quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Suharto: a morte de um ditador

Nesta semana, morreu um dos mais brutais e estúpidos assassinos do século 20, o ditador indonésio Suharto. Logo me veio à cabeça um comentário feito pelo professor João Quartim de Moraes. Em suas palestras, ele não se cansava de dizer que os mesmos órgãos da grande imprensa que gostavam de colocar o título de ditador na frente dos nomes de dirigentes comunistas, como Fidel Castro e Mao Tse-Tung, quando se referiam ao depravado Suharto chamavam-no simplesmente de presidente: presidente Suharto. Apenas recentemente, com o fim da guerra fria, a palavra ditador foi agregada aos seus inúmeros títulos. Isso mostra que a mídia tem lado e, geralmente, é o errado.
Os papas do neoliberalismo, Hayek e Friedman, também se apressaram em retirar ditaduras capitalistas do tipo de Suharto da lista de regimes totalitários. Para eles, eram apenas governos autoritários. Necessários, por algum tempo, para garantir a liberdade de mercado ameaçada permanentemente pelo totalitarismo comunista. Esta, de fato, foi a única liberdade que Suharto garantiu. Foi ela que permitiu que os ricos, inclusive o presidente e sua família, ficassem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Não é sem razão que os grandes empresários agradecem comovidos e choram sobre o seu túmulo.

Leia a íntegra em Poemas e Conflitos:

http://poemaseconflitos.blogspot.com/2008/01/suharto-morte-de-um-ditador.html

Vale a pena!