejudicados financeira e psicologicamente. Há um enorme abismo entre as desculpas e o impacto das notícias. Durante todo o caso foi possível teorizar um anti-jornalismo debruçado em fontes contraditórias e nada profissionais, matérias sem crédito, acusações sem embasamento.
Em 2005, onze anos após o ocorrido, a Rede Globo foi condenada a pagar cerca de 450 mil reais para cada acusado no Caso Escola Base. Isso, sem dúvidas, mostra que o país protege o cidadão dos abusos da imprensa. Mas será isso suficiente? Os danos que ficam e a credibilidade que esvai são marcas muito mais profundas no caráter da imprensa nacional.
É papel do jornalista informar e isso inclui, sem dúvidas, noticiar denúncias. No entanto, prevalece a lei máxima do Direito Penal: “In dúbio pro reo” (Em dúvida a favor do réu, ou o nosso adaptado, “todo mundo é inocente até que se prove o contrário”). Não sendo assim a grande vilã da história será sempre a imprensa.

Jornalista, a mobilização continua!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Julgamento do diploma de Jornalismo adiado para o dia 17 de junho

Na postagem de ontem eu coloquei no título que a apreciação do STF "pode".... Tinha razão em ser precavido. Adiado na tarde desta quarta-feira, o julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, foi remarcado para o dia 17 de junho (próxima quarta-feira). Detalhe: é a quarta pauta do dia!
Diante da situação, a Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) está reunida neste feriado de Corpus Christi para traçar novas estratégias da campanha em defesa do diploma neste momento decisivo para o futuro do Jornalismo brasileiro.

Mais informações no site da FENAJ:

http://www.fenaj.org.br

Contra a grilagem na Amazônia


Na quarta-feira, dia 02 de junho, o senado brasileiro aprovou a MP 458. Esta medida presenteia todos aqueles que fizeram grilagem na Amazônia com a regularização de terras ocupadas ilegalmente.
Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar a MP 458, 67 milhões de hectares de terras públicas da Amazônia serão privatizados. Um patrimônio estimado em 70 bilhões de reais irá parar nas mãos dos grileiros.
O Gabinete de Lula está recebendo milhares de ligações pedindo para que a MP 458 não seja aprovada. Faça sua parte, ligue e espalhe os números e o e-mail do presidente Lula para seus amigos. Peça para que eles digam NÃO A MP 458.

Telefone do Gabinete de Lula:

(61) 3411.1200 ou (61) 3411.1201

Ou envie um e-mail através do link:

https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php

Para saber mais sobre o assunto acesse:

www.greenblog.org.br

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Diploma de Jornalismo: decisão no STF pode sair hoje

Hoje, a partir das 14h, as atenções dos jornalistas brasileiros e dos defensores do direito da sociedade à informação de qualidade estarão voltadas para o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Estará em pauta o julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista. A FENAJ convocou ato público para acompanhamento da sessão em Brasília. Paralelamente, manifestações e vigílias acontecem em todo o país.
Não deixe de participar.
O futuro de nossa profissão está em jogo!

O jornalista precisa de formação

Artigo meu publicado hoje no Jornal do Comércio, de Porto Alegre. É mais uma chamada para acompanharmos hoje a votação do STF sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo.

Deputados se engajam na luta em defesa do diploma de Jornalismo

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) conclamou ontem toda a sociedade a se mobilizar em torno do julgamento da obrigatoriedade do diploma de jornalista. A matéria está na pauta de hoje do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento de recurso extraordinário questiona a formação superior para exercício da profissão e registro profissional.
Paulo Pimenta, que é jornalista formado, mostrou-se indignado com o julgamento do fim de diploma para profissão. Ele disse que, além da desregulamentação da atividade profissional, o tema interessa somente ao poder econômico. “Significa impor barreiras para a educação e limitar a qualidade do ensino superior”.
Para o petista, a não obrigatoriedade do diploma significa o fim das faculdades de jornalismo, da pesquisa e da reflexão acadêmica. “Acontece no momento em que as tecnologias inovam, são complexas, e precisamos ter profissionais qualificados que, do ponto de vista dos aspectos humanos e do direito ao contraditório, tenham em sua formação conhecimentos básicos que permitam o exercício desta profissão a partir de princípios éticos fundamentais”, disse. O deputado citou pesquisas segundo as quais 74,3% da população é a favor do diploma de jornalista.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) também defendeu a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. “Derrubar a exigência de formação superior específica em jornalismo é algo que não interessa à sociedade brasileira. A população tem direito de receber informações apuradas por profissionais com formação apropriada. Dizer que o diploma ameaça a liberdade de expressão é uma falácia”, disse.

