quarta-feira, 5 de março de 2008

Tempo de abraçar

Como faz bem abraçar e ser abraçado!
Um abraço pode desencandear reações emocionais contidas.
Um abraço é forma de compartilhar alegria...
Um abraço acalma... libera perdão...
Um abraço derruba barreiras e preconceitos...
Um abraço acalenta, mostra apoio, transmite segurança... mata a saudade...
Num abraço se divide a alegria ou a dor com o outro...
Muito do que jamais poderia ser traduzido em palavras pode facilmente ser expresso num abraço.
O avanço tecnológico tem sido responsabilizado pelo aumento do distanciamento entre as pessoas. Conversas virtuais, amizades e namoros virtuais...
É possível ‘’mandar’’ abraço, mas isto em nada se compara à sensação de abraçar e ser abraçado.
Os efeitos psicológicos do abraço têm sido amplamente analisados.
O ser humano precisa do toque do outro para o seu suprimento emocional. Há pessoas que não se deixam abraçar, talvez por terem sido enrijecidas pelas dificuldades da vida. É preciso ajudá-las a superar essa distância.
O abraço é terapêutico. Aproxima do outro, faz sentir-se aceito, incluído.
O abraço é a indicação de que, além de braços entrelaçados, há corações e mentes envolvidas.
Abraços em pessoas conhecidas há anos, pessoas queridas, familiares antes distantes. Isso é comum. Porém, quero propor um novo desafio: abraçar pessoas que têm pouco acesso a abraços, pessoas que quase não são abraçadas, idosos isolados num asilo, adolescentes rebeldes, crianças carentes, doentes enfraquecidos, viúvas cheias de lembranças, pessoas solitárias.
Este é o tempo de abraçar, abraçar com os braços e com o coração.
Muitas pessoas estão, neste momento, precisando sentirem-se amadas, protegidas, acolhidas, agasalhadas afetivamente. Deus pode usar nossos braços para lhes transmitir amor.
É preciso ter cuidado para não atarefar-se tanto a ponto de não sobrar tempo para abraçar alguém que precisa de carinho. Sempre há tempo para um abraço, desde que haja esta disposição no coração.
Não economize abraços. É tempo de abraçar!

Jornalista Luis Nassif e a Veja

Para quem não suporta a revista Veja, praticante do anti-jornalismo, das mentiras e de seus colunistas caluniosos, é importante conhecermos a série de artigos de Luis Nassif sobre a esta publicação semanal. Um verdadeiro dossiê.

Blog do Nassif:
http://www.projetobr.com.br/web/blog/5

Últimos capítulos:

O caso Edson Vidigal
http://luis.nassif.googlepages.com/ocasoedsonvidigal

O dossiê falso
http://luis.nassif.googlepages.com/odossi%C3%AAfalsificado

O post-it de Mainardi
http://luis.nassif.googlepages.com/opost-itdemainardi

Lula, meu álibi
http://luis.nassif.googlepages.com/lulameualibi

Os Mais Vendidos
http://luis.nassif.googlepages.com/osmaisvendidos

A imprensa e o estilo Dantas
http://luis.nassif.googlepages.com/vejaeoorganograma

Obrigado, Márcia Martins

Reproduzo aqui coluna da amiga, colega e companheira Márcia Martins (foto) no site Coletiva.net da semana passada sob o título "Dias melhores, dias de paz, dias a mais". Além do sempre brilhante texto, tive a honra de ser citado, mais uma vez, por esta pessoa amada e carinhosa. Fico orgulhoso porque convivo com esta jornalista de primeira há mais de 25 anos, desde os tempos do Jornal do Comércio. E nunca nos perdemos. Não vou escrever mais para deixar os amigos apreciarem o artigo da Marcita. Vale a pena, como sempre!

