terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Deu pra ti, Corinthians

Ditadura econômica derruba chargistas do JC

Engana-se quem pensa que a censura foi varrida das redações com a democratização. O maior exemplo foi dado na semana passada com a dispensa de três chargistas do Jornal do Comércio, de Porto Alegre. Santiago, Kayser e Moa não serviram mais ao veículo porque a ditadura econômica do veículo entendeu que seus traços não estavam agradando aos leitores. Ou seja, não rezavam a cartilha do jornal, de linha econômica e defensora incondicional do capitalismo. Os chargistas estariam trilhando caminho diferente. O episódio mostra que os donos do JC não convivem bem com o contraditório e preferem a parcialidade, colocando uma foto no lugar das charges. Possivelmente de um centro de compras apinhado de consumidores.
Santiago, colecionador de prêmios de jornalismo, disse ao site Coletiva.Net que “o humor não pode viver sem fazer crítica, e a crítica tem que ter veneno. Se não tiver veneno, tem que ter pimenta. Ou no mínimo sal. Sem sal, só comida para doente”. Agora, continuará contribuindo para jornais alternativos, acolhedores da crítica e da irreverência. Foi este o tema que sua última contribuição ao Jornal do Comércio. Pelo menos este trabalho, republicado acima, não recebeu o tacape da ditadura econômica.