terça-feira, 31 de março de 2009

Viva o Jornalismo, viva a informação precisa, imparcial e com ética...



Colegas jornalistas e de outras profissões, chegou o dia especial para aqueles que estão na mídia e também para a sociedade em geral.
A exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, em vigor há 40 anos (1969/2009), está ameaçada. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará neste 1º de abril o recurso que questiona a constitucionalidade da regulamentação profissional do jornalista.
O ataque à profissão é mais um ataque às liberdades sociais, cujo objetivo fundamental é desregulamentar as profissões em geral e aumentar as barreiras à construção de um mundo mais pluralista, democrático e justo.
Meus amigos e minhas amigas, defender que o Jornalismo seja exercido por jornalistas está longe de ser uma questão corporativa. Trata-se, acima de tudo, de atender à exigência cada vez maior, na sociedade contemporânea, de que os profissionais da comunicação tenham uma formação de alto nível.
Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros ue não o do real compromisso com a função social da mídia.
A formação superior específica para o exercício do Jornalismo há muito é uma necessidade defendida não só pela categoria dos jornalistas. A própria sociedade, recentemente, já deixou bem claro que quer jornalista com diploma. Pesquisa do Instituto Sensus, realizada em setembro de 2008, em todo o país, mostrou que 74,3 % dos brasileiros são a favor da exigência do diploma de Jornalismo. E a população tem reafirmado diariamente esta sua posição, sempre que reclama por mais qualidade e democracia no Jornalismo.
Peço que os amigos jornalistas e de outras profissões que torçam muito hoje. Se perdemos, perderão todos. Se ganharmos, vitoriosos serão todos. Não queremos que este 1º de abril seja de mentira. Mas de verdade em defesa da informação.

Defensores do diploma foram às ruas. Destaque para jornalistas e estudantes em Porto Alegre



Apoiadores da Campanha em Defesa do Diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista foram às ruas em todo o País nesta terça-feira (31/3). O movimento reforça a reivindicação dos jornalistas brasileiros e da sociedade para que no julgamento, que começa quarta-feira (1º/4), os ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitem o recurso que questiona a constitucionalidade do diploma. A mobilização ganhou eco na Câmara dos Deputados. Um Ato Público Nacional em frente ao STF e vigílias nos Estados marcarão o dia 1º de abril de 2009.





No Rio Grande do Sul, uma marcha em defesa do diploma movimentou algumas das principais ruas de Porto Alegre na manhã desta terça-feira. Dezenas de jornalistas, sindicalistas e estudantes se concentraram na Praça da Matriz, Centro da capital gaúcha, às 10 horas, e iniciaram uma caminhada de 2 quilômetros até a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. No trecho, distribuíram panfletos e a edição extra do jornal Versão dos Jornalistas, com matérias sobre a votação do Recurso Extraordinário nº 511.961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma para o exercício de Jornalismo.



Ao final da passeata, diversos oradores manifestaram a confiança de que o STF atenderá aos anseios da população, votando favoravelmente à manutenção do diploma. "Há 45 anos, tivemos um golpe que culminou em uma ditadura. Não queremos que outro golpe atinja a nossa democracia", pediu o presidente do Sindicato gaúcho, José Nunes. O ato que mais emocionou os participantes foi quando o carro de som tocou o Hino Nacional Brasileiro. De imediato, todos se deram as mãos e cantaram o Hino. Houve atividades durante todo o dia em várias cidades gaúchas. Em Bagé, estudantes da Urcamp iniciaram, às 19 horas, uma caminhada pelas principais ruas da cidade. Uma delegação do RS já está em trânsito, rumo a Brasília.

APIJOR lança manifesto em defesa do diploma

Em manifesto lançado nesta terça-feira (31/03) a direção da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais (APIJOR) voltou a defender a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Para a entidade, “a exigência do diploma em jornalismo está em consonância com a Constituição. Mais do que isso, está em consonância com a necessidade de um jornalismo feito com ética profissional, com autonomia e com responsabilidade”. Veja, a seguir, a íntegra do documento.

Jornalismo com ética e responsabilidade, só com jornalistas bem formados
Amanhã (1º de abril) o Supremo Tribunal Federal começa o julgamento para definir se a regra que exige a formação específica para alguém que pretenda exercer a profissão de jornalista é constitucional. A resposta positiva – ou seja, o reconhecimento de que o Decreto-Lei 972/69, que exige o diploma em jornalismo para o exercício da profissão, está de acordo com a Constituição Federal de 1988 – implica o reconhecimento simultâneo e automático de que a sociedade brasileira merece um jornalismo feito por profissionais com no mínimo a formação universitária de graduação em jornalismo.

A APIJOR apóia o diploma
Para a Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais – APIJOR a exigência do diploma em jornalismo está em consonância com a Constituição. Mais do que isso, está em consonância com a necessidade de um jornalismo feito com ética profissional, com autonomia e com responsabilidade.

O jornalista deve ser cada vez mais bem formado. A luta para melhorar a formação dos futuros profissionais jornalistas é do interesse de toda a sociedade. É uma das condições para os jornalistas poderem assumir a responsabilidade de produzir um jornalismo que atenda aos interesses de todos os cidadãos: o de serem bem informados.

Autonomia para o jornalista
O caminho em direção a este ideal é longo. Um jornalismo com essa característica exige, além de profissionais bem formados, jornalistas que tenham autonomia para exercer a profissão.

Em vez de se pautarem pelos interesses dos proprietários dos veículos, de governos e governantes ou de interesses privados, os profissionais devem se pautar pelo código de ética da profissão.

O Código contempla as preocupações, atitudes e procedimentos para o exercício de um jornalismo plural, que busque oferecer à sociedade as notícias vistas de diferentes ângulos e as interpretações divergentes sobre os fatos, assim como as diversas correntes de opinião existentes na sociedade.

Trata-se de uma necessidade para a plena cidadania dos brasileiros. Não pode haver verdadeiros cidadãos e cidadãs sem um jornalismo que forneça informação jornalística de boa qualidade e plural.

Fim dos monopólios e oligopólios
Essa condição exige mudanças profundas na atual estrutura da propriedade dos meios de comunicação no Brasil.

Inicialmente, é preciso regular por lei o que já está na Constituição, a proibição ao monopólio e ao oligopólio, assim como a regionalização da produção cultural, artística e jornalística. Com mudanças concretas nesta realidade teremos um jornalismo verdadeiramente pluralista.

Aí sim poderemos dizer que haverá plena liberdade de expressão e de imprensa no Brasil. Enquanto as distorções atuais permanecerem, essa liberdade será restrita a uns poucos. Será mais uma liberdade de empresa do que de imprensa.

O direito autoral do jornalista neste contexto
As condições acima são necessárias para que se realize em sua plenitude a responsabilidade do jornalista enquanto autor. Não que ele necessite dessa autonomia para que seu trabalho seja protegido pela Lei 9610/89, dos direitos autorais. Essa proteção já está garantida aos jornalistas, e a APIJOR existe para fazer a defesa desse direito.

Mas, para que se possa cobrar do jornalista profissional a responsabilidade integral pelo seu trabalho – o que está em consonância com a idéia de autoria –, há que se oferecer uma formação e condições adequadas para o exercício da profissão: salários, contratos decentes e condizentes com a legislação, respeito à sua dignidade e autonomia de trabalho.
Em resumo, é preciso que o jornalista tenha tudo o que lhe é negado nas atuais condições do mercado de trabalho e de acordo com a atual estrutura dos meios de comunicação jornalística no país.

A responsabilidade do STF
Por tudo o que está dito, e ainda no momento em que se inicia uma mobilização de toda a sociedade pela realização de uma Conferência Nacional de Comunicação, a negação da exigência da formação específica seria um tremendo passo atrás na luta que os jornalistas brasileiros – e a própria sociedade – vêm travando por uma informação jornalística de maior qualidade.

Essa é a posição da APIJOR. Entendemos que não pode ser outra, também, a posição da mais alta corte do país, responsável por preservar a Constituição e as conquistas que ela representa em termos da cidadania dos brasileiros.

São Paulo, 31 de março de 2009,
Diretoria da Apijor.

Jornalista, só com diploma

*Sérgio Murillo de Andrade

Em 1964, há 45 anos, na madrugada de 1º de abril, um golpe militar depôs o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura de 21 anos no Brasil. Naquela época, todos os setores, inclusive o Jornalismo, e liberdades democráticas foram atingidas e sofreram por mais de duas décadas.

Em 2009, a sociedade brasileira pode estar diante de um novo golpe, mais direcionado que então. Desta vez, especificamente contra o seu direito de receber informação qualificada, apurada por profissionais capacitados a exercer o Jornalismo, com formação teórica, técnica e ética.

A exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, em vigor há 40 anos (1969/2009), encontra-se ameaçada. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, também em 1º de abril, o recurso que questiona a constitucionalidade da regulamentação profissional do jornalista. O ataque à profissão é mais um ataque às liberdades sociais, cujo objetivo fundamental é desregulamentar as profissões em geral e aumentar as barreiras à construção de um mundo mais pluralista, democrático e justo.

