sábado, 5 de julho de 2008

A natureza nos persegue

Eu e a Sílvia estávamos saindo de Porto Alegre em um domingo de junho para almoçarmos em qualquer lugar que encontrássemos. Não existe fórmula melhor do que esta para afastarmos o estresse da semana. Pegamos a estrada e passamos por lugares de cenários belíssimos na estrada entre Gravataí e Taquara - este município está distante cerca de 50 quilômetros de Porto Alegre. Mas o que chamou mais a minha atenção foi a folha de uma árvore que atravessou à frente de nosso carro na saída da capital, quase na ponte do Guaíba. De imediato, cliquei e a captei a imagem. Transformou-se no presente de nosso curto passeio.

Minha pensão...



















O tempo passa, mas a memória não falha. No segundo andar deste prédio, na esquina entre a Avenida Independência e a Rua Barros Cassal, eu residi entre 1972 e 1975. Foi a primeira pensão em que morei na capital dos gaúchos - Porto Alegre - e da qual guardo boas e más recordações. Foi um tempo de aprendizagem...

Jornalista, entre nesta luta. Ela é tua!

Manifesto à Nação

Em defesa do Jornalismo, da sociedade e da democracia no Brasil

A sociedade brasileira está ameaçada numa de suas mais expressivas conquistas: o direito à informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia.

O Supremo Tribunal Federal - STF - está prestes a julgar o Recurso Extraordinário 511961 que, se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista, porque elimina um dos seus pilares: a obrigatoriedade do diploma em curso superior de Jornalismo para o seu exercício. Vai tornar possível que qualquer pessoa, mesmo a que não tenha concluído nem o ensino fundamental, exerça as atividades jornalísticas.

A exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que modificou profundamente a qualidade do Jornalismo brasileiro.

Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.

É direito da sociedade receber informação apurada por profissionais com formação teórica, técnica e ética, capacitados a exercer um Jornalismo que efetivamente dê visibilidade pública aos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas. Os brasileiros merecem um jornalista que seja, de fato e de direito, profissional, que esteja em constante aperfeiçoamento e que assuma responsabilidades no cumprimento de seu papel social.

É falacioso o argumento de que a obrigatoriedade do diploma ameaça as liberdades de expressão e de Imprensa, como apregoam os que tentam derrubá-la. A profissão regulamentada não é impedimento para que pessoas - especialistas, notáveis ou anônimos - se expressem por meio dos veículos de comunicação. O exercício profissional do Jornalismo é, na verdade, a garantia de que a diversidade de pensamento e opinião presentes na sociedade esteja também presente na mídia.

A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.

Não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos destes interesses particulares. Os brasileiros e, neste momento específico, os Ministros do STF, não podem permitir que se volte a um período obscuro em que existiam donos absolutos e algozes das consciências dos jornalistas e, por conseqüência, de todos os cidadãos!



Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil

Jornalista, defenda tua regulamentação