segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Um ano depois, Brasil sai da crise mundial maior do que entrou

Fernando Dantas, O Estado de São Paulo

"O Brasil saiu da turbulência global maior do que entrou. Às vésperas do mês em que se completa um ano da crise iniciada com a concordata do Lehman Brothers, em 15 de setembro, o otimismo com o País tornou-se consensual. “O fato de que o Brasil passou tão bem pela crise tinha mesmo de instilar confiança”, diz Kenneth Rogoff, da Universidade Harvard, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para Jim O’Neill, do Goldman Sachs, e criador da expressão Bric (o grupo de grandes países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China), “o Brasil passou por essa crise extremamente bem, e pode crescer a um ritmo de 5% nos próximos anos”.
O crescimento de importância do Brasil e de outras economias emergentes é uma das características do novo mundo surgido com a crise econômica. Para comentar essa e várias outras mudanças, o Estado ouviu oito grandes economistas estrangeiros e brasileiros: Rogoff; O’Neill; Barry Einchengreen, da Universidade de Berkeley; José Alexandre Scheinkman, de Princeton; Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio gestor do Gávea Investimentos; Edmar Bacha, consultor sênior do Itaú BBA e codiretor do Instituto de Estudo de Políticas Econômicas - Casa das Garças (Iepe/CdG); Affonso Celso Pastore, consultor e ex-presidente do BC; e Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.
Pastore observa que a recessão no Brasil foi curta, de apenas dois trimestres, comparada a quatro em países como Estados Unidos, Alemanha e França. Goldfajn nota que há os países que estão saindo da recessão no segundo trimestre e os que estão saindo no terceiro - o Brasil está entre os primeiros, com várias nações asiáticas. “Mesmo no primeiro trimestre, se olhar mês contra mês, há números fortes de crescimento no Brasil”, acrescenta.

A beleza do meu ipê amarelo


Este ipê amarelo é meu vizinho. Fica em frente da janela de minha sala, e no ano passado me decepcionou. As flores não apareceram, como na primavera anterior. Até fiz uma postagem no blog, exibindo minha tristeza.
Agora, ainda no inverno, elas estão ali, mesmo que as folhas verdes ainda não tenham surgido. E, dentro de um mês, ele estará ainda mais lindo.

Atacantes reconhecidos, garantia de gols?

A postagem começa com um título provocativo. Afinal, muitos times do Brasileirão tem nos plantéis goleadores como Ronaldo, Adriano, Diego Tardelli, Obina, Marcelinho Paraíba Kléber Pereira e outros. No entanto, os ataques mais positivos estão com o Barueri (42 gols), Inter e Grêmio (ambos com 40). Se olharmos na tabela de goleadores, o primeiro tem o Val Baiano, com 11 gols, o Inter conta com Alecsandro com 10 e o Grêmio com o Jonas, com o mesmo número. Nenhum é lembrado para a seleção brasileira. Sinal de que o coletivo é mais forte e mais jogadores do mesmo time têm comparecido no placar.

Torço pelo Inter sempre


A partida do Inter contra o Goiás, ontem, trouxe muitas lições. Gostei da goleada de 4 x 0 - poderia ter sido mais - porque o time estava muito desfalcado e improvisado e jogaria com um time dito como certinho. Desde o início, houve inversão de expectativa. O time de Tite, que os comentaristas criticaram antes do jogo, foi para cima e contou com o ímpeto de jogadores como Giuliano e, expecialmente, Marquinhos. Foi o nome da noite. Não apenas pelo belo gol, mas pelas avançadas e assistências. O guri de 19 estava sendo preparado para entrar, mas não agora. Por força da necessidade, foi à campo e não comprometeu. Pelo contrário, foi ovacionado pelo mais de 30 mil colorados - entre eles, eu - que estavam no Beira-Rio. E muito mais gente jogou bem ontem. O trio à frente de Lauro foi perfeito, os alas Danilo e Keber cumpriram seu papeis e Magrão vou a ser o leão de antes. Desnecessário falar de Guiñazu.


Além da vitória maiúscula, gostei do tratamento dado a Fernandão. Ele entrou com o time do Goiás e, por consequência, foi vaiado. Depois, um coro puxou "uhuhu, terror, Fernandão é matador". Foi só isso. Afinal, o time do coração de todos os colorados é o Inter. O Fernandão deve ser venerado como ídolo do passado, como foram Falcão, Figueroa, Claudiomiro, Manga, Carpegianni, Valdomiro e outros. Tanto que, aos 12 minutos de jogo, a torcida vibrou quando o seu ídolo entrou forte em Magrão e foi expulso (foto acima). Na sua saída, aquele hite em sua homenagem foi cantado com mais força. Era ironia, e Fernandão saiu de cabeça baixa.
Gostei, tudo ficou no seu lugar.