É importante esclarecer: defender que o Jornalismo seja exercido por jornalistas está longe de ser uma questão unicamente corporativa. Trata-se, acima de tudo, de atender à exigência cada vez maior, na sociedade contemporânea, de que os profissionais da comunicação tenham uma formação de alto nível. Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.

O ofício de levar informação à sociedade já existe há quatro séculos. Ao longo deste tempo foi-se construindo a profissão de jornalista que, por ter tamanha responsabilidade, à medida que se desenvolveu o ofício, adquiriu uma função social cada vez mais fundamental para a sociedade. E para dar conta do seu papel, nestes quatro séculos, o Jornalismo se transformou e precisou desenvolver habilidades técnicas e teóricas complexas e específicas, além de exigir, também sempre mais, um exercício baseado em preceitos éticos e que expresse a diversidade de opiniões e pensamentos da sociedade.

Por isso, a formação superior específica para o exercício do Jornalismo há muito é uma necessidade defendida não só pela categoria dos jornalistas. A própria sociedade, recentemente, já deixou bem claro que quer jornalista com diploma. Pesquisa do Instituto Sensus, realizada em setembro de 2008, em todo o país, mostrou que 74,3 % dos brasileiros são a favor da exigência do diploma de Jornalismo. E a população tem reafirmado diariamente esta sua posição, sempre que reclama por mais qualidade e democracia no Jornalismo.

A Constituição, ao garantir a liberdade de informação jornalística e do exercício das profissões, reserva à lei dispor sobre a qualificação profissional. A regulamentação das profissões é bastante salutar em qualquer área do conhecimento humano. É meio legítimo de defesa corporativa, mas sobretudo certificação social de qualidade e segurança ao cidadão. Impor aos profissionais do Jornalismo a satisfação de requisitos mínimos, indispensáveis ao bom desempenho do ofício, longe de ameaçar à liberdade de Imprensa, é um dos meios pelos quais, no estado democrático de direito, se garante à população qualidade na informação prestada - base para a visibilidade pública dos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas.

A existência de uma Imprensa livre, comprometida com os valores éticos e os princípios fundamentais da cidadania, portanto cumpridora da função social do Jornalismo de atender ao interesse público, depende também de uma prática profissional responsável. A melhor forma, a mais democrática, de se preparar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em Jornalismo.

A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.

Somos mais de 60 mil jornalistas em todo o país. Milhares de profissionais que somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão, e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o Jornalismo praticado hoje no Brasil.

E não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos de interesses privados e motivações particulares. Os jornalistas esperam que o STF não vire as costas aos anseios da população e vote pela manutenção da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista no Brasil. Para o bem do Jornalismo e da própria democracia.


* Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

segunda-feira, 30 de março de 2009

A marcha pelo diploma e pela democracia será nesta terça em Porto Alegre

Uma grande marcha em defesa do diploma para o exercício do Jornalismo sairá nesta terça-feira, dia 31 de março, às 10h, da Praça da Matriz, Centro de Porto Alegre. Profissionais, sindicalistas e estudantes mostrarão à população porque a formação universitária é importante também para a sociedade, e não apenas para os jornalistas. "Não é um ato apenas corporativo, mas a defesa da democracia. O jornalista com formação faz bem para a sociedade", explica o segundo vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Jorge Correa.

A passeata servirá para distribuição de panfletos e da edição extra do jornal Versão dos Jornalistas, produzido especialmente para a ocasião, e terá faixas e cartazes. O percurso será de aproximadamente dois quilômetros, seguindo pela rua Jerônimo Coelho, avenida Borges de Medeiros, avenida Aureliano de Figueiredo Pinto e rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, sede do Supremo Tribunal Federal da 4ª Região. No local, o grupo fará um ato simbólico em defesa do diploma. Informações pelo telefone 51-3228-8146.

Sindicato movimenta jornalistas em favor do diploma

O Rio Grande do Sul vive uma mobilização intensa nos dias que antecedem a votação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Recurso Extraordinário nº 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Manifestações públicas, reuniões em faculdades e em redações têm dado o tom da campanha que quer sensibilizar os 11 juízes do STF a manterem a exigência da formação universitária, na reunião marcada para a tarde desta quarta-feira, 1º de abril.



Veja o que já foi feito:

No dia 27 de março, sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, e o presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Torma, foram recebidos pelo vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Surreaux Chagas. O desembargador elogiou o trabalho dos jornalistas gaúchos, e desejou "boa sorte" na decisão que será tomada em Brasília.

No sábado, 28, o Núcleo de Estudantes do Sindicato dos Jornalistas do RS reuniu-se com o diretor Léo Nuñez na sede da entidade e definiu que, pelo menos, duas centenas de estudantes gaúchos deverão participar da Marcha Pelo Diploma, marcada para esta terça-feira, dia 31 de março.

A Redenção foi palco de duas mobilizações. No sábado, 28, durante o Baile da Cidade, em comemoração ao aniversário de Porto Alegre, foram distribuídos exemplares da edição extra do jornal Versão dos Jornalistas. No domingo, 29, no tradicional Brique da Redenção, diretores do Sindicato distribuíram o jornal e explicaram a situação para a população. Nas duas atividades, estiveram presentes os diretores Marcia Camarano, Márcia Martins, Jorge Correa, Roberto Santos, Luiz Armando Vaz e Jeanice Ramos.

Na manhã desta segunda-feira, 30, aproveitando um ato unificado das centrais sindicais em defesa do emprego, dos direitos trabalhistas e sociais, e contra as demissões e os juros, o presidente do Sindicato, José Nunes, e membros do Núcleo de Estudantes da entidade, distribuíram o jornal Versão dos Jornalistas e ganharam apoio dos demais trabalhadores. A caminhada da CUT saiu da empresa Gerdau, na avenida Farrapos, e foi até o Palácio Piratini.

Ainda na tarde desta segunda-feira, uma ação para dois públicos mobilizou a direção do Sindicato na avenida Erico Verissimo, sede de algumas empresas do Grupo RBS - jornal Zero Hora, Rádio Gaúcha e ClicRBS. De megafone em punho e distribuindo o Versão dos Jornalistas, os diretores José Nunes, Marcia Camarano, Jorge Correa, Márcia Martins e Arfio Mazzei (foto acima) explicaram as razões da luta da categoria. Foram entregues centenas de jornais para funcionários e para a população que circulava pelo local, a pé ou de carro

sábado, 28 de março de 2009


Copiei a imagem acima do Orkut do amigo Francisco Martins para mostrar que o Inter está espalhado em todos o rincões deste Brasil. Os goianos têm uma confraria e vão fazer a maior festa no dia 4 de abril, dia do nosso Centenário. Aliás, isso acontecerá em todo o mundo onde houver um colorado. Nossa festa será gigante e faremos história Mais uma vez.
Viva o Internacional, colorado do Rio Grande do Sul!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Movimento intenso dos jornalistas em defesa do diploma para exercício da profissão

Um grande movimento já se manifesta em todo o País nos dias que antecedem a votação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão.



























Um folder elaborado pela FENAJ em defesa do diploma já circula em faculdades, redações e manifestações públicas. Um esquema especial, com manifestações em Brasília e em diversas cidades brasileiras, está sendo montado. A Federação e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma exortam todos os apoiadores da causa a participarem dessas atividades para assegurar a vitória do movimento.
Questionada por segmentos patronais e pelo Ministério Público Federal de São Paulo, a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo foi vitoriosa na mais alta instância do Judiciário que analisou o mérito da matéria até o momento, o Tribunal Regional Federal de São Paulo, que aprovou, por unanimidade, a tese defendida pelos representantes dos jornalistas. A expectativa agora é de que, como instância maior e final de recurso, o STF confirme tal posição. Confiantes na vitória, a FENAJ e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma consideram, no entanto, que para que isso ocorra é fundamental um grande movimento social de sensibilização dos 11 ministros que se posicionarão sobre o RE que tramita no STF.
A Federação produziu um folder que já está sendo distribuído em todo o País, alertando para o fato de que a sociedade, depois de enfrentar a ditadura durante 21 anos, pode estar diante de um novo golpe. "Desta vez, direcionado contra o seu direito de receber informação qualificada, apurada por profissionais capacitados para exercer o Jornalismo, com formação teórica, prática e ética".

ATIVIDADE GAÚCHA

Criatividade e disposição de luta marcam a programação da Campanha em Defesa do Diploma e da Regulamentação Profissional em todo o País para sensibilizar o Superior Tribunal Federal (STF) e consagrar a vitória dos jornalistas e da sociedade em defesa do Jornalismo ético e com qualidade. Veja a seguir a movimentação já definida em vários Estados.
O Sindicato dos jornalistas profissionais do Ro Grande do Sul está distribuindo edição especial do jornal Versão dos Jornalistas exclusiva sobre o diploma. Neste sábado (28), no tradicional Baile da Cidade (comemorativo ao aniversário de Porto Alegre e que reúne milhares ao ar livre), haverá panfletagem em defesa do diploma, no domingo (29), será montada uma barraca e distribuição de material noi tradicional Brique da Redenção. Para terça (31), a partir das 10 horas, está programada manifestação na Praça da Matriz, com passeata até o Tribunal de Justiça gaúcho. Além de organizar uma delegação que se deslocará de Porto Alegre para acompanhar o julgamento do Recurso no STF, em Brasília, o Sindicato dos Jornalistas e entidades apoiadoras do movimento realizarão uma vigília dia 1º de abril, na Esquina Democrática (Rua da Praia). Também está programada a participação de ativistas da campanha em defesa do diploma no treino sa seleção brasileira e no jogo contra o Peru, dia 1º de abril.