Márcia Martins

Dias estranhos e imprevisíveis começaram, novamente, a ser escritos por diversas mãos desde 1º de janeiro de 2008. Ano bissexto, um maldito dia a mais para reclamar, errar, rogar pragas, se endividar, esquecer de telefonar para o amigo, invejar, odiar. Não adianta. Somos humanos e não conseguimos (se é que tentamos) só selecionar os bons sentimentos. Porque ano bissexto também representa um dia a mais para aplaudir, acertar, rezar pelo bem do próximo, poupar um dinheirinho, telefonar para o amigo, se resignar e amar muito. Às vezes, é possível se enxergar que tudo tem dois lados. A escolha é nossa.
E descobri mais um quesito a favor de 2008, que na realidade se inicia com o fim da ribeira das águas de março fechando o verão e a promessa de vida no meu coração. O 2008 é o ano do rato no horóscopo chinês (epa... me interessei, porque é meu signo, terei mais sorte???). Que bobagem! Reclamando de barriga cheia. Porque não é o que você vive que importa, mas o modo como você escolhe viver. Isto é que determina a intensidade das suas emoções. Apesar de perder, pela terceira vez, um pouco da ternura que ainda me restara, conforme contei na coluna passada, plantei promessas otimistas para este ano.
Se a saúde ainda não me permitir retornar à redação do Correio do Povo, por exemplo, pretendo visitar meus colegas e amigos mais vezes. Quero rever os companheiros motoristas, que sempre foram legais comigo e rir muito. Quero passar mais sugestões de pautas para as chefias (cada uma com seu estilo, mas as duas competentes) e imaginar os repórteres reclamando por que eu não estou deixando-os em paz. Pretendo visitar os fotógrafos e dar abraços especiais no Diego, no Giusti, no Vini, Sobral, Urso e, perdão, se esqueci algum. E combinar mais encontros com as meninas que se revezavam comigo no turno da tarde.
Confesso que não posso reclamar de falta de sorte (mesmo que o texto fique repetitivo, não digo aquela palavra... o sinônimo). Continuo escrevendo sobre a vida, profissão, amores e filhos, neste espaço gentilmente convidada pelo editor Vieira. Retomarei minhas atividades sindicais de qualquer jeito. Eleições em outubro. Quem sabe consigo exercer alguma militância para recuperar minha cidade. Estou de casa nova e enxergo a cidade sob um ângulo bem superior (te mete!). Tenho minha família. Consigo pagar algumas contas (hehehe). E não deixo escapar, de jeito nenhum, qualquer momento de felicidade que chega.
Não posso esquecer de rever minhas eternas amigas da Zero Hora (que saudade), o amigo fiel de sempre Jorge, o povo da Prefa (tia Lili) e da confraria de Brasília. Nem os inúmeros encontros que os membros da Saudosa Maloca (a turma da Famecos que se reencontrou após alguns anos) deverão promover. Ah, preciso dedicar mais tempo para a comunidade “Poemas à Flor da Pele” e “Tecendo Arte na Rede”, do Orkut, e ajudar a Soninha Porto a movimentar os poetas anônimos ou não deste mundo global. E, principalmente, selecionar poesias para o nosso 2º E-Book e os livros que serão lançados pelas duas comunidades.
O mais importante nos novos dias que serão escritos em 2008 é a companhia insubstituível da minha filha Gabriela Martins Trezzi, que deverá concluir o Ensino Fundamental, com apenas 13 anos (olhem só, pessoas da Saudosa, filha de prodígio...), e os preparativos para a sua festa de formatura. Os momentos em que acolherei nos meus braços as suas angústias e que soltarei gargalhadas com a Gabriela pelas suas travessuras. E, de quebra, neste ano bissexto, ela ganhará um dia a mais para brincar com seu avô Fernando no tapete da sala de estar para recuperar o tempo perdido.
É claro que não escaparemos, no bissexto 2008, de dias escritos com o sangue da incoerência dos homens que dirigem algumas nações poderosas, de escândalos de políticos inconsistentes que se alojam em Brasília e ignoram o povo (mas que povo???), de choros arrependidos de pais que esqueceram seus filhos trancados dentro dos carros, de adolescentes que perderam a vida nas curvas das estradas de Santos, da BR-101 e de outras. Nem sempre tudo é perfeito. Nem sempre a sensibilidade vence. Nem sempre se consegue mudar o mundo. Mas, com um dia a mais, vale a pena apostar na paz. Nem que seja entre nosso círculo.

Amor - por Shakespeare

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou

William Shakespeare