terça-feira, 9 de junho de 2009

STF define a regulamentação do Jornalismo. Que os ministros sejam iluminados!


Companheiros jornalistas, façamos vigília nesta quarta-feira à tarde.
O STF estará votando em Brasília o Recurso Extraordinário 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista.
Vamos torcer para que os ministros estejam iluminados e votem em defesa de nossa regulamentação e do direito da sociedade de receber uma informação bem apurada e de qualidade.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Diploma de Jornalismo: é a hora da mobilização total em todo o Brasil

A executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o GT Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma convocam os jornalistas, entidades e instituições apoiadoras do movimento a intensificarem as iniciativas de fortalecimento desta luta e de sensibilização dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista, foi incluído na pauta da sessão do STF do dia 10 de junho. A FENAJ prepara nova manifestação em Brasília para o dia do julgamento.
Organizar caravanas para o ato em Brasília e manifestações públicas nos estados são as duas principais orientações da FENAJ e Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma. A Federação solicita que os Sindicatos, faculdades e demais apoiadores desta campanha encaminhem informações sobre as atividades a serem realizadas para o e-mail boletim@fenaj.org.br.
Enviar mensagens aos ministros do STF (a sugestão de texto e os endereços eletrônicos podem ser acessados por www.fenaj.org.br) e postar apoios também no site da FENAJ são, também, ações recomendadas. Até o momento já foram postadas 3.356 mensagens.
Derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista só interessa àqueles que desprezam o livre exercício do jornalismo com qualidade e ética e o direito da sociedade à informação. Por isso, neste momento decisivo é fundamental ampliar os apoios sociais a esta campanha. Neste sentido deve-se buscar, nos estados, manifestações de parlamentares e personalidades que fortaleçam esta luta, bem como estimular a adesão à rede social "Jornalista, só com diploma", a favor da obrigatoriedade da formação específica e de nível superior para o exercício da profissão.

Inter com garra e coragem



Desta vez, o Inter jogou como um time candidato a todos os campeonatos que disputar este ano. Sem quatro jogadores importantes - Nilmar, D´Alessandro, Álvaro e Kleber -, jogou de igual para igual contra o Cruzeiro no Mineirão. Por não jogado apenas no seu campo, esperando o adiversário - como ocorreu contra o Flamengo no Maracanã e o Coritiba no Couto Pereira - saiu na frente, com gol de Magrão (na foto acima, do site do Inter, festeja com Alecsandro) e poderia ter marcado mais gols. É verdade que o time mineiro teve mais posse de bola e também perdeu oportunidades, além do gol de empate. Mas o Inter foi compacto, guerreiro e exibiu um bom futebol. É um lenitivo a mais para a primeira decisão da Copa do Brasil contra o Corinthians no dia 17 de junho.


A grande torcida que esteve no Mineirão (outra foto do site do Inter) festejou o empate contra um dos melhores times brasileiros.

O golpe dos tucanos na Petrobras




A coluna abaixo desnuda, publicada no dia sábado, no jornal Folha de São Paulo, desnuda como age na surdina o tucanado golpista. Estão sempre prontos para produzir falsidades que certamente são acolhidas por parte da mídia golpista. É o jogo deles até a eleição. Elegeram a Pretobras porque a estatal só estava gereando notícias boas para a economia brasileira. São contra, portanto, o povo brasileiro.


quinta-feira, 4 de junho de 2009

Não esqueçamos de 2005

O ano de 2005 está logo ali.
As falcatruas que tiraram o título do Inter naquele ano serão lembradas na final da Copa do Brasil.
Vamos, Inter!