Crônica de uma censura anunciada

Leandro Fortes (*)

Deixa ver se eu entendi. O diretor da TV Câmara, Manuel Roberto Seabra, em entrevista ao site "Comunique-se", afirma que "assessores" do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, reclamaram do conteúdo do programa "Comitê de Imprensa", do qual participei como convidado, para falar das investigações contra o delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, com base em uma reportagem da revista Veja. Ele afirma ter recebido "muitas reclamações" (dos assessores de Gilmar Mendes?) sobre a "matéria". Era um programa de debates. Eu não entendo muito de televisão, mas sei diferenciar um programa de debate de uma matéria. Mas vamos adiante, porque a coisa ainda vai desandar mais.

A "matéria", segundo Seabra, "teria sido ofensiva" ao ministro Gilmar Mendes e, mais grave ainda, "saía do tema". Primeiro, eu gostaria de saber com que autoridade o diretor da TV Câmara, funcionário de uma emissora pública, paga pelo contribuinte, ordena a retirada do ar de um programa de debate por que o conteúdo das falas, de inteira responsabilidade de quem as pronuncia, "teria" sido ofensivo a quem quer que seja. Que diabos é isso? Um roteiro do mundo bizarro ou um conto de Lewis Caroll? Ainda que eu tivesse xingado o presidente do STF, o que não ocorreu, não caberia ao senhor Manuel Seabra determinar um ato de censura, assim, ao bel prazer. E a tal "tentativa de responder a isso"? Prestem atenção: queriam inserir entrevistas de Gilmar Mendes e de um "representante da CPI dos Grampos", a título de direito de resposta... num programa de debate! Como não conseguiram tal proeza, optaram em colocar novamente o programa no ar. Entenderam?

Eu explico, me acompanhem: o diretor da TV Câmara recebeu uma reclamação de "assessores" do ministro Gilmar Mendes (na verdade, a reclamação foi ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Michel Temer). Em seguida, envergonhado por não ter o outro lado, ele decidiu tirar o programa do ar e retirar o link do site da internet. Na verdade, extirpar, porque nem nos arquivos da página ele podia ser encontrado. Exatamente como faziam os stalinistas, nas fotos oficiais da extinta URSS, quando os camaradas dissidentes caíam em desgraça. Nesse ínterim, entre os dias 16 e 24 de março, Manuel Seabra tentou, em vão, entrevistar Gilmar Mendes e um representante da CPI dos Grampos. Eis um detalhe curioso: os repórteres da TV Câmara não conseguiram entrevistar o presidente do STF, que dá meia dúzia de entrevistas por semana, e, mais incrível ainda, NENHUM deputado da CPI dos Grampos! Diante de tal quadro de desolação, Manuel Seabra decidiu, então, recolocar o link no site. Vencido, pois, pelo cansaço.

Inacreditável, vale ressaltar, foi a evolução das versões. No dia 19 de março, instado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, o assessor de imprensa do deputado Michel Temer, Márcio Freitas, negou qualquer participação da presidência da Câmara na censura. Argumentou que o programa entrou numa fila, foi seis vezes ao ar e depois foi retirado para dar lugar a outros programas. Nonsense total. Essa regra não existe, nunca existiu. Além disso, o assessor nada falou sobre a retirada do link. Depois, uma funcionária da TV Câmara afirmou que o link foi retirado do ar por conta de um defeito técnico. Aliás, um defeito muito peculiar, porque só atingiu um link do site inteiro - o do debate do qual participei. Não colou. No dia 24 de março, foi a vez do Secretário de Comunicação da Câmara, Sérgio Chacon, emitir uma nota dizendo que o programa foi exibido "cinco vezes" (jornalista é ruim de conta mesmo) e que não houve pressão "de quem quer que seja" para interromper a exibição. Como assim? E os "assessores" (são quantos, afinal?) do ministro Gilmar Mendes??

A entrevista do senhor Manuel Seabra, como qualquer estudante de jornalismo pode perceber, é um ato de confissão: Gilmar Mendes mandou tirar o programa "Comitê de Imprensa" do ar e extirpar o link do site. A alegação de que houve ofensas pessoais é risível, senão patética, porque, mesmo durante o período da censura, diversos blogs veicularam o programa para milhões de internautas, alheios ao devaneio da direção da TV Câmara. No vídeo, atualmente com mais de 10 mil exibições registradas em apenas um dos links do "YouTube", não há uma única ofensa a ninguém. Sobre Gilmar Mendes, me referi, dentro do contexto da Operação Satiagraha (logo, dentro do tema "Protógenes Queiroz"), sobre o profundo desequilíbrio da cobertura da mídia, quase toda voltada para fixar no delegado a pecha de fanático por grampos ilegais (sem uma única prova) e lustrar a imagem do presidente do STF como paladino do Estado Democrático de Direito. Citei, ainda, o fato de Mendes estar me processando, e à CartaCapital, por conta de uma matéria - absolutamente jornalística - sobre o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual o ministro é sócio. Trata-se de instituição construída com dinheiro do Banco do Brasil, em terreno praticamente doado pelo governo do Distrito Federal e com contratos de mais de 2 milhões de reais firmados, sem licitação, com órgãos públicos e tribunais. Onde está a ofensa nisso?

O que ofende a todos nós, jornalistas, é essa tentativa primária de encerrar um assunto gravíssimo, baseado em prova documental (as imagens do site com e sem o link censurado), a partir de uma defesa confusa, contraditória e tardia, elaborada sem o menor compromisso com o jornalismo, a ética e a boa educação. Leio, estarrecido, que por causa desse episódio, a TV Câmara pretende "reformular" o programa "Comitê de Imprensa", até então considerado um fórum plural e democrático de discussão entre jornalistas de diversos veículos, pensamentos e opiniões. Segundo Manuel Seabra, o programa terá pautas "mais fechadas", seja lá o que isso signifique. E os apresentadores (quais? Não era só um?) estarão avisados "para evitar novos ataques pessoais". Só pode ser piada. O que farão os apresentadores? Darão choques elétricos nos entrevistados? Vão acionar aquele "piiii!" usado para camuflar os palavrões proferidos pelos participantes do Big Brother Brasil?

Mesmo o mais foca dos estagiários sabe o que vai acontecer, de fato: censura prévia. Aos entrevistados, aos temas, ao programa. Algo me diz que o "Comitê de Imprensa" subiu no telhado.

Reitero, pois, meu pedido à Associação Brasileira de Imprensa (ABI), à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e ao Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal para que abracem essa causa, não em meu nome, mas de todos os jornalistas e cidadãos brasileiros, cerceados, estes, no seu direito de ter acesso a informação pública em uma emissora do Congresso Nacional, custeada pelo contribuinte. Não é pouca coisa. O Sindicato dos Jornalistas do DF abriu uma investigação pelo Comitê de Ética para apurar os fatos. Apuração, aliás, facílima. Matéria pronta, eu diria.

E viva a liberdade de expressão.

(*) Jornalista - Texto reproduzido do site da CartaCapital

Jornalista, defenda tua profissão e a democracia

quinta-feira, 26 de março de 2009

Associação de Juízes chama Gilmar Mendes de leviano

A Associação dos Juízes Federais do Brasil emitiu uma dura nota contra declarações do presidente do STF, Gilmar Mendes, na sabatina de quarta-feira na Folha.

Leia a íntegra, que retirei do blog do Fernando Rodrigues.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE, entidade de âmbito nacional da magistratura federal, vem a público manifestar sua veemente discordância em relação à afirmação feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que, ao participar de sabatina promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo”, disse que, ao ser decretada, pela segunda vez, a prisão do banqueiro Daniel Dantas, houve uma tentativa de desmoralizar-se o Supremo Tribunal Federal e que (sic) “houve uma reunião de juízes que intimidaram os desembargadores a não conceder habeas corpus”.

Conquanto se reconheça ao ministro o direito de expressar livremente sua opinião, essas afirmações são desrespeitosas aos juízes de primeiro grau de São Paulo, aos desembargadores do Tribunal Regional Federal da Terceira Região e também a um ministro do Supremo Tribunal Federal.

Com efeito, é imperioso lembrar que, ao julgar o habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal em favor do banqueiro Daniel Dantas, um dos membros dessa Corte, o ministro Marco Aurélio, negou a ordem, reconhecendo a existência de fundamento para a decretação da prisão. Não se pode dizer que, ao assim decidir, esse ministro, um dos mais antigos da Corte, o tenha feito para desmoralizá-la. Portanto, rejeita-se com veemência essa lamentável afirmação.

No que toca à afirmação de que juízes se reuniram e intimidaram desembargadores a não conceder habeas corpus, a afirmação não só é desrespeitosa, mas também ofensiva. Em primeiro lugar porque atribui a juízes um poder que não possuem, o de intimidar membros de tribunal. Em segundo lugar porque diminui a capacidade de discernimento dos membros do tribunal, que estariam sujeitos a (sic) “intimidação” por parte de juízes.

Não se sabe como o ministro teria tido conhecimento de qualquer reunião, mas sem dúvida alguma está ele novamente sendo veículo de maledicências. Não é esta a hora para tratar do tema da reunião, mas em nenhum momento, repita-se, em nenhum momento, qualquer juiz tentou intimidar qualquer desembargador. É leviano afirmar o contrário.

Se o ministro reconhece, como o fez ao ser sabatinado, que suas manifestações servem de orientação em razão de seu papel político e institucional de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, deve reconhecer também que suas afirmações devem ser feitas com a máxima responsabilidade.

Brasília, 24 de março de 2009.
Fernando Cesar Baptista de Mattos
Presidente da AJUFE

SOU JORNALISTA POR FORMAÇÃO

Márcia Martins (*)

O 1º de abril, marcado no calendário mundial como o Dia dos Bobos, começou a ganhar fama no Brasil, em Pernambuco, em 1848, quando ocorreu o lançamento do jornal "A Mentira", informando a morte de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. De vida breve, o periódico saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando seus credores para o acerto de contas no dia 1º de abril de 1850, num local inexistente. E desde então, atire a primeira pedra quem nunca aplicou uma pequena mentira e se justificou, depois, dizendo que era "brincadeira de 1º de abril".

Em nome da informação qualificada, de um jornalismo democrático, exercido com responsabilidade e ética, é que os jornalistas de todo o Brasil precisam unir-se em defesa da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão. E evitar que três séculos depois, o dia 1º de abril fique conhecido como a data em que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a extinção da profissão do jornalista. E na carona, o fechamento de milhares de cursos de comunicação no País. O desespero de universitários que sairão formados em coisa nenhuma. A informação não apurada para a sociedade.

Ao julgar o Recurso Extraordinário sobre a constitucionalidade da exigência do diploma em curso específico para exercer a profissão de jornalista, o STF ameaça uma das conquistas mais importantes da sociedade: o direito à informação independente e plural. A formação superior é uma conquista dos jornalistas, depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos da criação dos cursos de Jornalismo. Na prática, a não obrigatoriedade do diploma significa que qualquer pessoa, mesmo sem terminar o Ensino Fundamental, pode exercer as atividades jornalísticas.

Mais do que um retrocesso perigoso na democracia e na qualidade da informação, a decisão do STF pode abrir um precedente irreversível direcionado a outras profissões que exigem nível superior. E se um belo dia, uma juíza, do alto de seu saber teórico e notório, fechada no seu gabinete, entender que não é preciso ter formação superior para ser assistente social, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeira e outras profissões? Vamos assistir tudo de braços cruzados? E deixar que decidam por nós quais as profissões exigem um aprendizado apurado?

Não se trata, apenas, de uma luta corporativista, como alguns podem julgar, a preocupação das entidades de trabalhadores de jornalistas com a sessão do STF no dia 1º de abril. É a inconformidade com a perda de um direito que todo cidadão brasileiro tem de receber informação apurada por profissionais capacitados, com formação teórica, técnica e ética. É a punhalada que pode ferir a liberdade de expressão e comprometer, no futuro, a continuidade de inúmeras outras profissões. É a não repetição de mentiras como a morte de Dom Pedro e nem a invenção de locais inexistentes para receber dívidas.

Resta acreditar que o bom senso irá prevalecer e que o País seguirá na trilha de um jornalismo profissional em aperfeiçoamento, para melhor informar a sociedade. Pedir que Hugo de Grenobble, Venâncio, Ludovico, Valério, Teodora, Teodorico e Pavoni, os santos de 1º de abril, iluminem os ministros do STF. E que a história, narrada no poema do fluminense Eduardo Alves da Costa, não encontre amparo na decisão do STF: "... Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada".



(*Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela PUCRS, trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou carreira profissional, na Zero Hora, em assessorias de comunicação sociais empresariais e públicas e está licenciada do Correio do Povo. É poeta, diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS. E tem o blog marcinhaprodigio.blogspot.com)

terça-feira, 24 de março de 2009

Definida a Caminhada do Centenário


Ontem, em reunião com a EPTC o Internacional aprovou o roteiro da Caminhada do Centenário. A concentração começa às 8h e a caminhada inicia às 9h30min do sábado, 4 de abril de 2009 na Praça Sport Club Internacional.
O trajeto terá 4km.
No final do trajeto no estádio Beira Rio, a massa colorada será recebida com trio elétrico e shows de bandas coloradas.

PARTICIPE DA CAMINHADA!
LEVE BANDEIRAS E FAIXAS!
VENHA EM ALVI-RUBRO PARA COLORIRMOS O RIO GRANDE DO SUL!
FAÇA A SUA CARAVANA DE OUTRAS CIDADES E PARTICIPE TAMBÉM DESTE MOMENTO HISTÓRICO!

Este é o grande momento da festa do Clube do Povo !

*o trajeto está marcado em vermelho

Diploma de Jornalismo: chegou o momento da votação no STF

O Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, entrará na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) em 1º de abril. Sua apreciação deve se dar no mesmo período do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei de Imprensa. A iminência do julgamento das duas ações está obrigando dirigentes sindicais e apoiadores das causas que advogam a constitucionalidade da exigência do diploma e a aprovação de uma nova e democrática Lei de Imprensa a alterarem suas agendas. "Sabemos que o julgamento destas questões começará no dia 1º de abril, mas não se pode prever quando será o seu desfecho" destaca o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sérgio Murillo de Andrade.
O dirigente pede que os dirigentes de entidades sindicais e do campo do Jornalismo, bem como de outras organizações da sociedade, deverão estar em Brasília no momento decisivo. Apoiadores do movimento estão organizando caravanas dos estados a Brasília na data do julgamento do RE 511961. Do Rio Grande do Sul, deverá sair um ônibus no dia 28 de março, domingo. "Este é o momento mais importante desde a conquista da nossa regulamentação. Vamos levar gente a Brasília, mas precisamos do apoio da categoria", diz o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes.
A entidade gaúcha abriu duas contas especiais para que os jornalistas apoiadores do diploma façam depósiutos que permitam custear despesas como transporte, alimentação e estadia em Brasília. As contas são:
Banrisul
Agência 0062
Conta Corrente 0602691425

Unibanco
Agência 0875
Conta Corrente 232938-6

O CNPJ do Sindicato é 92.955.202/0001-05.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Liberdade de imprensa? Para quem?







Do site Direto da Redação

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que reúne os grandes proprietários midiáticos do continente americano, volta e meia se reúne para repetir críticas e se posicionar levando apenas em conta os interesses dos associados. Geralmente bate de frente nos governos de países da América Latina em processo de transformação. Na última destas reuniões, realizada na capital paraguaia, a SIP confirmou que não passa de uma entidade defensora antes de qualquer coisa da liberdade de empresa. Para dourar a pílula, mistura esse gênero de liberdade com a de imprensa e de expressão.

Os grandes veículos de imprensa, impressos ou eletrônicos, repercutem em grandes espaços as resoluções da SIP, que acabou de condenar supostos ataques do Presidente Lula à imprensa. E o que é pior, manifestou a “preocupação” com a anunciada realização, em dezembro deste ano, da Conferência Nacional de Comunicação, anunciada por Lula, bem como defendeu a “flexibilização” da exigência do diploma para jornalistas.

A SIP ficou irritada com Lula por ter o presidente afirmado em entrevista para a revista Piauí que não lê jornais para não ter azia. Desta forma, Lula manifestou seu desagrado contra a constante manipulação da informação da mídia hegemônica e a filosofia do pensamento único. Contra esse tipo de deformação jornalística, a SIP silencia. Prefere condenar quem denuncia.

O patronato reunido em Assunção, sob a presidência de Enrique Santos , irmão do Ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, acusado por Hugo Chávez de querer transformar o país em Israel da América Latina, justificou a “preocupação” por entender que “os debates da Conferência Nacional de Comunicação serão conduzidos por ONGs e movimentos sociais que pretendem interferir no funcionamento da imprensa”.

O verdadeiro motivo do posicionamento da SIP é o de pressionar o Poder Público e boicotar a realização da Conferência, ou manipulá-la para evitar que cumpra os objetivos a que se propõe, ou seja, debater e sugerir mudanças na área da mídia. A resistência é tão forte que alguns analistas entendem serem as reformas na mídia mais difíceis de serem incrementadas até do que a reforma agrária, atrasada no Brasil há pelo menos dois séculos.