Decisão será no Beira-Rio

Vencemos a primeira. Em sorteio realizado a pouco na CBF, no Rio, o primeiro jogo da final da Copa do Brasil será em São Paulo, no dia 17 de junho. No dia 1º de julho, no Beira-Rio, Inter e Corinthians fazem a segunda e decisiva partida. O esquema é o seguinte: daqui a duas semanas, é necessário fazer gol fora e, se possível, ganhar. Depois, é tudo com o fator campo, unindo time e torcida em nosso estádio. Vai faltar lugar! Mas eu estarei lá, com certeza.

Classificação com derrota pode ser benéfica ao Internacional


Estou festejando a classificação do Internacional à final da Copa do Brasil, contra o Corinthians. O time jogou ontem a pior partida deste ano, foi dominado pelo Coritiba e acabou beneficiado pelos 3 x 1 do Beira-Rio. Porém, a má jornada pode ser benéfica para o clube. Perdeu pelo placar que poderia perder e afastou aquela situação de invicto que acumulou durante meses. Ninguém é invencível e o Inter teria que perder em algum momento. Foi ontem, quando o time não agrediu como deveria.
Tenho certeza de que a situação mudará contra o Corinthians, time que vale mais pelo seu treinador do que pela qualidade do time. Passou à final com dois empates com o Vasco da Gama, time que está amargando a segunda divisão do futebol brasileiro. E poderia ter ficado fora se o juiz tivesse assinalado um pênalti a favor dos cariocas.
Acredito no Inter, que não jogará novamente como ontem. Os jogadores (na foto acima, do site do clube) fazem bem em festejar, mantendo a cabeça erguida.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Não te ausentes

Não te ausentes de mim
Para que os dias não se façam vazios
Para que as tardes não se esmoreçam
Deixando as prímulas da janela em pálida cor
Não te ausentes...
Pois o escuro da noite traz um
Silêncio que me assusta
Me pondo em sobressalto constante
Deixando meu corpo em febre
Deixa comigo sua presença
E com ela, o azul celeste a colorir
As manhãs do meu viver
Sentindo o brilho do teu olhar
A me conduzir em rumo certo
Te quero próximo!
Caminhando no solo firme dos meus sonhos
Onde te busco em cada ponto do universo
Procurando teu rosto com carícias de seda
Não te ausentes!
Para que eu não viva a tatear tua imagem
Sentindo-me como constante sol a buscar-te
Te vendo como eterna sombra a fugir-me.

(Simplesmente Teresa)

© Proteja os direitos autorais

Colunismo: os melhores

O Blog do Emir, sempre criativo em suas propostas, publicou uma lista das melhores e das piores colunas da imprensa brasileira. Boa análise.

Piores

Editoriais da Folha
Editoriais do Estadão
Editoriais do Globo
Painel da Folha
Radar da Veja
Dora Kramer
Miriam Leitão
Merval Pereira
Clovis Rossi
Eliane Catanhede
Arnaldo Jabor
Ali Kamel
Lucia Hipólito
FHC
Diogo Mainardi


Melhores

Verissimo
Zé Simão
Tutty Vasquez
Mauro Santayana
Mino Carta
Luis Nassif
Paulo Henrique Amorim

Agora, eu acrescento as minhas, concordando com todas do Emir.

Piores: Arnaldo Jabor, Ana Amélia Lemos, Ricardo Noblat, Alexandre Garcia, Carta do Editor de alguns jornais, Augusto Nunes, Claudio Humberto

Melhores: Leandro Fortes, Ancelmo Gois, Janio de Freitas, Eduardo Guimarães, Emir Sader, Marcos Nobre, Gilson Caroni Filho, Altamiro Borges, Mario Marcos de Souza, Juremir Machado da Silva, Denise Nunes

Quem quiser, pode acrescentar outros.