As mentiras levantadas pela SIP se devem também ao fato de que os proprietários dos veículos de comunicação quererem manter intacto o domínio sobre o setor midiático através de empresas oligopolizadas. Ou seja, não podem ouvir falar numa Conferência que tem por objetivo discutir a mídia no Brasil e apresentar sugestões concretas no sentido de democratizar os meios de comunicação. Entendem os barões midiáticos, representados nestas bandas pelas famílias Marinho, Mesquita, Frias e tantas outras que não se deve ampliar os espaços midiáticos para setores sociais representativos do povo brasileiro.

Vale tudo para evitar que isso aconteça. Uma das estratégias é aproveitar o espaço da SIP para apresentar argumentos que falseiam a realidade e, vale sempre repetir, que misturam alhos com bugalhos, ou seja, conceitos de liberdade que se chocam, como a de empresa e de imprensa.

Lula da Silva fez o anuncio da realização da Conferência no Fórum Social Mundial no final de janeiro em Belém. Os barões midiáticos agora pressionam o governo para evitar que os movimentos sociais brasileiros ganhem espaço na área. Querem porque querem fazer algo a sua maneira e que não coloque em questão o a sua hegemonia.

De quebra, desta vez via SIP, o patronato reafirmou sua posição contrária à exigência do diploma para o exercício profissional jornalístico. Na verdade, quer o patronato ter o controle ideológico total sobre quem elabora a notícia e também conseguir mão de obra ainda mais barata que a atual.

O debate em torno desta questão tem nuances sofisticadas e não pode ficar sujeito aos humores de um patronato que tem como norma que a notícia é uma mercadoria. Ou seja, para esses empresários, salsicha e notícia são o mesmo tipo de mercadoria, e aí então tudo é possível, inclusive a utilização da estratégia de repetir consecutivamente mentiras até que elas virem verdades.

Não é à toa que a SIP defendeu a flexibilização da exigência do diploma na antevéspera de uma decisão da matéria pelo STF. E também não é à toa que certos dirigentes latino-americanos, de Cristina Kirchner a Hugo Chávez, passando por Evo Morales, Rafael Correa, Daniel Ortega e brevemente Mauricio Funes, o presidente recém-eleito de El Salvador que tomará posse em junho, são considerados hoje “inimigos” da liberdade de empresa (e não de imprensa) pela SIP.


sábado, 21 de março de 2009

Jornalista...

Um breve texto que busquei no Blog da Sommer (http://blogdasommer.blogspot.com) e que define um pouco os jornalistas.
Tanto ela quanto eu desconhecemos o autor, mas caso alguém saiba de onde surgiu avise para que seja creditado.


Jornalista não fala – informa;

Jornalista não vai às festas – faz cobertura;

Jornalista não acha – tem opinião;

Jornalista não fofoca – transmite informações;

Jornalista não pára – pausa;

Jornalista não mente – equivoca-se;

Jornalista não chora – se emociona;

Jornalista não some – trabalha em off;

Jornalista não lê – busca informação;

Jornalista não traz novidade – dá furo de reportagem;

Jornalista não tem problema – tem situação;

Jornalista não tem muitos amigos – tem muitos contatos;

Jornalista não briga – debate;

Jornalista não usa carro – mas sim veículo;

Jornalista não passeia – viaja a trabalho;

Jornalista não conversa – entrevista;

Jornalista não faz lanche – almoça em horário incomum;

Jornalista não é chato – é crítico;

Jornalista não tem olheiras – tem marcas de guerra;

Jornalista não se confunde – perde a pauta;

Jornalista não esquece de assinar – é anônimo;

Jornalista não se acha – ele já é reconhecido;

Jornalista não influencia – forma opinião;

Jornalista não conta história – reconstrói;

Jornalista não omite fatos – edita-os;

Jornalista não pensa em trabalho – vive o trabalho;

Jornalista não é esquecido – é eternizado pela crítica;

Jornalista não morre – coloca um ponto final.

Gilmar Mendes, o censor

Está aí o tal programa polêmico que Gilmar Mendes tirou do ar por causa de denúncias "GRAVES" contra seus pares e a si próprio. Gente, estão nos matando aos poucos. Vamos reagir.
É só clicar nos endereços abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=TCFP6qnjl94 ( primeira parte)
http://www.youtube.com/watch?v=DeqYLvIMMd0 ( segunda parte)
http://www.youtube.com/watch?v=t9SlDPx3uMI (terceira parte)
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Mendes pede a retirada do ar de programa da TV Câmara que ouviu jornalistas de "O Globo" e "Carta Capital"
Esse juiz está indo longe demais...

Eu nasci colorado



























Eu nasci!
Há quase cem anos atrás.
Sou campeão desse mundo
E de mundo mais ...(duas vezes)

Eu vi Edinho ser crucificado
E renascer pra ficar eternizadado
Eu vi os otomanos pegando fogo
Prá pagarem seus pecados
Eu vi!...

Eu vi Pedro Iarley
Cruzar o Mar Vermelho
Vi D'Alessandro
Cair na terra de joelhos
Eu vi Tite negar ser gremista
Por três vezes
Diante do espelho
Eu vi!...

Eu nasci! (Eu nasci!)
Há quase cem anos atrás
(Eu nasci há quase cem anos!)
Sou campeão desse mundo
E de muito mais...(duas vezes)

Eu vi o Inter
Estraçalhar o Barça
Vi o Boca Juniors
Ser riscado no mapa
Vi o grande Álvaro
Sugando sangue novo
E se escondendo atrás da taça
Eu vi!...

Eu vi os pés de Alex
Driblando calcanhares
Vi Fernandão cabecear
Seus gols pelos ares
Eu vi Índio invadir
Muitas áreas pra fazer festa
No lombo dos adversários
Eu vi!...

Eu nasci! (Eu nasci!)
Há quase cem anos atrás
(Eu nasci há quase cem anos!)
Sou campeão desse mundo
E de muito mais...(duas vezes)

Eu vi a torcida
Que cantava com muita garra
Quando o Inter
Ganhou os jogos na marra
Vi o colorado
Que sonhava com mais taças
Estourando outra champanha
Eu vi!

Eu vi os eternos gols
Sagrados de Valdomiro
Eu fui Carlitos pra
Poder golear os pijamas
Quando todos
Praguejavam contra o Inter
Eu vibrei com mais façanhas ...

Eu nasci! (Eu nasci!)
Há quase cem anos atrás
(Eu nasci há quase cem anos atrás!)
Sou campeão desse mundo
E de muito mais...(duas vezes)

Não! Não!
Eu tava junto
Com os malucos na Popular
Eu bebi vinho
Com as mulheres lá do bar
E quando a bola
Estourou na goleira
Eu quase quebrei a perna
De tanto pular

Eu também...

Eu fui testemunha
Das defesas de Taffarel
Eu vi a estrela colorada
Brilhar no céu
E praquele que provar
Que eu tô mentindo
Eu dou o meu troféu...

Eu nasci! (Eu nasci!)
Há quase cem anos atrás
(Eu nasci há quase cem anos atrás!)
Sou campeão desse mundo
E de muito mais ...(três vezes)

sexta-feira, 20 de março de 2009

"A Escola e a Letra": escritores brasileiros e suas influências



Organizado por Flávio Aguiar e Og Doria, o livro "A Escola e a Letra" (lançamento da Boitempo Editorial), reúne texos de autores brasileiros buscando captar a influência que a escola desempenhou em suas obras. "Quase todo escritor brasileiro tem um professor, um colega, um pedaço de escola a recordar e que aí, ou com esse personagem, se deu algo da escolha de escrever”, resume Flávio Aguiar. "A Escola e a Letra" será lançado dia 19 de março, em Porto Alegre, e dia 1° de abril, em São Paulo.

Quais impressões os mais importantes escritores brasileiros levaram da escola? De que forma os processos de aprendizagem pelos quais passaram deixaram marcas em suas obras? As respostas podem ser descobertas na leitura dos cinqüenta textos que compõem o livro A Escola e a Letra, organizado por Flávio Aguiar e Og Doria, e publicado pela Boitempo Editorial.

São contos, crônicas, trechos de romances e memórias que juntos, formam um panorama dos pontos de vista de autores como Machado de Assis, Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Rubem Braga, Clarice Lispector, Osman Lins, Rubem Fonseca, Vinícius de Moraes, Nélida Piñon, Moacyr Scliar, João Ubaldo Ribeiro, Luis Fernando Verissimo, entre outros, sobre a escola.

O livro tem lançamentos marcados para Porto Alegre e São Paulo. Na capital gaúcha, ocorrerá no dia 19 de março (quinta-feira), a partir das 19 horas, no Teatro da Casa de Cultura Mário Quintana (Rua dos Andradas, 736, 6° andar). Haverá leitura de textos por Flávio Aguiar, Luiz Augusto Fischer e Maria Helena Martins. Em São Paulo, o lançamento será no dia 1° de abril, na Choperia do Sesc Pompéia (Rua Clélia, 93, Pompéia), com leituras de Flávio Aguiar, Afonso Romano de Sant'Anna, Boris Schnaiderman, Ivan Angelo e Roniwalter Jatobá.

Dividido em quatro partes, o livro está organizado em blocos, por data de publicação dos textos em livros e jornais. São eles:

I – Antes de tudo o mais, que focaliza os povos nativos antes da chegada dos europeus, embora por meio de um texto literário escrito posteriormente;

II – Os tempos coloniais, com textos que vão do século XVI ao final do XVIII;

III – O Império, no qual se encontram textos sobre o tempo em que este era o regime vigente no Brasil, escritos durante o período ou depois dele;

IV – A República, com textos que abrangem as diferentes fases e ditaduras compreendidas dentro do período republicano, de sua instauração aos dias de hoje.

Nas palavras de Flávio Aguiar: “O leitor que empreender a travessia desses textos em seu conjunto sairá com a impressão de que quase todo escritor brasileiro tem um professor, um colega, um pedaço de escola a recordar e que aí, ou com esse personagem, se deu algo da escolha de escrever”.

"A Escola e a Letra" tem projeto gráfico de Ricardo Ohtake e foi padronizado pelas regras do novo acordo ortográfico.

Trecho da apresentação de Flávio Aguiar

“Seja por que prisma for, irônico, trágico, cômico ou lírico, a evocação da escola aparece na pena (hoje teclado ou tela) de um grande número de escritores como a renovação de um compromisso de origem dentro de um processo geral de mudança ou modernização, assolados que somos por tais esforços desde os tempos coloniais.”

Ficha técnica
Título: A Escola e a Letra
Organização: Flávio Aguiar e Og Doria
Projeto gráfico: Ricardo Ohtake
Apresentação: Flávio Aguiar
ISBN: 978-85-7559-114-7
Preço: a confirmar

O legado da ditadura dos generais: fracassos e atrocidades

Celso Lungaretti

Ao completarem-se 45 anos da quebra da normalidade institucional no Brasil, mergulhando o País nas trevas e barbárie durante duas décadas, é oportuno evocarmos o que realmente foi essa nada branda ditadura de 1964/85, defendida hoje com tamanha desfaçatez pelos jornalões, seus editorialistas e articulistas.
Como frisou a bela canção de Milton Nascimento e Fernando Brant, cabe a nós, sobreviventes do pesadelo, o papel de sentinelas do corpo e do sacrifício dos nossos irmãos que já se foram, assegurando-nos de que a memória não morra - mas, pelo contrário, sirva de vacina contra novos surtos da infestação virulenta do totalitarismo.
Nessa efeméride negativa, o primeiro ponto a se destacar é que a quartelada de 1964 foi o coroamento de uma longa série de articulações e tentativas golpistas, nada tendo de espontâneo nem sendo decorrente de situações conjunturais; estas foram apenas pretextos, não causa.
(...) inexistia em 1964 uma possibilidade real de revolução socialista. Não houve o alegado "contragolpe preventivo", mas, pura e simplesmente, um golpe para usurpação do poder, meticulosamente tramado e executado com apoio dos EUA. Derrubou-se um governo democraticamente constituído, fechou-se o Congresso Nacional, cassaram-se mandatos legítimos, extinguiram-se entidades da sociedade civil, prenderam-se e barbarizaram-se cidadãos.

COMO O ARTIGO É LONGO E EXIGIRIA UMAS QUATRO POSTAGENS, CONVIDO-OS A LEREM SUA ÍNTEGRA EM

http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/03/o-legado-da-ditadura-dos-generais.html

quarta-feira, 18 de março de 2009

Centenário do Inter: a festa vai começar

Vai começar a festa do Centenário, colorados. Poucos como a gente têm tantos motivos para comemorar uma trajetória vitoriosa ao longo de 100 anos.
Vamos, Inter!

Prepare-se para o Centenário do Internacional


O Sport Club Internacional preparou uma série de eventos para celebrar o seu Centenário. As festividades não ficarão restritas somente ao dia 4 de abril, quando o clube colorado irá completar 100 anos. Antes, durante e depois da data histórica estão previstos muitos eventos. Confira na agenda:

* Lançamento do ônibus do Inter : 23 de março - 15h

* Desfile da coleção Inter no Donna Fashion: 3 de abril - 18h

* Missa do Centenário na Catedral: 3 de abril - 19h30min

* Virada do Centenário no Beira-Rio: 3 de abril - 23h50min

* Descerramento de Placa no local de fundação: 4 de abril - 8h

* Caminhada Colorada: 4 de abril - 9h

* Jantar oficial: 4 de abril - 20h

* Lançamento Selo dos Correios: 4 de abril - 11h

* Lançamento Medalha da Casa da Moeda: 4 de abril - 11h

* Corrida do Centenário: 18 de abril - 15h

* Triathlon do Centenário: 18 de abril - 9h

* Desfile da Milka: 26 de abril - 20h

segunda-feira, 16 de março de 2009

A excomunhão da vítima

Por Miguezim da Princesa *

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

(*) Poeta popular, Miguezim de Princesa,
é paraibano radicado em Brasília.

O Batalhao de Letras, de Quintana



A colega Lu Vilella, comandante da Livraria Bambonetras, na Cidade Baixa (Porto Alegre), continua mandando belas sugestões de literatura. Desta vez, está divulgando um clássico do saudoso poeta gaúcho Mario Quintana. Vale a pena ler o que ela escreveu. E ir correndo comprar o livro.



O Batalhão das Letras, de Mario Quintana, é um livro infantil para adulto nenhum botar defeito. A partir da clássica fórmula do "bê de bola", o poeta gaúcho usa todos seus recursos de linguagem para desenvolver versos que alfabetizam enquanto encantam.
O texto segue as novas normas da reforma ortográfica.
Aliando alfabetização lúdica e poesia, há mais coisas para aprender e para apreender do que apenas o alfabeto. Uma delas é a própria poesia. Pois todos os principais recursos dessa linguagem estão aqui realizados à perfeição. Além disso, a estrutura poética utilizada e a sua reiteração tornam tudo evidente, além de sedutor.
As ilustrações merecem um comentário à parte. Por um lado, elas são claras e "infantis", mas por outro lado, não são simples simplificações. Pois incorporam muito do modernismo senso lato, na descomplicação dos traços e da perspectiva, e na exuberante paleta de cores, que às vezes evoca Matisse , às vezes Gauguin .
Quanto à composição, seguindo à risca o jogo de letra-puxa-palavra das quadrinhas, o resultado parece às vezes uma fábula tradicional, às vezes Chagall, como na estrofe do V de vento, às vezes a fantasia ensandecida de Lewis Carroll, juntando xícaras gigantes com peças de xadrez numa toalha idem.
Além disso, as ilustrações propõem um jogo ao leitor: nas imagens desenhadas, descobrir a letra tema daquela página.
Como disse, um clássico!
Nossas crianças bem que merecem.

Título: O Batalhão das Letras
Autor: Mario Quintana
Preço: R$ 19,80

Resposta à ofensa da Folha

Celso Lungaretti

Ao Conselho Editorial da Folha de São Paulo

Dirijo-me a este Conselho na condição de cidadão brasileiro indignado com o falseamento da verdade histórica no editorial Limites a Chávez, de 17/02/2009, quando o regime despótico de 1964/85 recebeu a designação mistificadora de "ditabranda", um escárnio para todos que padecemos sob o pior totalitarismo que este país já conheceu, responsável pela tortura de dezenas de milhares de cidadãos, pelo assassinato de centenas de resistentes (desde os que não suportaram as sevícias até os capturados com vida e friamente executados), por estupros e por ocultação de cadáveres, além de um sem-número de violações dos direitos constituicionais dos brasileiros.

Falo também como vítima direta dessa ditadura, já que fui sequestrado, torturado, lesionado para sempre e coagido a participar de uma farsa televisiva altamente lesiva à minha imagem.

E, ainda, como leitor da Folha a quem é sistematicamente escamoteado o direito de resposta e de apresentação do "outro lado", seja com a concessão de espaços ínfimos no Painel do Leitor para repor a verdade dos fatos em episódios nos quais as versões deformadas ou falaciosas tiveram grande destaque editorial, seja com a total desconsideração por minhas mensagens.

É o que acaba de acontecer, pois a Folha ignorou olimpicamente minha mensagem de crítica ao lançamento do neologismo "ditabranda", meu protesto ao ombudsman (que nada respondeu) e minha mensagem de crítica ao ataque descabido da redação a dois ilustres defensores dos direitos humanos.

Venho reiterar que a Folha deve aos brasileiros um editorial esclarecendo exatamente qual é a sua posição sobre a ditadura dos generais, pois um assunto de tamanha gravidade não pode ser tratado de forma tão apressada e superficial como o foi no editorial de 17/02 e nas notas da redação de 19/02 e 20/02.

E também que deve desculpas aos professores Fábio Konder Comparato e Maria Vitória Benevides, pois é simplesmente ridícula a presunção de que, antes de se pronunciarem sobre a ditadura que vitimou seu país, eles seriam obrigados a um posicionamento público sobre os regimes políticos de outras nações.

A Folha não incidiu apenas no erro da falta de cordialidade, como pretende o ombudsman, mas fez acusações insustentáveis contra dois cidadãos respeitados e ofendeu a inteligência dos seus leitores, ao misturar tão grosseiramente alhos com bugalhos, na linha do besteirol característico de sites fascistas como o Ternuma.

Se a Folha agora quer ter rabo preso com a extrema-direita, que, pelo menos, o assuma francamente. Caso contrário, que reconheça, também francamente, ter incidido em excessos que não definem sua verdadeira posição.

O que não pode é, simplesmente, encerrar de forma unilateral um debate que desnecessariamente provocou e agora se voltou contra si, deixando de dar satisfações e esclarecimentos aos leitores que sentiram-se atingidos por seus textos.

Celso Lungaretti é jornalista.
Edita o blog http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/ Seu email é lungaretti@uol.com.br

domingo, 15 de março de 2009

Semana

Segunda, me inflamo.
Terça, te amo.
Quarta, te vejo.
Quinta, te desejo.
Sexta, te quero.
Sábado, te espero.
Domingo, te sonho.

E quando longe de ti,
só para ti, componho.

JG de Araujo Jorge

sábado, 14 de março de 2009

No dia Nacional da Poesia, um Neruda para vocês

Pablo Neruda

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Casa de estudante

Eu vi o medo,
Eu notei a insegurança.
Das janelas fechadas, não observei luz.
Das que estavam entreabertas,
uma luz tênue iluminava o que parecia um quarto.
Da casa, saia um. Depois, dois.
Olhavam de um lado, e depois do outro, antes de pisar na calçada.
Das mesas dos bares em frente, saiam muitos e sentavam vários.
E as janelas da casa continuavam fechadas ou entreabertas.
Mas havia vida lá como aqui no bar.
Vidas diferentes, separadas pelo medo de uns e pela ousadia de outros.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Peço excomunhão!

Amigos queridos, depois de receber o e-mail abaixo, também pedi excomunhão ao arcebispo de Olinda e Recife. Mandei uma mensagem assim:
"Solidário aos profissionais de saúde que, no estrito cumprimento do seu dever legal , acolheram apoiaram e realizaram o aborto previsto em lei na CRIANÇA de 9 anos, grávida do padrasto estuprador, solicito à Arquidiocese de Olinda que também me excomungue.
Mais que isto: espero que liste também os estrupadores e abusadores, padres e homens comuns na lista de excomunhão."
Link para envio de mensagens:
> http://www.arquidioceseolindarecife.org.br/faladm.htm

quinta-feira, 12 de março de 2009

Revista científica internacional dedica edição temática ao Brasil



Intercom

Consagrada pela comunidade acadêmica como a revista científica de maior impacto internacional na área, Journalism: theory, practice and criticism, publicada pela renomada editora Sage, está lançando o número 1 do seu volume 10 (fevereiro de 2009), focalizando exclusivamente o Jornalismo Brasileiro.

Sua edição impressa circula simultaneamente na Inglaterra, Estados Unidos, Índia e Singapura, mas o acesso da edição eletrônica é mundial, através do portal http://jou.sagepub.com – tendo como editores os renomados professores Michael Bromley, Howard Tumber e Barbie Zelizer.

O volume especial dedicado ao Brasil foi co-editado por dois pesquisadores brasileiros: José Marques de Melo e Sonia Virginia Moreira, autores do ensaio introdutório “Jornalismo Brasileiro: o estado da pesquisa, do ensino e da profissão”.

O corpo da edição è constituído por 6 artigos científicos assinados por Beatriz Becker e Celeste González de Bustamante (UFRJ) – passado e futuro do telejornalismo -; Cida Golin e Everton Cardoso (UFRGS) – jornalismo cultural -; Francisco Karam (UFSC) – jornalismo em tempo de segmentação -; Heci Regina Candiani (PUCSP) – jornalistas e intelectuais -; José Marques de Melo (UMESP) – pensamento jornalístico -; Sonia V. Moreira e Carla Helal (UERJ) – ensino e profissão.

Os co-editores brasileiros celebram o retorno do Brasil à agenda da comunidade acadêmica internacional, lembrando que isso reflete o interesse que o nosso país desperta nos estudiosos dessa disciplina, justamente pela sua originalidade, criatividade e ousadia.

Estrelas e estrelas




Não, elas não são iguais. Existem as conquistadas, com o coração, com a alma, com suor, com muito amor. Mas algumas são, absurdamente, compradas. Por isso, não valem nada.
As estrelas coloradas valem tudo porque foram conquistadas...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Carta para Dom José Cardoso Sobrinho

*Paulo Gaiger

Ainda bebê, sem opção, conhecimento e discernimento, como milhares de crianças que recém conhecem as fraldas, fui batizado na igreja católica. Alguns oito ou nove anos depois, fui coagido, sem o saber, a cumprir a 1ª comunhão, como tantos meninos e meninas de minha idade: dois atos de violência que ainda se repetem sem que pais e mães reflitam maduramente sobre sua razão e sobre o direito de escolha de seus filhos e filhas. A imagem de um deus todo-poderoso e onipresente, fustigando faltosos, infiéis e pecadores, atemorizou gerações de infantes e ainda contamina o imaginário de milhares de cristãos. Embora durante os muitos anos de minha juventude, eu tenha me dedicado à “militância” cristã, através de grupos de jovens vinculados à teologia da libertação e às comunidades de base, as experiências deste período associadas à constante reflexão, me levaram ao distanciamento da igreja católica e de seu deus, especialmente em razão dos rumos conservadores e infames que o Vaticano foi desenhando em seu nome. À igreja faz falta, sim, mais do que nunca, um Hélder Câmara, um Pedro Casaldáliga, um Evaristo Arns, um Pedro Arrupe. Na ausência deles, hoje prefiro os âmbitos humanistas, eqüitativos, democráticos e éticos, onde construímos caminhos e somos responsáveis por nossas decisões.
Nestes últimos dias, ao ler as notícias da excomunhão da equipe médica e da mãe da menina de nove anos que sofreu um aborto salvador, voltei a pensar sobre esta igreja e seu deus todo-poderoso, onipresente com suas leis cruéis e bárbaras, como tantas vezes o flagramos nas histórias relatadas no antigo e novo testamentos. Dom José Cardoso Sobrinho, tu tens a esse deus como guia. Talvez porque a mulher na Bíblia e, depois, em Agostinho, é só um objeto abjeto, valor de troca, humilhada e culpada do “pecado original”. A ti, arcebispo de Olinda e Recife, vale mais o estuprador, que é macho-homem, que a vítima, menina inocente, de nove anos, que é uma mulher em formação. O fato de eu ter sido batizado e feito a 1ª comunhão na igreja católica, entretanto, não me obriga a comungar esta infâmia protagonizada por ti. Mais uma vez, não posso me omitir frente a outro ato de tirania, de insensibilidade, desamor e de cegueira. Sou sim, solidário com a menina, com sua mãe e com a equipe médica. Não há outra possibilidade humana e de amor. Por isso, Dom José Cardoso Sobrinho, te peço com toda minha dignidade diante de tua igreja tão indigna, que também me excomungue. Excomungue-me, Dom José, porque não desejo ser cúmplice, ainda que involuntariamente, de tamanha injustiça.

* Professor Doutor da Unisinos, cantor, ator e diretor teatral

sábado, 7 de março de 2009

"Medicina está mais correta que Igreja", diz Lula sobre aborto em menina. Concordo com ele...

Menina de nove anos engravidou após sofrer abuso.
Padrasto foi preso.
Arcebispo excomungou mãe de menina e médicos.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista nesta sexta-feira (6) que "a medicina está mais correta que a Igreja" no caso da menina de nove anos que ficou grávida após sofrer abuso sexual e teve a gestação interrompida.
O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, excomungou a mãe, os médicos e outros envolvidos no aborto.
"Como cristão e como católico, lamento profundamente que um bispo da Igreja Católica tenha um comportamento, eu diria, conservador como esse. Ou seja, não é possível que uma menina estuprada por um padrasto tenha esse filho até porque a menina corria risco de vida. Eu acho que, nesse aspecto, a medicina está mais correta que a Igreja. A medicina fez o que tinha que ser feito: salvar a vida de uma menina de nove anos", disse.
O presidente deu as declarações após a cerimônia de lançamento do programa Território de Paz, em Vitória. Ele afirmou que agora, a menina deverá passar por tratamento psicológico. "Agora, o trabalho psicológico que vai ter que ser feito em cima dessa menina pra recuperar a cabeça dela possivelmente leve décadas para que ela volte à normalidade."
"Vocês viram essa semana, em Recife, um padrasto violentou sexualmente uma menina de nove anos de idade. Nós sabemos que isso acontece e que isso é um processo de degradação da estrutura da sociedade. Se pai e mãe não estiverem bem, pode ficar certo que os filhos não estarão bem. Por isso, pai e mãe têm sempre que dar o exemplo de comportamento", disse.
O caso aconteceu no estado de Pernambuco, mas não na capital, Recife, e sim no município de Alagoinha. O padrasto da menina foi preso, suspeito de ter abusado da garota e ser pai dos bebês que ela esperava. De acordo com a polícia, a menina sofria violência sexual desde os 6 anos

25 perguntas a GiImar Mendes, presidente do STF

1.O sr. sabe algo sobre o "assassinato" de Andréa Paula Pedroso Wonsoski, jornalista que denunciou o seu irmão, Chico Mendes, por compra de votos em Diamantino, no Mato Grosso?

2.Qual a natureza da sua participação na campanha eleitoral de Chico Mendes em 2000, quando o sr.. era advogado-geral da União?

3.Qual a natureza da sua participação na campanha eleitoral de Chico Mendes em 2004, quando o sr. já era ministro do Supremo Tribunal Federal?

4.Quantas vezes o sr. acompanhou ministros de Fernando Henrique Cardoso a Diamantino, para inauguração de obras?

5.O sr. tem relações com o Grupo Bertin, condenado em novembro de 2007 por formação de cartel? Qual a natureza dessa relação?

6.Quantos contratos sem licitação recebeu o Instituto Brasiliense de Direito Público, do qual o sr. é acionista, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso?

7.O sr. considera ética a sanção, em primeiro de abril de 2002, de lei que autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro pago em tributos pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, da qual o sr. é um dos donos, em descontos para os alunos?

8.O sr. tem alguma idéia do porquê das mais de 30 ações impetradas contra o seu irmão ao longo dos anos jamais terem chegado sequer à primeira instância?

9.O sr. tem algo a dizer acerca da afirmação de Daniel Dantas, de que só o preocupavam as primeiras instâncias da justiça, já que no STF ele teria"facilidades" ?

10.O segundo habeas corpus que o sr. concedeu a Daniel Dantas foi posterior à apresentação de um vídeo que documentava uma tentativa de suborno a um policial federal. O sr. não considera uma ação continuada de flagrante de suborno uma obstrução de justiça que requer prisão preventiva?

11.Sendo negativa a resposta, para que serve o artigo 312 do Código de Processo Penal segundo a opinião do sr.?

12.Por que o sr. se empenhou no afastamento do Dr. Paulo Lacerda da ABIN?

13.Por que o sr. acusou a ABIN de grampeá-lo e até hoje não apresentou uma única prova? A presunção de inocência só vale em certos casos?

14.Qual a resposta do sr. à objeção de que o seu tratamento do caso Dantas contraria claramente a *súmula 691*do próprio STF?

15.O sr. conhece alguma democracia no mundo em que a Suprema Corte legisle sobre o uso de algemas?

16.O sr. conhece alguma Suprema Corte do planeta que haja concedido à mesma pessoa dois habeas corpus em menos de 48 horas?

17.Por que o sr. disse que o deputado Raul Jungmann foi acusado"escandalosamente" antes de que qualquer documentação fosse apresentada?

18.O sr. afirmou que iria chamar Lula "às falas". O sr. acredita que essa é uma forma adequada de se dirigir ao Presidente da República? O sr. conhece alguma democracia onde o Presidente da Suprema Corte chame o Presidente da República "às falas"?

19.O sr. tem alguma idéia de por que a Desembargadora Suzana Camargo, depois de fazer uma acusação gravíssima – e sem provas – ao Juiz Fausto de Sanctis, pediu que a "esquecessem" ?

20.É verdade que o sr., quando era Advogado-Geral da União, depois de derrotado no Judiciário na questão da demarcação das terras indígenas, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem as decisões judiciais?

21.Quais são as suas relações com o site Consultor Jurídico? O sr. tem ciência das relações entre a empresa de consultoria Dublê, de propriedade de Márcio Chaer, com a BrT?

22.É correta a informação publicada pela Revista Época no dia22/04/2002, na página 40, de que a chefia da então Advocacia Geral da União, ou seja, o sr., pagou R$ 32.400,00 ao Instituto Brasiliense de Direito Público - do qual o sr. mesmo é um dos proprietários - para que seus subordinados lá fizessem cursos? O sr. considera isso ético?

23.O sr. mantém a afirmação de que o sistema judiciário brasileiro é um "manicômio"?

24.Por que o sr. se opôs à investigação das contas de Paulo Maluf no exterior?

25.Já apareceu alguma prova do grampo que o sr. e o Senador Demóstenes denunciaram? Não há nenhum áudio, nada?

*Renato de la Rocha*

quinta-feira, 5 de março de 2009

8 de março na fronteira - "Um Novo Mercosul é Possível"


A CUT Nacional, ao lado de outras entidades dos movimentos sindical e social dos países que formam o Cone Sul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), celebra a data com uma grande manifestação internacional na fronteira da cidade de Santana do Livramento (RS) com a cidade de Rivera, no Uruguai. A manifestação foi proposta pela Comissão de Mulheres da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), entidade da qual a CUT é integrante.
Para a Secretária de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, Mara Feltes, o ato internacional que será realizado em Santana do Livramento é uma grande conquista das mulheres trabalhadoras cutistas. "Queremos que, a partir de agora, as nossas bandeiras de luta sejam incorporadas às bandeiras do Cone Sul", frisa.

Ato contra a "ditabranda"

Neste sábado, 7 de março, às 10 horas, ocorrerá o ato de repúdio à Folha de S.Paulo, que num editorial infame qualificou a ditadura militar brasileira de "ditabranda". Os presentes também prestarão solidariedade à professora Maria Victória Benevides e ao jurista Fábio Konder Comparato, agredidos pelo jornal, que rotulou as criticas de ambos ao editorial como "cínicas e mentirosas". O protesto ocorrerá em frente ao prédio da Folha, na Alameda Barão de Limeira, 425, no centro da capital paulista, e reunirá familiares de presos, desaparecidos e torturados pelo regime militar, intelectuais e ativistas dos movimentos sociais e das organizações de direitos humanos.
Todos os que lutam contra a ditadura midiática têm um compromisso militante no sábado. Como afirma Eduardo Guimarães, editor do blog Cidadania, presidente do Movimento dos Sem Mídia e organizador do ato, não dá para se omitir diante da "perniciosa e ameaçadora revisão histórica perpetrada pelo editorial da Folha, num texto que relativizou a gravidade dos crimes cometidos pelo Estado entre os anos de 1964-1985, período no qual a nação sofreu a usurpação de um golpe militar ilegal e inconstitucional". Para fustigar os inertes, ele cita um pensamento do líder negro Martin Luther King: "O que preocupa não são os gritos dos maus, mas o silêncio dos bons".
Cole nos seus recados:
http://4.bp.blogspot.com/_57P3SqGjkE8/Sawy_44CIiI/AAAAAAAANMs/tUg8DSWOGgY/s320/ato1.gif
Vamos divulgar o ato contra a ditabranda, pois nenhum crime pode ser considerado brando haja vista os resquícios de crueldade ao qual ele foi proposto durante a ditadura militar.
Se a sociedade calar, podemos correr o risco dessa ditadura voltar acontecer!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Internacional prepara a Marcha do Centenário. Nada será igual...



Ainda não foi divulgado oficialmente, mas o Sport Club Internacional prepara um grande evento para marcar o seu centenário. No dia do aniversário - 4 de abril, sábado - vai realizar uma marcha que sairá do Parque da Redenção em direção ao Beira-Rio. Com certeza, será a maior caminhada de um clube em comemoração aos 100 anos. Nenhum colorado pode perder esta marcha, que terá carro de som e a participação dos jogadores do elenco atual e de ex-atletas. Já estou preparado para este dia, que também terá um jantar no complexo Beira-Rio.
Esta é a festa em Porto Alegre, mas acredito que outros eventos semelhantes estão sendo preparados em todos os rincões deste Brasil.
Vamos, Inter!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Gremistas usam o cartão de fidelidade do Inter


Esta é muito boa.
O Inter lançou e os gremistas aderiram em massa ao cartão de fidelidade do colorado. Que continuem assim!

A empáfia tricolor desapareceu. E o Inter foi naturalmente campeão do primeiro turno



Eles contavam com a vitória certa, diziam que o time deles estava mais organizado, que tínhamos apenas destaques individuais. Não foi o que se viu ontem no Beira-Rio. O Internacional venceu o Porto-Alegrense por 2 a 1 e conquistou invicto (oito vitórias e dois empates) a Taça Fernando Carvalho, correspondente ao primeiro turno do Gauchão. Índio - em um potente chuta à queima-roupa - e Magrão - por meio de um grande cabeceio - marcaram para o Inter. Estamos despachando eles a cada jogo: foi a segunda vitória colorada no clássico em 2009 e o primeiro título conquistado no ano do centenário. Agora, o Inter tem vaga assegurada na final da competição. Se vencer a Taça Fábio Koff, equivalente ao segundo turno, o time colorado será declarado campeão gaúcho. Foi a vitória da organização, do desempenho tático de jogadores como Sandro, Guiñazu, Andrezinho e Magrão e da técnica superior de Nilmar, Taison e Kléber. Foi mais triunfo do contestado Tite contra o idolatrado Roth. Venceu o melhor, que teve também na torcida um ponto forte. Agora, vamos avançar na Copa do Brasil e ganhar o segundo turno do Gauchão. E teremos mais taças no armário.